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UNIVERSIDADE DE UBERABA
SANTOS DUMONT-MG
2016
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SANTOS DUMONT-MG
2016
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SUMÁRIO
1 – Introdução..........................................................................................................................04
5 – Conclusão.........................................................................................................................13
6 – Referências.......................................................................................................................14
7- Anexos........................................................................................................................16
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1- INTRODUÇÃO
O termo a que se refere na escolha do tema deste trabalho diz respeito à escuta pedagógica
educacional no ambiente hospitalar. Mas o que quer dizer Escuta pedagógica? O termo
"Escuta Pedagógica" é uma expressão desenvolvida pelos autores Ciccim & Carvalho, e diz
respeito a um dos ofícios que o Pedagogo Hospitalar precisa exercer junto dos seus alunos-
pacientes e familiares. Trata-se do comportamento e da maneira expressiva de atuação do
pedagogo para atender as necessidades de seus alunos-pacientes.
A pedagogia vem se ramificando, de modo a atender outras instituições que não sejam
apenas restritas aos espaços escolares. Com isso é muito importante que este profissional
saiba atender e trabalhar com as diferentes metodologias de ensino, respeitando as condições
físicas, emocionais e psíquicas destes determinados alunos, que assim como qualquer outro
precisa de atenção expressiva em suas relações sociais.
A Pedagogia Hospitalar é a área de atuação profissional que visa ensinar, levar os
conteúdos escolares a crianças e adolescentes enfermos que estão hospitalizados, e por este
motivo não podem freqüentar a rotina escolar. Tem por meta dar continuidade ao processo
educacional, para que ele não seja interrompido.
A escolha do tema geral Pedagogia Hospitalar justifica-se por ser um assunto novo, não
muito explorado e divulgado, um novo espaço em que o pedagogo pode atuar, podendo se
tornar um integrante da equipe hospitalar.
No decorrer deste trabalho, você verá que existem atividades psicomotoras que são
constantemente utilizadas no processo de ensino-aprendizagem e que a psicomotricidade está
presente nos menores movimentos sendo fundamental que a prática deste professor seja
permeada por atividades que contribuam com o conhecimento que esta tem de si mesma e do
seu corpo.
No primeiro capitulo aborda-se a definição de Pedagogia, para depois esclarecermos o
conceito de Pedagogia Hospitalar, uma vez que é necessário compreender a Pedagogia para,
posteriormente, melhor entendermos o que vem a ser a Pedagogia Hospitalar, um pouco de
sua história, seus princípios e fundamentos.
No segundo capítulo aborda-se o papel do educador como profissional dentro do ambiente
hospitalar, seus objetivos, suas funções, suas metodologias, ou seja, como este profissional
deve trabalhar dentro de uma unidade hospitalar.
No terceiro capítulo aborda-se a aplicação da Psicomotricidade em seus diversos aspectos
como agente facilitador no desenvolvimento do aluno-paciente.
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Para Libâneo, a pedagogia se instala em um papel que define a forma de aplicação das
atividades educativas, adequadas aos procedimentos técnicos, visando uma concretização na
transmissão do conhecimento.
A idéia de levar a escola até o hospital surgiu na Segunda Guerra Mundial, pois até
então foram criadas escolas adaptadas para atender crianças enfermas. Durante a Segunda
Guerra Mundial, foi grande o número de crianças e adolescentes afetados pela guerra,
impossibilitados de freqüentarem a escola; nesse momento fez-se necessário pensar
sobre a condição da criança e do adolescente enfermo, houve um engajamento por
parte dos médicos que reconheceram a importância da continuidade do processo escolar
para aquelas crianças e adolescentes atingidas pela Guerra.
Em 1939, em Suresnes na França é inaugurado o Centro Nacional de Estudos e
de Formação para a Infância Inadaptada, com o objetivo de formar professores para
trabalhar em Institutos Especiais e nos hospitais. Nesse mesmo ano foi criado o cargo
de Professor Hospitalar, aprovado pelo Ministério da Educação na França.
O No Brasil, a Classe Hospitalar, surgiu na cidade do Rio de Janeiro em agosto de
1950, no Hospital Menino Jesus, na qual permanece atuando com a modalidade de
atendimento educacional até nos dias de hoje. Este trabalho, segundo Fonseca (2000, p. 29)
teve inicio com a professora Lecy Rittmeyer, por meio da Portaria n. 634. Ainda na década de
50, surgiu a primeira classe hospitalar em São Paulo no Hospital da Santa Casa de
Misericórdia. Estes primeiros atendimentos pedagógicos hospitalares não dispunham de uma
sala ou espaço específico, por isso, era realizado na própria enfermaria do Hospital.
De acordo com Paula:
Falar de educação como o meio mais favorável para a solução dos problemas
relacionados à globalização mundial é um fator que precisa ser analisado, pois o que fazer
diante de uma criança que precisa de cuidados na área da saúde, mas que também não podem
perder o conteúdo escolar? O acompanhamento do pedagogo hospitalar não deixará que esta
criança perca o ano letivo, nem se sinta prejudicada por estar incapacitada de freqüentar a
escola regular. Pelo contrário, será muito melhor para esta criança, o acompanhamento deste
profissional que o levará a sentir seguro e não esquecido pela enfermidade. Além do que, o
direito ao ensino e ao saber é respaldado por lei, como consta na Constituição Federal 1988,
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A profissão docente possui um ingrediente que a aproxima das profissões baseadas nos
serviço abnegado, como a de qualquer outra profissão. Os professores lidam com a vida
intelectual, mas não só isso. Nos ambientes hospitalares entram em jogo outras questões
ligadas ao crescimento humano dos pacientes. Nessa perspectiva é que entra o valor mais
valorizado pelo professor: ensinar os outros a serem mais humanos. Essa é a tarefa que
mobiliza os professores. É a tarefa que vale a pena e torna a docência profissão valiosa e
valorizável.
De acordo com o documento do MEC, intitulado “Classe Hospitalar e atendimento
pedagógico domiciliar: estratégias e orientações”, o professor
A autora esclarece que esses objetivos visavam não somente compreender o papel da
educação no ambiente hospitalar como também definir o papel do pedagogo nesse espaço
que, algumas vezes, é confundido com psicólogo.
Propiciar que entre a criança, a família a escola haja uma integração de forma a
amenizar os traumas decorrentes dos processos de internação;
Promover melhor qualidade de vida intelectual e de interação social às crianças
e aos adolescentes hospitalizados;
Propiciar a criança uma rotina bem próxima daquela vivida antes do processo
de internação, como forma de emancipação e constante formação;
Possibilitar uma prática dentro do ambiente hospitalar;
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É importante e essencial que o educador junto ao enfermo tenha sempre uma visão
coletiva para entender todas as situações problemas, suas interfaces, suas ligações e
interações. Além de entender e respeitar a individualidade de cada ser, bem como suas
limitações. Havendo assim a superação dos obstáculos, tendo como somativa resultados
satisfatórios.
“Estar à escuta das crianças; considerá-las o centro do trabalho, não a doença;
mostrar autenticidade e autoconfiança do contato com os pacientes; ser
flexível a fim de engajar na criança o processo de resiliência; não temer
fracassos eventuais, como a morte de uma criança; adaptar-se a realidade
ambiental do trabalho; estar aberto às oscilações de humor dos pacientes; ser
disponível, espontâneo e relaxado.(PARÉ apud VASCONCELOS 2007. p.5)
pelo corpo, pois o corpo é o ponto de referência para qualquer aprendizagem. Portanto, afirmo
a necessidade e importância da educação motora, do trabalho com o corpo no aprendizado do
ser humano.
De Meur e Saes comentam que:
“É pela motricidade e pela visão que a criança descobre o mundo dos objetos e
é manipulando-os que ela redescobre o mundo; porém, esta descoberta a partir
dos objetos, só será verdadeiramente frutífera quando a criança for capaz de
segurar e de largar, quando ela tiver adquirido a noção de distância entre ela e
o objeto que ela manipula, quando o objeto não fizer mais parte de sua simples
atividade corporal indiferenciada.” (apud THOMPSON, 1980 p.52)
Não podemos nos esquecer de que existem diferentes fatores que contribuem para o
desenvolvimento motor da criança, dentre elas estão: a influência do meio ambiente, a
maturação neurológica e as diferentes experiências psicológicas pelas quais ela passa.
Talvez a maior dificuldade do professor não seja com relação a seleção de possíveis
atividades, mas, sim, quanto a avaliação para a percepção das dificuldades apresentadas
pelas crianças e de suas conquistas. Uma vez selecionadas as atividades, é preciso
compreender como a criança evolui, quando ela apresenta limitações e ainda como
intervir.
Por exemplo, numa situação de desenho em um hospital infantil, uma das formas de
avaliação mais simples, é através de seus desenhos. Segundo Fonseca e Mendes:
O trabalho com a psicomotricidade vem sendo abordado cada vez mais como essencial
para o desenvolvimento global do ser humano. Desde o nascimento, o ser humano passa
por maturações no desenvolvimento do corpo e seus movimentos que, aos poucos, vão se
transformando em movimentos mais complexos e expressados, posteriormente, em
linguagem. Esse processo nada mais é do que a vivência dos elementos psicomotores
dentro de contextos histórico-culturais e afetivos significativos.
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5 – CONCLUSÃO
Através deste trabalho, podemos refletir sobre a importância de uma classe hospitalar,
bem como a atuação do professor dentro de uma unidade hospitalar, com o objetivo de
atender a um número de crianças com necessidades especiais em vários sentidos; buscando
demonstrar a necessidade da intervenção pedagógica, no que refere a efetivação não só de
uma classe, mas do trabalho como um todo com crianças e adolescentes acometidos por
doenças que demandam hospitalização prolongada, em que isso muitas vezes pode prejudicar
nos seus estudos. Com isso a figura do pedagogo hospitalar ganha papel de destaque, já que
conta com o auxílio de fazer com que esta criança compreenda a condição que está passando e
a ajuda a não perder o convívio social e a não se afastar do seu cotidiano escolar adaptando-a
a sua condição psico-social.
Apesar de ser uma modalidade recente, é essencial para o aluno-paciente este
profissional, pois ele irá favorecer muito na qualidade de vida, evitando que a criança se sinta
com medo e ansiosa, o que muitas vezes acaba agravando seu quadro clínico.
O pedagogo hospitalar deverá estar habilitado para trabalhar com a diversidade
humana e diferentes experiências culturais, decidindo e inserindo modificações e adaptações
curriculares em processo flexibilizador de ensino/aprendizagem. Trabalhando com os alunos-
pacientes atividades como: contar histórias, recreação, jogos, artes e atividades relacionadas
com que a criança está estudando na escola que freqüenta.
Além disso, é de grande valia, o uso da Psicomotricidade, que por sua vez, a partir da
manipulação dos objetos é que a criança descobre e redescobre o mundo em que vive.
Fazer do corpo, uma relação de equilíbrio entre o psíquico e o motor, elevando as
potencialidades de cada indivíduo de acordo com suas limitações. Nos gestos e movimentos
da criança está sempre expresso e projetado seu grau de desenvolvimento.
Assim sendo, durante o período de internação de um aluno-paciente, o pedagogo
torna-se um fator primordial no tratamento e recuperação da criança, pois ela irá perceber que
não está sozinha em seu sofrimento e que as pessoas estão ali para lhe trazer o mesmo
conforto e a atenção especializada que esteve presente em seu convívio social.
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6 – REFERÊNCIAS
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos, para quê? 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
CECCIM, Ricardo Burg; FONSECA, Eneida Simões. Classes Hospitalares: Onde, quantas
e por que? In: FONSECA, Eneida S. Atendimento escolar hospitalar. O trabalho
pedagógico no ambiente hospitalar: a criança doente também estuda e aprende. Rio de
Janeiro: Ed. Da UERJ, 2001.
AJURIAGUERRA, Julian de. Manual de psiquiatria infantil, 2.ed. São Paulo: Masson do
Brasil, 1980.
FONSECA, Vitor da; MENDES, Nelson. Escola, escola, quem és tu? Perspectivas
psicomotoras do desenvolvimento humano. Lisboa: Editorial Notícias, 1988.
Disponívelem:<http://www.webartigos.com/artigos/historico-da-pedagogiahospitalar/74994/>
Aceeso em: 04 mar.2016.
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ANEXOS
Rio de Janeiro
Hospital Geral de Nova Iguaçu
Hospital Infantil Ismélia da Silveira - Duque de Caxias
Hospital Geral de Bonsucesso
Hospital Naval Marcílio Dias
Hospital Municipal Jesus
Instituto Nacional do Cancer - INCA
Hemorio
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho
Hospital dos Servidores do Estado
Hospital Cardoso Fontes
Instituto Fernandes Figueira
Casa Ronald
REGIÃO SUL
PARANÁ
Hospital de Clinicas da UFPR
Hospital Pequeno Príncipe
Hospital do Trabalhador
Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia
Hospital Erasto Gaertner
Hospital Universitário Evangélico de Curitiba
Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná (Londrina)
Hospital Universitário Regional de Maringá
Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Cascavel)
Hospital Infantil Doutor Waldemar Monastier (Campo Largo)
Hospital Regional do Litoral (Paranaguá)
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