Você está na página 1de 21

MANUAL DE CONVIVÊNCIA DOS PAIS

NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
COMO AS NEUROCIÊNCIAS PODEM CONTRIBUIR PARA
MEDIAR CONFLITOS FAMILIARES PROPORCIANDO
O BEM ESTAR DE TODOS.

ERIKA ZANONI FAGUNDES CUNHA

Dedico este trabalho a todos os pais dos alunos do


Colégio Vila Militar - CESCAGE.

Ponta Grossa
2020
“Só as crianças e os velhos conhecem a volúpia de viver dia-a-dia, hora a hora, e suas
esperas e desejos nunca se estendem além de cinco minutos”.
Mario Quintana

APRESENTAÇÃO

Muitos estudantes do mundo estão sem aulas devido a pandemia do coronavírus. O


avanço deste trouxe a perspectiva da continuidade dos estudos por meio da educação a
distância e está “forçando” as instituições de ensino e universidades a questionarem
suas metodologias de ensino. Professores, pedagogos e administradores, em menos de
uma semana, precisaram organizar a estrutura de uma escola on-line em plataformas
onde ( a sua maioria) nunca havia atuado. Além de se verem desafiados a despertar o
interesse dos alunos aos novos métodos e fazer com que continuassem aprendendo.
Tiveram também que ter a coragem de enfrentar o medo do desconhecido e usar
ferramentas tecnológicas quando ainda operavam em modo analógico.
Os pais, em contrapartida, ficaram com a responsabilidade de motivar, ensinar e
supervisionar os filhos. Além disso, a maioria têm a rotina da casa e do trabalho em home
office. Jornadas que consomem muita energia e acabam levando todos à exaustão.
Neste momento de Pandemia o campo do saber acadêmico ultrapassa totalmente as
barreiras do “tradicionalismo”, e avança, em tempo recorde para um universo tecnológico
e virtual. Alunos estão aprendendo autonomia, auto responsabilidade, ética, moral e
cooperação, de uma maneira síncrona e inovadora. A internet surge nessa fase para
permitir um mundo novo. Mas ao mesmo tempo, inúmeras dúvidas perpassam por esse
momento de transformação: Como incentivar e motivar os filhos com tantas distrações
que competem com o professor no ensino a distância? De que forma garantir um
ensino-aprendizagem de qualidade? Como os pais devem motivar os filhos? Existem
limitações de acordo com a idade?
Esse material pretende fornecer informações sobre o desenvolvimento das funções
executivas nas crianças, nos adolescentes e adultos, do mesmo modo que visa
compartilha ideias criativas e sugestões de plataformas para facilitar a consolidação da
memória.
Sumário

1. Contexto da pandemia ................................................................................................... 04


2. Neuroanatomia da aprendizagem ............................................................................... 05
3. Atenção, cognição e funções executivas .................................................................. 06
4. Ambiente, estresse e déficit de aprendizagem ........................................................ 08
5. Metodologias e plataformas ......................................................................................... 05
5.1 - Terapias alternativas para amenizar estresse e ansiedade ......................... 10
5.1.1 - Mindfulnnes ...................................................................................................... 10
5.1.2 - Prática de exercícios físicos ......................................................................... 10
5.1.3 - Alimentos utilizados para combater ansiedade, depressão e
melhorar cognição .................................................................................................... 12
5.1.4 - Relaxamento muscular progressivo .......................................................... 12
5.1.5 - Aromaterapia ................................................................................................... 13
5.1.6 - Fitoterapia ....................................................................................................... 13
5.1.7 - Conversa envolvente com os filhos .......................................................... 14
5.1.8 - Oficina das emoções ...................................................................................... 14
5.2 - Dicas de plataformas e ambientes para melhorar cognição e atenção
..... dos filhos .......................................................................................................................... 14
6. Considerações Finais ...................................................................................................... 16
7. A Autora .............................................................................................................................. 17
8. Referências bibliográficas .............................................................................................. 18
1. CONTEXTO DA PANDEMIA

A COVID-19 é uma doença infecciosa causada por um coronavírus recém-descoberto.


Ela teve início na China e existem duas explicações científicas para o desenvolvimento:
mutações do vírus em animais selvagens e ingestão na alimentação ou mutação no
próprio ser humano. A maioria das pessoas que adoece em decorrência da COVID-19
apresenta sintomas semelhantes à de uma gripe comum, diferenciando-se pela febre alta
e fadiga extrema. O vírus é transmitido principalmente por meio de gotículas geradas
quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou exala.
Essa doença começou a se espalhar por todo mundo em pouco tempo de forma
exponencial. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 11 de março de 2020, a
COVID-19 como uma pandemia. Para achatar a curva de transmissão do vírus e desafogar
os leitos hospitalares, em 20 de março de 2020, através de decreto estadual (PR), as
escolas e outros estabelecimentos com aglomeração de pessoa, fecharam. Segundo a
UNESCO, a partir da data mencionada, mais de 850 milhões de estudantes permanecem
sem aulas presenciais devido a pandemia do coronavírus. Atualmente, professores e pais
de todo o mundo enfrentam problemas semelhantes para ensinar alunos no formato
EAD.
Sabe-se que sala de aula é um lugar de troca, incentivo e cuidado. As crianças e adultos
se afeiçoam, confiam a aprendem, no entanto, em casa existe um novo campo de saber
que exige autonomia, responsabilidade, ética e moral. Não é difícil ouvir que a escola deve
preparar para a vida, por isso, ela tem nesse contexto atual, o grande desafio de preparar
o aluno para vencer nas adversidades e extrair o melhor deles, na vida, que hoje nos é
possível, limitada fisicamente pela quarentena e ilimitada virtualmente.
No cenário atual da pandemia que forçou professores a rever metodologia e os pais a
exercitarem a paciência, os conhecimentos a respeito do desenvolvimento cerebral e do
melhor funcionamento das funções executivas fornecem mecanismos práticos para a
consolidação da memória, nesse novo processo de aprendizagem que urgiu-se construir.
RELVAS (2017) descreve a neurociência na escolarização como uma abordagem a respeito
do funcionamento cerebral, o qual leva em consideração aspectos biológicos,
psicológicos, neurobiológicos, físico e filosófico, voltados para aquisição de informações,
de resolução de problemas contextualizados e alicerçados do âmbito escolar. É uma
abordagem educativa que valoriza a qualidade de vida, o foco, o autoconhecimento e a
expressão de emoções.
Fica claro então, perceber que o trabalho em questão reflete a preocupação da autora
com as emoções dos estudantes, com a aprendizagem e com a motivação. Já que, muitas
vezes não existe uma conscientização e manejo de emoções refletindo na aprendizagem
e relacionamentos com professores, tutores e colegas de sala, e pais, nesse período em
que a preocupação com a saúde, e quiçá com a sobrevivência, soa mais alto nos lares de
muitos. Por tais razões, objetiva-se nas próximas linhas, compartilhar estratégias para
lidar com os desafios aos quais a tecnologia “impõem” a educação, em meio a pandemia
instaurada pelo COVID-19.

04
2. NEUROANATOMIA DA APRENDIZAGEM

O cérebro é o órgão mais complexo do nosso organismo, responsável por ações


voluntárias e involuntárias. A construção do cérebro começa na fase inicial da gestação.
Durante o primeiro mês, sinais químicos fazem com que o grupo de células do embrião
em desenvolvimento comece a se transformar no sistema nervoso. Três semanas depois
da concepção, já ocorre a formação da placa neural, formando posteriormente o tubo
neural, que mais tarde se transformará em cérebro e medula espinhal.
O encéfalo infantil possui uma grande quantidade de sinapses provocadas por
estímulos, as quais permanecem até o início da adolescência quando começam a reduzir
(RELVAS, 2017). Pesquisas revelam que o aprendizado pode ocorrer durante toda a vida.
Apesar da morte de algumas células, há outras sendo repostas. Existe, portanto, um
constante fluxo de vida e morte no nosso cérebro (SPALDIN et al, 2013).
Oliveira (2005) considerou que o encéfalo pode ser dividido em três partes: o cérebro
reptiliano (primitivo); cérebro límbico (das emoções) e neocórtex (cérebro evoluído):
a) cérebro reptiliano: contribui com funções relacionadas à sobrevivência da espécie.
Entretanto, não estabelece vínculos emocionais, hierarquia, empatia. O animal caça
apenas por si, sem a divisão de alimento e a cópula é sem escolha do parceiro;
b) cérebro límbico: é considerado o centro das emoções, possuindo ligação com o
cérebro reptiliano. Os comportamentos são mais elaborados tais como, maior
estruturação familiar, preocupação com os membros da própria espécie, cuidados com a
prole, capacidade de defesa ampliada, divisão de alimentos e respeito à hierarquia;
c) neocórtex: conhecido como cérebro mais elaborado e não existe somente na espécie
humana (observado também no cão e no macaco). Possibilita o cumprimento de tarefas
relacionadas ao intelecto, conferindo fala, escrita, motricidade, cálculos e composição
artística.
O cérebro visceral (límbico) é a região responsável pela organização do
comportamento afetivo em impulsos básicos como a obtenção de alimentos, fuga do
inimigo e reprodução. As emoções formadas no hipocampo são transmitidas ao intelecto
para avaliação e se tornam memórias de longo prazo.
O lobo pré-frontal é responsável pela razão (cognição), aprendizagem e o lobo
insular/límbico pela emoção (prazer e recompensa) (BRANDÃO, 2004; DAMÁSIO, 2009). O
lobo pré-frontal tem seu desenvolvimento completo por volta dos 30 anos de idade em
seres humanos. Este é responsável pelas escolhas acertadas, pelo controle de impulsos,
pela flexibilidade, pela linguagem e raciocínio. A maioria dos mamíferos opera
principalmente por instinto, porém as ações de hierarquia, usar ferramentas e modificar
o ambiente estão relacionadas a maior utilização do lobo frontal (AMTHOR, 2017). A
segunda área, a amigdala, é responsável pela gerência das emoções, está bem ativa na
infância e adolescência daí as reações emocionais exageradas (RELVAS, 2017).
Como se há de verificar, reconhecer todas essas funcionalidades e mecanismos, pode
ser de inestimável importância, quando se preza por um ensino a distância de qualidade,
capaz de usufruir do conhecimento tecnológico, biológico e científico, na busca de
metodologias que estimulem o cérebro do estudante, e oportunize ao mesmo
uma aprendizagem efetiva, capaz de tornar-se uma memória de longo prazo.

05
3. ATENÇÃO, COGNIÇÃO E FUNÇÕES EXECUTIVAS

Nosso cérebro é formado por bilhões de células, os neurônios, e por trilhões de


sinapses (comunicação entre os neurônios). Apesar dessa capacidade, apenas analisamos
o que realmente importa. Este mecanismo refere-se ao fenômeno da atenção. É por meio
dessa que podemos selecionar o que é importante e deixar de lado tudo aquilo que não
nos interessa (COSENZA; GUERRA, 2011).
Quando um professor está em sala de aula, tem alguns concorrentes, tais como: um
colega, um barulho na quadra ou um celular escondido. Em casa, a concorrência com a
aula do professor é muito alta. O aprendiz pode considerar a aula menos interessante que
o seu videogame, que o celular, que a geladeira, entre outros distratores. Por isso, rever
metodologias e tornar a aula prazerosa, torna-se imprescindível. A consolidação daquilo
que é importante precisa de um peso emocional. O professor necessita emocionar,
estimular que o neurotransmissor do aluno se ligue à proteína de membrana e que
desenvolva o potencial de ação, entrada de íons e mudança de gradiente, ou seja,
trocando em “português claro” se o conteúdo for bom, ele vai passar para frente
(consolidação da memória), caso contrário, será descartado. Os pais, em parceria,
precisam acordar os filhos cedo, motivá-los e monitorá-los para a absorção do conteúdo.
É de extrema importância compreender que as funções executivas dos alunos estão
em desenvolvimento, e não se pode comparar adultos com adolescentes ou crianças. Ou
seja, não se exige o que a maturação neuronal não pode dar. Segundo PINTO (2008) os
aspectos do neurodesenvolvimento, entre eles o processo de mielinização, consideram
que o amadurecimento dos lobos frontais ocorre por meio de surtos:

- 1º Surto de crescimento (5 anos de idade): confere ganhos importantes em relação


aos processos de controle atencional.
- 2º Surto de crescimento (7 a 9 anos) confere desenvolvimento de três
subcomponentes executivos: processamento de informação, flexibilidade cognitiva e
planejamento;
- 3º Surto de crescimento (11 a 13 anos): os subcomponentes anteriormente citados
alcançam a maturidade e emerge o chamado controle executivo.

Quando os estudantes estão em sala de aula, o docente percebe quando não está
sendo compreendido ou quando o distrator ganha a competição, e de maneira rápida traz
o aluno de volta ao conteúdo. Mediante ao citado anteriormente, percebe-se o quão é
primordial a presença do professor para realizar esse chamado de retorno para a aula, no
Ensino Fundamental. Agora quem faz essa função é o pai, mãe ou cuidador. Estamos
sentindo na pele o que os professores sentem diariamente. Já no Ensino Médio, o
processo é um pouco mais fácil porque as funções executivas desenvolveram-se, ainda
que seja só na fase adulta encontrada a plena capacidade atencional devido a maturação
neuronal completa e a consciência de um objetivo maior de vida. O problema dos
adolescentes é o grupo. Eles encontram outras plataformas e mimetizam a conversa
paralela na sala de aula. Mais uma vez fica ao encargo dos pais o apoio e
ensinamentos sobre autorresponsabilidade.

06
O problema é que o EAD não veio com um manual de bordo de como educar os filhos
com amor, assertividade, motivação e afetividade. Como passar os conteúdos, motivar os
filhos, lembrar de como faz aquele exercício de física que vimos nos anos 90? Como não
ficar sobrecarregado com tudo isso? No momento estamos aprendendo juntos a passar
por tudo isso!
Sabe-se que o ser humano normalmente tende a ser mais pessimista diante de
situações estressantes. Cabe a nós pais, a seguinte reflexão:

O que tem de bom nisso tudo?

Muita coisa!!! Estamos mais próximos dos filhos, participando ativamente da rotina
deles e podendo ensinar coisas que realmente importam. Ensinamentos sobre a vida,
sobre a natureza e sobre hábitos ancestrais da família podem fazer parte da rotina da
casa e da aplicabilidade dos estudos. Precisamos criar coragem também para encarar as
ferramentas tecnológicas para entrarmos no mundo em que nossos filhos nasceram.

07
4. AMBIENTE, ESTRESSE E DÉFICIT DE APRENDIZAGEM

Estudos em neurociência afirmam que os processos cognitivos e emocionais estão


entrelaçados (ARNSTEN, A. F & RUBIA, K, 2012; VELASKES & RIBEIRO, 2014;). Os bloqueios
emocionais podem prejudicar a aprendizagem. Crianças, adolescentes e adultos com
sinais de medo, estresse, ansiedade e depressão podem apresentar pouca concentração
e atenção deficitária.
A estrutura cerebral pode ser moldada a partir de uma combinação da genética, do
ambiente de modo que os fatores emocionais, fisiológicos, sociais e culturais são de
extrema importância para a plasticidade cerebral (VELASKES & RIBEIRO, 2014). A
capacidade de focar, de concentrar e de lembrar tem muito a ver com o estresse
emocional que o indivíduo é capaz de suportar. As crianças também podem somatizar
emoções e isso reflete sobre as funções cognitivas imediatas e a longo prazo. Sinais como
falta de concentração e atenção, lentidão no raciocínio, falta de interesse, déficit de
memória impedem a atenção focalizada e execução de tarefa até o final.
A genética contribui para programação individual do cérebro, mas o ambiente que
proporciona oportunidades, vivências e experiências é que são capazes de influenciar no
neurodesenvolvimento. O cérebro infantil em desenvolvimento é plástico, possui uma
quantidade excessiva de sinapses provocadas por estímulos ambientais. Essa capacidade
sináptica continua até o início da adolescência (BOWLBY, 2006; RELVAS, 2017). As crianças
precisam de exercício mental como exercícios na academia e boa alimentação para
melhorar a cognição.
A família e a escola possuem, portanto, responsabilidade no desenvolvimento
cognitivo, emocional e social das crianças e adolescentes para minimizar conflitos,
promovendo uma escuta eficaz, o apoio, a interligação e o limite, sem prejudicar a
individualidade. (RELVAS, 2017). Ter consciência das emoções favorece flexibilidade de
resposta em interações com o meio ambiente (DAMASIO, 2012).
Durante a pandemia, criança e adultos confinados podem apresentar sinais
relacionados a ansiedade, depressão e medo. O rendimento escolar pode cair
consideravelmente. O ideal é a identificação e encaminhamento ao profissional de saúde
para avaliação. Além do apoio de pessoas tão importantes para as crianças e
adolescentes, como o professor.
Os problemas têm início com o estresse. Estresse pode ser definido como a soma de
respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos que
permitem ao indivíduo superar determinadas exigências do meio ambiente e o desgaste
físico e mental causado por esse processo. Existem algumas diferenças entre os tipos de
estresse e como eles afetam o organismo:

O “Estresse bom” é aquele que prepara o ser humano para lutar por sua vida. Alguns
sistemas fisiológicos são recrutados para nos preparar para as situações normais da vida
tais como dilatação de pupilas, inibição de processos digestivos, aumento da frequência
cardíaca, dilatação de brônquios, aumento da pressão arterial, quebra das reservas de
glicose, aumento do catabolismo proteico e ativação de sistema neuroendócrino. Esse
tipo de estresse é bom para que os alunos não fiquem apáticos e entregues a
sonolência excessiva.

08
O “Estresse ruim” é chamado de estresse crônico e se torna prejudicial para o ser
humano quando mecanismos fisiológicos e comportamentais são insistentemente
recrutados para tentar manter o organismo em equilíbrio. É um esforço contínuo, árduo
e pesado para o organismo O estresse crônico provoca estimulação exagerada do
simpático e predispõe a elevação de pressão arterial, diminuição de insulina, aumento do
risco de diabetes, dor no estômago, problemas cognitivos e pior, o desequilíbrio do
sistema imunológico (MELO, 2015).

O ESTRESSE CRÔNICO (RUIM) PRÉ-DISPÕE OS TRASTORNOS MENTAIS RESULTANDO EM


COMPORTAMENTOS INADEQUADOS, DOENÇAS, IMUNIDADE BAIXA E DÉFICIT COGNITIVO
(DIFICULDADE DE RESOLVER PROBLEMAS).

Nesse caso, para evitar o início de emoções nocivas, estresse e transtorno de


aprendizagem os pais e professores devem desenvolver atividades que promovam a
inteligência emocional. Ações que possam prevenir ou ensinar a “lidar” com sentimentos
como ansiedade e medo. A escola e pais precisam, mais do que nunca se reinventar,
colocar em prática teorias que há tempos são estudadas e buscar novas para adaptar-se
e auxiliar seus estudantes, nesse processo também. É de fato um desafio grande, mas não
impossível.

09
5. METODOLOGIAS E PLATAFORMAS PARA MELHORAR RELACIONAMENTO,
MOTIVAÇÃO, COGNIÇÃO E ATENÇÃO.

Observa-se um esforço diário das escolas e universidades na busca por estratégias que
propiciem a mediação da aprendizagem por meio de conteúdos que envolvem a
compreensão verbal, a solução de problemas de matemática e a ampliação destas
estratégias para as tarefas de casa, por exemplo. CARDOSO E FONSECA (2016) explicam que
para que os alunos consigam executar estas atividades de forma eficiente e consigam
obter sucesso na aprendizagem, é preciso que elas sejam capazes de planejar, organizar as
tarefas, se adaptar às rotinas, controlar impulsos, monitorar seus comportamentos e
regular suas emoções.
Mediante a isso, a tutoria on-line ofertada pelos professores, a manutenção do contato
social com os mesmos, a disponibilidade de ferramentas que possibilitem esta interação é
fundamental. É um processo de busca e teste, quase imediatos, é claro que erros
ocorreram no processo, mas saber reconhecê-los e continuar tentando é fundamental. Os
pais que estão desempenhando o papel de educadores devem buscar compreender todo o
processo para auxiliar os filhos com amor, paciência e assertividade.
Não se pode perder de vista o fato de que diante de situações de crises pode-se
despertar a criatividade do ser humano, há um leque bem diversificado de plataformas e
recursos que viabilizam o ensino a distância, cabe então aos educadores e alunos,
utilizá-las da melhor forma possível. Despertando o interesse e afetividade dos alunos
pelas aulas e conteúdos, assim como já era feito no ensino presencial. Renovar
metodologias torna-se então, essencial e cabe aos alunos manter seu hábito de estudo.

5.1 - Terapias Alternativas para amenizar estresse e ansiedade

Cita-se aqui, algumas alternativas que podem auxiliar pais na educação nessa realidade
mundial tão importante, que ultrapassa o ensino de conteúdos teóricos e solicita o olhar
atento ao bem-estar físico e emocional do discente.
Cada uma das “atividades” apresentadas a seguir, podem ser anexadas e colocadas em
prática nas aulas e nas conversas de pais com seus filhos, ainda que a distância:

5.1.1 - MINDFULNNES

É uma prática de meditação muito estudada e com resultados excelentes. Kabat-Zinn


professor da Universidade de Massachusetts desenvolveu o método na década de 70 e sua
intensão era afastar a prática de religião. Nessa visão, não há necessidade de sentar e fazer
posições de iogue, apenas estar disposto e tentar se concentrar na meditação guiada.
Quando os pensamentos invadirem a prática, deve-se ter atitude de amorosidade e
compreensão e retomar o exercício.
No estudo de MORRISOM et al (2014) que descobriu que episódios frequentes de falta
de concentração - como esses dos alunos que “viajam” nas aulas, podem ser combatidos
usando técnicas simples, de curta duração, de concentração e mindfullness. O
estudo dividiu os participantes em dois grupos. Um deles recebeu

10
treinamento de uma hora por semana, por sete semanas e o outro, não. Em seguida, eles
foram testados em sua capacidade de se manter concentrados e sustentar a atenção e o
grupo de mindfullness foi muito superior.

Existem aplicativos específicos nos celulares e também algumas meditações guiadas


no Youtube. Um programa de 8 semanas é capaz de modicar a atenção e foco dos alunos.

5.1.2 PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS

Muito importante enfatizar para as famílias dos alunos a necessidade de se incluir


alguma atividade física, mesmo que seja começando com 15 minutos por dia. Não há
remédio que se compare aos benefícios da prática de exercícios na vida de uma pessoa.
Entre eles:

• Melhora a estrutura óssea e corporal


• Reduz a pressão arterial
• Aumenta produção de endorfinas
• Aumenta a energia (motivação)
• Acelera o metabolismo
• Melhora o humor
• Combate ao estresse crônico

Temos observado um aumento de peso nas crianças e adolescentes que ficam


trancados em casa nessa pandemia. Um estudo com neuroimagem evidenciou que no
isolamento social as pessoas desejam interações sociais na mesma intensidade e dinâmica
cerebral que uma pessoa com fome anseia por comida. O isolamento social gera ansiedade,
as pessoas se sentem sozinhas e desejam interação. As regiões do mesencéfalo que
mostraram ativação aumentada para sinais alimentares após o período de jejum também
o fizeram em resposta aos sinais sociais após o isolamento. Esses resultados corroboram
com as observações práticas das mães com quem tenho conversado. Precisamos criar
alternativas para os filhos saírem um pouco da frente dos eletrônicos e se
movimentarem!!!
Outro estudo mostrou que o chamado "vício em Internet" pode predispor a transtornos
de ansiedade e depressão, ao esgotamento cognitivo, fadiga física e distúrbios do sono e o
exercício é o remédio para ajudar o cérebro a combater os efeitos negativos desse vício,
além de contribuir para o seu controle.

Mas o que fazer para motivá-los a se exercitarem?

- Pratique a atividade junto com a criança


- Brincadeiras antigas
- Brincadeiras com animais de estimação
- Pula corda
- Caminhada
- Parquinho

11
5.1.3 - ALIMENTOS UTILIZADOS PARA COMBATER ANSIEDADE, DEPRESSÃO E
MELHORAR COGNIÇÃO:

Outra sugestão é enfatizar o benefício que uma alimentação adequada pode auxiliar
nesse momento de quarentena e pós, também.

- Alface: possui lactusina que tem efeito calmante;


- Folha de Maracujá: contém passiflora que acalma;
- Melissa: produz efeito calmante (precisa ferver, não apenas deixar em infusão).
- Banana, semente de abóbora, grão de bico, carnes magras, peixes de águas frias, chia,
linhaça e espinafre: possuem triptofano que é percursor da serotonina-bem estar;
- Peixes de águas frias: contém Ômega 3 – reduz estresse e cognição;
- Iogurte, amêndoas E folhas verdes escuras: possuem magnésio que diminui o cortisol
(hormônio do estresse);
- Gérmen de trigo, banana, cereais, castanhas e folhas verdes escuras: contém vitaminas
do complexo B que auxiliam na melhora do humor;
- Batata inglesa, frutas cítricas e tomate: possuem vitamina C que faz a conversão do
triptofano;
- Ovo contém colina que é percursor da acetil colina, ajudando na memória e cognição;
- A ingestão de cereais de manhã é uma ótima sugestão, pois apresenta alto teor de
proteínas e melhora a performance em exercícios cognitivos complexos;
- O iogurte produzido a partir do Keffir contém o aminoácido tirosina, necessário para a
produção de dopamina e noradrenalina que desperta, melhora a atenção e cognição.
*** Estimulantes: café, chá verde (mais saudável) e chocolate 70%.

5.1.4 - RELAXAMENTO MUSCULAR PROGRESSIVO

É uma técnica utilizada para o alívio do estresse e relaxamento de cada grupo muscular
por vez. Foi desenvolvida por Jacobson e é uma novidade para combate de dores crônicas
e estresse. Lembrando que a dor do isolamento social é comparada a uma dor física,
ocorrem no córtex cingulado anterior.

A técnica:

Mãos: Feche suas mãos fortemente até sentir a tensão. Mantenha esta posição durante
10 segundos, e pouco a pouco, solte um a um os seus dedos sentindo o relaxamento.
Ombros: Encolha os ombros suavemente para cima, em direção às orelhas. Sinta a
tensão por alguns instantes, mantenha esta posição durante 5 segundos e depois solte e
sinta o descanso… repita 5 vezes.
Pescoço: Leve o queixo em direção ao peito por alguns segundos, depois relaxe.
Boca: Abra a boca e estique a língua o máximo possível durante 10 segundos. Depois
relaxe. Depois, em vez de tirar a língua para fora, leve a contra o céu da boca, sinta a tensão
e relaxe.

12
Respiração: Continue o exercício de relaxamento com um simples exercício de
respiração: inspire durante 5 segundos, retenha o ar durante 6 segundos, e solte-o durante
7 segundos.
Costas: Com os ombros apoiados no encosto da cadeira, incline um pouco o corpo para
a frente de modo que as costas fiquem curvadas; mantenha esta posição durante 10
segundos e depois relaxe.
Pés: Estique os dedos como se quisesse ficar na ponta dos pés. Perceba a tensão
durante 10 segundos para depois soltar e perceber o relaxamento.

5.1.5 - AROMATERAPIA

Os óleos essenciais são responsáveis por conferir aroma e sabor característico às


plantas e estão relacionados à atração de polinizadores, proteção contra insetos e de
diversas funções necessárias à sobrevivência da planta (SANTOS et al., 2004). Estes são
extraídos das plantas e utilizados para uma infinidade de problemas do nosso cotidiano.
Existem muitos estudos científicos a respeito dos benefícios da aromaterapia no controle
das emoções, na cognição, foco e atenção.

Os óleos mais indicados para foco, atenção e cognição são:


• Frankincense
• Bergamota
• Limão Siciliano
• Hortelã-pimenta
• Tangerina
• Laranja Selvagem
• Alecrim
• Manjericão
• Coentro

Com relação ao modo de usar e mistura de óleos, temos a sugestão: Difusor dia todo
ligado em casa com 3 gotas de cada ---- Frankincense com tangerina, ou Frankensce com
limão e Bergamota, a noite lavanda Frankensce e tangerina a junção destes óleos vem
auxiliando- na ansiedade e estresse irritabilidade, angústia, medos e tristezas. Pode-se
ainda usar 2 gotas de qualquer um na mão, fazer conchinha e inalar, e pode usar nas
crianças nas solas dos pés, nos pulsos e/ou umbigo.
Como vimos anteriormente, a concentração tem muito a ver com nosso estado
emocional e pode ser influenciada por nosso humor, os óleos essenciais podem
proporcionar uma maneira segura e natural de promover sentimentos de concentração.

5.1.6 - FITOTERAPIA

- A erva de São João: esta erva pode ser uma alternativa aos medicamentos para
crianças e adolescentes para depressão. Os médicos advertem fortemente contra o uso de
um antidepressivo, já que a combinação pode causar a síndrome da serotonina
- uma complicação rara, mas potencialmente letal, que causa agitação,

13
ansiedade, confusão, náusea, vômito e palpitações. Também pode reduzir a eficácia de
muitos medicamentos, por isso verifique com seu médico antes de usá-lo.
- Manjericão: Chamada por muitos de Erva da Harmonia, esta planta em ambientes tem
o poder da pacificação e de integrar pessoas. Ajuda pessoas desorganizadas e
indisciplinadas a encontrarem rumo, pois sua energia ajuda-os a manter a mente no devido
lugar.

5.1.7 - CONVERSA ENVOLVENTE COM OS FILHOS

Um estudo recente examinou, através da ressonância magnética funcional, crianças que


tiveram mais conversas com adultos, independentemente da situação socioeconômica e
QI. Elas exibiram maior ativação frontal inferior esquerda (área de Broca), impactando
positivamente o processamento neural da linguagem, representado por conexões diretas
e indiretas entre áreas difusamente distribuídas pelo cérebro.

5.1.8 - OFICINA DAS EMOÇÕES

Assista junto com seu filho o filme divertidamente. Explique a respeito das emoções e
depois proponha um desenho do personagem que mais se identificou e saberá qual a
emoção predominante do dia. Por favor, compartilhem os desenhos comigo!!!

5.2 - DICAS DE PLATAFORMAS E AMBIENTES PARA MELHORAR COGNIÇÃO E ATENÇÃO DOS


FILHOS:

Nesse item, serão apresentados algumas plataformas e ambientes que podem auxiliar
na busca de instaurar em complemento das aulas dos professores e melhorar a cognição
das crianças:
1) https://nearpod.com/ - Nearpod é uma plataforma de engajamento estudantil criada
para facilitar o ensino com tecnologia. Tem muitos atrativos e pode ser usado para todas
as idades.

2) Quizur ou Quizziz: O aluno pode tornar e montar o próprio questionário com fotos,
figuras, etc. Os alunos adoram responder esses questionários nas redes sociais.

3) Árvore Educação: É um site muito legal que incentiva a leitura.

4) Me Salva: O Me Salva é um serviço de educação com vídeos curtos e diretos sobre os


temas mais diretos que possa imaginar.

5) Utilizar Vídeos, filmes e séries: o Youtube e Netflix possibilitam o contato com os mais
diversos temas. O professor pode pedir para que assistam o filme e façam uma resenha. Os
temas são diversos e as possibilidades infinitas. Os pais podem curtir junto com os filhos,
pipoca, guaraná e muita diversão.

14
6) Atividades no quintal: A neurociência explica que o aprendizado “fazendo” é o que
mais produz memória de longo prazo. Participar de todo o processo é uma proposta
excelente.

7) Atividades na natureza: existe um consumo de energia enorme para o aprendizado.


Quando estamos em contato com a natureza o aprendizado é feito sem esforço e a
atenção não é dividida é focada.

15
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por derradeiro, cumpre dizer que pandemia do novo coronavírus está revolucionando a
forma de educar. Embora o estresse seja fundamental para a sobrevivência, o estresse
crônico está fortemente relacionado a vários distúrbios cerebrais, incluindo depressão,
ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e distúrbios de aprendizagem. É preciso,
portanto conhecer quais os efeitos do estresse na cognição e correlacionar sinais como
distração, procrastinação e apatia com estresse crônico.
Ter a noção de que o mundo jamais será o mesmo, pode até parecer um clichê, mas é de
fato uma verdade indubitável. O risco de morte iminente, a preocupação com as finanças, a
busca por uma aprendizagem de qualidade não podem ser maiores que a nossa esperança,
que a nossa capacidade de sermos humanos e de compreender que o
ensino-aprendizagem de conteúdos em geral, referentes a matriz curricular instaurada e
ao que é cobrado nos vestibulares e concursos afins é sim fundamental para uma educação
de qualidade, todavia não pode ser maior do que nossa empatia, do que a sabedoria de
entender que não estimular o lado afetivo, não tratar traumas, não cuidar do emocional, é
algo tão mortal como as complicações causadas pelo coronavírus.
Que sejamos resilientes, afetivos, tecnológicos, criativos sem deixar nossa essência de
sermos PAIS.
Espero que tenham gostado desse compartilhamento dos estudos da neurociência e
aprendizagem que contribuem neste momento de pandêmia.

16
7. A AUTORA

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal do Paraná (2003),


especialização em Neurociência Clínica pela Unyleya (2020), mestrado em Ciências Veterinárias
pela Universidade Federal do Paraná (2005) e doutorado em Zoologia pela Universidade Federal do
Paraná (2019). É pós-graduada em Neurogestão (2021). Tem experiência na área de
comportamento, atuando principalmente nos seguintes temas: neurogestão, neurociência,
estresse, transtornos mentais, intervenções assistidas por animais e meio ambiente. No ensino
superior atua desde 2006, como docente. Escreveu um dos capítulos do livro "As vinte melhores
estratégias do ensino do bem-estar animal” publicado pela World Animal Protection:" em 2015.
Publicou o capítulo “Ensaios de uma cosmo visão teleológica para uma elaboração de uma
legislação específica da TAA” que foi a base do novo projeto de Lei do Congresso Nacional a
respeito da Intervenção Assistida por Animais. É membro da Animal Behavior Society, da
Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento e Sociedade Brasileira de Etologia.
Atualmente atua como diretora das relações institucionais do Centro Superior de Ensino dos
Campos Gerais (CESCAGE). No setor de extensão, coordena o grupo Mascotes da Alegria que
realiza intervenções assistidas por animais há 9 anos. Na pós-graduação é coordenadora da
residência de saúde coletiva. Atua também na gestão do Colégio Vila Militar CESCAGE e como
docente no ensino Fundamental II da disciplina de Cuidar de animais.
Contatos: (clique para acessar)

erika.e.zanoni erika_zanoni erikazanbr@yahoo.com.br

17
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AMTHOR, F. Neurociências para leigos. Rio de Janeiro: Alta Books, 2017.


2. ARNSTEN, A. F. T.; RASKIND, M. A.; TAYLOR, F. B.; CONNOR, D. F. The effects of stress
exposure on prefrontal cortex: Translating basic research into successful treatments for
post-traumatic stress disorder. Neurobiology of Stress, v. 1, p. 89–99, 2015. Disponível em:
<https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S2352289514000101>.
3. BETHELL, E.; HOLMES, A.; MACLARNON, A.; SEMPLE, S. Emotion Evaluation and
Response Slowing in a Non-Human Primate: New Directions for Cognitive Bias Measures of
Animal Emotion? Behavioral Sciences, v. 6, n. 1, p. 2, 2016. Disponível em:
<http://www.mdpi.com/2076-328X/6/1/2>.
4. BRANDÃO, M. L. As bases biológicas do comportamento: introdução à neurociência. São
Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 2004.
5. BOWLBY, J. Cuidados Maternos e saúde mental. 5 ed. São Paulo: Martins Fontes,
2006.
6. COSENZA, R. M.; GUERRA, L. B. Neurociências e educação: como o cérebro aprende.
Porto Alegre: Artmed, 2011.
7. CRUVINEL, M.; BORUCHOVITCH, E. Compreendendo a depressão infantil. 1st ed.
Petrópolis: Editora Vozes, 2014.
8. DAMÁSIO, A. R. O erro de Descartes. Emoção, razão e o cérebro humano. São Paulo:
Companhia das Letras, 2009.
9. DE KLOET ER, JOELS M, HOLSBOER F. Stress and the brain: from adaptation to
disease. Nat Rev Neurosci 6: 463-475, 2013.
10. DUMAN, R. Neuronal damage and protection in the pathophysiology and treatment
of psychiatric illness: Stress and depression. Dialogues in clinical neuroscience, v. 11, p.
239–255, 2009.
11. FONSECA V. Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995.
12. KING,J.E; LANDAU,V.I Can chimpanzee (Pan troglodytes) happiness be estimated by
human raters? Journal of Research in Personality, Volume 37, n. 1, 2003, Pag 1-15.
13. KROENKE K, SPITZER RL, WILLIAMS JB, MONAHAN PO, LÖWE B. Anxiety disorders in
primary care: prevalence, impairment, comorbidity, and detection. Ann Intern Med. 2007 Mar
6;146(5):317-25.
14. IBM Corp. Released 2012. IBM SPSS Statistics for Windows, Version 21.0. Armonk, NY:
IBM Corp.
15. JOËLS, M,; KRUGERS, H.; KARST, H. Stress-induced changes in hippocampal function.
Prog brain res., v. 167, p. 3-15, 2008.
16. JOHANSSON L, GUO X, HÄLLSTRÖM T. Common psychosocial stressors in middle-aged
women related to longstanding distress and increased risk of Alzheimer's disease: a 38-year
longitudinal population study BMJ Open 2013;3:e003142.
17. KING, J.E; LANDAU, V.I Can chimpanzee (Pan troglodytes) happiness be estimated by
human raters? Journal of Research in Personality, Volume 37, n. 1, 2003, Pag 1-15.
18. LEACH, J. Psychological factors in exceptional, extreme and torturous environments.
Extrem Physiol Med (2016) 5:7.
19. LIPP, M. E. N., ARANTES, J. P., BURITI, M. S., & WITZIG, T. (2002). O

18
estresse em escolares. Psicologia Escolar e Educacional, 6(1), pp. 51-56
20. JOHANSSON L, GUO X, HÄLLSTRÖM T, et al Common psychosocial stressors in
middle-aged women related to longstanding distress and increased risk of Alzheimer's
disease: a 38-year longitudinal population study BMJ Open 2013;3:e003142. doi:
10.1136/bmjopen-2013-003142
21. MCEWEN, B.S. Stress and hippocampal plasticity. Annu Rev Neurosci, New York, v.22,
p.105-122, 1999.
22. MITRA R, SAPOLSKY RM. Acute corticosterone treatment is sufficient to induce
anxiety and amygdaloid dendritic hypertrophy. Proc Natl Acad Sci U S A. Apr 8;105(14), 2008.
23. MORRISON A, GOOLSARRAN M, ROGERS S, JHA A. Taming a wandering attention:
short-form mindfulness training in student cohorts. Frontiers in Human Neuroscience . v.7,
p.897, 2014. Disponível em: www.frontiersin.org/article/10.3389/fnhum.2013.00897
24. NEMEROFF, C. B. (2016). Paradise lost: the neurobiological and clinical consequences of
child abuse and neglect. Neuron , 2016
25. OLIVEIRA, Maria Isete de. Indisciplina escolar: Determinantes, conseqüências e
ações. Brasília: Líber Livro, 2005.
26. OLIVEIRA, M. A. D. Neurofisiologia do comportamento: uma relação entre o
funcionamento cerebral e as manifestações comportamentais. Canos: Ulbra, 2005.
27. PINTO, A. B. Desenvolvimento das funções executivas em crianças dos 6 aos 11 anos
de idade. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da
Universidade do Porto, 2008.
28. RELVAS, M.P. A Neurobiologia Da Aprendizagem Para Uma Escola Humanizadora. 1 edição.
Editora Wak. São Paulo, 2017.
29. RYGULA, R., PAPCIAK, J., AND POPIK, P. (2013). Trait pessimism predicts vulnerability to
stress-induced anhedonia in rats. Neuropsychopharmacology 38, 2188–2196. doi:
10.1038/npp.2013.116
30. Romeo, R. R. et al. (2018). Beyond the 30-Million-Word Gap: Children’s Conversational
Exposure Is Associated With Language-Related Brain Function. Psychological Science.
doi.org/10.1177/0956797617742725 (imagem autoral)
31. SANTOS, A. S.; ALVES, S. M.; FIGUEIREDO, F. J. C.; ROCHA NETO, O. G. Descrição de
sistema e métodos de extração de óleos essenciais e determinação de umidade de
biomassa em laboratório. Comunicado Técnico-Embrapa, Belém, v. 99, n. 1, p. 1-6, 2004.
32. SAPOLSKY, R.M. Por que as zebras não têm úlceras? São Paulo: Francis, 2007. 592p.
33. SAVEANU, R. V., AND NEMEROFF, C. B. Etiology of depression: genetic and
environmental factors. Psychiatr. Clin. North Am. 35, 51–7, 2012
34. Spalding KL, Bergmann O, Alkass K, et al. Dynamics of hippocampal neurogenesis in
adult humans. Cell. 2013;153(6):1219–1227. doi:10.1016/j.cell.2013.05.002
35. Tomova, L; Wang,K; Thompson, Matthews,T.G; Takahashi, A; Tye, K; Saxe, R. (2020).
The need to connect: Acute social isolation causes neural craving responses similar to
hunger. bioRxiv 2020.03.25.006643; doi.org/10.1101/2020.03.25.006643
36. VELASQUES B & RIBEIRO P. Neurociências e Aprendizagem: processos básicos e
transtornos. 1ª Ed. Editora Rubio: Rio de Janeiro, 2014.
37. WIELEBNOWSKI N. Stress and distress: evaluating their impact for the well-being of
zoo animals. J Am Vet Med Assoc. 2003 1; 223(7): 973-7.

19

Você também pode gostar