Você está na página 1de 193

METAFÍSICA DA 3ª Posição

O livro dos espíritos

1
EDUARDO FAUZI

METAFÍSICA DA 3ª Posição
O livro dos espíritos

MOSCOU, 25 DE AGOSTO DE 2020

2
Sumário

ORAÇÃO DO NACIONALISTA...................................................................................................5

Nota do Editor....................................................................................................................... 6

NOTA INTRODUTÓRIA AOS CATÓLICOS.................................................................................... 7

PREFÁCIO..................................................................................................................... ..........13

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................................15
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................................................16
2. O PRINCÍPIO DAS DUAS NATUREZAS ..................................................................................................19
3. PESSOAS RUINS .....................................................................................................................................22
4 A NOSSA PRIMEIRA LEALDADE POLÍTICA ............................................................................................26
5. LINEAMENTO UNIVERSAL SUPERIOR ..................................................................................................29
6. ESPÍRITOS TREVOSOS SE ALIMENTAM DAS NOSSAS ENERGIAS .......................................................34
7. LOCAIS DE EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS MALIGNOS E A ABERTURA DE PORTAIS ...........................38
8. NÃO TENHA MEDO!!! ...........................................................................................................................40
9. INVEJA E IDOLATRIA .............................................................................................................................45
10. ESTÁGIOS DE CONTAMINAÇÃO SEGUNDO O PADRE NELSON .......................................................48
11. A FALÁCIA DO SISTEMA DEMOCRÁTICO! .........................................................................................56
12. A IMPORTÂNCIA DA ESPIRITUALIDADE DAS LIDERANÇAS POLÍTICAS ..........................................57
13. DEMONOLOGIA E TIPOS DE ESPÍRITOS MALIGNOS .........................................................................58
14. VAMPIRISMO SEXUAL ........................................................................................................................61
15. SODOMIA ESPIRITUAL COMO RITO POLÍTICO ..................................................................................66
16. O CONDE DRÁCULA .............................................................................................................................68
17. SEXO ANAL COMO FERRAMENTA POLÍTICA .....................................................................................70
18. AS FALANGES ESPIRITUAIS .................................................................................................................73
19. O CULTO ROMANO..............................................................................................................................77
20. O QUE OS ESPÍRITOS OBSCUROS QUEREM ......................................................................................84
21. O CRISTIANISMO E A CONVERSÃO DO IMPÉRIO .............................................................................88
22. “POR QUE SE BATIZA PELOS DEFUNTOS?” .......................................................................................90
23. FUJA DE RELIGIÕES DE SACRIFÍCIO....................................................................................................94

3
24. VAMPIROS DE ENERGIA .....................................................................................................................97
25. EXORCISMOS PARTICULARES ...........................................................................................................103
26. ONDE OS ESPÍRITOS MALIGNOS MORAM ......................................................................................104
27. A POSSESSÃO POR ALMAS DANADAS .............................................................................................107
28. RITO ESPELHADO ...............................................................................................................................110
29. MIASMAS ...........................................................................................................................................116
30. BATALHA ESPIRITUAL E POLÍTICA ATUAL .......................................................................................123
31. ADORAÇÃO DIABÓLICA, VASSALAGEM DEMONÍACA E POSSESSÃO POR ALMAS DANADAS ...130
32. GUERRAS NO MUNDO ESPIRITUAL .................................................................................................133
33. A GUERRA DOS DEUSES E OS LOMBARDOS ...................................................................................136
34. SEDE POR SACRIFÍCIOS .....................................................................................................................140
35. AS MENTIRAS DOS ESPÍRITOS E A “SALVAÇÃO DA ALMA” DOS INICIADOS ...............................146
36. A NATUREZA DAS ORDENS INICIÁTICAS .........................................................................................152
37. COURAÇA ESPIRITUAL ......................................................................................................................157
38. MALDIÇÕES FAMILIARES ..................................................................................................................164
39. ADORAÇÃO INVOLUNTÁRIA ............................................................................................................167
40. AS EMPRESAS LUCRAM ....................................................................................................................170
41. RITOS INVOLUNTÁRIOS E O CÓDIGO DA MENTIRA .......................................................................174
42. QUANDO EU FUI VAMPIRIZADO ......................................................................................................180
43. ESTADOS UNIDOS, PORTUGAL E O DESTINO IMPERIAL DO BRASIL ............................................182
44. CONCLUSÃO .......................................................................................................................................185

EPÍLOGO...........................................................................................................................................189

4
ORAÇÃO DO NACIONALISTA

Senhor meu, Jesus Cristo, querendo crumprir a vossa vontade de um reinado social,
dai-me forças e uma espada em punho, me lance a luta por Vós e pela Pátria. Fazei recuar
meus inimigos que escarnecem vosso ignominioso padecimento, que se deu único e
exclusivamente por amor de nós.

Salvador e redentor meu, que nada me obrigue a recuar, quando estiver em favor da
Santa Madre Igreja, a razão e a verdade; nem opressões, nem ameaças, nem processos, nem
mesmo a prisão ou morte, pois Tu me darás o Teu escudo de vitória, Tua mão direita me
sustém para que eu persiga os blasfemadores, e os alcance e não volte enquanto não forem
destruídos, afim de louvar Vossa clemência e Vos dar as devidas graças por me haverdes
deixado pertencer a Terra de Santa Cruz.

Meu Santo Anjo, iluminai-me, fortalecei-me, guiai-me e defendei-me. Amém!

-Paulo Cekada

5
NOTA DO EDITOR

No dia 3 de setembro de 2020, o autor da obra me enviou o arquivo contendo o conteúdo


do livro, estava todo bagunçado e sem formatação, no exilio na Rússia o teclado é diferente e é
preciso fazer uma adaptação, isso era a noite, como um despertar divino nosso combatente me
enviou os arquivos antes que a Interpol fizesse sua apreensão, não estava sabendo de nada até que
liguei o aparelho celular e fiquei sabendo da fatídica noticia, mas seu legado de exilio estava
preservado comigo, confuso e sem saber o que fazer entrei em contato com os camaradas da
dissidência da terceira via, precisávamos de apoio, realizar a formatação, correção edição e arte
para a capa do livro do camarada Eduardo Fauzi.

Reuni um grupo de dissidentes algumas semanas e iniciamos nossos trabalhos, citando


uma frase de um livro de Gustavo Barroso “No Fundo da Alma de Qualquer Povo dormem,
ignoradas forças infinitas. Quem as souber despertar, moverá montanhas “, com muita luta
conseguimos terminar de finalizar essa obra para a honra daquele que realizou o ataque santo, dos
que blasfemaram contra o mais sagrado que é Deus Nosso Senhor e sua Santíssima Mãe, outra
citação de São Tomás de Aquino em sua “Suma Teológica, I-II-9. XIII- an. 3: 1 “lei humana
somente deve ser considerada lei, enquanto conformar com a reta razão, o que manifesta que deriva
da Lei Eterna. Mas, desde que se afasta da reta razão, é lei iniqua e, perdendo a essência de lei, se
torna violência”.

Meu nome é Irineu Marques da Fonseca Neto, descendente de Lusitanos e assim como
meus antepassados levaram o estandarte da cruz por todo o globo e a Verdade é Imutável, “Deus
não muda (Mt,3,6)” estamos lutando nesse mundo dominado pelos globalistas, esse livro expõe o
pensamento da 3ª Posição politica com nossas raízes lusitanas e brasileiras, agradeço a cada um
que contribuiu para que esse livro se tornasse realidade, Tenham Bons Estudos, Anaué.

Irineu Marques da Fonseca Neto, 24 de Setembro de 2020, Campo Grande, Brasil.

6
NOTA INTRODUTÓRIA AOS CATÓLICOS

Eu queria aqui fazer um breve apanhado sobre o livro do Eduardo Fauzi cujo título é
“Metafísica da terceira posição” uma obra que, segundo o autor tem como fito enveredar por uma
teologia política abrangente que interpreta o contexto político como uma disputa entre o Reino
Negro dos espíritos das trevas contra a Pátria do Espírito dos filhos da luz.

Nós a lemos num fôlego só pois estamos sem dormir desde as 3 da manhã, acossado por
Belzebu que hoje ficou a nos espreitar na beira da cama sem nos deixar descansar sob a permissão
de Deus que deu a Satanás o poder de nos joeirar como o trigo -Evangelho de Lucas 22, 31.
Primeiramente apontamos que, no meio da leitura já havia ficado claro para nós que os vários
capítulos do livro, que insistem num poder espiritual do mal agindo, agora, com todas as suas
forças no mundo social, econômico, político, cultural, etc., vieram a calhar com o momento
existencial que vivemos. O livro nos iluminou no tocante a luta que está a ser travada em nosso
interior faz anos. Há obras que tem o poder de despertar algo dentro de nós: é o caso aqui. E o
poder de despertamento que ela gera gira em torno dum dado que nós temos desprezado não por
não acreditarmos nisso mas por desatenção e excesso de envolvimento com a ação sem tempo para
a devida reflexão: o de que a luta política que se trava aqui e agora não tem apenas um caráter
material mas sobrenatural. Seria o caso de parar um pouco e ler esse livro; mesmo que você não
concorde com os detalhes dele e com alguns pontos da obra, ela tem uma virtude que é o de chamar
a nossa atenção para uma realidade espiritual ignorada, esquecida, secundarizada: a ação do poder
das trevas, do mal, do diabo. Bom, quem nos conhece sabe que não somos integralistas e a obra se
define como sendo um exemplar integralista; que os mesmos julguem, portanto, se ela é ou não
condizente com a doutrina do sigma. A nós cabe ir além disso. Embora nós não sejamos adeptos
da frente ampla espiritualista ou mesmo crentes no ecumenismo pois somos adeptos da fé católica
romana, concordamos que, enquanto um esquema muito geral, a ideia da história humana sujeita
a um confronto entre reino negro x pátria do espírito não é estranha ao catolicismo desde que isso
seja traduzido em termos de Cidade de Deus x Cidade dos Homens. Reconhecemos, também, que
julgar uma obra desde o ponto de vista da ortodoxia quando ela deixa claro que não se trata duma
obra de teologia católica é impossível. Podemos, como fiéis da Igreja, ajuizar se uma ou outra
opinião ali emitida se coaduna com a doutrina da fé ou não, mas não podemos acusar o livro de

7
enganar o leitor ao se propor como expressão lídima da doutrina da Igreja porque ele se coloca
noutro plano qual seja:

“Esse aqui é, portanto, um LIVRO INTEGRALISTA. Como o


objetivo do integralismo é o de criar uma frente ampla espiritualista que
atue na esfera da política, eu preferi não usar das referências religiosas
de nenhuma religião em particular, ainda que eu seja católico, para
trabalhar as conclusões e postulados que eu abordo neste livro”- Fauzi;
Metafísica da Terceira Posição.

O autor aduz que pretende que seu livro atinja o máximo de pessoas deixando a cada leitor
uma interpretação a respeito dos fatos que ele traz no bojo do mesmo, aqui:

“Não vou aqui identificar as origens desses seres espirituais


nem se são espíritos desencarnados, se são anjos com ou sem livre
arbítrio, demônios e anjos decaídos, ou ainda se seriam uma terceira
coisa, os gênios de que trata a tradição islâmica, porque, como eu disse,
quero que esse estudo seja de ampla aceitação nas suas proposições e
possa ser abraçado por todos os militantes de 3ª Posição Política,
independentemente das suas afiliações religiosas.” - Fauzi; Metafísica da
Terceira Posição.

Fauzi, que começa sua obra lembrando uma passagem da Bíblia, dá a entender que estas
forças das trevas ele as identifica com os demônios como o faz a Igreja:

“Na Epístola Primeira de São João 1, cap10, o evangelista nos diz


que é filho do diabo “qualquer um que não pratica a justiça e NÃO AMA
seu irmão”. A descendência luciférica, os filhos do diabo, portanto, é
caracterizada por quem não ama, por quem trai seu irmão, quem conspira
contra os seus iguais, como fez lúcifer contra Deus e como fez Caim contra
Abel. E como seguramente seguem fazendo os demônios uns contra os
outros nas regiões inferiores do mundo espiritual” -Fauzi; Metafísica da
Terceira Posição.

8
Apesar de Fauzi assumir um ponto de vista espiritualista amplo, logo no começo do livro
ele parece indicar que pessoas de luz existem em todas as classes e povos pois estas seriam
categoriais materiais, mas nem sempre em todas as religiões – já que religião é categoria espiritual
- pois algumas estariam ligadas ao Reino Negro:

“Pessoas com inclinação inequívoca ao bem, pessoas que buscam


a verdade e à justiça, pessoas de luz, essas pessoas estão em todas as
raças, classes sociais, povos e nações. Isso é inegável. Ninguém deve ser
considerado inimigo apenas porque pertence a uma categoria
MATERIAL, seja sexo, raça, nação ou classe social..., mas deve ser
considerado amigo ou inimigo porque é, como nós, um ser de Luz ou um
ser das trevas” -Fauzi; Metafísica da Terceira Posição.

O autor advoga que os demônios se alimentam de energias materiais, o que em termos de


doutrina católica me parece assunto para uma discussão pois é uma opinião recusada por alguns
demonólogos e aceita por outros, mas não para uma acusação estrita de heresia, até por que o autor
alega, em vários pontos do livro, estar especulando, tendo como fixo, apenas o esquema geral que
expusemos no começo da nossa explanação (reino negro x pátria do espírito):

“Que quem é mau, blasfemo, egoísta, viciado em sexo, quem tem


inveja e deseja o mal para as pessoas, tudo isso gera uma sincronicidade
com espíritos malignos e atrai uma legião deles que viverão se
alimentando da energia mental desse infeliz. Eles gerarão mais e mais
eventos que estimulem esse tipo de comportamento e de pensamento de
forma que a pessoa vá produzindo mais e mais dessas emoções poderosas
que, convertidas em energia, os alimenta e fortalece” -Fauzi; Metafísica
da Terceira Posição.

Fauzi reitera, várias vezes, que crê, acima de tudo, no poder de Nosso Senhor Jesus Cristo,
contra um uso supersticioso de objetos sagrados, o que é um ponto que merece destaque:

“Se você confia mais no amuleto que em Deus você já deu sinal,
deu brecha, “abriu os portais”, autorizando os espíritos malignos que, se
estiverem ao redor, vão aproveitar para agir na sua vida. Eu, da minha
posição de católico romano, posso dizer claramente o mesmo de orações
9
verbais ou impressas, terços, medalhas e imagens. Se você confia nisso
tudo por um suposto poder que isso tenha, você já idolatrou, adorou um
deus criado por mãos humanas e abriu brechas aos espíritos para que
atuem na sua vida. O uso de imagens religiosas tem que ser acompanhado
da correta atitude mental, da fé genuína do Deus Vivo que tudo criou e
que tudo pode, contra quem nenhuma autoridade rivaliza com a dele...Eu
tinha uma imagem antiga, por quem eu tinha apreço, de Nossa Senhora
da Penha, que pertenceu à minha avó, imagem antiga e belíssima,
que mostrava o devoto sendo salvo da cobra que representa o diabo pela
intercessão que Maria faz diante do Trono de Deus, por todos nós... essa
imagem inexplicavelmente se quebrou um dia. Ao invés de me lamuriar e
reclamar a perda de uma imagem tão antiga e tão bonita, ao invés mesmo
de tentar colar essa imagem, eu dei GRAÇAS A DEUS por ela ter se
quebrado e reforcei a minha fé no Senhor Deus, exorcizando qualquer
espírito impuro que ali estivesse, em nome de Jesus Cristo. Comprei outra
depois, parecida com a original e entronizei na minha casa com a frase:
“que essa imagem de Maria seja para nós uma lembrança do perfeito
exemplo da única fé que salva e liberta que é Jesus Cristo, meu
Senhor e meu Deus, e filho de Maria, segundo a carne” - Fauzi;
Metafísica da Terceira Posição.

O autor, em diversos momentos, tenta dar uma interpretação demonológica a existência


dos espíritos do mal e sua necessidade de roubar energia:

“O caso clássico do espiritismo popular brasileiro, em que um


espírito identificado como sendo do tipo “pomba gira” seria o
responsável por estimular as mulheres a terem um comportamento
promíscuo, é apenas um exemplo desse fenômeno. Esses espíritos têm
apetites específicos. Se alimentam das energias produzidas no ato sexual.
Tais tipos de espíritos malignos já eram conhecidos na Alta Idade Média
e acabaram sendo catalogados no Malleus Malleficarum como íncubus e
súcubos, espíritos malignos que se alimentam da energia sexual produzida
por homens e mulheres, notadamente os que buscam a castidade e que
têm, portanto, altos índices de energia sexual represada. Esses ataques
ocorrem principalmente durante o sono. Os íncubos ainda roubariam o
10
sêmen dos homens que atacavam durante o sono, se alimentariam da
polução noturna dos infelizes que ficariam fracos e poderiam até morrer.
Claramente temos um caso de matéria sendo convertida em energia” -
Fauzi; Metafísica da Terceira Posição.

Podemos é claro questionar a validade dessa hipótese sustentada por Fauzi, mas não é
possível dizer que isso significa, por a mais b, heresia ou mesmo gnose como disseram alguns.

Quanto a acusação de que sua obra seria recheada de “Gnosticismo” - sem que, diga-se, os
acusadores tenham mostrado onde e como e que gnosticismo seria este – temos a seguinte
passagem em que Fauzi aduz que esotéricos de magia branca, mesmo alegando que há uma
liceidade no tocante a busca dum conhecimento oculto de certas leis superiores - a chamada gnose
– poderiam estar sendo enganados por “entidades maléficas” que se vestiriam de anjos de luz,
deixando clara sua percepção do perigo gnóstico:

“Pelo discurso público dos adeptos das escolas de mistérios de


magia branca eles não fazem parte de nenhum tipo de pacto ou acordo
com entidades dos mundos inferiores e o seu poder e os prodígios que eles
realizam vêm apenas do conhecimento real da natureza das coisas e destas
leis universais que regulam a concentração e dispersão de matéria,
a que eles têm acesso. São protegidos por níveis e a cada nível o
praticante tem mais “conhecimento” (daí “gnose”) que lhes permite
operar a concentração e a dispersão de matéria e estão cada vez mais em
um nível mais elevado de “iluminação”, ou seja, mais próximos da luz
primordial. Aqui eu preciso dizer que realmente eu NÃO TENHO
OPINIÃO FORMADA sobre isso. Não sei se tais leis secretas universais
e se o conhecimento sobre como utilizar essas leis de forma segura
realmente existe, nem sei se isso seria possível ou lícito a um católico ou
a cristãos de forma geral. O que eu é sei que demônios e espíritos malignos
MENTEM e manipulam os seres humanos para conseguir os sacrifícios
que necessitam e, portanto, sei que pode ser que um neófito bem
intencionado dessas escolas de magia branca esteja sendo enganado
quando crê que não está servindo e adorando a entidades obscuras. Esse
é um dos principais motivos de eu recusar veementemente todo o contato
com escolas de mistérios de magia branca. Eu reconheço a minha
11
incapacidade e a minha dificuldade de discernimento nas coisas do
mundo espiritual. Sei os meus limites e não quero nem preciso os
ultrapassar e acabar sendo enganado por demônios fantasiados de anjos
de luz e permitindo que eles entrem na minha vida e na da minha família”
- Fauzi; Metafísica da Terceira Posição.

Dito isto considero que a obra pode ser lida com as devidas prevenções acima elencadas:
o livro não se propõe a ser um texto de teologia dogmática mas um exemplar que objetiva perfilhar
um esquema genérico de teologia política espiritualista porém deixando claro, a todo instante, que
a preferência pessoal do autor é por ler essa cosmovisão dentro de categorias da teologia e devoção
católico-romana; embora algumas passagens, admitimos, possam soar com um tom “espírita-
kardecista” e sejam, à primeira vista, estranhas, sobretudo em razão de ser obra em estilo retórico
mais que sistemático, não vemos risco na leitura da mesma se as prevenções devidas forem
tomadas em consideração.

Dado em Nova Iguaçu, 24/09/2020,

Rafael G. Queiroz, bacharel e licenciado em História pela UERJ e professor de catequese


e católico.

12
PREFÁCIO

Diante da anomia que toma conta do Brasil e perante a indiferença e desprezo que certas
autoridades tem pelo cristianismo do povo desta grande nação, surge o nome de Eduardo Fauzi
que em seu ato santo contra a produtora blasfema do especial de natal do NetFlix demonstrou que
para os católicos não pode haver neutralidade entre o reino do Cristo e o reino do Anticristo. Essa
neutralidade é um pecado a face de Deus.
Quando muitos ditos “Integralistas” ficaram neutros diante do erro e lavaram as mãos como
Pilatos, Fauzi demonstrou ser um homem de ação, enfrentando todas as consequências futuras.
Como disse o grande integralista cearense Gustavo Barroso “para lutar é preciso estar acordado,
estar em constante vigília” e segue no seu livro Integralismo e catolicismo, citando Santo Inácio
que: “dividia os homens solicitados pelo Cristo, para a áspera batalha da verdade contra o erro
em três classes: os que se recusavam, preferindo comodidades e gozos, a maioria; os que se
alistavam, dispostos a fazer somente o esforço necessário, grande número; e os que acorriam
solícitos e entusiastas, a primeira linha, sacrificando-se generosamente, a minoria.”
Sem dúvida o sacrifício de Fauzi será lembrado como um grande Integralista (Espiritual,
moral e material) e como disse Padre Valdevino: “decepam-se cabeças, mas não podem decepar
pensamentos”, a atitude de Fauzi despertou e vem despertando cada vez mais, e em pessoas de
todas as idades, o interesse pela terceira posição política.
Mesmo sem recursos, lutando com poderosos, abutres que devoram a carniça do povo
brasileiro, ele teve a audácia de desafiar o Golias encouraçado de ouro. Por fim, Fauzi faz jus a
citação do já citado Gustavo Barroso: “um dia, os brasileiros, lendo este livro, verão que houve
um brasileiro capaz de afrontar a urubuzada...”

13
Antes de começar a leitura, reze um Pai Nosso e peça a Deus escudo,
proteção e guia. Que as entidades descritas neste livro não o toquem
jamais, nem a leitura dos seus nomes se dê a título de evocação.

Que Deus lhe preserve a você e aos seus, em nome de Jesus Cristo,
Nosso Senhor.

Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós,
agora e na hora de nossa morte.

Nós, cristãos, cremos que ao redor dos que temem a Deus “se
encontra um anjo”. O Salmo 34:7 nos diz que “o anjo do Senhor se
acampa ao redor dos que o temem, e os livra”.

14
APRESENTAÇÃO

Eduardo Fauzi
Moscou, 25 de agosto de 2020.

Estou escrevendo do meu exílio, portanto. Mas sigo acreditando no de sempre. Fala simples e direta
como veículo de mudança. Não acredito em mudanças radicais com discursos pomposos e herméticos,
incapazes de alcançar os mais humildes... É com base nessa crença que eu escrevo esse livreto, de forma
simples, POPULAR, acessível e resumida, com construções verbais simples, figuras de linguagem
POPULARES e acessíveis.

Vou apresentar aqui o que é a minha “Metafísica da Terceira Posição”. É uma Teologia Política
e que, na forma como eu a expus aqui, pode ser aplicada a todas as tradições religiosas, com algumas
breves adaptações.

Quem quiser, portanto, sinta-se livre para escolher o que quiser e rejeitar o que não achar correto.
As propostas aqui colocadas, da forma como são colocadas, não são exclusivas de nenhuma tradição
religiosa e não tem o objetivo de serem ortodoxas. Vou tentar fazer isso sem ferir a minha catolicidade e, e
se ao acaso a ferir, desconsiderem o que eu disser. Não pretendo crer ou ensinar nada que não esteja em
conformidade com a fé da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo e a fé dos apóstolos. E, como uma vez me
disse um amigo próximo: “no dia em que o brasileiro aprender a diferença entre Mandamento e conselho,
e entre ‘hipótese teológica’ e dogma, seremos todos mais felizes”.

15
1. INTRODUÇÃO

Muitas pessoas me pedem para explicar o que é a “Terceira Posição” e em que isso se
diferencia da esquerda e da direita (que são a 1ª. e a 2ª. Posições). Terceira Posição é uma “cultura
política”. É um conjunto de diferentes “DOUTRINA POLÍTICAS” nacionalistas, normas,
pensamento, comportamentos... de valorização do povo e das suas expressões genuínas. Essas
expressões podem se diferenciar em alguns aspectos, mas se assemelham em muitos outros
diversos pontos e possuem muitas conclusões em comum. É também um movimento político
mundial, que teve uma expressão histórica em quase todos os países do mundo e que nega tanto o
capitalismo quanto o socialismo como formas válidas de organização da sociedade.

Pra quem está acostumado a pensar sempre dentro da dicotomia esquerda x direita,
apresentar uma 3ª Posição é um pouco difícil, de início. É impossível explicar exatamente o que é
a 3ª Posição sem termos em mente que todos os sistemas de 3ª Posição possuem uma base
espiritualista, ao contrário da direita e da esquerda que possuem uma base materialista. E isso
muda tudo.

Para a esquerda e para a direita, para os defensores do capitalismo liberal e para os


defensores do socialismo e do comunismo, a riqueza das nações e dos povos se explica unicamente
com base na forma como a sociedade e a sua cadeia produtiva estão organizadas. Pra eles a
existência de Deus e do mundo espiritual não afeta o mundo material e a política em nada. Essa
posição é evidentemente errada.

Para nós da 3ª Posição existe uma relação intensa entre o mundo espiritual e o mundo
material, e que explica o nosso sucesso, enquanto indivíduos, enquanto famílias e também
enquanto nações.

Assim para a 3ª Posição, boa parte do nosso sucesso material está sendo decidido no plano
espiritual. O problema é que propor uma teoria política que absorva o sagrado é quase impossível
hoje em dia. É plano dos infernos que nós neguemos o “caráter divino” da política. O político que
vier falar em Deus é considerado como maluco.

Por isso a mídia se esforça por ridicularizar políticos como o Cabo Daciolo, que teve a
coragem de expor nos veículos de mídia as intervenções que os ancestrais sistemas de adoração
dos espíritos malignos fazem na política do nosso dia a dia, como a Maçonaria, por exemplo.
Daciolo pode não saber disso, pode até não concordar com isso, mas ele pensa a age como um
genuíno Militante de 3ª Posição. Foi de MUITA CORAGEM da parte dele falar disso abertamente

16
na televisão, enquanto candidato a presidência do Brasil, e se ele não estivesse firme na fé,
certamente teria sofrido ataques sutis, vindos do mundo espiritual, até o ponto em que ele
desenvolveria um câncer e morreria, como foi o caso do Enéas, nosso último grande líder de 3ª
Posição no Brasil.

Esse livro é dedicado ao Cabo Daciolo e que Deus o preserve para as guerras que ele
precisará enfrentar.

Assim, para os sistemas de 3ª Posição, religião e política são complementares e se misturam


sim! Se Deus existe, e se Ele criou o universo e tudo o que nele há, as suas considerações tem que
ser levadas em conta, quando formos estabelecer uma teoria política que se pretenda capaz de
organizar e harmonizar a sociedade. Negar o caráter divino intervindo na política equivale a negar
a existência de Deus.

Quando forças políticas que servem ao Reino Negro advogam pelo “estado laico”, quando
retiram Deus do debate político, quando proíbem a dimensão do sagrado na esfera política, estão
na verdade pregando um ateísmo disfarçado. Estado laico é a antessala de um estado ateu. Já é
plano do Reino Negro que, num futuro próximo, o debate político evolua na direção de criminalizar
todo discurso religioso na esfera pública.

É, portanto, entendimento da 3ª Posição de que a esfera do sagrado tem que ser integrada
no discurso político. Essa base espiritualista não é a mesma para as diversas interpretações da 3ª
Posição ao redor do mundo, mas possui elementos em comum que precisam ser conhecidos e
considerados.

Eu sou integralista, que é a principal interpretação brasileira da Teoria Política de 3ª


Posição. O integralismo é resumido na tríade “Deus, Pátria e Família”. Todo aquele que crê nisso
e luta por isso já é integralista, ainda que não queira ou ainda que não saiba.

O integralismo não é confessional, não serve a nenhuma religião ou se coloca como


representante desta. O integralismo não é católico nem protestante, nem nos diz qual forma de
adorar a Deus é a mais correta. Quem determina isso são as igrejas e você, integralista, esteja livre
para escolher qual forma de adorar a Deus é a que mais lhe agrada.

Integralismo não é uma religião nem uma seita, é apenas uma doutrina política que coloca
Deus como o pilar central da sociedade humana sem o qual tudo o mais falha. A nossa decadência
enquanto civilização vem dessa lacuna política, vem de não considerar Deus como agente político
e força motriz dos nossos destinos, na prática da nossa vida social.

17
Já que o Brasil é um país cristão e sua ética é aceita pela larga maioria da população, a
proposta integralista de organização social passa pela proclamação de um estado confessional
cristão, não denominacional, de forma que os diplomas legais sejam lidos e interpretados à luz do
Evangelho.

Esse aqui é, portanto, um LIVRO INTEGRALISTA. Como o objetivo do integralismo é


o de criar uma frente ampla espiritualista que atue na esfera da política, eu preferi não usar das
referências religiosas de nenhuma religião em particular, ainda que eu seja católico, para trabalhar
as conclusões e postulados que eu abordo neste livro.

Assim, entendam que este NÃO É um livro de religião, mas de POLÍTICA (sim, no
integralismo religião política se misturam e se completam), e por isso esse livro não se pretende
dogmaticamente correto. As conclusões deste livro estão sujeitas, portanto, à revisão da ortodoxia
religiosa, se isso se fizer necessário.

Exposto isso é nesse sentido que eu vou expor aqui a minha “Metafísica da 3ª Posição”
de FORMA, POPULAR, ACESSÍVEL, SIMPLES e DIDÁTICA. Seja bem-vindo e que Deus te
ajude, agora e sempre.

18
2. O PRINCÍPIO DAS DUAS NATUREZAS

Julius Evola, que é um autor importantíssimo para a 3ª Posição (mas que precisa ser lido
com cautela), abre o seu mais importante livro, o Revolta Contra o Mundo Moderno, com o que
ele chama de Princípio das Duas Naturezas.

Pelo Princípio das Duas Naturezas a CRIAÇÃO é composta por DUAS REALIDADES,
que seriam o Mundo Material e o Mundo Espiritual. O Mundo Material é o mundo em que nós
estamos e vivemos e que nós acessamos com o nosso corpo material através dos nossos sentidos.
O Mundo Espiritual é o mundo imaterial que é habitado por seres espirituais. Esses seres espirituais
podem ser seres trevosos ou seres de luz, que habitam altos planos do mundo espiritual ou as baixas
esferas das regiões celestiais. Portanto o Mundo Espiritual se divide em Luz (Deus) e Trevas
(ausência de Deus).

Os seres espirituais se dividem em hierarquias e seguem obedecendo a leis espirituais que


os regem e que regem o mundo espiritual. Segundo o que apóstolo Paulo nos diz em Efésios 6:12
nossa luta, em PRIMEIRO LUGAR, não é contra os homens que são movidos e dominados pelo
pecado, mas contra “os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso,
contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais”.

O apóstolo Paulo nos confirma a existência de um mundo espiritual e que nele habitam
“forças espirituais do mal”. E nos diz ainda que nossa luta NÃO É (“em primeiro lugar”) contra
os homens, contra a matéria, os sistemas opressivos, o capitalismo ou o comunismo, mas contra
essas forças espirituais malignas, QUE AGEM POR DETRÁS DESSES SISTEMAS
OPRESSIVOS. Assim, antes de nos dedicarmos a luta de classes, luta contra os excessos do
capitalismo, contra imperialismos, contra máquinas humanas de exploração, contra o gayzismo, o
abortismo, o feminismo, contra as ideologias humanas tacanhas e opressivas, devemos ter em
mente que essas forças materiais de opressão das famílias e das nações ao redor do mundo são
apenas uma extensão das forças espirituais do mal que existem nas baixas regiões do mundo
espiritual, conforme São Paulo nos adverte.

Esses dois mundos, o espiritual e o mundo material, existem paralelamente e estão


“amarrados” um ao outro. Seguem de forma aparentemente independente, mas os acontecimentos
de um acabam reverberando e influenciando o outro.

O Princípio das Duas Naturezas nos diz que o que ocorre no mundo material afeta o
mundo espiritual e o que acontece no mundo espiritual também afeta o mundo material. A maior

19
parte dos homens não sabe disso e se sabe, procura esquecer, se dedicando apenas à guerra política
e aos acontecimentos no plano da matéria como se o Mundo Espiritual não existisse. Essa
ignorância favorece os seres das trevas contra quem São Paulo nos alerta.

Assim, existe uma luta eterna entre os seres de luz e os seres trevosos no mundo espiritual
e que tem desdobramentos no mundo material.

Esse conflito intenso que ocorre no mundo espiritual entre os seres de luz e os seres das
trevas reverbera sutilmente e pode ser sentido no mundo material. Nossos conflitos humanos não
podem ser explicados unicamente por razões econômicas ou puramente materiais, mas,
PRINCIPALMENTE, por razões de ordem espiritual. Se nós não entendermos isso, e se quisermos
afetar o mundo material apenas através de ferramentas materiais, não teremos sucesso jamais, não
sairemos da esquerda ou da direita e nunca chegaremos até a 3ª Posição.

Com efeito, as vezes vemos pessoas que “fazem tudo errado, mas acaba dando tudo certo”
e outras que “fazem tudo certo, mas que acaba dando tudo errado”. Na maior parte das vezes em
que isso acontece não se tem em mente a ajuda que essas pessoas podem receber desde o plano
espiritual e que afetam os resultados obtidos no nosso plano material.

A direita e a esquerda, por serem propostas que não contemplam a existência desse conflito
entre trevas e luz no mundo espiritual, porque acham que os problemas que afetam o mundo
material são explicados apenas por causas materiais, estão erradas enquanto teoria política.

A única teoria política que diz que os homens são parte ativa na guerra eterna entre bem e
o mal é a Terceira Posição. Essa é, portanto, a posição correta. Esquerda e direita estão erradas.
A direita e a esquerda são sistemas materialistas e o materialismo é um erro. No Brasil a principal
interpretação da 3ª Posição é o Integralismo.

Esse conflito entre exércitos de luz e de trevas que ocorre de forma direta no mundo
espiritual acaba sendo refletida e ocorrendo de forma velada ou coberta pelo véu da matéria no
nosso mundo material. No mundo espiritual temos seres de luz e seres trevosos. Seres em
permanente guerra, em eterno conflito. Esse conflito é denunciado em diversas tradições
religiosas. Na tradição cristã, o episódio da queda luciférica nos é trazido para demonstrar que
hostes angélicas lutam contra lúcifer e seus seguidores, que (por inveja) tramou um ‘golpe de
estado’ contra Deus, e acaba sendo expulso dos Reinos Celestiais junto com um terço dos anjos.
Todos são “expulsos” da Presença de Deus para “trevas exteriores”, nos confirmando o que disse
São Paulo, que o mundo espiritual é dividido em locais de luz e locais onde a Luz de Deus não
acessa (locais de trevas).
20
Esse episódio da queda de lúcifer é bíblico, faz parte do depósito da fé, e é parte da tradição
cristã, ainda que apareça apenas muito brevemente na bíblia, no antigo testamento de forma
figurada e com um pouco mais de ênfase, no Apocalipse de João, cap. 12, que é um livro totalmente
simbólico e é um livro de revelações, ou seja, de coisas que vão ocorrer no futuro, notadamente os
momentos que antecederão a volta do Senhor. Talvez isso possa significar, também, que essa
guerra entre anjos e demônios ainda não acabou, mas se desenrola eternamente só terminará com
o fim dos tempos onde as trevas serão dissipadas e finalmente vencidas, conforme nos diz o Livro
do Apocalipse.

Optei deliberadamente por não usar o termo “anjo” ou “demônio” o tempo inteiro porque,
como esse é um livro de política e não de religião, como é um livro integralista, quero manter
esta teoria aberta a todas as tradições e possibilidades religiosas. Assim, seres de luz, espíritos de
luz, anjos, gênios, espíritos evoluídos.... e demônios, seres trevosos, espíritos sem luz, gênios
malignos... são termos válidos e sinônimos para os fins desse breve estudo e serão usados aqui de
forma indiscriminada. Não vou aqui identificar as origens desses seres espirituais nem se são
espíritos desencarnados, se são anjos com ou sem livre arbítrio, demônios e anjos decaídos, ou
ainda se seriam uma terceira coisa, os gênios de que trata a tradição islâmica, porque, como eu
disse, quero que esse estudo seja de ampla aceitação nas suas proposições e possa ser abraçado por
todos os militantes de 3ª Posição Política, independentemente das suas afiliações religiosas.

21
3. PESSOAS RUINS

Atendendo ao Princípio da Duas Naturezas, da mesma forma que os seres espirituais


pertencem a categorias de luz e trevas, os seres materiais também pertencem. Temos pessoas boas
e ruins e isso é evidente. Olhe em volta e veja. Pessoas que se comprometem em abraçar a luz e
outras que se comprometem em abraçar as trevas nas suas vidas. São os chamados “filhos do
diabo” de que nos fala a bíblia.

Na Epístola Primeira de São João 1, cap10, o evangelista nos diz que é filho do diabo
“qualquer um que não pratica a justiça e NÃO AMA seu irmão”. A descendência luciférica, os
filhos do diabo, portanto, é caracterizada por quem não ama, por quem trai seu irmão, quem
conspira contra os seus iguais, como fez lúcifer contra Deus e como fez Caim contra Abel. E como
seguramente seguem fazendo os demônios uns contra os outros nas regiões inferiores do mundo
espiritual.

É importantíssimo que aprendamos a identificar, com um breve olhar, quem é pessoa de


luz e quem é pessoa de trevas. Quem pertence à nossa “pátria espiritual” e quem é inimigo dela.
Quem usa seu corpo físico, seu dinheiro, sua influência, etc., para servir à Luz e quem o usa para
servir às potências infernais. Precisamos estar aptos a saber quem é quem para ajudar essas
pessoas, nossos iguais, e a perseguir e frustrar os planos de todos os inimigos da nossa “Pátria do
Espírito”. Existem ainda pessoas boas que trabalham ajudando as trevas pensando que estão
ajudando a Luz. Essas pessoas merecem nossa compaixão e ajuda, mas são, mesmo assim, nossas
inimigas ainda que inconscientes.

Saber identificar “quem é quem” é uma habilidade importantíssima a todos os integralistas


e demais militantes de 3ª Posição, ajudar quem é de luz e perseguir e combater quem é das trevas
faz parte da nossa militância política, portanto.

Quando eu fui preso um dos meus primeiros interesses foi identificar, junto aos meus
companheiros de cela, quem era da Luz e quem era das trevas, buscar me aproximar dos primeiros
e me afastar dos segundos. Desenvolver essa habilidade de identificação é uma ferramenta política
importantíssima pra quem é militante de 3ª Posição.

Todas as vezes, nos movimentos que eu liderei, em que eu dei oportunidade de ascensão a
jovens promissores mas que eram inevitavelmente ligados às trevas, que queriam ser seduzidos
pelas facilidades da matéria, que queriam se fazer de surdos diante do “grito do espírito” eu fui,
cedo ou tarde, traído e abandonado. E a culpa foi minha por dar oportunidade a agentes do mesmo

22
mal que eu como integralista e militante de 3ª Posição jurei combater. Assim, uma das piores
coisas que pode ocorrer a alguém de luz é se associar a homens ou mulheres tomados pelas trevas
ou com forte inclinação a isso. Casar com uma mulher “má” é absolutamente não indicado a
ninguém, mesmo a um homem que seja mau. Como vemos em Eclesiástico 25,23: "não há cólera
que vença a da mulher. É melhor viver com um leão e um dragão, que morar com uma mulher
maldosa."

Pessoas com inclinação inequívoca ao bem, pessoas que buscam a verdade e à justiça,
pessoas de luz, essas pessoas estão em todas as raças, classes sociais, povos e nações. Isso é
inegável. Ninguém deve ser considerado inimigo apenas porque pertence a uma categoria
MATERIAL, seja sexo, raça, nação ou classe social..., mas deve ser considerado amigo ou inimigo
porque é, como nós, um ser de Luz ou um ser das trevas. Essas duas categorias são as duas únicas
classes sociais que existem de verdade, todo o resto é meramente circunstancial.

Não quero dizer com isso que pessoas más não possam se regenerar, abrir mão das trevas
a que seguem e abraçar a luz. Isso de fato acontece e eu já fui testemunha disso inúmeras vezes.
Mas até que elas abandonem as trevas e sigam um caminho de luz em suas vidas, devem ser
tratadas como inimigos por nós, soldados metafísicos, militantes de 3ª Posição, Soldados de Deus.

O contrário também acontece. Muitas vezes pessoas boas acabam se deixando contaminar
pelo mal, e se tornam filhos do diabo. Nesse caso, antigos amigos passarão a ser nossos inimigos.

É claro que uma pessoa boa pode cometer, às vezes, atos ruins. Isso não faz dele um “filho
do diabo”, nem nosso inimigo político. Mas a insistência reiterada no erro, o não arrependimento,
a sedução pelo mal, a mentira constante, a busca de recompensa sem esforço, a injustiça reiterada...
isso o leva a estar associado a espíritos tenebrosos e a influências telúricas que passam a lhe guiar
os pensamentos e as ações. Essa pessoa passa a ser INFLUENCIADA por espíritos malignos. Sair
deste estado é possível, como já dito, mas cada vez que se adentre mais no Reino Negro mais
difícil e doloroso se torna ser restaurado como Filho de Deus.

Por isso na tradição católica a oração, a comunhão frequente e o sacramento da penitência


são indicados, para evitar que o mal paulatinamente tome conta das nossas almas até o ponto em
que nos convertamos, sem perceber, em filhos do diabo.

Quando uma pessoa está tomada pelos espíritos malignos suas ações, suas palavras, suas
atitudes... denunciam uma inegável vontade em fazer o mal, mesmo em prejuízo próprio. Se essas
pessoas, os filhos do diabo de quem nos fala a bíblia, tiverem a oportunidade de crescer em algum

23
aspecto da vida, vão usar essa posição de destaque para servir ao Reino Negro e para perseguir os
filhos da luz, nós, os herdeiros da Pátria do Espírito.

E vão pagar o preço disso que é a sua própria destruição. Impedir a caminhada deles é
nosso dever, portanto, para nosso bem e para o bem deles mesmos. Deixá-los prosperarem é, por
outro lado, ajudar ao Reino das Trevas. Não existe “lavo as minhas mãos” nessa guerra. Ou você
é contra o Reino de Deus, a Pátria do Espírito, ou é a favor. Não existe “meio termo”. "Aquele
que não está comigo é contra mim, e aquele que comigo não ajunta, espalha” (Lc 11,23). Essa é
a guerra principal de todo soldado político e de todo militante de 3ª Posição.

Quanto mais fortalecido os Reino das Trevas está, mais ele é capaz de seduzir para o mal
mais seres humanos. É um ciclo vicioso. Quantos mais soldados das trevas o Reino Negro tiver no
nosso mundo, mais fortalecido ele estará. Quanto mais forte ele estiver, mais poder para seduzir
as almas para o lado negro ele terá.

Por isso, quem crê no Mundo Espiritual e na guerra que acontece nele, sabe que “estado
laico” é apenas uma ferramenta de serviço ao Reino das Trevas. Todos os militantes de 3ª Posição
são contra o “estado laico” porque são contra um estado materialista e que não contemple uma
dimensão fundamental do homem que é a dimensão espiritual.

O governo político de um país tem o dever de criar um ambiente moral elevado,


espiritualizado, que estimule os seres humanos a abraçarem a luz ao invés das trevas, a beleza ao
invés da feiura, a saúde ao invés do vício, a família ao invés da promiscuidade, a harmonia. Quando
os governos não fazem isso, mas se rendem à “liberdade de expressão” o nível geral dos
pensamentos e comportamentos humanos expressos nas produções culturais, cinema e literatura,
teatro e televisão, vai caindo gradativamente já que nós, seres humanos, somos sempre inclinados
ao mal, ao roubo, à mentira, à traição, à desordem. É a nossa natureza decaída quem nos empurra
sempre para o mal caminho.

Já para que sejamos bons, para que façamos parte da “Pátria do Espírito” é necessário
sofrimento, luta interna, o que nós, no integralismo, chamamos de “Revolução Interior”.

Para renunciar ao mal precisamos sofrer, precisamos renunciar à nossa natureza decaída.
Já, para sermos maus, só basta “não fazer nada” e aos poucos vamos nos convertendo em filhos
do diabo. Da mesma forma que o nosso corpo físico vai se deteriorando se nós não fizermos nada,
se não fizermos nenhum exercício físico vamos ficando gordos e lentos, de forma idêntica, se não
buscarmos nos espiritualizar, a nossa alma também vai se deteriorando se nós não nos

24
“exercitarmos” constantemente na direção da Luz. Nas tradições cristãs é dito que somos seres
decaídos para exemplificar essa nossa natureza facilmente seduzível pelo mal, atraída pelo erro.

Assim, sem um Governo político forte e que seja espiritualmente orientado para impedir a
nossa tendência natural à queda moral, para impedir a nossa entrada contínua no abismo, nossa
civilização vai paulatinamente sendo abraçada pelas trevas, pela feiura, pela imoralidade, pelos
vícios, pelas concupiscências, pelo crime.... pelo demônio. Não existe meio termo, portanto. Se o
Sistema não trabalhar a favor da Luz ele trabalhará em favor do Reino Negro.

25
4. A NOSSA PRIMEIRA LEALDADE POLÍTICA

O Reino Negro é a soma dos espíritos trevosos, operando no mundo espiritual e dos “filhos
do Diabo”, homens e mulheres que neste mundo trabalham para o mal. Esses são os que compõem
o Reino Negro. A “Pátria do Espírito” é a soma de todos os anjos, santos ou espíritos de luz que
vivem nas altas esferas do Mundo Espiritual e dos homens e mulheres de luz que ainda moram na
terra e estão vivos.

Essa é a nossa PRIMEIRA LEALDADE. Todos nós que somo filhos da Pátria do
Espírito temos que saber nos reconhecer uns aos outros e nos ajudar, independentemente das
circunstâncias e dar combate aos filhos das trevas, aos lacaios do Reino Negro, os filhos do diabo
de que nos fala a bíblia. Portanto sem discurso fácil aqui: pacifismo universal com quem é mau e
serve ao Reino Negro não cabe na nossa teoria política. A 3ª Posição é um conjunto de teorias
políticas iminentemente revolucionárias.

Temos muito mais que sermos leais aos nossos irmãos, os outros filhos da luz e nossos
compatriotas da Pátria do Espírito, do que a qualquer outra coisa. Assim um policial que seja filho
da luz e veja um outro policial filho das trevas oprimindo e maltratando um outro filho da luz, se
utilizando da sua posição e conhecimento para oprimir quem não merece, e que é nosso irmão na
luz, esse policial bom deverá obrigatoriamente ajudar ao seu irmão filho da luz e constranger e
impedir o seu colega mau policial que serve ao Reino Negro. Ele não será traidor se prejudicar
esse policial, mas será traidor de verdade apenas se não ajudar o seu irmão filho da luz porque a
Pátria do Espírito é a nossa PRIMEIRA LEALDADE, antes da farda da polícia.

Se um patrão mau, servo do Reino Negro, roubar e humilhar um empregado que seja um
filho da luz, é nossa OBRIGAÇÃO combater sem piedade esse patrão, vassalo das trevas. Da
mesma forma se virmos um empregado roubando e prejudicando um patrão que seja filho da luz,
é nossa obrigação moral combater esse outro empregado e ajudar ao patrão, o nosso compatriota
da Pátria do Espírito. Não temos prioridades nas lealdades de classe já que a Pátria do Espírito é a
nossa PRIMEIRA LEALDADE.

Se um homem preto, mas que for filho da luz, vir um outro homem preto, mas que seja
filho das trevas perseguindo e oprimindo um homem branco que seja filho da luz, esse homem
preto tem a obrigação de ajudar ao homem branco e se posicionar CONTRA o outro homem preto.
A Pátria do Espírito é a nossa PRIMEIRA LEALDADE e vem antes de raça, classe social, sexo,
religião, nacionalidade ou até mesmo família sanguínea.

26
Da mesma forma se você que é filho da luz vir a seu pai biológico oprimindo um outro
filho da luz que não seja seu parente, é a sua OBRIGAÇÃO impedir e lutar contra o seu pai. A
mesma coisa vale para a sua mãe e os seus irmãos de sangue porque a nossa PRIMEIRA
LEALDADE é com a PÁTRIA DO ESPÍRITO e o nosso maior dever é combater o Reino Negro.

Esse é o significado político da passagem bíblica em que Jesus Cristo nos diz em Lucas
cap.14-26 que: “Se alguém deseja seguir-me e ama a seu pai, sua mãe, sua esposa, seus filhos,
seus irmãos e irmãs, e até mesmo a sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu
discípulo”. Só podemos ser discípulos de Jesus, só podemos fazer parte da Pátria do Espírito, do
Reino de Deus, se amarmos mais o bem e a verdade do que a classe social, a raça, o sexo, a
nacionalidade... só se amarmos mais ao ESPÍRITO do que à MATÉRIA. Esse é, em última análise,
o cerne da mensagem do livro “Primeiro, Cristo!” escrito pelo Chefe, Plínio Salgado.

A mensagem do Integralismo é clara: Todas as dicotomias políticas são obsoletas e


mentirosas. Capital e trabalho, homens x mulheres, pretos x brancos, proletariado x burguesia...
tudo isso existe, mas é meramente secundário diante do principal conflito que move a roda da
história. Quem nos diz que esses são os “verdadeiros” antagonismos políticos está desinformando
a sociedade e prestando um serviço ao Reino Negro. Mesmo que essa pessoa tenha “boas
intenções” e ainda que seja uma pessoa de luz, estará agindo como um inimigo da nossa Pátria do
Espírito. O espírito une, a matéria divide, quem afirma o contrário mente. A nossa PRIMEIRA
LEALDADE é com a PÁTRIA DO ESPÍRITO não com a raça, gênero, família ou classe social.

É por isso que a tríade integralista é “Deus, Pátria e Família”, nessa ordem. Primeiro vem
Deus... depois todo o resto. Não existe nenhum sentido em lutar pela nossa pátria ou pela nossa
família se essa luta, AO FINAL, não nos levar a Deus.

Se o resultado do seu nacionalismo é apenas a emancipação de uma classe social, ou se o


seu nacionalismo serve, em último caso, a “maximizar a eficiência de um modo de produção”,
lamento te informar, mas, ainda que você não saiba, você é um vassalo do Reino Negro. Esse é o
caso dos nacionalismos burgueses e proletários, os nacionalismos de 1ª. e 2ª Posição que não tem
como a sua última finalidade o Reino de Deus. O discurso de “auto determinação dos povos” não
nos serve para nada se esses povos não servem a Deus. Mas se esses povos servem a Deus todos
nós temos que lutar pela libertação desse povo.

Nacionalismo burguês e nacionalismo socialista são nacionalismos vazios, como um corpo


sem espírito é vazio. Por isso a verdadeira teoria política é a 3ª Posição que no Brasil, teve com o

27
Integralismo a sua maior expressão. Por isso ainda se diz que “fora do integralismo não há
nacionalismo”.

O “salve” ou o cumprimento integralista é a expressão “anauê” que em tupi guarani


significa “você é meu irmão”. Por detrás desse cumprimento está essa filosofia e entendimento...
não interessa se você é branco, negro ou mestiço. Não interessa se você é rico ou pobre, homem
ou mulher, brasileiro ou estrangeiro..., mas se você é, como eu, um filho da luz, um exilado da
nossa “Pátria do Espírito”, então Anauê... “você é meu IRMÃO”! Os integralistas e os demais
militantes de 3ª Posição são soldados políticos. Identificar quem é o nosso verdadeiro inimigo,
portanto, é fundamental.

28
5. LINEAMENTO UNIVERSAL SUPERIOR

Ainda na década de 90 eu tive acesso a uma seita ocultista, milionária, um facção da famosa
seita “Lineamento Universal Superior”, cuja sede brasileira era no Paraná, e que cultuava uma
entidade sobrenatural, um espírito de trevas que se apresentava pelo curioso nome abrasileirado
de “Bócuo”, “Bóculo” ou “Bóco”. A história dessa entidade é interessantíssima e nos traz algumas
dicas da dinâmica dos mundos inferiores. Ao que parece essa entidade é cultuada em diversos
outros lugares de forma que os seus detalhes biográficos variam consideravelmente em cada um
desses locais e em cada uma dessas versões, mas se nós observarmos o cerne da história poderemos
chegar a conclusões enriquecedoras sobre como é o mundo espiritual para os espíritos sombrios.

Segundo revelou mediunicamente a própria entidade, através de seus médiuns, ela teria
sido a alma desencarnada de um homem que viveu no Antigo Egito, um príncipe que foi traído
pela esposa e pelo irmão, que eram amantes e tramaram pelo seu assassinato, por envenenamento,
enquanto ele dormia. Assim que foi assassinado ele imediatamente acordou sozinho em mundos
inferiores, infernos de areia e calor. Foi tomado pelo desespero imediato e segundo o seu relato a
sede e o calor eram insuportáveis, somados ao desespero de estar sozinho e não saber exatamente
o que lhe tinha acontecido.

No mundo material, para manter as aparências de modo que ninguém desconfiasse dessa
trama macabra, seu irmão e a sua viúva lhe preparam um grandioso ritual funerário egípcio. A
duração desse rito fúnebre foi de uma semana. Do ritual constava o assassinato de 200 escravos
para que o servissem no pós-túmulo. Ao fim de uma semana de sofrimento ele recebeu os escravos
espirituais nos mundos inferiores que passou a habitar e isso, somado ao ritual funerário que
fizeram em sua honra, seguindo os protocolos terríveis da antiga religião dos mortos egípcia, lhe
direcionou as “energias” do mundo material. Esses escravos sacrificados e esse rito feito em sua
intenção acabou revertendo a sua condição, e de um espírito sofredor e penado, ele passou a ter
poder nas esferas sombrias do mundo espiritual.

Ele relata que, após receber as almas dos escravos que foram sacrificados para servi-lo e
depois do rito fúnebre que direcionou as energias do mundo material em sua homenagem, ele
passou então a uma posição confortável e imediatamente se tornou um príncipe dos infernos
egípcios. Fundou uma colônia espiritual no Antigo Egito (debaixo do Rio Nilo). Usando de seus
escravos espirituais (que trabalhavam para ele “amarrados” magneticamente pelo rito funerário
que havia sido feito no mundo dos vivos) ele passou a investigar e quando soube da traição de sua
mulher e do seu próprio irmão passou a persegui-los no mundo material usando esses mesmos

29
escravos espirituais para afetá-los no mundo dos vivos, após o que, finalmente Boco os matou.
Quando eles morreram foram recebidos por Bóco, no mundo espiritual, sedento de vingança.

O casal de traidores foi igualmente enterrado com escravos sacrificados, escravos que lhes
foram tomados no mundo espiritual por Bóco que aumentou o seu exército e direcionou para si
mesmo as energias dos sacrifícios funerários que tinham sido direcionados ao seu irmão e esposa.

O relato dá a entender exatamente isso: Bóco, por ser um espírito mais forte, roubou as
energias dos sacrifícios destinados ao espírito do irmão e da esposa. Roubou também os escravos
que foram sacrificados para servir aos amantes no mundo espiritual. Os sacerdotes realizaram uma
cerimônia pela alma dos dois traidores, mas os benefícios dessa cerimônia foram de alguma forma
recebidos não por eles, mas por Bóco. O casal de traidores acabou sendo aprisionado pelo antigo
marido e irmão eternamente em masmorras tenebrosas especialmente construídas por ele, no
mundo espiritual (embaixo do Rio Nilo), com o poder liberado do sangue das ofertas que lhes
haviam feito os viventes.

Bóco relata ainda que seguiu usando aqueles espíritos escravizados em seu favor e todo o
poder que ele agora tinha para travar guerras espirituais com outras “potestades” nos mundos das
trevas, com a intenção de ser o maioral dos infernos egípcios. E isso tem um porquê bem
específico.

Segundo ele mesmo diz, sendo o maioral, ele pode direcionar para si os sacríficos feitos,
ou seja, ele passou a ser o principal beneficiário energético dos sacrifícios que os viventes
dedicavam aos deuses nos cultos pagãos do antigo Egito. Era um tipo de ladrão de sacrifícios.
Como era agora o espírito mais forte, ele tomava para si as energias liberadas do mundo dos vivos
e que eram direcionadas ao mundo dos espíritos pelos sacrifícios realizados pelos sacerdotes
egípcios.

Ele se apresenta, portanto, como um espírito de guerra, belicoso e senhor da guerra


vitorioso nos mundos espirituais. Travou inúmeras guerras no mundo espiritual contra outros
espíritos generais (talvez os principados e potestades de que nos fala o Apóstolo Paulo) para ter
acesso às melhores fontes da energia que vinham do mundo dos vivos através dos rituais que os
sacerdotes praticavam.

Ao fim de um período, diz ele, ele se tornou tão poderoso que passou a ser adorado no lugar
de Hórus (!), como um deus, exigindo através da comunicação que fazia com os feiticeiros e

30
sacerdotes, cada vez mais e mais sacrifícios. Os sacrifícios oferecidos a Hórus pelos sacerdotes
eram “energeticamente” percebidos por Bóco no mundo dos espíritos e isso o tornava mais e mais
forte.

Esse sangue derramado dos sacrifícios o deixava mais e mais poderoso e, só por isso,
somente em virtude das energias advindas dos sacrifícios que os sacerdotes derramavam em seu
favor, é que ele podia dominar as legiões de escravos espirituais que mantinha em seu serviço e
que, a essa altura, ele tinha tomado de outras lideranças do submundo egípcio. Ele era forte porque
sugava as energias do mundo dos vivos através dos rituais que os sacerdotes celebravam. Esse
poderio lhe permitia andar livremente pelo Antigo Egito e realizar prodígios portentosos no mundo
material para angariar mais e mais adeptos e conseguir deles mais e mais sangue e sacrifícios
oferecidos, o que aumentava ainda mais o seu poder.

Ao que parece pelo seu relato ele só conseguia manter o domínio sobre as legiões trevosas
que o serviam usando a energia dos viventes que eram passadas para ele no mundo espiritual
através de rituais de sacrifício (especialmente rituais de sangue), onde eram feitos sacrifícios em
seu favor cumprindo determinados ritos. Para seguir aumentando o seu poder ele precisava de cada
vez mais adeptos no mundo material que lhe dedicassem cada vez mais e mais sacrifícios
aumentando assim o seu poder.

Sendo forte pelo poder que os sacrifícios lhe davam, Bóco podia escravizar uma legião de
almas nos submundos espirituais.

Ele teria reinado por milênios até que foi “aprisionado” (!) quando a igreja de Alexandria
foi fundada, com a destruição das antigas religiões egípcias, os altares, ritos e principalmente dos
sacrifícios que eram a fonte de seu poder, junto com seus vassalos espirituais, e permaneceram
todos presos em uma “arca espiritual”, sofrendo “fome e sede” por incontáveis gerações até que
foram libertos pela expedição de Napoleão ao Egito. Ele finaliza dizendo que ao ser liberto da
pirâmide de Quéops, por Champollion (!!), ele encontrou o Egito sem qualquer resquício das
antigas religiões de sacrifício que eram a fonte de seu poder (o Egito de então estava islamizado).
Vagou com o que restou de suas hostes até chegar no Brasil onde “se sentiu bem” com o culto
pagão que os escravos brasileiros praticavam. Ali teria “provado sangue” outra vez após quase
dois mil anos de cativeiro.

Essa história é fantástica e une diversos clichês, desde tramas de traição conjugal,
imperialismo político e assassinato até espíritos sendo libertos por acaso no deserto, ao mesmo
estilo dos gênios da lâmpada mágica das histórias orientais. Apesar dos detalhes pitorescos ela

31
“bate” com a história de Santo Antão, um eremita egípcio, um dos principais “padres do deserto”
dos tempos iniciais do cristianismo e que, se exilando da civilização, buscou refugiou no deserto,
longe das cidades. Ali ele foi atormentado violentamente por demônios poderosíssimos, os
mesmos que haviam sido expulsos das cidades que já tinham se convertido e já possuíam igrejas.
O relato da vida de Santo Antão nos diz que como esses demônios já não podiam mais atuar nas
cidades, eles se refugiavam no deserto.

Talvez Bóco fosse um desses espíritos impedidos de atuar nas cidades egípcias durante o
processo de evangelização do Egito, nos primórdios do cristianismo e acabou, de alguma forma,
exorcizado e aprisionado. Por isso, quando foi acidentalmente liberto, tratou de escapar dali o mais
rápido possível vindo se estabelecer, curiosamente, no Brasil.

Ele ainda se apressa em “queimar a concorrência” dizendo que no Brasil nenhuma entidade
tem “maior potencial” que ele, já que ele é espírito antigo, versado nos mistérios dos ritos egípcios,
e segue contando com milhares de almas cativas no mundo espiritual, que estão a seu serviço. Ele
diz ainda que precisa “alimentar” essas almas cativas com a energia advinda dos sacrifícios
oferecidos em seu favor pelos vivos. Segundo ele afirma, pelo fato de ele ter muitos outros
espíritos escravizados e possuir uma larga base de adoradores no mundo material, sempre
dispostos a fazer sacrifícios por ele, ele é a entidade mais poderosa do Brasil.

Outro ponto muito curioso. Ele “avisa” que as vezes os adeptos da magia negra no Brasil
fazem um pacto com alguma outra entidade, pagam o preço de sangue pedido por elas fazendo os
sacrifícios exigidos, mas não recebem dessa entidade aquilo que eles pediram porque tal entidade
não possui meios para entregar o que foi pedido. Ou ainda porque as entidades não sabem como
fazer ou não tem os meios espirituais para fazê-lo. Ele, por outro lado, é “entidade honesta” que
só se compromete com o que pode cumprir.

Essa seita que cultua esse espírito egípcio chamado Bóco, a “Lineamento Universal
Superior”, de onde a história dessa entidade foi retirada, foi largamente investigada após
gravíssimas denúncias de sacrifício ritual de crianças no Paraná e até da castração e violação ritual
de meninos em Altamira, no Pará. Essa seita macabra tem filiais em todo o Cone Sul e centenas
de adeptos poderosos, entre eles empresários e políticos. Eles atuam cooptando terreiros de
candomblé para executarem os seus perversos atos criminosos e sacrifícios humanos.

O livro deles “Deus, a Grande Farsa” dá detalhes biográficos sobre as entidades que regem
os “trabalhos” invocados por essa seita negra. As versões desse livro publicadas na internet pelos
adeptos usualmente estão incompletas. Eles divulgam uma versão mais amena dos ensinamentos

32
para atrair curiosos. Esse expediente é comum em seitas de magia negra. O interessado pela obra
completa têm que buscar a versão “da capa preta” deste livro e que é a que foi lida no julgamento
da sacerdotisa da seita quando ela foi acusada de rituais de sacrifício humano e violação ritual de
meninos na Amazônia. Ainda assim é complicada a leitura. Eu mesmo já tentei ler os livros da
seita como forma de pesquisa, mas eles tratam de uma mistura incompreensível entre espíritos,
demônios, discos voadores, energias e pirâmides egípcias que praticamente impede a continuidade
da leitura por uma pessoa normal. Apesar das provas testemunhais e em vídeo (os vídeos do ritual
de castração dos meninos, com as entidades presidindo os ritos, em Altamira, estão na deepweb e
são aterrorizantes), seus líderes “inexplicavelmente” nunca foram presos.

A respeito disto é importante dizer que eu não sou perito em demonologia, nem considero
essa matéria digna de estudo mais pormenorizado, já que as fontes primárias de informação são
sempre muito suspeitas. Usualmente essas fontes primárias de informação se tratam de grimórios
antigos sem nenhuma garantia contra adulteração e cuja tradução é ruim, livros apócrifos, tratados
gnósticos e cabalísticos redigidos em línguas mortas e cheios de símbolos obscuros feitos sob
medida para enganar incautos. Relatos dados por ex bruxos e videntes de reputação não confirmada
e ainda entrevistas com demônios em rituais de exorcismos não validados pela igreja... tudo isso
não me parecem exatamente “fontes confiáveis” de forma que eu nunca julguei adequado me
interessar pelo assunto mais além do mínimo indispensável. Assim os meus conhecimentos são
básicos nesse tema, mas é com base neles que eu escrevo esse pequeno livro que, repito, não é um
livro de religião, mas de... POLÍTICA.

33
6. ESPÍRITOS TREVOSOS SE ALIMENTAM DAS NOSSAS ENERGIAS

De toda forma uma tese mestra pode ser retirada de todo esse material e isso aparece o
tempo todo em todas as culturas ao redor do mundo. Essa é a tese principal desse livro: seres
trevosos precisam das energias vitais que os viventes e o mundo material produzem. Esse é o fato,
de alguma forma e por algum motivo eles precisam disso. E precisam disso desesperadamente e
desenvolvem um sem fim de estratégias e ritos para enganar os viventes e os extorquir
energeticamente.

Eles se mantêm com essa energia no mundo espiritual. Como estão enfrentando disputas
internas entre si, com se INVEJAM entre si, e como não possuem luz própria no mundo espiritual
e estão longe de Deus (Deus é o “Pai das Luzes”, conforme nos ensina a bíblia em Tiago 1:17),
como esses espíritos trevosos estão longe das fontes de luz que existem nos Reinos Celestiais eles
precisam da energia produzida no mundo dos viventes para amenizarem sua escuridão e o seu
sofrimento e, também, para serem poderosos no mundo espiritual, do contrário serão escravizados
por seus pares, os outros seres trevosos.

A hipótese de que espíritos sem luz padecem de sofrimentos intensos, nas trevas exteriores,
nos subúrbios do mundo espiritual, é hipótese quase que universal. A descrição clássica dos
infernos, como local de tormento, parece ser validamente aplicável à situação destes entes
malignos que, como especulamos aqui, precisam das energias vitais dos seres vivos para
amenizarem o seu sofrimento nos baixos planos do mundo espiritual. Sem as energias oferecidas
pelos vivos eles sofrem no mundo espiritual, estão confinados nas “Trevas Exteriores” ou as Zonas
Periféricas do Mundo Espiritual, longe das fontes da luz espiritual... longe de Deus.

Essa expressão sempre me causou curiosidade e é encontrada pelo menos três vezes no
evangelho de Mateus e significa usualmente o que nós entendemos por condenação espiritual. "E
os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de
dentes" (Mat, 8:12); "Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o, e lançai-o
nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mat, 22:13) e "Lançai, pois, o servo
inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mat, 25:30).

A parte do “amarrai de pés e mãos” não foi posta ali por acaso, creio.

Na primeira carta de São Judas, cap1:13 também se fala de trevas como sinônimo de
condenação eterna (embora não especifique "exteriores"): "Ondas impetuosas do mar, que
escumam as suas mesmas abominações; estrelas errantes, para os quais está eternamente

34
reservada a negrura das trevas". Sabemos que Deus é luz e nele não há trevas (1 Jo1:5), portanto
“trevas” na Bíblia sempre indicam a AUSÊNCIA de Deus. Esse entendimento é quase universal
também. Em todas as tradições religiosas “luz” indica bom estado das almas e “trevas” sofrimento
e rancor dos espíritos.

Eu particularmente acredito que as passagens “trevas exteriores” designando as regiões


baixas do mundo espiritual e “Luz” ou “Pai das Luzes” como sinônimo bíblico de Deus seja mais
literal que meramente simbólica. Espíritos sem Deus estão sem Luz no mundo espiritual. Esses
são os que precisam da luz e da energia produzida pelo mundo material e têm acesso a ela,
principalmente, através dos sacrifícios rituais de que estamos tratando aqui.

É bem fato que o catecismo da Igreja Católica não dá detalhes a esse respeito, mas apenas,
de forma vaga, nos adverte que os demônios nos tentam pela inveja que tem de nós, pelo ódio que
têm a Deus e pela nossa eterna condenação. Ou seja, eles não trabalham apenas pela nossa
perdição, mas também POR INVEJA.

Ainda que não esteja definido “inveja de quê” é proposição teológica que demônios nos
invejam, entre outras coisas, pelo fato de nós termos corpos físicos e eles não. O ensinamento
subjacente a essa proposta teológica é o de que eles invejam a “matéria” que nós possuímos e
temos acesso e que eles não possuem. Por isso faz sentido que eles sempre exijam sacrifícios
MATERIAIS. Por alguma razão mais oculta a matéria é importantíssima para os seres espirituais
malignos.

Por isso se diz que no Dia do Juízo o Senhor vai nos restaurar nossos corpos materiais. Se
a matéria não fosse importante, poderíamos viver eternamente em espírito na presença de Deus.
Por isso faz sentido ainda que essa adoração que os demônios exijam não seja apenas simbólica,
mas sempre seja necessário o sacrifício de alguma coisa material. Uma vela vermelha, uma galinha
preta, uma pomba morta, um cigarro queimado... até sacrifícios humanos. Sempre é importante
que se “converta” matéria em “energia” e que se remeta essa energia aos mundos espirituais,
através dos ritos, para as trevas exteriores e mundos espirituais onde essas criaturas reinam. É isso
o que eles querem e é disso que eles precisam.

É capaz ainda que, de posse dessa energia, eles possam através de processos específicos
reconverter essa energia em matéria novamente e assim poder atuar no mundo material. Por essa
hipótese, demônios só poderiam fazer coisas no mundo material se tivessem tido acesso à energia
dos sacrifícios materiais. Só poderiam atuar na matéria se tivessem tido antes alguma matéria

35
sacrificada a eles. É por isso que, para todos os trabalhos de magia negra, a entidade que os preside
exige um sacrifício material para poder realizar o trabalho... no mundo material.

Se você não sacrificar matéria à entidade ela não consegue trabalhar no mundo material.
Se não queimar um charuto e matar uma galinha, por exemplo, nenhuma entidade consegue “trazer
a pessoa amada em três dias” sem ter alguma matéria oferecida em seu favor eles não tem como
atuar no campo da matéria. Não vou nem entrar no mérito de que matéria é energia porque se a
gente começar a atuar no campo da física quântica esse livro aqui, que se pretende popular e
acessível, vai acabar perdendo a finalidade... mas é isso mesmo.

Uma das proibições mais “misteriosas” do apóstolo Paulo consiste exatamente em não
consumir as carnes sacrificadas aos ídolos. Temos aqui um exemplo em que a matéria pode
contaminar o espírito. Tal ensinamento é repetido no livro de Apocalipse 2,14.

De fato, “ladrão” é um dos títulos do diabo, segundo a Bíblia: "O ladrão vem somente para
roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância." Como vemos
em São João 10,10. E aí cabe a pergunta. Se o diabo e os espíritos malignos são “ladrões” eles
roubam O QUÊ? Evidentemente que não é dinheiro.... eles vêm e roubam nossas energias vitais,
sem as quais vamos nos deteriorando, definhando, diminuindo, adoecendo, enfraquecendo e sendo
derrotados nos combates da vida... até que morramos nas mãos dos encostos, pobres e doentes. E
Jesus, como numa antítese perfeita a isso tudo diz que veio para que tenhamos “vida em
abundância”, pra que sejamos ricos, saudáveis e felizes.

A Palavra de Deus é clara: o diabo é um ladrão. E quem é ladrão, rouba, pega para si o
resultado do esforço dos outros. O diabo, ou os espíritos malignos, não vêm simplesmente para
destruir o que nós temos. Eles vêm para “matar, ROUBAR e destruir”. Não basta que eles
destruam o que nós temos, eles precisam nos roubar... ou não são diabos. Têm que levar para si
algo que nós tenhamos, tirar algo de nós, algo que seja nosso, que seja fruto de nosso esforço. Eu
estou chamando isso aqui de energias.

De fato São João Maira Vianney nos diz que os demônios invejam a nossa felicidade,
invejam a nossa felicidade última, que é a visão da luz de Deus, mas também a nossas felicidades
transitórias que são reflexos dessa nossa felicidade última... de forma que eles odeiam e invejam
cada pequena vitória que nós temos. Portanto também faz sentido que eles queiram “drenar” nossa
“felicidade” para si mesmos, nos vendo enfraquecer, adoecer, sofrer, perder o emprego e a esposa,
perder o amor dos filhos e finalmente morrer e não ver a luz de Deus do outro lado, e nos tornar

36
seus escravos do lado de lá. A inveja e o ressentimento é o seu alimento e isso nos afeta
FISICAMENTE. “A inveja mata o insensato e o ressentimento destrói o tolo” Jó 5,2.

Assim, se no catecismo da Igreja Católica trocarmos “inveja” por “energia” tudo se encaixa
melhor.

Considerando a mentalidade de disputa e a rivalidade entre eles, aqueles demônios que são
os mais bem sucedidos em “drenar nossa felicidade” e destruir nossas vidas são os mais
“invejados” entre os seus pares, entre os próprios demônios, são os que têm mais status nos
infernos, os príncipes dos submundos e eles querem isso mesmo, eles são invejosos por natureza.
Esses principais são as “potestades” e os “principados” de que o apóstolo Paulo nos fala. Troque
aqui felicidade por “energia” e tudo também se encaixa.

A inveja que os move, na sua eterna competição entre si mesmos, os empurra na direção
de nos destruir fisicamente, moralmente, sabotar nossas conquistas... sugar nossas “vidas”
(energias). A mesma vida que Jesus quer que tenhamos em “abundância” os encostos querem
tomar para si mesmos. Além, claro, de perder o máximo de almas possível e de arruinar o maior
número de vidas dos seres humanos. A energia que os move é a nossa destruição.

Eu até que tentei procurar, mas não encontrei nenhum vocábulo melhor para designar esse
processo de destruição gradual que a contaminação por espíritos malignos vai causando no ser
humano. Pessoas que estão sendo infectadas por falanges tenebrosas vão decaindo, de derrota em
derrota, até que, ao final, acabam morrendo. Parecem destruídas, “opacas”, sem brilho ou
capacidade. Envelhecem por dentro antes de envelhecer no corpo. Perdem a sanidade, perdem as
capacidades que sempre tiveram... vão definhando: “o sentimento sadio é vida para o corpo, mas
a inveja é a podridão para os ossos”, Provérbios 14, 30 (inveja aqui pode ser entendida, também,
como a inveja que os demônios têm do gênero humano que nos causa a “podridão para os ossos”).

Assim a forma mais didática, moderna e que facilitasse a leitura e o entendimento, foi
mesmo chamar de “energia” aquilo o que os espíritos malignos vêm tomar de nós em seu favor,
que os qualifica como “ladrões” e sem a qual nós perecemos aos poucos. Se eu optei aqui por
chamar isso tudo de “energia” essa é apenas uma palavra que nos dias de hoje é acessível e que,
de forma simples e popular, nos mostra o que eu pretendo dizer com esse livro (e que também está
de acordo com o “estilo” dos autores de 3ª Posição ao redor do mundo). Essa hipótese será ainda
melhor trabalhada ao longo de todo esse pequeno livro.

Por agora assumamos que demônios e espíritos malignos têm interesse em nossas vidas,
nas nossas energias e, também, num destino medonho para nossas almas.
37
7. LOCAIS DE EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS MALIGNOS E A
ABERTURA DE PORTAIS

Os espíritos malignos de que tratamos neste livro podem existir em dois lugares. DOIS
LOCAIS.

A primeira possibilidade é eles existirem nos níveis inferiores do mundo espiritual, onde a
luz de Deus não alcança ou alcança de forma imperfeita, as trevas exteriores, também identificado
como “inferno” em algumas tradições cristãs, que possui diferentes níveis e naturezas diversas. A
ideia de que os subterrâneos se dividem em diferentes naturezas e comporta distintas criaturas está
contemplada na dinâmica dos “círculos infernais” que vemos primeiramente na “Divina
Comédia”, de Dante Alighieri.

De fato, temos na Bíblia (2ª. Pedro 2,4) que: "Ora, se Deus não poupou anjos quando
pecaram, antes, precipitando-os no inferno os entregou a abismos de trevas, reservando-os para
juízo."

E ainda vemos em São Judas 1.6: "E a anjos, os que não guardaram o seu estado original,
mas abandonaram o seu próprio domicílio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas,
para o juízo do grande Dia."

A segunda possibilidade é que os espíritos trevosos consigam, de alguma forma, escapar


dos subterrâneos infernais em que foram lançados e passem a habitar entre nós, “nos ares” ou ao
“nosso derredor buscando a quem tragar” que é doutrina comum a diversas tradições religiosas e
também é doutrina bíblica. “Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas
contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças
espirituais do mal espalhadas nos ares” (Efésios 6,12).

Essa última passagem nos confirma, em concordância a todas as tradições religiosas, que
espíritos malignos podem estar vagando no meio de nós. Podem, NESSE MOMENTO, estar ao
seu lado, enquanto você lê este livro... por exemplo. Com efeito, apelando mais uma vez a Bíblia,
vemos em São Pedro 1 5,8 que: “Sede sóbrios e vigiai porque o diabo, vosso adversário, anda ao
seu derredor, rugindo como um leão e buscando a quem tragar”

Se não estiverem algemados nos calabouços infernais, em planos inferiores e mundos


obscuros onde a Luz de Deus não alcança, os espíritos eles estão ao nosso redor. E querendo o
quê?

38
Esses espíritos estão sedentos por energia vital. Essa é a principal e mais radical “tese”
deste livro e vai seguir sendo melhor trabalhada durante toda a leitura. Precisam de nossas energias,
mas não as podem sugar se não tiverem uma “ponte” de contato ou, na terminologia deste livro,
um portal aberto que autorize o contágio diabólico. Frequentemente somos nós mesmos que
autorizamos o espírito maligno a agir na nossa casa, tal como os vampiros. É do nosso
entendimento que o mito do vampiro é tão bem sucedido porque a sua natureza retrata de forma
simbólica a realidade das coisas e isso é percebido por nós, seres humanos, de forma inconsciente.
Daí a nossa identificação com o mito do vampiro e a sua alta popularidade entre nós.

O mito do vampiro nos diz que ele não pode entrar nas nossas casas sem ter sido antes
convidado. Essa mítica retrata uma importante lição. Entidades das trevas não podem agir nas
nossas vidas se não tiverem autorização nossa para isso, se não forem convidadas. Porém, da
mesma forma que vampiros não contam a verdade da sua natureza aos seus anfitriões antes de
serem convidados a entrar (de fato nenhum vampiro diz que é vampiro ao dono da casa, senão o
dono não lhe autorizaria a entrar), nós sabemos que espíritos malignos não se apresentarão a nós
com cauda, chifre e cheirando a enxofre se quiserem a nossa permissão para agir nas nossas vidas
e na das nossas famílias. Eles se apresentarão como espíritos de luz, deuses, anjos... vão até nos
recomendar que abandonemos os nossos vícios e desvios e assim conseguirão a nossa confiança
para poder entrar e agir nas nossas vidas, nos sugando e por fim, destruindo e até matando.

Esses espíritos precisam que nós abramos os “portais” que autorizem a ação deles nas
nossas vidas. Ter “medo” é frequentemente a forma mais comum de autorizar os encostos a agirem.
Quando você tem medo isso significa que você não tem confiança em Deus, isso significa que
você acha, no íntimo da sua alma, que o encosto que te assombra é mais poderoso que Deus. Essa
sua “dúvida” em última instância, significa que esse encosto “é mais Deus do que Deus” pra você.
Esse seu medo é por isso, uma forma de idolatria. Duvidar do poder de Deus equivale a achar que
alguém é mais poderoso que ele, como Lúcifer fez. Nesse momento idolátrico, em que você rejeita
a autoridade e a onipotência absoluta de Deus sobre TODOS os espíritos, você, ainda que você
não saiba, “adorou o diabo”. Nesse momento em que você DUVIDA do poder supremo de Deus,
você age como Lúcifer que também DUVIDOU da potência infinita de Deus e que POR ISSO foi
desterrado nos infernos. Não ter confiança total, absoluta e irrestrita no poder supremo de Deus é
um pecado grave, o mesmo que Lúcifer e dos demais espíritos imundos cometeram e a punição é
ser lançado, com eles, fora da presença do Senhor dos Exércitos e fora, portanto, da Sua proteção.
Se você fica com medo de entidades trevosas o seu “anjo” te abandona e o Reino Negro passa a
atuar na sua vida e na da sua família.

39
8. NÃO TENHA MEDO!!!

Assim, nesse seu momento de medo e de dúvida um portal de comunicação, ainda que
pequeno, foi aberto, e você autorizou a esse espírito assombrador agir na sua vida. É por isso que
muitos dos ritos mágicos envolvem a produção de ícones, como bonecas de pano, cheias de
alfinetes e outros detalhes macabros. O passo seguinte é mandar o ícone mágico para a vítima,
enviando pelo correio ou deixando na porta da casa dela. Se ela ficar com medo... pronto! Ela terá
aberto o canal para o espírito impuro que está por detrás daquele amuleto começar a agir na vida
dela.

O Padre Quevedo, caçador incansável de mitos e falsos fenômenos, parapsicólogo que


destruiu a reputação de centenas de feiticeiros e mentalistas, foi provavelmente o campeão mundial
de sofrer maldições dos bruxos e bruxas inconformados. Ele tinha um museu pessoal de ícones
diabólicos que foram oferecidos às entidades para a sua destruição pessoal e que eram mandados
para o Padre Quevedo. Ele nunca, jamais, se permitiu sequer ficar impressionado com nenhum
deles. Zero medo. Por isso os encostos e entidades malignas NUNCA foram capazes de o destruir.
Sua fé era uma rocha, inabalável.

Um deles era especialmente macabro, um sapo morto, com um bilhete com nome do Padre
Quevedo e a mensagem “6 meses” costurado dentro da sua boca, que foi deixado na porta da sua
casa para o assustar. Padre Quevedo deu um sorriso de deboche, menosprezou os poderes do bruxo
e do sapo e desacreditou das entidades que o serviam. E ainda guardou o sapo com “carinho” na
sua coleção pessoal de artefatos amaldiçoados. Depois disso o Padre Quevedo viveu ainda mais
40 anos de uma vida frutuosa, saudável e cheia de amigos. Teve vida e vida em abundância,
conforme a promessa do Senhor.

No primeiro capítulo da série televisiva que conta a vida do pedófilo judeu Effrey Epstein,
passando na Netflix na data em que este livro foi escrito, vemos uma série de sinais de que ele era
ocultista e praticante de magia negra e provavelmente bruxo, dedicando-se a abusar
ritualisticamente de meninas virgens para fins de saciar as entidades que lhe davam os luxos a que
ele estava habituado para si e para os seus parceiros, notadamente Bill Clinton. A série não dá
atenção a essa faceta ocultista dele. Caso desse não passaria na Netflix..., mas quem tem o olhar
treinado para identificar ocultismo pode ver claramente pequenos sinais aqui e ali.

Já no primeiro capítulo vemos que ele ameaça um editor de uma revista importante e, a
seguir, esse editor recebe a cabeça decepada de um gato negro na porta da casa dele e, tomado de
pânico, o editor evidentemente não aceita publicar as matérias que prejudicam o Epstein.
40
A regra é clara: se você ficar com medo... já perdeu a partida. A máxima: “Deus é o deus
dos valentes” é absolutamente verdade quando estamos lidando com o mundo espiritual.

Esse é o “princípio das maldições”. Quando uma bruxa lhe aponta o dedo e lhe joga uma
praga, ela está tentando apenas te aterrorizar. Se você ficar com medo e duvidar que o Poder de
Deus é absoluto e capaz de destruir todo o mal, se você achar que o poder dessa bruxa pode mais
que o poder de Deus, se você colocar então essa bruxa no lugar de Deus... essa sua idolatria, ainda
que inconsciente, fará com que você tenha aberto um portal e o espírito que trabalha com essa
bruxa poderá começar a agir na sua vida. Seu medo terá autorizado à entidade a te vampirizar.
Quando o espírito entrar na sua vida e começar a agir, quando você se perguntar porque está se
sentindo fraco e abatido e tudo na sua vida está dando errado, você então vai se lembrar da
maldição da bruxa e, se for estúpido, vai acabar procurando um templo de magia negra para tentar
resolver esse problema. Lá você vai ser convencido a fazer um pacto, provavelmente com a mesma
entidade que está te obsediando e que vai aparecer para você fantasiada de um anjo de luz... e,
depois de selado o pacto, ficará eternamente escravizado por ela. Terá convidado o vampiro para
entrar na sua vida e aberto a porta de forma bem larga e o mais aberta possível. Quando você
finalmente estiver acabado, sugado, fraco e derrotado, destruído pela ação dos espíritos na sua
vida, todos vão olhar para a bruxa e dizer: “ela tem mesmo poder, acabou com a vida do cara”.
Assim a bruxa faz o seu nome. Quanto mais fama de poderosa ela tem, mais tem a capacidade de
aterrorizar as pessoas e mais poder ela acaba mesmo possuindo. Portanto o deboche e o pouco
caso, arma principal do Padre Quevedo, é uma ferramenta poderosíssima de destruição da fama
dos bruxos e demais agentes do Reino Negro (não por menos as pessoas queimavam bruxas na
Idade Média).

Quando você tem medo de uma assombração VOCÊ CONVIDA o espírito que está por
detrás daquela assombração a agir na sua vida, você abre um portal para ele começar a operar. Ele
vai aceitar o convite e vai ficar forçando a abertura desse portal cada vez mais e mais, vai passar a
convidar outros espíritos para trabalharem na abertura desse portal e passarem a agir na sua vida e
se você não estiver espiritualmente protegido, eles provavelmente contaminarão a sua vida, te
sugando e vampirizando e te deixando mais e mais fraco.

Ter “medo de assombração” não é a única forma de você abrir um portal para que os
espíritos malignos que estejam ao seu redor passem a ter autoridade para agir na sua vida. Na
verdade o principal problema do medo é a idolatria que está por detrás disso e cujo medo é apenas
um sintoma... São Cipriano, no seu relato que consta do Livro de São Cipriano da Capa Preta,
bruxo poderoso que se converteu a fé cristã, confirma em relatos que após a sua conversão passou

41
a ser assediado poderosamente pela entidade diabólica com quem ele estava associado antes da
sua conversão e que estava desesperada por falta dos sacrifícios que Cipriano lhe dava.

Num transe místico Cipriano foi levado, voando, aos domínios daquela entidade, nos
infernos. Um tipo de visita guiada, um tour pelos submundos. Cipriano viu milhares de almas
cativas, escravizadas, trabalhando para aquele que foi o seu demônio parceiro nos seus domínios
subterrâneos. Viu castelos e palácios nos infernos que pertenciam ao demônio, construídos com as
energias dos sacrifícios que ele tinha ofertado a esse demônio chefe e que tinha sido amigo de
Cipriano quando ele era ainda bruxo.

Viu o túnel que ligava o plano material aos domínios do demônio parceiro que ficavam no
mundo dos infernos. Esse túnel era guardado por uma criatura monstruosa, um cachorro gigantesco
e não permitia a passagem de ninguém, de nenhuma alma que não fosse autorizada por aquela
potestade, conseguia escapar dos subterrâneos que esse demônio dominava. Essa criatura obedecia
somente ao demônio parceiro de Cipriano e era faminta por sacrifícios.

Cipriano naturalmente assistiu a isso tudo aterrorizado, conforme ele mesmo relata, porém,
esse medo não era acompanhado pela falta de fé em Jesus Cristo, que Cipriano sabia ser mais
poderoso que o demônio a quem ele tinha adorado antes de se converter. Isso foi o que o salvou.
A sua fé era mais forte que o medo que ele tinha e por isso ninguém pôde lhe tocar quando ele
visitou os mundos inferiores.

Ele relata que voltou enfraquecido da sua viagem espiritual e que, de fato, se não fosse a
fé em Jesus Cristo ele teria enlouquecido nessa viagem. O túnel que ligava o plano material aos
infernos e que era guardado pelo cão diabólico ficava embaixo de uma igreja em ruínas, que tinha
sido destruída por romanos pagãos e transformada em um estábulo, próxima a Antioquia. Assim
que ele se recuperou foi até o local orou e pediu direção ao Espírito Santo e, cavando, encontrou
uma caveira de burro enterrada embaixo da antiga igreja. Ele imediatamente desfez aquele trabalho
e se dedicou a arrecadar fundos para a reconstrução da Igreja de forma que aquela passagem entre
os dois mundos, e que ele tinha visto enquanto estava em transe, foi fechada no plano espiritual.
A restauração da igreja e a notícia da conversão pública de Cipriano rodaram todo o império e
acabaram cooperando para o seu martírio.

A lição que nos fica é que apesar de ele ter tido medo e de ter tido uma experiência espiritual
tenebrosa, ele CONFIOU em Deus mais do que tudo. Não nos custa imaginar que a viagem astral
que ele fez foi planejada pelo demônio para lhe induzir um estado de pânico e pavor de forma que
ele viesse a duvidar do poder de Deus e, com isso, permitisse ao demônio agir novamente na sua

42
vida. Do contrário, isso fez Cipriano acreditar ainda mais... ele era um homem rico e poderoso e a
notícia de sua conversão gerou tanta propaganda para a Igreja que então estava nascendo e se
formando que ele acabou sendo perseguido e assassinado pelo imperador Romano da época, após
inacreditáveis torturas.

Mesmo sendo torturado pelo Imperador pagão ele não renegou jamais a fé. Morreu de
forma corajosa, sem jamais aparentar qualquer traço de temor e demonstrando as chamadas
“virtudes heroicas”. De fato, após ter descido aos infernos e de ter visto o sofrimento das almas
escravizadas pelo seu antigo aliado, NENHUMA tortura humana seria capaz de lhe abalar a fé.
Essa tranquilidade diante do sofrimento e fé absoluta no poder de Deus que Cipriano demonstrou
em público conquistou muitas almas para Jesus de forma que ele é, para nós, um dos heróis da fé,
tendo sido canonizado pela Igreja como santo.

Esse medo que gera dúvida é o que nos afasta da “Sombra do Altíssimo” sl.91. A nossa
atitude diante de eventos naturais e sobrenaturais tem SEMPRE que ser a de “até tenho medo, não
entendo o porquê disso, mas confio em Deus e no Seu amor e nada poderá me tocar”. Seu medo
não pode te afastar da Sombra do Altíssimo. Seu medo jamais pode te privar da confiança absoluta
em Deus.

E se você se acha incapaz de acreditar poderosamente em Deus e de usar essa fé para se


imunizar contra os ataques espirituais... então PEÇA a Deus a virtude da fé e da coragem e ELE
te dará. Está escrito: “Peçam, e será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta será aberta.
Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.” ...
portanto CREIA!! (Mt 7, 7-8).

Assim, nas nossas provações diárias, se nós acharmos que Deus nos abandonou, se
passarmos a duvidar do Seu amor por nós e até da Sua existência, nós é que imediatamente teremos
nos afastado da presença de Deus, dando assim espaço para o Reino Negro atuar nas nossas vidas.

O que atrai espíritos malignos para a nossa convivência e os autoriza a agir nas nossas vidas
é, portanto, uma atitude mental errada. O Pastor Caio Fábio sustenta, em acordo com as teorias
deste livro, que espíritos malignos se alimentam do que ele chama de “energia mental” humana.
Que quem é mau, blasfemo, egoísta, viciado em sexo, quem tem inveja e deseja o mal para as
pessoas, tudo isso gera uma sincronicidade com espíritos malignos e atrai uma legião deles que
viverão se alimentando da energia mental desse infeliz. Eles gerarão mais e mais eventos que
estimulem esse tipo de comportamento e de pensamento de forma que a pessoa vá produzindo
mais e mais dessas emoções poderosas que, convertidas em energia, os alimenta e fortalece. Ter

43
cuidado com o que a gente pensa e PRINCIPALMENTE com a nossa boca e o que falamos e
desejamos é prioritário para não atrairmos e mantermos na nossa companhia espíritos malignos
que virão se alimentar de nós. Como nos ensina Jesus Cristo: “Não é o que entra
pela boca que contamina o homem, mas o que sai da boca, porque procede do coração” em
Mateus, 15:18-19.

Então pare de reclamar!!! Pessoas lamuriosas e que vivem o dia todo reclamando são um
imã de encostos e de espíritos malignos. Se afaste de pessoas assim. Pessoas que reclamam, em
boa parte das vezes, estão também cometendo um ato de idolatria e dúvida... as suas lamúrias se
vierem com um pensamento de dúvida, dúvida da Providência Divina e da Sua perfeita sabedoria,
de questionamento arrogante de achar que Deus só pode estar equivocado quando permitiu que
algo de ruim lhe acontecesse... essa atitude é claramente idolátrica.

Quem assim age se julga superior a Deus, acha que tem mais sabedoria que Deus. Acha
que se fosse ele a idealizar o mundo seguramente faria um trabalho melhor. É o caso dos ideólogos
e ativistas políticos socialistas. Esse foi também o caso de lúcifer que se julgou mais capaz de ser
Deus do que o próprio Deus e como consequência perdeu toda a glória que possuía.

44
9. INVEJA E IDOLATRIA

Por fim o principal dos pecados... a inveja. Quem tem inveja “amaldiçoa” a Deus. Quem
tem inveja de alguém está dizendo de forma inconsciente que Deus errou ao permitir que aquela
pessoa tivesse essa vitória ou ainda está dizendo que se Deus existisse mesmo não teria permitido
que essa pessoa tivesse tido acesso a essa vitória. Eu mesmo me pergunto as vezes PORQUÊ
pessoas más e claramente serviçais do Reino Negro, acabam tendo vitórias e disseminando o mal...,
sei que estão sendo servos e joguetes do Reino Negro e que isso lhes sairá caro no futuro... mas
mesmo assim eu eventualmente me pego perguntando “por que”.

Sei que as vezes a gente está tão viciado em entender os porquês que isso acaba abalando
a nossa fé na perfeição de Deus. Nessas horas eu AGRADEÇO a Deus por não poder entender o
porquê disso e manifesto minha fé Nele mesmo assim: “Senhor eu não entendo Teus caminhos,
mas mesmo assim confio em Ti e Te dou Graças por tudo”.

No Dia do Juízo, quando Jesus voltar e restaurar todas as coisas, no Dia da Justiça Perfeita
do Senhor, quando toda lágrima for secada, toda viúva e todo órfão for amparado, toda maldade
for desfeita, no dia magnífico em que todo aquele de que lhe foi retirado muito mais lhe for
acrescentado de acordo com a sua fé, nesse dia em que todo patife de esquerda e de direita for
punido, nesse dia glorioso TODOS entenderemos TODAS AS COISAS e sabermos o porquê exato
da nossa salvação ou da nossa perdição e veremos nisso a Justiça perfeita do Senhor. Assim, crer
“entendendo” é fácil... como disse o Senhor Jesus a São Tomé em João 20, 29: “bem-aventurados
os que não viram e creram”.

Eu quero ser um bem aventurado. Prefiro não entender tudo, para poder mais demonstrar a
minha fé, alegria, amor e confiança no Senhor. E que Deus me perdoe se eu estiver sendo vaidoso.

O cerne da questão aqui parece ser a idolatria, portanto. Associar outros ao nome de Deus.
Adorar outros que não Deus e apenas Deus. Dar a outros o lugar que só pode ser ocupado por
Deus... dar a outros a glória que só a Deus cabe. Esse foi, em última instância, o pecado de lúcifer.
Assim, quando você, por uma atitude mental indevida, retira Deus do seu Trono, aí, nesse caso,
você se iguala ao anjo caído, abre os portais e convida o Reino Negro para começar a atuar na sua
vida.

Não por menos a questão da repulsa à idolatria é repetida inúmeras vezes na Bíblia,
especialmente no Antigo Testamento. Idolatria, entendida de forma mais ampla, é colocar outro
no lugar de Deus, é confiar em outro que não seja Deus. E isso não vale apenas para amuletos ou
45
feitiços. Quando se confia no poder do dinheiro, na beleza ou no sexo, quando se confia mais em
si mesmo e nas suas capacidades pessoais que em Deus... tudo isso é idolatria. Nesse caso somos
como lúcifer, que confiou mais em si mesmo que em Deus, se achou mais capaz e mais poderoso
do que Deus... e se tornou um demônio horroroso.

A queda de lúcifer é símbolo do nosso conflito interior e é uma importante lição pessoal
para todos nós. Quando nos acharmos melhores do que Deus por sermos ricos, jovens, bonitos...
quando confiamos mais em nós que em Deus só por nossos méritos, as vezes por termos uma
carteira de polícia, por sermos políticos bem sucedidos, por termos um marido importante, por
sermos inteligentes, fortes e jovens... nesse momento nós nos igualamos a lúcifer, que acreditou
mais em si do que em Deus, e nesse momento o Reino Negro passa a atuar nas nossas vidas.

É por isso que quando você usa um amuleto, quando você põe mais confiança em um
amuleto que no Poder de Deus, seu “deus” passa a ser aquele amuleto. Quando você dá pro amuleto
o poder que só Deus possui, você idolatra... do verbo “idolatrar”, criar um falso deus. Quando você
crê que é esse amuleto o que te salva ao invés de Deus, você idolatrou.

Quando você rende homenagem pra um falso deus, qualquer coisa criada, seja força física,
dinheiro, beleza, posição social... ou mesmo para um amuleto ou uma imagem religiosa, quando
você confia mais no amuleto que no Deus do Universo que criou todas as coisas, quando você crê
que uma coisa criada tem mais poder que Aquele que criou todas as coisas, nesse momento, você
inverte a ordem da natureza e se assemelha a lúcifer que, sendo ele também coisa criada, pretendeu
ser adorado como se fosse o criador.

Se você confia mais no amuleto que em Deus você já deu sinal, deu brecha, “abriu os
portais”, autorizando os espíritos malignos que, se estiverem ao redor, vão aproveitar para agir na
sua vida. Eu, da minha posição de católico romano, posso dizer claramente o mesmo de orações
verbais ou impressas, terços, medalhas e imagens. Se você confia nisso tudo por um suposto poder
que isso tenha, você já idolatrou, adorou um deus criado por mãos humanas e abriu brechas aos
espíritos para que atuem na sua vida. O uso de imagens religiosas tem que ser acompanhado da
correta atitude mental, da fé genuína do Deus Vivo que tudo criou e que tudo pode, contra quem
nenhuma autoridade rivaliza com a dele.

Você tem não tem que ter confiança na imagem, mas no “imaginado”, naquilo que a
imagem simboliza, na fé genuína em Deus que esse santo (que está na medalha que você usa) tinha
quando ele era vivo, e que é a mesma fé e que você tem que ter para obter a vitória sobre o Reino
Negro.

46
A imagem religiosa tem que ser um exemplo, uma lembrança pra você de que a fé que os
santos de Deus tiveram quando estavam vivos, a fé absoluta no Poder do Sacrifício de Jesus Cristo
e na Vitória que Ele nos comprou naquela cruz ao preço do Seu Precioso Sangue, é a mesma fé
que você tem agora e que é a ferramenta mais poderosa que pode lhe livrar do contágio dos seres
imundos dos planos inferiores do mundo espiritual

Então, você não tem que ter confiança na medalha, mas no que é que essa medalha está
representando. Essa medalha tem que ser uma forma de oração silenciosa ao Deus dos Exércitos.
Tem que ser um sinal ao mundo dos espíritos, um sinal visual de que você é igual ao santo que
está na medalha e que, como esse santo, crê somente no poder de Deus. E se você perder essa
medalha, ou ela se quebrar, isso NÃO TEM PROBLEMA NENHUM porque você sabe que a fé
que a imagem representa, a fé em Jesus Cristo, NÃO PODE SER QUEBRADA OU
DERROTADA JAMAIS. Só com essa atitude de fé é que eu recomendo o uso de ícones ou
imagens, do contrário o contágio pelo Reino Negro pode ocorrer involuntariamente, mesmo que a
pessoa tenha a melhor das intenções. Tenha quantas imagens você quiser ter, mas tenha fé somente
em Deus.

As vezes os espíritos agem no plano físico destruindo uma imagem religiosa só para testar
a sua fé e ver se você tem a sua fé em Deus ou na imagem. Eu tinha uma imagem antiga, por quem
eu tinha apreço, de Nossa Senhora da Penha, que pertenceu à minha avó, imagem antiga e
belíssima, que mostrava o devoto sendo salvo da cobra que representa o diabo pela intercessão que
Maria faz diante do Trono de Deus, por todos nós... essa imagem inexplicavelmente se quebrou
um dia. Ao invés de me lamuriar e reclamar a perda de uma imagem tão antiga e tão bonita, ao
invés mesmo de tentar colar essa imagem, eu dei GRAÇAS A DEUS por ela ter se quebrado e
reforcei a minha fé no Senhor Deus, exorcizando qualquer espírito impuro que ali estivesse, em
nome de Jesus Cristo. Comprei outra depois, parecida com a original e entronizei na minha casa
com a frase: “que essa imagem de Maria seja para nós uma lembrança do perfeito exemplo da
única fé que salva e liberta que é Jesus Cristo, meu Senhor e meu Deus, e filho de Maria,
segundo a carne”.

47
10. ESTÁGIOS DE CONTAMINAÇÃO SEGUNDO O PADRE NELSON

O Padre Nelson, o exorcista mais famoso no Rio de Janeiro nos anos 90, atuando como
pároco desde a virada dos anos 2000 na Igreja de Santanna, no Estácio, homem de elevados dons
espirituais e que tinha o “olho do espírito”, capaz de enxergar mais além do véu que separa o
mundo material e o mundo espiritual, certa vez me disse pessoalmente que ele já viu demônios
escondidos atrás de imagens sacras e que absolutamente não recomenda o uso de nenhuma imagem
sem que antes a imagem tenha sido abençoada por um padre.

Ele acreditava que imagens, por mais belas e piedosas que pudessem ser, poderiam ser
colonizadas por espíritos malignos e usadas para levá-los para dentro das nossas casas e das nossas
vidas, “as imagens podem estar emacumbadas”, segundo ele.

Assim, antes de usar quaisquer imagens temos que abençoá-las (o que é uma forma de
exorcizar o mal delas em nome de Jesus Cristo), essa é uma forma clara de determinar que essas
imagens e o que elas representam estão debaixo da Autoridade do Deus Vivo e assim excluir a
hipótese de idolatria que abre os portais para o contágio dos espíritos malignos. Pra usar a
terminologia deste livro, as imagens religiosas podem ter sido ritualisticamente “oferecidas” e
terem nelas mesmas “portais abertos” para permitir aos espíritos malignos o contágio espiritual.
Quando levamos esse tipo de imagens para dentro das nossas casas estamos “convidando o
vampiro para entrar”, abrindo a nossa casa e a nossa vida para os espíritos malignos.

De forma análoga e como nos diz o Lord Chesterton, idolatria não é apenas a criação de
falsos deuses, mas também a criação de falsos demônios. Enxergar diabo em tudo que é lugar, é
errado. Se você é preguiçoso e não gosta de trabalhar não jogue no diabo a culpa de a sua vida ser
um lixo. Isso, além de errado, também tem consequências espirituais.

Assim, quando uma pessoa “enxerga diabo onde ele não existe” também está idolatrando,
está ampliando os domínios do Reino Negro. Quando você que é evangélico, por exemplo, e diz
que católicos servem ao diabo, o que é uma acusação gravíssima, você está se pondo no papel de
Deus, ou pior, está colocando Deus pra trabalhar pra você, mandando a Ele que condene quem não
merece condenação, mandando a Deus que condene quem Ele já redimiu e separou para si pelo
sangue de Jesus Cristo.

Quando você diz que alguém serve ao diabo e se essa pessoa está na verdade servindo a
Deus, você está evidentemente mentindo e essa mentira te trará consequências espirituais. E se
você estiver mentindo e acusando um outro filho de Deus de ser um filho do diabo apenas para

48
consolidar a sua posição de pastor ou de liderança religiosa na sua célula, você então está mentindo
por vaidade e soberba, EXATAMENTE COMO LÚCIFER FEZ, e está, portanto, se igualando ao
demônio e abrindo brechas para o diabo agir na sua vida. CUIDADO COM A SUA LÍNGUA.
Não seja leviano no seu julgamento, portanto. Se você não tiver a mais absoluta certeza de que
alguém está servindo ao demônio não diga que essa pessoa está. Quem inventa falsos demônios e
usa da sua língua como chicote, portanto, está rezando pro diabo, “... a boca fala do que o coração
está cheio”, Mt 12:34.

Mesmo que você não seja cristão, não acuse a ninguém de estar servindo ao Reino Negro
se não tiver absoluta certeza do que está falando. Segundo a Lei do Retorno, se a sua acusação for
mentirosa abrirá para você os portais com que os espíritos das trevas agirão na sua vida.

Muitos pastores evangélicos e até mesmo padres caem poderosamente nas mãos dos
demônios e de nossos compatriotas da Pátria do Espírito, passam a ser servos do Reino Negro,
justamente por causa duma língua difamante e que revela essa atitude arrogante e soberba. Como
nos ensina a Bíblia no Livro de Provérbios: “A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito
precede a queda. Melhor é ser humilde de espírito com os mansos do que repartir o despojo com
os soberbos”.

O líder soberbo é como Lúcifer, seu destino é a queda, tal qual ele também caiu. Por isso
os líderes espirituais estão debaixo de intenso ataque e precisam que nós oremos por ele. Se ele
for fraco e se deixar seduzir pela posição que ocupa, se ele se achar “bom demais” pelos méritos
dele mesmo, se ele for seduzido pelo dinheiro e pelo lugar de destaque em que se encontra, então
trará ruína para si e passará muito mais a espalhar maldições do que bençãos. O mesmo vale para
políticos e líderes nacionais. Conquistar as suas mentes e corações é importantíssimo para o Reino
Negro. Eles e todas as nossas lideranças políticas e religiosas estão sob intenso ataque espiritual e
precisam das nossas orações.

As formas de sinalizar aos espíritos lhes permitindo que ajam nas nossas vidas são
inúmeras, portanto, temos de ser sóbrios e vigilantes. Estar atentos às armadilhas do inimigo... 1ª
Carta de São Pedro, 5:8: “Sede sóbrios e vigiai. O vosso adversário, o Diabo, anda em derredor,
rugindo como leão procurando a quem tragar”. Os espíritos do Reino Negro estão ao seu lado
agora, nesse exato momento, urrando de ódio, talvez bem ao lado do seu ouvido. Se você “abrir
os portais” e permitir que eles entrem na sua vida, será tragado por eles.

Estágios de contaminação diabólica

49
O Padre Nelson, exorcista da Igreja de Santanna, no Rio de Janeiro, nos ensina que existem
três estágios de ação diabólica: 1) Influência, 2) Obsessão e 3) Possessão.

Quando você se afasta de Deus você passa a poder ter a companhia de espíritos imundos
que estarão atraídos pelos seus pensamentos e ações. Eles estarão ao seu redor, enviando
mensagens, tentado fazer contato com você. São como vampiros, batendo na sua porta numa noite
de inverno e esperando você abrir e os convidar para entrar na sua casa. Essa é a etapa 1, a
influência diabólica. Se abstenha de maus atos e pensamentos de soberba, ódio, inveja, ira e
traição. De avareza e sexualidade desequilibrada. Peça a Deus que o proteja e livre do mal.
Exorcize demônios e maus espíritos sempre que sentir necessidade e frequente a igreja,
principalmente isso.

Já que nosso mundo material é um reflexo da guerra ancestral que está ocorrendo no mundo
espiritual, você que é um militante de 3ª Posição, tem a obrigação de se engajar nessa guerra.
Assim, você precisa desenvolver uma certa sensibilidade espiritual e passar a entender quando está
ou não sob ataque dos inimigos espirituais e ainda quem dos seus companheiros estão sob ataque
dos espíritos malignos.

Fique atento aos sinais de que pode estar sendo vítima de um ataque espiritual.
Pensamentos estranhos, preguiça, insônia, diarreias incuráveis que vão e voltam, acessos de
maldade repentina, surtos de ódio sem razão, prazer inexplicável na maldade... tudo isso pode ser
um sinal. Barulhos estranhos, pessoas chamando o seu nome, sentir a presença de alguém sem ter
ninguém por perto... fenômenos inexplicáveis podem ser um efeito colateral no plano material,
miasmas de espíritos malignos tentando estabelecer conexão com você, tentando te influenciar e
fazer com que você abra os portais e permita a eles que entrem na sua vida.

Desenvolver essa sensibilidade é imprescindível pra todo soldado político e militante de 3ª


Posição. Ser um guerreiro nas ruas, mas também estar coberto pela armadura do Altíssimo e
amparado pelos anjos do Senhor é imprescindível para todos nós.

Frequentemente a guerra que ocorre no plano espiritual, as energias que os espíritos


malignos depreendem para nos infectar e dominar espiritualmente, produzem fenômenos físicos,
o que têm o nome de miasmas. O cabo Daciolo, ex deputado federal e candidato a Presidência do
Brasil, relata que quando estava em busca espiritual e a caminho de sua conversão, foi duramente
atacado por espíritos malignos que não aceitavam perdê-lo. Foi acometido por uma inexplicável
desinteria que não se curava de forma nenhuma e lhe castigava impiedosamente até que, clamando

50
a Deus, obteve a vitória sobre a origem do mal que lhe acometia e que era, sem sombra de dúvida,
espiritual.

Temos aqui o caso claro de um mal material que tem origem no mundo espiritual. Dessa
forma FIQUE ATENTO. Infestação espiritual sempre gera desdobramentos no mundo material. A
minha experiência, a minha simples observação cotidiana, me diz que diarreias inexplicáveis
podem ser um efeito colateral, no mundo físico, de uma tentativa de infestação de entidades
malignas.

Se você não tiver ferramentas espirituais com as quais lutar, se não estiver protegido por
uma couraça de Luz vinda do Alto... se ceder aos encantos dos encostos e abrir a sua porta, se criar
“brechas” para a ação deles na sua vida... “abrir os portais” e os autorizar a entrar na sua vida... aí
eles começarão a agir DENTRO de você. Esse é o estágio 2, a obsessão. Eles forçarão mais e mais
a abertura desses portais de comunicação. Convidarão outros espíritos imundos para agirem na sua
vida. Vão, como parasitas, passar a te contaminar mais e mais. Vão te sugar pesadamente, se
alimentando da sua energia vital. Você vai se sentir cansado, triste, sem disposição física e mental
para o trabalho e para o estudo. Vai procrastinar seus estudos e a consequência é que você não vai
passar na faculdade ou no concurso público que você deseja. Vai parar de frequentar a igreja, vai
começar a questionar verdades que até então para você eram sólidas. Seu raciocínio estará
embaraçado. Eles vão seguir te sugando... você não vai mais discernir o certo do errado, vai trair
o seu namorado com o coleguinha da faculdade. Coleguinha esse que provavelmente também tem
obsessores associados agindo dentro dele. Vai passar a usar drogas e a se viciar em ter prazer sem
esforço ou recompensa sem mérito (que é o que as drogas são). Vai passar a ter aversão a todo tipo
de esforço. Toda a sua energia tem que ser preservada para os espíritos drenarem.

Quem te aconselhar a largar o sexo fácil e as drogas, como seus pais e amigos, essas pessoas
vão te aborrecer imediatamente. Uma legião de encostos, que estão pesando em cima das suas
costas, vai gritar de desespero para que você não se liberte deles sempre que seu pai ou sua mãe
vierem lhe pedir para abandonar esses maus hábitos. Seus amigos, que não possuem esse tipo de
“convidados espirituais”, vão passar a ser terrivelmente aborrecidos para você, não estarão mais
na mesma frequência que você... passarão a te aborrecer de forma que a simples presença deles te
incomodará.

Quem tiver “um anjo na sua companhia” será terrivelmente insuportável para você que está
mal acompanhado. Você pode não ver, mas serão como dois cães de guarda espirituais se
encarando e rosnando um para o outro, no plano espiritual. A expressão popular “meu santo não
bateu com o dele” vem daí.
51
Muitas das vezes ainda, alguém que está pesadamente sob a influência de um espírito
maligno, ao se encontrar com alguém que também está sob a influência de um outro espírito
maligno, podem passar a se estranhar imediatamente e a se incomodar um com a presença do outro,
sem motivo aparente. Temos aí mais um caso de “meu santo não bateu com o dele”. Nesse caso
esses dois espíritos malignos, que estão acompanhando essas pessoas, são rivais no mundo
espiritual e se odeiam mutuamente. Essas vibrações de ódio espiritual são realizadas no plano
físico pelos “cavalos” e as pessoas que estão submetidas a esses encostos passam a se odiar sem
razão lógica.

O que acontece é que provavelmente esses espíritos malignos vão passar a entrar em guerra
no momento em que essas pessoas se encontrarem e isso vai reverberar nos planos da matéria de
modo que essas duas pessoas podem passar a se odiar como consequência da guerra que as
entidades que eles sustentam estão travando no plano espiritual.

Para serem fortes nessa guerra os espíritos vão sugar a energia dos viventes e é por isso
que as vezes as pessoas se sentem fracas ao se encontrarem com outras que se sabe serem
efetivamente pessoas “pesadas”, ou seja, que têm a companhia de espíritos sanguessugas agindo
na vida delas.

Mesmo que você não tenha um espírito impuro encastelado na sua vida, mas também não
está “forte na fé”, se não tem uma conexão estreita com a luz de Deus, se não está “na companhia
de um anjo” os espíritos malignos que estão em outra pessoa podem se aproveitar da proximidade
física e do contato físico que essa pessoa faz com você para te vampirizarem também, ainda que
momentaneamente. Os ataques espirituais dessas entidades podem ser mesmo muito cansativos.

Se você, ao se encontrar com uma pessoa que não vê há muito tempo, sentir que está
ficando fraco, sentir um estranho incômodo, as vezes na forma de dores estranhas ou alguma
confusão mental na presença dessa pessoa, mesmo que esse alguém seja um amigo, REZE
IMEDIATAMENTE!!! Pode ser que você esteja sendo vítima de um ataque dos espíritos que estão
na companhia dessa pessoa, não importa o quão amigo sua essa pessoa seja. Se você não exorcizar
esses encostos eles podem até passar para você e aí passa a ser você o obsediado pelo Reino
Negro... não se descuide: “Sede sóbrios e VIGIAI porque o diabo, vosso adversário, anda em
derredor, bramando como um leão e buscando a quem tragar”. Pedro 1, cap 5.

Realmente se você não tem a companhia de um anjo, se não está conectado com a luz que
emana de Deus e prospera nos mundos superiores, se a sua “casa está vazia” e especialmente se

52
a sua vida é boa e próspera mas SEM A PRESENÇA DE DEUS, isso é um convite a que espíritos
impuros entrem na sua casa e atuem na sua vida para lhe sugar as energias.

"E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por


lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então diz: Voltarei
para a minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida
e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que
ele e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do
que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração
má." (Mateus 12:43-45).

Claramente nessa passagem Jesus Cristo está nos pedindo para “enchermos a nossa casa”
da presença de Deus, ou seremos ocupados por espíritos trevosos. Isso é inevitável. Não existe
meio termo, ou você tem a sua casa repleta de Deus, ou então, mais cedo ou mais tarde, os espíritos
malignos vão entrar na sua vida, especialmente se encontrarem a sua casa DESOCUPADA (sem
um anjo, sem a presença de Deus) e ainda “varrida e adornada”, o que significa que você está forte
e saudável, preparado e pronto para ser sugado pelos encostos.

E isso irá acontecer, mais cedo ou mais tarde se você não vigiar e não se comprometer com
um lado dessa guerra. Adiar uma tomada de partido pode ser um convite a que os espíritos
malignos avancem sobre a sua vida e se entranhem na sua casa, na sua vida, na vida da sua família
e na dos seus filhos por causa da sua preguiça em estar assumindo uma postura de guerra contra o
Reino Negro. Adorar a Deus é a principal atitude política que cada militante de 3ª Posição pode
tomar, nos dias de hoje. Nada é mais antissistema do que isso. NADA É MAIS
REVOLUCIONÁRIO DO QUE CRER EM DEUS!!!

Quem não trabalha conscientemente em favor da Pátria do Espírito vai acabar, em algum
momento, servindo ao Reino Negro: "Aquele que não está comigo é contra mim, e aquele que
comigo não ajunta, espalha” (Lc 11,23).

Realmente, ao que parece, existem pessoas que tem uma propensão natural a não se
deixar afetar pelo ataque dos espíritos malignos. São fortes interiormente, têm o “dom da
fortaleza”, possuem uma natureza especial que faz com que seja muito custoso aos espíritos invadir
e tomar conta das suas vidas.

São pessoas que mesmo sem serem espiritualizadas são internamente equilibradas,
psiquicamente equilibradas, não dando brecha a que os inimigos espirituais adentrem suas vidas.
Eu já vi até ateus assim, por incrível que pareça. Mas esse tipo de pessoas representa uma minoria.
53
E mesmo que você seja internamente poderoso, se você não estiver na presença de Deus, e
especialmente se você for uma peça importante para o Reino Negro “conquistar” e destruir, os
espíritos malignos vão pedir a ajuda de outros espíritos ao perceberem que você tem a “mente
forte”, que você é cheio de energia para ser sugada, que a sua “casa é limpa e adornada” e que não
está cedendo facilmente ao ataque dele... podem seguir te assediando até que encontrem uma
brecha por onde podem passar a atuar.

Mais e mais espíritos imundos entrarão na sua vida para tentar te drenar e derrubar, e vão
seguir persistindo até que consigam. Vão seguir batendo na sua porta até que, num dia de descuido,
você abra. Então não há escolha, se você não estiver forte em Deus, por mais forte que seja
interiormente, uma hora eles conseguirão te derrubar e dominar seu coração. Se a sua casa estiver
“vazia” uma hora você será afetado.

Ao ser ocupado pelos encostos eles passarão a fazer um lento progresso dentro de você.
São como vermes que corroem a carne. Você vai mudando aos poucos, provavelmente vai se tornar
feio, gordo, preguiçoso. Não vai conseguir levantar pesos nem estudar, muito menos rezar. Toda
a sua energia estará sendo sugada pelos maus espíritos. Talvez vá se viciar em pornografia,
videogame e usar maconha o dia inteiro. Vai estar cada vez mais pesado e lento, porque tem vermes
espirituais te drenando, bebendo como vampiros a sua energia vital. Vai estar permanentemente
cansado, fatigado, sem paciência para o seu irmão menor ou para a sua mãe.

Você vai preferir mentir sempre que puder para conseguir o que você precisa, com o
mínimo de esforço, porque todo esforço desprendido é menos energia que você teria para
“oferecer” para os espíritos que te vampirizam. Vai brigar com todas as pessoas que querem o “seu
bem”, porque estará sendo manipulado pelos espíritos que te obsediam e que não querem que você
se liberte da influência deles.

No terceiro estágio, o da possessão, você já está totalmente possuído pelos encostos.

Eles estarão morando dentro de você, criando colônias espirituais, e usando SEM
RESISITÊNCIA da sua energia vital. No terceiro estágio, o da possessão, o pouco de resistência
interna que você ainda possuía contra o ataque dos espíritos praticamente já se acabou. Assim, seu
livre arbítrio e capacidade de raciocinar estarão seriamente comprometidos. Você vai achar até
que é livre e tem pensamentos próprios, mas na verdade está apenas pensando o que os espíritos
imundos lhe mandam pensar. No estágio de possessão todos os sintomas do estágio 2 estarão
presentes, mas de forma ainda mais radical. Pra qualquer pessoa que tenha um pouco de
sensibilidade espiritual essa sua contaminação será evidente. Você vai buscar a companhia e a

54
amizade de outros possessos. Uma cracolândia é isso... uma colônia de encostos sugadores. Se
você estiver obsediado, a simples menção do nome de Jesus Cristo vai lhe aborrecer
imediatamente.

Uma certa vez, num grupo de WhatsApp de formados em economia pela UFRJ, do qual eu
participava, num fim de ano eu desejei a todos os participantes um feliz natal em nome de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Um dos participantes, outrora meu amigo, um intelectual poderoso, com
profundos conhecimentos na área de macroeconomia e geopolítica, com mestrado e doutorado no
exterior, que além disso é pessoa calma, aberta ao diálogo e aparentemente “tolerante”, foi tomado
por um repentino surto de ódio sem explicação e saiu do grupo após as mais pesadas ofensas contra
mim. Ele estava tomado por encostos que ODEIAM o nome de Jesus Cristo e tudo o que ele
representa e, por extensão, me odeiam também, eu que sirvo ao Seu Nome e O proclamo em todos
os lugares.

Pessoas boas, bonitas, que sejam bem sucedidas através de esforço próprio vão despertar
fúria e ódio sem razão aparente naqueles que estiverem debaixo da influência dos espíritos
imundos. Já pessoas que tenham sido bem sucedidas através de maldades e crimes, como
gangsteres, rappers violentos, funqueiros criminosos, modelos e manequins que prostituem a sua
bunda na televisão... essas pessoas vão despertar admiração e interesse dos infectados.

Isso se dá porque seu livre arbítrio no estágio de possessão é limitado. Você pensa como
reflexo dos espíritos imundos que habitam em você. Eles pensam por você. Esses espíritos que te
dominam prestam vassalagens entre si mesmos e, portanto, admiram o resultado do trabalho dos
outros espíritos que atuam através desses rappers, funqueiros, modelos e celebridades do mal. Já
quem tem um anjo ao seu lado, quem possui uma conexão forte e poderosa com a luz de Deus,
essas pessoas se forem bem sucedidas, despertarão ódio e inveja nos que estão possuídos.

55
11. A FALÁCIA DO SISTEMA DEMOCRÁTICO!

É por isso que DEMOCRACIA NÃO FUNCIONA!!! Se nós tivermos um governo que
estimule o trabalho dos espíritos malignos na vida das pessoas, trabalhando para implementar um
ambiente cultural e social que estimule a decadência, a promiscuidade e o vício, a destruição das
famílias, a criminalização da religião, o afastamento de Deus do debate público... teremos uma
série de indivíduos que estarão trabalhando para o Reino Negro. Teremos uma epidemia de pessoas
que já não pensam mais por si mesmas, que já não tem mais livre arbítrio completo, que votam em
quem os encostos lhes mandarem votar. Esses encostos vão favorecer os candidatos que servem a
outros encostos, que servem ao mal, que trabalham para o Reino Negro.

Em boa parte das vezes esses candidatos fazem trabalhos pesados de magia negra e
sacrifícios para as entidades para que sejam bem sucedidos nas eleições. As entidades malignas
que estão associadas aos candidatos, e que são lideranças no Reino Negro, trabalham como “cabos
eleitorais” no mundo espiritual, convencendo outras entidades para que estimulem os homens e
mulheres que estão sob a sua posse e influência a votarem nos candidatos que interessam ao Reino
Negro. Assim, se tivermos uma maioria de pessoas que esteja sob a influência de entidades
malignas, todo consenso popular será também maligno. É um engodo se falar em eleições livres
se nosso país está entregue aos espíritos malignos e oferecido ao Reino Negro.

Sem um governo que seja espiritualmente orientado, que tenha a fé em Deus como regra
legal, que tenha aplicação da justiça em nome de Deus, que tenha os seus diplomas legais
interpretados à luz do evangelho, que tenha a sua Constituição proclamada em nome de Jesus
Cristo, sem um governo em que o Chefe político tenha a obrigação legal de se prostrar
publicamente em adoração ao único Deus verdadeiro, que se declare um Seu servo e em nome de
Deus exerça o poder em favor do Povo... NÃO SE PODE FALAR EM DEMOCRACIA!

56
12. A IMPORTÂNCIA DA ESPIRITUALIDADE DAS LIDERANÇAS
POLÍTICAS

Desde os tempos mais remotos os reis tinham a função de liderança espiritual e a


manutenção de uma boa relação com o mundo espiritual e obter os favores do Alto. Era assim
também nas famílias aristocráticas da Roma Antiga. Com o advento da era cristã, os reis tinham a
obrigação política de confessarem seus pecados e comungarem publicamente, uma vez por
semana, usualmente na catedral real, para deixar claro a todos os súditos que estivessem presentes,
que eles estavam em estado de graça, agindo em nome de Deus, sob as influências da Pátria
Celeste, e não estavam sendo escravizados pelos espíritos malignos ou sob algum feitiço que lhes
tolhesse a inteligência e o livre arbítrio. Frequentemente quando alguma praga se abatia sobre o
feudo, ou sobre o reino, ou ainda eram derrotados de forma inexplicável na guerra, os senhores
eram responsabilizados pelos populares, sob a alegação de que estavam descuidando dos seus
deveres espirituais. Boa parte das revoltas camponesas da Idade Média, que matou e queimou na
fogueira um sem número de Senhores Feudais, se deu em função desse entendimento popular e
por conta da religiosidade do povo, que se afetava com escândalos sexuais ou práticas de feitiçaria
dos Senhores Feudais... e não por causa de exploração feudal excessiva ou carestia de vida, como
os historiadores marxistas vulgarmente atribuem.

Quando eu vejo forças políticas e lideranças manifestando uma defesa incondicional do


“estado laico” eu IMEDIATAMENTE já vejo ali um servo do Reino Negro.

Estado laico é, portanto, uma fraude política pensada e preparada nos infernos como forma
de submissão e controle da humanidade. É por isso que eu assisti com imensa alegria e profundo
amor no coração à cerimônia de posse do presidente polonês Andrzej Duda. Ele fez questão de, na
missa de posse, posar de joelhos diante do santíssimo sacramento e comungar do pão sacramental
publicamente. Esse é um sinal claro que é percebido pelo mundo dos espíritos, atraindo hostes de
luz em auxílio aos desafios que a cadeira de presidente possui e espantando dali os espíritos
imundos. Recentemente a Polônia declarou Jesus Cristo como rei da nação polonesa. Mesmo eu
nunca tendo pisado na Polônia, não tendo sangue polonês, não sabendo quase nada do idioma... eu
não posso deixar de me ver como um guerreiro na mesma guerra que os bravos poloneses estão
travando contra o Reino Negro. Somos todos irmãos numa mesma Pátria do Espírito, apesar de
pertencermos a raças diferentes, nações diferentes e de nos expressarmos em línguas distintas.
Esse é o verdadeiro nacionalismo de 3ª Posição e o único nacionalismo possível. Por mais que o
Presidente Andrzej Duda nunca tenha ouvido falar em Plínio Salgado ou Gustavo Barroso, ele é
uma liderança perfeitamente integralista. Deus tem planos pra Polônia.
57
13. DEMONOLOGIA E TIPOS DE ESPÍRITOS MALIGNOS

Já deixei bastante claro que eu não considero o estudo da demonologia como um campo
sério do conhecimento humano. Saber listas de nomes de demônios, onde atuaram, como se
manifestam, quais são os seus símbolos... tudo isso é para mim irrelevante, chato e coisa de
adolescentes antissociais e viciados em computador. O que mais importa disso tudo é sabermos
que seres malignos possuem nomes e, com isso, personalidade! Alguns são individualistas, mas
outros têm personalidade associativa e vivem em bandos. Alguns sustentam que espíritos impuros
possuem até algum tipo de “nacionalidade”, como nos parece na passagem de Daniel, cap 10. De
fato, espíritos nacionais, ou entidades que têm um vínculo com determinados povos, tendo maior
campo de atuação e afinidades naturais (portais abetos) nesses povos, lugares e etnias, é uma
possibilidade várias vezes encontrada na literatura demonológica.

São entidades que tem um nome e, portanto, personalidade particular. Têm históricos,
habilidades e interesses distintos. Não atuam de forma perfeitamente coordenada ou amistosa entre
si, mas obedecem a invejas, traições, votos de lealdade que podem ser quebrados, e a disputas
entre si. Uns são mais agressivos e poderosos, outros são mais lentos e fracos. Há contaminação
espirituais que empurram o possesso direta e rapidamente para a destruição.

Eu já vi uma pessoa, conhecido meu, guardador de veículos, homem fisicamente corajoso


e de porte avantajado, temido e respeitado na localidade em que trabalhava, que num prazo de seis
meses emagreceu 20 quilos, ficou fraco e preguiçoso, perdeu o emprego, se viciou em cocaína,
perdeu a esposa e a família, apanhou na rua, contraiu câncer e morreu. Nesse caso, provavelmente,
o espírito que o drenava era um espírito agressivo, faminto, que não tinha muita “paciência pra
esperar”.

Em outros casos vemos uma pessoa ir lentamente se destruindo, eventualmente


engordando, ficando viciada em maconha, se tornando lerdo, perdendo o emprego e a namorada,
não saindo mais de casa, desenvolvendo psicose e depressão... esse segundo espírito obsessor já
tem uma outra personalidade mais “conservadora” e prefere ficar “cozinhando” o hospedeiro por
muitos anos, se alimentando dele aos pouquinhos ao invés de matá-lo rapidamente. Passa até a
desenvolver um tipo de relação mais ou menos amistosa com o seu hospedeiro (amistosa no sentido
de se sentir “em casa” com a relação parasitária dessa pessoa que abriga o espírito maligno e não
tem interesse em largar o seu hospedeiro e ir buscar um outro).

58
Eu mesmo, quando tinha uns 20 anos de idade e era camelô no Largo da Carioca, já vi um
policial militar tremer de medo diante de um mendigo que estava “incorporado”. O policial, prestes
a dar uma surra no mendigo, parou subitamente quando o mendigo olhou na cara do policial e
disse: “sai daqui e não bate no meu menino, não, seu polícia de merda, ou eu vou te encontrar e
destruir a sua vida. Eu sei tudo de você...”. O policial ficou trêmulo de pavor e comentou comigo
depois que a voz do mendigo estava completamente distorcida e que ele falava de si mesmo na
terceira pessoa. O PM, que tinha fama de violentíssimo, foi tomado de um pânico repentino e ficou
todo arrepiado. Lhe faltaram forças até para sair dali a famosa “perna bamba”.

Depois disso fatos estranhos passaram a ocorrer na cabina da PM que estava no Largo da
Carioca até o dia em que essa cabina misteriosamente pegou fogo. Esse fato foi comentadíssimo
por anos naquela localidade e, na época, me causou uma fortíssima impressão.

Quando se diz que existe em determinado indivíduo um “espírito de preguiça” ou “um


espírito de luxúria” essa avaliação é corretíssima. Espíritos possuem nome e se possuem nome
possuem identidade, possuem interesses específicos, capacidades de atuação, conhecimentos
específicos sobre como abordar os seres humanos, possuem um histórico de existência e até mesmo
personalidade bem definida. São indivíduos. Assim eles atuam de modos específicos, de acordo
com as suas possibilidades e encaminham o possesso para onde eles se sentem melhor.

O caso clássico do espiritismo popular brasileiro, em que um espírito identificado como


sendo do tipo “pomba gira” seria o responsável por estimular as mulheres a terem um
comportamento promíscuo, é apenas um exemplo desse fenômeno. Esses espíritos têm apetites
específicos. Se alimentam das energias produzidas no ato sexual. Tais tipos de espíritos malignos
já eram conhecidos na Alta Idade Média e acabaram sendo catalogados no Malleus Malleficarum
como íncubos e súcubos, espíritos malignos que se alimentam da energia sexual produzida por
homens e mulheres, notadamente os que buscam a castidade e que têm, portanto, altos índices de
energia sexual represada. Esses ataques ocorrem principalmente durante o sono. Os íncubos ainda
roubariam o sêmen dos homens que atacavam durante o sono, se alimentariam da polução noturna
dos infelizes que ficariam fracos e poderiam até morrer. Claramente temos um caso de matéria
sendo convertida em energia.

Dessa forma, sendo indivíduos, cada espíritos malignos tem particularidades e afinidades
e é por isso que nem todas as infestações malignas têm o mesmo resultado. Cada um de nós, seres
vivos, possui um determinado tipo de personalidade, que é herdada, mas que também vai sendo
desenvolvida ao longo do tempo, através das nossas escolhas. Dependendo do tipo de
personalidade que nós construirmos, seremos fracos em um determinado aspecto das nossas vidas
59
e teremos uma capacidade natural de atrair um tipo específico de parasita espiritual que seja
especialista em explorar justamente essa nossa fraqueza.

Assim passamos a ser muito atraentes para o gosto de um tipo de ser espiritual e a não ser
tão atrativo para outras falanges diabólicas. Uma pessoa que não tenha muita testosterona, que não
tem uma energia sexual desenvolvida, não será tão atraente para íncubos e súcubos, pombas giras
e demais predadores espirituais que sejam especializados nesse tipo de vampirização sexual.
Talvez essa pessoa seja mais propensa a ataques de espíritos de inveja, de preguiça ou até mesmo
de depressão. Somos entidades físicas, mas também somos seres espirituais e temos a propensão
de atrair com mais força um determinado tipo de espírito em detrimento de outros.

Ainda que espíritos malignos não possam ler a sua mente, só de estar perto de nós eles já
sabem qual é a nossa fraqueza, onde somos fortes e onde somos fracos, que tipo de aptidões e
interesses temos e se vale a pena começar a tentar nos influenciar, se a energia gasta para entrar
na nossa vida vai ser demasiado grande em função do benefício energético que eles terão.

Disso tudo o mais importante é saber que o Reino Negro vai atuar na sua brecha. Por isso
o autoconhecimento é tão importante... saber onde somos fracos e onde somos fortes nos dará as
ferramentas necessárias para evitar o que, na teologia católica, chamamos de “ocasião de pecado”.
Se você é uma pessoa naturalmente lasciva, com forte energia sexual, então não frequente casas
noturnas, ou poderá ser levado a trair a sua esposa. Se é mais inclinado ao vício em drogas, se
afaste dos locais, clubes noturnos e festas, e das pessoas em que os espíritos que se alimentam do
vício, vivem... se você for mais naturalmente atraído por riquezas materiais sem esforço, então,
não dispute cargos públicos. Evite a sua “ocasião de pecado”.

60
14. VAMPIRISMO SEXUAL

Se você é promíscuo, se tem vários parceiros, então é bem provável que já esteja
contaminado por alguma entidade maligna. O ato sexual é uma ocasião perfeita para você ser
vampirizado pelo seu encosto. A energia sexual que é produzida no ato sexual é absorvida pelo
tipo de encosto que é especializado nesse tipo de ataque, os íncubos e súcubos, de forma que o
possesso não se “sacia” e acaba precisando buscar um outro parceiro, caindo na compulsão sexual.
Repare que, nesse caso, existe a necessidade de um NOVO parceiro. As possibilidades de produção
energéticas do parceiro anterior já se esgotaram e ele não sente mais interesse naquele parceiro,
tendo a necessidade de encontrar um novo parceiro para “oferecer” ao seu encosto, que anda
sedento.

A energia produzida pelo novo ato sexual é então novamente direcionada em favor do
espírito maligno. É um sinal claro de influência, e até de possessão, pessoas que “precisam” ter
vários parceiros sexuais. Essas pessoas estão servindo a encostos. Pessoas normais, sem influência
maligna, não agem assim. Isso não é natural. Compulsão sexual é um sinal inequívoco de
dominação pelo Reino Negro.

Por isso se diz que pessoas promíscuas, que têm a necessidade de vários parceiros, estão,
no jargão popular, “mal acompanhadas”. Porque têm com elas espíritos vampiros da sua
sexualidade e estão arranjando parceiros sexuais, não para a sua satisfação pessoal, mas para
satisfazerem as necessidades energéticas do seu encosto. Essas pessoas excessivamente sensuais
são infelizes e, apesar de parecer o contrário, elas nunca estão sexualmente satisfeitas. É um
problema terrível que elas praticando sexo não se saciem sexualmente, são praticamente eunucos.

São pessoas infelizes e que desenvolvem uma série de problemas, dos quais a incapacidade
de se satisfazer sexualmente e afetivamente é o mais visível. Homens promíscuos perdem
vitalidade e envelhecem numa velocidade muito superior ao normal, desenvolvem doenças físicas
e patologias psíquicas, especialmente quando estão mais velhos e já não conseguem encontrar
novas parceiras com a frequência que os seus encostos demandam. Aí acabam sendo cada vez mais
sugados pelas entidades e vão definhando com velocidade. Normalmente desenvolvem depressão,
impotência sexual e cânceres (sendo o de próstata o mais comum) ou outras patologias auto
imunes.

“Um homem viciado não é um homem, é um pedaço”, já dizia o meu avô. Homens
promíscuos e com múltiplas parceiras não são mais “machos” que ninguém, do contrário, são
marionetes, escravos nas mãos de demônios e todo seu falso orgulho de macho predador sexual,
61
alimentado pelos infernos, é apenas uma forma de os espíritos malignos ampliarem cada vez mais
os portais que permitem a eles escravizarem o infeliz. A “soberba precede a ruína”, como dito no
livro de Provérbios. Não são mais machos, não são sequer livres para dizer “não” às entidades que
os usam.

Já vi várias vezes amigos namorando boas meninas, e até casados com boas esposas,
perderem tudo o que tinha por conta de uma sexualidade desregrada, porque, sendo escravos das
entidades, não eram livres pra dizer “não” aos desejos sexuais dos espíritos.

Eram provavelmente vítimas do ataque de entidades. Além disso, boa parte do sucesso
sexual desses “pegadores” se deve ao trabalho que essas entidades fazem no plano espiritual,
convencendo de forma sutil às suas vítimas sexuais a consentirem em se deitar com ele. Se você
vir alguma menina dizendo “não sei o que me deu na cabeça de querer dar pra ele” ... tenha a
certeza de que foi o espírito maligno “dele” convencendo-a.

Eu tive um amigo, até bonito, mas sem exageros, excessivamente magro, mas que era um
exímio dançarino de ritmos latinos e que acabou se radicando no Leste Europeu e por fim em
Moscou, fazendo apresentações e dando aulas. Quando nós saíamos juntos, com nosso grupo de
amigos em comum, a sua “sensibilidade”, para identificar mulheres que estavam propícias a
abordagem, era algo realmente sobrenatural. Ele tinha um olhar clínico para aquelas mais
apagadas, que permaneciam sentadas a noite toda, que as vezes ninguém nem sabia que estavam
ali..., mas que eram as mais abertas a um convite para uma noite de sexo casual. E o seu nível de
sucesso nessas investidas era realmente impressionante.

A impressão que todos nós tínhamos era mesmo que ele tinha acesso oculto ao pensamento
delas. “Parece que o diabo avisa a ele”, falou uma vez um amigo nosso. Talvez tivesse razão. A
impressão que todos nós tínhamos era a de que ele não gostava tanto de sexo assim... gostava mais
da emoção da caça e da admiração e inveja dos amigos quando ele era bem sucedido, mas o ato
sexual em si mesmo, não o satisfazia.

Ele raramente repetia uma mesma presa. Após esgotá-las, perdia completamente o
interesse. Estava permanentemente à procura de algo novo. Eu tenho a leve impressão que essas
fortes emoções de admiração, ódio e inveja, que os homens dedicam aos mais bem sucedidos
predadores sexuais, se transmutam em energias que acabam sendo direcionadas e percebidas pelos
encostos que os manipulam. Tenho a impressão de que esses espíritos se gabam, se envaidecem,
de alguma forma se alimentam dessa veneração que homens promíscuos geram entre seus pares.

62
O melhor que nós podemos fazer, nesse caso, é não alimentar o ego desses pobres coitados pois
de fato não merecem. São apenas fracos e vítimas de manipulação espiritual.

O fim do meu amigo, como o de todos os homens viciados em sexo, está sendo o que foi
previsto pelo roteiro... sozinho, fraco, pobre... amargurado e doente. Odiado pelas mulheres que
usou, vendo os seus maiores amores indo embora nas mãos de terceiros, rejeitado até pelos filhos
que espalhou pelo mundo. Fujam disso, rejeitem esse comportamento promíscuo.

A esse respeito mulheres excessivamente sensuais são igualmente em nada dignas de


admiração. São, antes de tudo, escravas de entidades malignas, servem a esses encostos que vão
usar seus corpos para a satisfação de suas necessidades egoístas. De forma idêntica, alimentar nelas
a vaidade de serem predadoras sexuais é mantê-las numa cadeia de vício e compulsão, escravizadas
pelas entidades. Antes de admiração, essas pessoas são dignas de pena. São sexualmente
insatisfeitas, emocionalmente instáveis, incapazes de manter uma relação afetiva. São sozinhas e
atormentadas pela influência do mal em suas vidas. Frequentemente atraem uma espiral de
decadência acelerada, pela ação dos encostos e isso se torna visível a terceiros.

Um caso típico de provável infestação espiritual por espíritos vampiros sexuais é o da atriz
Cléo Pires. Menina belíssima, talentosa, desenvolveu desde cedo uma compulsão sexual que era
claramente influência do Reino Negro. Por fim acabou se dedicando a bruxaria. A sua instabilidade
emocional, o uso de drogas, a incapacidade de se relacionar afetivamente a longo prazo e, por fim,
a sua inegável decadência física, mesmo sendo ainda jovem, são sintomas inequívocos de que ela
está pesadamente obsediada. Não manifestar qualquer admiração por essas pessoas é, portanto, um
favor que se faz a elas e uma ajuda no seu processo de sua cura e libertação. Alimentar o seu ego
é alimentar os espíritos que as consomem e ajudá-las a se enfiar cada vez mais no domínio dos
encostos.

Desse modo, se você ouvir a sua amiga dizendo “hoje eu quero dar pra alguém”, saiba que
ela está sob influência de encostos e está sendo veículo de satisfação das entidades. Reze por ela
imediatamente. Repreenda o diabo que a está usando em nome do Senhor Jesus. Se ela não ceder
às tentações do maligno e se mantiver firma na fé, se ela se “desintoxicar” e se abstiver de sexo,
após algum tempo passará a deixar de ser interessante para os encostos que a abandonarão e
partirão em busca de outras vítimas. A ruptura definitiva e o fechamento do portal só serão
possíveis com um ritual de exorcismo, do contrário as chances de recaídas seguirão existindo (por
isso no Rio de Janeiro se diz que “piranha não para, só dá um tempo”).

63
A nossa conclusão aqui é inevitável e é congruente com a do Malleus Malleficarum, o
manual de demonologia medieval proibido pela Igreja Católica: encostos preparam rituais no
mundo espiritual para sugar as energias produzidas no ato sexual pelos seus obsediados. Você
pode até não perceber, mas do lado da piranha que você levou pro motel pra uma noite de sexo
casual tem um altar negro montado pelo encosto que a acompanha, para abrir os portais e te
extorquir energeticamente. Assim, sexo desregrado pode ser, como frequentemente é, um rito
negro de sacrifício aos espíritos malignos, mesmo sem a intenção dos agentes.

Em todo prostíbulo no Rio de Janeiro é comum vermos um pequeno altar, usualmente perto
da porta, com uma imagem de algum “santo” e uma vela acesa. Isso significa que aquela casa de
prostituição está oferecida a uma entidade que “vive” atrás daquela imagem. O portal está aberto,
a entidade diabólica que rege o local tem domínio e livre acesso ali, e toda energia sexual que for
produzida ali será direcionada para alimentar o espírito que coloniza aquela imagem. Aquele altar
ainda mantém longe outros espíritos de forma que toda a energia produzida ali deverá ser recebida
apenas pela entidade que fez um pacto com o dono do local, ou a legião a que pertence.

Eu tinha uma espécie de “amiga”, uma cafetina, uma senhora já bem idosa, em fim de
carreira, e que tinha vivido alguns dos momentos de glória da malandragem carioca. Era uma
personalidade fantástica, carismática, cheia de histórias pra contar, que se disse uma ex amante do
famoso Detetive Milton Lecoq, policial civil, antigo terror da marginalidade carioca e um dos
homens fortes do Regime Militar. Essa senhorinha, sempre muito maquiada e fumando na piteira,
pessoa elegante, mas que a essa altura já estava em fase final de carreira, ainda tinha umas 3 salas
apinhadas de meninas em roupas minúsculas, trabalhando pra ela, em um prédio antigo no Centro
da Cidade do Rio de Janeiro.

Durante nossas conversas ela me confessou que era “médium” e que tinha sensibilidade
para “ver as coisas”. Uma das suas preferências era me contar “histórias de assombração”, que eu
escutava avidamente, com uma curiosidade imensa para destrinchar alguma hipótese nesses
fenômenos comuns da nossa espiritualidade popular brasileira. Uma das histórias de assombração
dela me causou impressão. Ela me disse que toda vez que um determinado cliente ia até lá, e ele
ia toda semana (era um gerente da Caixa Econômica Federal de uma agência no Centro do Rio),
ela via “um negão” que trepava em cima dele na hora do coito com as meninas. Esse cliente era
um dos que pedia às meninas que enfiassem o dedo no seu ânus toda vez que estava no ato sexual.

Ela disse claramente que via “os três” transando. Segundo a própria versão dela, era esse
“negão” (e que só ela via) quem pedia para as meninas abrirem o ânus desse cliente na hora do
sexo. O infeliz transava “semi incorporado”. Segundo ela fazia questão de dizer o “negão” (que
64
era também um espírito obscuro) só podia entrar no local porque tinha autorização do Zé Pilintra
que protegia a casa (e ela dizia isso apontando pro altar que ela tinha acima da porta, com a imagem
da entidade e uma vela acesa). “Se não fosse o ‘Seu Zé’ autorizar, aquele ‘negão’ nem passava da
porta”. Segundo ela ainda, “era só por causa disso que o negão’ trazia esse cliente toda semana”,
porque esse espírito ali tinha livre acesso já que era entidade “amiga” do “dono da casa”.

De fato, com milhares de opções no Centro da Cidade o tal gerente da Caixa Econômica
Federal ia sempre no mesmo prostíbulo.

“Ele acha que está comendo alguém, mas na verdade ele está vindo aqui pra ser enrabado
pelo negão, mesmo sem saber”, dizia ela. E eu pensava comigo... “acho que vou lá falar pro cara”.
Mas nunca falei. Na verdade, eu não levava completamente a sério o que ela dizia e tinha algumas
dúvidas se ela mesmo via o que dizia que estava vendo. Olhando pro rapaz eu via alguém
assustado, inseguro... ele entrava no ambiente meio que temeroso. Não sei se era somente vergonha
de entrar num puteirinho pé rapado ou se era efeito da possessão, mas de toda forma ele não estava
“legal”.

Sexo é um conhecido vetor no mundo espiritual. É presente em diversos rituais de magia


negra. Entidades “bebem” das energias produzidas em sexo ritualístico. Sempre é bom relembrar
que eu uso aqui o termo “energia” de forma didática, pra facilitar o entendimento. Quem não gostar
do termo energia, chame do que quiser..., mas o fato é que esses espíritos baixos, por algum
motivo, precisam se empenhar em receber dos vivos esses presentes em forma de adoração, seja
ela consciente ou inconsciente.

65
15. SODOMIA ESPIRITUAL COMO RITO POLÍTICO

Assim, temos que a sodomia é praticamente universal nos compêndios de necromancia.


Escolas de Magia Negra usam da sodomia ritual para iniciar os adeptos nos níveis superiores.
Quando um espírito sodomiza um adepto, se utilizando de um médium, ele passa a ter um largo
portal de acesso ao seu interior. Ele te domina. Tu nunca mais se livras dele... ou, pelo menos, o
processo de libertação é muito mais difícil e doloroso. É uma ferramenta de escravidão espiritual.
O espírito que te sodomiza te controla completamente. E isso é muito comum em seitas secretas,
escolas de ocultismo.

É fato amplamente conhecido que em escolas de mistérios o adepto, pra acessar níveis
superiores, precisa ser sodomizado pelo mestre. Eles inventam uma larga série de desculpas
teóricas e místicas para justificar e convencer os adeptos disso (falam de abrir o chakra, destruir o
homem velho e construir o “homem ascendido”... etc.) mas a verdade é que quando um mestre de
mistérios sodomiza um adepto de forma ritual, quem está na verdade sodomizando o pobre coitado
é o encosto que atua naquela escola e usa o mestre como “cavalo” e, a partir dali, esse espírito
imundo tem o total domínio do infeliz. Está escravizado, colonizado mentalmente pelo Reino
Negro. Um homem que se permite ser penetrado tem a vida completamente modificada. É mesmo
um rito mágico.

Alguém já disse que a sodomia é um canal por onde se transferem demônios. E é isso
mesmo. Pelo ânus, abaixo da coluna vertebral, é aberto um portal espiritual pelo qual o infeliz faz
o convite e os demônios associados à entidade que preside o rito, no mundo espiritual, passam a
entrar e a habitar a vida do adepto. O possuído praticamente já não tem livre arbítrio, mas pensa o
que os encostos que habita na sua alma o mandam pensar. Eles passarão a montar altares na sua
alma, oferecer adoração a espíritos mestres, e tratarão de ampliar as ferramentas de controle sobre
a alma e a mente do coitado.

Aliás, o termo “coitado”, em português, vem de “aquele levou coito”, de quem permitiu
ser abusado sexualmente. Na origem o termo “coitado” designa quem foi abusado sexualmente.
Sexo anal é ferramenta simbólica e prática de opressão e escravidão. Historicamente sempre foi.
Os príncipes dos povos antigos e que haviam perdido as guerras e iam aprisionados pelos povos
vencedores eram ritualisticamente abusados em público, na frente do seu povo, para que essas
lideranças fossem moralmente destruídas e esse povo conquistado nunca mais se rebelasse nem
houvesse quem liderasse essa rebelião. É possível que esse rito marcasse o domínio da nova
divindade que assumia o controle daquele território e daquele povo.

66
A maldição e vergonha eram tão grandes que o filho de um príncipe que fosse abusado já
seria afetado em sua moral e não poderia liderar mais nada. A maldição e vergonha do pai pairava
sobre os filhos. Sua linhagem estaria para sempre comprometida com essa vergonha. As linhagens
e dinastias eram interrompidas ritualisticamente com o estupro público do patriarca. Após o que
seus descendentes sempre mudavam de nome e interrompiam aquela dinastia ou linhagem. A
submissão anal era a “marca do escravo” no mundo antigo. Não por menos Deus odiou os hebreus
que preferiram a escravidão e submissão aos egípcios que as dificuldades do deserto.

67
16. O CONDE DRÁCULA

O famoso Vlad Tepes, personagem histórico que deu origem ao Conde Drácula de Bram
Stoker, foi um príncipe romeno, cristão, que foi mantido prisioneiro político na corte turca durante
parte da sua infância e adolescência como forma de impedir que seu pai invadisse os territórios
turcos e rompesse o acordo de vassalagem e de pagamento de tributos que ele tinha com o sultão
otomano. É dito que ele sofreu violência sexual no seu cativeiro como ferramenta de guerra, para
destruir o seu orgulho real, de forma que quando ele atingisse a maioridade, voltasse a sua terra
natal e fosse assumir o trono, ele não se insurgisse contra o sultão otomano que sempre o podia
acusar de ter sido “concubina” da corte otomana, como era o gosto turco. O sexo anal era usado
pelos turcos como ferramenta de opressão e colonialismo contra as lideranças regionais. O
Lawarence da Arábia, militar inglês que caiu como prisioneiro dos turcos e foi vítima dessa mesma
marca tenebrosa, explicita o método de opressão turca no seu livro “Os Sete Pilares da Sabedoria”.

Como é sabido isso não funcionou. Os anos de cativeiro e as inúmeras violências que Vlad
Tepes sofreu não serviram para castrar sua masculinidade ou apagar o seu orgulho real. Do
contrário, só alimentaram ainda mais o ódio que o Príncipe Vlad Tepes tinha pelos turcos
sodomitas. Numa ocasião ele empalou cerca de 400 soldados turcos que foram até ele exigir
tributos em nome do Sultão turco e os expôs na porta de seu castelo. Esse empalamento consistia
em inserir uma lança de aproximadamente 5 metros de comprimento no ânus deles até que ela
saísse pela cabeça e a seguir enfiar a base da lança no chão de modo que os turcos ficaram içados,
com as lanças enterradas nos seus ânus. Os corpos foram expostos pelo caminho. Do seu terraço
ele passou semanas admirando o espetáculo de 400 homens mortos e torturados dessa forma, com
uma lança enfiada nos cus. Diz-se que esses corpos permaneceram ali por anos e aterrorizavam os
viajantes contribuindo para a sua lenda de demoníaco e vampiro.

Em outra ocasião, num jantar com os chefes dos clãs romenos, os líderes das principais
famílias da Romênia disseram que ele não poderia ser rei do povo romeno por ter sido abusado
sexualmente, quando em cativeiro turco, por ter sido feito de “mulherzinha” pela corte turca... isso
lhe deixou tão enfurecido que ele matou, ali mesmo, todos os presentes. Cerca de 50 lideranças,
das principais famílias romenas, foram massacradas no mesmo dia e local, e as suas cabeças
expostas pelo caminho, tamanho era o seu horror às lembranças dos maus tratos que ele havia
sofrido. Depois disso nunca mais lhe acusaram de ser menos homem por conta do seu passado de
abuso nos seus anos de cativeiro.

68
Vlad Tepes é um herói dissidente e um revolucionário político. Sua história merece ser
conhecida e honrada. Homem de extrema grandeza interior, seus atos não podem ser julgados
pelos parâmetros de nosso tempo. Foi o responsável direto por impedir que os turcos invadissem
a Europa e destruíssem a cristandade. Sua vida é um libelo anti imperialista e de defesa das
tradições ancestrais de seu povo, contra a invasão e dominação de um povo opressor e
expansionista. Ao invés de se refugiar na sua dor ele soube usar uma tragédia pessoal como forma
de combustível moral para impedir que os seus inimigos triunfassem. Quando os turcos finalmente
ultrapassaram o cerco de medo e superstição que ele soube criar para atrasar a sua entrada na
Europa, os europeus já estavam preparados para impedir a expansão otomana. Se a Europa ainda
existe, em boa parte se deve a ele.

Nesses tempos pós modernos, em que vemos novamente o sexo anal como ferramenta
política e a ameaça iminente de destruição da cristandade pelas forças políticas de nosso tempo,
Vlad Tepes, o conde Drácula, deve ser resgatado como herói genuíno da 3ª Posição em todo o
mundo ocidental.

69
17. SEXO ANAL COMO FERRAMENTA POLÍTICA

É fato sabido, um homem que seja levado a praticar o sexo anal passivo estará destruído
simbolicamente... talvez até espiritualmente. Ultrapassar esse evento de terror absoluto é quase
impossível a um homem comum, sendo o signo dos heróis os que sobrevivem a esse culto negro
em que são a própria oferenda, e ainda souberam manter a sua integridade. O estupro carcerário
é uma prática remanescente desse costume ancestral em que as lideranças de facções dissidentes
são submetidas a esse tratamento e tortura sexual como forma de controle. No Brasil o estupro
carcerário era até estimulado pela direção das unidades prisionais como forma de controlar os
bandidos mais “problemáticos”. De fato, após o estupro, “a macheza” acabava imediatamente. A
sujeição sexual através do sexo anal sempre foi uma efetiva ferramenta de destruição, dominação
e imperialismo. Uma forma de consolidar a escravidão. Transformar sexo anal em pauta libertária,
como se vê hoje em dia, é uma inversão infernal. Quem prega isso serve ao Reino Negro e é nosso
inimigo.

Assim vemos que sodomia, homossexualidade e sexo desregrado, alguns dos principais
pilares da política atual, são, na verdade, ferramentas de controle do Reino Negro sobre nós.
Quando se fala em “sexo livre” ou em “liberdade sexual”, isso é nada além de uma propaganda
política, montada nos infernos, para a escravização das pessoas. Toda a propaganda em torno do
estímulo da pederastia é também uma forma de permitir que mais e mais espíritos imundos se
fortaleçam e difundam seu controle sobre as pessoas. Não por menos, TODAS AS TRADIÇÕES
RELIGIOSAS sempre proibiram, ou pelo menos desestimularam fortemente a prática da sodomia,
porque eram evidentes o caráter diabólico e a maldade intrínseca dessa prática a todo homem com
um pouco mais de sensibilidade espiritual, como era o caso do homem da Tradição.

Uma parada gay é um ritual macabro, um repasto dos demônios. É uma verdadeira “Missa
Negra” com entidades macabras passeando no meio dos participantes e se fortalecendo com a
energia liberada pelas práticas sexuais desregradas. Cada Parada Gay é um rito religioso que
fortalece ainda mais o Reino Negro. “Dar o cu” é um ato político porque é, também, um ato de
adoração religiosa das entidades macabras. Mais uma vez: política e religião SE MISTURAM.
Estado laico é fraude. Eu acredito piamente que boa parte da aversão natural que todo o homem
tem ao homossexualismo tem fundamento espiritual. Quem está acompanhado por um anjo sempre
vai se sentir mal na presença de quem é vetor de contaminação diabólica como, por excelência, os
sodomitas são.

70
Quem “dá o cu” já se ofereceu como escravo do Reino Negro e já tem parte com os
demônios, ainda que não saiba ou ainda que não concorde com isso. Especialmente se é promíscuo.
Um gay promíscuo está tomado de encostos. É vetor de expansão do Reino Negro. O jargão
político “sexo anal contra o capital”, slogan cantado por gayzistas e feministas, é instrumento de
escravização, miséria, colonização e enfraquecimento individual e coletivo. Nosso país será
sempre pobre enquanto viados derem o cu nas praças onde nossos avós adoravam a Deus em
procissões religiosas.

Daí vem todo o ódio dos serviçais do Reino Negro quando se fala em “cura gay”. Se o
motivo da homossexualidade de alguém for realmente espiritual, se ele for gay em função do
ataque dos espíritos, se houver um espírito agindo para que alguém se torne bicha, e se essa pessoa
for liberta do ataque espiritual, ela será curada, SEM DÚVIDA. E é um DIREITO do ser humano
buscar esse tipo de ajuda, caso ele queira. Eu já vi isso acontecer e os casos são inúmeros, mas
divulgar isso simplesmente NÃO INTERESSA ao Reino Negro. Impedir a libertação espiritual
que se manifesta através do sexo desregrado, seja ele homo ou heterossexual é pauta política
fundamental para o Reino Negro. A sodomia masculina é vetor de opressão, maldade e de
contaminação diabólica e é interesse do Reino Negro que nenhuma alternativa seja dada.

Bichas ativistas e seus apoiadores, especialmente se são promiscuas, são agentes políticos
do inimigo, traidores da nossa “Pátria do Espírito”, traidores do Brasil e inimigos viscerais dos
integralistas e demais Militantes de 3ª Posição no mundo todo. E eles sabem disso. Por isso tanto
ódio contra “fascistas”, reais ou imaginários.

Faz parte da estratégia do Reino Negro normalizar e até estimular a sodomia,


principalmente alegando “liberdade de expressão” ao passo que proibir e criminalizar os que se
põem contra esse processo é uma defesa dessa mesma “liberdade de expressão”. Isso tudo não
passa de mentira e propaganda política. Não existe qualquer compromisso real com a liberdade,
verdade ou com valores mais elevados ou mesmo com a coerência. O compromisso deles é com a
vassalagem prestada ao Reino Negro e às entidades. Quando vemos humoristas patifes colocando
Nosso Senhor Jesus Cristo como homossexual, e praticante de sexo anal com o demônio, está mais
do que claro que estes humoristas não estão pensando por si mesmos, mas são apenas satélites dos
principados do Reino Negro. Venderam as suas almas e consciências aos infernos a que servem
em troca de fama e alguma fortuna. São inimigos genuínos da nossa Pátria do Espírito e merecem
guerra sem trégua por todos os meios disponíveis.

71
Quando a Revolução Integralista vier, quando um regime político espiritualista for
finalmente implementado no Brasil e Cristo for entronizado como Rei Perpétuo do Brasil, Paradas
Gays e boates gays serão completamente proibidas.

72
18. AS FALANGES ESPIRITUAIS

Em todos os ritos de exorcismo o exorcista sempre pergunta o nome da entidade. Cada


entidade possui um nome e, possuindo um nome, possui também uma personalidade. Entidades
são INDIVÍDUOS. Não fosse assim não teriam um nome. Umas são mais famintas das energias
que produzimos e são mais agressivas, têm mais ódio pelo gênero humano, outras nem tanto. Umas
são mais poderosas e atuam nas nossas vidas com menos esforço e mais resultado. Umas são mais
inteligentes, têm mais capacidade de liderança. Outras possuem mais conhecimento e também
dominam formas mais eficientes de agir, um tipo de “tecnologia” de abordagem dos vivos.

Sabemos que se dividem em falanges, em legiões. Cada uma dessas legiões é composta por
um tipo específico de entidades. Elas se ajudam, ensinando umas às outras as melhores formas de
atuar vampirizando os humanos, se comprometem com códigos, mandamentos, se organizam na
forma de confrarias, mantém ritos de acesso, hierarquias e práticas de adoração particulares nos
infernos. Mantém esses segredos de poder distantes das entidades que não pertencem a sua legião.
Cada legião pode se especializar em um tipo de ataque, com falanges de espíritos praticando a
obsessão sexual, por exemplo. Ou pode ser que essas falanges sejam imensas, aí se dividindo em
“departamentos”, com um departamento de espíritos treinados nos códigos de vampirização
sexual, outro departamento de espíritos praticantes dos ritos de influência sobre políticos, por
exemplo.

Eventualmente essas legiões entram em guerra contra outras legiões nos planos infernais.
Ou então fazem acordos de cooperação. Um conjunto de legiões forma um clã dos infernos. Um
conjunto de clãs forma uma nação infernal. Essas nações têm um território de atuação e lutam
contra outras nações pela manutenção do privilégio de exploração dos vivos naquele território. É
um verdadeiro nacionalismo dos infernos. Eu creio que toda forma de imperialismo político que
aflige o nosso tempo histórico é uma reverberação nos planos sutis, atingindo o mundo material,
desse nacionalismo infernal que ocorre no mundo espiritual.

Como vimos no capítulo X do Livro do Profeta Daniel, ele lutava espiritualmente contra o
“espírito príncipe da Pérsia” que não queria permitir a reconstrução do templo em Jerusalém. Ao
ser finalmente destruído pelos exércitos celestiais, o espírito príncipe da Pérsia foi substituído pelo
“espírito príncipe da Grécia”. Segundo as teorias deste livro, cada uma dessas nações estava
debaixo do poder de uma potestade espiritual e delas recebiam sacrifícios e adorações. Quando a
entidade principal da Pérsia foi destruída pelo Arcanjo Miguel, amarrada e aprisionada em luta no

73
mundo espiritual, expulsa “dos ares” e desterrada nos infernos, a entidade espiritual que reinava
sobre a nação grega aproveitou o vácuo de poder na região e assumiu o controle.

No nosso mundo material isso significou a vitória espantosa que os exércitos gregos de
Alexandre, o Grande, tiveram, não apenas derrotando o até então imbatível Império Pérsia, a essa
altura já sem seus espíritos, mas conquistando o mundo todo e HELENIZANDO as nações o que,
na prática, significou altares dos panteão grego por todo o mundo conhecido. As divindades da
Península Grega passaram a ser adoradas em todos os cantos do mundo.

Tudo isso foi previsto pelo profeta Daniel e parece corroborar com as propostas deste livro
que aponta as evidências de que há lutas políticas entre potestades demoníacas ocorrendo no
mundo espiritual pelo monopólio de exploração da adoração dos vivos e que esses embates no
mundo espiritual têm consequência direta nas mudanças da política mundial, aqui, no mundo
material.

Observar apenas as caraterísticas materiais das nossas rivalidades e disputas políticas do


dia a dia é a característica comum do homem vulgar, do homem raso, e também da esquerda e da
direita e que, por isso, não passam de sistemas materialistas e que devem ser evitados por cidadãos
de inteligência superior. Procurar uma possível causa espiritual para os nossos enfrentamentos no
dia a dia é o entendimento consolidado da larga maioria dos sistemas de 3ª Posição, incluindo aí o
Integralismo, que é a doutrina política com a qual eu me identifico. Claramente a 3ª Posição
oferece outros instrumentos de análise que não pertencem nem à esquerda e nem à direita e é por
isso uma doutrina política superior.

No mundo espiritual os seres espirituais são categorizados e divididos em hierarquias com


divisões de trabalho, capacidades, interesses e responsabilidades. As diferentes tradições
espirituais nos dão sinal de que as hostes luminosas seguem uma ordem rígida e uma hierarquia
formal ao passo que as hostes infernais são mais “democráticas”, onde um tenta tomar o lugar do
outro.

Da mesma forma que lúcifer odiou a Deus por causa da inveja e se recusou a servi-Lo, os
diversos seres inferiores habitantes dos infernos se odeiam e se invejam entre si e se puderem
tentarão usurpar o posto dos seus chefes nos submundos. E isso não é impossível ou especulação
barata.

Lembremos, como dito, que lúcifer, na tradição cristã, traiu e entoou usurpar pra si o Trono
de Deus. Isso sim é que é impossível e é óbvio que lúcifer sabia disso antes mesmo de desejar
usurpar o Trono de Deus para si. Com efeito, bastaria um pensamento de Deus para que essa
74
rebelião acabasse. Não havia qualquer chance de sucesso numa rebelião contra Deus e todos os
envolvidos nela sempre souberam disso.

Assim, o tema da Revolta Luciférica e da Guerra nos Céus de que o Apocalipse cap. 12
trata brevemente deve ser entendido de forma mais ampla e menos literal do que usualmente se
faz. Existe uma lição por detrás de cada mito. Uma das lições é que essa guerra entre anjos e
demônios ainda não acabou (e talvez por isso a principal, talvez a única referência direta a ela na
bíblia é no Livro de Apocalipse, o livro que nos conta os eventos que ainda ocorrerão e que
precedem o final dos tempos).

Esse embate entre seres de trevas e de luz que pauta toda a história humana está sendo
desenvolvido agora mesmo, enquanto esse livro é escrito. Assim, por essa leitura, a derrota final
de Lúcifer e das suas hordas malignas, ou dos seres trevosos que ele representa, só ocorrerá mesmo
no Apocalipse, no final dos tempos, com a vitória da luz e a dissolução eterna de todas as falanges
e legiões tenebrosas e obscuras.

Outro ponto importante, a tentação de Lúcifer em trair e tomar o lugar de Deus, que como
foi dito é coisa impossível, serve para nos mostrar e ensinar algo da natureza dos demônios. A sua
natureza e inclinação é para a traição e para a mentira. Para a inveja, usurpação e a conspiração.
Mesmo sabendo que seria derrotado, que não possuiu jamais qualquer chance de ser bem sucedido
nas suas intenções de tomar o Trono de Deus, Lúcifer simplesmente não conseguiu “não invejar”
a Deus... mesmo que fosse dentro do seu coração.

Sua queda significa que, se ele pudesse, ele teria “matado Deus” e tomado o seu lugar.
Depois dessa tentação que ocorreu em seu pensamento ele já não podia mais habitar na presença
de Deus e teve que se retirar da presença da Luz. Todos os demônios se invejam e se traem entre
si, se isso for conveniente a eles nos seus propósitos que é o de sempre receber mais e mais as
energias produzidas pelos vivos.

Essa tentação de ser adorado é algo que é também comum a todos nós seres humanos.
Todos temos dentro do nosso coração um eco dessa disputa que se passou e que ainda se passa no
mundo espiritual. Todos queremos ser alvos de adoração, “reconhecimento”. Queremos ser
cultuados, ser alvo de admiração e receber homenagens... da mesma forma que o diabo quis.
Temos essa tendência inata e precisamos lutar contra ela de forma consciente. O culto ao ego é
um eco da revolta luciférica, é também uma forma de idolatria e nos traz consequências espirituais
desastrosas. Toda vez que queremos ser “adorados” como deuses estamos, na verdade, imitando
lúcifer e adorando o diabo.

75
Uma das lições possíveis do episódio da queda luciférica é nos mostrar que a natureza
invejosa e conspirativa é própria dos demônios (é filho do diabo “quem não ama seu irmão”, João
1 Cap10). Eles não obedecem livremente a uma hierarquia ou a uma cadeia de comando, mas, tal
qual Lúcifer invejou e tentaria trair Deus se pudesse, eles não conseguem deixar de se invejar. Eles
se traem entre si e mentem uns aos outros com a intenção de alçarem graus elevados dentro dos
mundos inferiores. Que seres das trevas podem mentir aos humanos e mentir entre si é fato
pacificado nas diversas hipóteses demonológicas. De fato, Jesus Cristo nos alerta que o diabo é o
pai da mentira. Que eles se mentem e se traem entre si é só uma extensão desse raciocínio.

Sua guerra entre si mesmos produz ecos no Mundo Material, desdobramentos políticos, as
vezes até desequilíbrios ecológicos desastres naturais... pelo Princípio das Duas Naturezas, os dois
mundos estão “amarrados” o Mundo Espiritual e o Mundo Material se sustentam e se relacionam.
Potências telúricas entrando em disputa pela adoração dos vivos e pelo privilégio de explorar suas
“energias” podem desencadear reações violentíssima que acabem sendo percebidas no Mundo
Material e as suas consequências afetam todos nós.

76
19. O CULTO ROMANO

Uma leitura de um trecho do Bagvad Gita (42-44) parece nos confirmar a hipótese:

“A promiscuidade e a adulteração do sangue é a precursora do


esquecimento dos ritos devidos aos antepassados e estes, sendo privados
dos sacrifícios de que se sustentam, caem das alturas celestes (...) todo os
que deixam de prestar os sacrifícios aos seus ancestrais e destroem a
religião da família vão para os infernos. Assim nos ensinam os nossos
livros sagrados”.

De acordo com a leitura desse trecho do Bagvad Gita havia “espíritos príncipes”,
usualmente os espíritos dos patriarcas e fundadores das famílias nobres que, depois de mortos,
seguiam precisando das energias produzidas no mundo material, pelos que têm corpo físico, os
vivos, e repassada a eles no mundo espiritual através de rituais de sacrifício, para eles pudessem
se manter nas “alturas celestes”. O mesmo e exato entendimento ocorre aos patrícios romanos, os
chefes das famílias importantes na Roma Antiga, que tinham a obrigação de fazer os sacrifícios
aos espíritos dos antepassados, como nos é relatado pelo Julius Evola no já citado “Revolta
Contra o Mundo Moderno”.

Esses sacrifícios de sangue mantêm poderosas e livres de sofrimento as almas dos seres
trevosos que habitam os mundos inferiores. Sem as energias vindas dos sacrifícios realizados no
mundo material, esses seres trevosos, privados da luz de Deus, sofrem pesadamente nos mundos
inferiores. Conseguir adeptos no mundo material que sigam lhes oferecendo esses sacrifícios é,
portanto, importantíssimo.

Essa é, em resumo, o cerne das religiões pagãs tradicionais, nos locais onde a mente
humana conseguiu desenvolver alguma civilização superior. Da China a Índia. Da Pérsia antiga
ao Egito. Roma e Grécia... tudo se resume, em última instância, aos sacrifícios dados aos chefes
ancestrais das famílias aristocráticas, não só para conseguir deles favores no mundo material, mas
também para amenizar seu sofrimento. Sem o sacrifício prestado pelos vivos, os espíritos dos pais,
patriarcas e antepassados sofreria no mundo espiritual.

Em todos esses locais, o culto público aos deuses competia com um culto privado, aos
espíritos fundadores e antepassados das famílias importantes, a religião familiar, e cabia aos chefes
das famílias aristocráticas prestar os sacrifícios rituais aos seus patriarcas.

77
Na Roma Antiga as “gens” eram clãs que reuniam famílias importantes, que tinham
parentesco entre si e que descendiam de um mesmo conquistador, o fundador daquela estirpe. Cada
uma dessas famílias tinha um chefe. Os antigos chefes romanos, os patriarcas da gens, eram
escolhidos entre as lideranças das famílias que compunham essa gens, esse clã, não somente em
função do seu poderio militar e financeiro, mas pela sua reconhecida capacidade de estudar e
manter os cultos familiares e os sacrifícios que deveriam ser prestados aos antepassados e,
principalmente, ao fundador mítico do clã. Toda gens tinham um fundador ancestral de quem todos
descendiam, usualmente um guerreiro que conquistou aquelas terras e que foi quem fundou aquela
família.

De forma idêntica ao Bagvad Gita hindu, os romanos acreditavam que os chefes das
famílias, já falecidos, se não recebessem os sacrifícios dos viventes, “despencariam” dos céus,
seriam humilhados e escravizados no mundo espiritual ou seriam até destruídos (dependendo da
versão adotada).

O patriarcas das famílias nobres romanas tinham, portanto, 3 funções sociais importantes:
eram homens de negócio que administravam as terras e negócios da família, além disso, eram
chefes militares (que comandavam seus jagunços na proteção das terras da família) e também eram
ainda sacerdotes de um culto privado e familiar (que as vezes abarcava a criadagem e os escravos
e os clientes, ou os associados dessas famílias).

Era atribuição dos patriarcas treinar seus filhos como sucessores nos cultos familiares para
que a continuidade desses ritos não fosse rompida jamais. Se os espíritos dos antepassados,
protegidos e “alimentados” pelo poder que os sacrifícios derramavam em seu favor, se
mantivessem fortes no mundo espiritual, eles ajudariam a sua descendência no mundo material e
os negócios do clã, dessa gens, prosperariam.

Temos aqui o princípio das duas naturezas em sua forma mais pura. O culto público aos
deuses não era senão simbólico (boa parte dos deuses era, no início, um príncipe fundador de um
clã e cujo culto se ampliou mais além do seu clã).

O que mais contava para esses aristocratas eram as religiões familiares em que os chefes
das gens eram ligados, pelo sangue, à terra dos seus ancestrais (eles derramavam seu próprio
sangue, de forma ritual, nas terras da família para fortificar essa união e eram ali enterrados após
morrerem) e onde uma vez elevado a patriarca, ele tinha que tirar DESSA TERRA os elementos
materiais (usualmente cordeiros e touros, uvas e trigo... mais uma vez, MATÉRIA) que seriam
sacrificados aos seus antepassados, que foram justamente os que tinham conquistado essas mesmas

78
terras para a família. Fortes no mundo espiritual pelos sacrifícios oferecidos pelos seus
descendentes, esses espíritos ancestrais ajudavam na proteção e nas conquistas materiais da sua
família, viva, aqui na terra. Seria algo como um ajudando o outro. Os vivos fazem sacrifício pelos
espíritos dos antepassados e os antepassados, fortalecidos no mundo espiritual, ajudam os vivos
nas colheitas e na guerra, com saúde e sorte nos negócios.

Para eles isso era mais importante que o sangue. Se um patriarca achasse que seu filho
biológico não seria capaz de dar continuidade aos sacrifícios de sangue que a religião familiar
pedia, ou porque era um beberrão, ou um irresponsável ou porque fosse burro ou ainda por
qualquer outro motivo, esse patriarca podia adotar um filho, de qualquer classe social ou origem
étnica, para ser o seu sucessor.

Ele fazia esse menino adotado um “filho dessa família”, através de um rito, unia o sangue
dele ao sangue da sua terra, dava a ele o nome da sua família e lhe conferia todos os títulos e bens
materiais, terras, homens e gado, junto com a incumbência jurada de que ele teria que manter acesa
a chama e oferecer ritos aos seus ancestrais (usualmente as famílias romanas tinham uma capela
ou templo onde queimava o fogo da religião familiar, um fogo doméstico, que simbolizava a
“saúde” dos espíritos dos ancestrais. Deixar esse fogo apagar era, portanto, uma grande blasfêmia
e um sinal de desleixo do patriarca e manter esse fogo sempre aceso era a obrigação do chefe da
família).

O pior que poderia ocorrer era um patriarca não ter descendentes ou não ter um descendente
saudável que pudesse manter as terras da família, a importância do seu nome e,
PRINCIPALMENTE, a eterna continuidade dos ritos que mantinham seus pais e avós fortes no
mundo dos espíritos. Quem morresse sem deixar um sucessor de forma que os ritos fossem
interrompidos seria oprimido e passaria vergonha eterna no mundo dos espíritos, diante dos seus
familiares falecidos. Mesmo que esse sucessor não fosse filho de sangue, pelos ritos romanos, ele
passava a ser tal como se fosse. O que mais importava era a continuidade dos sacrifícios aos
antepassados e a manutenção da chama acesa. Se vê aqui que a raça importa menos que a fé, nessa
concepção.

O acordo era selado com um anel que vinha com o símbolo familiar. Esse anel era mágico
e unia as diferentes gerações daquela família que habitavam o mundo dos espíritos num nó que se
fechava no patriarca vivo, o sacerdote familiar responsável pela manutenção dos negócios da
família e da continuidade dos ritos mágicos de sacrifício que sustentavam e alimentavam os
espíritos dos ancestrais no mundo dos mortos.

79
Quando havia disputas familiares, guerras de uma família contra a outra, a vitória simbólica
da família vitoriosa era a tomada do anel do patriarca e a destruição do templo familiar, com o
apagamento da chama da família, a derrubada dos totens, placas e ícones familiares, o confisco
das placas inscritas com o nome da genealogia (que ia até o mítico fundador que, por sua vez,
descendia de algum deus), ou seja o fim completo dos sacrifícios daquela linhagem aos seus
espíritos ancestrais.

A terra da capela onde se praticavam os ritos era “salgada” (com sal grosso mesmo, como
na umbanda) e a ancestralidade daquela família era destruída no mundo espiritual. Os espíritos dos
seus pais e avós e de todos os seus antepassados eram então “mortos” no mundo espiritual, ou
ainda escravizados por outros espíritos mais poderosos, em um processo parecido com o que nos
relata o Bagvad Gita.

Isso também se passava quando um patriarca falido precisava vender as terras da sua
família para um patriarca de outra gens. A nova gens que comprou essas terras, por sua vez, faz o
mesmo rito de “desligar” aquela terra dos espíritos ancestrais da família vendedora e “ligava” essa
terra aos espíritos da sua linhagem espiritual. Isso era simbolizado ao capturar o totem ou ídolo da
família anterior e a apagar a chama da capela mortuária que simbolizava a conexão daquela terra
com o espírito dos ancestrais.

A partir daí, todos os sacrifícios que a nova família tirasse daquela terra, os cordeiros e
touros, uvas, vinho e trigo, etc. iriam fortalecer os seus ancestrais, os ancestrais da nova família
que estava comprando aquela terra, e não para os ancestrais da antiga família proprietária, que
passariam a ser destruídos, ou ainda, passariam a ser escravos no mundo espiritual. Assim, quem
precisasse vender as terras da família sabia que seus pais e avós estariam sofrendo no mundo
espiritual. Essa situação era de uma grande vergonha para os seus descendentes vivos e era certeza
de sofrimento no post-mortem.

Resumindo: quem não sacrificasse aos antepassados, quem não “convertesse matéria em
energia” e enviasse a eles no mundo espiritual através de ritos familiares, faria com que os parentes
falecidos passassem por grande sofrimento e fossem “escravizados” no além.

No livro “Crônicas da Roma Antiga” é descrito o caso de uma grande família, outrora nobre
e muito importante, mas que então enfrentava um processo de lenta decadência, e em que o
patriarca de então era promíscuo e bêbado, que não tinha zelo na manutenção do sacrifício dos
seus ancestrais e que, por seus maus hábitos, se endividou por conta de jogos de azar, precisando

80
pôr à venda as terras da família onde estavam enterrados os seus ancestrais e onde havia o templo
da religião familiar, com a chama e a inscrição do nome dos patriarcas daquele clã preservados.

Os descendentes vivos daquele fundador mítico, que carregavam o nome da família mas já
haviam se desligado há muito tempo daquela propriedade rural, que não mais vivam daquela terra,
que moravam nas cidades e que até trabalhavam na burocracia imperial... quando souberam da
tragédia e da má gestão do primo distante no trato das terras sagradas daquela família, acabaram
se reunindo para depor e matar o patriarca incompetente, pagando as dívidas e assim salvando os
ídolos familiares e a capela-templo familiar incrustada na terra que o antepassado comum daquela
família conquistou para os seus descendentes em troca dos sacrifícios perpétuos que eles deveriam
oferecer ao fundador e aos outros patriarcas dessa gens que habitavam o mundo espiritual.

Esse patriarca incompetente foi assassinado ritualisticamente e seu sangue usado como
desagravo. Foi feito um sacrifício humano, portanto, o que era crime, naquele período. A partir daí
a família voltou a prosperar, sob a chefia de um outro patriarca, eleito entre os primos. Isso foi
entendido como um sinal claro de consentimento dos espíritos dos ancestrais de que o homicídio
do primo “playboy” era de fato adequado.

Quando alguém faz alguma besteira e se diz que “seu pai está se revirando no túmulo de
vergonha elo que você fez” é uma referência a esse entendimento ancestral romano, de que os
espíritos da família seguem participando da nossa vida cotidiana, exultando pelos nossos méritos
ou se revirando de pesar pelos nossos fracassos.

De forma análoga, quando uma família se rebelava contra o imperador e as suas terras eram
conquistadas, a primeira coisa a se fazer era o confisco imperial das terras e a destruição do templo
familiar com os ídolos, chamas e totens daquela gens, como forma de dar guerra não só aos filhos
vivos daquela geração, mas também humilhar, destruir e escravizar os espíritos ancestrais daqueles
rebeldes no mundo espiritual.

No livro “Ben Hur: a Tale of the Christ”, livro de ficção mas escrito respeitando um extenso
trabalho de pesquisa histórica, temos o jovem príncipe hebreu Judah Ben Hur, que é traído por seu
amigo de infância, o todo poderoso Tribuno Militar Romano Messala, e é condenado a ser escravo
nas galés militares romanas, até a morte. Durante combates acirrados ele acaba salvando a vida do
comandante da frota romana, um chefe patriarca de uma antiga e importantíssima família romana,
o cônsul Quintus Arius que, sem herdeiros vivos, e impactado pela moral elevada, bela compleição
física e honestidade de Ben Hur, o adota como seu filho e sucessor. Ben Hur em princípio aceita,
e é então instruído nos ritos familiares de Quintus Arius e recebe o seu anel como selo dessa sua

81
herança. Tais ritos pagãos de adoração familiar eram repugnantes aos olhos de um judeu, ainda
mais de um príncipe, mas eram uma obrigação não apenas religiosa, como também moral e social
que um chefe romano, um nobre patriarca não podia se furtar.

Diferentemente do que parecia ser para os romanos, porém, para um judeu, especialmente
para um judeu nobre como Ben Hur, A RAÇA IMPORTA. Ele se sente então altamente
culpabilizado pelo fato de estar servindo a gentios romanos (mesmo que fosse como o filho e
sucessor de um nobre romano) e traindo, portanto, seus ancestrais DE SANGUE ao servir a uma
família romana pagã.

Após alguns breves conflitos interiores, ele se decide finalmente por trair o pai adotivo,
devolve o anel familiar, e renuncia à sua herança de rico e nobre cidadão romano, voltando a
Jerusalém para obter a sua vingança contra Messala.

O filme, interpretado pelo sensacional Charlton Heston, e que eu recomendo a todos que
assistam, infelizmente não pôde explorar mais detalhadamente os acontecimentos relativos à
adoção romana de Ben Hur, um escravo judeu, por um importante nobre e militar romano e que é
pormenorizada mais explicitamente no livro. O que fica de lição, porém, é que um jovem
inteligente e honesto, ainda que sendo escravo e estrangeiro, podia, mesmo sendo de uma outra
raça, ser adotado e ocupar o posto de filho e sucessor de uma importante família romana desde que
ele aceitasse, amasse e respeitasse os ritos da religião particular daquela família, e que, não apenas
desse continuidade a isso enquanto vivo na condição de sacerdote familiar mas também que se
prontificasse a treinar um sucessor para si próprio, depois que ele mesmo morresse, de forma que
os ritos daquela família nunca fossem interrompidos e todos os seus ancestrais seguissem
“alimentados” no mundo espiritual.

O que havia de mais sagrado para um nobre romano era morrer com a garantia de que ele
teria um sucessor para continuar lhe oferecendo os sacrifícios que o manteria em bom estado no
mundo dos espíritos. Ou, na terminologia deste livro, ele precisava de um sucessor que seguisse
transformando matéria em energia através de sacrifícios e lhes enviando essa energia ao mundo
dos espíritos através dos ritos mágicos secretos da sua linhagem familiar.

As religiões romanas não são um exemplo isolado. Como dito quase todas as grandes
civilizações antigas praticavam uma versão dessa mesma religião, com cultos públicos, e em boa
parte das vezes apenas simbólicos e que faziam parte da etiqueta social, dirigidos aos deuses,
eventualmente sem nenhum tipo de fé genuína envolvida na existência deles, e, de outro lado,
cultos fechados, particulares, com SACRIFÍCIOS dirigidos a ENTIDADES FAMILIARES.

82
Essas entidades familiares, sem os sacrifícios que os vivos deveriam lhes oferecer, estariam
destruídas, escravizadas ou em sofrimento, no mundo espiritual (variando de acordo com cada
narrativa local) caso os sacrifícios não fossem feitos de acordo com os ritos prescritos na religião
familiar. E com seus espíritos familiares fracos, era considerado inevitável que os viventes
entrassem também em decadência e suas famílias fossem destruídas, com a perda das terras,
escravos, gado e do prestígio do nome. O mundo espiritual era alimentado pelo mundo material e
o mundo material era sustentado pelo mundo espiritual com seus espíritos protetores ajudando os
viventes. Nisso consistia, basicamente, as religiões da aristocracia dos povos antigos,
especialmente os romanos.

É bem verdade que se os aristocratas e os príncipes do povo não tinham exatamente muito
apego pelo culto público dos deuses, ou fé nesses deuses, preferindo a religião familiar, por outro
lado, os de casta baixa, sem linhagem conhecida e preservada, sem qualquer genealogia que
estivesse gravada em placas de pedra ou bronze, entronizadas na capela-templo familiar, situada
nas terras originais da sua gens onde seus ancestrais estavam enterrados, sem nunca ter tido um
patriarca fundador da sua ancestralidade, sem possuírem terras que lhes dessem “frutos da terra”
para executar esses sacrifícios em favor de seus ancestrais, nem qualquer outro patrimônio familiar
ou nome de família para preservar... esses populares, por outro lado, se apegavam rigorosamente
ao culto público dos deuses. Sem uma religião familiar era só isso mesmo o que lhes restava.

Se se destacassem nas guerra, porém, poderiam vir a ser donos das terras conquistadas e
virem, eles mesmos, a se tornarem fundadores de uma gens própria a partir do que ele fundaria um
rito e uma linhagem e essa linhagem lhes daria os sacrifícios de que necessitavam quando
morressem. Sua salvação, ao final, dependia das suas habilidades na guerra, do contrário seriam
escravizados no mundo espiritual quando morressem. Há autores que atribuem o ímpeto
expansionista do Império Romano a essa necessidade religiosa, de conquistar mais terras para a
fundação de novas gens e para atender às demandas dos filhos mais novos, que não tinham o direito
às terras da família.

Os povos eslavos, que jamais chegaram a constituir uma civilização avançada, também
mantiveram um resquício de adoração aos espíritos dos ancestrais na manutenção do “domovoi”,
nome genérico dado ao espírito protetor da família, que precisava ser alimentado com oferendas
materiais, como sempre. Essa prática ainda hoje existe e eu pude ver uma vez uma estatuazinha de
um domovoi barbudo, atrás da porta, com pão e um pequeno cálice de vinho, numa pensão humilde
onde tivemos que pernoitar numa noite de um inverno tenebroso, nos arredores de Cazã, na Rússia.

83
20. O QUE OS ESPÍRITOS OBSCUROS QUEREM

O que podemos discernir disso tudo é que em todos os lugares ao redor do globo terrestre,
espíritos pedem sacrifícios materiais aos humanos viventes, com diferentes desculpas culturais,
sendo de todas a mais usual a manutenção dos espíritos dos familiares no além. Reiteremos: eles
querem MATÉRIA OFERECIDA. Essa matéria será convertida em energia por algum tipo de
sacrifício e enviada aos submundos do mundo espiritual na forma de um rito. Lá será bebida pelas
deidades que patrocinam esse rito e elas se fortalecerão com essas energias que o mundo material
produziu. Espíritos querem SEMPRE sacrifícios, portanto.

Esses espíritos precisam desesperadamente das energias produzidas no mundo material e


liberadas para eles através dos sacrifícios rituais. Eles mesmos não possuem corpos para produzir
essa energia, são seres imateriais, precisam dos humanos para isso. Sem esses sacrifícios e sem
essas energias produzidas pelo mundo material, esses espíritos são fracos e sofrem nos mundos
espirituais.

Não vou explorar aqui quem são na verdade esses espíritos obscuros que exigem esses
sacrifícios dos vivos. Se são mesmo os espíritos dos mortos daquela linhagem, se são outros
espíritos antigos que habitavam as baixas esferas do mundo espiritual ou se são demônios que
mentiam aos sacerdotes dos cultos familiares dizendo que eles são os espíritos falecidos dos
patriarcas daquela linhagem. Quem são eles? não nos interessa por enquanto. Vou reiterar que esse
livro não é um livro católico ou evangélico. Nem mesmo é um livro de religião... esse é um livro
de política, é um livro integralista e que, portanto, vou deixar as hipóteses abertas a cada leitor de
forma que este livro possa ser de uso geral e seja vetor de UNIÃO política entre todos os crentes
em Deus, numa frente política ampla ecumênica, e não de divisão ou partidarismos, como a
doutrina integralista pretende.

Assim o fato quase unânime, e que realmente importa aqui, é que, por detrás de todas as
desculpas culturais, esses espíritos trevosos não possuem luz própria e nem acesso à luz no mundo
espiritual, nos locais inferiores em que estão, e precisam das energias produzidas no mundo
material, enviadas a eles principalmente através dos sacrifícios rituais, para se manterem do lado
de lá. Sem isso a sua existência lá se torna miserável. Eles se tornam fracos, podem ser subjugados
por outros espíritos e perdem a capacidade de atuar no mundo da matéria. Esse é o fato e a hipótese
central deste livro.

Os espíritos são, portanto, sedentos por sacrifícios materiais e pelas energias por eles
liberada.
84
Esses espíritos vêm inventando desculpas culturais para que os humanos lhes dediquem
sacrifícios durante toda a história humana. Esses sacrifícios estão presentes em todos os tempos e
lugares, nos mais diferentes recantos do globo. É uma constante universal. A nossa conclusão é:
os espíritos trevosos PRECISAM da energia dos seres humanos, especialmente da energia enviada
a eles através dos sacrifícios para se manterem em boas condições no mundo dos espíritos.

Novamente eu quero deixar claro aqui que eu estou usando o termo “energia” de forma
didática, pra facilitar o entendimento. O fato claro é que esses espíritos obscuros não pedem uma
adoração que seja meramente adoração simbólica... não pedem uma coisinha simples e fácil, tipo
uma cantoria, uma mentalização, a leitura de um livro sagrado, uma jura, algo “suave”, pronto e
acabou. Não. Eles não pedem nem que as pessoas sejam “más” de forma direta. Isso seria até mais
fácil se fosse o que eles realmente precisassem. Do contrário, ele até pedem que as pessoas sejam
“boas” se isso for interessante para as convencer a fazer os sacrifícios de que eles necessitam,
como já vimos em muitos terreiros espíritas ditos de “de luz”, mas que exigem coisas sacrificadas
aos mortos.

No final das contas o que eles dos querem dos vivos são sempre COISAS MATERIAIS
que sejam “transformadas” para uso deles, por algum rito. Eles querem SACRIFÍCIOS
MATERIAIS.

Eles sempre querem SACRIFÍCIOS!!! Querem um incenso, madeira, charutos


queimados, querem vinho e bebidas derramadas, querem coisas mortas em seu favor, galinhas,
carneiros, touros e até pessoas (especialmente crianças). Não estão atrás apenas de adoração inútil,
cantorias e blá blá blás vazios. Não!!! Eles sempre precisam da matéria “convertida” em seu favor,
convertida em “energia” através dos ritos. Isso é um fenômeno universal.

Ninguém que vai adorar espíritos malignos simplesmente o faz cantando, lendo passagens
de livros estranhos, dando as mãos e mentalizando qualquer coisa... NÃO!!! Tem que ter
sacrifícios rituais, do contrário, a sua adoração não é aceita. Isso nos indica que essas entidades
não têm nenhuma intenção em serem apenas adoradas no lugar de Deus, como seria o mais fácil,
mas elas querem, elas PRECISAM de coisas materiais, precisam da matéria convertida em seu
favor através de um rito e que as atinja no mundo espiritual. Isso é o que mais importa na nossa
análise aqui. O porquê disso ainda é alvo de hipótese, mas esse é o fato. Por isso o termo “energia”
pode ser usado aqui sem medo de errar.

Essa hipótese é comprovada pela observação da realidade, ritos de sacrifício são um


fenômeno universal. Existem em todo tempo e lugar. Povos isolados, que nunca tiveram contato

85
com nenhuma outra cultura, até esses povos tem religiões tribais para a adoração dos espíritos e
praticam sacrifício ritual em favor deles, sempre com algum tipo de transe de incorporação de
espíritos dando instruções de como realizar esses sacrifícios e de comunicação com o mundo dos
espíritos.

Não fosse assim como seria possível explicar porque não existem tribos indígenas ateias?
Por que toda tribo, por mais primitiva e bárbara que seja, possui um tipo de religião sacrificial,
usualmente dedicada aos espíritos dos ancestrais? Américas, África. Ásia e Europa... religiões de
sacrifício, as vezes sacrifícios humanos, são uma constante universal. Se o mundo espiritual não
existisse e se ele não fizesse contato intenso com o mundo material exigindo sacrifícios e
ensinando aos humanos como fazer isso, O TEMPO TODO, seria de se esperar que, ao menos,
houvesse notícia de UMA ÚNICA tribo humana que não acreditasse em espíritos e não lhes
prestasse culto e sacrifícios. Mas isso, como se sabe, não existe.

Tribos isoladas de todas as outras, que nunca tiveram qualquer contato com seres humanos
diferentes dos seus, quando finalmente são visitadas pelo homem civilizado apresentam esses ritos.
Isso é inacreditável! Como isso é possível? Coincidência? Coincidência em escala mundial? As
tribos australianas, jamais visitadas pelo homem, isoladas de todo o resto da humidade no
continente australiano há milhares de gerações, quando foram finalmente descobertas pelos
ingleses não só mostraram ter fé no mundo espiritual como, além disso, apresentaram os mesmos
ritos que todas as demais tribos no mesmo grau de desenvolvimento tecnológico que elas ao redor
do mundo. Mesma coisa, ritos de adoração de espíritos ancestrais e de espíritos das florestas com
a prática de sacrifício ritual oferecido para essas entidades.

Como isso pode ser tão universal? Como não existe uma única tribo ateia no mundo? Muda
a língua, o rito, os costumes, mas o cerne da adoração é sempre o mesmo: sacrificar matéria a
entidades que existem no mundo espiritual. Converter matéria em energia e entregar essa energia
aos espíritos através dos ritos.

O argumento mais comum de ateus, de esquerda e de direita, e que também é de todos o


mais ridículo, é sempre o mesmo. “Se Deus existe me diga qual é o deus verdadeiro” ou ainda “se
existem tantas religiões no mundo, isso só prova que nenhuma delas é a verdadeira e que tudo não
passa de engodo”. A isso eu lhes “devolvo o argumento”: se o diálogo com o mundo espiritual é
tão intenso assim ao ponto de estar presente em todos os tempos e lugares, se a existência do
mundo espiritual é tão intensa que simplesmente não pode deixar de ser percebida e sentida pelos
humanos em todos os tempos e lugares ao ponto de simplesmente NÃO HAVER NENHUMA

86
CULTURA ATÉIA ou materialista... isso é um sinal claro de que o mundo sobrenatural existe e
que, além disso, ele nos afeta poderosamente.

87
21. O CRISTIANISMO E A CONVERSÃO DO IMPÉRIO

A grande “jogada e marketing” do cristianismo foi convencer o mundo romanizado da


época de que os sacrifícios que os patrícios, o patriarcas das grandes famílias romanas, deviam aos
espíritos dos seus ancestrais já não eram mais necessários já que o sacrifício de Jesus Cristo era
mais do que o suficiente para a remissão de toda a humanidade, tantos dos vivos e dos mortos,
como também dos que ainda nem tinham nascido. De fato, se Cristo é Deus, então o seu sacrifício
tem poder remissor INFINITO.

Em um primeiro momento o cristianismo foi uma religião “proletária”. Lembremos que os


pobres não tinham religião familiar nem altar ou templo familiar, menos ainda descendência
deixada que pudesse lhes prestar os sacrifícios nos templos da família. Quando os apóstolos lhes
disseram que esses sacrifícios não eram nada comparado ao sacrifício de Jesus Cristo, eterno e
perfeito, que esse sacrifício único e eterno era mais que suficiente para a remissão de toda a
humanidade, e que bastava a eles que manifestassem aceitação e fé nesse sacrifício para que
fossem filhos de Deus e estivessem salvos... bastou apenas isso para que os pobres de todo o
império romano se convertessem.

Eram pessoas com uma vida miserável e que quando morressem tinham a certeza de que
estariam AINDA PIOR, seriam escravizados pelos espíritos dos nobres, já que os nobres que
podiam contar com a força que os sacrifícios dos seus descendentes vivos faziam em seu favor
lhes dava no mundo espiritual.

Dizer para elas que a salvação era universal e acessível mesmo a quem não fosse nobre,
que DEPOIS DO SACRIFÍCIO DE JESUS, pobres poderiam se salvar (e que, por outro lado,
nobres poderiam até não se salvar), era uma verdadeira “boa nova”, popular, uma boa nova para
os pobres, uma mensagem revolucionária de fé e esperança forte demais para não ser ouvida por
essas populações miseráveis.

Já para os nobres, para os filhos das famílias ricas, isso era um pouco mais difícil. Mesmo
que eles aceitassem a boa nova do evangelho para si, como os convencer de não mais sacrificar
aos seus ancestrais importantes e que haviam fundado as suas dinastias, que morreram ANTES
DO SACRIFÍCIO DE JESUS, e por quem os romanos nutriam um profundo senso de zelo e
lealdade familiar? Essa pergunta não tinha resposta fácil. Ao que parece, os apóstolos tinham o
hábito de batizar os falecidos, os parentes já mortos dos novos crentes, de forma que não fosse
mais necessária a realização de sacrifícios em função da sua alma nos templos familiares. Hoje

88
pouco se fala sobre o “batismo dos defuntos”, mas ao que tudo indica essa era uma prática comum
nos tempos apostólicos.

89
22. “POR QUE SE BATIZA PELOS DEFUNTOS?”

Esse hábito, o do “batismo dos defuntos” hoje esquecido e do qual não temos mais a exata
justificativa teológica, nos é relatado na 1ª. Carta de São Paulo aos Coríntios, cap15,29: “Doutra
maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente, não existe vida
eterna, por que se batiza por causa deles?” Ainda a passagem bíblica do livro de Atos, cap16,31,
“Crê no Senhor Jesus e será salvo tu e tua casa”, proferidas pelo Apóstolo Paulo ao seu carcereiro
romano, parecem ter o condão de, muito mais salvar os seus ancestrais mortos, a “casa” do soldado,
a sua família, os seus ancestrais que já não podiam aceitar Jesus, do que os seus descendentes ainda
vivos.

Essa passagem do Batismo dos Defuntos sempre me causou MUITA curiosidade. Não se
encaixa com nenhuma lógica teológica dos dias de hoje. Só podemos especular sobre o seu
significado e o que ele simbolizava para as pessoas de então.

Assim podemos apenas SUSPEITAR que os primeiros cristãos ACREDITAVAM que,


ANTES DOS SACRIFÍCIO DE JESUS, os sacrifícios que eram direcionados aos ancestrais da
nobreza romana, os patriarcas das gens romanas, realmente mantinha esses espíritos em posição
de privilégio nos mundos espirituais. Esses sacrifícios REALMENTE tinham eficácia remissora,
esses sacrifícios tinham a capacidade de manter os nobres em boa situação no mundo espiritual,
tinham realmente eficácia para os manter em boa condição nos mundos espirituais em que
habitavam. Sem esses sacrifícios e sem as energias liberadas por eles, os espíritos dos ancestrais
padeceriam horrores nas esferas espirituais em que habitavam. Esses sacrifícios eram, no entanto,
precários. Tinham eficácia reduzida e eram meramente temporários, precisando ser renovados de
tempos em tempos.... até que Jesus Cristo veio ao mundo e nos trouxe um sacrifício ETERNO E
INFINITO, de caráter remissivo perfeito.

Assim, o sacrifício único perfeito e infinito de Jesus Cristo libertou todos os espíritos dos
ancestrais das famílias nobres romanas dos mundos espirituais em que estavam, o que é usualmente
chamado de limbo dos patriarcas ou até mesmo de “infernos”. Eles foram libertos da “prisão” em
que estavam. Essa prisão seria o fim da necessidade de recebimento de qualquer outro novo
sacrifício em seu favor. Por essa lógica, depois do sacrifício de Jesus Cristo, os que estavam vivos
já não necessitavam mais sacrificar aos seus antepassados falecidos, já que o sacrifício de Jesus
Cristo era perfeito, infinito e eterno, não precisando ser jamais renovado ou completado, sendo
eterno até para remissão dos seus ancestrais... daí a necessidade do seu batismo.

90
Como é sabido, Jesus Cristo pregou aos “espíritos em prisão” nos três dias em que esteve
morto, conforme a bíblia nos relata em duas passagens pelo menos. Isso significa que Jesus
PREGOU O EVANGELHO no Mundo Espiritual. Os espíritos, gênios, deuses, potestades e
demais principados espirituais que ACEITARAM a boa nova que Jesus Cristo pregou a eles no
Mundo Espiritual, as entidades, que aceitaram o Senhorio do Senhor Jesus no mundo espiritual
acessaram os méritos do seu Sacrifício e foram perfeita e eternamente redimidos pelo Seu Santo
Sacrifício remissor, que é de caráter INFINITO, já que Jesus Cristo é Deus e Deus é infinito.

Os espíritos, potestades, principados, deuses, criaturas sutis e demais entidades espirituais


que não aceitaram a pregação de Jesus nos mundo espiritual, que se revoltaram contra a sua
majestade e se recusaram a confessá-Lo como seu Senhor e Salvador no mundo dos mortos... essas
se perderam eternamente numa espécie de reedição da Revolta Luciférica.... e seguem precisando
de mais e mais sacrifícios dos vivos até hoje.

Houve uma luta e uma pregação intensa nos mundos espirituais entre os seres espirituais
que aceitaram a pregação que Jesus lhes deu nos 3 dias em que esteve morto, que aceitaram o Seu
Senhorio, receberam os méritos do seu sacrifício e se salvaram, ascendendo aos planos superiores,
e os outros seres espirituais que não aceitaram o Senhorio de Jesus, e que permaneceram, nas
esferas inferiores do mundo espiritual, nos ares... e seguiram sempre necessitando de sacrifícios
feitos pelos vivos, portanto.

Reiteremos: segundo o que a bíblia nos fala, Jesus pregou aos espíritos em prisão (1ª. Pedro,
cap3). Isso significa que o Seu sacrifício não foi automaticamente aplicado a todos os seres
espirituais, mas apenas aos que aceitaram a Sua pregação no mundo espiritual, do que se entende
que teve espírito que não aceitou.

Segundo essa leitura os espíritos dos ancestrais que estavam em prisão e ouviram a
pregação de Jesus Cristo e a aceitaram, foram redimidos perfeita e eternamente no Sacrifício de
Jesus, não havendo mais a necessidade de seus descendentes lhes ofertarem mais nada. Os espíritos
dos ancestrais não tinham então mais nenhuma necessidade material, não precisavam mais dos
ritos e sacrifícios antigos que os sustentava nos mundos espirituais. Estavam “salvos” ou
eternamente saciados pelo Seu sacrifício eterno e perfeito.

Mas como está escrito “quem crer e for batizado será salvo” (Mat 16,16) os patriarcas
romanos batizavam os seus ancestrais que já estavam mortos há muito tempo para que eles, sendo
batizados, e caso tivessem aceitado a pregação de Jesus nos submundos, se salvassem. Batizavam

91
seus ancestrais e, por extensão, toda a sua família estaria também redimida. Dá vem o sentido mais
profundo da passagem: “crê e será salvo tu e tua casa”.

Esse batismo dos defuntos era o último “rito fúnebre” dedicado aos ancestrais dos nobres
romanos e que marcava a conversão daquela casa irremediavelmente para o evangelho. A partir
dali não haveria mais nenhum rito funerário ou sacrifício pelos espíritos familiares nem batismo
pelos mortos. POR ISSO essa prática se encerrou. Essa hipótese é bastante peculiar ainda que faça
todo o sentido e foi recentemente reeditada dessa mesma maneira e com essa mesma lógica pela
Religião Mórmon, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que HOJE EM DIA
pratica o batismo pelos defuntos.

Assim, depois do Sacrifício de Jesus, tudo o que os seus descendentes ofertassem aos seus
ancestrais ou seria completamente inócuo, ou seria então entregue aos demônios e entidades
macabras no mundo espiritual, os que não aceitaram a boa nova que Jesus Cristo pregou aos
espíritos dos mortos nos três dias em que esteve morto. Com efeito, tanto o catecismo romano
quanto a 1ª. Epístola de São Pedro, nos fala que Jesus, nos três dias em que esteve morto, desceu
aos infernos e pregou aos espíritos em prisão. Não temos como duvidar do impacto imenso desse
fato ainda que o seu significado perfeito não nos esteja claro até hoje.

De toda a forma a pregação de São Pedro e o que vem atestada na sua epístola é um bálsamo
aos patriarcas romanos que poderiam se converter sem medo de traição aos fundadores da sua gens
e sem medo de traírem os seus ancestrais. Disso vem todo o sucesso na rápida conversão do
Império Romano.

Cristãos gnósticos citam brevemente o fato que o Sacrifício de Jesus Cristo teve
repercussões gigantescas nos mundos espirituais e no mundo material. A terra tremeu e houve
trevas. Isso significa que a estrutura do cosmos foi alterada de forma radical e permanente. Depois
do sacrifício de Jesus os oráculos se calaram e os deuses desapareceram do contato com os
humanos... Porfírio, filósofo romano e pagão, relata uma ampla diminuição da atividade oracular
e do contato dos “deuses” com os humanos após o advento da era cristã. Seguramente uma coisa
está relacionada a outra.

Vários outros autores além de Porfírio também apontam um “aparente” silêncio dos
oráculos após o início da era cristã o que corresponde a uma dramática diminuição do contato que
os deuses, príncipes espirituais e entidades faziam com os vivos através dos seus oráculos e escolas
de mistério. Os antigos espíritos que se comunicavam todo dia, após a Era Cristã, repentinamente,
teriam se calado.

92
AINDA NA ESFERA DA HIPÓTESE... só podemos “amarrar as pontas” e supor que os
espíritos que se calaram, e que se faziam passar por deuses para receber sacrifícios dos viventes,
eram os espíritos que aceitaram a palavra que Cristo lhes pregou no Mundo Espiritual e se
salvaram, ascendendo a planos espirituais superiores, não precisando mais entrar em contato com
o mundo dos vivos para lhes pedir qualquer tipo de sacrifício, já que se redimiram pelo sacrifício
de Jesus.

Assim, por essa interpretação, após o sacrifício de Jesus Cristo, todo espírito que entre em
contato pedindo um sacrifício, é um espírito sem luz.

Não tenho qualquer opinião sobre essa possibilidade teológica e a deixo aqui apenas a
critério de estudo. Não sei a que título se praticava o “batismo dos defuntos” e creio que mais
ninguém saiba exatamente do que se tratava de forma que se alguém tiver informações importantes
a esse respeito eu agradeço bastante. Até onde eu pude contar foram 36 as hipóteses explicativas
do significado bíblico do “batismo dos defuntos”. Com essa são 37.

No entanto é fato que oferecer qualquer sacrifício às entidades implica em reconhecer que
o sacrifício de Jesus não é suficiente e infinito e que portanto Ele não é Deus e eu reitero aqui a
minha crença pessoal absoluta na divindade de Jesus Cristo e portanto no valor INFINITO e
ETERNO do seu sacrifício remissor, para todos os que O aceitarem.

Coerentemente a isso nos informa o apóstolo Paulo, bem taxativo: “Não! Quero enfatizar
que o que os pagãos sacrificam é oferecido, isto sim, aos demônios e não a Deus. E não quero que
tenhais qualquer comunhão com os demônios” (1 Cor, cap. 10:20).

A teologia cristã e o senso comum religioso passam então a dar o entendimento de que,
DEPOIS DO SACRIFÍCIO DE JESUS CRISTO, depois da Sua morte e ressurreição, essas
entidades que seguem exigindo sacrifícios, não importando a sua real natureza e origem, estão
todos nivelados na categoria de “demônios”. Segundo a teologia cristã todos os espíritos
familiares, ancestrais defuntos, heróis, deuses, gênios, pais fundadores, criaturas sutis, todo tipo
de potestade... todo o sacrifício oferecido aos espíritos e também aos deuses é, ao invés disso,
recebido por demônios que inventam disfarces e mitologias, se fantasiam de “deuses” e da imagem
dos ancestrais das famílias importantes para convencer os vivos a lhes prestar os sacrifícios de que
necessitam. O sacrifício de Jesus Cristo foi feito, uma única vez, para que não fosse necessário
mais nenhum tipo de sacrifício. Sendo Deus, Seu sacrifício é infinito e liberta todos, vivos ou
mortos, desde que O aceitem.

93
23. FUJA DE RELIGIÕES DE SACRIFÍCIO

Mesmo que você, leitor, não seja cristão e não acredite no valor do sacrifício infinito de
Jesus para a remissão de todos, dos vivos e dos mortos, é fato que espíritos de luz nos mundos
espirituais não precisam do sacrifício de coisas materiais. Os espíritos que tiram disso o seu poder
são espíritos inferiores, sem luz... são “demônios”, assim chamados de forma genérica.

O resumo desse livro, que se propõe ser ecumênico, é o de que “religiões de sacrifício” são
sempre malignas. Espíritos evoluídos, deuses e demais, sendo mesmo espíritos de luz como dizem
ser, não precisam de sacrifícios dos viventes. Abra os olhos e pense com a sua própria cabeça...
salvo uma teologia que explique isso, o bom senso nos diz que um anjo de luz não vai precisar de
cachaça nem charuto... pra nada.

Pesquisas arqueológicas apontam que uma boa parte das divindades principais foi um
herói, usualmente guerreiro, que passou a ser cultuado como patriarca pela sua tribo depois de
morto e, com o tempo, teve o seu culto ampliado o transformando em um deus. Com efeito, um
deus poderoso como Apolo ou Odin, se existissem mesmo como deuses que se diz que eram,
poderiam até exigir dos vivos um culto de adoração, para satisfazer suas vaidades... mas não vejo
qualquer lógica em que eles precisassem de ofertas queimadas ou animais sacrificados para si. Se
eram deuses, poderiam ter tudo o que quisessem, sem a intervenção do homem.

Do contrário, se precisam de sacrifícios é porque estão necessitados. E se estão


necessitados de coisas no mundo espiritual não são, portanto, deuses, mas, demônios, ainda que se
digam deuses... ainda até que eles mesmos se achem deuses. Não são! São criaturas espirituais que
estão “presas”, fora da presença da Luz no mundo espiritual, e precisam das energias do mundo
dos vivos para, de alguma forma, amenizar esse sofrimento e se libertar dessa prisão, ainda que de
forma parcial e temporária.

Ao meu ver, “deuses” precisarem pedir sacrifícios materiais aos seres humanos é, na falta
de uma teologia que justifique isso, muito contraditório. A hipótese apostólica de que esses ditos
deuses são na verdade criaturas espirituais trevosas se passando por deuses para receber esses
sacrifícios em seu favor deve ser considerada aqui sem receio de erro, salvo hipótese teológica que
cubra esse lapso.

Deuses simplesmente não precisam de sacrifícios materiais nenhuns de humanos. Não


precisam de humanos para nada. Da mesma forma que anjos, santos, espíritos de luz, almas
salvas.... ninguém que tem acesso à Luz de Deus que brilha infinitamente no mundo espiritual não

94
precisa de sacrifícios materiais. Se uma entidade aparecer fantasiada de espírito de luz e pedir
sacrifícios é bem provável que seja apenas um disfarce para conseguir esses sacrifícios que os
seres trevosos tanto precisam.

Se precisarem de sacrifícios, especialmente sacrifícios de sangue, deve se ter em mente que


se trata de seres espirituais dos mundos inferiores e a sua influência nas nossas vidas, segundo reza
a teologia cristã e o bom senso, é sempre nefasta.

Não pretendo aqui examinar esses fatos sob a ótica cristã, e se as vezes o faço é porque me
esqueço de que pretendo que esse livro seja um convite amplo ao debate, para todos os militantes
de 3ª.Posição, independentemente da sua tradição religiosa... mas religiões de sacrifício têm que
ser vigorosamente evitadas e são um imenso risco aos seus praticantes e aos seus familiares. Não
compre “favores” do mundo espiritual com ofertas de sangue. Não “suborne” espíritos com ofertas
materiais. Fuja disso.

Resumidamente: se você é cristão, então pra você Jesus Cristo é Deus, que é ser infinito e
o seu sacrifício é também infinito, e saciou infinitamente os espíritos dos falecidos e também o
dos vivos e foi mais que suficiente para retirar os espíritos dos ancestrais da sua prisão no mundo
espiritual. Se, por outro lado, você não é cristão, então Jesus Cristo não é Deus, e o sacrifício dele
não resgatou ninguém (além, talvez, dele mesmo), mas, nesse caso, o que resgata cada um é o seu
próprio e pessoal sacrifício, ou seja, são as suas boas ações particulares que as pessoas fizeram
quando estavam vivas.

Assim, espíritos de luz, segundo as próprias hipóteses espiritistas, NÃO PRECISAM de


sacrifícios materiais, porque já são portadores de luz, se aperfeiçoaram pelos seus próprios meios,
são seres poderosos, com um nível de consciência SUPERIOR e estão em planos vibracionais
igualmente superiores, pleno da luz infinita a que os espíritos ascendidos têm acesso. Assim, NÃO
IMPORTA... seja você cristão ou não cristão, ambas as possibilidades de entendimento religioso
estão contempladas nas teorias propostas por este livro.

A conclusão é clara, quem tem luz no mundo espiritual não precisa pedir nem receber
sacrifícios materiais. Se você é um praticante de religiões de sacrifício, especialmente sacrifícios
de sangue, saiba que você está correndo um largo risco de estar trabalhando para sacrifícios o
Reino Negro, ainda que as suas intenções sejam as melhores. Afaste-se disso. Você não vai ser
feliz “subornando” o mundo espiritual com coisas materiais pra ele te ajudar na sua vida. Se é
errado subornar um fiscal da prefeitura ou um PM, com coisas materiais, para ter acesso a uma
vantagem imerecida, MUITO MAIS é errado subornar o mundo espiritual para conseguir isso.

95
Seres de luz não precisam de sacrifícios. Se você oferece e sacrifica, não está sacrificando
a espíritos de luz, mas a espíritos trevosos.

Há muito tempo, num programa evangélico da televisão aberta (do reverendo R.R.Soares),
na seção de cartas e perguntas, uma ouvinte perguntava em ligação telefônica ao vivo, para o
pastor, se era mesmo correto fazer uma “simpatia” que consistia em oferecer um “jantar aos anjos”
para que eles a ajudassem numa questão pessoal, para “fortalecer eles”. O pastor foi bem incisivo,
anjos não precisam de comida, nem de nada material, “muito menos de uma janta!” para ficarem
“fortes”. Quem precisa disso são os demônios. DEMÔNIOS É QUE PRECISAM DE AJUDA
DOS VIVOS!!! Ele foi bem taxativo em dizer que isso o que ela estava praticando era magia negra
e que ela não estava oferecendo nenhum jantar aos anjos, mas, do contrário, oferecia esse jantar
aos demônios que a enganavam se fazendo passar por anjos.

Até aí nenhuma novidade. Já vimos que entidades malignas mentem para conseguir os
sacrifícios materiais de que tanto precisam. Pra mim o curioso foi ver o pastor admitir que “quem
precisa de uma janta são os demônios”. Não sei de que entendimento teológico ele tirou essa
afirmação mas pode muito bem ter sido de um “senso comum” religioso, o que chancela as
hipóteses deste livro de que seres das trevas precisam da matéria convertida em energia no mundo
espiritual ao passo que seres de luz não precisam de nada material. É a hipótese deste livro que
“deuses” antigos, entidades, anjos, gênios... ou seja lá mais que tipos de seres sutis que aparecem
a sensitivos e sacerdotes pedindo sacrifícios em seu favor, muito provavelmente se tratam de
entidades das trevas, disfarçadas de deuses, e que chegam até a inventar uma teologia mítica
qualquer para o convencimento dos discípulos, seguir enganando esses sacerdotes e lhes pedir os
sacrifícios de que necessitam.

96
24. VAMPIROS DE ENERGIA

É tese deste livro que espíritos malignos que vagam pelos “ares”, que estão errando ao
nosso redor, PODEM se aproximar de nós e conseguir, de alguma forma, estabelecer uma ponte,
um contato, “abrir um portal” e passarem a se “alimentar” das energias que nós, seres humanos,
produzimos. As vezes damos “autorização” para que esse ataque aconteça, damos sinais ao inimigo
para que comece o ataque, mesmo que essa autorização seja inconsciente.

A figura mítica do vampiro, ser trevoso e imortal que se alimenta da força vital dos viventes
sugando o seu sangue parece ser uma reminiscência humana do entendimento ancestral da
realidade desses seres espirituais, que se alimentam de nossa energia vital. As energias que o
mundo material produz poderiam ser passadas através de rituais específicos para o consumo destas
entidades, onde portais seriam abertos facilitando e otimizando essa transmissão para o mundo
espiritual... ou AINDA serem “roubadas” dos seres vivos pelas entidades, de forma menos intensa
e menos perfeita que a que se verifica nos ritos, mas ainda assim com trágicas consequências para
nós, humanos. Esses ataques poderiam nos enfraquecer, turbar nosso juízo, nos levar a escolher o
errado ao invés do certo, e nos enfraquecer paulatinamente até nos matar. Boa parte dos cânceres
advém desse tipo de contágio ao longo dos anos. Esse vampirismo de energia é um fenômeno
humano e de muito fácil percepção pra quem tem um mínimo de sensibilidade.

Segundo relatos do comportamento dos bruxos medievais reunidos no livro Malleus


Malleficarum, cada vez que um bruxo faz um ritual aqui, no mundo material, há espíritos que
também armam rituais no mundo espiritual, ao mesmo tempo, ao lado do “altar” montado pelo
bruxo. Assim, esses ritos de sacrifícios que os seres humanos praticam no mundo material seriam
praticados também no mundo espiritual, pelos espíritos, ao mesmo tempo que são feitos no mundo
material, pelos feiticeiros, plenificando o Princípio das Duas Naturezas e estabelecendo uma
conexão perfeita que une e transmite as energias colhidas no mundo material, através dos
sacrifícios oferecidos pelos viventes, para o mundo espiritual, para o uso das entidades das trevas.

Os ritos que os feiticeiros praticam na terra são uma “cópia” dos ritos que os trevosos estão
praticando nos submundos espirituais em que habitam, ao mesmo tempo, um do lado do outro. Os
ritos seriam como dois telefones de uma linha telefônica. Acontece um rito no mundo espiritual,
feito pelos espíritos, e ao mesmo tempo, ocorre um rito no mundo material, feito pelos feiticeiros.
Dois ritos acontecem AO MESMO TEMPO, “um do lado de lá” e outro “do lado de cá”. Se o rito
for feito de forma adequada essa ligação entre os dois mundos acontece, um portal é aberto e a
comunicação iniciada.

97
A versão que eu tenho desse antigo manual é em espanhol, uma versão comentada e
adaptada. É dito que mesmo sem um ritual espelhado, feito no mundo material, alguns espíritos
trevosos teriam acesso às energias vitais dos seres humanos ainda que sem os consentimentos
deles. Para isso os espíritos trevosos realizam um ritual no mundo espiritual que, mesmo sem
ninguém o reproduzindo no mundo material, sem o seu respectivo espelhamento no mundo
material, ainda é capaz de canalizar algo da energia dos viventes, mesmo que de forma incompleta
ou abrir um portal de forma parcial. Mas, mesmo assim, são necessárias algumas condições
especiais, do contrário os espíritos baixos não conseguem ter acesso ao mundo dos vivos e às
energias que os vivos produzem com seus corpos físicos.

Assim, segundo o Malleus Malleficarum, se alguém na sua vizinhança fizer um trabalho


de magia negra o portal é aberto, apenas no local onde o trabalho foi feito, mas os espíritos
malignos ficam como que “autorizados” a operar por toda a vizinhança, no entorno do altar negro.
Tem uma área de atuação autorizada no entorno do local onde o trabalho é feito. Se o trabalho for
muito pesado, com muita matéria “oferecida”, e o portal aberto for muito grande, a vizinhança
afetada é maior, podendo até atingir toda a aldeia, a província e até toda a nação. Se o trabalho é
pequeno, com pouca matéria ofertada, o espírito só tem “mandato” para agir naquele quarteirão
ou até mesmo somente dentro daquela casa. Boa parte do fenômeno das casas assombradas vem
daí.

Na tradição do vampiro ele não pode se afastar muito de sua cripta porque precisa sempre
voltar para dormir na terra em que morreu pela primeira vez. De forma análoga os espíritos
sanguessugas precisam sempre estar perto de onde os portais foram abertos. Ficam sempre
circundando o portal e o altar negro que o abriu e facilitou a sua passagem.

Assim, com a realização do trabalho de magia negra, o véu entre os dois mundos é rompido
e o portal será aberto apenas no local onde o trabalho é feito, mas toda a comunidade em volta
desse portal passa a poder ser alvo do ataque dos espíritos. O “campo de força” que separa os
mundos e impede a ação dos espíritos malignos fica enfraquecido ao redor do portal, “o véu que
separa os dois mundos tem poros” em volta de onde o trabalho foi realizado e por isso os espíritos
poderiam atacar e vampirizar as pessoas que estivessem próximas, mesmo sem o consentimento
explícito delas. Não podem ir muito longe de onde foram invocados, e o seu raio de ação depende
do calibre do trabalho realizado.

Segundo a minha versão comentada, esse foi o motivo de o Malleus Malleficarum ter sido
banido e proibido pela Igreja ainda na Idade Média e dos seus autores terem sido excomungados.
Segundo consta, esse livro foi considerado supersticioso (e isso na Idade Média!) por ter
98
estimulado uma caçada irresponsável às bruxas. Sempre que um povoado tinha o seu gado morto
de forma misteriosa, crianças desapareciam ou morriam de maneira repentina, as plantações e as
pessoas eram vítimas de alguma peste ou ainda havia uma alegada epidemia de “vampirismo” ou
de “terror noturno” com os habitantes do vilarejo se vendo perseguidos à noite por entidades
sombrias... esses habitantes pensavam que estavam sofrendo um ataque espiritual por forças vindas
dos infernos e que tinham passado para o nosso plano através de um portal que alguma bruxa abriu,
como consequência de um trabalho de magia negra realizado naquela aldeia e que “autorizava” os
espíritos importunarem as pessoas em redor de onde o ritual tinha sido montado.

O passo seguinte era quase sempre identificar quem era a bruxa e queimá-la na fogueira,
afogá-la, enforcá-la ou mesmo linchá-la, não sem antes torturá-la para que ela contasse onde o
trabalho foi feito de forma que os populares pudessem ir lá destruí-lo e assim “fechar o portal”. O
livro teria gerado estimulado uma onda de pânico generalizado e paranoia anti bruxaria causando
a perseguição e a morte de pessoas que não tinham nenhuma relação real com magia negra.

Aliás, um dos grandes avanços dos Tribunais de Inquisição foi justamente o de proibir
esses “justiçamentos populares” contra qualquer um. A partir de então, só quem poderia
determinar quem é ou não bruxo era um tribunal especialmente convocado para isso e só após um
julgamento minucioso. Antes disso era fato que qualquer aldeão poderia fomentar os ódios
populares contra um simples desafeto, alegando que este era uma bruxa ou feiticeiro, e fazer com
que covardias fossem cometidas em nome de Deus. Depois da fundação dos Tribunais de
Inquisição, os suspeitos de bruxaria passaram a ter que ser submetidos a um julgamento, que
cumpria um processo legal, e o monopólio das execuções passou a ser de responsabilidade do
poder público, mas supervisionado pela Igreja. Isso bastou para acabar com as epidemias de
bruxaria e as ondas de linchamentos sumários que matavam milhares de pessoas nas mãos de
camponeses supersticiosos. Diz-se que esse livro, o Malleus Malleficarum, fomentava esse tipo de
paranoia e que por isso foi banido pela própria Igreja.

Por mais que o livro tenha sido banido, seu estudo é altamente útil. Ele só sistematizava o
entendimento popular do período. Se uma bruxa que vivesse em um vilarejo medieval
“negociasse” com o demônio para conseguir favores para si, isso acabaria tendo como efeito
colateral maldições para quem estivesse próximo, nesse caso, para o vilarejo onde ela residia. Era
ainda entendimento popular que as bruxas eram abortistas, usando pedaços dos fetos abortados em
trabalhos de magia negra e oferecendo as crianças às entidades. Vemos em histórias infantis, tipo
João e Maria, onde bruxas prendem crianças em cativeiro, engordando-as para cozinhá-las num

99
caldeirão depois, uma reminiscência desse entendimento popular medieval salva de forma
mitificada. Daí o ódio universal contra bruxas nesse período.

Disso tiramos uma lição. Temos que nem sempre o consentimento consciente das vítimas
dos espíritos malignos é necessário para autorizar um ataque espiritual por parte das entidades.
Boa parte das vezes as pessoas são “enganadas” pelas artimanhas do maligno e “autorizam” o
ataque inconscientemente. O caso mais comum é o das casas mal assombradas onde espíritos
trevosos que habitariam essas residências teriam a “calma” e o isolamento necessários para realizar
esses rituais e levantarem altares nesses locais ermos e abandonados, do lado de lá, no mundo
espiritual.

Eles abririam portais de comunicação (ainda que de forma incompleta e parcial, já que não
teriam o espelhamento no mundo material) e assumiriam a forma dos seus antigos proprietários
para assustar os eventuais frequentadores e desse modo se alimentar das suas energias,
especialmente as emoções de pânico e pavor que os seres humanos produzem quando veem os
espíritos vagando no mundo material. Se alguém ao travar contato com essas entidades manifestar
medo e insegurança, um portal é aberto (ainda que de forma imparcial) e o espírito maligno passa
a ter autorização para agir na vida daquela pessoa. À medida que ela for se tornando mais e mais
assustada, mais forte o espírito fica, à medida que vai se alimentando das suas energias de medo e
pavor, mais e mais “autorização” o espírito tem para se manifestar na vida daquela pessoa... maior
fica o portal de comunicação que o indivíduo, involuntariamente, abriu, dando permissão aos
espíritos para agirem na vida dele, quando se permitiu ser tomado pelo medo.

Em alguns casos, especialmente o de pessoas MUITO assustadiças, esses espíritos trevosos


que habitam esses lugares sinistros se tornam em obsessores, acompanhando o ser humano infeliz
que fez um contato indesejado com eles e seguem se alimentando do pânico dessa pessoa sempre
que aparece uma oportunidade favorável a uma nova aparição deixando miserável a vida desses
infelizes.

É por isso que assombrações começam de forma “tímida” com barulhos, pequenos uivos,
sinos tocando, portas batendo, copos “explodindo” sem motivo. Cantorias fúnebres, árvores
balançando... espíritos usam de muita energia para conseguir poder produzir tais fenômenos no
mundo físico. Se o espectador ficar “com medo” aí ele “paga o esforço” do espírito e acaba
alimentando esses espíritos que seguem progredindo nos fenômenos. Todo poltergeist obedece a
uma progressão, nunca começa num alto nível, mas sempre de forma tímida porque a essa altura
os encostos ainda estarão fracos. Se nesse momento alguém exorcizá-los, eles serão anulados
completamente.
100
Posso afirmar que a larga maioria de nós já foi vítima de abordagens de entidades sombrias
que tentaram estabelecer contato através de sons, barulhos, chamando o seu nome... isso demanda
deles MUITA energia. Se nós não dermos nenhuma atenção a isso, essas entidades não terão
“ponte” para atuar nas nossas vidas, não terão os “portais abertos” e terão que ir embora. Mas se
nós dermos atenção e ficarmos com medo... aí um portal é aberto e eles começam um processo de
vampirização.

Um outro exemplo de espíritos sanguessugas seriam os meninos punheteiros que teriam


legiões se alimentando do sémen derramado e das energias produzidas pelas emoções artificiais
do sexo solitário e do uso da pornografia. Essas “influências” e o contato com esses seres
espirituais trariam diversos malefícios psíquicos e espirituais ao desenvolvimento desses jovens
adolescentes. É óbvio que esses seres trevosos estimularão cada vez mais o uso de pornografia e
os jovens que não barrarem esse processo estarão completamente dominados pelos “encostos”.

Ocultistas são quase unânimes ao repudiar o uso de álcool e tabaco chegando ao ponto de
afirmar que “espíritos obsessores” “sugam as energias” dos usuários. São usualmente chamados
de “encostos” os desencarnados demasiadamente apegados à matéria que ficariam “pegando
carona no bonde dos outros” fumando e bebendo por tabela, se saciando dos vícios dos viventes,
usufruindo das energias de prazer liberadas pelo uso de drogas ou até praticando uma semi-
incorporação na hora do ato sexual daqueles que são viciados em sexo. De forma análoga eu
mesmo já ouvi de um comerciante evangélico, dono de uma padaria de subúrbio, que se recusava
a vender cigarro ou álcool porque “ali atrás tem um diabo”. Parece que é senso comum em diversas
tradições a existência de espíritos inferiores que precisam dos vivos para se alimentar e sobreviver
nos mundos espirituais que habitam e fazem isso usando da “matéria” convertida em energia e
direcionada em favor próprio, como é a tese defendida por este livro.

Sobre esses espíritos obsessores, ao que parece ainda, a “luz”, quando acesa no mundo
material teria a capacidade de dificultar esse contato ou dispersar essas entidades trevosas no
mundo espiritual. A existência de luz acesa dificulta, portanto, a aparição desses espíritos
assombradores. Algumas seitas esotéricas que se propõem a curar a infestação de entidades
espirituais negativas na vida das pessoas (como a Ramatis por exemplo) apontam que a existência
de luz elétrica dissipa a acumulação de miasmas espirituais e aconselha até a pessoas que estão
carregadas a que durmam de luz acesa até o mal ter sido removido das suas vidas. Já na Igreja
Católica os ritos de exorcismo são necessariamente praticados de dia (salvo necessidade extrema).
Por alguma razão oculta a luz e a claridade do mundo material parece atravessar a cortina que
separa os mundos e ter efeito sutis no reino espiritual.

101
Vivemos num período da história em que temos fácil acesso à luz elétrica, e isso é bom,
mas infelizmente as vezes não temos acesso a “acender a luz” para nos livrarmos daquilo que o
salmo 91 classifica como “terror noturno” e que PODE ter origem sobrenatural (“terror noturno”
é ainda o nome dado a um tipo de entidade espiritual que causa pânico e temor).

102
25. EXORCISMOS PARTICULARES

Esse livro é um livro de política. Não estou assumindo aqui nenhuma posição religiosa, e
estou fugindo de uma abordagem confessional e ortodoxa, apesar de ser fato público que eu sou
católico. No entanto não posso me furtar a algumas breves recomendações.... especialmente sobre
o que é chamado de “terror noturno”. Assim eu recomendo fortemente a todos, tenham fé e não
temam. Esse terror noturno de que nos fala o salmo 91 era e é alimento dos espíritos malignos que
estão ao nosso derredor. Seu terror é alimento desses seres que, se estiverem presentes, vão te
obsediar através do portal aberto por essa sua emoção descontrolada.

De minha parte eu sou um assíduo praticante de exorcismos particulares, que eu invoco em


nome de Jesus Cristo, sempre que sinto ter a necessidade espiritual disso. Os que eu mais uso são
o Salmo 91 (com ênfase na parte do “não te assustarás do temor noturno nem da seta que voa ao
meio dia”), o de São Bento e o exorcismo de São Miguel Arcanjo. Especialmente este último.

Recomendo fortemente a todos que o recitem com fé, sempre que se sentirem
repentinamente mal, fracos, entristecidos, incomodados sem motivo aparente, invejados por
terceiros, se sentirem “acompanhados” mesmo sem ninguém do lado, ouvirem barulhos sem
explicação, alguém chamando o seu nome, vítimas de um medo inexplicável e repentino, e sempre
que estiverem andando sozinhos em lugares ermos e escuros. Segue:

“São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, cobri-nos com o vosso


escudo contra os embustes e ciladas do demônio. Instante e humildemente pedimos
a Deus que sobre ele impere e a vós, Príncipe da Milícia Celeste, pelo poder divino,
que precipitei no inferno a Satanás e a todos os outros espíritos malignos que
andam pelo mundo buscando perder as almas. Amém”. (grifo nosso).

Essa oração foi composta pelo papa Leão XIII e diz que ele a teria recebido após um transe
místico. É perfeitamente ecumênica e pode ser usada por pessoas de todas as confissões religiosas.
Foi usado nas igrejas romanas nas missas dominicais até as reformas apresentadas pelo Concílio
Vaticano II. Após o Concílio Vaticano II, “curiosamente”, proibiu-se falar sobre demônios, maus
espíritos e exorcismos nas igrejas católicas e de se recitar essa oração ao final das missas. Por
causa desse erro, o mundo jaz no maligno. Eu recomendo a todos os fiéis católicos que façam
campanha para que os seus párocos recitem essa oração ao final de cada missa.

103
26. ONDE OS ESPÍRITOS MALIGNOS MORAM

Em acordo com o entendimento deste livro e da tradição bíblica, essa oração nos dá a
entender que demônios e “outros espíritos malignos” existem em DOIS lugares. Ou podem ou
estar vagando pelo mundo “buscando perder as almas”, “nos ares”, ao nosso lado, nos sugando e
prejudicando, por exemplo, ou serem jogados em profundezas infernais, fora da nossa companhia,
em níveis espirituais inferiores, em abismos, longe do acesso aos vivos. Apesar de eu não ter
encontrado nenhum ensinamento específico para essa questão no catecismo romano, é fato mais
ou menos certo para teólogos católicos que o lugar para os anjos bons é o Céu, para os demônios
é o inferno. Mas os demônios têm dois lugares de tormento: um em razão de sua culpa, que é o
inferno, outro, em função das tentações a que submetem os homens, “os ares”. Ou seja, ao nosso
redor. A doutrina de que os demônios TAMBÉM PODEM vaguear pelos ares para tentar os
homens é claramente afirmada por São Paulo na Epístola aos Efésios: “o príncipe que exerce o
poder sobre este ar ... os dominadores deste mundo tenebroso, os espíritos malignos espalhados
pelos ares” (Ef 2,2; 6, 12).

Portanto espíritos tenebrosos podem estar em dois locais, ou ao nosso lado, nos tentando e
vampirizando nossas energias, ou serem lançados nos infernos, nas profundezas do Mundo
Espiritual, no abismo, longe de nós e longe da Luz de Deus, as trevas exteriores, local de
desconforto aflição.

Mediante isso podemos inferir que os espíritos malignos mais privilegiados são os que
vagam pelo meio de nós, ao passo que os mais prejudicados são os que, por alguma razão, foram
desterrados nos mundos inferiores e estão tentando sair de lá para virem aos “ares”, vagar pelo
mundo. Lembremo-nos da história de Bóco que, enquanto espírito príncipe, prendeu os espíritos
da esposa infiel e do irmão traidor em masmorras infernais ao passo que ele próprio tinha livre
acesso a caminhar por todo o Egito, “pelos ares”.

Pode-se supor que todos os que estão nos mundos inferiores, portanto, vivem de pretender
maquinar ardis para voltarem aos “ares” e aqui se manterem. É do meu entendimento que os
calabouços infernais são locais de trevas (exteriores) sem luz e portanto, círculos diferentes, esferas
espirituais tenebrosas, locais de algum sofrimento e que para ascender e se manter nos “ares”, ou
seja, no mundo dos vivos, ao nosso redor, os espíritos trevosos precisam nas energias dos
sacrifícios que lhes é dada pelos vivos. Rituais de evocação serviriam precisamente para isso, pra
dar essa “ajuda”, fornecendo a energia necessária que eles precisam para saírem dos abismos e
virem aos “ares”, ao nosso redor, e assim poderem trabalhar em favor do feiticeiro que os evocou.
104
Quando observamos o popular mito do “gênio da lâmpada”, temos que ter em mente de
que é disso que se trata. Uma criatura espiritual, poderosíssima, que por suas maldades foi
aprisionada fora do mundo material. Quando de repente ela é “por acidente” liberta, resolve
trabalhar temporariamente para o seu libertador (a metáfora disso são 3 os desejos). Cumprido o
pacto, ela segue livre para reinar sobre os ares e nunca mais é vista. A literatura demonológica
relata o fato de que muitos necromantes poderosos, libertaram dos calabouços infernais entidades
diabólicas poderosíssimas, em troca de favores no mundo material. Usualmente essas entidades
estavam mesmo aprisionadas em jarras, baús, garrafas e até em “quartos secretos”, ocultos atrás
de paredes, em casas antigas e castelos, e ficavam impossibilitadas de agir fora dali por conta de
ritos de sangue que davam valor mágico a selos que, quando são quebrados, essas entidades
acabam sendo libertas.

O contrário também é verdadeiro. Quem empurra as entidades para os abismos infernais


retirando-a do convívio dos humanos é correto uso do Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo,
conforme se vê em Filipenses: “para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que estão
nos céus, na terra e debaixo da terra”. O auxílio dos anjos de Deus empurrando esses chacais
espirituais em direção aos mundos inferiores é também precioso.

Evidentemente escolas de magia negra tem seus próprios métodos para lidar com demônios
e espíritos malignos, aprisioná-los e empurrá-los em direção aos abismos infernais, e com os seus
miasmas e as suas demais formas de infestação espiritual. Para o caso de se tratar de um bruxo de
elevado grau ou de um necromante poderoso, o rito e as formas de lidar com as entidades são
diferentes das nossas, já que eles não usam de exorcismos nem o nome de Jesus Cristo, nem apelam
para os anjos ou espíritos de luz para lidar com entidades obscuras negras, evidentemente.

Uma vez identificada qual o nome da potestade que reina num vilarejo, numa cidade, numa
floresta ou até mesmo numa família, existiriam encantos que permitiriam a um bruxo atrair e
aprisionar essa entidade em um espaço físico, uma garrafa, uma lâmpada, um baú, um quarto
secreto ou até mesmo em uma... pirâmide. Sim, pirâmides são locais que possuem propriedades
muito específicas para a contenção de entidades malignas e seu uso em ritos de magia negra e de
magia branca é recorrente.

Seguramente o Faraó Tutancâmon fez um trato de sangue com alguma entidade maligna,
um deus, uma divindade do Antigo Egito, se usando dos ritos da antiga religião funerária egípcia,
e a prendeu dentro da sua câmara mortuária. Quando, em 1922, os exploradores ingleses da Missão
Howards, depois de mais de 3 mil anos, arrombaram a porta da câmara e, ignorando a maldição
que havia na entrada alertando contra os violadores do túmulo, entraram na cripta do Faraó,
105
acabaram sendo vítimas da famosa “Maldição de Tutancâmon”. Todas as 20 pessoas que entraram
na cripta morreram. Rigorosamente as 20 primeiras que pisaram o pé lá dentro, cruzando a marca
de mármore limite, faleceram conforme estava escrito que ocorreria. A maldição se estendeu até a
animais de estimação que eram próximos dos exploradores. Tentativas de explicação “racional”
foram feitas, mas sem muito êxito. A poderosa entidade, presa e sedenta por quase 3 mil anos, ao
ser liberta, drenou completamente a vida dos que foram infectados. Febres misteriosas e infecções
sem causa aparente foram as explicações convencionais... 20 pessoas morreram num par de meses.

Há pessoas que têm a habilidade sobrenatural de sentirem a presença de entidades


macabras. A maior parte de nós, com um pouco de desenvolvimento espiritual, pode perceber a
presença dos anjos de luz do Senhor, da luz de Deus, do Espírito Santo..., mas o mal é usualmente
mais discreto na hora de ser percebido.

106
27. A POSSESSÃO POR ALMAS DANADAS

Eu li uma vez um relato de um rito de exorcismo praticado por uma comunidade católica
sedevacantista espanhola (segundo esse relato o padre era validamente ordenado). O ritual de
exorcismo foi pesadíssimo levando horas, havia uma verdadeira legião de demônios ocupando o
corpo da mulher, vítima desse mal. O padre, treinado nos ritos de exorcismo, nos conta que
usualmente somente demônios de baixa potência, desesperados por alguma luz, ocupam o corpo
de pessoas comuns, que tenham propensão a serem vítimas desse tipo de ataque, sem a permissão
delas.

Por isso esses demônios se demonstram tão desesperados na hora de partir já que sem o
“alimento” ou as energias fornecidas pelo corpo do possesso esses espíritos obscuros “sofrem”,
talvez não tendo mais como se manter frequentando o mundo dos vivos. Eles se sentem bem dentro
do possesso, fora deles acabarão sendo tragados pelos seus rivais e devolvidos aos subterrâneos
espirituais. Já espíritos malignos de alta patente, principados e potestades infernais, não usam desse
recurso vulgar. Segundo o Libelus Merlini, entidades diabólicas poderosas não podem possuir um
ser humano, a não ser que isso seja feito através de um pacto, já que a possessão involuntária por
entidades poderosas mataria o infeliz em questão de segundos.

Nesse episódio em específico a mulher foi possessa não somente por demônios, mas por
almas danadas, e, nesse caso, pela infame alma de Judas Iscariotes, o traidor, que de alguma forma
escapou dos calabouços infernais e vagou pelos “ares”. Aproveitando a oportunidade e o visitante
“ilustre” o padre, usando o nome Nosso Senhor Jesus Cristo, obriga a que Judas lhe explique algo
do mundo espiritual antes de expulsá-lo do corpo da hospedeira e lançá-lo novamente nos infernos.

Na entrevista que se segue o espírito de “Judas” (ou quem quer que tenha se identificado
como ele) diz ao padre exorcista que o golpe definitivo dos infernos no nosso tempo foi o Concílio
Vaticano II, que o rito da missa nova foi envenenado pela fumaça de satanás e já não tem poder
definitivo contra o mal e que, PRINCIPALMENTE, com a proibição de se recitar a Oração de São
Miguel Arcanjo ao final das missas, o mundo jaz inapelavelmente nas mãos dos poderes infernais.

Eu RESSALVO que não tenho qualquer opinião sobre isso. Mas a literatura demonológica
aponta uma certa frequência na possessão de almas danadas, que sobem dos infernos na companhia
de demônios e que possuem os corpos dos viventes. Eventualmente ainda elas podem se desgarrar
de seus mestres e seguir errando pelo mundo, nos “ares” em busca de “alívio” fugindo dos
demônios que são os seus mestres e algozes. A teologia cristã não observa essa hipótese (sempre
clamando a parábola de Lázaro para justificar um abismo imenso entre “nós” e “eles”).
107
Eu, no entanto, na biblioteca do colégio de São Bento, já tive acesso a um livro que citava
a existência de um rito babilônico que retiraria da geena as almas dos patriarcas e as guardaria em
um local agradável, no mundo dos vivos, preparado para eles. Morariam em uma urna ritual e se
alimentariam do sangue dos seus descendentes. Os seus descendentes através de evocações
específicas poderiam ter contato com os seus parentes falecidos... apesar de isso ser meio doido,
sempre me passou pela cabeça que as nossas elites mundiais, iluminadas, que fazem planos de
destruição e dominação com, as vezes, centenas de anos de duração, vivem como se possuíssem
acesso a algum tipo de tecnologia espiritual que as permitisse ir e voltar do mundo dos mortos, em
assembleia, e seguir agindo, através de seus filhos e descendentes, aqui, no mundo dos vivos. Essa
teoria era compartilhada também, pelo saudoso professor Armindo Abreu e ele, tendo sido aluno
do colégio São Bento, foi quem me recomendou procurar lá esse livro.

Sobre isso o livro “Memórias de um Exorcista” (leitura imprescindível) do mais famoso


exorcista do mundo, o falecido padre italiano Gabrielle Amorth, nos confirma que almas danadas
também podem possuir as pessoas. Essas são almas de pessoas já falecidas mas que não podem se
aproximar de Deus no mundo espiritual, tendo que existir nas trevas exteriores, e que podem
também possuir os corpos físicos daqueles que forem propensos a esse tipo de ataque espiritual.
Segundo o seu relato, essas almas danadas estão associadas a demônios e andam servindo-os nos
mundos espirituais. O poder e o status de uma potestade espiritual se dá em função da quantidade
de almas que ele consegue “perder” e fazer com que o sirva depois de mortos.

O Padre Gabrielle Amorth segue no livro dando uma larga série de relatos que ele viu
pessoalmente a esse respeito, mas com a ressalva de que ele mesmo, entrevistando os espíritos
imundos que ocupavam o corpo dos possuídos, já flagrou demônios mentindo ao se identificar
como almas danadas. Até que se prove o contrário, almas condenadas, espíritos dos falecidos que
se encontram longe da luz de Deus podem possuir os corpos das pessoas. Estes são usualmente
chamados de “encostos” espíritos pobres que vagam buscando um pouco da energia que os
viventes possuem. Quem se permite ser obsediado por esse tipo de entidade acaba tendo um
companheiro indesejável por toda sua vida.

Quando eu li isso eu não pude deixar de me lembrar que em igrejas evangélicas pentecostais
brasileiras, usualmente, os espíritos imundos que sempre atacam e obsediam os crentes são
espíritos baixos do cotidiano nacional, como Zé Pilintra ou Maria Padilha que, como se sabe, foram
pessoas VIVAS no Brasil.

O que mais importa aqui é que existe mesmo uma guerra eterna entre espíritos de luz e
trevas ocorrendo no mundo espiritual. Isso é ponto pacífico entre as mais diversas tradições
108
religiosas ainda que os detalhes variem um pouco entre cada uma dessas tradições. Sob esse
aspecto os exorcismos particulares, esses que nossas avós nos ensinavam e que podem ser usados
por todos os batizados, assumem papel importantíssimo para nos imunizar contra esses agentes
invisíveis que querem nos destruir.

109
28. RITO ESPELHADO

Já foi dito que os ritos para serem otimizados precisam ser “espelhados”. Os ritos de magia
negra que os feiticeiros praticam para enviar as energias do mundo material aos mundos inferiores
através dos sacrifícios rituais foi primeiramente ensinado ou passado a eles por entidades obscuras.
Esses ritos praticados na Terra acontecem ao mesmo tempo no mundo espiritual. Na terra são
praticados por bruxos, no mundo espiritual por entidades das trevas AO MESMO TEMPO. Os
dois ritos, acontecendo ao mesmo, tempo abrem os portais e permitem a comunicação entre o
mundo material e o mundo espiritual de forma perfeita.

Esses ritos ocorrendo simultaneamente geram um espelhamento que “abre os portais” e


criam um canal de comunicação “perfeito” entre o mundo material e o mundo espiritual. Quando
você vir um bruxo fazendo um ritual de magia negra, saiba que ali, bem do lado dele, tem um altar
negro, montado pelos espíritos, fazendo a conexão com o bruxo e “abrindo os portais”. Por outro
lado, se esse “bruxo” for apenas um charlatão, é justo dizer que o ritual “não está espelhado”, ou
seja, que esse ritual é apenas um “teatro”, não tendo nenhuma contrapartida no mundo espiritual,
não produzindo nenhum efeito e provavelmente só está acontecendo para tomar dinheiro dos
incautos.

Ritos “não espelhados” são o passatempo predileto de nerds e otários de internet, que
precisam encher as suas vidas vazias com algo “oculto” e “misterioso”. Já cansei de ver falsos
mestres praticando ritos evidentemente não espelhados apenas para obterem seguidores e algum
prestígio no submundo da internet. Esse fenômeno é especialmente comum com seguidores de
goétia.

Por outro lado... se o rito for “de verdade”, se ele for mesmo “espelhado” e estiver
acontecendo nos dois polos da realidade, no mundo Material e no Mundo Espiritual ao mesmo
tempo, pessoas que são “sensitivas”, que têm esse dom e que buscaram desenvolver essa
habilidade, podem até ver esses espíritos imundos “trabalhando” em seus ritos DO LADO do
feiticeiro. Eles no mundo espiritual e o feiticeiro e os ajudantes no mundo material.

No extremo oposto temos o caso inverso. Como visto no caso das casas mal assombradas,
o ritual só está sendo montado “do lado de lá”, sem o espelhamento no mundo dos vivos, o que
não permitiria aos espíritos obsessores receber as energias dos viventes, de modo “perfeito” (já
que sem a permissão ou o consentimento dos vivos), daí a necessidade dos exorcismos particulares
sejam praticados pelos seres humanos, por nós mesmos e em nós mesmos, mas também nas outras
pessoas, nossos entes queridos, filhos, netos e até nas nossas casas e nos nossos animais. Esses
110
exorcismos populares, ensinados no interior do Brasil, pelos nossos pais e avós, se ditos com fé,
tem potência contra o mal e contra a contaminação por espíritos macabros que “como um leão
andam ao derredor buscando a quem tragar”, conforme nos ensina São Pedro na sua 1ª. Epístola.

Uma amiga minha russa tem uma irmã mais velha que é uma mulher, além de belíssima,
muito bem sucedida em uma carreira de alta executiva em uma estatal russa. Junto com seu marido,
conseguiu comprar um antigo apartamento no Centro de Moscou, em um prédio do século 19, de
apenas 3 apartamentos, um apartamento por andar, em uma área muito exclusiva da capital russa,
por um preço inacreditavelmente baixo. Quando tomou posse do apartamento verificou que ele
estava infestado por larvas. Em todos os lugares, abaixo do piso, atrás do papel de parede, dentro
da parede, caindo do teto, dentro dos móveis, entupindo o encanamento, nos tapetes... em todos os
lugares. Chamaram diferentes empresas de dedetização, tentaram 5 vezes dedetizar a casa, mas
sem sucesso. Os profissionais disseram nunca ter visto uma infestação desse tipo e nem sabiam
precisar que tipo de larva era exatamente essa que se alimentava da casa, sendo o mais provável
que fosse de mais de um tipo.

Um dos profissionais de dedetização relatou, além da infestação de larvas, estranhos


barulhos e fenômenos, e um mau cheiro que tomava conta de todo o apartamento, mas era
especialmente forte em um cômodo, o cômodo principal. O próprio profissional de dedetização
recomendou chamarem um padre ortodoxo pra benzer a casa. Na igreja ortodoxa existe um
sacramental específico para exorcizar maus espíritos e energias negativas das residências e é
relativamente comum a prestação desse tipo de serviço aos fiéis. Considerando a gravidade do
caso, foi chamado um padre relativamente famoso em alguns círculos moscovitas, figura meio
exótica e cheia de opiniões políticas. Além de tudo era um sensitivo e dizia conseguir identificar
a origem do mal, além de se dizer ser um mestre na prática de ritos “esquecidos” de exorcismos e
que não são mais usados pelos padres ortodoxos atuais. Esse padre teve um programa na tevê russa
alguns anos atrás e é uma figura polêmica. Usando das suas habilidades de “sensitivo” ele
realmente enxergou um cachorro rosnando no centro do cômodo principal e viu nisso um sinal de
que a casa estava tomada de maus espíritos.

Ele foi contratado e realizou um breve trabalho de pesquisa sobre o imóvel a fim de
determinar a melhor forma de abordar o mal que ali habitava e realizou os rituais de exorcismo
domiciliar apontados pela igreja russa durante 7 semanas consecutivas até que ele decretou a
expulsão final do mal daquela casa, em nome de Jesus Cristo. Os encostos lutaram bravamente,
mas ao final tiveram que sair.

111
Quando foi questionando sobre a demora em expulsar o mal ele argumentou que a
incredulidade do marido estava sendo “barreira” para a libertação da casa. Ao que parece a casa
tinha sido palco de rituais macabros realizados no passado, no período da revolução bolchevique,
e foi local do suicídio de mais de um morador. Depois do fim dos ritos operados pelo padre, as
empresas de dedetização puderam resolver o problema sem dificuldade. As larvas saíram e o mau
cheiro também desapareceu.

É importante notar que a incredulidade do marido impediu a realização da limpeza da casa,


em nome de Jesus. Isso está perfeitamente em acordo com o que nos ensina a bíblia em Mc 6,5.
Jesus vinha passando por algumas cidades curando e libertando o povo. Em algumas regiões as
pessoas se aglomeravam para vê-lo, para tocá-lo, pois queriam receber dos Seus Milagres.
Mas Jesus decide ir a Nazaré, sua própria terra. E como nas outras cidades Ele ensinou na sinagoga,
e muitos ao ouvi-Lo, se admiravam com tamanha sabedoria; mas um questionamento sempre
sondava aquele povo: “Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e
Simão? E suas irmãs não estão aqui conosco? E mostravam–se chocados com ele.” (Mc 6,3)
bastou que a dúvida fosse levantada, bastou que a interrogação sobre a pessoa de Jesus fosse posta
e ali Jesus não realizou milagres… A bíblia é clara em destacar: “Ele se admirava da incredulidade
deles.” (Mc 6,6). Em TODAS AS TRADIÇÕES ESPIRITUAIS aquele que duvida do Poder que
emana do Alto perde...

Não basta somente a necessidade de um milagre, de uma cura ou da libertação do mal. Não
basta somente a invocação ou mesmo a presença de Jesus Cristo em pessoa, como no caso
bíblico. É necessário que entre um e outro haja um coração que creia! É necessário que haja um
coração que tenha fé, ainda que mínima, como um grão de mostarda, mas é necessário fé, crer que
Deus pode nos libertar de todo mal. Se não houver fé... se a sua postura for do tipo “vamos lá,
vamos ver se dá certo mesmo...”, aí já era. Essa batalha você terá perdido e o mal não pode ser
removido das nossas casas, das nossas famílias e das nossas vidas. Se você coloca dúvida, se você
teme que a sua fé não irá funcionar.... então já perdeu a batalha. “Deus é o Deus dos valentes”.

Esse foi precisamente o que aconteceu no apartamento infestado de larvas. Na terminologia


apontada por este livro, havia ali, no centro do cômodo principal, um portal aberto, que ligava os
dois mundos, o Mundo Espiritual e o Mundo Material, no exato local onde, décadas antes, foram
montados altares negros e realizados ritos de morte, segundo o padre que realizou o exorcismo, de
sacrifícios humanos. O portal seguia aberto após todo esse tempo, durante todas essas décadas.

Por isso a proliferação das larvas. É natural que os “elementos” materiais se comportem de
forma estranha, de maneira “desequilibrada” na presença de forças sobrenaturais do mal, perto de
112
onde há portais abertos, por isso o desequilíbrio ecológico e a proliferação inexplicável de pragas
e do mau cheiro constante naquele apartamento. Alguns tipos de animais podem ser especialmente
afetados pela presença do mal. O mais comum são os gatos e alguns tipos de insetos, dos quais a
literatura destaca os gafanhotos. Eu acho que o significado da expressão bíblica “gafanhotos
devoradores”, como sinônimo de “mal” pode ter um outro significado mais oculto que somente o
mais básico.

Durante a história foi noticiado o aparecimento de pragas de gafanhotos, rogadas por


bruxas, sobre populações campesinas, logo antes (ou depois) de essas mesmas bruxas serem
queimadas na fogueira, na Idade Média. Frequentemente após isso levas de gafanhotos vinham e
destruíam as plantações dos seus algozes, deixando a marca da fome naquela localidade. Já vi
gente dizendo até que nuvens desse inseto são suscetíveis a possessão coletiva por uma mesma
entidade ou uma associação de duas ou mais entidades. Notória é a história da bruxa Belisandra e
a praga de gafanhotos na localidade de Castelo Novo, na Galícia, que terminou por ser impedida
por uma procissão em honra a Jesus Cristo e a Maria Santíssima. Até hoje a festa que relembra
esse fato acontece e é belíssima, uma verdadeira joia da espiritualidade popular latina e que contém
importantes ensinamentos espirituais para aqueles que tiverem a mente aberta o bastante para
recebê-los.

A respeito de possessão em animais, a passagem de Marcos, cap. 5 é interessante:

“E chegaram ao outro lado do mar, à província dos gadarenos. E


saindo ele do barco, lhe saiu ao seu encontro logo, dos sepulcros, um
homem com espírito imundo. O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e
nem ainda com cadeias o podia alguém prender, porque, tendo sido muitas
vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em
pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar. E
andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos
sepulcros, e ferindo-se com pedras. E quando viu Jesus ao longe, correu
e adorou-o. E clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo,
Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro te por Deus que não me
atormentes. Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo. E
perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o
meu nome, porque somos muitos. E rogava-lhe muito que não os enviasse
para fora daquela província. E andava ali pastando no monte uma grande
manada de porcos. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo:

113
Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus logo
lhe permitiu. E saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e
a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois
mil), e afogaram-se no mar.”

Essa passagem tem várias questões que sempre me incomodaram e eu nunca encontrei
respostas satisfatórias. A primeira coisa que chama a atenção é que o possesso vivia em um
cemitério. Outra coisa digna de nota é que os demônios que estavam agindo no possesso correram
e “adoraram” Jesus Cristo como Deus, assim que o viram. Em troca disso, ao que parece, tentaram
negociar com Jesus para que não saíssem “daquela província”, e tentaram negociar com Jesus
Cristo usando para isso o nome de Deus. Não sair daquela província pode muito bem significar o
corpo do possesso, mas pode também significar “os ares”, de forma que pediram a Jesus Cristo
para não serem expulsos do homem e acabarem sendo desterrados nos infernos. Mas eu me
pergunto: que província seria essa?

E, pior, ao que parece Jesus ficou mesmo “com pena” dos demônios e, ao invés de expulsar
eles “daquela província”, concedeu a eles que fossem parar numa vara de porcos perto dali. Não
sei ainda COMO havia uma criação de porcos ali, já que judeus não comem porco, que é um animal
impuro, mas é fato bíblico que a LEGIÃO de demônios que antes estava no infeliz tomou o corpo
dos animais e logo os mataram. Se jogaram dum penhasco... e aí fica a questão: POR QUE?

Por que os demônios pediram para irem aos porcos se logo depois os matariam? Pode ser
que estar num corpo de porco, ao que parece, não agrada em nada aos espíritos impuros..., mas se
for isso, por que pediram para ir pra lá? Talvez tenham se arrependido de ter entrado ali assim que
entraram? Ou.... em acordo com as teorias deste livro entraram nos porcos apenas PARA OS
SACRIFICAR logo depois e beber das energias liberadas pela sua morte e assim, fortificados por
este sacrifício, não sofressem, nem fossem expulsos dos ares e se pudessem manter, por si mesmos,
“naquela província”?

Outra questão é a de que POR QUE Jesus permitiu isso? Por que ajudou aos diabos, àquela
legião? Uma das possibilidades é a de que Jesus sabia que se não arranjasse lugar e “comida” para
os encostos eles provavelmente voltariam para o pobre infeliz que tinha acabado de se curar, como
vemos na Parábola da Casa Vazia:

"E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por


lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então diz:
Voltarei para a minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a

114
desocupada, varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete
espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e são os últimos
atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá
também a esta geração má." (Mateus 12:43-45).

Uma forma de saciar os espíritos foi permitir que eles sacrificassem os porcos e bebessem
do seu sacrifício e não retornassem ao ex possesso.

Enfim, as questões são muitas, mas pela leitura, ao que parece, para espíritos imundos, é
melhor entrar em porcos, nem que seja por um breve momento, do que ser expulso de um possesso
sem ter pra onde ir e, com isso, acabar sendo enviado aos infernos. Isso explica, em parte, o ódio
dos espíritos imundos quando são expulsos por exorcistas e os pedidos dos espíritos para que
permanecessem “naquela província”.

O que fica de lição é que, animais podem ser possuídos por seres malignos, e por mais de
um ao mesmo tempo, e ainda serem possuídos coletivamente, embora isso, ao que parece, não os
agrade. Assim, fica a questão... até que ponto eles podem possuir animais? E que tipo de animais?
Podem possuir micróbios, bactérias malignas, vírus mortais e usar disso para infectar e destruir o
homem? Não sei, não sei mesmo. A única menção a isso que eu achei foi no subestimado livro de
demonologia do Pastor Edir Macedo (que é até interessante) mas, mesmo assim, muito brevemente
e sem maiores investigações sobre o assunto. Fora dele nenhum outro que aborde a demonologia...,
mas em tempos de corona vírus esse tipo de questionamento teológico é, no mínimo, interessante.
Sem pretender me adentrar demais no campo da especulação pura, se quem estiver sendo possuído
não for a vítima, mas o vírus que afeta a vítima, é esse vírus que tem que ser exorcizado para que
a vítima seja liberta... e não a vítima. Sei lá e aceito ajuda com isso.

115
29. MIASMAS

Na literatura demonológica a influência reflexa no Mundo Material que a presença de


entidades malignas causa, usualmente têm o nome de “miasmas” ou “odores”. De fato, no
dicionário, “miasma” significa “cheiro”. Pessoas e locais dominados pelo diabo exalam “odores”,
ou energias pesadas, “influências diabólicas”, “infestações” no dizer do padre Gabrielle Amorth,
que afetam todos os que estão naquele raio de ação. Não se trata de uma entidade agindo
propriamente contra as pessoas presentes, mas das suas emanações. Os “odores” que essa entidade
emana já bastam para afetar fisicamente o Mundo Material, que acaba sofrendo distúrbios, seus
elementos se comportam de forma não convencional, e acaba alvo de fenômenos inexplicáveis.

As vezes uma pessoa está tão infestada de demônios, tão comprometida com o Reino
Negro, que um simples aperto de mão já nos causa mal estar. Ainda que não estejamos possuídos,
ou sob a influência do encosto que atua naquela pessoa, os miasmas, os chamados “odores
satânicos”, ou as energias pesadas que essa pessoa libera, são o suficiente para nos afetar, as vezes
poderosamente. É o caso do que se conhece por “pessoas pesadas” de quem usualmente a simples
presença emana miasmas negativos, que são percebidos em um nível inconsciente, mas que
incomodam aqueles que são filhos da luz e participantes da nossa Pátria do Espírito.

“O Padre Amorth conta um caso que aconteceu ao seu mestre, o Padre Cândido, juntamente
com outro exorcista também autorizado pelo bispo. Estavam os dois a interrogar uma rapariga num
exorcismo, no decorrer do qual souberam que alguém tinha feito um feitiço à rapariga. Tratava-se
de uma caixa de madeira de um palmo de largura. Através de um interrogatório (o espírito que
estava na) a rapariga contou-lhes que a caixa tinha sido escondida junto a uma árvore, a um metro
de profundidade. Foram ao lugar, encontraram a caixa e nela uma figura obscena juntamente com
outros trastes. Queimaram-na, mas não tiveram o cuidado de a borrifar com água benta ou fazer
uma oração. O resultado foi que o Pe. Cândido ficou três meses de cama com fortes dores de
estômago.”

Claramente aqui o Padre Cândido foi vítima dos miasmas que o feitiço desprendeu, quando
foi quebrado, e o afetou de forma tão intensa que ele precisou ainda de uns três meses para se curar
do estrago que as energias liberadas pelo artefato diabólico lhe causaram. O Padre Amorth
chamava isso de “infestação”

Por isso nossas mães nos pediam que não chutássemos despachos em encruzilhadas, para
que não nos contaminássemos com os miasmas, ou os “odores”, as energias espirituais que
impregnavam essas oferendas (é bem verdade que também nos mandavam “pedir licença” ao
116
espírito que estava ali ou ainda rezar um “credo” ao passar por uma “macumba”). Também vem
dessa percepção popular que devemos tomar banho assim que voltamos do cemitério ou até mesmo
do hospital, já que “miasmas de morte” podem nos impregnar, se alimentar de nós e no trazer
alguma forma de prejuízo físico.

Quando se diz que o “diabo fede a enxofre” isso é um símbolo de que as emanações dos
seres malignos podem ser sentidas sutilmente por nós, humanos, e nos afetar. Se diz que o “o
diabo, até pelo peido pode matar”. O “cheiro” do diabo não é “diabo”, mas pode nos prejudicar
profundamente. Por isso é simbolizado como enxofre. De fato, o termo “miasma” significa cheiro
(usualmente “cheiro pútrido”) e era crença que esses cheiros podiam trazer doenças.

Na cultura popular brasileira o termo “catinga” significa igualmente “mau cheiro”. Palavra
que vem do idioma africano quimbundo e, entre outros significados, pode significar “cheiro de
podre” ou “cheiro de morte”. Pessoas que exalavam maus cheiros eram considerados
amaldiçoados, ou pessoas “pesadas” carregadas de encostos e daí vem o costume afro indígena de
dar “banhos de descarrego” cuja principal função era a de se livrar do miasma, das energias pesadas
ou ainda do “encosto” que produzia o mau cheiro.

O Brasil talvez seja o lugar do mundo onde ser limpo e cheiroso é mais culturalmente
valorizado e está presente em todas as classes sociais. Mau cheiro no Brasil é remotamente
associado a “pessoa ruim” e há graves prejuízos sociais pra quem se descuidar da higiene pessoal.
No fundo... estamos expressando o medo cultural ancestral das nossas tataravós de sermos
contaminados pelos miasmas, os maus odores, que essa pessoa “ruim” exala. Mesmo vindo de
uma cidade cosmopolita, como o Rio de Janeiro, que está muito longe das nossas origens
populares, eu já ouvi muitas vezes pessoas me dizendo que “quem tem cecê é uma pessoa ruim”.
Essa aversão profunda a cheiro de suor é algo muito característico do Brasil.

E por isso o banho frequente, que é popular no nosso país, tem suas origens nesse medo
espiritual. O usual na cultura popular brasileira é que tomemos banho de sal grosso, ou ainda,
banho de arruda. Eu mesmo já tomei esse banho muitas vezes quando criança, dado pelas babás,
tias e avós, que faziam isso recitando salmos e orações cristãs num sincretismo belo e santo. Há
algo de poético e inapelavelmente belo ver a sua avó e madrinha lhe dar um banho ritual enquanto
entoa salmos e canta hinos e antigas cantigas populares à Cristo e à Mãe de Jesus. É um ato de
amor que se funde na alma do devoto de forma indelével. Há um tempo atrás a própria Igreja
Universal chegou a vender um sabonete de arruda sagrada, ungido e orado, para livrar os adeptos
das energias negativas e foi amplamente criticada no meio pentecostal. Eu sinceramente não vi
nada de tão ruim assim... já que água pode ser benzida, objetos podem ser ungidos, medalhas,
117
imagens e até pessoas também, como forma de combater o mal espiritual, talvez arruda, benzida e
ungida para ser usada em nome de Jesus Cristo, e aplicada com fé, pudesse ter um efeito
semelhante.

Eu nunca encontrei nenhuma “Teoria Geral dos Miasmas”, mas já vi gente defendendo que
até seres humanos, com hábitos macabros e antinaturais (especialmente anti-higiênicos) podem
produzir miasmas, ou emanações, e que isso pode afetar os outros ao redor. Por isso se fala também
que um ambiente sujo e bagunçado, como um quarto, por exemplo, tem a capacidade de nos afetar
“energeticamente” e que nesse tipo de ambiente, miasmas se criam e prosperam se alimentando
do caos que geram em nossas vidas. Assim, se você tem o seu quarto bagunçado, trate de arrumá-
lo rapidamente e vai ver uma melhora geral na sua vida. Faça o teste e me diga.

De toda forma, quando algo não estiver correndo de forma “natural” é porque existe alguma
coisa de “sobrenatural” ali, seja numa casa, numa pessoa... ou até mesmo numa nação. Quando
forças espirituais do mal passam a agir num determinado ambiente é comum ocorrer o descontrole
dos elementos físicos e aí, doenças, especialmente diarreias, são usuais. É normal que a força
sobrenatural que está agindo liberte emanações (os “odores”) que interfiram no plano da matéria,
e essas energias gerem distúrbios no plano físico, afetem as coisas e até os animais. Esses sinais
têm que ser percebidos pelos militantes de 3ª Posição que precisam buscar ficar atentos a perceber
esse tipo de sinal, e combatê-lo.

Cânceres usualmente possuem um agente espiritual, normalmente têm um demônio agindo


ali, o que não se enquadra no caso de “miasmas” que são apenas as energias que as entidades
dissipam. No entanto doenças mais simples, “sem causa” física aparente, podem ter a sua origem
nos desdobramentos que as ações dos espíritos imundos, atuando no mundo espiritual, nos causa.
Ação de espíritos malignos geram emanações que infestam as pessoas e os ambientes e podem ser
altamente perigosos. Isso são os miasmas de que tratamos aqui.

Via de regra, tenhamos em mente que diarreia, fraqueza e resfriados são efeitos colaterais
possíveis de miasmas. Barulhos, coisas se quebrando, enxame de insetos, animais domésticos com
comportamento estranho, batidas na porta tarde da noite, som de gente chorando... até mesmo
coisas mais sutis como negócios falindo sem explicação, maus resultados nos exames escolares de
alunos que sempre foram bem sucedidos.... tudo, absolutamente TUDO o que não tem causa
natural SÓ PODE ter uma causa Sobrenatural.

O Padre Gabrielle Amorth, o maior exorcista de todos os tempos, no seu “Livro de


Memórias”, relata em detalhes aquela que foi a sua maior guerra espiritual, a luta contra o

118
poderosíssimo demônio chamado Zaigo, que junto com uma falange de almas perdidas e demônios
menores, ocupava o corpo de uma senhora que vivia numa aldeia, no interior da Itália. Eles
estavam cumprindo um acordo, selado em um altar negro, enterrado embaixo de uma igreja em
ruínas e “precisavam” se manter no corpo e na vida da senhora e da vila onde ela morava, insistindo
em “não sair”. Sempre que um espírito saía e ela parecia que estava liberta, aparecia um outro.
Eram uma verdadeira legião. Eles precisavam de algum lugar para habitar e seguir agindo naquela
localidade e “morar” dentro da pobre senhora, por algum motivo, era imperativo para eles. Eles
sofriam muito, mas seguiam retornando e retornando à alma da pobre senhora.

O Padre dá relatos da guerra que foi travada. Durante semanas eles iam e voltavam e toda
a aldeia e principalmente a casa da possessa eram alvos de estranhos fenômenos. Os miasmas
desprendidos da guerra espiritual que estava sendo travada ali emanavam por toda a aldeia e
afetava boa parte dos moradores. Um dos mais estranhos fenômenos que ele relata foi o de uma
imagem de Maria Santíssima, que havia no jardim da casa daquela senhora, e que repentinamente
começou a chorar sangue. Ele claramente viu nisso um reflexo das lutas com o diabo e mandou
que quebrassem a imagem para evitar a superstição dos aldeões, o que prejudicaria a guerra
espiritual que estava sendo levada adiante.

Além disso vários outros fenômenos inexplicáveis passaram a ocorrer, pessoas passaram a
ficar doentes sem explicação, animais morrendo, copos se partindo.... tudo estava “estranho”
alterado, diferente por causa do poderoso embate espiritual que estava havendo naquela localidade,
no mundo espiritual. Ele quase que podia sentir “no ar” as “energias pesadas”, os “miasmas” que
essa guerra estava dissipando em redor e afetando a vida das pessoas. O plano material era afetado
pela batalha que estava havendo no plano espiritual.

Após a quaresma de São Miguel Arcanjo o diabo chamado Zaigo finalmente se retirou da
senhora e daquela vila, junto com os seus “assessores”. O próprio demônio Zaigo relatou, pela
boca da possessa, que viu o próprio Arcanjo Miguel aparecendo com uma espada em punho e lhe
ordenou que abandoasse a pobre senhora e Zaigo e sua legião logo após isso fugiram de pavor,
diante da vinda do príncipe da milícia celestial.

Miasmas podem ser tão danosos quanto espíritos malignos, podendo inclusive levar à
morte, mas, ao contrário de espíritos e demônios, os miasmas não são “seres”, não têm nenhuma
consciência, não possuem individualidade, não têm nenhum nome, são apenas “energias” e podem
ser completamente dissolvidos e destruídos permanentemente. Se eles não se alimentarem de
nossas energias e pensamentos os miasmas se dissolverão por si mesmos, após algum tempo.

119
Eles podem ainda ser produzidos ritualisticamente e “armazenados” em determinados
objetos, que são itens amaldiçoados (usualmente ficam em caixas seladas com um selo dado pela
entidade para preservar o miasma ali dentro. Livros também podem ser objetos “pesados” e é
famoso o caso do livro de ocultismo da Biblioteca do Colégio de São Bento, no Mosteiro de São
Bento no Rio a quem se atribui estranhos fenômenos e até um caso de suicídio, de um aluno, nesse
mesmo colégio). Quem os tocar pode ser alvo da contaminação desses miasmas que passarão a se
alimentar das energias de quem estiver sendo afetado. Mas sem a presenças de seres humanos o
mais comum é que essas energias ruins se dissipem naturalmente após algum tempo.

O uso ritual de incenso para limpeza ritual das casas e das nossas igrejas (para os católicos),
já que tradicionalmente miasmas são associados a “odores” maléficos que os espíritos baixos
emanam, vem desse entendimento popular.

Por outro lado, há pessoas que emanam “luz” e positividade. Que estão repletas do Espírito
Santo e têm uma conexão tão poderosa com a luz de Deus que a sua simples presença afeta
espiritualmente a todos de forma positiva. Minha avó era uma velhinha bonitinha e simpática,
incapaz de um mau pensamento ou de uma palavra ruim e que encantava a todos com seus cabelos
brancos meio arroxeados, seus olhinhos pequenos e suas palavras de amor e consolo. Nem
precisava falar nada, apenas a presença dela agradava a todos e ela era incapaz de passar
despercebida onde quer que estivesse. Todos se sentiam em paz perto dela e queriam conversar,
pedir orações, bençãos e conselhos. Ela tinha sempre o terço nas mãos e quando não tinha o que
fazer orava pelo mundo inteiro e pela salvação das almas. Emanava positividade e isso afetava de
forma benéfica todos os que tinham contato com ela. Eventualmente entrava em transe quando
rezava o terço e via “coisas”.

No caso oposto ao de objetos amaldiçoados, temos os das relíquias sagradas, objetos santos
e ungidos no Espírito. Já vimos casos de relíquias de santos que operaram milagres através de
emanações positivas, pelo simples toque. O caso bíblico que comprova essa tese é o da cura da
hemorraíssa, que se curou apenas tocando nas vestes de Jesus Cristo. Enquanto Jesus estava indo
para a casa de Jairo, uma mulher enferma na multidão, que não conseguia falar com ele,
simplesmente avançou e furtivamente se jogou ao chão e conseguiu simplesmente tocar no manto
de Jesus. Ela sofria de sangramentos constantes já havia doze anos e diversos médicos foram
incapazes de curá-la. Depois de gastar tudo o que tinha, seu estado piorava a cada dia. Quando ela
ouviu sobre Jesus ela o seguiu na multidão na esperança de ter com ele, mas como isso não era
possível, ela tocou seu manto. Imediatamente seu sangramento foi curado e ela sentiu que seu
corpo estava livre da enfermidade. Apenas o toque num trapo das vestes de Jesus foi suficiente

120
para curá-la. (Mc 5, 25-29). Mas de todos o caso mais impressionante é o dos “ossos de Eliseu”
que ressuscitaram um homem, muitos anos após o Profeta Eliseu já ter morrido. Simplesmente
“tocando” nos ossos do santo profeta de Deus, o homem se curou e reviveu, segundo a bíblia.

Não existe o termo “miasmas positivos”, já que “miasmas” se refere sempre a emanações
negativas e prejudiciais. Esse termo é exclusivo para energias pesadas. Mas quero deixar claro que
o fenômeno contrário também acontece e se tivéssemos os “olhos do espírito” para “ver o perfume”
que paira pelo ar no entorno de pessoas espiritualizadas ou de lugares sagrados, ficaríamos
inebriados de amor e da luz de Deus. Estar nestes lugares e ser repleto das emanações positivas e,
talvez, dos anjos que cantam e voam ao redor, que pairam nestes locais de amor e luz, é o que
justifica a peregrinação aos lugares santos e, mais ainda, a DEFESA e a manutenção dos lugares
sagrados.

Eu tive a feliz oportunidade de uma vez visitar a Turquia, e, por curiosidade, fui até a última
residência em que Nossa Senhora, Mãe de Jesus, morou na terra, antes de ser elevada aos Céus
(conforme revelação da vidente Anna Katarina Emmerich). A experiência foi fortíssima e
completamente inexplicável já que se tratava de uma casa muito humilde, sem adornos ou nenhum
tipo de decoração que disparasse o gatilho emocional. Me atirei ao chão e chorei pesadamente por
quase uma hora até que consegui me arrastar, de joelhos, para fora dali. Não consegui ficar em pé.
Seguramente o local estava repleto do Espírito Santo e eu O pude sentir no tutano dos meus ossos.

Mas digo isso com ressalvas. Eu, pessoalmente, não gosto de usar da minha emotividade
ou religiosidade para determinar e sobrenaturalidade de nenhum fenômeno e recomendo a todos
que se mantenham emocionalmente isentos quando estiverem presenciando um fenômeno que não
possui explicações racionais, em um primeiro momento. Mas vão na direção oposta e não sejam
céticos quanto à essa possibilidade. Tenham em mente que estranhos fenômenos DEVEM ser
identificados e investigados, mas tendo-se em vista que as suas causas PODEM ter origem
sobrenatural. Como vimos o diabo se usa até de imagens sacras para enganar, roubar, destruir e
perder as almas. Não é porque vemos uma imagem de Maria Santíssima chorando, vertendo
sangue ou mel que isso deve significar imediatamente um milagre.

Aliás... eu mesmo acho que boa parte do fênomeno das “santas que choram”, e das
múltiplas aparições marianas, coisa que é relativamente comum hoje em dia, pode ter origem
maligna. Um exemplo clássico são as aparições de Nossa Senhora em Medjugore, que ficaram
famosas, mas são uma cilada do diabo, apesar dos inúmeros fenômenos inexplicáveis que
comprovadamente ocorreram ali.

121
Sobre a mulher que apareceu publicamente em Medjugore, apesar de ser um prodígio
espantoso, e a visão, ao que parece, foi presenciada por uma multidão de pessoas, o bispo de
Mostar afirma que era: “uma figura ambígua. A figura feminina que teria aparecido em Medjugorje
se comporta de maneira completamente diferente da verdadeira Virgem, Mãe de Deus, nas
aparições reconhecidas até agora como autênticas pela Igreja: normalmente não fala primeiro, ri
de maneira estranha e descontrolada, diante de certas perguntas ela desaparece sem resposta e
depois retorna, ‘obedece’ aos ‘videntes’ e ao pároco que a fazem descer da montanha onde aparece
e ir até a igreja, mesmo contra sua vontade. Não sabe com certeza por quanto tempo aparecerá ou
conseguirá manter a aparição; permite que alguns presentes pisoteiem seu véu estendido pelo chão
e que toquem seu vestido e principalmente toquem seu corpo de maneira inapropriada e com fundo
claramente idolátrico. Esta não é a Virgem evangélica”.

122
30. BATALHA ESPIRITUAL E POLÍTICA ATUAL

Nas diversas ruas do Brasil temos o hábito de ver rituais de quimbanda preparados nas
esquinas e encruzilhadas com ofertas de coisas materiais. Mesmo quando os profissionais da
limpeza urbana limpam os despachos, os portais entre um mundo e o outro permanecem abertos,
já que, do lado de lá, ninguém apareceu para limpar o despacho que foi feito no mundo espiritual
e do lado de cá os garis limpam os despachos sem nenhum tipo de exorcismo que “tranque” os
portais que foram abertos (de forma parecida com a que ocorreu na casa russa citada no último
exemplo, logo acima). Assim, mesmo quando as oferendas são retiradas, altares quebrados,
despachos varridos... isso não afeta imediatamente a abertura dessas passagens entre uma realidade
e a outra. Os “portais” seguem abertos por muito mais tempo além da destruição dos altares.

Se o trabalho de magia negra que tiver sido feito for um trabalho “fraco”, com pouco
matéria ofertada, é natural que após a sua limpeza o portal permaneça aberto, mas por pouco
tempo. No entanto em casas antigas, com pouco trânsito de pessoas, onde trabalhos pesadíssimos
tenham sido feitos, especialmente se ali o sangue de inocentes tiver sido derramado para saciar as
entidades... aí é capaz de que esses portai sigam abertos por anos, décadas... séculos até.

Por isso é comum que quando nós estejamos em uma encruzilhada desértica, uma casa há
muito tempo abandonada, um bosque escurecido... nós nos sintamos, às vezes, mal. Com sensação
de sufocamento, cansaço e medo repentino sem motivo aparente. As vezes até uma diarreia
inexplicável. Provavelmente tem um encosto nos vampirizando, que nos encontrou num momento
de fragilidade espiritual e que foi “autorizado” a operar nas cercanias de onde o portal foi aberto.
O local de “maior poder” do espírito é justamente sobre onde o portal está aberto. Ser levado, pela
curiosidade, a “mexer” em ídolos pode te colocar no ponto exato onde o portal está aberto e é o
local de maior poder do espírito. Tenha cuidado.

Nós, Soldados de Deus, militantes de 3ª Posição, Soldados Políticos, TEMOS QUE buscar
desenvolver esse tipo de olhar, esse tipo de sensibilidade e saber quando estamos sendo atacados
espiritualmente. Não só nós, mas nossos familiares e até os nossos camaradas de militância.

É tese desse livro, e um fato sabido por todas as teorias políticas de 3ª Posição, que os
poderes políticos do mundo ocidental são uma conspiração oculta de lacaios das entidades negras.
Essas entidades dão poder material e político aos seus servos em troca dos sacrifícios materiais de
que precisam para se manter no mundo espiritual (especialmente molestar e matar crianças.
Crianças tem alto “valor” sacrificial). Não por menos, na Bíblia, o culto a Moloque era sempre
punido com a morte. Essa entidade, cultuada como um deus pelos filisteus amonitas, vizinhos dos
123
hebreus na Cananéia, se “alimentava” do sacrifício de crianças pequenas, que eram postas dentro
do ventre gigante de uma estátua de bronze, que era aquecida até que ficasse totalmente vermelha,
em brasa e a criança cozinhasse. Depois ela era comida pelos presentes. As conexões entre o fato
de o sacrifício a moloque ser depositado no ventre do ídolo e a ideologia abortista atual são
inegáveis.

Por mais chocante que pareça, símbolos de Moloque estão sempre presentes entre as elites
mundiais, baste que tenhamos os olhares treinados para perceber. Seu culto foi mantido em oculto
pela história, quase desapareceu nas perseguições da Idade Média, mas ainda subsiste de forma
oculta e secreta entre as nossas elites iluminadas, os políticos, artistas e empresários que mandam
no mundo de hoje em dia.

Segundo o Professor Orlando Fedeli, o culto a Moloque permaneceu secreto entre os


príncipes judeus. Enquanto o povo cultuava Javé, os príncipes do povo judeu, em segredo,
adoravam e sacrificavam a Moloque fora do olhar dos comuns. Esse culto degenerado foi mantido,
à margem da história, oculto nas sinagogas pelo mundo afora, catalogado em manuais cabalísticos
e preservado para a posteridade e acaba sendo praticado até hoje, pelos donos do mundo.

Moloque está presente no Bohemian Grove, na ilha de Jeffrey Epstein e nos rituais sexuais
de Keith Raniere da NXIVM, que incluía pornografia infantil e pedofilia.

Quando vazaram os e-mails confidenciais de Hillary Clinton, há um trecho em que Lewis


Amselem, ex-chefe da OEA, comenta "Com os dedos cruzados, o velho pé de coelho fora da caixa
do sótão, estarei sacrificando uma galinha no quintal para Moloque". Um fato curioso desse trecho
do e-mail, é o termo "galinha", que pode ser um código para "criança". Em inglês galinha significa
“chicken” o que é sonoramente muito próximo de “children”, ou criança, em inglês.

É claro que a Hillary Clinton declarou se tratar de uma brincadeira. Mas é no mínimo
estranho Moloque ser mencionado em tom humorístico entre conversas de oligarcas políticos
envolvidos em polêmicas sobre pedofilia ritual e tráfico sexual. Eu não acredito em coincidências
nesse nível. Madonna também já fez referências a Moloque em shows. Antes da fama, a cantora
era católica, mas depois converteu-se à Cabala judaica.

As elites sempre buscaram se estabelecer no poder por meio de pactos com forças ocultas.
E isso vem de longa data. Sacrifícios a Moloque para receber poder e proteção, fama e fortuna,
existem desde os tempos antigos e não nos custa crer que sigam existindo. Tudo o que temos no
mundo pós-liberal, como teoria queer, adultização infantil, cultura pornográfica e abortismo, estão
conectados a rituais ocultistas da elite global, satanismo e ofertas sacrificiais, especialmente de
124
crianças. O Reino Negro é um ator geopolítico e saber lidar com ele é imprescindível ao soldado
político e ao militante de 3ª Posição.

Assim, ter o olhar treinado para os ataques das entidades, entender esses processos
espirituais, ver com um único olhar quem fez algum tipo de pacto macabro para ganhar fama e
dinheiro... isso FAZ PARTE DO NOSSO CREDO POLÍTICO! Não é muito difícil perceber
que personalidades como Cléo Pires e Anitta estão TOMADAS DE ENCOSTOS. Os efeitos
físicos da possessão, no caso da Cléo Pires já se fazem notar e a sua rápida degeneração física é
impressionante, sugada por entidades especializadas em vampirismo sexual.

E isso se aplica a nós mesmos. Entendermos quando estamos sendo alvos de entidades e
nos proteger, diante de Deus, erguendo uma couraça de fé é fundamental para a nossa militância
política. Os ataques podem vir a qualquer momento. Isso não é motivo para medo. Temos em
nosso favor a Milícia Celestial, as hostes de luz e os anjos de Deus, espíritos puros que descerão
em nosso auxílio e nos livrarão das armadilhas que os espíritos das trevas têm nos preparados.

Dessa forma, se nos sentirmos “fragilizados” quando andando por uma encruzilhada
desértica, e se formos espertos e identificarmos um possível ataque espiritual contra nós e, nesse
momento, invocarmos a proteção do Alto, uma batalha invisível passa a ocorrer ao nosso lado, no
mundo espiritual, sem que a vejamos. Essa batalha ocorre entre os seres trevosos que querem nos
vampirizar, obsediar e destruir e seres angelicais e espíritos de luz que nós invocamos para nos
proteger, e que travam uma feroz batalha pela nossa proteção. Ao invocarmos a ajuda de Deus,
com fé, esses anjos de luz aparecerão para expulsar as entidades escuras que nos estejam
vampirizando para nos enfraquecer e poder entrar nas nossas vidas e na das nossas famílias. As
hostes luminosas do Senhor pelejarão em nosso favor e destruirão os altares e rituais que os
espíritos negros tiverem erguido no mundo espiritual, nas nossas casas, nos nossos trabalhos, nas
nossas vidas... para essa finalidade e os precipitarão, lhes empurrando para os mundos inferiores,
longe do contato com os vivos, o que na tradição cristã chamamos de “infernos”.

O que nos livra do mal é a nossa fé e a oração constante. Esse é o escudo espiritual dos
seres espirituais que lutam em nosso favor. Sem isso não somos militantes de 3ª Posição... não
existe nenhuma possibilidade de haver um militante de 3ª Posição que seja “materialista” e ateu.
Nenhuma. ZERO. Ateus são de direita ou de esquerda.... os militantes de 3ª Posição são
CRENTES em Deus e na sua soberania.

Crer em Deus é a PRINCIPAL atitude revolucionária de nosso tempo. Sem a fé que nos
anima, não somos nada, somos apenas marionetes nas mãos do Reino Negro. O termo com que

125
todo integralista se identifica: “Soldado de Deus” vem, antes de tudo, daí, desse entendimento.
Somos guerreiros metafísicos, ajudando a milícia celestial a vencer a guerra ancestral entre o Reino
Negro e a nossa Pátria do Espírito, tanto nas ruas, punindo fisicamente patifes, degenerados,
antifas, travestis, putas, cafetões, traficantes de estica e usuários de drogas... quanto nas igrejas,
com o terço na mão, invocando a proteção e a unção do Senhor dos Exércitos, para nós, nossos
camaradas e para o nosso país.

Na Bíblia, o Livro de Daniel temos um episódio sensacional. O Profeta Daniel cai em


oração para que o Templo de Deus, que havia sido destruído já há 150 anos antes, seja restaurado.
Durante o processo de oração ele vê forças diabólicas lutando e resistindo, atuando no plano da
matéria para que o Templo não seja reconstruído. O Profeta Daniel segue orando e jejuando
incansavelmente enquanto terríveis batalhas se passam no mundo espiritual. Requisita os poderes
do Alto e é atendido. Uma hoste angelical se despenca em luta contra as potestades e espíritos
persas. Os seus dons de visão, somados à fome e à sede e ao exercício da oração incessante o levam
a um transe intenso e ele pode discernir poderes espirituais se digladiando numa batalha cósmica,
de proporções atômicas.

No processo de oração e jejum em que Daniel se entregou para conseguir a restauração do


Templo do seu povo, ele entra em transe, Deus ergue o véu da matéria e mostra a Daniel as
realidades do mundo invisível – o conflito entre as forças do bem e do mal, ocorrendo ali, do lado
dele. Ao que parece, pelo seu relato, até mesmo o Arcanjo Gabriel se revelou impotente diante da
ação das divindades persas para dar a vitória que Daniel precisa e ver o templo ser levantado.

Na Bíblia, em Daniel 10, encontramos uma explicação quanto ao processo da oração e de


batalha espiritual atuando ao nosso redor. Esse processo não aconteceu só com Daniel, mas
acontece até hoje, toda vez que elevamos nossas orações ao Senhor e clamamos pelos anjos de
Deus para nos livrar das hostes diabólicas que insistem em não nos deixar erguer o “nosso templo”,
de forma análoga ao Profeta Daniel. Todos temos “templos” que temos que erguer nas nossas
vidas. Às vezes é um concurso público, a abertura de um negócio, o fim de um relacionamento
doentio ou a restauração do nosso casamento... e é interesse das forças do mal que nós não
“ergamos” jamais o nosso templo. Lembremos que o diabo é um “ladrão”, que vem para “roubar,
matar e destruir”.

Em Daniel, cap. 10,13, vemos finalmente que: "Mas o espírito-príncipe do reino da Pérsia
me resistiu por vinte e um dias, porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me,
e eu obtive vitória sobre os principados da Pérsia.". Os demônios que estavam atuando e resistindo
não puderam mais lutar e foram desterrados nos infernos. Foram expulsos dos ares, desterrados
126
nas profundezas. Tudo o que estava “bloqueado” se “destrancou”, passou a “fluir” corretamente....
no Mundo Material isso significou que, após isso, o Templo de Deus, que havia ficado 150 anos
destruído, finalmente começa a ser restaurado pelos hebreus.

Temos aí que, mediante a fé do Profeta Daniel, após 21 dias de jejum e oração, o próprio
Arcanjo Miguel, chamado de “um dos primeiros príncipes” se despenca dos céus para ajudá-lo
nessa batalha terrível contra o “espírito-príncipe da Pérsia”, a potestade que era a maioral dos
infernos da Pérsia e dominava todo o mundo antigo. Temos aqui o entendimento breve de que no
mundo dos espíritos as entidades inferiores se dividem em nações ou federações, competindo e
lutando por seus territórios entre si.

Só podemos imaginar que terríveis batalhas não terão se sucedido nos ares, em volta de
Daniel, durante esses 21 dias, entre os anjos de luz e os seres das trevas, para que os espíritos
malignos que não estavam permitindo a restauração do Templo finalmente tivessem sido
derrotados. Daniel pôde ver a guerra ocorrendo em seu redor porque tinha o dom da visão, estava
apto para isso. Era um profeta de Deus, homem santo e firme na fé, mas seguramente foram
terríveis as cenas de guerra e de batalha espiritual que ele terá presenciado e se não fosse sua fé
irrestrita no poder do Alto ele teria sucumbido.

De forma parecida agiu São Cipriano. No Livro de São Cipriano da Capa de Aço, um
diálogo parecido se dá entre São Cipriano, antigo feiticeiro que depois se converteu ao cristianismo
e que na sua biografia nos relata as visões terríveis a que ele teve acesso dos mundos inferiores,
dos terrores que lá imperam e que ele visitou quando esteve em transe. Ficou aterrorizado e
estarrecido, mas não duvidou um só momento do poder do Deus vivo que o amparava. Já vimos
que “Deus é o Deus dos Valentes”. A exemplo de Daniel, que também tinha o dom da visão, se
ele tivesse duvidado, teria sido tragado e destruído pelos demônios. Como vemos na 1ª. Carta de
São Pedro: “Não temam, sede sóbrios e vigiai porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor
rugindo como um leão e buscando a quem tragar”.
Temos aí uma importante lição que é sempre boa de repetir: “Deus é o deus dos valentes”. Se
ficarmos com medo e duvidarmos da fé os encostos e espíritos trevosos que nos cercam sentirão
nosso pavor e estarão autorizados a entrar nas nossas vidas, nos vampirizando e destruindo. Não
temam pois! Sem o nosso medo eles não têm “ponte” para agir, não têm “portais abertos” que os
autorizem a agir nas nossas vidas. Vejam: é por isso que nenhuma aparição começa de forma
“dramática”. Nem nos filmes. Sempre começam com barulhos e pequenos sinais. À medida que o
pânico vai tomando conta dos viventes os fenômenos vão aumentando, ganhando corpo, se
avolumam e prodígios portentosos passam a ser possíveis de acontecer. Nosso medo alimenta os

127
espíritos e miasmas e amplia os poros que existem entre a nossa realidade e a deles, possibilitando
cada vez mais a ação deles no nosso mundo material e os tornando mais e mais passíveis de atuar
nas nossas vidas.

Não temam, portanto!!! Creiam, confiem em Deus, no Seu amor por nós, e no Seu exército
de anjos prontos para combater em nosso favor. Um dos principais malefícios de quem frequenta
centros espíritas ou pratica brincadeiras macabras, como o jogo do copo, tábua ouija ou,
principalmente, goetia, é o risco de ficar demasiadamente impressionado e desenvolver um
“pânico espiritual”, uma forma de paranoia e mania de estar sendo perseguido e observado por
espíritos o tempo todo (quem é medroso nem pense em querer estudar “mistérios”).

Espíritos malignos sentem esse medo espiritual como um tubarão fareja sangue no oceano
e vêm correndo na sua direção, aos milhares, lutando entre si para terem o privilégio de se
alimentar das emoções de pânico e pavor que eles cada vez mais vão tentar produzir para afetar
você e quem mais estiver do seu lado. Vão te enlouquecer de medo e, por fim, vão te conduzir
sutilmente a buscar um terreiro de magia negra para fazer um pacto e onde você será convencido
de que tem que sacrificar aos próprios encostos para se livrar deles e... pronto ! Você estará
escravizado para sempre nas mãos dos encostos, sendo extorquido por eles, precisando sacrificar
cada vez mais e mais matéria aos seres trevosos para que eles o deixem em paz (são as
“obrigações”), do contrário eles nunca mais o abandonarão.

Já tive testemunho pessoal de gente que frequentava sessões de magia negra e se associava
a entidades tenebrosas e que, depois de um tempo, sofria pesadamente caso não seguisse uma
rotina de sacrifícios aos espíritos. Não apenas eram vítimas de síndrome do pânico, insônias e
alucinações as mais severas, mas também acidentes e até eram vítimas de surras inexplicáveis.
Isso é a mais absoluta verdade!

Uma secretária que meu pai tinha, que trabalhou muitos anos com ele e que se converteu
ao evangelho, me relatou que uma cicatriz que ela tinha no quadril foi fruto de uma surra que ela
levou dos encostos que chegou a lhe partir um osso, precisando de intervenção cirúrgica, quando
ela parou de sacrificar a eles e iniciou o seu processo de conversão em uma igreja evangélica. Ela
chegou a desistir por três vezes, mas a Graça de Deus opera milagres e ela seguiu adiante com seu
processo de conversão..., mas não sem sofrimento. A resposta dos bruxos que ela frequentava a
respeito disso era sempre a mesma “se você não tá em dia com as suas ‘obrigações’ isso acontece”.

Se você está se sentindo obsediado, se você vê os sinais de infestação diabólica na sua


vida e quer ser liberto, procure uma igreja. Essa é a minha melhor recomendação.

128
(Em favor da verdade, no entanto, eu tenho que dizer que já conheci algumas ordens
espiritualistas de linha “branca” que se propunham a encerrar a obsessão espiritual atribuída a
encostos se utilizando de “magia branca”, ou seja, SEM O RECURSO A SACRIFÍCIOS ou
oferendas. Os adeptos me relataram uma multidão de casos em que os espíritos foram expulsos
das vidas destas pessoas com uma melhora expressiva na sua vida e na da sua família. Eu mesmo
conheci um rapaz, que é policial militar e militante de 3ª Posição, integralista do Rio de Janeiro,
que me relatou uma radical mudança na sua vida, com o abandono dos vícios e a restauração do
casamento, após frequentar as sessões de libertação da Ramatis. Segundo os ministros desse culto,
ele estava sendo obsidiado por um espírito impuro e que provocava nele o vício por prostíbulos o
que quase acabou com o seu casamento).

129
31. ADORAÇÃO DIABÓLICA, VASSALAGEM DEMONÍACA E
POSSESSÃO POR ALMAS DANADAS

É importante ressalvar algumas hipóteses demonológicas aqui. Segundo o manual


medieval Libelus Merlini, esses demônios não só mentem, se aliam e se traem, mas também
prestam culto, adoração e vassalagens entre si. Entidades menores, mais fracas, erguem no mundo
espiritual, altares e rituais em favor de outras entidades mais poderosas, rezam para elas e pedem
os seus favores. Segundo esse manual demonológico essas entidades menores “adoram” as
entidades mais poderosas e até “trabalham” servindo as maiores. Eles se cultuam entre si e, caso
não façam, podem ser oprimidos por entidades mais poderosas e a quem deviam render cultos e
homenagens. Por esse relato, existe no mundo dos espíritos negros toda uma estrutura de hierarquia
e vassalagem espiritual. São religiões negras, cultos, ritos e adorações que só os diabos conhecem
e se dão entre si. Um “rende homenagem” ao outro, ao mais poderoso. A revolta de lúcifer contra
Deus, seu Superior, é um símbolo dessa realidade espiritual que se passa nos infernos.

Entendemos com isso que toda a energia do mundo material que essas entidades menores
conseguirem sugar, uma parte tem que ser transferida para a entidade que os “apadrinha” e chefia,
e esta para quem estiver acima de si sucessivamente num sistema de suserania e vassalagem dos
infernos, um funil energético, que culmina com uma cúpula diabólica indo até um “rei dos
demônios”. Assim entidades trevosas também ergueriam altares negros no mundo espiritual em
favor de espíritos mais poderosos com essa principal finalidade.

Vimos no livro de memórias do Padre Gabrielle Amorth o famoso e macabro caso de uma
possessa que abrigava um espírito poderosíssimo. Ele disse que sua posição era de liderança na
Itália e que há muitos anos ele já não possuía mais o corpo de ninguém, sendo nesse caso exceção
por conta de um acordo, a mando de um feiticeiro. Não pude deixar de me lembrar que, de forma
semelhante, na umbanda brasileira, segundo o que me disse um entendido, os orixás não “descem”
não incorporam, por serem “muito poderosos”. Quem desce para incorporar e instruir os adeptos
são os guias e outros tipos de espíritos intermediários. Assim esse demônio, apesar de poderoso,
concordou em incorporar na coitada, já que ele estava ali obedecendo a um feitiço contratado e
por isso ele insistia em dizer que não sairia do corpo da possessa. O padre nos conta que quem fica
intimidado com esse tipo de discurso não consegue mais expulsar nenhum espírito maligno.

O Padre Gabrielle Amorth, em acordo com as teorias deste livro, explica que se alguém
ficar com medo ou intimidado com o espírito imundo, ou com o que ele disser, não só não

130
conseguirá expulsá-lo, como poderá ser até contaminado por outros espíritos que estejam na sua
companhia.

Esse espírito, de nome Zaigo, ainda estava na companhia de alguns outros, entre os quais
um que se disse uma alma de um argelino que havia matado 3 padres degolados, ainda no século
19, e que tinha sido “salvo” por Zaigo do sofrimento em que estava, nos mundos inferiores. Ele
disse ainda que quando ele morreu o único “deus” que ele encontrou no mundo espiritual foi Zaigo.
Isso nos dá a dimensão do nível de adoração que ocorre nos mundos inferiores entre as entidades
macabras. Essa alma danada foi umas das que “possuiu” o corpo da infeliz senhora.

Assim entidades menores efetivamente adoram as maiores nos mundos inferiores, “pagam
por proteção” no mundo espiritual aos espíritos hierarquicamente superiores. Da mesma forma que
Lúcifer quis ser adorado, é intenção dos demônios que sejam também adorados entre si. Se não
pagarem esse tributo moral, esse pedágio mafioso nos submundos espirituais, se não renderem
essa homenagem, se não adorarem seus superiores, que são sempre movidos pela inveja e
competição, eles acabam sendo esmagados pelas entidades mais poderosas, escravizados, expulsos
dos “ares”, impedidos de coexistir no mundo dos vivos, desterrados nos subúrbios infernais e
aprisionados em masmorras terríveis preparadas para aqueles que são os revoltosos, da mesma
forma que ocorreu com Lúcifer.

Pode-se especular que esses espíritos menores recolhem as energias de que necessitam,
retirada do mundo material, sugando-a de encruzilhadas e casas mal assombradas, cachoeiras e
bosques sinistros, e dos terreiros de magia negra que lhes prestem culto e lhes ofereçam sacrifícios,
por exemplo. Se eles não repassarem o “percentual” devido às entidades que estão acima deles,
eles podem ser severamente punidos e perderem o acesso a esses terreiros, ou serem impedidos
por entidades mais fortes que os chutarão para os patamares mais baixos dos mundos infernais os
retirando da convivência dos vivos, sendo expulsos “dos ares”.

Estamos assumindo aqui, e respeitando a terminologia adotada por esse livro, que a matéria
convertida em energia nos ritos de magia negra e absorvida por esses seres no mundo espiritual é
repassada a entidades mais fortes, hierarquicamente superiores. Um espírito errante não teria
liberdade para trabalhar em uma casa, por exemplo, extorquindo os vivos que ali estejam, se não
tivesse a proteção de um outro espírito líder a quem ele deve pagar um pedágio da energia que
conseguiu subtrair. E este a um outro... e assim sucessivamente.

Uma breve e simbólica referência a esse senso comum religioso na cultura pop pode ser
visto no filme “Ghost”, na célebre cena do “sai do meu trem” em que o “espírito do vagão”,

131
interpretado pelo sensacional Vincent Schiavelli briga com o recém falecido fantasma do Patrick
Swayze pelo monopólio espiritual do vagão de metrô onde ele morava e onde era a “potestade”
que obsidiava os vivos que frequentavam o local.

Assim, entidades que não repassem “para cima” as energias coletadas, ou que não paguem
esse pedágio de proteção “adorando” aos líderes das falanges espirituais a que eles pertencem,
podem perder sofrer pesadas sanções das entidades mais poderosas, como, talvez, perder o acesso
aos seus terreiros, que seriam dados a outros espíritos mais “honestos” ou mais leais, que tomariam
o seu lugar no recebimento das energias que são ali retiradas do mundo material e enviadas ao
mundo dos espíritos.

O ambiente nos infernos é de profunda rivalidade e competição e os demônios


frequentemente se odeiam mais entre si do que a nós, seres humanos e não raro, a exemplo de
lúcifer, se metem em guerras para submeter os seus rivais e pelo monopólio da adoração dos vivos
e do acesso às suas energias.

132
32. GUERRAS NO MUNDO ESPIRITUAL

Esses espíritos malignos que foram derrotados e submetidos nas guerras dos mundos
inferiores pelo monopólio de exploração da adoração dos vivos (ou, como tipificamos aqui, da
exploração da energia enviada do mundo material para o mundo espiritual) acabam sendo enviados
para zonas ermas do mundo espiritual, os “infernos”, aprisionados em masmorras espirituais... etc.
Mesmo os espíritos trevosos mais “honestos”, mas que não conseguem “apresentar resultado”, os
que não são tão bem sucedidos em encontrar vivos para lhes vampirizar a energia, mesmos estes
que até “pagam seu pedágio”, ou rendem homenagens às entidades mais poderosas que eles da
forma que tiver sido “combinada”, mas que não são bons o suficiente para conseguirem convencer
muitos os vivos a lhe prestarem sacrifícios e a lhes mandar as energias de que precisam para
sobreviver nos mundos inferiores, mesmos esses são punidos por seus superiores hierárquicos.

Demônios não podem ser preguiçosos na hora de encontrar seguidores e lhes tomar os
sacrifícios e lhes beber as energias que só os vivos produzem. As energias que absorvem dos vivos,
ou, a quantidade de sofrimento que conseguem causar e de vidas destruídas que eles logram
conseguir, é a sua “fortuna”, o seu dinheiro e o seu “tesouro” no mundo dos espíritos Eles guardam
essas energias em “bancos” espirituais. Um espírito que conseguiu destruir uma vila medieval com
uma praga ou doença, ou ainda em uma guerra, é um manda chuva, por exemplo, tendo moral nos
infernos. Um espírito “rico” nos submundos negros.

Eles são mais “ricos” e “bem sucedidos” na medida em que conseguem fazer “mais mal”,
ou sugar mais energia, conforme a terminologia aqui adotada. Esses são os espíritos milionários.
Já quem não apresenta resultado é um mendigo no mundo dos espíritos. É por isso que eles têm
que se empenhar poderosamente em sempre perseguir seres humanos a fim de lhes tomar as
energias produzidas e apresentar “resultado” aos seus superiores. Eu particularmente acho que o
nosso regime de competição capitalista é uma reverberação desse comportamento diabólico que
acaba sendo sentido aqui no mundo material.

A literatura demonológica nos apresenta relatos de muitas guerras entre diferentes hordas
diabólicas nos mundos infernais para ter acesso privilegiado aos sacrifícios dos vivos ou, na
terminologia deste livro, às energias que os vivos lhes tinham que remeter através dos rituais.
Lutavam no mundo espiritual para tomar o lugar dos seus pares na chefia dos templos e seitas que
lhes prestava culto. As guerras ocorriam no mundo espiritual e o templo era tomado por uma
falange espiritual rival, diferente daquela falange que a inaugurou. Clãs tenebrosos de espíritos
rivais, raças de demônios diferentes, guerreavam pesadamente entre si para serem os “adorados”

133
pelos vivos e receber deles os cultos de adoração e sacrifício. Os perdedores eram enxotados. Os
bruxos ou sacerdotes responsáveis pelo culto, sem saber que estavam prestando culto a uma outra
entidade, seguiam oferecendo os sacrifícios combinados.

É de se supor que nos mundos inferiores esses espíritos trevosos, desesperados por um naco
de luz a que só os vivos têm acesso, mintam e se traiam, roubem adeptos uns dos outros, tentem
batalhar pela tomada dos terreiros dos espíritos rivais, troquem de equipes, saindo da proteção de
um demônio chefe para a de outro. Assim, para seres das esferas inferiores que vivem nas trevas
e precisam ter acesso à luz que só conseguem ter através dos sacrifícios que os vivos lhe oferecem,
é comum que “vendam seus passes” para o demônio-padrinho que oferecer mais... etc. Todas as
possibilidades de traição mafiosa e alianças macabras que vemos no mundo dos vivos na disputa
comercial por territórios e mercados são um reflexo da guerra que acontece para usufruir com
privilégio de exploração das energias dos viventes e que se passa nos mundos espirituais inferiores.
Zero ética. Se Lúcifer traiu a Deus, é de se esperar que seja essa a ética dos seus aliados mais
próximos.

Por essa lógica, tudo o que um espírito do “baixo clero” precisa é de um terreiro de magia
negra para lhe oferecer sacrifícios. Se ele e as suas falanges precisarem entrar em guerra para tomar
esse terreiro de um outro espírito trevoso ele o fará sem hesitar, traindo, mentindo, se associando
a outras falanges diabólicas mais fortes, subornando espíritos hierarquicamente superiores nas
esferas infernais para lhe ajudar nessa guerra, traindo a sua própria falange se preciso for. Todo o
tipo de comportamento humano inescrupuloso de um homem de negócios capitalista ou de um
traficante de drogas é um espelho, uma reverberação do comportamento que os espíritos das trevas
praticam no trato com os seus rivais nos mundos inferiores.

Temos assim um verdadeiro “capitalismo dos infernos” onde acontece uma competição
acirrada pelo mercado da exploração de viventes que lhes façam os sacrifícios de adoração de que
tanto precisam pra se manter nos mundos espirituais.

Quando a Tradição Cristã fala do episódio da Revolta Luciferina e da Guerra no Céu,


e do perfil invejoso de Lúcifer que tentou trair Deus para ser adorado em Seu lugar, pode estar
fazendo referência simbólica ao perfil dos seres trevosos em geral, que são invejosos uns dos
outros e sempre que podem tentam tomar, mediante violência, as posições de privilégio dos seus
superiores nos infernos e baixos mundos.

Esses episódios de guerras espirituais, entre deuses, titãs, gênios, demônios, gigantes, etc...
se encontram em praticamente todas as tradições religiosas e podem ser lidos da forma como

134
estamos descrevendo aqui. Possivelmente essas guerras se travaram nos mundos inferiores e foram
comunicadas aos viventes na forma de uma mitologia, talvez, e passada pelos sacerdotes desses
cultos e que têm contato direto com as entidades de que tratamos aqui.

Na pré-história e Idade Antiga, as lutas entre os povos e as nações culminavam com a


destruição do templo do povo rival e entronização do deus da nação vencedora, que passava a
receber os sacrifícios ali. Não é preciso ser muito inteligente para entender que esses povos
estavam sendo usados por entidades rivais no mundo espiritual. As guerras entres esses povos
eram frequentemente fomentadas no Mundo Espiritual, por falanges e panteões espirituais rivais.
Frequentemente essas entidades podiam até fazer uma trégua e se associar. Nesse caso se uniriam
e passariam a fazer parte de um mesmo panteão. Temos vários exemplos históricos de povos que
entraram em guerra, em nome de seus deuses nacionais, e que, ao final, acabaram selando a paz.
Usualmente havia um casamento entre os filhos das estirpes principais de cada povo e os deuses
do povo rival passavam a receber sacrifícios no templo do antigo inimigo. Ao fim do processo os
panteões eram fundidos em uma mesma mitologia.

135
33. A GUERRA DOS DEUSES E OS LOMBARDOS

O episódio da “Guerra dos Deuses” do panteão nórdico, onde dois panteões rivais lutam
pelo privilégio de adoração dos vivos (no caso o motivo mitológico alegado foi o rapto da deusa
Freia, princesa da beleza e agricultura, por Thor, deus nórdico da guerra) retrata precisamente esse
processo. Os deuses nórdicos do tipo “Vanir” eram deuses da fertilidade e agricultura e seus rivais
eram os deuses do tipo “Aesir”, deuses do roubo, pilhagem e da guerra. No início não faziam parte
de um mesmo panteão e eram adorados por povos diferentes.

Os bárbaros lombardos, eram inicialmente um povo sedentário, adoradores dos deuses do


panteão Vanir, que continham essas divindades da agricultura e fertilidade, dos quais a deusa Freia
era uma das principais. Isso retratava a sua índole de povo pacífico, dedicado ao comércio e a
agricultura. Debaixo da proteção da deusa Freia e dos demais deuses Vanir, eles ficaram tão ricos
e prósperos, cultivando a terra e o comércio, que despertaram a inveja das nações ao redor,
empobrecidas e famintas. Cerca de menos de 3 invernos rigorosos depois, as nações vizinhas,
espremidas pela fome, foram forçadas a saquear o povo lombardo atrás de mantimentos e escravos,
o que faziam sem dó.

Os ricos e pacíficos lombardos, sem experiência no cultivo de habilidades guerreiras,


passaram então a ser continuamente assediados, taxados, saqueados em guerras sem fim,
escravizados por tribos guerreiras e tiveram as suas esposas e filhas raptadas (do qual o rapto da
deusa da beleza e da agricultura Freia, pelo guerreiro Thor, é um traço simbólico).

Os lombardos, desesperados e sem saber o que fazer, seguiram em consulta aos oráculos e
sacerdotes do seu culto Vanir, pedindo ajuda a seus deuses da fertilidade contra os inimigos
estrangeiros mas, ao invés disso, quem lhes aparece é o deus Odin, que lhes disse que se “pulassem
a cerca”, deixando de adorar os deuses Vanir e passassem a adorar os deuses do panteão Aesir, clã
de deuses guerreiros, do qual Odin era a divindade máxima, eles seriam bem sucedidos nas suas
guerras de libertação contra as nações rivais.

Após alguns debates internos eles aceitaram abandonar a adoração dos seus antigos deuses
da fertilidade, destruíram seus altares e, seguindo os comandos da nova divindade, deixaram então
as suas barbas crescerem (em referência a “longa barba” de Odin) se dedicando à guerra contra as
nações opressoras. Foram tão bem sucedidos debaixo do patrocínio da nova entidade e do novo
panteão que, de povo pacífico e agrário, se tornaram um povo guerreiro e cruel, nômades que já
não mais se fixavam em terra nenhuma e vieram conquistando e destruindo tudo que tocaram,
desde a Escandinávia até a Península Itálica. Até mudaram o nome com que se identificavam
136
anteriormente, eram o povo “vinilos” (“dos que cultivam uva” ou “os que fazem vinho”) para
“longbeard”, ou seja, “barbas longas”, em referência à barba longa de Odin, que passaram a cultuar
como divindade principal, abandonando completamente o culto dos deuses Vanir. Sem os deuses
Vanir nunca mais puderam construir ou cultivar nada, se tornando piratas e mercenários. De
“longbeard” vem o termo “lombardos” latinizado e italianizado. A região que viria a se chamar
Lombardia, na Itália, foi assim batizada em sua homenagem.

A mesma dicotomia entre uma sociedade agrária e outra guerreira, que está na origem do
povo lombardo, nós veremos no símbolo do embate entre Abel e Caim. Abel é a figura do
guerreiro, do caçador e coletor, amado pela divindade e retribuindo esse amor ofertando a carne
como holocausto. Essa carne oferecida (e aceita por Deus) já é um símbolo do sacrifício futuro de
Jesus Cristo. Caim, o invejoso e malquisto de Deus, representa a figura da nova sociedade agrária
e sedentária, invejosa do guerreiro, que abole a organização social anterior que era baseada na caça
e guerra e de quem Abel era símbolo. A sociedade agropastoril, representada pelo assassinato de
Abel por seu irmão Caim, sai vitoriosa do embate histórico, com o nomadismo guerreiro sendo
derrotado pelo sedentarismo agricultor... no entanto, a sociedade sedentária e agrária (Caim),
sempre manteve inveja do guerreiro-coletor (Abel) que era o verdadeiramente virtuoso (e preferido
de Deus). Temos claramente que as virtudes guerreiras e aristocráticas são preferíveis à ética
burguesa e sedentária e eu sempre digo que se Deus nos quisesse vegetarianos Ele teria aceito o
sacrifício de Caim ao invés do de Abel.

Na mitologia nórdica, a guerra entres essas duas famílias de deuses rivais, duas mitologias
inicialmente distintas, terminou em trégua no mundo espiritual, e eles passaram a se associar, se
sincretizando, concordando em pertencer a um mesmo panteão e a dividir os sacrifícios dos
viventes, no final (segundo o acordo “metade das almas” dos guerreiros ia para o Valhalla e a outra
metade para o Volkfangr, o palácio espiritual dos deuses Vanir, ou seja, metade da energia dos
sacrifícios ia para uma família de demônios e a outra metade para a família rival). Essas disputas
entre entidades rivais pelo monopólio da exploração da adoração dos viventes e da exclusividade
dos seus sacrifícios (que estamos chamando aqui de “energias”), é comum em todas as mitologias
e é vista em quase todo o mundo antigo.

Lembremos que era comum que mitologias antigas cultivassem a ascese guerreira, com
promessas de que os combatentes (que se firmassem em um rito mágico, normalmente
representado por um amuleto) que acabassem mortos no campo de batalha, receberiam uma
recompensa no mundo espiritual. No caso da mitologia nórdica era a ida para o Valhala.

137
Não tenho dúvida de que, em boa parte das vezes, se tratava de um rito religioso orientado
pelos espíritos malignos. Cada soldado fazia um trato com uma entidade macabra e se oferecia a
si mesmo em sacrifício, achando que o seu sangue que seria derramado em combate seria usado
para adorar um deus, mas na verdade o seu sangue derramado em combate era recebido como um
sacrifício de sangue a essa entidade maligna, que recebia no mundo espiritual as energias
dispensadas com a morte ritual dos guerreiros no campo de batalha. A guerra era, portanto, um
ritual religioso.

Quando essas mitologias diziam que iriam “receber as almas” dos guerreiros caídos, isso
deve ser lido como “receber as energias” do sacrifício religioso que esses guerreiros faziam, sem
saber, a essas entidades macabras.

Cada campo de batalha (Campo de Marte) era oferecido aos deuses e se tornava um campo
de batalha também no mundo espiritual, com entidades príncipes de cada nação se digladiando
para serem as recebedoras das energias liberadas pelos sacrifícios dos guerreiros caídos, ou as suas
almas, na linguagem mitológica. Cada guerra era, portanto, um auto de fé, um sacramental
religioso. As batalhas que se desenvolviam no mundo espiritual também influenciavam o mundo
material, com o poder das entidades determinando a vitória dos seus exércitos (é de se duvidar que
esses guerreiros tenham recebido qualquer recompensa pelo seu sacrifício no mundo espiritual
mas, do contrário, foram aprisionados em todo o sangue que derramaram em serviço dos espíritos
e seguiram escravizados no mundo espiritual pelos seus mestres espirituais). Sim, infelizmente é
de se supor que os nobres guerreiros nórdicos acabaram escravos no mundo espiritual, oprimidos
pelas entidades que eles serviam, após se derramarem em sacrifício nos campos de batalha.... e
não há um só relato de um único príncipe guerreiro que tenha “voltado” depois de morrer em
guerra e se comunicado com os oráculos confirmando a hipótese.

Até hoje causa espanto que a conversão dos povos nórdicos ao cristianismo, especialmente
o povo lombardo, gente belicosa e orgulhosa, tenha sido rápida e sem muita resistência. Era uma
percepção natural deles que as divindades que eles julgavam estar adorando na verdade os estavam
escravizando para receber deles sacrifícios e que não eram deuses, mas demônios interessados em
beber o sangue dos humanos... seu pavor, sua dor, suas misérias e tragédias... sugar as suas
“energias”.

O caso dos lombardos é típico. Depois de rapidamente dominarem toda a Península Itálica,
ao invés de paganizarem os latinos, foram eles que acabaram rapidamente se convertendo ao
cristianismo. É um caso MUITO estranho o de um povo que foi militarmente vitorioso acabar se

138
convertendo à religião do povo conquistado. Mais uma vez os efeitos que nós observamos no Plano
Físico é um reflexo dos embates invisíveis que nós não acessamos no Plano Espiritual.

O fato é que no embate espiritual entre Jesus Cristo e Odin, Odin perdeu e foi
completamente desterrado. Completamente. É de se imaginar as batalhas espirituais entre os
demônios que usavam o nome de Odin para receber os sacrifícios dos Lombardos, e os anjos do
Senhor, ao fim do que, acabaram todos infalivelmente derrotados e desterrados nos calabouços
infernais, longe do convívio dos vivos, fora “dos ares”. Assim, sua presença nunca mais foi
“sentida” pelos viventes, os oráculos lombardos se calaram e os deuses desapareceram totalmente
da vida prática, do discurso político, folclórico, mitológico, apontando a sua irrelevância na vida
cotidiana como reflexo da sua anulação espiritual depois do contato que esses povos tiveram com
a Igreja de Jesus Cristo e da Milícia Celestial que a sustenta e que por ela luta.

Como vimos pelo Princípio das Duas Naturezas, o Mundo Espiritual e o Mundo Material
estão amarrados um ao outro. Os lombardos abandonaram o odinismo e se converteram no plano
da matéria ao cristianismo porque os seus antigos deuses foram antes combatidos e anulados no
plano espiritual, expulsos dos ares e desterrados nos infernos pelos anjos e espíritos de luz que
cerram fileiras junto de Deus e que na Igreja Católica recebe o nome de “Milícia Celestial” cujo
general é o Arcanjo São Miguel. A rápida conversão dos lombardos é só um reflexo da derrota que
os seus deuses ancestrais haviam sofrido no Mundo Espiritual, sua anulação, expulsão, desterro
no infernos, longe do convívio dos viventes, com a consequência da sua total irrelevância espiritual
sendo incapazes de atuar no plano material. Não puderam fazer frente à hostes luminosas do
Senhor e POR ISSO os povos que estavam sob o seu patrocínio, não mais os “percebendo” ao seu
redor, abandonaram o seu culto e se converteram à Jesus Cristo e ao novo evangelho que se
anunciava, mesmo que tenham sido eles os vitoriosos militarmente.

Guerra espiritual não é meramente força de expressão. Entidades podem se aliar, se mentir
e trair, somente para que consigam mais sacrifícios materiais dos viventes. Quanto mais pesado o
rito, mais energia ele libera para a entidade, quanto mais gente morta, mais sangue derramado,
mais poderosa se torna a entidade que patrocina esse ritual. A luta nos infernos, nos mundos
espirituais, pelo monopólio da exploração dos sacrifícios dos vivos é um símbolo que promove
um eco que reverbera na forma das lutas que potência imperialistas e companhias mercantis travam
em função de mercados coloniais e da exploração de mão de obra barata, ao redor do mundo, no
mundo material.

139
34. SEDE POR SACRIFÍCIOS

Querer sacrifícios é fato comum em todos os tempos e lugares ao redor do mundo. Pedir
sacrifícios e inventar desculpas folclóricas e mitologias para conseguir dos vivos esses sacrifícios
é o principal trabalho dos espíritos trevosos e ser bem sucedido nisso é o que lhes garante poder
no mundo espiritual. Os espíritos que se revelavam sob o nome de Odin ou Thor e pediam aos
povos sacrifícios humanos, depois de terem sido destruídos e terem o seu culto anulado, terem sido
expulsos dos ares e lançados nos infernos, podem no futuro, de alguma forma, escapar das suas
algemas espirituais que os prendem aos submundos e conseguir retornar ao convívio dos vivos sob
um novo disfarce mitológico, uma outra desculpa cultural para convencer os viventes a lhes seguir
dando os sacrifícios de que tanto precisam. No fim das contas, receber as energias dos viventes,
na forma dos sacrifícios materiais é o que importa a esses seres, não importa que desculpa ou
personagem eles usem.

A respeito disso o excelente livro de Crônicas Medievais, que foi compilado pelo Hermann
Hesse, numa de suas crônicas, fala de um ex-feiticeiro, que após muitos anos praticando o mal, se
converteu e se tornou monge na Alemanha Medieval. Após muitos anos como religioso piedoso
esse monge, já velho e no fim da vida, acabou sendo visitado pelo seu antigo demônio parceiro,
no seu claustro. Esse demônio, a quem o agora monge sacrificava para obter favores no mundo
material, se apresenta chorando e lhe pedia encarecidamente que ele lhe fizesse apenas mais uns
dois ou três sacrifícios já que a situação dele nos mundos inferiores estava muito ruim, não tendo
mais ninguém que concordasse em sacrificar em seu favor, já que todos os bruxos de então estavam
com medo da fogueira.

O diálogo é hilário e no final o demônio acaba convencendo o religioso a fazer os três


sacrifícios, não oferecendo nada em troca, o que o religioso não aceitaria, mas apenas apelando
para a sua “caridade cristã”, com um “favor” a um antigo “amigo”. Ao fim do terceiro e último
sacrifico o monge é descoberto pelas autoridades religiosas e queimado como feiticeiro. A lição é
clara: não existe diálogo ou composição entre a Pátria do Espírito e o Reino Negro. Além disso se
verifica que o que move os espíritos impuros é a sede por sacrifícios MATERIAIS.

O mesmo erro não cometeu São Cipriano. No Livro de São Cipriano da Capa de Aço, um
diálogo parecido se dá entre São Cipriano, antigo feiticeiro que depois se converteu ao
cristianismo, e o demônio com quem ele “trabalhava” antes da sua conversão. Segundo dá a
entender o diálogo entre os dois, esse demônio seria um espírito “milionário”, detentor de grande
poder no mundo espiritual por causa dos inúmeros sacrifícios (humanos, inclusive) que São

140
Cipriano lhe tinha oferecido quando ainda era bruxo. Esse demônio confessa textualmente que seu
sucesso nos mundos inferiores e a sua capacidade de atuar no mundo material é consequência
DIRETA dos sacrifícios que Cipriano lhe oferecia antes de ter se convertido.

Esse demônio se mostrava revoltado com o fim da parceria entre os dois pois que ninguém
poderia oferecer a esse demônio a quantidade e a qualidade (!) de sacrifícios que São Cipriano lhe
oferecia. Ao que parece, se os ritos não forem feitos de forma adequada e com a devida
‘consciência mental’, algo das energias enviadas aos mundos inferiores se perde. Cipriano era um
mestre inigualável na hora de fazer esses rituais.

O diálogo segue e o demônio ainda tenta “subornar” São Cipriano dizendo que, com o
poder que tem, ele poderia levantar reinos e arrasar impérios, e qualquer coisa que Cipriano
quisesse lhe seria dada desde que ele voltasse a lhe oferecer os sacrifícios. O demônio parceiro de
Cipriano estava sedento por mais sacrifícios como vampiros seguem sedentos por sangue. Não
posso deixar de citar novamente que boa parte do sucesso do mito do vampiro no mundo moderno
se deve a ele ser uma metáfora perfeita do comportamento dos seres trevosos que se alimentam da
nossa energia vital e que isso é percebido por nós, ainda que de forma inconsciente, e todo o
sucesso desse personagem na cultura popular vem da nossa identificação íntima com esse
fenômeno.

O demônio que fora antigamente o aliado de Cipriano, antes da sua conversão, se mostra
agora desesperado pelo fim dos sacrifícios, urra e grita, ameaça Cipriano, que segue inabalado na
sua determinação de cristão e não pode ser tocado pelas artimanhas do demônio pois estava
protegido pelo Poder do nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. O demônio lhe leva em vida ao
mundo espiritual e lhe mostra visões dos seus domínios, cenas terríveis que Cipriano assiste
aterrorizado. Mostra a Cipriano, as pessoas que ele influencia, e as multidões que ele escraviza
com o poder que ele tem conseguido pelos sacrifícios que Cipriano oferecia a ele, tudo sem
sucesso. Cipriano é inamovível em sua fé e diz que se tivesse duvidado por um segundo apenas...
teria sido tragado pelo mal.

Depois o demônio segue tentando convencê-lo, apelando a ardis mais sutis, diz até que o
ama (!), que era seu amigo, que, de todos, de incontáveis eras, Cipriano foi o seu “preferido”. Diz
para Cipriano para que este não se preocupasse pela salvação da sua alma, já que ele já tinha
preparado um local específico para Cipriano ir “morar” quando Cipriano morresse e que esse
demônio não deixaria ninguém tocar na alma de Cipriano, ele viveria bem e de forma confortável
em palácios nos mundos inferiores, sendo servido por legiões, palácio que seria construído pelo
demônio para Cipriano com o poder (as energias) que lhe foram dadas pelos mesmos sacrifícios
141
que São Cipriano lhe tinha oferecido. O demônio diz ainda a São Cipriano que “estudariam” e
desenvolveriam juntos ritos e, com o que Cipriano sabia sobre ocultismo e magia, eles
escravizariam os viventes para sempre, tomando deles sacrifícios, e reinando em sociedade nos
mundos inferiores, até o Dia do Juízo.

O demônio aqui praticamente ofereceu um tipo de “sociedade” a Cipriano nas energias


vindas dos sacrifícios e uma espécie de “salvação” da alma a Cipriano, um lugar de poder e de
destaque a ele no mundo dos infernos, depois que Cipriano morresse. Esse é um fato bastante
significativo e muito diferente das possessões triviais a que a gente tem acesso, usualmente
perpetradas por espíritos malignos de baixa patente e que, em tese, não teriam capacidade de
garantir a segurança de ninguém no mundo espiritual, depois de morto.

Nesse livro “Crônicas Medievais”, há ainda a interessante história de um nobre alemão da


idade média que busca a ajuda de um bruxo para saber o paradeiro e o estado da alma de seu pai,
recém falecido. O bruxo invoca a ajuda de um demônio “amigo”, segundo ele um espírito impuro,
mas “honesto” e que sempre “cumpre a palavra”. Após os sacrifícios de sangue pedidos, o demônio
é invocado e desce aos infernos com a missão de encontrar a alma do pai do nobre e trazer ele para
ver o filho no mundo dos viventes. O jovem teria o “tempo do sangue que foi oferecido como
sacrifício, coagular” para se comunicar com o pai. Assim que o sangue derramado em sacrifício
estivesse totalmente coagulado, o espírito do pai deveria retornar aos submundos. O portal era
aberto dentro de um jarro encantado, preparado para ser a ligação entre os infernos e o mundo dos
viventes.

O demônio evocado acha a alma do pai do rapaz e o espírito do pai falecido, sai do “jarro”,
imundo, fedendo, mas fica muito feliz em receber essa visita e em ser retirado ainda que
brevemente de seus tormentos nos mundos inferiores. Ele pergunta ao filho como vão as coisas no
mundo material, pergunta pela família e diz ao filho que sua situação não é nada boa, que está
preso em um “poço”, nos mundos infernais, sofrendo muito. O jovem então lhe pergunta se há
algo que ele possa fazer NO MUNDO DOS VIVOS para amenizar a situação terrível em que o pai
se encontra.

O espírito do pai falecido lhe recomenda devolver as terras de um pobre camponês que foi
morto por ele e cujas terras ele tomou da sua viúva. O sangue termina de coagular e a seguir o
espírito do pai tem que abandonar os mundo material entrar no jarro e retornar ao seu local de
origem, nos infernos, e se despede do filho chorando muito e reiterando ao rapaz que devolva as
terras que ele tomou do camponês e que só isso lhe amenizaria algo do sofrimento em que estaria
metido no mundo dos infernos. Aqui temos a hipótese de que acontecimentos no mundo material
142
influenciam o mundo espiritual sendo exemplificadas, ou, novamente, o Princípio das Duas
Naturezas.

Ao perceber que o filho está desconsolado por ter que devolver estas terras (que, ao que
parece, eram valiosas) o demônio vê nisso uma oportunidade de “negócio” e oferece a ele uma
barganha. Se o jovem nobre lhe fizesse o sacrifício de um touro em cada solstício, o demônio
tiraria a alma do pai dele do poço onde ele se encontrava nos infernos e o colocaria em um lugar
mais confortável, junto dos “meus filhos”, como teria dito o demônio “amigo” do bruxo.

O rapaz ainda duvida, mas o bruxo que invocou esse demônio confirma ao rapaz que ele é
um demônio de “palavra” e que ele sempre cumpre os tratos que faz. Após breves questionamentos
interiores o jovem nobre evidentemente se deixa seduzir e prefere fazer o sacrifício dos touros ao
demônio que lhe prometeu cuidar da alma do pai nos infernos, do que devolver as terras para a
viúva, o que lhe sairia muito mais caro.

Ainda que tenhamos em mente que as histórias desse livro de crônicas (provavelmente) são
fictícias, essas histórias medievais estão cheias da religiosidade cotidiana do medievo e podemos
ter em boa conta como era a espiritualidade popular das pessoas de então, especialmente no trato
com bruxas, espíritos, fantasmas e demônios. Assim, esse exemplo do jovem medieval é bem
interessante e nos abre um leque de investigação de inúmeras possibilidades demonológicas.

Na década de 90, havia um pensador dissidente no Brasil chamado Armindo Abreu, já


falecido, homem riquíssimo, economista, de um nível cultural elevadíssimo, nacionalista de 3ª
Posição, autor de vários livros e pesquisas interessantes entre os quais o “Poder Secreto”, que foi
muito lido e emprestado em meios dissidentes na virada dos 2000. Era pessoa muito popular em
determinados círculos e que lotava palestras em todo o Brasil naquela época. Se meteu em
polêmicas com o Prof. Olavo de Carvalho e acabou morrendo precocemente, o que foi uma perda
para todos nós.

Ele foi a primeira pessoa que me falou do valor energético dos sacrifícios de sangue
prestado aos espíritos e que as elites “iluminadas”, reunidas em sociedades secretas, sacrificam
crianças e fazem pactos com entidades macabras no mundo espiritual, não apenas para terem
sucesso e poder no mundo dos vivos, mas também para obterem um lugar de destaque para si
depois que morrerem, sendo recebidos nas colônias espirituais que essas divindades malignas
comandam, no mundo dos mortos.

Pessoas poderosas, artistas, políticos, empresários... adentram ordens iniciáticas. Nessas


ordens eles sacrificam aos espíritos e se aliam a essas entidades para que esses espíritos “tomem
143
conta” deles, quando eles morrerem, de forma que “não sofram” no mundo espiritual. Eles ainda
elegeriam “sucessores” para que seguissem sacrificando em seu favor, depois que morressem
(numa clara reedificação do culto romano, com as devidas adaptações).

Não tenho opinião formada a respeito, mas vejo que os planos de dominação mundial, que
são engendrados pelas nossas elites dominantes, ultrapassam em muito a duração de uma vida
humana comum, só podem mesmo ter origem sobrenatural. Existe uma conspiração macabra,
secular, armada desde o mundo espiritual para escravizar a humanidade e sugá-la, drenar suas
energias, mantê-la na miséria moral e material, escravizá-la no mundo material, esvaziá-la
fisicamente até a morte e, depois de morta, também no mundo espiritual, pelos espíritos príncipes.
E para esse plano dar certo as entidades precisam contar com a ajuda de vassalos e serviçais no
mundo dos vivos. Nossas elites artísticas e intelectuais, nossos políticos e empresários são usados
por espíritos macabros, antigas deidades ancestrais, para a promoção da nossa miséria.

As pessoas na Idade Média SABIAM disso e era por isso que matavam sem piedade os
conspiradores a mando do mundo das trevas. Ao contrário do que se pensa, não eram apenas
meninas pobres, camponesas analfabetas, as supostas “bruxas” as que padeciam com os rigores da
inquisição, torradas nas fogueiras, mas, MUITAS VEZES, pessoas da mais alta aristocracia.

O homem medieval não ligava pra dinheiro, mas tinha consciência do mal que o mundo
espiritual pode causar através dos seus agentes no mundo físico. O caso clássico dos Templários,
o mais rico e bem armado exército de seu tempo, cujo alto comando foi todo queimado na fogueira
acusados (injustamente?) de adorar ao diabo, é talvez o exemplo mais típico de que agentes do
Reino Negro, não importando a sua posição social, não seriam tolerados por uma sociedade que
tivesse Deus como coluna. Mas há outros. A Condessa Bathory, a famosa “condessa de sangue”,
a mulher mais rica do mundo em sua época, e que conseguiu toda a sua fama e fortuna sacrificando
pobres meninas virgens camponesas, bebendo seu sangue em rituais satânicos (conta-se que foram
mais de 600 as vítimas ofertadas ao diabo), depois de descoberta graças a uma vítima que fugiu de
seu castelo, acabou julgada, condenada e morta por emparedamento, condenada a morrer atrás de
uma parede.

Isso parece fanatismo, mas não é. É uma ação militar envolvida num contexto de guerra
espiritual em que TODOS ESTAMOS ENVOLVIDOS. Todo militante de 3ª Posição, se pudesse,
daria cabo do George Soros, ou dos Rothschild SEM EXITAR.

Saber que as nossas elites iluminadas sacrificam crianças e seres humanos em ritos de
morte para conseguir poder e dinheiro das entidades é um fato. O satanismo está no centro do

144
sistema de poder do mundo atual. Os detalhes de como isso ocorre ainda carecem de estudo e de
investigação, mas esse é o fato.

Por exemplo, a intenção macabra da Hillary Clinton, satanista inconfessa, quando da sua
posição de Secretária de Estado do Governo Obama, promovia as inúteis guerras das diversas
Primaveras Árabes, inventando motivos inexistentes para levar caos, morte e destruição a
populações pacíficas não pode ser puramente entendida apenas como uma forma de deixar os
magnatas da indústria armamentista ainda mais ricos. Há algo se satânico nessa sede de sangue.
Assim, nada nos garante, por exemplo, que a máquina de morte do Deep State americano, que vive
de inventar guerras contra países subdesenvolvidos, não seja apenas mais uma ferramenta de
oferecimento ritual das mortes dos soldados em campo de batalha para alimentar de sangue as
entidades que patrocinam essas carnificinas e que em troca trazem prosperidade material para seus
barões, os políticos e empresários.

Estariam as mesmas entidades guerreiras, que se deleitavam com o sangue derramado dos
guerreiros lombardos nos campos de batalha agora também se deliciando com o sangue dos
soldados mortos nos confrontos sem sentido do Oriente Médio?... não é possível dizer, mas... no
Dia do Juízo saberemos.

De toda forma, entender o “troca-troca” entre esses agentes do Reino Negro, vivos e
mortos, entidades recebendo sacrifícios e ajudando às nossas elites iluminadas a conquistar fama
e fortuna é o cerne de toda a Metafísica da 3ª Posição e todo “Soldado de Deus” precisa ter isso
em mente.... e que queimem nas fogueiras.

145
35. AS MENTIRAS DOS ESPÍRITOS E A “SALVAÇÃO DA ALMA” DOS
INICIADOS

Realmente é fato que não há como saber quando um espírito das trevas mente ou não. Há
conjuras medievais que prometem trazer um demônio “amarrado” na presença do invocador e que
obrigariam esse demônio a falar sempre a verdade. Dizem que boa parte dos conhecimentos de
demonologia que temos hoje se deveu a esse recurso, quando um demônio é invocado, mas
permanece preso, geralmente em uma garrafa ou lâmpada, podendo ser entrevistado e sempre
tendo que falar a verdade..., mas evidentemente nem isso é garantido.

Segundo se sabe todos os métodos ritualísticos de invocação e controle de demônios para


uso particular pelos seres viventes foram ensinados aos humanos por outros espíritos malignos,
demônios rivais, que ensinam aos seres humanos ferramentas de controle para serem usadas nos
espíritos adversários. Isso demonstra, mais uma vez, a intensa rivalidade que há nos mundos
inferiores entre os diversos espíritos malignos. Como se traem e mentem entre si, buscando obter
vantagens sobre os demais. MAS... nem assim podemos ter certeza de que tudo não passa de um
engodo espiritual ou um teatro armado por demônios que não são rivais, mas amigos, para fingir
que estão sendo usados quando na verdade eles é que estão usando os viventes.

Há diversas menções na cultura popular latino americana sobre como evocar e prender
demônios menores e criaturas mágicas para consulta particular. A novela “Renascer”, passada no
interior da Bahia em meados do século passado, relata a história de um fazendeiro de cacau que
aterroriza os populares com um demônio que ele tem aprisionado dentro de uma garrafa. O livro
“Reinações de Narizinho” de Monteiro Lobato, vai mais além e até ensina como capturar e prender
um “saci” o equivalente nacional a um gnomo ou duende, mas com as ressalvas de que ele é
também um espírito das trevas, apesar de simpático e brincalhão. Eu mesmo tive um saci quando
era menino, influenciado por Monteiro Lobato que eu li inteiro quando ainda era criança, na
biblioteca de meu avô paterno.

Se não podemos ter qualquer certeza da eficácia dos ritos que prometem que os demônios
vão ser obrigados a falar a verdade não nos é igualmente possível saber com certeza se essa
modalidade de pacto é real ou apenas uma ficção diabólica para enganar os incautos. Não temos
como ter certeza de que fazendo um sacrifício aos espíritos inferiores eles usariam da energia
emanada desses sacrifícios para realmente cuidar dos nossos parentes e amigos mortos nos lugares
em que estão hospedados no mundo dos espíritos. Nem, como no caso de São Cipriano, se esse

146
acordo, mesmo sendo feito ainda em vida, teria qualquer validade e seria respeitado depois que ele
estivesse morto.

Como militantes de 3ª Posição temos que nos treinar para perceber quando o mundo dos
espíritos está agindo, atuando nas estruturas de poder do mundo material. As vezes vemos nascer
macabros planos políticos que, para se concretizarem, levarão décadas. Vemos complexas
estruturas de poder que planejam maldades que precisam da colaboração de 3 ou 4 gerações para
que se concretizem.

Evidentemente esse plano não pertence a uma única mente humana. O plano de engenharia
social e de corrupção paulatina das gerações humanas no Ocidente é tão complexo, e demanda da
cooperação coordenada e assertiva de tantos e tantos indivíduos ao redor do mundo e durante um
período de tempo tão grande, superior em muito a uma vida humana natural, que é simplesmente
IMPOSSÍVEL que esse planejamento de destruição da sociedade ocidental e da Igreja de Cristo
seja fruto e obra da mente humana.

Esse plano destruição das verdades de fé que alicerçaram o Ocidente vem diretamente dos
infernos. As altas cúpulas do Reino Negro criaram um plano de ação multissecular que claramente
nos encaminha para um governo totalitário em escala global e que abre espaço para que as
entidades nos suguem, escravizem e vampirizem em escala mundial. Para pôr em prática esse
plano estabeleceram pactos com as famílias que dominam as organizações regentes do nosso
mundo e que são as que tratam de pôr esse planejamento em prática, a mando deles.

As vezes a gente se pergunta POR QUE um crápula do naipe do George Soros, já velho e
quase moribundo, segue atacando e financiando a destruição de tudo o que é belo e bom que a
mente humana pôde conceber? Por que ele se empenha tanto em construir um novo mundo que
ele nunca poderá apreciar... como ele não se cansa? Por que segue adiante quando claramente as
suas forças já estão a lhe faltar e ele morrerá muito antes de saber se foi mesmo bem sucedido? A
única resposta possível está contemplada nas teorias que este livro apresenta.

Ele não está trabalhando para a construção de um mundo que ele jamais poderá ver,
simplesmente “por esporte”, por “falta do que fazer” ou por um idealismo negro. Não. Ele está
amarrado em um pacto de trabalho para as entidades que lhe deram todo o poder e dinheiro que
ele misteriosamente conseguiu amealhar. Ele serve ao Reino Negro e é um bruxo em serviço das
forças ancestrais que querem escravizar e drenar a raça humana. E, muito possivelmente, ele já
possui separado para ele um local “confortável” nos infernos, comprado com o preço de todo o
sangue que ele ofereceu aos encostos, para quando ele morrer. Do contrário, se ele parar de

147
trabalhar para o Reino Negro e se “aposentar”, indo desfrutar da vida e dos seus bilhões, se ele
romper o compromisso com as entidades as quais ele serviu por toda a sua vida, quando ele morrer,
o que será em breve, seu destino eterno, nos mundos espirituais, será terrível.

Esses pactos são os mesmos que os Faraós egípcios se obrigavam quando sacrificavam
centenas de escravos no seus ritos funerários para que tivessem reservados para si um local de
conforto no mundo espiritual. Não se sabe se as entidades malignas realmente “cumprirão a
palavra” e colocarão essas almas em um local de “conforto” mas, como vimos, essa possibilidade
de pacto existe.

Não é preciso ir tão longe. Pais de Santo no Brasil, babalorixás de determinados cultos afro
brasileiros, quando morrem, recebem no seu rito fúnebre uma enorme quantidade de sacrifícios.
Algumas linhas de candomblé exigem 13 bois sacrificados para o Pai de Santo descansar em paz
no além. O pai biológico de um amigo muito próximo meu era pai de santo, candomblecista,
famosíssimo nos anos 70, atendendo a políticos, bicheiros e atrizes famosas.

Quando ele morreu, em 1992, a viúva pediu ajuda financeira de amigos para comprar os
bois da matança e todo o material envolvido no rito e ainda para pagar uma elevadíssima quantia
a um outro Pai de Santo para que fizesse o rito fúnebre em favor do falecido. Sem esse sangue
oferecido o babalorixá falecido estaria em péssima situação no mundo espiritual, mas com o
sangue dos bois sacrificados ele está em um local de conforto, garantiu o sacerdote deste culto.

Portanto oferecer sangue e sacrifícios às entidades para se manter em boa posição no


mundo dos mortos é uma prática universal e não temos motivos para não acreditar que nossas
elites atuais, que são ajudadas pelo Reino Negro, que se frequentam em sociedades secretas de
cunho sacrificial, não façam uso desse mesmo recurso. Se isso realmente funciona em favor deles
é alvo de questionamento.... mas que tal possibilidade existe, isso é sem dúvida.

Há teorias demonológicas que asseguram que os ritos amarram “magneticamente” os


demônios e que eles não teriam como mentir nesses casos ou não cumprir o prometido nos pactos
diabólicos. Algumas teses citam que eles perderiam as energias que eles receberam em troca do
acordo. Mesmo os defensores dessas possibilidades (a de que demônios sempre se esforçam pra
fazer o que foi “combinado”), argumentam que eles são criaturas espertas e que vão sempre buscar
uma brecha nos acordos para prejudicar os contratantes, se isso for do interesse deles.

Essa realidade é mostrada no curioso filme de comédia “Endiabrado” lançado em 2000,


estrelado por Brendan Frasier e Elizabeth Hurley, está no papel do demônio. Nesse filme o pobre
contratante recebe o direito de fazer 10 desejos e é reiteradamente trapaceado pelo demônio que,
148
apesar de realmente entregar o que foi prometido, sempre acha uma forma de usar as palavras do
contratante contra ele mesmo, caso típico do “cuidado com o que desejas”. O filme é uma diversão
boba e despretensiosa, sem maiores comprometimentos, mas é uma regravação de um filme
homônimo de 1967, estrelado por Dudley Moore. Esse primeiro filme sim, é repleto de referências
gnósticas e satanistas e, apesar de ser um filme de humor negro, o argumento central faz menção
a essa tese demonológica, a de que o demônio vai te entregar o contratado mas antes de fazer o
acordo “PENSE BEM...”, já que ele se usará das brechas do contrato pra achar uma forma de te
prejudicar.

Em terreiros de quimbanda no Brasil as entidades, ao fazerem um acordo de morte com o


contratante, sempre perguntam 3 vezes se ele aceita os termos do trato, antes de fecharem o acordo.
Após 3 confirmações o selo do acordo é uma risada macabra com a resposta “seja feita a sua
vontade” que sempre deixa no ar a questão... “será que eu fiz certo”?

Apesar de não termos mesmo como saber se é possível fazer um acordo e conseguir um
espírito trevoso como guarda costas no mundo espiritual para nossos entes queridos ou para nós
mesmos quando morrermos, essa possibilidade de pacto com entidades malignas existe, como
vimos na conversa entre São Cipriano e o seu antigo demônio parceiro, no Livro de São Cipriano
da Capa de Aço e como PARECE era o que se acreditava no culto romano. Se isso vai funcionar...
aí já é outra questão. As elites atuais são tão satânicas, perversas como nunca se viu, tão
degeneradas e imundas, trabalham com tanto afinco para a destruição da Obra de Deus e da nossa
Pátria da Espírito, que não nos custa crer que já estão comprometidas com sua “aposentadoria” no
mundo espiritual, para quando efetuarem a passagem. Rockeffelleres, Rothschild, Bushs, Soros,
Zuckerberg... nossas elites mundiais seguramente já possuem um “plano de aposentadoria” e já
foram contactadas pelas entidades, presenciaram mistérios, foram levados em transe aos mundos
inferiores, foram convencidas e já compraram seu passaporte para quando morrerem. Não me
espantaria ainda que, de alguma forma ritual, eles voltem em espírito a auxiliar os seus
descendentes na manutenção dos planos do Reino Negro. O diálogo que Cipriano teve com o seu
demônio associado nos deixa subentendida essa ideia.

A conversa entre os dois deixa subentendido que Cipriano deveria montar uma espécie de
“escola de mistérios” e instruir seus discípulos e sucessores a que, após a sua morte, eles deveriam
seguir na prática desses mistérios o que, em última análise, significaria continuar a oferecer para
Cipriano e ao seu demônio parceiro, sacrifícios, no mundo dos vivos e que com as energias desses
sacrifícios pudessem manter os dois em uma situação confortável no submundos do Mundo
Espiritual. Dessa forma, Cipriano, caso tivesse aceitado a oferta, voltaria ao Mundo Material

149
sempre que invocado, para instruir e dar ordens aos seus discípulos sobre como deveriam proceder
e é capaz que, ao fim do processo, se tornasse um semideus ou recebesse adoração (e sacrifícios)
como uma espécie de deidade menor.

Existem ordens ocultas, com milhares de anos, que se perpetuam nas sombras da história,
dando poder aos seus membros e, em troca, esses membros seguem praticando os ritos de adoração
e sacrifícios de que as entidades que patrocinam essas ordens precisam para ter poder no mundo
espiritual. Manter os sacrifícios de sangue em função da memória dos antigos mestres dessas
ordens é uma das obrigações dos praticantes. Esses antigos mestres são sempre lembrados nos seus
cultos macabros e se mantém nos mundos inferiores com os sacrifícios que seus discípulos lhes
oferecem. Esses são os bastidores da nossa política atual. Desde sempre e até hoje. Saber isso é a
obrigação de todo soldado político e de todo militante de 3ª Posição.

A 3ª Posição é a atualização política, no nosso tempo, do eterno conflito entre bem e mal
que ditou os rumos da história humana desde sempre. A “esquerda” e a “direita”, o capitalismo e
o socialismo, não contemplam essas possibilidades de entendimento dos conflitos humanos e da
nossa interação com o mundo espiritual. São apenas teorias políticas materialistas e como tal, são
ferramentas de análise limitadas. Partem do princípio de que nem Deus nem o mundo Espiritual
existam, ou que, se existem, não podem nos afetar em nada. Expandir e popularizar uma cultura
de 3ª.Posição é o melhor que todos nós podemos fazer para agir positivamente em favor da
verdadeira libertação do homem, que não é apenas material, a construção de um mundo melhor,
mas também espiritual, a salvação das almas e a vitória do bem sobre o mal.

Como se sabe São Cipriano não aceitou a proposta de criação de uma ordem de mistérios
que desse seguimento aos sacrifícios que o seu demônio associado precisava, mesmo depois que
ele fosse morto. Ele, com efeito Cipriano queimou e destruiu todos (quase todos) os manuscritos
e tratados macabros e renegou todo o conhecimento e poder que ele havia adquirido e é de se supor
que dispensou todos os seus discípulos que saíram levando parte dos seus conhecimentos ocultos.

Seus luxos e riquezas ele doou aos pobres, renunciando à vida de bruxo se convertendo à
fé cristã do fundo do coração, e atingiu um grau tão elevado de perfeição espiritual que por sua
intercessão Deus operou inúmeros milagres de forma que ele acabou por ser canonizado santo.

No entanto podemos afirmar que muita gente terá caído nesse engodo dos espíritos baixos
e comprado uma posição de destaque no mundo dos mortos através de sacrifícios de sangue
oferecidos a entidades malignas e amarrados com pactos diabólicos. Segundo o Prof. Armindo
Abreu esse é o caso das linhagens familiares que dominam politicamente o nosso mundo atual.

150
Só podemos imaginar a supressa dessas pessoas quando, depois de mortos, descerem aos
calabouços do mundo espiritual e não encontrarem seu lugar especial separado e prometido pra
elas pelas entidades a que estavam associadas... e seguirem sendo oprimidas pelo peso das
maldades de tudo o que fizeram e destruíram enquanto estavam vivos, do alto das suas posições
de destaque e poder, que lhes foram dadas pelos agentes do Reino Negro. Que Deus tenha piedade
dessas almas sofredoras.

151
36. A NATUREZA DAS ORDENS INICIÁTICAS

Com efeito boa parte das ordens iniciáticas e escolas de mistérios se baseia nessa premissa
oculta e não revelada em primeira mão aos neófitos quando iniciam os seus estudos. Ainda que
esse meio esteja repleto de charlatães e curiosos, toda a simbologia que veda os acessos aos graus
superiores serviria somente para esconder essa finalidade última: que nos últimos níveis existe o
oferecimento de sacrifícios para entidades macabras em troca de vantagens materiais que essas
entidades propiciariam aos seus parceiros.

Essa gradação é importante. Em seitas macabras usualmente é chamada de


“desenvolvimento”. Com o passar do tempo e o estudo e a prática dos ritos os adeptos se tornariam
mais e mais capazes de se desenvolver, ou seja, produzir efeitos no mundo material a partir de
feitiços recitados ou feitos.

Temos visto várias ordens realmente capazes de operar prodígios em meio a toda a
complicada simbologia que me parece ser nada mais que um labirinto, um carnaval de falsas
informações e alguma auto ajuda que apenas dificulta ao estudante o acesso do que realmente
importa: como fazer os ritos e invocar as entidades que atuarão no mundo material obedecendo
aos mandos do bruxo, ou do “mestre” de mistérios como são chamados.

Outras são claramente um engodo inútil pra fazer mestres e dar popularidade aos seus
expoentes. A chamada “Magia do Caos” é uma escola de mistérios que se enquadra totalmente
nesse caso. É uma linha de magia branca, em contraposição ao que conhecemos como magia negra,
passatempo bobo e inútil.

Uma das principais diferenças entre as ordens iniciáticas é que


umas realizam sacrifícios rituais e outras não. As que realizam sacrifícios são usualmente
consideradas como magia negra, segundo o senso comum. As que não usam de sacrifícios são as
chamadas de magia branca.

Na propaganda dos entendidos, as escolas de magia negra trabalham sob a direção


espiritual de entidades malignas, ao passo que as escolas de magia branca trabalham sob a direção
de anjos e entidades de luz preservando e passando o conhecimento ancestral das famosas “leis
espirituais” que para serem corretamente entendidas e usadas precisam de estudo (a famosa
“doutrina”) e de um treinamento que habilite o praticante a usá-las e que pode levar toda um vida.
Já foi dito aqui que entidades malignas são sedentas por sacrifícios e mentem para os conseguir se
isso for necessário de forma que é fato notório que boa parte das escolas iniciáticas, que

152
aparentemente são de magia branca, não chega a informar aos iniciantes que nos graus elevados
são praticados sacrifícios ocultos e até sacrifícios de sangue.

Os aprendizes se empolgam realizando prodígios cujo custo foi o sacrifício de sangue que
os adeptos mais avançados realizaram ocultamente (daí “ocultismo”) em favor de entidades
sinistras, sem que eles, os iniciantes, saibam disso. Os iniciantes, quando começam seus estudos
em escolas de “magia branca” não sabem, mas existem cerimônias secretas acontecendo naquela
ordem e que são mantidas em segredo longe dos olhares curiosos dos novatos. Quando finalmente
esses novatos chegam a um grau mais avançado, e são apresentados aos sacrifícios e à fonte
verdadeira do poder mágico que opera naquela escola, eles já estão “tão dentro” das práticas que
não conseguem dizer “não” e abandonar a escola.... e seguem fazendo os rituais de sacrifício.

Assim, ME PARECE, e eu digo isso de forma completamente leviana sem ter certeza e
nem como provar, que as escolas de mistérios que realizam prodígios são aquelas que realizam
sacrifícios de sangue, e usam da energia desses sacrifícios para comprar os favores das entidades
a que eles servem. Essas entidades usam das energias liberadas nesses sacrifícios para moldar ou
dispersar a matéria segundo o desejo dos iniciados, trazendo pra eles fama e fortuna, mulheres ou
o que mais desejarem. Já as ordens iniciáticas que não fazem sacrifícios, essas não possuem
nenhum poder, sendo apenas perda de tempo e dinheiro, e algum tipo de auto ajuda barata
embrulhada em ficção para divertimento e passatempo dos seus membros.

Em resposta a isso, alguns praticantes de ocultismo “branco” insistem na tese de que a


concentração e dispersão da matéria é regulada por leis espirituais definidas na fundação do mundo
mas que foram apagadas do conhecimento dos homens modernos e que o simples conhecimento
dessas leis é o que permitiria a eles “moldar a matéria” conforme seu desejo, ou seja, realizar
prodígios e sinais. Esse conhecimento é considerado por eles como “perigoso” e carece de tempo
e dedicação aos estudos para que seja efetivamente dominado, e é por isso que ele sempre vem
envolvido e protegido em uma densa simbologia que funciona como um quase labirinto e que
serviria para treinar a moral e a força de vontade dos seus adeptos e preservar o conhecimento de
quem for fraco ou mal intencionado.

Segundo os estudantes de mistérios da “linha branca” os espíritos negros que operam nas
escolas de magia negra usam desse mesmo conhecimento das leis espirituais de concentração e
dispersão da matéria que eles, os adeptos da magia branca, têm. Só que os espíritos inferiores
vendem o uso desses conhecimentos em troca dos sacrifícios que esses seres dos mundos inferiores
precisam tanto.

153
Pelo discurso público dos adeptos das escolas de mistérios de magia branca eles não fazem
parte de nenhum tipo de pacto ou acordo com entidades dos mundos inferiores e o seu poder e os
prodígios que eles realizam vêm apenas do conhecimento real da natureza das coisas e destas leis
universais que regulam a concentração e dispersão de matéria, a que eles têm acesso. São
protegidos por níveis e a cada nível o praticante tem mais “conhecimento” (daí “gnose”) que lhes
permite operar a concentração e a dispersão de matéria e estão cada vez mais em um nível mais
elevado de “iluminação”, ou seja, mais próximos da luz primordial.

Aqui eu preciso dizer que realmente eu NÃO TENHO OPINIÃO FORMADA sobre isso.
Não sei se tais leis secretas universais e se o conhecimento sobre como utilizar essas leis de forma
segura realmente existe, nem sei se isso seria possível ou lícito a um católico ou a cristãos de forma
geral. O que eu é sei que demônios e espíritos malignos MENTEM e manipulam os seres humanos
para conseguir os sacrifícios que necessitam e, portanto, sei que pode ser que um neófito bem
intencionado dessas escolas de magia branca esteja sendo enganado quando crê que não está
servindo e adorando a entidades obscuras.

Esse é um dos principais motivos de eu recusar veementemente todo o contato com escolas
de mistérios de magia branca. Eu reconheço a minha incapacidade e a minha dificuldade de
discernimento nas coisas do mundo espiritual. Sei os meus limites e não quero nem preciso os
ultrapassar e acabar sendo enganado por demônios fantasiados de anjos de luz e permitindo que
eles entrem na minha vida e na da minha família.

Além disso, da minha parte, a principal “lei espiritual” que eu conheço é a que diz que
“tudo que vem fácil vai fácil” e que nos ensina que tudo o que a gente tiver conquistado, se não
vier fruto de esforço e dedicação, se não tiver o “nosso sangue derramado ali”, provavelmente não
terá base pra permanecer por muito tempo em nossas vidas, seja um emprego bom, posição social,
status ou até mesmo uma namorada bonita. Tudo o que nos é dado sem merecimento também de
nós é levado com facilidade, tudo o que não tem alicerce vai embora no primeiro sopro, mas o que
tem raiz permanece de pé diante de toda tempestade.

Dito isso eu preciso fazer uma pausa pra dizer que eu recuso conscientemente todo o
contato com escolas de mistérios e todas as disciplinas relacionadas ao que se chama de “magia
branca”. Não quero ter acesso a nenhuma facilidade, nem nenhum tipo de conhecimento oculto ou
esotérico que me sirva de atalho ou “corta-caminho”. Quero adorar a Deus e conseguir pagar as
minhas contas com o fruto do que tiver sido o meu esforço, como manda a bíblia e a tradição da
Igreja e recomendo aqui o mesmo a todos que estejam lendo esse livreto... não, meninos, não se
envolvam com ocultismo branco, magia branca e, menos ainda, com magia negra.
154
Mas como esse livro aqui não é um livro de religião, eu vou me segurar e não vou fazer
nenhum tipo de apologética cristã. Mas fica a dica de quem quer o bem de vocês, leitores.

Já vimos que existem diferentes gradações de energia liberada nos sacrifícios rituais
executados nessas seitas macabras. Queimar um incenso libera energia que afeta o mundo
espiritual e pode, dependendo do rito, abrir os portais. Queimar um charuto já libera mais. É fato
que o fogo, que não é nem sólido nem líquido e nem gasoso, mas é uma entidade misteriosa, é
universalmente utilizado em ritos de magia. A chama do lado de cá é acendida do lado de lá, já
nos ensina o Carlos Castaneda. Derramar o sangue de um gato preto ou de uma galinha numa
encruzilhada já é mais interessante e, ainda, o sangue de um touro libera mais energias para o
mundo espiritual e que serão absorvidas pelos espíritos malignos. Com os portais abertos e
fortalecidos pela energia liberada pelos ritos que convertem a matéria em energia, as entidades
malignas podem vir e agir no mundo material, trazendo pros bruxos o que quer que eles tenham
pedido às entidades. Essa é a lógica que está por detrás de anúncios populares do tipo “trago a
pessoa amada em 3 dias”.

O que mais libera energia são os sacrifícios de sangue. Especialmente o de crianças não
batizadas.

“Feitiços de amor” são talvez os mais populares e se encontram presentes em praticamente


todas as culturas. Me foi dito uma vez por um pai-de-santo, pai biológico de um conhecido meu,
que o animal sacrificado libera as energias que o “santo” (a entidade) precisa pra realizar o trabalho
e que a peça de roupa (usualmente uma peça de roupa íntima) “dá o endereço” para a entidade “ir
atrás” do alvo desse feitiço de amor. A peça de roupa íntima, dito de outra forma, “abre os portais”
para a entidade ir tentar influenciar o homem (ou a mulher) alvo do feitiço.

Digo “tentar” porque isso nem sempre funciona, como se sabe. Mais além dos inúmeros
charlatães que existem operando truques, chamando isso de magia e ganhando dinheiro com isso,
temos o fato evidente de que os espíritos, por mais poderosos que sejam, não são onipotentes (e
uma entidade maligna que se presta a operar um “feitiço de amor” é um tipo de mendigo no mundo
espiritual, sendo de pouco poder, desesperado por qualquer sacrifício que se faça em seu favor).

É de conhecimento notório que nem sempre feitiços funcionam. Também é fato que há
muitos falsos bruxos e estelionatários que tomam dinheiro das pessoas e não têm nenhum
conhecimento esotérico. São apenas estelionatários. Eu já vi alguns tipos desses que se utilizavam
desde truques simples de mágica e até possuíam alguns sofisticados recursos de influência
hipnótica, leitura fria e até leitura quente para enganar as pessoas e lhes tomar dinheiro em nome

155
das entidades. Eram ilusionistas muito talentosos e com boa lábia, com alta capacidade de
convencimento.

Conheci de perto alguns que foram muito bem sucedidos em alguns momentos da vida,
mas, no final, TODOS ELES tiveram um fim trágico. Desenvolveram cânceres, aids, sofreram
acidentes terríveis e ficaram mutilados. Foram presos, estuprados e assassinados na cadeia. Não
tenho explicação teórica para isso dentro do que está sendo proposto nesse livro, mas ME PARECE
que brincar com espíritos e obter vantagem indevida em seu nome gera inimigos poderosos no
Mundo Espiritual.

Mais além dos falsos feiticeiros, em boa parte das vezes em que os feitiços não funcionam,
temos que o alvo do feitiço, a pessoa, está protegida por uma couraça espiritual. As vezes esse
escudo do espírito é um escudo de Luz. Os cristãos creem que aqueles que estão em “estado de
graça” estão imunes à toda influência diabólica. Quem está “firme na rocha”, está buscando se
fortalecer espiritualmente, empenhado em renunciar ao pecado, ao erro, e em abraçar a luz de Deus
em suas vidas vai desenvolvendo barreiras naturais contra as influências malignas que porventura
vinham agindo na sua vida e em seu redor. Vai gerando uma “musculatura” espiritual. Alçando
graus de santidade.

156
37. COURAÇA ESPIRITUAL

Dito de forma (não tão) simbólica, nós, cristãos, cremos ao redor dos que temem a Deus
“se encontra um anjo”. O Salmo 34:7 nos diz que “o anjo do Senhor se acampa ao redor dos que
o temem, e os livra”. Assim sendo para o diabo chegar até nós ele tem que “passar pelo anjo” que
está nos guardando.

No capítulo dos miasmas vimos que pessoas altamente espiritualizadas são acompanhadas
por uma legião de anjos que espalham a sua luz “pelos ares”, por onde essa pessoa passa,
expulsando da sua presença, no mundo espiritual, maus espíritos e entidades trevosas, que não
suportam estar na presença desses “super heróis” da Luz. Usualmente são pessoas humildes e sem
muito estudo acadêmico, mas plenas de sabedoria. Se nós pudéssemos ter os “olhos do espírito”
pra ver a limpeza que a simples presença dessas pessoas iluminadas faz nos locais em que elas
passam, com o influxo do Espírito Santo, as hostes de anjos de luz e as emanações positivas que
as acompanham, derrubando altares negros e expulsando entidades no mundo espiritual, nós
ficaríamos paralisados de pavor e terror ao mesmo tempo que maravilhados com o poder que o Pai
das Luzes possui (“Pai das Luzes” é como Deus é chamado na Bíblia, em Thiago 1,17).

Vem daí o nosso antigo costume de “pedir a benção” aos mais velhos. Pedir a eles que
roguem por nós a Deus, para que Ele expeça ordem aos seus anjos para que obedeçam ao pedido
daqueles homens e mulheres especiais que estão “repletos do espírito” para que nos acompanhem
nas nossas batalhas diárias e nas nossas questões pessoais, que podem muito bem estar sendo
barradas de ter sucesso no mundo material por conta de entidades maléficas que insistem em nos
boicotar, nos sugar e drenar, “do lado de lá”.

Eu, mesmo sendo católico, não pude deixar de me surpreender com os dons espirituais
que presenciei em uma senhora cristã, de origem muito humilde, que professava sua fé na
Assembleia de Deus. Pessoa humilde, mas que tinha o que se chama de “olho espiritual” ou um
discernimento muito próprio para aqueles que estão espiritualizados. Eu não permito jamais que
ninguém me imponha as mãos e ore sobre mim, salvo raríssimas exceções. Esse dia foi um deles.
Eu teria que ser muito cego para não ver o Espírito Santo agindo em algumas dessas
congregações, restaurando vidas, quebrando cadeias de vícios, reunindo famílias, derrotando
espíritos imundos e potestades. Trazendo os “bons frutos” de que nos fala Jesus Cristo em Mat
7, 15: “Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A
árvore boa NÃO PODE dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons.”. Árvores ruins

157
NÃO PODEM dar bons frutos. Não podem!!! É impossível ao um encosto trazer benefícios,
libertação e cura aos seres humanos. Se houve cura e libertação só pode ter vindo de Deus.

Mesmo que não se seja cristão é inegável perceber que pessoas espiritualizadas
aparentemente atraem, polarizam e mobilizam forças de luz, ou o que nós cristãos cremos ser o
Espírito Santo de Deus e seus anjos, contra as potestades e os espíritos imundos agindo nos ares,
no mundo espiritual, ao nosso redor.

Num estado integralista, de 3ª Posição e que fosse, portanto, espiritualmente orientado, em


que a política nacional fosse apenas um instrumento de espiritualização da sociedade e de elevação
moral dos indivíduos e das famílias, em que a Salvação das Almas fosse “política de estado”, essas
pessoas seriam as grandes personalidades brasileiras, seriam nossas “elites espirituais”, ao invés
das prostitutas siliconadas e funqueiros que os espíritos malignos entronizam como as celebridades
nacionais e para quem nós rendemos culto, ainda que indiretamente, e SEM SABER!

Por outro lado... é visível que pessoas ruins, os “filhos do diabo”, acabam aparentemente
sendo protegidos. É frequente que nos perguntemos “por quê” tal indivíduo consegue ter tanto
sucesso sendo pessoa tão ruim. Isso se dá porque essas pessoas fazem pactos com entidades
poderosas e sacrificam a essas entidades, para terem um cão de guarda no mundo espiritual atuando
nos bastidores e lhes trazendo sucesso e fortuna em troca dos sacrifícios. Isso é muito mais comum
do que se imagina. Empresários de muito sucesso, cantores e políticos se amarram a pesadíssimos
rituais negros em que ocorrem muitos sacrifícios e muito sangue é derramado, para que eles fiquem
imunes a feitiços, maldições e influências diabólicas de outros espíritos ruins comandados por
inimigos e pessoas invejosas.

Caso famosíssimo é o do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Homem de negócios


bem sucedido, vindo de uma aristocrática família de latifundiários no nordeste brasileiro, filho de
ministro, neto de barão, ele possuía uma feiticeira particular que sacrificava aos encostos seguindo
o seu mando. Essa mulher depois se arrependeu e se converteu ao evangelho, se tornou pastora, e
nos legou o seu testemunho. A ex-esposa de Collor, Roseane Collor, que também tinha
conhecimento dos rituais de magia negra feitos pelo marido acabou igualmente se convertendo
pelo intermédio da ex-feiticeira da família Collor de Mello. Depois disso o seu casamento com
Fernando Collor não se manteve.

Em um livro autobiográfico Roseane Collor nos conta que Fernando Collor fez uma série
de trabalhos de magia negra para chegar à presidência. Nesse período o seu maior pesadelo era
que Silvio Santos também viesse candidato. Para evitar isso, ela diz, foi feito um trabalho com sete

158
defuntos recentes, no seu 3º. dia de morto. Seus túmulos foram violados, seus corpos ainda frescos
submetidos a um ritual. Foi feito um tipo de amuleto e colocado na boca de cada um deles que foi
a seguir costurada ritualisticamente. Esses defuntos não podiam ainda ter missas rezadas em favor
de suas almas ou o encanto não funcionaria.

De fato, apesar de Silvio Santos ter tentado vir como candidato, a sua candidatura foi
barrada “por motivos técnicos”, até hoje nunca explicados adequadamente, e ele não pôde sair
candidato à presidência do Brasil. Isso nos causa imensa estranheza já que naquela época as regras
eram frouxas e permitiam a candidatura de praticamente quem quer que pretendesse disputá-la.
Figuras inexpressivas como “Marronzinho” e “Enéas Carneiro” conseguiram legitimar suas
candidaturas, mas o empresário e apresentador milionário misteriosamente não conseguiu.

Quando já era presidente da República, Collor brigou publicamente com o seu irmão mais
velho (segundo disseram por conta de um caso que Fernando Collor teve com a cunhada, a esposa
de seu irmão). Após a briga seu irmão o denunciou na justiça. A mãe dos dois teria tomado partido
do irmão mais velho. As denúncias acabaram motivando o processo que culminou com o
impeachment dele.

Cerca de dois anos depois o irmão morre misteriosamente de um câncer de pele que evoluiu
para uma metástase violenta no cérebro e de que antes ninguém tinha consciência. Morreu em
questão de dias. A mãe ficou entrevada padecendo em coma por anos em um estado vegetativo,
sem consciência, até que morreu. Não tenho nenhuma dúvida de que essas mortes foram causadas
por magia negra conforme a sua própria ex-esposa relata e expressa taxativamente essa mesma
opinião.

Ela afirmou no livro que Collor fez um trabalho pesadíssimo, envolvendo matança e
violação sexual de animais, mais de trinta touros teriam sido sacrificados de uma única vez, para
fechar o corpo dele contra o mal. Quem quer que pretendesse fazer um trabalho ou mesmo lhe
desejar o mal fosse “gente viva ou morta” o receberia de volta, o que significa que ele estava se
imunizando também contra entidades diabólicas que quisessem o seu mal.

Temos aqui mais uma comprovação empírica das teses apresentadas neste pequeno livro.
É fato conhecidíssimo que Collor é praticante inconfesso de magia negra e isso é o que, segundo
ele, lhe garante a vitória contra seus inimigos. Mas observemos que as entidades macabras com
que Collor se associa para obter as vitórias de que precisa não exigem dele apenas “adoração”
inócua ou que ele seja malvado e pratique maldades.... desvie recursos públicos ou roube a
merenda das crianças. Não! As entidades exigem SACRIFÍCIOS. Querem COISAS ofertadas.

159
Exigem “matéria convertida em energia” através de sacrifícios e que essa energia seja
direcionada para eles no mundo espiritual através dos ritos. Só assim podem estar fortes o
suficiente para agir no mundo material e dar ao Collor o que ele precisa. Collor não ficou em
posição de lótus e “rezou pro diabo” ou “se concentrou muito” repetindo mantras para ser
presidente. Ele sacrificou COISAS, E COISAS MATERIAIS, MATÉRIA SACRIFICADA....
DERRAMOU SANGUE de animais e violou cadáveres!!!!

Nos bastidores de Brasília foi durante muito tempo comentada a chamada “Maldição
Collor”. Quase todas as pessoas que se envolveram diretamente na sua destruição política
acabaram se dando mal no final, desde Ulisses Guimarães a Ibsen Pinheiro, passando pelos anões
do orçamento e PC Farias. Quem não morreu perdeu seus cargos eletivos e caiu no ostracismo
político. Collor, por outro lado, contra todas as expectativas, voltou e se elegeu senador. Deu a
volta por cima e está muito melhor do que TODOS os seus antigos inimigos.

De todos, diz-se, que Ulisses Guimarães teve o pior fim. Morreu em acidente de helicóptero
que caiu no mar. Nesse meio natural acabou presa de uma entidade maligna chamada “exu do
lodo” que servia aos comandos de Collor de Mello, e que tratou de o escravizar em submundos
terríveis, como forma de vingança contra o que ele fez a Collor. Collor sempre renova os sacrifícios
como maneira de manter aprisionado seu maior algoz.

Não se assustem. Isso é nada mais nada menos que “” política “”.

E esse comportamento das entidades é universal. Não apenas as entidades associadas ao


Collor são as que exigem sacrifícios materiais, mas, como vimos, TODAS as entidades inferiores
lutam arduamente para furar a rede que separa os dois mundos e fazer contato com os vivos,
encontrando seguidores e os convencendo para que lhes deem os sacrifícios que tanto necessitam.
Todas as religiões antigas podem ser tidas na conta de “desculpas culturais” que as entidades dão
aos humanos para lhes convencer a sacrificar algo em seu favor.

Como já foi dito aqui, os espíritos imundos estão em constante guerra entre si mesmos.
Pessoas famosas que não sacrifiquem aos encostos estão sujeitas a todo tipo de feitiço de invejosos,
maldições e de pragas de desafetos. Antônio Carlos Magalhães era outro que sabidamente se
utilizava desses recursos. Boa parte dos chefes políticos do Ocidente, não importando o quanto
sejam publicamente progressistas e materialistas, nos bastidores, sacrificam aos espíritos. Um
exemplo conhecido é Fidel Castro, comunista e materialista, mas que resistiu contra diversas
tentativas de destruição pessoal e foi, contra todas as expectativas, salvo “milagrosamente” de

160
todas elas. Ele era sabidamente praticante de ocultismo e sacrificava aos espíritos. Bill Clinton é
um outro. A lista é imensa.

Se você tiver o olhar treinado pra farejar ocultismo vai perceber que esse tipo de
comportamento é muito mais comum que se imagina... em 2018 o time do Flamengo era um time
apenas mediano, sem quaisquer títulos expressivos apesar de todo o dinheiro que foi gasto. Em
fevereiro de 2019, 10 crianças morrem vítimas de um incêndio misterioso. Morrem de forma cruel,
são queimadas. Depois disso o Flamengo passa misteriosamente a ganhar tudo o que disputa. As
fofocas nos bastidores dão a entender que essas crianças, não foram queimadas “por acidente”,
mas foram sacrificadas em um ritual de magia negra... foram “passadas no fogo” como nos adverte
a bíblia sobre o culto a moloque (Lev 20).

Entidades malignas receberam as energias do sacrifício desses inocentes, através do fogo,


e se fortaleceram ao ponto de trabalhar para a vitória do Flamengo, atuando no plano da matéria.
Contra todas as probabilidades o Flamengo seguiu adiante. A vitória dele contra o River Plate pela
final da Taça Libertadores da América, de virada, é mesmo diabólica.

Segundo essas fofocas de bastidores, o Flamengo só não foi campeão mundial porque o
jogo da final foi realizado em Doha, capital do Catar, local onde os espíritos não prosperam porque
o local é uma monarquia islâmica e não permite a existência de “terreiros” de magia negra que
pratiquem os sacrifícios necessários para o fortalecimento dos espíritos e que os habilite a agir no
plano material. Eles são um estado político espiritualista, ao contrário das democracias ocidentais,
e construir um ambiente cultural e moral que promova a elevação espiritual é política de estado no
Catar.

Assim, na terminologia desse livro os espíritos não puderam atuar em Doha porque não
têm “portais abertos” por lá. Outra versão é que o preço exigido para esse “milagre” era o sacrifício
de 21 meninos, mas como muitos deles se salvaram (anjos atuando? mães e avós rezando?) e o
preço não foi totalmente pago, os espíritos não estiveram fortalecidos o bastante e não puderam
atuar de forma completa.

Realmente a sequência de vitórias do Flamengo foi tão espetacular e tão impossível que
não me custa crer que tenha havido mesmo uma intervenção sobrenatural. É tese deste livro que
os encostos para poderem atuar no plano material precisam de “energia” (ou de matéria que vai
ser convertida em energia). Precisam da matéria que é ofertada a eles em um sacrifício e é
direcionada par eles no mundo espiritual através de um rito. Com a força dessas oferendas
queimadas em sacrifício é que eles poderiam romper o véu da matéria através dos portais abertos

161
e agir no mundo material. Sem uma oferenda em um ritual eles não tem como atuar no mundo
material. Todos os trabalhos de magia negra envolvem coisas materiais que são modificadas
através de um rito e que vão operar resultados no mundo espiritual. Todo pacto envolve algum
tipo de oferta MATERIAL aos espíritos.

Assim, quem faz um pacto com os espíritos e quer conseguir uma coisa muito difícil, tem
que estar disposto a sacrificar para eles uma coisa muito importante também. Algo com muito
“peso energético”. Essa é a famosa Lei Hermética da Equivalência: “o que está em cima é como o
que está embaixo”. Quem quer muito tem que dar muito.

Evidentemente nem todos as ofertas tem o mesmo peso energético. Um incenso, uma vela
queimada, um ramo de flores ofertados na praia tem um valor. Já o sangue derramado de uma
galinha morta tem mais valor que isso e menos valor espiritual que um touro sacrificado. Já uma
hóstia consagrada e um sacrifício humano tem mais valor que tudo. Virgens tem mais valor que
não virgens e, no topo da lista, temos o sacrifício de crianças. Se essas crianças forem sacrificadas
por seus próprios pais ou parentes, isso tem ainda mais valor.

Espíritos estão sedentos pelo sacrifício de crianças. Se alguém conseguir sacrificar um


inocente, de preferência não batizado, a um espírito maligno, poderá conseguir praticamente tudo
o que quiser do Reino Negro. Uma criança sacrificada VALE MUITO DINHERO e a rede mundial
de tráfico de crianças vem desse entendimento oculto.

Essa percepção é popular e se encontra em diversas culturas e povos. Quem quer muito
tem que dar muito: “o que está embaixo é como o que está em cima” que é uma das principais leis
herméticas nos informa disso. Deus criou o mundo do nada. Já o diabo não é capaz de criar nada...
ele apenas pode transformar. Dê a ele o que ele pede e ele irá transformar isso no que você precisa.
Se você não der nada... nada ganha. E se der pouco, pouco vai receber. Tudo matemático e
equivalente.

A série televisiva espanhola “Trilogia do Baztán” traz uma história baseada nessa
percepção popular. A história é fictícia, mas foi redigida com base na religiosidade popular do País
Basco, que ainda mantém, nos subterrâneos, relatos ancestrais de práticas pagãs de adoração das
entidades nacionais bascas e de sacrifício ritual de crianças que se estendeu nos bastidores da
sociedade basca até o século XIX.

A bíblia nos relata as dificuldades que os profetas tiveram para impedir que os hebreus
seguissem ofertando crianças à divindade demoníaca moloque, que era cultuada como deus
supremo pelos filisteus Amonitas e demais habitantes da Cananéia. Obviamente que ao sacrificar
162
seus filhos a um espírito cultuado como um deus por uma nação estrangeira, os hebreus estavam
fortalecendo espiritualmente essa entidade e ajudando a que ela, no plano da matéria, fortalecesse
os exércitos inimigos de Israel. Não haveria como vencer esse povo nas guerras de libertação se
os seus príncipes hebreus seguissem matando seus primogênitos e oferecendo aos deuses de nações
rivais, “alimentando” os inimigos espirituais do Povo de Deus através dos sacrifícios oferecidos a
moloque. Quando Deus, na bíblia, nos diz que é uma “divindade ciumenta” isso também pode ser
lido nesse contexto político.

Não adorar falsos deuses, não alimentar as divindades com sacrifícios, não converter
“matéria em energia” e lhes direcionar isso nos mundos subterrâneos através dos ritos, era uma
forma de os enfraquecer e de diminuir o seu poder no plano material. Todas as vezes em que os
príncipes dos hebreus não deram ouvidos aos seus profetas e desobedeceram, adorando as
entidades estrangeiras, prestando sacrifícios a elas, ao final das contas, foram os próprios hebreus
que acabaram sendo vencidos e escravizados. Um caso clássico de “convidou o vampiro para
entrar”.

Não por menos Deus, no Antigo Testamento, mandou matar os idólatras e os cultuadores
das entidades malignas. Elias, o Santo de Deus, um dos quatro seres viventes do Apocalipse, que
de tão santo que era ascendeu aos Céus em corpo e alma, sem jamais ter morrido, e que viu Deus
com os olhos da matéria, foi o mesmo que, em um único dia, matou 400 sacerdotes do culto a
Baal, degolados. Um profeta de Deus que hoje, pela lógica de hoje, seria considerado um genocida,
foi o mesmo homem que ascendeu aos Céus em corpo e alma e que priva da presença de Deus,
com seu corpo glorificado, antes mesmo do Dia do Juízo e da Ressurreição dos Mortos que Cristo
nos promete. Um “serial killer” do bem, que de tão santo que era, JAMAIS MORREU, privilégio
que nem Cristo teve. Pense nisso.

163
38. MALDIÇÕES FAMILIARES

O tipo de sacrifício que mais liberta poder para os espíritos é o sacrifício de crianças,
especialmente se esse sacrifício for feito por seus próprios pais. Os relatos medievais são uníssonos
nessa direção e confirmam essa teoria. Durante toda a história tivemos gente que queria ficar rica
sem muito esforço e sequestrava e sacrificava um bebê aos espíritos para conseguir isso. Até os
dias de hoje isso parece ser prática popular entre as nossas castas dominantes. Na Idade Média era
relativamente comum as denúncias do que era chamado “Libelo de Sangue” em que crianças
seriam sequestradas, violadas sexualmente e sacrificadas em rituais de magia negra. Os múltiplos
relatos dos “libelos de sangue” davam conta de que eram supostamente levados adiante por
organizações ocultistas secretas judaicas.

Há na Igreja Católica pelo menos um santo (há quem diga que são 9) que foi martirizado
em um desses rituais macabros, São Simão de Trento, menino de dois anos e meio, torturado e
morto na cidade de Trento na Itália, e cuja morte se atribui a membros da comunidade judaica
local que fariam parte de uma seita secreta de magia negra, de fundo cabalista e protojudaico, que
emprestaria dinheiro a juros, se auxiliaria comercialmente e em que as reuniões se dariam num
salão secreto que ficava localizado embaixo da sinagoga e escondido do resto da comunidade
judaica local.

Professor Orlando Fedeli, de quem eu fui aluno presencial, tinha a teoria de que o “Libelo
de Sangue” medieval PODERIA SER uma versão do mesmo culto a moloque que uma parte do
povo judeu prestava na Palestina ao deus dos Amonitas e filisteus e que foi secretamente passado
de geração a geração de judeus, se mantendo como prática oculta de determinadas comunidades
cabalistas e organizações infiltradas nas próprias sinagogas, em segredo dos demais judeus,
operando à margem da comunidade judaica oficial, que não saberia de nada, o que o Grande
Gustavo Barroso chamava de “O Kahal Secreto”.

Era teoria do Professor Orlando Fedeli que os sacerdotes dos judeus trouxeram um culto
secreto de adoração as entidades, que fora aprendido ainda no cativeiro egípcio, e que teria sido
mantido escondido das multidões, mas que seria operado em segredo pelos príncipes do povo,
notadamente os sacerdotes e pelos fariseus no tempo de Jesus. Assim haveria um culto público,
oferecido a Deus e um outro, secreto, de sacrifício, oferecido às entidades e do qual a massa dos
judeus não tinha qualquer conhecimento.

164
Havia assim uma conspiração judaica, que envolvia as elites dos judeus, de adoração a
divindades malignas, ocultando isso da massa do povo judeu. Essa conspiração é real e atravessou
a história.

De fato, vemos isso no Livro do Profeta Ezequiel no seu capítulo 8). Lá Ezequiel nos
explica qual foi a causa da queda de Jerusalém e da escravidão do povo judeu: o culto secreto
prestado pelos sacredotes judeus, no templo de Deus, a ídolos egípcios. Foi isso que causou a ira
de Deus, a conseqüente tomada de Jerusalém por Nabucodonosor, e o exílio dos judeus na
Babilônia. O Profeta Ezequiel demonstra que já antes do exílio babilônico havia um culto secreto
prestado a ídolos egípcios, ainda no primeiro Templo. Ele viu figuras antropozoomórficas,
características das divindades egípcias, pintadas nas paredes em uma câmara oculta, no Templo
Judeu, e presenciou o culto que os sacerdotes e os principais do povo prestavam a essas entidades,
nessa mesma câmara oculta, longe dos olhos do povo comum. Essa idolatria egípcia no Primeiro
Templo, evidentemente, supunha uma doutrina justificativa, e essa doutrina, segundo o Professor
Orlando, SÓ PODIA SER a gnose. Segundo ele houve uma gnose secreta entre os judeus ainda
antes do exílio babilônico e foi precisamente isso que causou a queda da capital dos judeus e a
escravização do seu povo.

Temos que, biblicamente, quando os governantes se metem a oferecer sacrifícios e cultuar


as entidades, TODO O POVO paga o preço disso. Mesmo que a maioria do povo fosse fiel a Deus,
o culto que os príncipes do povo e seus sacerdotes davam ao Reino Negro com seus sacrifícios
macabros às suas entidades arrastavam todo o povo junto de si. O “portal” aberto no altar ofertado
aos ídolos e que autoriza a passagem das entidades cultuadas ao nosso plano material afeta toda a
nação. Isso se dá porque, da mesma forma que um chefe de família tem autoridade sobre seus
filhos, os governantes têm autoridade sobre os seus governados. Aqui temos que o contrário da
expressão bíblica “crê e será salvo tu e tua casa” é também verdade: “comete idolatria e tu e tua
casa pagarão por isso”.

De fato, no primeiro mandamento da Lei de Deus temos que:

“Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa
de servidão. Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti
imagem de escultura, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem
em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem
lhes darás culto, porque eu o Senhor teu Deus sou um Deus zeloso,
ciumento, que visito a iniquidade dos pais nos filhos e até a terceira e a
quarta geração daqueles que me aborrecem mas uso de misericórdia até
165
mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”
(Ex. Cap 20).

Decorem essa passagem, por favor. A promessa de Deus é clara aqui. Os idólatras terão
responsabilidades sobre o mal que se abaterá sobre as suas famílias até a 3ª. e a 4ª. gerações. Uma
das principais motivações de exorcistas quando perguntam ao demônio o seu nome é o de saber se
essa entidade age naquela família há mais de uma geração ou se é “novo” por ali. Pessoas que
praticaram idolatria e tiveram pactos com entidades permitem que os seus filhos e netos sejam
tocados por essas mesmas entidades, já que possuem autoridade sobre a sua descendência, da
mesma forma que a idolatria dos príncipes de Israel prejudicou todo o povo, como visto, no Livro
de Ezequiel, porque os chefes dos judeus tinham autoridade sobre o povo.

Assim é bem possível que se houver um espírito maligno agindo na sua vida sem que você
tenha tido nenhuma culpa consciente, isso se dê pelo fato de que você é vítima das ações de magia
negra que um dos seus ancestrais praticou, amarrando ele e a descendência dele aos serviços
daquela entidade. Se você sentir que está sendo alvo de ataques espirituais, sem jamais ter aceito
qualquer obra de bruxaria, esse pode ser o motivo. Procure saber se algum ancestral seu se
envolveu com bruxaria ou se ele fez algum tipo de pacto. Nesse caso saber o nome da entidade
ajuda bastante. Porém não se assuste ou intimide, é promessa dele que: “..., mas uso de
misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”. A graça
de Deus superabunda e tudo restaura e regenera. Tenha fé no Seu infinito amor e na sua inesgotável
fonte de luz. Esse é o princípio da sua libertação da dos seus filhos e de toda a sua descendência.

166
39. ADORAÇÃO INVOLUNTÁRIA

Pais têm responsabilidade espiritual sobre seus filhos da mesma forma que os governantes
também possuem sobre os governados. As más ações dos chefes de famílias repercutem na vida
dos filhos. Os filhos, netos e até bisnetos podem acabar sendo vítimas dos ritos de sacrifício que
seus pais ou avós ofereceram às entidades. Alguém pode argumentar que isso é injusto. Isso não é
menos injusto que alguém nascer rico, e herdar fortuna sem merecimento, nascer bonito, alto... ou
mesmo nascer com uma doença hereditária. Somos frutos das escolhas de nossos pais, essa é a
estrutura da realidade.

Somos seres materiais, mas somos também seres espirituais e, da mesma forma que temos
uma herança material, recebendo bons genes como beleza, inteligência, força física, altura... temos
também uma herança espiritual que recebemos de nossos pais e avós. Quando se fala que
alcoolismo é uma doença hereditária provavelmente estamos tratando de uma maldição
hereditária, um espírito de alcoolismo que foi passado de geração em geração na nossa família. A
vida é assim e não adianta reclamar.

O mundo espiritual é uma realidade da mesma forma que o mundo material também é,
somos afetados pelo mundo espiritual de diversas formas e recebemos as suas consequências, quer
queiramos ou não... quer saibamos ou não. O que nós podemos fazer é conhecer o mínimo de
demonologia, da natureza das entidades malignas para que, sabendo da sua forma de atuação e
também trabalhando a nossa fé e a nossa conexão com Deus de forma a estarmos protegidos dos
ataques do Reino Negro, nós nos protejamos, protejamos as nossas casas, famílias, negócios e a
nossa nação.

Quando alguém, seja cristão ou não, pede algo a Deus, o que mais conta é a fé que envolve
o pedido. De fato, Jesus Cristo nos ensina em Mt 17,20 que: "Porque a fé que vocês têm é pequena.
Eu asseguro que, se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este
monte: 'Vá daqui para lá', e ele irá. Nada será impossível para vocês”.

O poder da fé é algo que nos é revelado diariamente. Fé, esperança, motivação... tudo isso
leva o homem a superar seus próprios limites e a verdadeiramente observar pequenos milagres
ocorrendo no dia a dia. Aquele que mantém o pensamento positivo se associa às hostes de luz é
mais forte e ultrapassa em muito as suas realizações se contasse apenas com as suas possibilidades.

Quem pensa e trabalha vibrando na luz de Deus tem toda a Pátria do Espírito trabalhando
em seu favor. Mais fé que tenhamos, mais poderemos realizar. Reclame, amaldiçoe a sua sorte e

167
você estará convidando o Reino Negro a atuar na sua vida. Esse ensinamento não é apenas cristão,
mas é pertencente às principais tradições religiosas e a todas as pessoas de bom senso, e é
comprovado nas nossas experiências do dia a dia. Assim as batalhas que nós enfrentamos no dia a
dia têm apenas uma barreira principal... a nossa fé, que é “pequena”. Tirando esse nosso obstáculo
interior, até os montes obedeceriam ao nosso comando, se tivéssemos fé.

Já com o Reino Negro não funciona assim. Quando alguém quer “trazer a pessoa amada
em três dias” e procura uma casa de magia negra para fazer o feitiço, no pacote não está incluída
a “fé” da pessoa. Magia negra é uma fórmula precisa. É quase uma ciência física. Obedece a Lei
da Equivalência Hermática: “o que está em cima é como o que está embaixo”. Se você seguir o
rito e usar os elementos necessários o resultado acontece “magneticamente”. Quando alguém
sacrifica uma criança para obter sucesso e fortuna, e o ritual ocorre da forma prevista, o resultado
aparece. Ninguém que pratica ritos de sacrifício às entidades e mata um bebê inocente precisa
colocar ainda “um pouquinho de fé” ou de “pensamento positivo” pra fazer o ritual funcionar. Só
precisa sacrificar CORRETAMENTE, obedecendo aos rituais, e o resultado ocorrerá.

Os ritos de sacrifício às entidades são praticamente fórmulas físicas, quânticas, onde o


tamanho do sacrifício oferecido é o que vai determinar o tamanho do resultado a ser alcançado.
“O que está em cima é como o que está embaixo” é uma das sete leis herméticas. A quantidade de
energia liberada pela matéria sacrificada e que foi modificada pelo rito e direcionada para o mundo
espiritual vai retornar de volta para o adepto na forma material do que tiver sido requisitada aos
encostos que presidem o rito no mundo espiritual. O rito corretamente executado é o que garante
que a energia liberada pelo sacrifício foi recebida de forma adequada pela entidade e é o que
“amarra” a entidade a obrigando a entregar o que foi prometido no Mundo Material.

Se o rito não for corretamente praticado, as energias serão dispersadas, não serão recebidas
pelos espíritos, os efeitos não se farão observar e todo o sacrifício terá sido em vão. Assim, quando
se trata de bruxaria e magia negra, NÃO PRECISAMOS TER FÉ para obter o resultado. Por outro
lado, os ritos têm que ser perfeitamente executados. Um mínimo erro, pode pôr tudo a perder.
Ritos complexos, que levem horas e que usem de muitos elementos, que não podem ter erros de
execução, são, em boa parte das vezes, executados pelas próprias entidades através de bruxos
incorporados. Esses espíritos podem ainda chamar outros para ajudar.

Sensitivos, que tem o dom da visão, já relataram que viram trabalhos de magia negra pesada
em que o rito espelhado, ocorrendo ao mesmo tempo no mundo físico e no mundo espiritual era
operado por 10 bruxos no mundo material e, ao mesmo tempo, por dezenas de espíritos no plano
espiritual para a realização do rito de forma adequada e a obtenção dos resultados. Via de regra,
168
quanto mais espíritos “trabalhando”, mais matéria precisa ser sacrificada para “alimentá-los”.
Alguns ritos ancestrais foram completamente esquecidos já que exigiam o sacrifício ritual de
dezenas de pessoas. As vezes até centenas. E contavam com centenas de bruxos operando o rito
ao mesmo tempo, de forma sincrônica e coreografada. Acontecia um belo balé diabólico em que
cada ato possuía um sentido profundo e desencadeava forças e energias misteriosas que em
conjunto faziam com que o rito fosse bem sucedido. Um breve erro poderia pôr tudo a perder e os
resultados não se realizam.

A título de exemplo, os festivais religiosos astecas trucidavam DEZENAS DE MILHARES


DE ESCRAVOS em rituais macabros no alto das pirâmides e garantiram o poder asteca e a
hegemonia deles sobre os povos conquistados, os mesmos povos escravizados que lhes forneciam
escravos infinitamente para o consumo das entidades que os astecas adoravam. O excelente filme
“Apocalypto” de Mel Gibson, retrata muito bem o tema.

Assim, quando pessoas se perguntam COMO astecas e egípcios puderam construir


pirâmides tão perfeitas sem acesso à tecnologia adequada, e resposta está, não em discos voadores,
mas no mundo espiritual. Esses ritos de sacrifício de centenas de humanos e que estão hoje
perdidos, convertiam tanta matéria em energia que praticamente tudo o que fosse pedido seria
realizado com relativa facilidade pelos espíritos e entregue aos homens. Por alguma razão não
explicada ainda, o formato piramidal serviria para direcionar as energias captadas pelos sacrifícios
para o mundo espiritual com um mínimo de perda.

A pirâmide de Gizé possuía uma magnífica cobertura da calcário branco extremamente


polido, que refletia quase como um espelho à luz do sol. Supõe-se que o brilho poderia ser visto
da lua. Provavelmente todos esses detalhes tinham um propósito físico e espiritual eram
comunicados aos viventes através dos oráculos. É muito ingênuo achar que o objetivo de
construção das pirâmides, a um enorme custo financeiro e com milhares de escravos morrendo no
processo, era apenas fabricar um belo túmulo para o faraó do momento... As pirâmides são o
veículo de entrega perfeito dessa energia aos espíritos e aparecem em diferentes lugares e diversas
tradições, culturas que nunca se conheceram usaram da mesma arquitetura ritual piramidal. A
lógica em todos esses lugares foi sempre a de entregar sacrifícios às entidades e receber delas
coisas materiais, poder sobre o povo, colheitas fartas, vitórias nas guerras, vitória sobre os
inimigos.

Os sacerdotes entregam COISAS aos espíritos e em troca os espíritos entregam


COISAS aos bruxos e sacerdotes. É uma troca que obedece perfeitamente à lei hermética da
equivalência: “o que está embaixo é como o que está em cima”.
169
40. AS EMPRESAS LUCRAM

Temos aqui que as elites dominantes tinham um comércio estabelecido com o mundo dos
espíritos. Quanto mais sacrifícios eles davam às entidades, MAIS PODER essas elites recebiam
sobre o mundo material. Religiões e cultos de sacrifício obedecem a esse princípio sem exceção.
É uma troca, um comércio entre o mundo dos vivos e o mundo dos espíritos. O termo “loja” para
designar os templos de determinados cultos esotéricos pode ter origem nessa percepção da
realidade e das dinâmicas de interação entre o mundo dos espíritos e o mundo dos homens.

Nós, militantes de 3ª Posição, sabemos que esse princípio oculto foi mantido guardado
através de sociedades secretas e que hoje, em pleno século 21, boa parte das famílias que manda
no mundo conhece esses ritos ancestrais e usa de sacrifícios, especialmente de crianças, para a
conquista de coisas materiais e para a ampliação de seu poder político e comercial. Isso é o que
acontece no mundo atual e é essa a lógica que está por detrás das redes ocultas de pedofilia e do
desaparecimento anual de quase 40 mil crianças, e não apenas praticadas por lideranças políticas,
mas também por artistas e homens de negócios. Quando os principais expoentes da 3ª Posição
afirmaram que capitalismo é diabólico eles seguramente tinham em mente o que está sendo
brevemente discutido aqui. Temos hoje uma multidão de empresas e homens de negócios que
oferecem ritos de sacrifício aos espíritos impuros para terem ajuda sobrenatural na expansão das
suas atividades comerciais.

Quando vemos grandes empresas, corporações bilionárias como a Netflix e a Burguer


King, gastando milhões em propaganda e no desenvolvimento de produtos “lacradores” que não
agradam às pessoas, mas que tão somente tem o objetivo de “lacrar” politicamente, precisamos
entender que essas grandes empresas não obedecem à lei do lucro. Elas não estão inseridas em um
regime capitalista, estritamente falando... Elas já não fazem propaganda dos seus produtos, mas
fazem propaganda da degeneração anticristã que é parte do plano de controle mundial do Reino
Negro. O caso da Netflix é o mais emblemático.

Segundo o que nos traz o canal do Based Viriato, a Netflix nunca deu lucro. Todos os seus
filmes e séries contém apologia ao homossexualismo, uso de drogas e destruição da família. Ela
não passa os clássicos “filmes de macho” com John Wayne, Silvester Stalone ou clássicos
familiares de Frank Capra. É só pederastia e normalização do uso de droga o TEMPO TODO. Só
filme merda. Com esse cartel de opções infelizes é mesmo impossível de dar lucro..., mas mesmo
sem dar lucro no ano passado ela recebeu 4 bilhões de dólares em empréstimos para sanear as suas

170
contas. E fica a pergunta... quem empresta dinheiro a uma empresa que NÃO DÁ LUCRO... num
regime “capitalista”?

A resposta não está contida dentro das premissas do capitalismo, das teorias políticas de
direita ou esquerda. Se você se utilizar dessas teorias políticas fracassadas você provavelmente
não vai entender NADA do mundo atual. Essa empresa não existe pra dar lucro, mas pra fazer
propaganda contra as famílias, as nações e todos os comportamentos saudáveis que libertam o
homem e as famílias das amarras do Reino Negro. Ela vai permanecer dando prejuízo eternamente
e vai eternamente seguir sendo sustentada pelos empresários e banqueiros que servem ao Reino
Negro enquanto ela se mantiver destruindo todas as virtudes que são conexas às da Pátria do
Espírito. Mais uma vez, estamos diante de fenômenos que só podem ser explicados através de uma
3ª. Alternativa Política, que tenha uma base espiritualista e que fuja dos espectros ultrapassados
da direita e da esquerda. É disso que trata a 3ª Posição.

De forma indireta, toda empresa que está empenhada em “lacrar” serve ao Reino Negro, e
tem que ser boicotada e denunciada, roubada e vandalizada, processada, ter seus conteúdos
pirateados e sofrer todo tipo de ataque, legal ou não, pelos soldados políticos e militantes de 3ª
Posição. É uma guerra de libertação. Eles têm o capital, nós temos a Verdade.

Quando o Prof. Olavo de Carvalho diz que todo aborto é um sacrifício ao diabo, é
exatamente disso que ele está falando. Ainda que possa ser um exagero (não muito), o fato é que
boa parte das clínicas de aborto, notadamente as da Planet Parenthood nos Estados Unidos, possui
rituais de magia negra associados aos protocolos de aborto e que são praticados ocultamente,
distante das clientes pela equipe médica envolvida. Essa afirmação está largamente documentada
e não precisa de comprovações. Taca no google e você vai ver. As crianças abortadas são
oferecidas aos demônios. A energia desses sacrifícios é oferecida às entidades que trabalharão em
favor de quem os bruxos responsáveis pela Planet Parentohood mandarem que eles trabalhem.
Todos os presidentes do Partido Democrata Americano, depois de Kennedy, financiavam as
atividades dessa multinacional da morte. É uma forma “limpa” de colocar os espíritos para
trabalhar em seu favor, colocar as entidades “pra fazer campanha” para eles, mas sem “sujar as
mãos”, sem estar fazendo parte de rituais de sangue e correr o risco de ser descoberto. Dito de
outra forma, os candidatos democratas davam dinheiros às bruxas da Planet Parenthood e em troca
elas mandavam as entidades que se alimentam das crianças abortadas trabalharem para esses
candidatos.

De alguma forma, ao que parece, essa articulação é feita através, principalmente, da Hillary
Clinton. As ligações dos Clinton com magia negra são também fartamente conhecidas e não
171
precisam de comprovação. O mentor dos Clinton, Saul Alinsky, judeu, filho de emigrantes russos,
filósofo e arqueólogo, autoridade mundial em ritos ancestrais caldaicos e sumérios e que oferece
seu livro de táticas políticas revolucionárias a ninguém menos que ao próprio lúcifer (que segundo
ele foi “o primeiro revolucionário, que se rebelou contra o establishment e conquistou seu próprio
reino”). Ele foi ainda o mentor da Hillary Clinton, e ela lhe dedicou a sua tese de doutorado a ele
e ao seu trabalho de desenvolvimento de uma metodologia na organização de células
revolucionárias. É figura central na metodologia que o partido democrata americano passou a
adotar após os anos 60. Dito de outra forma, o Partido Democrata Americano foi cooptado pelo
Reino Negro, e se tornou socialista, após Saul Alinsky.

O mundo jaz no maligno. Os bastidores do poder político mundial, inacessíveis aos homens
comuns, é repleto de magia. E magia negra. Satanismo. Sacrifícios humanos. Sodomia ritualística.
Assassinato ritual, molestação sexual de crianças e canibalismo de bebês. Zoofilia e necrofilia.
Poderosas corporações, magnatas, chefes políticos e militares, profissionais de mídia, grandes
atores e atrizes, cineastas famosos... todos se amarram em sociedades secretas que praticam
sacrifícios às entidades em troca de dinheiro e poder. As redes de proteção a pedófilos famosos
são baseadas nas lealdades que esses poderosos matem entre si e as suas seitas macabras. Um
exemplo evidente disso são as ligações do bilionário, bruxo e pedófilo judeu, Jeffrey Epstein,
incluíam o ex-presidente americano Bill Clinton entre os seus seguidores. E não apenas ele.
Empresários, políticos a até mesmo o filho da Rainha da Inglaterra estavam entre os clientes do
maldito, que se matou na cadeia, pouco depois de ter sido preso.

O sensacional filme “De Olhos Bem Fechados” do também sensacional diretor Stanley
Kubrick, expõe essa dinâmica adoração macabra em cultos sinistros baseadas em orgias sexuais
que se dá unicamente entre as elites e todo o sistema de proteção mafiosa que eles adotam para se
preservar do julgamento moral do grande público. Stanley Kubrick, de quem se diz que “fazia
parte” de círculos esotéricos, morreu misteriosamente pouco antes do lançamento do filme.

Esses são os responsáveis pelo laicismo moderno, por implementar um discurso anti-Jesus
Cristo, por retirar Deus da esfera do debate público, por perseguir a Igreja. Por manter e alimentar
um ambiente de depravação moral que seja propício à dominação do Reino Negro. Por ridicularizar
e descredibilizar a igreja, por desacreditar dos poderes de expulsão do mal que a Igreja possui, por
rebaixar o Santo Nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Se empenham em manter a massa das
pessoas alienadas dos processos ocultos que regem a história. Essa é a missão primordial deles e
a sua ferramenta de defesa. Se fossem anunciadas as abominações que eles praticam, como o
fazem, e em troca de quê, eu não tenho dúvidas de que os cidadãos comuns acenderiam novamente

172
as fogueiras da inquisição como fizemos na Idade Média, e trucidaríamos esses malditos como
eles fazem com os bebês em seus hediondos sacrifícios humanos.

173
41. RITOS INVOLUNTÁRIOS E O CÓDIGO DA MENTIRA

Apesar de estar oferecendo realmente sacrificando ao diabo, isso não significa, contudo,
que as mulheres que buscam uma clínica de aborto saibam que estão entregando seu bebê para
satanás se alimentar. Elas provavelmente não têm nenhuma ideia do que estão fazendo, de fato, e
das implicações dos seus atos. Não sabem que estão alimentando o Reino Negro e contribuindo
para a opressão e a escravização da humanidade.

Mas NÃO IMPORTA! Mesmo na sua ignorância terão que pagar um preço terrível pelo
ato monstruoso em que estão envolvidas e são nossas inimigas, inimigas da nossa Pátria do
Espírito. E obviamente que nem os bebês sacrificados sabem. De fato, tal qual um bebê numa
clínica de aborto, uma virgem que era sacrificada no alto de uma pirâmide asteca não tinha a menor
consciência do que estava se passando e do porquê ela estava sendo sacrificada às entidades. E
mesmo que soubesse, nada disso importaria para a realização do ritual. As plateias que assistiam
e que participavam do ato, enviando energias de excitação e gritos de êxtase, tão pouco tinham
como entender exatamente o que estava se passando ali. Da mesma forma os soldados que
capturavam os escravos nos campos de batalha e que conduziam as vítimas até o alto das pirâmides
astecas provavelmente também não tinham ideia do porquê tinham que fazer isso. Ou talvez até
soubessem, ainda que de forma resumida.

Eles podiam até saber do que se tratava, mas se não soubessem isso não alterava em nada
o resultado do ritual de que eles fizeram parte. A vítima do sacrifício, quem ou o que está sendo
sacrificado e as pessoas que colaboram para o sacrifício não precisam saber da finalidade última
do ritual, mas apenas as entidades que regem o sacrifício. Na verdade, na larga maioria dos casos,
nem o bruxo que opera o ritual no mundo material tem plena consciência do que está fazendo. Boa
parte deles é ignorante no que diz respeito aos processos e são apenas um eco do que mandam os
espíritos a que eles servem, repetindo o que lhes é mandado repetir e fazendo o que lhes é mandado
fazer.

Nem todos os sacerdotes negros possuem o verdadeiro conhecimento e só acessam ao que


as suas entidades permitem que eles acessem e só vão até onde as suas escolas de mistérios lhes
permitem ir. Porém, o que todos eles sabem é que quanto mais você oferece ao mundo dos
espíritos, mais você pode pedir deles (“o que está em cima é como o que está embaixo”).

Dessa forma a adoração ao demônio, a ajuda que as pessoas prestam ao Reino Negro,
PODE ser involuntária, pode ser inconsciente e ainda assim atingir os efeitos pretendidos pelo
Reino Negro. É por isso que usar um amuleto ou uma imagem oferecida aos encostos pode trazer
174
prejuízo mortal para quem, ignorantemente, fizer uso dessa imagem achando que está “tudo bem”.
Os encostos não têm piedade da ignorância. Se cometermos um erro por ignorância, seremos
devastados pelos espíritos. Um exemplo dessa preciosa lei espiritual está no Episódio da Queda e
Expulsão do Jardim do Éden. Mesmo sem saber exatamente o que estavam fazendo, Adão e Eva
pecaram, e disso acarretou consequências drásticas.

Assim “adorar o diabo” de forma involuntária, ou colaborar como Reino Negro “sem
querer” é uma possibilidade e, acho, a maioria de nós já fez isso sem saber... o que não impede as
consequências possivelmente danosas das nossas atitudes. Por isso somos um país pobre. E não
digo apenas pobre materialmente, mas moralmente também. Porque adoramos o diabo sem saber.
Porque permitimos que os governos criem um ambiente moral e político em que os encostos atuem
de forma livre SOBRE AS NOSSAS VIDAS, nos sugando, nos enfraquecendo, nos drenando, nos
envenenando... e por fim nos matando. Especialmente matando a nossa juventude e bebendo o seu
sangue derramado a troco do fortalecimento dos demônios nas esquinas e encruzilhadas das nossas
periferias favelizadas.

De fato, nem todo rito negro de sacrifício aos espíritos malignos é tão “encenado” ou
dramatizado como se vê nos filmes e se lê nos livros. Ele pode ser muito mais sutil e passar
desapercebido por boa parte de nós. Agir nas trevas, nas sombras, passar despercebido, fomentar
a incredulidade e a ignorância é a razão do sucesso do Reino Negro no nosso século. Se eles fossem
explícitos, se eles mostrassem abertamente o que fazem com as crianças que eles sacrificam... não
temos dúvida, as fogueiras da inquisição se acenderiam novamente... as dramáticas lições
aprendidas na gloriosa Idade Média não serão esquecidas pelas potestades e pelos demônios e por
isso urge que eles sejam discretos e recebam as suas adorações e as energias que roubam de nós
de forma discreta e quase invisível.

Quando o Prof. Olavo de Carvalho informou publicamente que a corporação bilionária


Pepsi Cola usava células de (rins de) um bebê humano abortado na fabricação dos adoçantes de
alguns dos seus refrigerantes, muita gente o chamou de louco. De fato, parece coisa de louco,
mesmo. Mas para quem tem conhecimento desses processos ocultos que movem a história sabe
que o sacrifício de crianças é uma REALIDADE EMPRESARIAL no mundo moderno.

Dez anos depois, em dezembro de 2019, a Pepsi finalmente divulgou que não mais
financiaria a “pesquisa” que usava células humanas na composição dos seus adoçantes de forma
que não fosse mais necessária a inserção de células de cultura de tecidos humanos (de bebês
abortados) na produção dos seus refrigerantes. Ou seja: não usaria mais pedaços de bebês mortos
para fazer refrigerantes. Não foi divulgado onde essas células eram adquiridas. Alguns afirmaram
175
que se trata de uma fazenda celular de células retiradas dos rins de um único bebê... (é fato dado
como certo que a corporação da morte, a Planet Parenthood, realmente VENDE partes dos corpos
das crianças abortadas para uso particular. A finalidade alegada seria o uso de tecidos humanos
em experiências científicas..., mas há indícios de que são usados em ritos de magia negra).

Não é preciso ser muito inteligente para se perceber que não existe NENHUMA
necessidade de células humanas em qualquer etapa da fabricação de refrigerantes. Além de caro é
ridículo, e pode representar imenso prejuízo em termos de imagem, caso seja descoberto, o que
acabou acontecendo no caso da Pepsi. Então, uma explicação razoável para o porquê disso pode
ser retirada das teorias que este livro assume.

O uso de partes do corpo de crianças mortas e oferecidas a entidades para a alavancagem


das vendas da Pepsi Cola, amarrados num pacto macabro de auxílio às entidades infernais pode
ter sido feito. Partes de cadáveres são elementos preciosos em rituais de magia negra (necromantes
praticavam o canibalismo ritual, tal qual os indígenas brasileiros) e atuam como catalisadores
energéticos poderosos. Por essa lógica, todos os que beberam acabaram participando dum mesmo
ritual macabro, em escala mundial, sem jamais saberem disso. A Pepsi estava “oferecida” ao
demônio e as crianças sacrificadas, cujos corpos foram usados nos refrigerantes, eram pontes que
permitiram ao Reino Negro entrarem, literalmente, nas vidas das pessoas que usam do refrigerante.

Quem bebeu as crianças deu permissão para o inferno agir nas suas vidas e, ao invés de se
alimentar da bebida, pode ter, ele mesmo, sido o “alimento” de entidades malignas. Na
terminologia deste livro, quem bebeu “abriu os portais” ... “convidou o vampiro para entrar” e
drenar as suas energias enquanto bebia o refrigerante. De toda forma, qualquer que seja a hipótese,
é MACABRO usar células humanas em alimentos, além de completamente desnecessário. É uma
forma mitigada de CANIBALISMO o que o bom senso humano universalmente repudia. Não há
nenhum sentido comercial nisso e não há como não vermos uma inserção do Reino Negro aí.

Uma célula de uma criança abortada numa lata de refrigerante pode ser imperceptível aos
nossos olhos, mas é um sinal claro pra um espírito agir (ou deixar de agir). Quantos produtos
industriais já não vêm “batizados” com sinais macabros, imperceptíveis aos homens, mas visíveis
aos encostos? Quantos já não vem “oferecidos” ao Reino Negro e são micro “portais abertos” que
dão aos espíritos autorização para entrarem nas nossas vidas e sugarem algo de nossas vidas? Será
que é por isso que comida industrializada faz tão mal?

É impossível saber ao certo que produtos têm ou não parte com o Reino Negro mas
sabemos que TODO RITO passa pela manipulação da MATÉRIA, usando determinadas

176
linguagens, codificadas através símbolos, palavras, cantos e atos, mas também de sinais gráficos,
escritos... toda uma simbologia que opera a transmutação daquela matéria que está sendo ofertada
em energia, e a direciona para o mundo espiritual e alimenta essas entidades. Esses símbolos e o
uso desses símbolos acaba sendo uma espécie de “tecnologia” que ressignifica a matéria e que
pode ser identificada por quem tiver o olhar treinado para perceber isso. Soldados políticos TEM
QUE SABER identificar os sinais de pessoas, políticos, corporações... que usem símbolos
maçônicos, babilônicos, gnósticos, esotéricos... e que tenham acordo com as entidades.

Símbolos malignos, fálicos, “de fertilidade” e etc... são inseridos discretamente nas
logomarcas de grandes corporações e em seus produtos, bem como em filmes e novelas... discos
que se tocados ao contrário revelam mensagens de louvor a antigas entidades pagãs que foram
adoradas como deuses ancestrais por povos há muito já desaparecidos, por exemplo, também
podem ser partes desses ritos de adoração involuntária. O caso da Xuxa é o mais famoso, mas não
é o único. É tese deste livro que altas personalidades, empresários, corporações... se utilizam
reiteradamente desse tipo de “serviço” como forma de eliminar a concorrência.

Não entender que há gente poderosa praticando magia negra como forma de perpetuar o
seu poder, não aceitar que existe gente que se vende aos interesses do Reino Negro para ter
vantagens materiais, significa não entender o mundo em que vivemos e as forças que o movem.
As teorias políticas de esquerda e de direita não abordam esse viés fundamental. Como todo
materialismo é limitado enquanto teoria explicativa da realidade e, não raro, é ferramenta de uso
das entidades.

Temos corporações e movimentos políticos que possuem até um “príncipe”, uma potestade
espiritual que zela pelos interesses e sucessos daquele grupo e que, em troca, recebe uma parcela
“dos lucros”, recebe “sacrifícios materiais” e homenagens dos seus participantes. Esse livro se
resume nesse parágrafo. As elites que dominam o mundo moderno são comprometidas até o caule
com a adoração das entidades. Artistas, políticos, empresários... uma larga parcela das nossas elites
rende homenagem ao Reino Negro em troca de sucesso material. Essa é, em suma, a Metafísica
da 3ª Posição. Além de prestarem conscientemente culto a entidades ancestrais eles também
manipulam a realidade, criando um ambiente social degradado em que sejamos levados a adorar
inconscientemente esses espíritos malignos e os ajudar a fortalecer, usando das nossas energias e
das nossas famílias.

É por isso que boa parte de nós já pode ter prestado culto a entidades sem jamais saber que
o prestou. Reitero que, para militantes de 3ª Posição, é importante termos um olhar treinado para
podermos identificar esses processos ocultos de adoração das entidades que acabam sempre
177
aparecendo aqui e ali, na mídia, mas que passam despercebidos ao olhar do homem comum. Somos
diariamente manipulados, forçados, talvez, a tomar parte em rituais malignos, operados pelas
grandes corporações, e que visam a fortificar o Reino Negro e à escravização energética da
humanidade em favor do enriquecimento material das elites e dos espíritos malignos às custas das
nossas energias vitais, da destruição das nossas famílias e do nosso povo.

Já a adoração a Deus não observa esse “código da mentira”. A adoração a Deus precisa ser
consciente e voluntária. Ninguém adora a Deus “sem querer”, mas adorar o diabo sem intenção é
perfeitamente possível e é o mais comum, aliás. Boa parte dos adoradores do demônio sempre
acreditou que estava adorando algum tipo de deus ou que estavam fazendo uma coisa boa.
Adoravam uma coisa achando que estavam adorando outra. “O diabo é o pai da mentira” e a
mentira favorita dele é se fantasiar de Deus e ser adorado em Seu lugar.

Assim entendam que fazer um rito mágico macabro ou sacrificar um bebê não exige
nenhum tipo de amor ao diabo ou qualquer tipo de fé espiritual no demônio, mas precisamos
apenas fazer o rito e pagar o preço combinado, a oferenda, para que se consiga o que se deseja. Já
para pedir um milagre a Deus é necessário amor e fé. Crença sincera nele e no Seu infinito poder
de operar a vitória sobre a morte e sobre as próprias leis do universo. Sem fé e amor, Deus não
opera nas nossas vidas. Há um mundo de diferença entre a religiões do Reino Negro e a legítima
adoração a Deus.

O “código da mentira” é isso. Os espíritos adotam diversas maneiras de nos enganar e


receber de nós a “autorização” que lhes permite entrar nas nossas vidas e nós sugar... se possível
até nos destruir. A “adoração” involuntária é nada mais que dar essa autorização aos espíritos para
começarem a agir nas nossas vidas e nas das nossas famílias... é abrir os portais e autorizar a
passagem deles. Mais uma vez recorrendo ao mito do vampiro: adorar ao diabo “sem querer”,
equivale a convidar o vampiro a entrar nas nossas casas, sem saber que o convidado é um vampiro.
Somos furtivamente levados a participar de rituais, sem sabermos disso, e, assim, permitimos que
as entidades associadas a esses ritos nos vampirizem, entrem nas nossas vidas, consumam nossa
energia e lentamente nos destruam, sem nem ter ideia do que foi que foi que nos aconteceu.

Já a adoração a Deus PRECISA de Fé. A adoração ao diabo só precisa que participemos


do rito e que ofereçamos uma oferta em sacrifício em favor das entidades.... e o PIOR, em boa
parte das vezes, tal qual a virgem que era sacrificada no alto da pirâmide asteca sem saber porque
estava sendo sacrificada, em boa parte das vezes... nós mesmo somos a oferenda aos encostos! Já
para Deus agir nas nossas vidas precisamos CRER nele.

178
Enquanto isso o Reino Negro pode passar a atuar nas nossas vidas independentemente da
nossa crença nele. Ele não precisa que nós creiamos nele para que os encostos possam agir nas
nossas vidas e nas das nossas famílias. Podemos ser levados involuntariamente a fazer parte de
ritos e em boa parte das vezes a oferta desses ritos somos nós mesmos, que nos oferecemos como
vítimas sacrificiais para sermos sugados pelos encostos SEM JAMAIS SABER disso. Sim...
quando participamos de um ritual SEM SABER.... a vítima sacrificial somos nós mesmos e,
realmente, NÃO INTERESSA se você crê nisso ou não.

179
42. QUANDO EU FUI VAMPIRIZADO

Eu, uma vez em viagem, acabei visitando um “museu” xintoísta (na verdade era um templo
aberto à visitação e à venda de souvenires). À certa altura, durante a visita guiada, um xamã pediu
aos presentes que participassem de um culto ancestral de adoração ao sol e, claro, pra convencer
as pessoas a tomarem parte de ritos estranhos e cantorias cafonas, subornou os presentes pedindo-
lhes que escrevessem um desejo em um pedaço de papel, o colocasse em uma urna que seria
“rezada” e depois queimada (o fogo é Elemental importante em ritos, como se sabe), e esse desejo
“ocorreria”.

Evidentemente eu não tomei parte do ritual e nem coloquei qualquer desejo meu na urna.
Minha acompanhante nessa viagem, uma belíssima mulher que possui um cargo elevado na
administração pública federal, por outro lado, fez questão de participar ativamente do rito e colocar
seu desejo na urna... a lógica dela era “se bem não faz, que mal pode fazer?” ... evidente está que
a contaminação pode se dar involuntariamente através de ritos. Assim eu acho que participar de
ritos estranhos pode fazer mal... e muito.

Tendo em mente que a adoração ao diabo não segue as mesma regras da adoração a Deus,
que nossa adoração a Deus precisa ser consciente, que precisamos amar e crer em Deus para que
Ele se manifeste na nossa vida, que precisamos do entendimento correto do que está se passando,
mas que o “pai da mentira” pode usar das nossas ações, intenções, da nossa matéria e, em última
instância, usar das nossas “energias” em ritos em favor do Reino Negro mesmo sem o nosso
entendimento do que está ocorrendo ali... aí então saberemos que ritos “étnicos”, aparentemente
inocentes, podem ser o início de um processo que pode nos arrastar numa espiral crescente de
contaminação espiritual e chegar, em casos extremos, a destruir as nossas vidas. Ou então ser
completamente inócuo, não passar de um teatrinho bobo pra enganar turistas, e não ter qualquer
capacidade de gerar efeitos no plano material. Assim a pergunta dela, ao invés de ser “que mal
pode fazer?” deveria ser “que bem pode fazer?”. A resposta é “bem nenhum - não faça”.

Aquele dia foi um dia cansativo, de longas caminhadas com paradas para fotos e atenção
máxima ao que o guia estava dizendo. Mas... eu tive a impressão de que a parada no templo shintô
me desgastou profundamente, muito mais do que o normal. Quando eu percebi que o formato do
templo era o de uma pirâmide, quase o de uma antena, me dei conta de que eu pude ter sido vítima
de uma cilada. É evidente que pode ter sido só impressão..., mas eu creio que posso ter sido
vampirizado ali mesmo, mesmo sendo o único dos presentes que não tomou parte ativa no rito

180
“turístico” que o reverendo xintoísta promoveu. Assim que me dei conta disso eu invoquei o Santo
nome do Senhor e seus anjos em meu auxílio..., mas o estrago já estava feito.

Cheguei ao meu hotel completamente acabado, esgotado no último estágio. No dia


seguinte não consegui me levantar da cama e acabei perdendo um dia de viagem. Caí numa cilada.
Fui “drenado” pelos encostos que habitavam o templo e sugavam os otários que ali estavam,
tirando fotos e participando “sem intenção” de um rito xintoístas.

Com efeito eu recomendo a todos os leitores, sejam cristãos ou não... não tomem parte em
rituais desconhecidos. Se você não sabe exatamente do que se trata é bem capaz que venha a ser
feito de trouxa pelo sacerdote do culto e pelos espíritos que o frequentam. Como se diz em roda
de truco “toda roda tem um otário. Se você está numa roda de jogo e não sabe quem é o otário,
esse otário é você”. Ninguém sabe o que está acontecendo ali ao lado, no mundo espiritual
enquanto o rito “inocente” acontece. E quem sabe não vai te dizer.

Todo rito feito em favor das entidades malignas tem uma “vítima” sacrificial. Tem que ter
matéria ofertada e transformada em energia para o uso das entidades. Pode ser uma garrafa de
cachaça, pode ser uma galinha, um charuto queimado... ou pode ser você. Assim, num rito
aparentemente “sem sacrifício”, se você não conseguiu identificar quem é a vítima do sacrifício...
essa vítima pode provavelmente ter sido você. Usar das energias produzidas pelos humanos que
tomam parte em rituais sem saber exatamente o que “está acontecendo” é próprio e é típico dos
espíritos que vagam de portal em portal inventando desculpas culturais e buscando oportunidades
para vampirizar os viventes, lhes tomar um naco de luz na forma de uma adoração aparentemente
inocente e involuntária. Há sacerdotes que se fantasiam de “pessoas de luz” mas que são na verdade
bruxos negros, e vivem de promover ritos bobinhos, “sem sacrifício” aparente, quando na verdade
ele oferece as energias dos participantes para os encostos que lhes são associados e que, em troca,
trazem poder para esses sacerdotes... ele oferece OS PARTICIPANTES como sacrifício aos
encostos. A contaminação espiritual em ritos estranhos é uma possibilidade. Nada de bom pode
vir desse comércio imundo. Fujam disso.

Segundo Santo Agostinho o demônio é como um cão feroz, acorrentado. Faz muito
barulho, late, rosna. Mas ele só morde se chegarmos perto. Então VIGIEM pra que não entrem no
raio de ação da corrente e cheguem perto dos encostos.

181
43. ESTADOS UNIDOS, PORTUGAL E O DESTINO IMPERIAL DO BRASIL

Quando eu vejo gente espiritualizada, usualmente evangélicos, dizendo que o sucesso


material dos Estados Unidos se deve ao fato de eles serem uma nação protestante, essa análise me
parece apressada e provavelmente equivocada. Da mesma forma que os exércitos gregos, de forma
inimaginável, sob o comando de Alexandre o Grande, venceram o mundo por conta das guerras
que o “espírito príncipe” da Grécia travou no mundo espiritual em seu favor (desdobramentos dos
eventos dramáticos ocorridos e descritos no capítulo 10 do livro do Profeta Daniel), é bem possível
que o sucesso militar e material dos Estado Unidos se deva a bastidores espirituais que nós,
comuns, não temos acesso... a algum tipo de pacto macabro que amarrou fortemente os destinos
dessa nação e das suas elites aos interesses do Reino Negro.

Parece que eles se esquecem de quem é o “Príncipe deste mundo”. Pra mim, a principal
ferramenta de análise de toda obra não são as suas intenções, ditas ou escritas, mas as suas
consequências práticas. Quais são as consequências práticas do império americano? Ou do império
inglês, de quem é herdeiro direto? Essa árvore deu bons frutos? É um império de verdade, que leva
civilização e luz no meio da barbárie ou é uma máquina militar de opressão e roubo? Esse império
usa do seu poder e influência para levar a bandeira e a salvação de Cristo aos 4 cantos da terra ou
apenas explora materialmente as nações que submete? Leva drogas e prostituição às nações ou
leva o evangelho de Cristo e a sua salvação?

Eu tenho a mais absoluta convicção de que o proto Império Português foi um Império
Santo. Os portugueses se lançaram ao mar para levar a palavra do evangelho às nações pagãs do
mundo. Batizaram os indígenas brasileiros e se casaram com as suas filhas... porque, para eles, a
raça importava menos que a fé. Por isso ganharam o território do Brasil, grande como um
continente. Sua expansão e sucesso não ficou devendo nada à expansão dos exércitos de
Alexandre, o Grande. Não por menos o Reino Negro empenhou todas as forças em destruir a nação
portuguesa e entregá-la nas mãos dos seus inimigos culminando com a tragédia de Alcácer-Quibir
onde o rei português, Dom Sebastião, desaparece misteriosamente quando estava em combate,
culminando com o fim repentino da expansão portuguesa e de sua liberdade.

É importante lembrar que as elites portuguesas eram as herdeiras dos templários e


legatárias da sua missão civilizacional. Assim que a ordem dos templários foi destruída, pelos
interesses do banqueirismo internacional que cooptou a igreja e o rei francês (sempre eles),
interessados nas riquezas da ordem, ela se reagrupou sob o nome de “Ordem de Cristo”, com sede
em Portugal, e tinha a proteção do rei português. Levou não somente algo do suporte material e
182
das riquezas que os templários possuíam, mas o vasto conhecimento técnico e científico e a ciência
de mundo (especialmente mapas e ciência naval) que os templários conseguiram obter para a nova
Ordem de Cristo e os colocaram a serviço do Reino Português. Levou ainda o amor por Jesus
Cristo e a vontade em combater o combate santo, pela causa da fé. Portugal foi formatada e
impactada pelo ideal cruzado. O Brasil nasce daí.

Isso deu geração, no Reino Português, a uma elite santa, como nunca antes se tinha visto
no mundo. Os filhos da nobreza portuguesa corriam para a morte certa nas guerras de expansão
porque acreditavam piamente que estavam lutando pela Igreja de Jesus Cristo e pela salvação das
almas ao redor do mundo. Toda a nobreza portuguesa era permeada pela ideia central do destino
imperial português. Eram fanáticos guerreiros que viviam pela espada e morriam por Cristo.
Acreditavam vivamente que Deus tinha planos imperiais para Portugal. De fato, uma pequena
nação, talvez a mais pobre da Europa, colocou o mundo aos seus pés usando como alavancagem
moral a bandeira da Cruz e a pregação do Evangelho de Cristo. Isso era um sinal que não podia
ser ignorado.

O rei português, Dom Sebastião, encarnava sobremaneira essa filosofia imperial e não
acreditava que pudesse ser parado. Casto, sem filhos, solteiro... lutava em transe, rezando a Nossa
Senhora, com a espada nas mãos e um terço na espada. As sucessivas conquistas militares que os
portugueses tiveram pareciam sustentar a ideia de que a ajuda vinha mesmo do Alto. Seu plano
era conquistar todo o norte da África até chegar a Meca e profanar túmulo do profeta Maomé
proclamando a vitória militar da Igreja de Jesus Cristo.

Movido pela certeza de que era essa mesma a vontade de Deus, D. Sebastião se entregava
de corpo e alma aos combates até que... ele DESAPARECE na batalha de Alcácer Quibir. Ele não
“morre” em combate... ele DESAPARECE em meio a um vulto negro, um redemoinho que vai do
céu ao chão e o consome. Ele nunca mais é visto. A notícia do seu desaparecimento abala
fortemente a moral das elites portuguesas que se acreditavam até então invencíveis e ungidas por
Deus.

Por não ter deixado herdeiros diretos, a coroa portuguesa acaba caindo nas mãos do rei
espanhol de quem D. Sebastião era um parente distante. A coroa espanhola então passa a atacar
sistematicamente as elites portuguesas, destruindo e cooptando lideranças, roubando e dividindo
as propriedades rurais dos nobres e destruindo o país para que Portugal nunca mais se erguesse
como império novamente. Quando finalmente Portugal consegue a sua independência, se livrando
da Espanha, já está atrasado na disputa imperial com as demais nações europeias.

183
É um país pobre, arruinado e militarmente arrasado. Nunca mais seria o mesmo precisando
prostituir até a alma para a Inglaterra para se ver livre da sombra da Espanha, seu poderoso vizinho
“de porta”. Eu acredito que a Inglaterra e depois os Estados Unidos seu sucessor natural, só
obtiveram o posto de império mundial por conta do vácuo deixado com o desastre de Alcácer-
Quibir, a derrota portuguesa, o sumiço de D. Sebastião, o fim do império português, o fim da
dinastia de Avis e a sua anexação por Espanha.

É do meu entendimento que o Reino Negro trabalhou poderosamente para a destruição do


império Português. Sob essa ótica resta claro que o sumiço de D. Sebastião teve causas
sobrenaturais. Seu corpo nunca foi encontrado. Videntes e sensitivos tiveram premonições e visões
sobre as entidades negras que, vindo dos mais remotos cantos da terra, deixaram as rivalidades de
lado e trabalharam em conjunto no mundo espiritual para a destruição do império lusitano e a
anulação física de D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir. Não por menos ele desapareceu do
mundo físico de forma misteriosa e enigmática, seu corpo jamais foi encontrado... mas se encontra
até hoje presenta nas tradições populares do mundo luso, conectado de forma imaterial com a
sensibilidade espiritual do povo que anseia pela sua volta misteriosa e pela restauração do Império
de Jesus Cristo que ele encarnava e que foi prometido ao mundo.

É do nosso entendimento ainda que, seguindo uma velha profecia integralista, esse império
do evangelho, que como D.Sebastião, é mantido artificialmente oculto na história, impedido de
eclodir, pelas forças das trevas que trabalham contra o seu inevitável nascimento, mas que existe
enquanto potência e espera ansiosamente pela hora de ser parido e que vai finalmente levar a luz
de Cristo para os 4 cantos da terra, e que, assim como D. Sebastião, que segue por ora adormecido,
quando finalmente as forças das trevas não mais puderem evitar a sua eclosão e ele estiver
finalmente pronto para nascer de novo, brilhará a Nova Roma tropical, trazendo civilização e
esperança em meio ao caos e a barbárie no território da Nova Portugal, o Império do Brasil.

184
44. CONCLUSÃO

A importância do mito. Antigamente não tínhamos escrita, ou ela era muito rudimentar.
Toda transmissão era via oral. A formação das identidades coletivas se dava através da oralidade.
Nesse contexto o mito assume uma função de importância capital na expressão coletiva. O mito
preserva uma verdade popular, as vezes um acontecimento histórico ou uma pérola da sabedoria
daquele povo, que vem embrulhada em uma história fantástica, que seja interessante, para
despertar o interesse e assegurar que as gerações seguintes continuarão contando essa história e
preservando esse tesouro da sabedoria dos povos.

Mas, para quem tem o treinamento adequado, é fácil retirar as camadas de fantasia e
encontrar a coluna vertebral do mito, o que ele realmente tem a nos dizer e ensinar.

Alguns mitos nos causam uma imediata comoção, outros nem tanto. Quando vemos uma
história fantástica e nos identificamos imediatamente a ela, é porque ela expressa, nos seus
subterrâneos, uma verdade poderosa, que não possui outra forma de ser dita senão através da
expressão mítica e fantástica. Nós vemos ali “verdades”, embrulhadas em alguma fantasia, e isso
nos atrai poderosamente.

O filme MATRIX despertou paixões e interesses mundo afora porque expressou verdades
dramáticas QUE TODOS NÓS SABEMOS QUE EXISTEM, lá dentro, bem no nosso interior,
mas não temos coragem de verbalizar. Não temos coragem sequer de pensar nelas. Quando o filme
aparece denunciando essas nossas verdades interiores e medos inconscientes, de forma mitológica,
fantástica, poética, heroica.... todos ficamos apaixonados pela história, que nem é tão boa assim,
mas muito mais pela premissa, que é realmente avassaladora.

O filme trata de um homem jovem, comum, que se sente insatisfeito com o mundo. Ele
trabalha, lê, estuda..., mas sente que tudo está “errado”. Ele olha pro lado e vê as pessoas vivendo
as suas vidas, mas percebe que há algo de muito errado, sujo, satânico, nisso tudo e o pior... ele
não consegue identificar exatamente o que é. Ele segue investigando sem sucesso até que, por
“acidente”, o destino lhe permite se encontrar com um misterioso homem que lhe oferece DUAS
possibilidades de entendimento. A primeira é a pílula azul, a “blue pill”. A segunda é a pílula
vermelha, a famosa “red pill”. É dito ao jovem que se tomar a pílula azul ele voltará para a vida
burguesa dele, sem saber quais são as reais estruturas que comandam a realidade e o porquê do
sentimento de insatisfação e de não pertencimento, de frustração e de ódio contra não-se-sabe-o-
quê que ele tem dentro do peito. Mas, POR OUTRO LADO, ele terá uma existência tranquila,
viverá longos anos, pagará suas contas e no fim vai acabar se acostumando e até esquecendo que
185
algum dia foi uma alma rebelde e revoltada, curiosa sobre as redes de poder que manipulam a
realidade que nos cercam e que a todos nós atinge.

No entanto.... se ele escolher a Red Pill, ele saberá TODA A VERDADE. Mais que isso,
ele VERÁ toda a verdade... e isso será péssimo. TERRÍVEL. Nunca mais ele terá paz ou conhecerá
o amor. Sua vida estará permanentemente sob ataque e ele provavelmente morrerá jovem e
sozinho, perseguido e rejeitado pelo “sistema” .... mas terá a paz de espírito que ele tanto almeja.
Ele finalmente “saberá”. O jovem pensa duas vezes, mas por fim toma a “Red Pill”, símbolo de
libertação e abertura da consciência.

Ao tomar a “redpill” ele acorda em mundos infernais, escuros, submundos de trevas e calor,
um galpão industrial gigantesco, onde os seres humanos estão DORMINDO, dentro de casulos
minúsculos, úteros simbólicos, presos, em armários gigantescos, dormindo e sonhando o sonho
que as MÁQUINAS lhes mandam sonhar, mas sem saber que na verdade estão dormindo e são
prisioneiros.

São prisioneiros dessas máquinas, fazedoras de sonhos, máquinas gigantescas, demônios,


espíritos selvagens de aço, que os mantém adormecidos, espremidos dentro dos seus confortáveis
casulos para que, vivendo em estado de sono perpétuo, as máquinas possam SUGAR AS SUAS
ENERGIAS!!! As máquinas que dominam o mundo precisam dos corpos dos seres humanos como
uma bateria, para a produção da energia que as alimenta. Sem essa energia, as máquinas
“morreriam”, parariam de funcionar. A realidade após a red pill é de um mundo sombrio, onde o
sol não brilha e onde existe uma gigantesca estrutura cujo único propósito é sugar as energias que
os seres humanos produzem.

Para convencer os seres humanos a colaborarem na sua escravização essas avançadíssimas


máquinas desenvolveram a Matrix. Induziram os seres humanos a um mundo de sonhos, um
mundo que fornece diversões e trabalhos, misérias e belezas, dor e sofrimento... num medida exata
para nos manter anestesiados e jamais acordarmos para perceber que somos nós os escravos das
malditas entidades de fogo e aço que vivem de nos sugar... as energias.

Mas agora que “ele sabe”, agora que ele “acordou” e “saiu da matrix” ele já não pode mais
voltar para a sua vida medíocre de antes. A pílula vermelha não permite retrocessos. Depois que
ele acordou ele não pode mais fechar os olhos e voltar a dormir.

Seu único objetivo é tentar não ser destruído pelas máquinas, “acordar” o máximo de
pessoas possível e tentar acabar com a dinâmica de escravização e exploração que as “máquinas”

186
exercem sobre o resto da humanidade, que ainda segue no seu sono ignorante, anestesiada,
sonhando os sonhos que o sistema as manda sonhar.

Ele está agora “redpillado” que é o termo mais famoso da 3ªPosição mundial. Não tem mais
volta, não há mais retorno... sua vida confortável de antes acabou definitivamente.

Quando nós ouvimos falar de diversas teorias da conspiração, elas sempre envolvem raças
alienígenas, ovnis, seres reptilianos, terra oca, seres intraterrenos... isso tudo chama a nossa
atenção... tem algo de interessante nisso, tem uma “pontinha de verdade”... mas logo depois é
dispensada como “ridícula” ou impossível, “coisa de gente doida”.

Esses “reptilianos”, “alienígenas exploradores”, “seres intraterrenos” e demais


personagens comuns em teorias conspiratórias são apenas sombras conspiratórias, percebidas por
nós, metáforas de seres não humanos que trabalham escondidos pela nossa dominação. São
apenas meros reflexos metafóricos de um conhecimento que nós temos preservado dentro dos
nossos ossos, dentro dos nossos dnas... nós sabemos que existem “raças” espirituais, divindades
ancestrais, demônios espirituais que nutrem ódio profundo pelo gênero humano e que precisam de
nós, de nosso sangue, de nossa adoração... de nossas energias.

E essas malditas deidades que cooptam agentes no mundo físico com fins de se manter em
segredo e, garantidos nas sombras, criam as estruturas de poder e dominação política e cultural
que lhes permite seguir nos explorando e escravizando. Cooptam determinadas famílias humanas,
nichos de poder, partidos políticos, empresas de mídia, promovem cultos secretos, corrompem
nossas lideranças e nos transformam numa massa de manobra para as suas finalidades macabras...
para nos manter “dormindo” enquanto nos devoram e saciam a sua sede de sangue.

Nós sabemos desde nosso mais profundo interior da existência do Reino Negro... sabíamos
quando éramos crianças, víamos elas. Nossas bisavós e nossos ancestrais mais remotos também
sabiam e tremiam de medo, saciando a sua sede de sangue com os sacrifícios de sempre, pagando
uma proteção mafiosa a esses espíritos até que fomos libertos pelo sacrifício redentor de Jesus
Cristo.

Abaixo da camada de civilização, nós sabemos das realidades espirituais trevosas que nos
cercam e nos afetam, mas o sistema nos obriga a tomar a “bluepill” diariamente e esquecer e
menosprezar a mais importante luta que jamais houve na história, a luta eterna entre Deus e o
Diabo, entre as hostes e os espíritos de luz e entes das trevas, entre o Reino Negro e a Pátria do
Espírito, agindo, desde sempre, na história humana. E, anestesiados pelas bundas, cervejas,
carnaval.... pelos negócios de todo dia, pelo dinheiro e viagens, sexo e drogas... seguimos
187
adormecidos dentro da matrix, sonhando os sonhos que eles nos mandam sonhar, e fazendo parte
passiva do círculo de exploração que o sistema desenhou para nos manter aprisionados.

Se algum de nós toma essa “redpill” é imediatamente atacado pelo sistema, pelas pessoas
normais, corroídas pela inveja de quem finalmente encontrou a verdade - “ele ficou maluco”, é o
que dizem. Estejam prontos para ouvir isso dos amigos e parentes. Das mães e das esposas. Sim...
tomar essa “red pill” é doloroso, desagradável e inconveniente. Mas se você chegou até aqui...
parabéns.

188
EPÍLOGO

DIVULGUE O LIVRO

Meu nome é Eduardo Fauzi e eu sou o autor deste livro. Esse livro foi escrito entre os
dias 25 de agosto e 5 de setembro de 2020, enquanto eu persigo no meu exílio, aqui na Rússia.
Estou exilado nestas paragens porque fui acusado de ter alguma participação no Ato Santo, em
que 6 jovens guerreiros atearam fogo à fachada do prédio da Produtora do grupo de comediantes
Porta dos Fundos, cometido em retaliação ao blasfemo e covarde Especial de Natal que eles
produziram e que a corporação bilionária Netflix promoveu, e onde minha Luz e meu Amor Maior,
Jesus Cristo, meu Senhor e meu Salvador.... é descrito como viado e amante homossexual do
demônio.

Como Deus zela pelos seus eu não fui preso. Escapei antes que os inimigos pudessem pôr
suas mãos sobre mim, o que só comprova que nossa causa é santa e nossa guerra é justa aos olhos
do Senhor. Quando foram à minha busca, em minha casa, não me encontraram e nem armas ou
drogas, nem pornografia ou nada que fosse imoral, nem nos meus computadores, nem qualquer
patrimônio que fosse suspeito ou outro tipo de materialidade que me vinculasse a uma organização
criminosa ou a atividades ilícitas. Na falta do que apreender, porém, levaram a minha biblioteca,
que eu sinceramente espero que me devolvam. Assim, boa parte das citações deste livro é feita “de
memória”, já que do meu exílio, não tenho acesso aos livros que li e reli ao longo de minha vida,
e se eu tropeço em alguns detalhes peço desde já desculpa mas sigo garantindo que o principal,
que é o que importa, se mantém fiel ao que foi escrito lá, validando aqui as suas conclusões.

E esse livro é GRATUITO. Meu interesse é na divulgação da verdade, sem ganhos pessoais
envolvidos. Leia e releia, divulgue eletronicamente o máximo que puder. Monte grupos de
WhatsApp para a discussão das ideias que estão colocadas aqui.

Só vou pedir que os que leram, que CURTAM a minha página no Facebook e me adicionem
no INSTAGRAM. Só assim vou saber quantos pessoas eu pude tocar com essa mensagem e qual
foi o alcance desse livro. Mande um alô lá, por favor.... e esse assunto é infinito. Poderíamos
escrever uma montanha de livros sobre o mesmo assunto. Assim, quem quiser tirar dúvidas ME
PROCURE e eu estarei à disposição de todos os eventuais esclarecimentos que se fizerem
necessários. Também estou disponível a palestras e videoconferências sobre este assunto e sobre
os demais assuntos relacionados a integralismo e à 3ª Posição Brasileira. Meu número, pro
telegram e WhatsApp: +55 21 979846674 e meu site é eduardofauzi.com

189
E, por fim, quem quiser uma cópia física deste livro, pode procurar o meu editor no Brasil
que é o Camarada IRINEU, famoso no meio dissidente por reeditar as mais valiosas obras do
pensamento de 3ª Posição no Brasil. O número do Irineu é +55 67 96972925. Vale a pena ter isso
na sua biblioteca. E quem comprar eu autografo, ok!!

190
Que o Senhor dos Exércitos derrame as suas bençãos sobre todos, que liberte os homens e
as mulheres do meu país do jugo do maligno e que faça a terra tremer com a sua Justiça.

Anauê

Amém

Eduardo Fauzi, Moscou, 5 de setembro de 2020.

191
192

Você também pode gostar