Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
Shirley Moreira Alves
EDUCAÇÃO E MOVIMENTO
CORPORAL
1ª Edição
Sobral/2017
3
4
Sumário
Apresentação do Professor
Sobre a autora
Bibliografia
Bibliografia da Web
5
6
Apresentação do professor
A autora!
7
Sobre a autora
8
O CORPO: RELAÇÕES
E SIGNIFICADOS
HISTÓRICOS
9
10
O corpo: relações e interações na contemporaneidade
11
Contemplar o corpo nu era motivo de prazer, pois representava a saúde
e harmonia física que eram priorizados pelos gregos. Nessa época o corpo
agregava valor por sua capacidade performática, saúde e estética, num
conjunto dual entre corpo e mente rumo à perfeição. O corpo atlético (Figura 1)
era almejado por todos, e a disseminação por Hipócrates (pai da medicina) dá
ideia de que os exercícios físicos eram benéficos não só para os músculos e
sim para a saúde mental, motivando a existência da dualidade entre corpo e
mente. A figura a seguir relata o corpo atlético de um desportista (lançador de
disco) da Grécia antiga feita pelo escultor Míron.
Figura 1
Fonte: www.google.com.br
12
Tendo como ponto de partida o quadro que remonta a ideia
renascentista de que o homem constrói a si próprio, é possível enxergá-lo
como foco do pensamento humano medieval, onde o humanismo, ou seja, a
valorização do homem e da natureza é fortemente retratada nas manifestações
culturais, na literatura e ciências como um todo, colocando o corpo da Idade
Média e o corpo do Renascentismo como processo contínuo não divergente, e
sim contínuo e cheio de diversidade. Porém, é preciso examinar cada período e
suas características particulares.
13
valorizava a saúde, já que nesse período algumas patologias como a lepra,
supostamente causada por exercícios excessivos, dietas inadequadas ou ainda
pelos ares fétidos de matérias em decomposição, e a peste negra figuravam
como determinantes dos altos índices de mortalidade na comunidade europeia.
Esse cenário colocava o corpo em segregação social incentivada pela igreja,
que pregava que a lepra se contraía através de atos sexuais impuros, a figura
(2) mostra um leproso tendo sua entrada na cidade barrada por um burguês
que está no portão principal.
Figura 2.
Fonte: http://www.ricardocosta.com
14
objeto social controlado sob normas e códigos, porém, com a incrível
capacidade de se opor ao controle social.
15
Atualmente, o corpo é alvo de inúmeros estímulos que vão desde o
cuidado com a saúde, higiene, práticas de lazer, alimentação saudável,
exercícios físicos, até cuidados e cirurgias estéticas, dentre outros, colocando
em questão as atitudes individuais e o comportamento em sociedade. Apesar
de esses estímulos gerarem um estilo de vida saudável, em alguns casos
também coloca em evidência o uso do corpo como produto, o narcisismo, as
contradições das escolhas, a busca pelo poder e afirmação social, uma vez
que o corpo está para além das relações do indivíduo consigo mesmo.
16
Nesse sentido, pode-se afirmar que a modernidade trouxe consigo um
discurso baseado na ciência, na civilização, no progresso e racionalidade no
intuito de promover uma nova instituição, capaz de carregar a responsabilidade
de instaurar uma nova ordem com base no reconhecimento do Estado, através
da industrialização, da competição, do fortalecimento e disputa das classes
sociais etc. Era o início da escolarização de grandes massas, pois nesse
momento ocorria a substituição da educação doméstica pela educação
seriada, graduada. Nesse lento processo de escolarização, pelo qual
passavam todas as civilizações no mundo, era possível identificar dois pilares
primordiais na tentativa de redimensionar o papel do corpo na escola: um
através do surgimento das ginásticas, dos trabalhos manuais, da higiene, dos
exercícios militares etc, e outro ancorado na eugenia com base no
fortalecimento da raça através de novos hábitos e valores afirmando a escola
como uma instituição aprimorada da família.
17
disciplinado, ainda que de forma velada, para atender as demandas dos grupos
sociais dominantes, portanto, é possível dizer que o corpo é educado,
disciplinado, docilizado de forma especialmente sutil. Há relatos na literatura de
que nas escolas do século XVIII e XIX o corpo era trabalhado de forma rigorosa
através de regulamentos que controlavam de forma mecânica o movimento, o
comportamento corporal dos estudantes, a forma como se colocavam no
espaço e no tempo, deixando aprisionada a espontaneidade nos gestos e
atitudes.
18
sua vida escolar. Esses traços de dominação podem ser identificados no
excesso da mente em relação ao corpo, como estudado anteriormente.
19
irreparável, na aplicação dos castigos, pois eram empregados em prol do
desenvolvimento da instrução, porém, geravam grande dificuldade de
aprendizado nos estudantes por se sentirem intelectualmente e moralmente
atingidos. A modernização da escola trouxe consigo o fim dos castigos como
ferramenta de formação do indivíduo dentro da escola. Pesquisas realizadas
por estudiosos apontaram que tal prática era desnecessária e até mesmo
prejudicial ao estudante.
20
Não obstante, o corpo permite que o indivíduo seja visto, já que seus
sentimentos, atitudes e pensamentos estão ligados através de uma teia
complexa que dá a dimensão da percepção corporal do homem. Através do
corpo é possível interagir e perceber o que se passa em seu entorno,
enveredando na multiplicidade do que é possível e impossível no campo real e
imaginário. Todas as influências sejam elas sociais, culturais, biológicas,
religiosas ou de poder, são forças que atuam diretamente sobre a estruturação
e construção cultural do corpo, perpassando gerações.
22
Métodos ginásticos europeus
Escola Alemã
23
a partir desse método ginástico que nasce a Ginástica Olímpica que se
conhece nos dias atuais.
O método alemão, criticado por Rui Barbosa por não ser adequado para
fins pedagógico e sim apenas militar, foi consagrado como método oficial do
exército brasileiro a partir de 1860, até 1912, data em que o método francês
assume o seu lugar. Sobre este método francês, a discussão será mais
adiante.
Escola Sueca
24
Henrick Ling. A Ginástica era apontada ainda como ferramenta que deveria ser
utilizada para fins médicos, militares, estéticos e ortopédicos, e era dividida em
quatro partes: Ginástica Pedagógica ou Educativa, voltada para a saúde e
desenvolvimento do indivíduo; Ginástica Militar, que mantinha as
características da ginástica pedagógica, porém com exercícios voltados para
preparar os indivíduos para as guerras; Ginástica Médica ou Ortopédica, que
objetivava eliminar os vícios posturais, e a Ginástica Estética, baseada na
pedagógica voltada para o cultivo do corpo belo e harmonioso.
Escola Francesa
Esse método é o que você deve dispensar maior atenção, pois foi o de
maior importância e influência para a Educação Física no Brasil.
25
introduzido nas escolas brasileiras (1929), servindo de base para a Educação
Física Brasileira. Contudo, foi duramente criticado pela Associação Brasileira
de Educação (ABE) que entendia a implantação e obrigatoriedade de um
sistema estrangeiro de ginástica. Todavia, por ser um método estrangeiro, não
se enxergava o atendimento das necessidades perante a solução dos
problemas educacionais existentes, haja vista ter características específicas de
outra nação.
Escola Inglesa
26
naturais e os Jogos, caracterizados pela execução de movimentos simples e
naturais, e posteriormente pela a execução dos jogos; Exercícios Formativos,
que visavam à formação e desenvolvimento harmonioso do indivíduo; e
Desportos Coletivos, que era uma espécie de complemento dos jogos
vivenciados anteriormente.
Calistenia
27
Atividade de Aprendizagem: Faça uma pesquisa norteada pela
seguinte pergunta: qual a importância do movimento e da ludicidade no
Desenvolvimento Motor e Cognitivo da criança? Produza um texto relatando a
contribuição da interdisciplinaridade no processo de aprendizagem da criança.
28
CULTURA CORPORAL
DO MOVIMENTO E
CORPOREIDADE
29
30
Cultura e contexto histórico do movimento e
corporeidade
31
sobre terrenos variados, transpor rios e obstáculos naturais, dentre outros.
Essa relação com o meio ambiente proporcionou uma troca harmônica e
ritmada de movimentos corporais. Contudo, a evolução racional do homem
gerou um campo de empatia de seu corpo e suas possíveis ações com o
mundo que o rodeava, dando maior significado às expressões corporais que
representavam sentimentos, ou seja, o movimento começa a tornar-se
importante para dar o tom das relações interpessoais, num processo de
formalização de gestos.
32
com a natureza. A cultura não pode ser apresentada como um conceito restrito
em si, pois apresenta a multiplicidade do mundo ao seu redor, colocando-se
como fenômeno que possui influência da educação, dos movimentos sociais,
da filosofia, literatura, da ciência, arte, etc.
33
desafio de organizar, balizar, discutir e adequar os conteúdos que compõem a
Cultura Corporal do Movimento.
34
Foi à experimentação e interação com a natureza que permitiu ao
homem transformar diretamente a sua forma de existência natural, o que
resultou na construção da corporeidade ao longo dos tempos, tornando o
movimento corporal um universo de possibilidades para além das ações
mecânicas. Cabe destacar aqui o termo corporeidade que possui um caráter
dual, uma dimensão física e outra imaterial, diz respeito à qualidade corpórea,
encarnação ou corpo perceptivo em profunda relação com a subjetividade
arquitetada pela mente.
35
sistematização de gestos esportivos, atividades lúdicas, vivências terapêuticas,
etc, seja em sociedade ou individualmente, convergem para um entendimento
da Cultura Corporal do Movimento como um conjunto de atividades que
englobam o fazer artístico, cultural, intelectual e filosófico, que compõem a
linguagem corporal.
36
Estudos realizados acerca do que se conhece como Zona da
Corporeidade aponta o conceito de “atitude” como ponto chave. Essa teoria,
denominada Análise de Movimento de Laban (LMA), reconhece que os fatores
como espaço, tempo, fluxo e peso estão presentes em todo e qualquer
movimento, e que a análise de tais fatores visa tornar perceptíveis as
mudanças na qualidade da ação em si ou a atitude daquele que se move.
37
à movimentação estratégica dos professores para orientar a turma, levarão o
indivíduo a produzir movimentos complexos específicos durante a aula como
rolamentos, saltos e giros variados. Tais movimentos podem exigir de seu
executor atitudes que exprimam força, equilíbrio (estático e dinâmico),
agilidade, e por isso, exige de seus praticantes posturas e movimentos
coordenados em si e com os demais colegas, além de permitirem interpretação
significativa a partir do contexto ao qual estão inseridos, pois um movimento
que exige atitude de força pode exprimir competitividade, que muitas vezes não
é o foco da atividade proposta, exigindo do profissional responsável ajustes
imediato.
38
PARA SABER MAIS:
39
facilita a aquisição de novos conhecimentos e substitui os demais símbolos de
comunicação.
40
Contudo, para muitos profissionais que trabalham nas escolas o papel
destas está longe de ser um local de disseminação de práticas corporais
carregadas de emoções e anseios. Em outras palavras, não seria papel da
escola, na visão restrita desses profissionais, proporcionar o desenvolvimento
da corporeidade infantil a partir de ferramentas pedagógicas. Na verdade, o
que ocorre frequentemente é a criação de normas e regras no intuito de
controlar as manifestações corporais das crianças, como por exemplo, a
restrição de espaços aos quais as crianças podem ter acesso, a imposição do
silêncio e movimentos considerados inadequados em sala de aula, a divisão do
tempo para as atividades, à forma como as crianças são postas em filas, as
penalidades aplicadas, dentre outros.
42
Em oposição, Barbosa (2011) em seus estudos indica que o corpo
representa para a criança um elo com a realidade. A ação corporal
experimentada previamente é o que vai proporcionar a ela a oportunidade de
analisar, sintetizar, representar mentalmente o mundo a sua volta, além de
torná-la capaz de realizar operações lógicas. A exploração do corpo por meio
do movimento influencia positivamente no desenvolvimento infantil.
Contudo, ocorre que mesmo nas atividades que envolvem ação motora
constante como na prática de esportes, essas atividades são disponibilizadas
para as crianças como se fossem comidas enlatadas, prontas a serem
servidas. Esse formato exclui a possibilidade de “vivência-ação”, em que a
criança pode ser ator efetivo na situação e receber as demandas geradas
naquele determinado momento, tornando-a apenas executora, ser passivo de
controle e regras ditados, onde seus movimentos são constantemente
adestrados.
43
Nessa direção podemos destacar a utilização de alguns elementos que
certamente contribuirão para o desenvolvimento das capacidades, habilidades
e valências corporais na infância, tais como: conhecimento amplo das diversas
partes do corpo e sua relação com a mente na construção da corporeidade;
noção de espaço tempo (perto, longe, alto, baixo, etc), lateralidade (direita
esquerda); experimentação do andar, correr, saltar, girar, rolar, transportar,
engatinhar em ritmos variados; desenvolvimento da coordenação motora geral,
e do equilíbrio estático e dinâmico; e fortalecimento das relações interpessoais
através de atividades coletivas.
44
O jogo no desenvolvimento infantil
45
A partir do momento em que a criança consegue imaginar, ela deixa de
utilizar os jogos de exercício e passa a valer-se dos jogos simbólicos, que
estão ligados à ficção e imaginação, características não observáveis nos jogos
de exercício. O Jogo simbólico é observado a partir do momento em que a
criança entra no estágio pré-operatório (a partir de 2 anos de idade),
possibilitando a representação deformada dos conteúdos de sua vida, ou seja,
a criança passa a ter a capacidade de alterar a realidade conforme suas
necessidades, podendo representar e recriar situações. Em outros termos, é o
jogo do faz de conta, no qual a principal estrutura é o símbolo.
46
MOVIMENTO E
APRENDIZAGEM NA
INFÂNCIA
47
48
O processo de aprendizagem motora durante a infância
49
Levando-se em consideração os diversos momentos históricos que
permeiam a Educação Física no Brasil, os quais atendiam às demandas do
militarismo, do modelo tecnicista, do esportivismo, da ciência, do higienismo,
da dicotomia estudante-atleta e processo seletivo excludente, é possível
observar uma clara modificação no projeto da escola com relação aos seus
objetivos, conceitos e propostas.
50
Já no início dos anos 80 surgiu a Abordagem Ecológica ou Abordagem
dos Sistemas Dinâmicos em contraponto a (AOP), colocando em plano
secundário o sistema efetor e criticando a falta de substancialidades nas
respostas acerca da coordenação ou controle dos graus de liberdade durante a
execução do movimento. A Abordagem dos Sistemas Dinâmicos possui como
característica principal a ênfase ecológica, na assertiva de que o sistema efetor
é resultante da organização entre interação dinâmica do organismo e
características do meio ambiente, sendo ainda contrária ao pensamento
cognitivo psicológico de que as estruturas cerebrais como memória, programa
motor e esquema corporal são propostas definidas. Em outras palavras, a
(AOP) acredita que o sistema motor pode funcionar de forma autônoma, sem
recorrer a respostas cognitivas.
52
O comportamento motor de um indivíduo pode ser analisado durante o
processo de aprendizagem diante da seguinte divisão: Estágio1: Cognitivo,
no qual o indivíduo é considerado inexperiente e o movimento executado é
muito variável, descoordenado, não possui fluência. O indivíduo está buscando
descobrir como realizar a tarefa, suas principais características, como executá-
la, e claramente apresenta dificuldade de identificar estímulos que são
imprescindíveis para a execução motora levando ao erro; Estágio 2:
Associativo (intermediário), quando a cada tentativa elementos
desnecessários são excluídos da execução do movimento, reduzindo tempo e
energia empregados para tanto. Neste nível a atenção e o padrão motor são
mais apurados, o que leva à estabilização do movimento e diminuição da
ocorrência de erros; e Estágio 3: Autônomo (avançado), onde a ação motora
requisitada é realizada com o menor gasto energético e de tempo possível com
a máxima eficiência. Aqui se destacam o padrão motor constante e o mínimo
de atenção empregada para a execução motora.
53
indivíduo está inserido são pontos determinantes para identificar a direção e
magnitude das mudanças causadas nos organismos como um todo, pois as
alterações nos padrões provocam não apenas modificações motoras, uma vez
que os fatores que permeiam as capacidades de movimento estão interligados
por teia complexa conectada com o desenvolvimento afetivo e cognitivo.
54
exigências fisiológicas, motoras, cognitivas e afetivas, e isso é extremamente
satisfatório para o seu desenvolvimento motor. Porém, ao atingir certo padrão
motor, o aprimoramento dos movimentos com boa eficiência mecânica deve se
dar através de atividades que contemplem a multiplicidade de fatores como a
constância espacial, temporal e dinâmica das crianças.
55
Fig. 3 Pirâmide do Desenvolvimento Motor
Fonte: http://www.efdeportes.com/efd186/padroes-motores-fundamentais-de-movimento.htm
56
sensorial de curta duração, sob a ação da atenção e passará a figurar a
memória de curta duração e retornar possíveis respostas.
57
diversas informações advindas do meio ambiente podem interferir na atenção e
na capacidade da criança de selecionar as informações relevantes, podendo
atender aos vários estímulos simultaneamente, como por exemplo, em uma
aula de dança em que a criança se depara com o espelho, equipamentos
específicos, som, demais colegas e o professor, sendo atraída pelos inúmeros
estímulos prejudicando sua atenção aos comandos do professor.
58
significados, tornando-se ampla à medida que o indivíduo amadurece e
aprimora a qualidade do que aprendeu e seu grau de abstração.
Correr
59
Durante a corrida a criança que realiza a fase aérea de maneira muito
curta, o apoio com o pé totalmente em contato com o solo, e com os braços
mantidos em posição de guarda, são alocadas no nível 1 de aprendizagem. No
segundo nível, a fase aérea é melhor executada, sendo mais longa. Nesse
nível a corrida é menos saltada e os braços tendem a cruzar a linha média do
corpo. Já no nível seguinte a corrida é executada de forma mais veloz, os
braços se movimentam de forma oposta aos membros inferiores, o apoio é feito
apenas pela ponta do pé e a fase aérea é máxima.
Saltar
Chutar
60
corporais. No segundo estágio uma maior potência é empregada no chute com
a nítida participação dos braços em oposição ao movimento principal (chute) e
leve oscilação da perna para trás e para cima. O próximo estágio dá conta de
uma extensão do quadril antes de realizar o chute e maior oscilação da perna
de chute, e ainda maior participação dos demais segmentos corporais. Por fim,
o quarto estágio se refere a uma flexão efetiva do quadril e joelho, ocorrendo
um maior ajuste dos membros superiores durante o chute.
Desenvolvimento cognitivo
Como já estudado neste módulo, as crianças possuem intensa
movimentação desde que nascem e isso as tornará extremamente
competentes no que diz respeito ao controle do próprio corpo a partir de gestos
cheios de intencionalidade. Contudo, questionamentos como de que forma os
recém-nascidos solucionam problemas, ou quando ocorre o desenvolvimento
da memória, têm sido pauta constante entre os estudiosos do assunto.
61
Abordagem Behaviorista, interessada em compreender os mecanismos
básicos da aprendizagem;
62
movimento de sucção do bebê, que é relativamente simples, mas, que evolui
para o movimento de sugar o peito, o dedo e o bico da mamadeira.
63
O período sensório-motor compreende seis sub estágios nos quais os
bebês desenvolvem a capacidade de pensar, lembrar e conhecer o mundo
físico (objetos e relações espaciais): 1) Uso de reflexos (de 0 a 1 mês,
aproximadamente); 2) reações circulares primárias (de 1 a 4 meses); 3)
Reações circulares secundárias (de 4 a 8 meses); 4) Coordenação de
esquemas secundários (de 8 a 12 meses); 5) Combinações circulares
terciárias (de 12 a 18 meses), e 6) Combinações mentais (de 18 meses a 2
anos).
64
processo de desenvolvimento e aprendizagem. Devemos atentar para o fato de
que é nesse período que surgem novos conhecimentos e com eles as
inúmeras tentativas de solucionar os problemas, processo este importante para
o desenvolvimento cognitivo da criança.
65
66
Bibliografia
67
CARVALHO, E. M. R. Contribuições da Teoria Walloniana à Educação
Psicomotora. Monografia de especialização em Psicomotricidade – UNIFOR,
1996.
68
HOUAISS, A. Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de janeiro: Objetiva,
2007.
69
PIAGET, J. A Equilibração das Estruturas Cognitivas. Problema central do
desenvolvimento. Zahar, Rio de Janeiro, 1975.
70
SILVA., L. M. G. da., et al. Comunicação não-verbal: reflexões acerca da
linguagem corporal. Rev. Latino-am. Enfermagem, Ribeirão Preto (SP), v.: 8
(4): 52-58 , 2000.
71
72
Bibliografia Web
73
74
75
76