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O PAPEL DO FISIOTERAPEUTA NA COMUNIDADE

PEDIÁTRICA

3º ANO DE FISIOTERAPIA
SEJAM TODOS BEM VINDOS......
CONSIDERAÇÕES A CRIANÇA

Individualidade da criança.
Limitações crônicas impedem a criança de fazer
Coisas.
A reação dos pais.
A reação da outras pessoas.
A terapia pode constituir fonte de tensão emocional.
CONSIDERAÇÕES A FAMÍLIA

- AS FAMÍLIAS NÃO ESPERAM TER UM FILHO COM


DEFICIÊNCIA / O FILHO IDEALIZADO.

SENTIMENTOS DE CULPA.

REDE DE APOIO.

CONDIÇÕES SÓCIO ECONÔMICAS.

FASES DE ENFRENTAMENTO.
CONSIDERAÇÕES AO FISIOTERAPEUTA

Ter afinidade.
Dar apoio e segurança à criança e a família.
Frustrações pessoal com o trabalho.
Expectativa com os pais.
Saber dosar o apego ao paciente.
Explicar os procedimentos.
Trabalho multidisciplinar.
Atualização dos conhecimentos.
FATORES AMBIENTAIS QUE INFLUENCIAM O
TRATAMENTO

O enfoque da família.
Rede de apoio.
O profissional deve ter consciência do impacto na família.
Há variações no enfrentamento da patologia.
Saber lidar com o estresse de um filho deficiente.
Avaliar os lados fortes e as dificuldade da família.
CONSIDERAÇÕES AO PROGRAMA DE
TRATAMENTO

Revisão dos conhecimentos.


Examine a criança como um todo.
Avalie a estrutura e o comportamento da família.
Identificar os programas de tratamento que a criança participa.
Avalie a posição do programa de fisioterapia dentro do PTS
(plano de tratamento sigular)
Elaborar um programa individualizado para a criança.
FASES DE ENFRENTAMENTO DA PATOLOGIA
PELA FAMÍLIA

CHOQUE..... O FILHO QUE NÃO VEIO.....

EUFORIA........

DEPRESSÃO........

ACEITAÇÃO......
A CRIANÇA NÃO É UM ADULTO EM MINIATURA

O período de desenvolvimento em
direção ao ser humano completamente
integrado tem início com o embrião,
não se encerrando senão com o término
do crescimento.
PROCESSO
DESENVOLVIMENTO HUMANO
DESENVOLVIMENTO HUMANO

O ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO
HUMANO É BASEADO EM COMO E
POR QUE
O ORGANISMO HUMANO CRESCE E
SE MODIFICA NO DECORRER DA
VIDA.
DETERMINANTE DO COMPORTAMENTO

DETERMINISMO BIOLÓGICO

VERSUS

DETERMINISMO AMBIENTAL
DETERMINANTES DO COMPORTAMENTO

NATUREZA ATIVA

VERSUS

NATUREZA PASSIVA
DETERMINATES DO COMPORTAMENTO

CONTINUIDADE

VERSUS

DESCONTINUIDADE DO
DESENVOLVIMENTO
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO SEGUNDO
PIAGET

SENSÓRIO MOTOR – ZERO A 2 ANOS

PRÉ-OPERACIONAL – 2 A 7 ANOS

OPERACIONAL CONCRETO – 7 A 11 ANOS

OPERAÇÕES FORMAIS – 11 ANOS EM DIANTE


DESENVOLVIMENTO MOTOR

Do ponto de vista físico, o desenvolvimento


não significa apenas que a criança aumenta
em tamanho, mas também que certos
elementos se modificam e adaptam de acordo
com os processos de maturação determinados
pelo seu código genético, com as experiências
da criança e com as exigências do seu
ambiente.
DESENVOLVIMENTO MOTOR

Mais recentemente, o interesse das pesquisas se voltou


para o desenvolvimento motor precoce e para os dados
experimentais e as novas perspectivas teóricas no vasto
campo da ciência da motricidade, especialmente da
neurobiologia (controle motor), da biomecânica e da
psicologia (aprendizado dos movimentos, psicologia
cognitiva).
MATURAÇÃO NEUROLÓGICA

- A aquisição do controle motor e das habilidades


motoras é consecutiva à modificação
progressiva do seu sistema nervoso.

- As fibras nervosas crescem, formam-se novas


conexões entre os neurônios e os
neurotransmissores começam a exercer sua ação.
LIGAÇÕES SINÁPTICAS
CONECTIVIDADE
DESENVOLVIMENTO MOTOR

- A conexões sinápticas funcionais estão na


dependência do uso e da estimulação.
- Outros sistemas necessitam de
amadurecimento.
- A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE PARECE
TER IMPORTÂNCIA CRÍTICA.
- DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL versus
FÍSICO
DESENVOLVIMENTO MOTOR
O desenvolvimento físico pode sofrer atraso ou
deformação em consequência de numerosos fatores que
incidem durante o crescimento e o desenvolvimento;
Na criança em crescimento, a postura anormal, devido
ao desequilíbrio muscular e as alterações consecutivas
do comprimento das partes moles, pode levar ao
desenvolvimento defeituosos dos ossos,
DEFORMIDADES OSTEOARTICULARES, mais
graves e
incapacitante do que no adulto.
DESENVOLVIMENTO MOTOR

A incapacidade para colocar peso sobre os pés


a fim de ficar em posição ereta ou de dar
passos, poderá ser evitada quando se procura
manter o comprimento normal dos músculos.
DESENVOLVIMENTO MOTOR

- Crianças que necessitam hospitalização podem sofrer muitas


consequências, principalmente entre 6 a 9 meses.
- Ao receber atendimento de fisio a crianças necessita de
um tempo para adaptação. Propiciar ambiente adequado.
- A maneira de abordar a cça está na dependência de sua idade.
- Ser sutil na avaliação inicial, avaliar no colo da mãe, usando
brinquedos.
DESENVOLVIMENTO MOTOR

È interessante considerar que a finalidade principal da


fisioterapia, no caso da cça com deficiência motora,
consiste em treinar a performance motora na
realização de uma série de atos importante para o seu
dia-a-dia.

O uso de brinquedos precisa estar adequado ao nível do


desenvolvimento da criança, sendo escolhido de
acordo com a capacidade da criança e com objetivos
de promover a performance motora.
DESENVOLVIMENTO MOTOR

O conhecimento acerca do desenvolvimento, da


biomecânica e do controle do movimento contribuem
para que o terapeuta encontre meios para o lactente
atingir a performance motora desejada.
Ex: para promover a extensão da cabeça e tronco, o
lactente deverá ser movimentado em posição ereta ou
em decúbito ventral.
DESENVOLVIMENTO MOTOR

A terapia precisa ser organizada, de modo que a criança


possa obter algum sucesso, nas atividades que estão
sendo treinadas.

A tarefa de disciplinar a cça cabe aos pais e não ao


profissional.

A criança que se comporta mal pode estar como fome,


sono, dor......
DESENVOLVIMENTO MOTOR

A maior parte do conhecimentos acerca do


desenvolvimento motor remonta tradicionalmente às
pesquisas baseadas na observação.

Mais recentemente o interesse das pesquisas se voltou


para dados experimentais no vasto campo da
motricidade
DESENVOLVIMENTO MOTOR

Os novos métodos de investigação do desempenho


motor mediante análise do movimento, resultaram
em interpretação diferente do controle motor,
interpretação essa que considera a tarefa como tal e o
ambiente na qual é realizada como fatores da maior
importância na aquisição do controle motor.
DESENVOLVIMENTO MOTOR

Esses pontos de vista passaram a dominar em


neurologia, tornando-se conhecidos como
abordagem ecológica (Reed, 1982) hora como
perpectiva dinâmica de sistemas (Kelso e
Tuller, 1984).
DESENVOLVIMENTO MOTOR
Graças a essas pesquisas, estamos atualmente em
condições de construir um arcabouço científico para
a fisioterapia destinada aos indivíduos com
deficiência motora, com base em resultados de
pesquisa que nos fornecem detalhes mais importantes
sobre o desempenho motor nos seres humanos dos
diferentes grupos etários.
PARADIGMAS DA RELAÇÃO DA SOCIEDADE COM AS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

INCLUSÃO:

1- Idade Antiga: 4000 ac até 476dc


2- Idade Média: 476dc até 1453
3- Idade Moderna: 1453 até 1789
4- Idade Contemporânia: 1789 até aos dias atuais.
IDADE ANTIGA - 4000 AC ATÉ 476DC

Passagem encontradas na literatura grega e romana,


Bíblia, Talmud e no Corão.
Os romanos descartavam-se de crianças deformadas e
indesejadas em esgotos localizados ironicamente, no
lado externo do Templo da Piedade.
A única ocupação para os retardados mentais
encontrada na literatura antiga é a bobo ou palhaço
para a diversão dos senhores e seus hóspedes.
IDADE MÉDIA - 4000 AC ATÉ 476DC

Com o advento do cristianismo, a situação se modificou,


pois todos passaram a ser igualmente considerados
filhos de Deus.
Porém pelo sistema de produção fundamentados em
atividades de pecuária, artesanato e agricultura, as
pessoas com deficiência eram ignoradas à sua sorte,
buscando a sobrevivência na caridade humana.
Inquisição Católica e consequente Reforma Protestante
– período negro da história da humanidade.
IDADE MODERNA - 1453 ATÉ 1789

No século XVII, a organização sóció-econômico foi se


encaminhando para o capitalismo comercial, novas
idéias foram sendo produzidas tanto na área de
medicina, como na da filosofia e na educação.
A relação da sociedade com a pessoa com deficiência , a
partir desse período passou a se diversificar,
caracterizando-se por inciativas de
institucionalização total, de tratamento médico e de
busca de estratégias de ensino.
IDADE CONTEMPORÂNEA - 1789

Apesar de existirem desde o século XVI as instituições


totais foram criticamente examinadas até o início da
década de 60.

A década de 60 tornou-se, assim, marcante na promoção


de mudanças no padrão de relação das sociedades
com as pessoas com deficiência.
IDADE CONTEMPORÂNEA
1- PARADIGMA DA INSTITUCIONALIZAÇÃO

2- PARADIGMA DE SERVIÇOS
Conceito de integração

3- PARADIGMA DE SUPORTE
INCLUSÃO

Processo de ajuste mútuo, onde cabe à pessoa com


deficiência manifestar-se com relação a seus desejos e
necessidades e à sociedade, a implementação dos
ajustes e providência necessárias que a ela
possibilitem o acesso e a convivência no espaço
comum, não segregado.
ARTIGO CIENTÍFICO PARA DISCUSSÃO
A inclusão escolar de alunos com deficiência: uma
leitura baseada em Pierre Bourdieu*

GIOVANI FERREIRA BEZERRA


Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Naviraí,
MS, Brasil (2017)
REFLEXÕES
- A partir da década de 1990 - inclusão escolar de alunos com deficiência.
- Ministério da Educação (MEC), em 2008, da Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (Brasil, 2008).
Essa política, pelo menos em tese, aboliu a matrícula de alunos com
deficiência em escolas ou classes especiais de forma substitutiva à escola
comum, embora na prática isso nem sempre tenha acontecido.
- Nesse contexto, pode-se dizer que o país vem seguindo a tendência
mundial de criar sistemas educacionais inclusivos.
- Sociologia de Bourdieu como um instrumento para a reflexão teórica,
como um recurso para ler e decifrar a realidade e seus mecanismos de
produção e reprodução da exclusão escolar.
- Bourdieu e Passeron publicaram A reprodução, em 1970, na França.
(‘democratização’).
REFLEXÕES

- Vale indagar o que significa, em termos sociológicos, retirar os estudantes com


deficiências das antigas escolas especiais e trazê-los para o cotidiano das escolas
comuns?

- De modo similar ao ocorrido na França a partir dos anos de 1960, estamos criando
um grupo de excluídos de dentro, que ingressam e permanecem na escola, mas sem
que esta lhes faça sentido; ao passo que se reforçam estratégias de violência e
dominação simbólica sobre os “diferentes”.

- De modo similar ao ocorrido na França a partir dos anos de 1960, estamos criando
um grupo de excluídos de dentro, que ingressam e
- Consequentemente, a escola torna as desigualdades objetivas, impostas pela
deficiência, em permanente desvantagem (auto)imposta para aqueles que
apresentam tal condição ontogenéticas.
- Os estudantes com deficiência estão na escola comum, mas tão pouco dela se têm
beneficiado, convertendo-se nos novos excluídos de dentro do nosso sistema
escolar, tido como “democrático”.

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