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Aprovado em ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
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MARIA ANDRÉIA ALMEIDA DE SOUSA
ORIENTADORA
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ALESSANDRO DA COSTA PINHEIRO
COORDENADOR
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PROFESSOR CONVIDADO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7
1. EDUCAÇÃO FÍSICA E O EDUCADOR FÍSICO ................................................ 13
1.1. RELAÇÃO ENTRE A PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA E A ATUAÇÃO DO
EDUCADOR FÍSICO................................................................................................................ 13
2. O AUTISMO ...................................................................................................... 18
2.1. CONCEITO DE AUTISMO ............................................................................................ 18
INTRODUÇÃO
Atualmente o mundo ainda vive um momento de muita luta pelos direitos dos
grupos menores, excluídos e segregados, lutando por sua inclusão social. Em relação
à educação, o processo se denomina educação inclusiva, cujo principal objetivo é
assegurar uma escola democrática onde todos sejam atendidos, independentemente
da diversidade, sendo respeitados e valorizados (LOPES, 2011).
A evolução do entendimento do autismo está intimamente relacionada à
história das doenças mentais. Os estágios iniciais da pesquisa nesse campo foram
influenciados pelas contribuições de figuras como Itard, Bettlheim, Rimland, Ornitz,
Ritvo, Rutter, Bartak, Newman, Loovas, entre outros.
Inicialmente, em 1911, o médico psiquiatra suíço Eugen Bleuler considerava
o autismo como um sintoma de condições como esquizofrenia, retardo mental e
psicose infantil. Na década de 1940, o médico austríaco psiquiatra Leo Kanner
descreveu o autismo como um distúrbio caracterizado pela dificuldade em estabelecer
relacionamentos e interações cotidianas com outras pessoas. Ele observou sintomas
como deficiências na linguagem, resistência a mudanças, preferência por objetos em
vez de pessoas, perturbações associadas à quebra de rotina e falta de resposta ao
ambiente, características que ele acreditava estarem presentes desde a infância.
Nas décadas de 1950, 1960 e 1970, o debate sobre o autismo ganhou
destaque, principalmente nos Estados Unidos, devido ao surgimento de movimentos
sociais e pesquisas no campo do retardo mental e deficiências. Nesse período, devido
à desumanização no tratamento desses indivíduos, o médico sueco Bengte Nirje
comparou as instituições de tratamento mental a campos de concentração nazistas e
propôs o princípio da normalização na cultura americana. Esse princípio defendia que
pessoas com desenvolvimento atípico deveriam ter condições de vida semelhantes
às da sociedade em geral.
O princípio da normalização representou um avanço na atenção às pessoas
com deficiência ou transtornos mentais, que antes eram frequentemente esquecidas
e institucionalizadas por longos períodos. No entanto, mesmo com esse progresso em
termos de igualdade de direitos, as pessoas com diferenças de desenvolvimento ainda
eram vistas sob uma perspectiva puramente orgânica e patológica. Isso refletia o
chamado modelo biomédico da deficiência, no qual a pessoa era definida
principalmente por sua condição patológica.
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2. O AUTISMO
A terminação autismo foi utilizada pela primeira vez para nomear a perda
do contato da realidade e a dificuldade na comunicação. Tal feito foi executado por
Bleuler em 1911. Em 1943 um quadro chamado de Distúrbios Autísticos e inatos de
contato afetivo foi relatado por Kanner ao observar indivíduos com retardo mental e
distúrbios de comportamento. Ele percebeu que alguns apresentavam
comportamentos diferenciados e bastante peculiares e os separou dos indivíduos
esquizofrênicos para aprimorar a descrição clínica do tal distúrbio autístico
(SCHWARTZMAN, 2014).
A história do autismo no Brasil é marcada por iniciantes em termos de
diagnóstico, tratamento e inclusão. No entanto, ao longo do tempo, houve uma
compreensão limitada sobre o autismo, levando a uma série de desafios para as
pessoas autistas e suas famílias.
Até o final da década de 1980, havia pouca informação sobre o autismo no
Brasil. Muitas crianças autistas foram erroneamente diagnosticadas com retardo
mental ou transtornos emocionais. As famílias enfrentaram dificuldades para encontrar
profissionais qualificados e serviços especializados para o tratamento de seus filhos.
A conscientização sobre o autismo começou a crescer na década de 1990,
impulsionada principalmente pelo trabalho de organizações não governamentais
(ONGs), pais e profissionais da área da saúde. Esses grupos passaram a promover a
disseminação de informações sobre o autismo e a luta pelos direitos das pessoas
autistas. (LEBOYER, 1995)
Em 1999, foi aprovada a Lei nº 7.853, que dispõe sobre o apoio às pessoas
com deficiência e garante direitos como acesso à saúde, educação, trabalho e
assistência social. Essa legislação contribuiu para a inclusão das pessoas autistas e
estabeleceu as bases para o reconhecimento de seus direitos.
Filho (2010) concorda que neste estudo de Léo Kanner foram de fato
descritas as principais distinções do autismo embora apresentando ainda certa
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pessoas e isso faz com que haja a demora na interação ou até anão compreensão do
comportamento do outro.
Estereotipias são movimentos repetitivos que são bastante comuns em
pessoas com autismo. É possível nota-las quando a pessoa recebe muitos estímulos
ao mesmo tempo. Sua presença é o que leva a maioria das famílias a buscar ajuda
no diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) sobretudo quando está
acompanhada de outros sinais comuns (BANDEIRA, 2023)
O questionamento que permeia é se as estereotipias são problemas, como
e por quê acontecem com frequência e qual a melhor intervenção para trabalhar o
eliminar esses movimentos.
Dentre as estereotipias em autistas existem algumas que são mais comuns:
agitar as mãos, bater os pés balançar o corpo, repetir sons e até girar objetos ou até
mesmo o próprio corpo. No entanto é importante ressaltar que as estereotipias não
são movimentos exclusivos de pessoas com transtorno do espectro autista. Pessoas
neurotípicas podem e muitas vezes apresentam muitos movimentos repetitivos que
vão desde morder tampas de canetas, estalar os dedos, bater as mãos sobre a mesa
ou cruzar e descruzar as pernas (BANDEIRA, 2023).
No caso das pessoas com transtorno do espectro autista as estereotipias
não necessitam obrigatoriamente serem retiradas, tendo em vista que elas possuem
uma função de ajudar na regulação emocional. Os únicos casos em que devem ser
obrigatoriamente retiradas é quando podem causar problemas físicos para o indivíduo
ou pessoas ao seu redor sendo auto lesivas ou lesivas (SILVA, 2012).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, M. S. F.. Inclusão Social. In: E. J. Manzini (Org.) Educação Especial: Temas
Atuais. Unesp. Marília-Publicações, 2000.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mundo Singular – Entenda o Autismo. Rio de Janeiro.
ED. Fontanar, 2012.