Você está na página 1de 20

Ensinamento do Mês Junho 2022

RELIGIÃO E ARTE (1)

Conforme sempre afirmamos, a Vontade de Deus é construir o


Paraíso Terrestre. Uma vez que o Paraíso será um mundo de
eterna paz, no qual a Verdade, o Bem e o Belo ocorrem em sua
plenitude, é natural que a arte seja o segmento que mais se
desenvolverá.

Até por existir uma afirmação de que a Religião é a mãe da


Arte, é desnecessário dizer que ambas estão profunda e
inseparavelmente relacionadas. Todavia, é de se estranhar que,
dentre os fundadores das inúmeras religiões que surgiram até
hoje, poucos demonstraram interesse pela arte. (...). Há uma
forte razão que explica o desinteresse dos religiosos pela arte.
É o que apresentarei a seguir.

Como o mundo estava mergulhado na Era da Noite, e o


alvorecer se encontrava ainda distante, não havia necessidade
de preparativos para o Paraíso. Falando abertamente, nós nos
achávamos no período infernal. O que melhor ilustra essa
realidade é a situação dos fundadores de religiões que, estando
em condição infernal e não celestial, tiveram de percorrer
caminhos espinhosos para difundir sua doutrina, enfrentando
sofrimentos insuportáveis, o que não os deixava em condições
de falar sobre Paraíso ou sobre arte. Podemos dizer que, até
hoje, nenhum deles afirmou que iria construir o Paraíso
Terrestre. Contudo, houve profecias sobre o advento de um
mundo ideal paradisíaco, embora não fosse evidente quando
isso ocorreria. Podemos citar, por exemplo, o "Mundo de
Miroku", anunciado por Buda; a chegada do "Reino dos Céus",
profetizada por Cristo (...).

Foi-me revelado, porém, que finalmente o tempo chegou; por


isso, quero anunciar seu advento à humanidade, afirmando que
o Paraíso está prestes a nascer.

(...). Uma vez que se trata do Plano de Deus, Todo-Poderoso,


não resta a menor dúvida sobre a possibilidade de sua
realização. Isto porque, atualmente, Deus está manifestando
inúmeros e surpreendentes milagres para demonstrar Sua
Força e infundir-nos uma sólida fé. Poderão comprovar essa
realidade ao constatar que os messiânicos, vivenciando os
milagres, estão alcançando uma fé inabalável.

Visando à concretização do ponto principal do presente


argumento, temos fomentado a arte, sem medir esforços. Para
começar, estamos construindo os protótipos do Paraíso
Terrestre nas cidades de Hakone e de Atami, locais de
magnífica paisagem.

Quem não conseguir entender os pontos acima citados, não


compreenderá o verdadeiro significado do nascimento de nossa
religião. Em suma, as religiões existentes até hoje tiveram a
função de preparar o alicerce para o surgimento do paraíso. Já
a nossa religião nasceu para encarregar-se da função de
estabelecê-lo sobre esse alicerce.

Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 5 (trechos)

ENSINAMENTOS PARA ESTUDOS JUNHO 2022

MUNDO SEMICIVILIZADO E SEMISSELVAGEM

Talvez todos pensem que o atual mundo civilizado seja o mais


avançado. Entretanto, quando o analisamos melhor,
observamos que ele apresenta muitas falhas, conforme
podemos constatar todos os dias através dos jornais, que estão
repletos de artigos sobre criminosos e pessoas desafortunadas.
Analisando com imparcialidade, verificamos que as coisas ruins
são mais numerosas do que as boas (...). Se formos ver o
mundo da política e da economia, de verdade,
quantas pessoas íntegras encontraremos? Poderíamos
arriscar-nos a dizer que nenhuma.

Pensando melhor, o que nos surpreende é que as pessoas


envolvidas são cultas, com ensino superior. Acredita-se que,
quando as pessoas possuem curso superior, elas
se tornam cultas e sua inteligência se desenvolve de modo que
os crimes tenderiam a diminuir.

Entretanto, presenciando fatos como o que ora se nos


apresenta, ficamos desapontados, só podendo dizer que tudo
isso é realmente incompreensível.

Portanto, creio que ninguém contestará o fato de chamar a era


atual de semicivilizada e semisselvagem conforme o título deste
artigo.

Então, o que fazer diante de tal situação? A solução do


problema não é tão difícil; pelo contrário, é muito fácil.
Conforme sempre tenho explicado, é preciso fomentar a
educação espiritualista, fazendo as pessoas despertar da
educação fundamentada no materialismo.

Em termos mais claros, significa destruir o pensamento errôneo


de que se deve acreditar somente nas coisas que apresentam
uma forma e não acreditar naquelas que não a possuem.

A única maneira de se conseguir isso é fazer com que seja


reconhecida a existência de Deus através da força da religião.
(...).

Meishu-Sama – Alicerce do Paraíso, v.1 (edição revisada -


trechos)
JOHREI E FELICIDADE
(...). Em concordância com o que já escrevi em outras
oportunidades, o corpo material do ser humano respira no
Mundo Material, e o espírito vive no Mundo Espiritual.

Sendo assim, a situação do Mundo Espiritual influi diretamente


no espírito e se reflete no corpo físico, de modo que o destino
do ser humano se origina no Mundo Espiritual.

De forma idêntica ao Mundo Material, o Mundo Espiritual está


constituído de numerosas camadas: superiores, intermediárias
e inferiores. A grosso modo, o Mundo Espiritual é formado por
três planos.

Cada plano possui sessenta camadas, que se subdividem em


três, cada qual com vinte camadas.

Ao todo, são cento e oitenta camadas, mais uma – acima de


todas –, ocupada por Deus. Temos, pois, cento e oitenta e uma
camadas. Qualquer divindade, por mais elevada que seja,
acha-se numa das cento e oitenta camadas.

(...). A camada em que se encontra o espírito de uma pessoa se


reproduz fielmente em seu destino. Por esse motivo, ela deve
estar atenta para elevá-lo cada vez mais.

À medida que o espírito se eleva, proporcionalmente os


sofrimentos diminuem, e a felicidade aumenta (...).

Fonte: Alicerce do Paraíso, v. 1 (edição revisada - trechos)

GRAÇAS RECEBIDAS NESTA VIDA - (1ª parte)


(Publicado em 8 de novembro de 1950)

Modéstia à parte, em nossa religião, as graças recebidas nesta vida são


maravilhosas.
Desde a antiguidade, surgiram extraordinárias religiões, como o
cristianismo, o islamismo, o budismo e tantas outras importantes
religiões, que mantêm sua influência até hoje. Como se sabe, a maioria
delas, desde o seu início, se ocupou exclusivamente da salvação
espiritual.

Nossa religião tem pouco tempo de existência e, comparada com as


demais, seu alcance ainda é limitado. Apesar disso, a rapidez de sua
expansão pode ser considerada inédita e está sendo alvo das atenções,
o que nos tem trazido muitos inconvenientes. Contudo, trata-se de
inevitáveis fenômenos próprios de um período de transição.

É apenas uma questão de tempo; naturalmente, virá o dia em que seu


verdadeiro valor será reconhecido pela sociedade de forma imparcial.

Nós também temos ideais e doutrina e estamos nos empenhando como


todas as religiões. Gostaria, porém, de escrever que há uma diferença
fundamental entre nós e as religiões tradicionais. Se as pessoas não a
reconhecerem, não conseguirão compreender nossa essência.

A grande diferença é que, na nossa religião, as pessoas recebem muitas


graças ainda nesta vida. Para os intelectuais, religiões que enfatizam
esse tipo de graça são de baixo nível e, por esse motivo, eles se mantêm
indiferentes a elas. Se pensarmos bem, veremos que existe uma razão
para tal atitude.

Atualmente, observando a situação das inúmeras religiões do Japão,


constatamos que existem dois tipos: as que possuem traços populares e
as que não os possuem.

No primeiro caso, por exemplo, o objeto da fé são diversas divindades.


Seus devotos, sem exceção, têm como objetivo receber graças nesta
vida e praticamente são pessoas sem formação intelectual, que não
entendem de aspectos teóricos ou filosóficos.

Ora, do ponto de vista dos intelectuais, tal tipo de religião é uma tolice e
não merece a mínima atenção.

Assim, eles definem que a busca de graças ainda nesta vida é própria da
fé de nível inferior.

Por outro lado, eles valorizam as religiões que, não se importando com
graças ainda nesta vida, teorizam habilmente suas doutrinas para fins de
estudo.

Se tais religiões possuírem uma longa história e, durante esse tempo,


tiverem surgido grandes líderes ou sacerdotes de grandes virtudes, eles
as prestigiarão ainda mais, considerando-as de alto nível. Em síntese,
para os intelectuais, o nome e a tradição da religião significam muito.

Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 2

SER AMADO POR DEUS


A essência da fé, em poucas palavras, é “ser amado por
Deus”, isto é, “ser do agrado de Deus”. Então, surge a
seguinte questão: que tipo de pessoa Deus ama?

(...). Qualquer pessoa sensata sabe que Deus não gosta de


ações que estejam em desacordo com o caminho, ou seja,
mentir, fazer os outros sofrer, causar transtornos à sociedade
etc. Atualmente, é grande o número de pessoas que não se
importam com o próximo e pensam apenas em si, manifestando
isso em atos. E não há nada pior do que isso! Agindo assim, é
impossível ser do agrado de Deus. Por tal motivo, cada um
precisa saber se está sendo do agrado de Deus ou não.

(...). Quem não está no agrado de Deus, geralmente comenta:


“Para mim, nada dá certo. Sofro com problemas financeiros.
Meu trabalho não vai bem. Ninguém confia em mim. As
pessoas se afastam, e minha saúde também não é boa. (...)
Essa situação é porque a pessoa não está no agrado de Deus.
Todavia, se ela estiver, o trabalho fluirá muito bem, inúmeras
pessoas se aproximarão, a ponto de ela não ter sossego e
obterá recursos materiais em abundância. O mundo, então, se
tornara um lugar muito agradável de se viver.

Assim, creio que o leitor deve ter compreendido que a fé só


passa a ter valor quando as pessoas se tornam felizes.
Portanto, saibam que, se apesar de professar a fé, a pessoa
não alcançar a felicidade, é porque, infalivelmente, a causa
reside em seu íntimo.

Fonte: Alicerce do Paraíso, v. 3 (edição revisada - trechos)

FÉ MESSIÂNICA
Tudo na vida humana, principalmente no que diz respeito à fé
messiânica, deve ser suave, flexível, livre e desimpedido. É
como o rolar de uma bola. Se a bola possui arestas, não pode
rolar suavemente. Com muita razão se diz: "Fulano perdeu as
arestas porque sofreu muito na vida."(...).

Há, ainda, outras que sofrem dentro do molde que elas mesmas
criaram. Enquanto essa situação se limita a elas próprias, é até
aceitável. Contudo, há quem considere bom fazer os outros
sofrer, enquadrando-os dentro desse molde.

Esses tipos de moldes são comuns na fé shojo, que é


autoritária. Essas atitudes são arcaicas, causam-nos repulsa e
não se limitam ao campo da fé, ocorrendo também em todas as
relações na sociedade. Em contrapartida, a expressão "livre e
desimpedido" significa liberdade total, sem moldes, limites e
mandamentos. (...).

A fé messiânica, por ser daijo, difere muito da fé regida por


mandamentos, os quais, por serem tão rigorosos, ninguém
consegue cumprir. Sem outra saída, seus seguidores cumprem
os mandamentos apenas na aparência e, ocultamente, os
negligenciam.

Essa situação gera incoerências, que, por sua vez, provocam


problemas. Ao mesmo tempo, isso se torna um mal por dar
margem a falsidade. Assim sendo, as pessoas de fé shojo são o
bem na aparência e o mal no seu interior. Ao contrário, as de fé
daijo respeitam a liberdade humana, por isso estão sempre
tranquilas, alegres, sem necessidade de fingimentos. É muito
gratificante o fato de que, na verdadeira fé messiânica, não há
margem para falsidades (...).
Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, v.3 (edição revisada -
trechos)

REPUTAÇÃO E EMOÇÕES
É do conhecimento de todos que, muito mais do que se supõe,
existe uma relação entre a boa ou a má reputação do ser
humano e seu destino. Nem podemos imaginar o quanto podem
influenciar no destino de uma pessoa comentários como:
"Aquela pessoa é confiável devido ao seu bom nome” ou:
“Devemos tomar cuidado com tal pessoa, devido à sua má
fama." Obviamente, nada é melhor do que ter uma boa
reputação. Uma vez que essa questão se encontra
profundamente relacionada com a fé, desejo falar a respeito
disso porque os espíritos malignos se aproveitam muito dessa
situação.

Inclusive, nesse sentido, nossa religião vem sendo muito visada


por esses espíritos até hoje. Seu método consiste em utilizar-se
dos meios de comunicação orais e escritos para espalhar
boatos e tentar prejudicar nossa reputação. Já que a expansão
da Igreja é bastante afetada devido a isso, não podemos nos
descuidar. Em termos individuais, é preciso estar muito atento.
Afinal, as emoções controlam o ser humano e, portanto, por
mais irrelevante que seja o motivo, ferir os sentimentos é mais
prejudicial do que se imagina. Logo, é melhor não impor o
nosso ga, tentando levar adiante a própria opinião.

Em resumo, mesmo que percebamos que a colocação da


pessoa está um tanto equivocada, é melhor demonstrar
concordância e generosidade. Em outras palavras, sem pensar
em vencer, deixar que o oponente vença sempre. A afirmação
“perder para vencer” é uma expressão apreciável. Tenho
adotado esse critério e vejo que o resultado é sempre melhor.

Embora afirmemos que é melhor deixar que as pessoas nos


vençam, existem situações nas quais não devemos perder,
mesmo que isso raramente ocorra. Em dez casos, é melhor
perder em oito ou nove. Às vésperas de ser crucificado, Cristo
disse: "Venci o mundo." Acredito que ele nos ensinou a referida
verdade.

Mesmo baseado em minhas experiências vividas durante muito


tempo, acredito que cheguei à condição atual por ter perdido
inúmeras vezes. O ser humano sempre tem a forte vontade de
vencer e não quer perder, mas é melhor que pense de forma
contrária.

Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 4

A SUPERSTIÇÃO DO ATEÍSMO
Dentre os assuntos que são destaque nos jornais atuais, temos
o problema do suborno de funcionários públicos, que, em uma
sucessão, vem à tona, dando a impressão que não tem mais
fim. Essa situação nos mostra que o setor público está
totalmente degenerado.

(...). O problema em questão exige solução radical e urgente;


contudo, infelizmente, nada poderá ser feito, pois tanto a
autoridade competente como os estudiosos desconhecem a
causa fundamental do fato. Assim sendo, desejo ensinar um
meio infalível para solucioná-lo.

Para começar, o que mais foge à lógica é que a maioria dos


causadores desse tipo de problema tem formação de nível
superior ou educação de alto nível. Portanto, sinto que não há
muita relação entre educação e criminalidade. (...).

(...). E qual é o motivo que os leva à prática de crimes


revoltantes, apesar de serem intelectuais?

(...). A causa fundamental é que existe, nessas pessoas, um


sério distúrbio psicológico.

Trata-se de um conceito materialista, que faz acreditar que


qualquer que seja a ação ilícita, tudo acabará bem se for
praticada com habilidade, sem o testemunho de terceiros.

(...). Então, como devemos proceder para resolver


definitivamente esse problema? Nem é preciso dizer que a
solução é a fé. (...). Afirmo categoricamente que, além disso,
não há, em absoluto, outro meio. Isto porque, o raciocínio que
leva à criminalidade é a crença de que Deus, definitivamente,
não existe.

(...). Por conseguinte, está mais do que claro que a chave para
solucionar o problema é a eliminação da superstição do
ateísmo.

(...). É nossa tarefa fazer com que os criminosos compreendam


que, embora consigam ocultar seus crimes aos olhos humanos,
jamais poderão ocultá-los aos olhos de Deus.

Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso v. 5 (edição revisada -


trechos)

O SIGNIFICADO DA CONSTRUÇÃO DO MUSEU DE


BELAS-ARTES

Sou Mokiti Okada, Líder Espiritual da Igreja Messiânica


Mundial. Gostaria de manifestar meus sinceros agradecimentos
a todos os senhores, que, apesar de atarefados, compareceram
hoje. O motivo pelo qual pedi que apreciassem o museu, em
especial, antes da sua inauguração, é porque gostaria de expor
minhas aspirações em breves palavras, e também de ouvir as
críticas dos senhores especialistas e dos demais convidados de
diferentes segmentos.

Originariamente, o ideal da Religião é a criação do mundo de


Verdade, Bem e Belo. A Verdade e o Bem são elementos de
caráter espiritual, mas o Belo, que se expressa por meio de
formas, eleva a alma do ser humano a partir da visão.

Como é do conhecimento geral, a arte religiosa era muito


próspera não só no Ocidente - desde o período que abrange a
antiga Grécia e Roma até aproximadamente a Idade Média -
mas também no Japão, desde a época do Príncipe Shotoku [...]
até o Período Kamakura [...]. É incontestável o fato de que a
religião foi a mãe de todas as artes, seja da pintura, da
escultura, da música.

Todavia, na era contemporânea, esse elo entre Religião e Arte


se enfraqueceu pouco a pouco, e ambas acabaram se
distanciando. Nessa situação, também pela influência da
ciência moderna, com frequência ouvimos falar atualmente que
a religião se encontra estagnada. Pelo motivo exposto, acho
que a Religião e a Arte devem avançar juntas, tais quais as
rodas de um carro.

Desejo falar, de forma sucinta, sobre o papel do Japão. Tal


como os indivíduos, cada país possui fundamentalmente sua
cultura e forma de pensar. O papel do Japão consiste em
contribuir para a elevação da cultura, deleitando a humanidade
por intermédio do belo.

Podemos compreender isso claramente, observando


principalmente as magníficas paisagens das montanhas e dos
rios do nosso país; as abundantes variedades de flores, plantas
e árvores; a sensibilidade aguçada de seu povo em relação ao
belo; a excelência de seus trabalhos artesanais.

Todavia, por desconhecimento desse princípio e como


consequência de sua extrema e irresponsável ambição, o Japão
acabou sofrendo aquela amarga derrota na Segunda Guerra
Mundial. Nem é preciso dizer que o fato de até ter sido privado
do uso de armamentos para não provocar novas guerras foi
Obra de Deus, a fim de despertar os japoneses para a sua
verdadeira missão.

Ultimamente, tem-se falado muito sobre rearmamento, mas se


trata apenas de uma medida de defesa, sendo evidente que
não existe outra intenção.

De acordo com o exposto acima, o caminho que o Japão deve


seguir daqui em diante é óbvio. Ou seja, se tiver isso como
objetivo, creio que alcançará, sem dúvida, a paz e a
prosperidade eterna.

Sabendo dessa verdade e baseado nesse pensamento, venho


me esforçando, já há algum tempo, nesse sentido. Como
medida concreta, primeiramente, projetei a construção de um
pequeno Paraíso do Belo, com a intenção de apresentá-lo ao
mundo.

Os locais que preenchem este requisito estão, sem dúvida, nas


cidades de Hakone e Atami, evidentemente pela facilidade de
transporte, pela beleza da natureza, pela existência de fontes
termais e da excelência do clima e do ar. Assim sendo,
escolhendo, nessas duas cidades, locais sobretudo pitorescos,
pensei em construir um ambiente ideal e artístico, unindo a
beleza natural e a artificial.

Desse modo, finalmente consegui concluir, em Hakone, o


protótipo do Paraíso Terrestre e o Museu de Belas-Artes. [...]

Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 5 [trechos]

O IDEOGRAMA SU
(Publicado em 30 de janeiro de 1950)
Eu sempre aconselho que se respeite a ordem, e o
ideograma SU evidencia a ordem que provém de uma única palavra.
Vamos analisá-la.

Os três traços horizontais da referida letra significam respectivamente:


Céu, ser humano e Terra; Sol, Lua e Terra; os números sagrados 5, 6 e
7; divino, espiritual e material.

Esses traços são unidos por outro, vertical, que os atravessa no centro e,
acima de todos, há um traço. Esta é a ordem correta. Portanto, a Política,
a Economia, a Educação, a Religião, a família, tudo deve seguir esta
forma.

Não obstante, até hoje, a maioria das coisas possuía os aspectos vertical
e horizontal bem distintos. Como um grande exemplo disso, podemos
dizer que os pensamentos oriental e ocidental eram totalmente
desvinculados. Finalmente, chegou o momento de se cruzarem.

Observemos que, no meio do ideograma SU, forma-se uma cruz: o traço


de cima representa o Céu, e o de baixo, a Terra. Isso quer dizer que o
mundo dos homens está no espaço entre o Céu e a Terra e, por essa
razão, ele será unido em forma de cruz. E essa é a realidade do Paraíso
Terrestre, ou seja, o Reino de Deus em forma de cruz.
A palavra Deus [kami] tem o mesmo significado. Ka significa "fogo" e mi,
"água". O fogo queima verticalmente, e a água corre horizontalmente. A
junção das duas sílabas resulta na palavra kami [Deus], cuja atuação é
de união. [...]

Assim sendo, denota-se que, em tudo, devem existir os três níveis, caso
contrário, nada dará certo. Os eixos central e vertical, que formam a cruz
no meio desse ideograma, servem de apoio e unem firmemente a parte
de cima com a de baixo.

Isso significa que a classe média tem a função de harmonizar as outras


duas classes, a alta e a baixa. Acima de tudo, fica o líder, que ocupa a
posição mais alta.

Por conseguinte, tomando-se a forma do ideograma SU, tudo correrá


bem, sem falhas. Assim, esse princípio vale tanto para a política como
também para a gestão empresarial ou administração institucional, e a
sua forma é a do Mundo de Miroku, que sempre preconizamos.

Por Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 5 – trechos

“Quando todos os homens abrirem as portas dos seus


corações, desaparecerão as trevas que envolvem este
mundo.”

Este volume é inédito na História. Em síntese, ele pode ser considerado


como o Plano para a Construção da Nova Civilização; constitui também
as boas novas do Céu e, ainda, a “Bíblia do Século XXI”. Isto porque a
civilização atual não é autêntica, mas apenas provisória, até o
nascimento da nova e verdadeira civilização. A referência bíblica sobre o
Fim do Mundo ou Final dos Tempos significa o fim desse mundo de
civilização provisória. Também a profecia “E será pregado o Evangelho
do Reino dos Céus por todo o mundo, em testemunho a todos os povos,
e então chegará o fim” referia-se à difusão deste volume.
Na Bíblia estão coletados os Ensinamentos de Cristo, mas o presente
livro é revelação direta de Jeová, a quem Cristo se referiu repetidamente,
chamando-o de Pai do Céu. Cristo também advertiu: “Arrependei-vos,
porque está próximo o Reino dos Céus”. Cristo não disse que ele mesmo
iria construir o Reino dos Céus. Entretanto, eu não digo que o Reino dos
Céus está próximo, mas sim, que ele já chegou.
Atualmente, estou executando os preparativos básicos para a construção
do Reino dos Céus. Ele ainda se processa em pequena escala, mas as
pessoas estão admiradas com a força e os milagres surpreendentes que
têm se manifestado. À medida que o Plano Divino, em forma de
protótipo, avança passo a passo, por outro lado, mundialmente, o acerto
de contas da Velha Civilização está sendo solicitado. Isso vem a ser o
início do Juízo Final, que, em essência, é a distinção entre o Bem e o
Mal. Ou seja, vamos entrar na fase em que o Mal perecerá e o Bem
prosperará. Para isso, será incalculável o número de vítimas. O motivo
da publicação deste livro está no amor de Deus, que, desejando reduzir
ao mínimo o número de vítimas, dá o primeiro grito da salvação. Mesmo
assim, da Velha Civilização Deus irá selecionar o Bem e o Mal, o certo e
o errado. Aqueles que forem úteis serão poupados e, paralelamente, as
pessoas más e sem esperança serão extintas para sempre. Infelizmente
chegará esse momento.
Com o término do Juízo Final, evidentemente seguindo a ordem, terá
início o projeto do Novo Mundo. A reforma de toda a cultura, nessa
época de transição, será algo sem precedentes e que jamais poderemos
ver no futuro. Sem dúvida, será a correção dos erros da Velha Civilização
e a diretriz da Nova Civilização. Uma coisa, porém, nos deixa tristes: a
grande purificação que com certeza sobrevirá, por causa das máculas
que a humanidade veio acumulando ao longo de milhares de anos. Vou
explanar com detalhes, e, para aqueles que lerem, felizmente será o
mesmo que ter a corda da salvação à frente dos olhos. Portanto, devem
agarrá-la sem qualquer vacilação. Com a corda da salvação eu estou
avisando a humanidade, advertindo-lhe, em nome de Deus, que se
arrependa. O que vem a ser isso, senão o grande amor de Deus?
Conscientizando-se desse fato, devem mudar imediatamente seus
pensamentos e começar a preparar seu espírito. É fato decisivo que, no
final do Julgamento, os homens de muitos pecados serão extintos e os
de poucos pecados serão salvos. Quem acreditar nessa advertência terá
vida eterna e, ao mesmo tempo, tornar-se-á habitante do Paraíso
Terrestre, que será estabelecido no futuro. Através do presente livro,
desejo conscientizar plenamente os leitores de quão profundo e amplo é
o Plano do Supremo Deus e quão inferior e selvagem é a civilização
atual, fazendo com que obtenham firme convicção.

Aqueles que conseguem perceber


o alvorecer da Era do Dia,
revelam possuir a verdadeira visão.
O Juízo Final é uma expressão que foi enunciada por Jesus Cristo²³, que
nada disse sobre quando e como o referido fato se manifestaria. Por
essa razão, ainda hoje, tudo permanece envolto em meio a mistério.
Evidentemente, sobretudo os cristãos, vêm, ao longo dos tempos,
tentando desvendá-lo. Até o momento, porém, ninguém foi
bem-sucedido. Somente a pessoa que possuir um nível igual ou superior
ao de Jesus Cristo estará capacitada a fazê-lo.
Contudo, consegui esclarecer essa verdade. Assim sendo, creio que
aquele que por ventura tomar conhecimento de tal fato, não deixará de
arregalar os olhos de espanto. Isso é óbvio porque fui eu quem recebeu
de Deus a importante missão que devo cumprir por ocasião do Juízo
Final.
Se observamos somente a palavra “Juízo”, seu sentido se limita a
“julgamento” e nos faz imaginar que Deus realizará o julgamento ou que
Enma24 se manifestará. Todavia, não é isso de modo algum. Então,
como ocorrerá? Falando resumidamente, será em forma de um grande
processo purificador de âmbito mundial.
Venho ensinando que o Mundo Espiritual, que até agora se encontrava
no mundo da noite, finalmente atingiu a transição para o mundo do dia.
Sua real manifestação será o Juízo Final, que está diante dos nossos
olhos. Como é do conhecimento de todos, no Mundo Espiritual, tendo
como marco o dia 15 de junho de 1931, vem ocorrendo, gradativamente,
a mudança para a Era do Dia e, no final, haverá a decisiva e grande ação
purificadora. Evidentemente, ela se processará obedecendo à ordem dos
três níveis: Mundo Divino, Mundo Espiritual e Mundo Material. No
momento em que o dia alcançar o seu ápice, estará estabelecido o
Mundo da Luz. Recentemente, afirmei que, a começar do dia 15 de junho
daquele ano, o Mundo Material, que é o último dos três níveis acima
citados, finalmente dará o seu primeiro passo em direção ao derradeiro
momento da transição para o mundo do dia. Devem estar cientes
também que existe um plano e que, dentro de dez anos, contados a
partir deste ano [1951], será concluído o alicerce do Paraíso Terrestre, ou
seja, do Mundo de Luz.
Expus o assunto de forma geral, mas acredito que nossos fiéis já estejam
cientes de que do alvorecer da Era do Dia até a sua efetiva realização,
evidentemente, a mudança avançará a passos firmes. Isso porque, à
medida que o Mundo Espiritual vai-se tornando dia, ao mesmo tempo em
que as purificações se intensificam cada vez mais, o efeito do Johrei
também será mais evidente e, a cada dia e a cada mês, a cura das
doenças ocorrerá mais rapidamente. Entre outros aspectos, o número de
milagres se tornará maior. Se os fiéis compararem as curas obtidas há
um ou dois anos com as da atualidade, creio que poderão comprová-lo
claramente. Dessa forma, paralelamente à intensificação gradativa da
purificação, a mudança da sociedade humana também se intensificará.
Tudo será exposto à Luz. Portanto, em conformidade com o princípio da
correspondência25, as pessoas com impurezas vão se debilitando
gradativamente e as pessoas purificadas, prosperando. Assim sendo, de
acordo com o grau de purificação do Mundo Espiritual, a adaptação se
sucederá. Todavia, isso incorre em um sério problema, pois, quando
chegar de fato a hora, por mais que o ser humano se esforce, não
conseguirá resistir à força da Grande Natureza. A distinção entre o bem e
o mal será bem nítida; o mal perecerá, e o bem sobreviverá.
Pelo motivo exposto, quanto mais as pessoas possuírem pecados e
impurezas, não conseguirão suportar as purificações e não haverá
alternativas, a não ser despedir-se deste mundo para sempre. Ao
contrário, o bem conseguirá sobreviver sem dificuldade. Logo, não
atingiremos tranquilidade enquanto não estivermos em condição de
conseguir suportar qualquer tipo de purificação. Consequentemente, as
pessoas que possuem pecados e impurezas em grande quantidade
devem temer o Juízo Final. Diversamente, aquelas que os possuem em
pouca quantidade, o Juízo é motivo de gratidão. Isso porque, o que virá
após o Juízo Final, será o Paraíso neste mundo, onde será possível
desfrutar de uma vida de prazer e alegria.
Nossa religião surgiu com o objetivo de criar o maior número possível de
pessoas capazes de superar imunes o Juízo Final: esse é o grande amor
de Deus e também a grande missão que Ele me atribuiu. Por ser o Johrei
o único método para atingir o referido objetivo, ele não se limita a curar
doenças, mas cria pessoas com qualificação para transpor o Juízo Final.
Portanto, ao tomarem conhecimento de nossa atividade, creio que
poderão reconhecer que nossa Igreja é realmente uma grande Arca de
Noé de salvação do mundo. É exatamente por esse motivo que sua
denominação é Igreja Messiânica. Pelo exposto, creio que puderam
compreender, de forma geral, o significado do Juízo Final.

Jornal Eiko, nº 110, “O que é o Juízo Final?”,


27 de junho de 1951

POEMA 24
“Através do poder de Deus, rompamos o cárcere da
superstição criado pela ciência material.”
Este livro é uma bomba atômica em relação à Ciência. São escritos
iluministas referentes à humanidade e também o Evangelho da salvação
do mundo. Vou agora explicar essa teoria e, ao mesmo tempo, como
endosso, entre inúmeros milagres ocorridos na Igreja Messiânica
Mundial, foram escolhidas e estão aqui publicadas cento e vinte
experiências de fé. Como todas elas vão muito além da realidade, os
leitores não conseguirão acreditar de imediato. Isto porque, no passado e
no presente, milagres maravilhosos como esses ainda não tinham
acontecido. Todos sabem que, desde os tempos antigos, os milagres
acompanham a Religião, mas, mesmo olhando com esses olhos, as
pessoas dificilmente conseguem aceitar os milagres da nossa Igreja e
também argumentar sobre eles. Além disso, todas essas experiências
foram escritas pelos próprios agraciados, não havendo, assim, nenhuma
dúvida. Nem é preciso dizer que, no Japão e também no exterior, não
existem exemplos semelhantes. Considerando motivo de orgulho para o
Japão esse fato sem precedentes, eu me sinto na obrigação de
propagá-lo o quanto antes ao mundo inteiro. O fato a que nos referimos,
constitui, sem dúvida, a grande maravilha da segunda metade do século
XX, jamais imaginada por toda a humanidade. Se ela está sendo
realizada através de mim, um ser humano, podemos dizer que é
realmente um mistério que vai além do mistério. Não há dúvida de que é
preciso ver aí um profundo significado, cuja raiz se baseia no profundo
Plano do Deus Supremo, o superintendente do Universo. A causa dessa
ocorrência é a existência de um grande erro na civilização
contemporânea, o qual representa um forte empecilho para o progresso
da cultura. A prova é que, apesar da cultura ter progredido tanto, o maior
desejo do homem, que é a felicidade, não acompanhou esse progresso;
pelo contrário, a infelicidade tende a se tornar cada vez mais profunda,
esta é a verdade. Mas de que erro estamos falando? É, certamente, o
erro do princípio de supremacia da Ciência. O homem moderno acredita
que qualquer problema pode ser solucionado através da Ciência. E muito
mais do que superestimação da Ciência, podemos dizer que ele caiu no
abismo da superstição da Ciência. Atingido tal ponto, Deus irá destruir
completamente essa superstição. Objetivando a construção de um
mundo verdadeiramente civilizado, Ele começou a trabalhar diretamente,
tendo o homem como intermediário, e isso também é realmente uma
providência do tempo. A causa da superstição a que nos referimos é o
pensamento, absolutamente materialista, de acreditar naquilo que se vê
e não acreditar naquilo que não se vê. Portanto, para corrigir esse modo
de pensar, é preciso todo empenho no sentido de que o homem tome
consciência da realidade do espírito, até hoje considerado inexistente, e
compreenda que, em tudo, o espírito é principal e a matéria é
secundária. Quero dizer também que, se a Ciência materialista fosse a
Verdade, com o seu progresso, o sofrimento da humanidade deveria
diminuir aos poucos, e, na mesma proporção, a felicidade deveria
aumentar, não acham? Entretanto, qual é a realidade? O progresso
material é de fato magnífico: metrópoles culturais deslumbrantes,
facilidade de transporte, modo de vida adiantado, tudo mecanizado, etc.
Materialmente, não há dúvida de que a felicidade aumentou, mas a
felicidade espiritual, que é importante, não passa de zero. Olhando sob
esse prisma, fica bem evidente o erro da civilização contemporânea. Mas
o erro de que eu estou falando também faz parte do profundo Plano do
Supremo Deus, e até hoje estava bem assim. Isso porque, para construir
o Mundo Ideal, que é o objetivo de Deus, era preciso, primeiro, como
preparação, desenvolver até certo ponto a cultura materialista. E a
história da humanidade até hoje, cheia de guerras e de paz, de ascensão
e decadência, também se explica dessa forma. Assim, a época da cultura
materialista chega ao seu fim; ao mesmo tempo, é chegada a época da
ascensão inesperada da cultura espiritualista. E as duas culturas, a
materialista e a espiritualista, irão caminhar com os passos alinhados,
concretizando-se a era da Verdadeira Civilização. Em outras palavras, é
também a união da Religião com a Ciência. Para tanto, a questão
prioritária é fazer com que se tome consciência da existência real do
espírito. Deus mostra o milagre como método para essa tomada de
consciência. Eu fui escolhido para desempenhar tal função, e,
naturalmente, também recebi força para realizar milagres. Em relação
aos milagres, entre inúmeras religiões existentes desde tempos antigos,
parecem-me especialmente marcantes os milagres de Cristo, ainda hoje
famosos. Ele devolveu a visão a um cego, fez um aleijado andar,
expulsou o demônio de uma pessoa má, e outros milagres. A maioria dos
milagres contidos na nossa coletânea são quase iguais aos de Cristo, e
alguns até mesmo superiores, podendo ser resumidos numa só palavra:
espantosos! Além disso, todos eles foram manifestados por meus
discípulos, o que, falando honestamente, é um acontecimento que pode
virar a História. A famosa expressão de Cristo, “Fim do Mundo”, refere-se
ao fim da época da cultura materialista, e a profecia “O Reino dos Céus
está próximo”, nem é preciso dizer, refere-se à época de uma cultura
elevada, que progride rapidamente, ao nascimento iminente de um
mundo de Verdadeira Civilização. Nessa grande transição do mundo,
Deus irá manifestar milagres sem precedentes, realizando uma revolução
cultural de âmbito mundial. Aqueles que acreditarem nisso, serão
pessoas felizes na Nova Era. Gostaria de escrever muito mais, mas este
livro ficaria puramente religioso, por isso vou parar por aqui. O leitor deve
gravar bem o significado das minhas palavras e ler atentamente. Ao
mesmo tempo, ele deve abandonar a visão da nossa Igreja como religião
tradicional e olhá-la como uma Ultra-Religião. Jornal Eiko nº 202,
Prefácio da “Coletânea de milagres da I.M.M” – (01/04/53)

Você também pode gostar