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AGRADECIMENTOS APRESENTAÇÃO

Os O
autores representando o Centro Brasil é o país de maior biodiversida-
de Ensino Superior dos Campos de do mundo. O enfoque técnico deli-
Gerais – CESCAGE agradecem neado neste contexto remonta para a
aos que contribuíram com informações sobre necessidade de implementação de políticas pú-
ocorrência de espécies, fotografias, sugestões blicas mais eficazes no que tange ao plano da
e outras formas de apoio que possibilitaram a conservação e do desenvolvimento, pois ques-
elaboração deste documento. tões como o desmatamento ilegal, destruição do
habitat natural das espécies e o comércio ilegal
Em especial ao Secretário Municipal do Meio da fauna e da flora permanecem com grande
Ambiente, Fernando Pilatti, aos gestores am- ênfase na realidade brasileira.
bientais desta Secretaria, Mariely Mika e Valter
Martins, à graduanda de Medicina Veterinária e A fauna do parque Marguerita Masini sofre in-
bióloga Jessica Cavalcanti, à bióloga Elisângela fluências de diversas regiões biogeográficas e,
do viveiro municipal, à coordenadora Eng. Agrô- além disso, a fauna da região encontra-se alte-
noma Doutoranda Daiane Garabeli e aos alu- rada, em função do desmatamento acentuado,
nos do Curso de Gestão Ambiental - CESCAGE. da expansão das atividades antrópicas exerci-
das pelas comunidades locais. É provável que
alguns táxons tenham desaparecido da região
sem que sequer tenham sido estudados, sendo
esperado que muitas espécies da fauna e da
flora ainda desconhecidas pela ciência ocorram
nessa unidade de paisagem do sul do Brasil.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO

A
1. INTRODUÇÃO 5 consciência a respeito da problemática ambiental cresceu significativamente
nos últimos anos. Assim, questões como desmatamento, manejo sustentável e
conservação de florestas passaram a ter grande destaque, inclusive na mídia
2. OBJETIVOS 6 internacional. Segundo alguns autores as piores ameaças à fauna silvestre brasileira
são a perda de hábitats e o tráfico. Cerca de 90% do comércio de animais silvestres é
ilegal. Nas comunidades do interior do Brasil persiste a crença em uma natureza inesgo-
tável, pessoas capturam animais silvestres para alimentar-se, usá-los como xerimbabos
3. MATERIAL E MÉTODO 6
e para reforçar a renda familiar; coletores jovens, subempregados, desempregados, la-
vradores, pescadores entre outros, vendem nas estradas para motoristas de caminhões,
ônibus e outros veículos. Outro problema que tange a conservação dos animais é a po-
4. RESULTADOS 8
luição dos ambientes em que eles vivem. Algumas pessoas das comunidades próximas
aos parques ou áreas verdes possuem ainda a cultura de jogar o lixo doméstico na na-
tureza, levando a graves consequências aos animais que ali habitam. Estas comunida-
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 50 des precisam receber uma orientação adequada e maciça, em relação à preservação
do meio ambiente e, consequentemente, da fauna. Este é um problema nacional, haja
vista o crescimento desenfreado e desordenado das áreas urbanas, aliado à falta de
6. REFERÊNCIAS 51 saneamento básico, que contribui significativamente para um desequilíbrio ambiental. A
falta de informação e de educação nesses termos, não atinge apenas à população mais
carente e de regiões mais remotas, é um problema grave, que também acontece nos
7. ANEXOS 53 grandes centros urbanos. Mais um fator agravante é a caça, mesmo que desvinculada
da necessidade de obtenção de alimento. Consideram-se graves, ainda, os problemas
decorrentes da ocupação indevida acarretando uma situação na qual a maioria das
espécies nativas sofra diminuição ou até mesmo extinção.

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL 3.3 MÉTODOLOGIA


Realizar um levantamento da fauna observada no Parque Marguerita Masini localizado
na região central da cidade de Ponta Grossa-PR. Foram realizadas observações em 10
dias de permanência em campo en-
tre agosto de 2013 e outubro de 2013.
O tempo de observação em campo
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS em cada observação foi de aproxima-
Identificação e classificação de espécies animais que habitam e transitam pelo parque damente 2 horas e trinta minutos to-
em questão, para que estudos de hábitos, locais de visitação, vida social, alimentação e talizando em torno de 23 horas entre
interação com os humanos façam parte de um plano de manejo. períodos diurnos e noturnos. O registro
Fig. 1. Obser vações e registro.
de presença das espécies em campo
baseou-se no contato visual e auditivo,
além de algumas capturas e solturas.
Anotaram-se para cada espécie as ca-
3. MATERIAL E MÉTODO racterísticas e os habitats em que foram
observados para posterior classificação.
3.1 AREA DE ESTUDO Durante as observações não se seguia
O trabalho de campo foi desenvolvido entre os meses de agosto, setembro e outubro de uma trilha padrão, mas procurava-se
2013 em toda a área do parque Margherita Masini em Ponta Grossa PR. Este local está percorrer todo o parque. Foram deno-
localizado em um planalto a 975 metros em relação ao nível do mar. No local ocorrem minados três habitats: floresta, jardim e
capões dispersos em uma floresta contínua de aproximadamente 60.000 (Sessenta mil) brejo.
metros quadrados, formado por composição com características remanescentes segun-
do a classificação de Floresta Ombrófila Mista com componentes arbóreos, arbustivos e
também herbáceos nativos e exóticos que foram introduzidos e disseminados. Existem
ainda pequenas áreas de brejo.

3.2 MATERIAL
Foram utilizados materiais simples que não comprometeram a integridade física nem
a vida das espécies durante os registros, eventuais capturas e solturas: Rede entomoló-
gica, puçá, pá, sacos plásticos, potes de vidro com tampa, lanterna, folha de papel A4,
máquinas fotográficas. Fig. 2. Captura.

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ANIMAIS ENCONTRADOS
4. RESULTADOS E ALGUMAS CARACTERÍSTICAS
BIOCOMPORTAMENTAIS:

ENTOMOFAUNA: Fauna constituída de insetos.

O
resultado deste trabalho é uma compo-
sição de uma lista de espécies animais
ocorrentes no parque, especificamente
compilada com base em visualizações, obser-
vações, estudos e levantamentos faunísticos.
Mais de 50(cinquenta) espécies animais foram
observadas e estão relatados nesta obra onde
constam o nome científico, os nomes populares
mais comuns e a família a que pertencem a
grande parte delas. Algumas espécies foram
fotografadas e a identificadas e respectivas
descrições foram compostas com base em lite-
ratura científica específica.

Durante as atividades de coleta de imagens


e observações deste estudo não se registrou
qualquer espécie que ainda não tivesse sido
descrita ou não pudesse ser identificada. Toda-
via, deve-se ressaltar que recentemente foram
descritas espécies raras ocorrentes na região, Fig. 3. Borboleta da restinga.
e há indicações de que com um aumento no es-
Nome científico: Parides ascanius
forço de coleta e com uma diversificação nas

P
metodologias empregadas outras espécies po-
rimeira espécie de inseto brasileiro a entrar na
derão surgir ou ter sua distribuição aumentada.
lista de espécies ameaçadas de extinção no Bra- Reino: Animalia
Apesar de estarem presentes espécies de pra- sil. O habitat desta espécie se restringe apenas
Filo: Arthropoda
ticamente todos os grupos biológicos (Aves, Ma- a certos tipos de restinga pantanosa, regiões que vêm
Classe: Insecta
míferos, Anfíbios, Peixes, Répteis, Invertebrados sendo drenadas e colonizadas pelo homem. Tem como
Terrestres e Invertebrados Aquáticos), a distri- flor favorita a flor de Lantana camara uma Verbanace- Ordem: Lepidoptera
buição dos registros das espécies é concentra- ae. A lagarta que é a fase jovem armazena substâncias Família: Papilionidae
da na chamada “fauna carismática, pois quase tóxicas das folhas ou galhos, passando para os adultos, Género: Parides
80% dos registros foram de aves e Invertebra- tornando-se não palatável para alguns predadores. A Espécie: P. ascanius
dos terrestres. A avifauna e a entomofauna destruição de áreas de vegetação de brejos ou panta-
possuem os percentuais mais expressivos nos
nosa é a principal causa da ameaça a essa espécie.
registros.

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A classificação básica dos seres vivos é: Reino, filo, classe, ordem, família, apresentam os seguintes mecanismos de defesa: Cores apocemáticas (chamativas,
gênero, e espécie. As borboletas e mariposas pertencem ao reino ani- como aviso de perigo), cores miméticas (confundem-se com outras espécies), cores ho-
mália, formam a ordem Lepidóptera, uma das divisões da classe Insec- mocrômicas e formas homotípicas (para a camuflagem). Sua dieta depende de muitos
ta, a qual é parte do filo Arthropoda. Os Lepidópteros são um dos maio- fatores, tais como: sexo, idade e sazonalidade. Pode-se de uma maneira geral classificar
res grupos de insetos, com, aproximadamente, 150 000 espécies (15% em três grupos: os que não se alimentam (comem o necessário quando são lagartas e
de todos os insetos conhecidos). O significado etimológico desta ordem tem espirotrombas atrofiadas ou não usuais), os que se alimentam nas flores (bebem
é: Do latim Lepido= escamas e ptera= asas, logo, asas com escamas. O néctar ou bebem néctar e o pólen, que é dissolvido neste) e os que se alimentam nos
registro fóssil mais antigo destes animais é datado de 60.000.000 anos frutos maduros (bebem o sumo, líquidos resultantes da decomposição do fruto). A divi-
atrás. são dos lepidópteros em borboletas e mariposas é artificial, pois não existe característi-
ca alguma que, categoricamente, distinga um grupo do outro. Entretanto de forma ge-
Os Lepidópteros são insetos holometabólicos, ou seja, apresentam me- ral, a maioria das borboletas voa de dia, enquanto a maioria das mariposas tem hábitos
tamorfose completa, são ovíparos e dos ovos saem larvas, chamadas noturnos; borboletas possuem antenas claviformes, mariposas tendem a apresenta-las
lagartas, as quais, depois de uma série de transformações, cada uma se mais achatadas: borboletas repousam, quase sempre, com as asas elevadas, e as mari-
evidenciando após uma ecdise que é a troca do exoesqueleto, conquista posas ficam repousadas com as asas abaixadas e finalmente, as borboletas geralmente
evolutiva dos artrópodes, o exoesqueleto é uma estrutura rígida que apresentam asas mais brilhantes e coloridas que as mariposas.
recobre o corpo desses animais total ou parcialmente, conferindo pro-
teção aos órgãos internos e suporte à musculatura. Conforme o animal
cresce ao longo do seu ciclo de vida, esse exoesqueleto é trocado. Após a
primeira metamorfose, resulta a pupa, conhecida como crisalida. Desta, Nome científico:
após uma segunda metamorfose surge, o inseto adulto, borboleta ou Phoebis philea
mariposa. O adulto, na maioria das espécies, é um ser alado, de hábitos
terrestres, inofensivo e geralmente dotado de cores que o tornam um
Família:
dos mais belos ornamentos da natureza, as lagartas, em sua maioria,
Pierídeos
possuem também hábitos terrestres, e, por serem fitófagas( animais
que se alimentam de materiais vegetais, podem ser prejudiciais. A or-
dem lepidóptera apresenta a segunda maior diversidade do planeta. O Particularidades:
número de espécies descritas é de aproximadamente 180.000. Cerca Conhecida vulgarmente
de 12% são borboletas, ou seja aproximadamente 22.000 espécies, e como “gema”, encontrada
em parques e jardins, vo-
estima-se que o Brasil situa-se em quarto lugar com cerca de 5.000
ando rapidamente sobre
espécies conhecidas até o momento, a Indonésia é o país de maior di- Fig. 4. Mimetismo de Phoebis philea.
as flores de diversas plan-
versidade. As Borboletas e Mariposas adultas apresentam as seguintes tas cultivadas dos gêneros
características morfológicas: Na cabeça, aparelho bucal do tipo suga- Impatiens, Hibiscus, Ixora,
dor denominado espirotromba, um par de antenas de diferentes formas Duranta e Bougainvillea,
entre outras.
(principalmente no caso das mariposas), um par de grandes olhos com-
postos; e no tórax, três pares de patas, dois pares de asas recobertos
total ou parcialmente por escamas. As lagartas, borboletas e mariposas

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Nome científico:
Caligo sp.

Família:
Nymphalidae

Fig. 5. Camuflagem de borboleta. Fig. 7. Borboleta Caligo.

Quando em fase de lagartas, se alimentam de folhas de bananeiras e quando adultas


alimentam-se de néctar e minerais.

Podem chegar a 14 cm e quando lagartas possuem cerca de 12 cm de comprimento Os


machos são territorialistas e perseguem as fêmeas incansavelmente para copular. Após
a cópula a fêmea põe cerca de 50 ovos. A taxa de sobrevivência das lagartas após a
eclosão dos ovos é baixa, devido ao grande número de predadores e parasitas.

Uma das maiores borboletas diurnas do Brasil. É conhecida como borboleta corujão, pois
na parte ventral de suas asas apresentam um grande ocelo que confunde seus preda-
dores, pois ele se assemelha a um olho de coruja. Na parte dorsal das asas possui uma
coloração azul metálica. Vivem pousadas sobre troncos e voam mais ativamente pela
manhã e final do dia, sendo mais ativas no verão. Uma das mais fotografadas borboleta
Fig. 6. Borboleta do manacá. do planeta.

Nome científico:
Methona themisto
Família:
Nymphalidae

Chamada “Borboleta do mana-


cá” devido a estar intimamente
associada a essa planta.
Fig. 8. Lepidópteros.

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Hymenopteros

O
habitat das abelhas Apis melli-
fera é bastante diversificado e
inclui savana, florestas tropi-
cais, deserto, regiões litoraneas e mon-
tanhosas. Essa grande variedade de
clima e vegetação acabou originando
diversas subespécies ou raças de abe-
lhas, com diferentes características e
adaptadas às diversas condições am-
Fig. 8. Lepidópteros. bientais.

A diferenciação dessas raças não é


um processo fácil, sendo realizado so-
mente por pessoas especializadas, que
podem usar medidas morfológicas ou
análise de DNA.

Originárias do Norte da Europa e Cen-


Fig.11. Abelha.
tro-oeste da Russia, provavelmente
estendendo-se até a Península Ibérica.
Abelhas grandes e escuras com pou-
Nome Comum: Abelha-alema, cas listras amarelas. Possuem língua
abelha-comum, abelha-da-europa, curta (5,7 a 6,4 mm), o que dificulta o
trabalho em flores profundas. São ner-
abelha-de-mel, abelha-escura,
vosas e irritadas, tornam-se agressivas
abelha-preta,abelha-do-reino. com facilidade caso o manejo seja ina-
Nome Científico: Apis mellifera dequado. Produtivas e prolíferas, adap-
Classe: Insecta tam-se com facilidade a diferentes am-
bientes. Propolisam com abundância,
Ordem: Hymenoptera
principalmente em regiões úmidas.
Família: Apidae

Fig. 10. Mariposas.

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A dieta desta espécie é formada basicamente pelo néctar que


ela coleta das flores. As abelhas também são consideradas
agentes de polinização, já que têm a incrível capacidade de
visitar cerca de 10 flores por minuto e na maioria dos casos fe-
cundá-las.

Com a língua o néctar pe coletado do fundo da flôr e guardado


no lavatório. Depois que voltam à colméia, as abelhas fazem
com que a água presente no néctar evapore transformando-o
em mel.

Personagem central da vida na colmeia a Abelha Rainha é a


única fêmea que tem a capacidade de reprodução. Com o do-
bro do tamanho das outras abelhas, a rainha nasce a partir de Fig. 12. Vespa.
um ovo fecundado e é alimentada por geleia real durante toda
a vida. Quando atinge o nono dia de vida a rainha está pronta
para o seu primeiro voo nupcial, onde voa o mais alto que pode
e é fecundada pelo macho que conseguir alcança-la.
As formigas fazem parte de um grupo de
As tarefas na colméia são todas muito bem divididas. No seu es- insetos muito popular. Pertencem ao Filo Ar-
tilo de vida as fêmeas operárias trabalham, os machos fecun- trópoda e à ordem Hymenoptera, elas são
dam a rainha que por sua vez é a única fêmea reprodutora encontradas em toda parte, exceto nas re-
e se encarrega de ser fecundada e botar os ovos que darão giões polares
continuidade a vida na colméia. Na espécie Apis mellifera a me-
tamorfose ocorre dentro do contexto dos ciclos de crescimento As formigas são insetos que vivem em so-
por mudas com a substituição periódica da cutícula. A transição ciedade. Cada formiga possui uma função
larva-pulpa-adulto ocorre em dois ciclos de muda, a pupação e bem definida dentro da colônia, todas as
a diferenciação do adulto. Na pupação a muda ocorre de manei- tarefas são bem divididas e o formigueiro é
ra metamórfica já na diferenciação a muda é imaginal. uma estrutura complexa, cheia de galerias
e túneis subterrâneos.
A função de proteger a colméia é da abelha operária que é
munida de um ferrão utilizado em situações de perigo como um A formiga rainha possui a função de repro-
sistema de defesa. Quando é ameaçado, o inseto da a ferroada dução da colônia, o acasalamento acontece
e depois temta se soltar o que não é fácil por conta das farpas- num vôo nupcial. Após a fecundação o ma-
Fig. 13. Formiga.
presentas no ferrão. No esforço de se libertar a abelha acaba cho morre e a rainha perde as asas antes
perdendo o ferrão e com ele parte do instestino, o que a leva à Reino: Animalia de ovipositar. Além da rainha, a qual pode
morte em alguns dias. O veneno presente no ferrão é a base viver até 18 anos, existem as sentinelas
Filo: Arthropoda
de Apitoxina e é produzido por glândulas de secreção ácida e (segurança), operárias (fazem os túneis do
alcalina. O seu efeito no ser humano é semelhante ao de um cho- Classe: Insecta formigueiro e buscam alimentos) e as en-
que. A pele fica dolorida, inchada e pode aderir a uma coloração Super-ordem: Endopterygota fermeiras (cuidam das larvas).
avermelhada. Ordem: Hymenoptera
Família: Formicidae
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Um pernilongo macho vive, em média,


Estes insetos comunicam-se através de liberação de feromônios, e sentem o “cheiro”
8 ou 9 dias. A fêmea vive um mês.
através de suas antenas. Geralmente as formigas se defendem ferroando e injetando
em suas vítimas o ácido fórmico, que causa irritação. Elas conseguem carregar objetos Caso o inverno chega antes que a fê-
com peso 100 vezes maior que o seu próprio peso. mea tenha oportunidade de depositar
seus ovos, ela hiberna até as condições
A alimentação das formigas depende da espécie, algumas são carnívoras, outras her- favoráveis voltarem. Às vezes, isso
bívoras, mas a maioria das formigas é onívora, ou seja, elas comem de tudo, animais, demora 4 ou 5 meses. Raramente se
vegetais e restos de alimentos humanos. afastam mais de 300 metros do local
onde nasceram, batem as asas mil ve-
Há no mundo cerca de 18 mil espécies de formigas, sendo que no Brasil existem mais ou zes por minuto.
menos 2 mil espécies desses insetos.
São as fêmeas que sugam o sangue de
mamíferos, aves e anfíbios para depois
Fig. 15. Pernilongo.
produzirem os ovos. Os machos vivem
de néctar ou seivas vegetais.

O som emitido pelos pernilongos não


Nome Comum: é um canto, é a vibração do bater das
Mosquito, pernilongo. asas.

Os pernilongos atacam nos dias de


Nome científico: calor, porque a temperatura ambien-
Culex quinquefasciatus te ideal para seu organismo gira em
torno de 26 a 28ºC. Abaixo dos 18ºC,
eles hibernam; e, acima dos 42ºC, eles
morrem.

Orientam-se pelo odor do dióxido de


carbono e do ácido lático liberados du-
rante a respiração.

Os hematomas que se formam no local


da picada de pernilongo são causados
por uma enzima presente na saliva do
inseto, que provoca uma reação alérgi-
ca na pele do ser humano.

Fig. 14. Vespídeos.

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Dipteros

Fig. 17.Termita.

Hemípteros

Fig. 16. Mosca.

Nomes Comuns: Habito e Histórico: Medindo aproximadamente 11mm


Mosca, Varejeira este inseto de hábitos esquisitos voa muito rápido e
pousa em qualquer lugar inclusive no teto de cabeça
para baixo. Sendo encontradas nos lixões, abatedouros,
Nome Cientifico:
pocilgas feiras livres casas ou próximo a elas de prefe- Fig. 18. Percevejos.
Calliphora vomitória
rência na cozinha em geral onde existe carnes expos-
tas. Pousando em alimentos descobertos. Este inseto
tem um olfato tão apurado que percebe a presença
de alimentos a distância, chegando até ele pelo faro.
Adoram carne, principalmente as carnes podres. Como
outras espécies, não comem nada sólido por isso antes
de comer expele pela boca um suco digestivo jogando
por cima do alimento tornando-o mole e fácil de ser su-
gado. O adulto possui coloração azul metálico e cabeça
amarelada. A larva penetra na pele em alguma ferida
existente, sendo incapaz de penetrar na pele sã cau-
sando no homem e animais as míiases (bicheiras). Fig. 19. Hemíptero.

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Fig. 20. Libélula. Fig. 23. Besouro Hercules.

Nome Comum: Habito: Habito: Alguns grupos de libélulas colocam


Libélula seus ovos em locais diferenciados, cujas larvas se de- Nome científico: Presente nos bosques das Américas Central e do Sul.
senvolvem na água acumulada dentro das bromélias
Dynastes hercules
para se alimentar dos insetos que também se desen- É um dos maiores besouros que existe, podem atingir até
Nome Cientifico:
volvem ali. 17 cm de comprimento.
Anax imperator Familia:
Coleóptero. Os machos possuem dois chifres, um na parte superior da
cabeça e outro no tórax. As fêmeas não possuem chifres,
já que a espécie apresenta dimorfismo sexual.

A finalidade destes apêndices está relacionada com a re-


produção, uma vez que os machos os utilizam como “ar-
mas” para disputas na conquista de fêmeas.

Fig. 21. Barata. Fig. 22. Scarabide.

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Aracnídeos
As cigarras são insetos da famí-
lia dos cicadídeos e existem mais
de 1.500 espécies conhecidas,
São notáveis devido à cantoria Aracnologia é a parte da entomologia que estuda as aranhas; também chamada de
entoada pelos machos, diferente araneologia ou araneografia.
em cada espécie e que é ouvida
no período quente do ano. Os
machos destes insetos possuem
aparelho estridulatório, situado
nos lados do primeiro segmento
abdominal, emitindo cada espé-
cie som característico.

A importância da cigarra no
ecossistema é positiva, por um
lado, por servir de alimento para
os predadores e, negativa, por
outro, porque constitui-se em
pragas de algumas culturas.
As suas ninfas vivem alimen-
tando-se da seiva das raízes
das plantas, causando sensíveis
prejuízos pela quantidade de lí-
Fig. 24. Cigarra.
quidos vitais que retiram e pelos
Fig. 26. Aranha Armadeira.
ferimentos causados às raízes,

Ao
facilitando a penetração de fun-
gos e bactérias. contrário do que muita gente pensa, as aranhas não são insetos, uma vez
que não pertencem à Classe Insecta, e sim à Arachnida, representada tam-
bém pelos carrapatos, ácaros, opiliões e escorpiões.
Classe: Insecta
Ordem: Hemiptera A Ordem Araneae, é um dos maiores grupos animais no que diz respeito à sua diversida-
Subordem: Auchenorrhyncha de. Essas predadoras estão distribuídas por todo o mundo, existindo em nosso país mais
Infraordem: Cicadomorpha de 12 mil espécies. São importantes no controle populacional de diversos invertebrados
inclusive insetos.
Famílias: Cicadidae e Tettigarctidae

Nos indivíduos desse grupo, a cabeça e o tórax formam uma única estrutura, chamada
cefalotórax, e apresentam oito pernas (quatro pares). Além disso, na extremidade do
abdome está um grupo de estruturas especializadas, produtoras de seda, as fiandeiras,
localizadas imediatamente à frente do ânus.
Fig. 25. Exoesqueleto de Cigarra.

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Crustáceos

Os
tatuzinhos também
não são insetos, são
crustáceos, mesmo
grupo dos caranguejos, camarões
e lagostas. Dispersam-se pouco
naturalmente quem se encarrega
de leva-los de um local para o ou-
tro é o homem, através do trans-
porte de terra e mudas.

Fig. 27. Aranha de jardim. Nem todas as espécies têm a ca-


pacidade de se enrolar esta ca-
racterística é de uma das espécies
A maioria das aranhas possui seis fiandeiras. A seda das
mais comuns no Brasil. Podem cau-
aranhas é uma proteína composta de glicina, alanina, se-
sar danos às plantas atacando as
rina e tirosina. É liberada como líquido e o endurecimento
raízes e as folhas, são mais comuns
resulta do próprio processo de estiramento, não da expo-
nas épocas mais úmidas do ano.
sição ao ar. A seda desempenha um papel importante na
Podem viver por até dois anos.
vida das aranhas, principalmente referente à captura de
alimento ou, ainda, como guia. As caçadoras saltam so-
bre a presa, enquanto que nas tecedoras, a obtenção de
alimento é pela teia. As aranhas picam sua presa com as Nome científico: Armadillidium vulgare
quelíceras, que podem também macerar os tecidos du- Reino: Animalia
rante a digestão.
Filo: Arthropoda

Apresentam veneno os quais com efeitos diversos, incluin- Subfilo: Crustacea


do ação cardiotóxica, neurotóxica, e proteolítico. Porém Classe: Malacostraca
nem todas são consideradas peçonhentas, pelo veneno Superordem: Peracarida
não ser ativo no ser humano, somente para suas presas. Ordem: Isopoda
Em nossa região os gêneros que são considerados perigo-
sos são três: Latrodectus (Viúva-negra), Phoneutria (Ar-
madeira), Loxoceles (Aranha-marrom).

26 27
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AVIFAUNA: Fauna constituída de Aves.

A
ve típica de paisagens abertas de
grande parte da América do Sul.
Ocorre em zonas tropicais desde
a Guiana, Venezuela e Colômbia passan-
do ao sul por virtualmente todo o Brasil,
Paraguai, leste da Bolívia ev norte da Ar-
gentina e Uruguai.

Distinguível pela coloração clara, asas


largas e bico longo e curvo. Apresenta o
dorso cinzento-claro, com brilho esver-
deado, rêmiges e retrizes pretas; parte
das coberteiras superiores das asas é
esbranquiçada, formando uma mancha Fig. 30. João de barro
clara no lado superior da asa, visível
durante o vôo. O macho costuma ser um Nome cientifico: Furnarius rufus
pouco maior que a fêmea, atingindo 69

U
cm de comprimento e cerca de 143 cm m dos pássaros mais populares das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste de nosso
de envergadura. País. Estão presente em áreas não florestadas, desde o sul até os estados de
Fig. 29. Curucaca. Goiás, Piauí e Alagoas. Encontrado também na Argentina, Paraguai, Uruguai e
Alimenta-se durante o dia e também Bolívia. É comum em paisagens abertas, campos, cerrados, pastagens, ao longo de ro-
ao pôr-do-sol, a alimentação é variada, dovias e em jardins. Caminha pelo chão em busca de insetos, frequentemente pousando
composta de insetos e larvas, centopéias, em postes, cercas, galhos isolados e outros pontos que permitam uma boa visão dos
Nome Científico:Theristicus caudatus pequenos lagartos, ratos, caramujos, in- arredores.
Classe: Aves setos, aranhas e outros invertebrados,
Ordem: Pelecaniformes anfíbios e pequenas cobras, e até mes- Vive geralmente aos casais. Canta em dueto (macho e fêmea juntos, cada qual de um
mo passaros menores . Seu bico, longo e modo um pouco diferente) nos arredores do ninho em postura altiva e tremulando as
Família: Threskiornithidae
curvo, é adaptado para extrair larvas de asas, com um canto extremamente estridente. Há várias lendas sobre esta espécie e
besouros e outros insetos da terra fofa. a mais famosa, que já virou até tema de uma canção intitulada joão-de-barro, diz que
É um dos poucos predadores que não se o macho for traído ele pode trancar a fêmea no ninho até que ela morra. Tal com-
se incomodam com as toxinas liberadas portamento nunca foi registrado cientificamente. O pássaro, revirando as folhas, busca
pelo sapo Bufo granulosus, por isso este cupins, formigas ou içás no solo ou sob troncos caídos. Alimentam-se também de outros
anfíbio pode fazer parte de sua dieta. invertebrados, como minhocas e possivelmente moluscos. Aproveita restos alimentares
humanos, como pedaços de pão.
28 29
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O
pardal é originário da Euro-
pa e foi trazido de Portugal
é a ave terrícola mais am-
plamente distribuída no mundo. É um
pássaro atento e desconfiado, resis-
tindo bem às perseguições e sempre
ocupando novas áreas. Para expan-
dir-se geograficamente conta tam-
bém com a colaboração dos seres
humanos que os conduzem através
de embarcações, estrada de ferro e
de rodagem.
Fig. 31. Bem te vi. Fig. 32. Pardal.
Alimentação: sementes, insetos, bro-
tos de árvores e restos de alimentos
deixados pelos seres humanos.

Nome científico: Passer domesticus Nidificação: o ninho é uma construção


Nome cientifico: esférica com entrada lateral, frouxa
Ordem: Passeriformes
Pitangus sulphuratus e mal acabada, de capins, algodões
Família: Ploceidae
e outras fibras, excepcionalmente
feito pelo macho. Este ninho é coloca-
do em cavidades e fendas, afastadas
do solo, em árvores, telhados, postes

E
ncontrados em quase todos habitats, mais comumente perto de áreas abertas e de iluminação pública e semáforos,
úmidas, mas pode ser encontrado nas praias, jardins em cidades, clareiras e flo- utilizando também ninhos de outras
restas. Ave migratória, encontrada nos meses mais quentes do ano. O casal tem aves. Os 4 ovos manchados são in-
o hábito de cantar em dueto. São agressivos, ameaçam até gaviões e urubus quando cubados pelo casal durante 12 dias.
esses se aproximam de seu território. Costumam pousar em lugares salientes como pos- Os filhotes são alimentados com pe-
tes e topos de árvores. Alimentam-se de insetos, ovos de outros passarinhos, minhocas, quenos artrópodes e abandonam o
frutas, peixes pequenos, e até cobras, camundongos, rãs e aranhas. ninho com cerca de 10 dias de idade,
quando passam por uma dieta vege-
Reprodução: Põe 2 a 3 ovos e o período de incubação é de 17 dias.
tariana. Com frequência os filhotes
retornam ao ninho para nele dormir,
Ave insetívora, portanto merece a proteção do homem, uma vez que faz o controle de
durante algum tempo.
insetos na cidade. É uma das aves melhor adaptadas às áreas urbanas.

30 31
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O
Urubú, possui de comprimento 62
cm e de envergadura cerca de
1,43 cm com peso de até 1,6 kg. É
uma das aves mais comuns em qualquer
região do Brasil, exceto em extensas áreas
florestadas com pouca presença humana.

Vive em grupos, às vezes de dezenas de


indivíduos. Alimenta-se de carcaças de ani-
mais mortos e outros materiais orgânicos
em decomposição, bem como de animais
vivos impedidos de fugir, como filhotes de
tartarugas e de outras aves. Faz ninho em
rochedos, em precipícios isolados, ocos de Fig 34. Gavião pinhé.
árvores mortas, entre pedras e outros lo-

A
Fig. 33. Urubu. cais abrigados, geralmente com incidência ve de rapina encontrada na América Latina, o Gavião-carijó tem de 31 a 41 cen-
de árvores. Bate suas asas pesadamente, tímetros de comprimento e pesa entre 250 a 300 gramas. Os machos são cerca
e plana bem. Sua área de ocorrência tem- de 20% menores que as fêmeas, mas caso contrário, os sexos são semelhantes.
-se expandido com a colonização humana. Na maioria das subespécies, os filhotes são barrados marrom e branco, e a cauda tem
quatro ou cinco barras cinzentas. Doze subespécies são geralmente reconhecidas e não
São imunes às bactérias e toxinas vindas da
é significativa a variação da plumagem entre estes.
decomposição da carne que ingerem, cons-
tituindo um dos sistemas imunológicos mais É comum desde o México até a maior parte da América do Sul. Encontra-se bem adap-
eficientes do reino animal. Têm em média tado para a maioria dos ecossistemas onde está presente, e também é uma ave urbana,
dois filhotes que são inteiramente brancos onde possivelmente, seja a espécie mais comum de falcão visto em várias cidades em
e são alimentados durante cinco meses, por todo o seu alcance. A dieta do Gavião Carijó consiste principalmente de insetos, lagartos,
seus pais. pequenos mamíferos, e também de pequenas aves.

Nome Popular: Urubu de Cabeça Preta, urubu-comum, corvo, urubu-preto e apita. Nome Popular: Gavião Carijó, anajé, gavião-indaié, gavião pinhé, gavião-pega-pinto.
Nome Científico: Coragyps atratus Nome Científico: Rupornis magnirostris
Classe: Aves Classe: Aves
Ordem: Ciconiiformes Ordem: Accipitriformes
Família: Catharidae Família: Accipitridae

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É
uma ave imponente e forte, co-
nhecida por sua excepcional visão
e longo raio de ação com controle
do território onde habita.

Apresenta comprimento variável de 50


a 60 cm, e a envergadura pode chegar
a 123 cm. As penas são alvinegras, com
manchas mais claras nas pontas. Pos-
sui um penacho que confere à cabeça
uma forma característica. As pernas são
grandes e fortes. O hábito alimentar é
composto de insetos, ovos de outras
aves, aranhas, minhocas, cobras e ou-
tros invertebrados, além de alguns ver-
tebrados. Costuma matar suas presas
com bicadas na nuca. Come também
frutas e grãos.

Fig. 35. Carancho. Fig. 36. Pombinha.

U
O habitat destas espécies são os cam- ma das primeiras espécies de
Nomes comuns: Carancho ou pos, cerrados, matas e caatingas, e aves brasileiras a se adaptar
Gavião Carcará também a orla marítima. Com a redu- ao meio urbano, ainda é a espé-
ção do habitat, tem sido visto cada vez cie nativa mais comum em boa parte
Nome científico: Polyborus plancus
mais também nas grandes cidades. Está das grandes cidades brasileiras.
Ordem: Falconiformes ameaçado de extinção, pela destruição
Família: Falconidae de seu habitat natural e pela caça indis- É curioso notar que costuma ser en- Nome Científico: Columbina talpacoti
criminada. Costuma fazer o ninho entre contrada em maior quantidade em lo- Reino: Animalia
ramos de árvores altas. A cor de sua cais alterados pelo homem do que em
Filo: Chordata
face muda de vermelho para amarelo seu próprio habitat original que são as
quando se excita sexualmente. Põe 2 ou áreas de cerrados e campos. Classe: Aves
3 ovos, coloridos com manchas vermelho Ordem: Columbiformes
pardas, medem de 56 a 61 milímetros e Medem até 17 centímetros de com- Família: Columbidae
são chocados pelo casal durante apro- primento e pesam em torno de 47
ximadamente 28 dias. Normalmente os gramas. O macho, com penas mar-
pais criam um único filhote por ninhada. rom avermelhadas, cor dominante no
corpo do adulto, em contraste com a
cabeça, cinza azulada. A fêmea é toda
parda. Nos dois sexos, sobre a asa há
uma série de pontos negros nas penas.
34 35
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Notados ainda:

COLEIRINHO TESOURINHA

Nome Científico: Sporophila caerulescens Nome Científico: Tyrannus savana


Reino: Animalia Filo: Chordata
Filo: Chordata Ordem: Passeriformes
Classe: Aves Família: Tyrannidae
Ordem: Passeriformes
Ave migrante inconfundível, pas-
SubOrdem: Passeri
sam em grupos de até centenas
Parvordem: Passerida de indivíduos, em concentrações
Família: Emberizidae típicas nos meses de setembro e
outubro. Dormem em árvores pró-
O macho, com o inconfundível colar branco ximas quando estão migrando, seja
Fig. 37. Sabiá e negro, apresenta um “bigode” branco e em áreas naturais, seja em áreas
bico amarelado ou levemente cinza esver- urbanas.

O
sabiá-laranjeira, também co- deado. Existem machos com peito branco
nhecido como sabiá-amarelo, e outros com peito amarelo. Os machos de Dorso cinza uniforme, com desta-
sabiá vermelho ou de peito roxo peito amarelo não constituem uma subes- que para a longa cauda. Mais com-
é uma ave popular, citada por diversos pécie diferente, como muitos pensam, mas prida nos machos, diferença visível
poetas como o pássaro que canta na es- apenas uma forma alternativa. quando as aves estão próximas, é
tação do amor, ou seja, a primavera. maior do que o próprio corpo. O
Nome Científico: Turdus rufiventris Fora do período reprodutivo, é uma ave de formato da cauda deu origem aos
São 12 as espécies de sabiás no Brasil, Reino: Animalia comportamento gregário, vivendo em gru- nomes comuns. Hábitos alimenta-
pode medir até 25 centímetros de com- Filo: Chordata pos de 6 a 20 indivíduos, inclusive às vezes res com grande consumo de frutos
primento e pesa, o macho 68 gramas, a formando grupos mistos com outras espé- no período de migração. Dispersa
Classe: Aves
fêmea: 78 gramas. Tem plumagem par- cies de papa capins e tizius. O peso e tama- os frutos da erva de passarinho.
Ordem: Passeriformes nho reduzidos permitem a esta ave alcan-
da, com exceção da região do ventre, Frutos podem ser vistos em fios e
destacada pela cor vermelho ferrugem, SubOrdem: Passeri çar as sementes de gramíneas trepando arames, resultado da limpeza do
levemente alaranjada, e bico amarelo- Parvordem: Passerida na haste das plantas. Assim como outras bico.
-escuro. aves o coleirinho foi beneficiado pela intro-
Família: Turdidae
dução de algumas gramíneas africanas,
Canta principalmente ao alvorecer e especialmente da braquiária, que parece
à tarde. O canto serve para demarcar ser a base de sua alimentação em áreas
território e, no caso dos machos, para alteradas pelo homem.
atrair a fêmea. A fêmea também canta,
mas numa frequência bem menor que o Principal Ameaça: Captura indiscriminada
macho. para apreciadores de pássaros canoros e
tráfico de animais.
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ICTIOFAUNA: Fauna constituida por peixes.

ANDORINHAS

Filo: Chordata
Ordem: Passeriformes
Família: Hirundinidae

Existem muitas espécies de andorinhas,


são aves migratória que procuram onde
há mais calor usam lama e palha para
fazer um ninho pequeno em forma de
taça, que constroem em celeiros, nos
beirais dos edifícios, debaixo das pontes,
entre outros lugares abrigados.
Fig. 38. Guaru.
A família destaca-se dos restantes pás-
saros pelas adaptações desenvolvidas Nome científico: Phalloceros caudimaculatus
para a alimentação aérea. As andorinhas
caçam insetos no ar e para tal desenvol-
veram um corpo fusiforme e asas relati-

É
vamente longas e pontiagudas. Medem comum, em conversas entre biólogos ou pescadores, alguém dizer que o peixe gua-
cerca de 13 cm de comprimento e podem ru (ou barrigudinho, dependendo da região do país) é muito abundante e não corre
qualquer risco de extinção. A afirmação parecia verdadeira, já que este pequenino
viver cerca de 8 anos.
animal é encontrado em águas doces do sul da Bahia e Tocantins até o Uruguai. Mas para
um dos 28 gêneros do grupo, o Phalloceros caudimaculatus, a realidade não é tão feliz
As fêmeas fazem uma postura de 4 ou
quanto se imaginava.
5 ovos, que são incubados durante cerca
de 25 dias. Quando há temperatura bai- A história do caudimaculatus começou em 1868, quando foi descoberto na Bacia do Rio
xa, as andorinhas juntam-se em bando dos Sinos, no Rio Grande do Sul. Durante mais de um século, acreditou-se que o gênero
e vão à procura de locais mais quentes. possuía uma única espécie e, por isso mesmo, era muito abundante. Mas isso não indicou
Quando a temperatura volta a subir, re- caminhos diretos para sua preservação, deixou-se de apontar locais prioritários para a
gressam novamente. criação de áreas protegidas ou tampouco fez-se um senso populacional dos Phalloceros
caudimaculatus. Acredita-se que ovos desta espécie chegam ao parque através das feses
de alguns pássaros.

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AVIFAUNA: Fauna constituída de Aves.

Fig. 39. Girinos.

Fig. 41. Sapo.

A simpatia a esses animais não costuma ser comum. Isso se deve,


principalmente, a três fatos: serem associados a maus presságios;
o aspecto não atraente, convencionalmente falando; e o receio
Fig. 40. Sapo cururu. de ser atingido por seus “esguichos” de veneno. Tais fatos refle-
tem o desconhecimento que a população, em geral, tem acerca

No
Brasil encontra-se mais de 65 dos cururus, já que se percebe um forte e errôneo caráter cultu-
espécies pertencentes a este ral arraigado nessas falas. Esses animais são responsáveis pelo
grupo. A característica princi- controle de mosquitos, inclusive aqueles que transmitem doen-
pal desses animais é a pele grossa e rica Nome cientifico: Rhinella schneideri ças, como o Aedes aegypti; as substâncias que excretam podem
em glândulas. As patas são curtas, o corpo é ser utilizadas na produção de remédios, como fármacos para
Reino: Animalia
largo, e seus hábitos são mais terrestres que câncer e hanseníase. Quanto ao “esguicho de veneno nos olhos”,
Filo: Chordata podemos dizer que não é bem assim. Tal substância é expelida
outros anfíbios.
Classe: Amphibia somente quando a glândula paratoidea, localizada atrás dos
Geralmente, recorrem a ambientes aquá- Ordem: Anura olhos e tímpanos, é pressionada. Assim, temos dois pontos para
ticos somente em épocas reprodutivas, e reflexão: a inexistência de uma real necessidade de se apertar
Família: Bufonidae
para a desova. Nestes períodos, assim como tais locais; e também o fato de que, mesmo nessas situações, a
diversos outros anfíbios, os machos tendem liberação do “leite venenoso” não é tão acentuada a ponto de
a vocalizar (coachar), como uma estra- esguichar e, tampouco, atingir os olhos.
tégia de acasalamento, atraindo fêmeas.
Costumam alimentar-se de pequenos in-
vertebrados voadores, capturados com sua
língua elástica e pegajosa.
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FAUNA MALACOLÓGICA. Fauna contituida por moluscos. HERPETOFAUNA: Fauna constituída por répteis.

Fig. 42. Aruá do mato. Fig.43. Lagartixa.

Nome cientifico: Megalobulimus cardosoi Nome cientifico: Hemidactylus mabouia

Invertebrado Terrestre – Moluco na lista de animais ameaçados de extinção. Possui uma coloração terrosa e acinzentada, a Lagartixa doméstica é um pequeno réptil
urbano. Dependendo da espécie, podem apresentar hábitos diurno ou noturno.
FATORES DE AMEAÇA: Perda/degradação de habitat, perturbação humana.
O réptil tem grande contribuição ao ser humano, uma vez que come insetos, aranhas,
Espécie encontrada em lugares úmidos. Possui hábitos noturnos, sendo encontrada en- centopeias e escorpiões. Extremamente higiênica, dificilmente habita lugares sujos, por
terrada ou sob troncos e folhas no chão. isso mesmo, não transmite nenhum tipo de doença ao homem.

Possui concha oval, acuminada e delgada, com cinco giros, sendo o último dilatado e Há quem acredite que as lagartixas sejam originárias da África e foram trazidas para
oblíquo. O ápice é obtuso, com sutura marcada e crenulada. A cutícula da concha é fina, o Brasil nos navios negreiros. O que se sabe é que atualmente existem cerca de cem
lustrosa e marrom; junto à sutura observa-se uma estreita faixa amarelada. A coloração espécies do réptil, sendo a mais famosa a Hemidactylus mabouia.
interna da concha é azulada. Em dias chuvosos ou úmidos, é encontrada movimentan-
do-se sobre o solo e folhas (OHLWEILER, 2008).

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Encontrado ainda:
MASTOFAUNA: Fauna constituída de mamíferos.

MINHOCAS

A
nimais invertebrados, de corpo cilín-
drico e alongado formado por anéis,
em uma extremidade ficam a boca e
na outra o ânus, e mais próximo da boca en-
contra-se um anel mais claro, o clitelo, não
possuem sistema auditivo nem visual, vivem
enterradas construindo galerias e canais
embaixo da terra, a respiração ocorre pela
pele (respiração cutânea). São hermafro-
ditas, cada uma possui testículos e ovários.
Porém, uma minhoca não é capaz de se
reproduzir sozinha, necessitando sempre
de outra para a troca de espermatozoides.
É importante para o solo, ela é detritívora,
ou seja, alimenta-se de restos orgânicos de
vegetais e animais, elimina nas fezes restos
alimentares que sofrem a ação de bacté- Fig. 45. Cão doméstico SRD.
rias decompositoras produzindo um mate-
rial chamado de húmus, importante para o Fig. 44. Minhocas.
Nomes Populares: Cão doméstico, Cachorro, Cão.
crescimento das plantas, pois contem nitro-
gênio, fósforo e potássio, nutrientes neces- Nome Científico: Canis familiaris
sários para que o vegetal cresça e se de- Classe: Mammalia
senvolva. Ao se movimentarem embaixo da Reino: Animalia Ordem: Carnivora
terra, fazem túneis, que favorecem a aera- Filo: Annelida Família: Canidae
ção das raízes das plantas e a penetração
Classe: Oligochaeta
da água das chuvas, o que colabora para a
melhor absorção pelas raízes. Podem viver Ordem: Haplotaxida

O
em torno de 16 anos, reproduzindo-se muito Família: Lumbricidae cão, no Brasil também chamado de cachorro, é um mamífero
rapidamente. Calcula-se que cada minho- canídeo e talvez o mais antigo animal domesticado pelo ser hu-
ca põe em torno de 15 milhões de ovos du- mano. Teorias postulam que surgiu do lobo cinzento no continen-
rante a vida. São cerca de 4.500 espécies te asiático há mais de 100 000 anos. Ao longo dos séculos, através da
classificadas até agora, e com tamanhos domesticação, o ser humano realizou uma seleção artificial dos cães por
diferentes, desde poucos centímetros até suas capacidades, características físicas ou tipos de comportamentos. O
dois metros de comprimento. Elas ajudam resultado foi uma grande diversidade de raças caninas, as quais variam
o homem em diversas áreas como ecologia, em pelagem e tamanho dentro de suas próprias raças, atualmente clas-
indústria farmacêutica, geologia, arqueolo- sificadas em diferentes grupos ou categorias.
gia, culinária e agricultura.
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A
Com uma expectativa de vida que varia entre dez e tingem até 30 cm de comprimento
vinte anos, o cão é um animal social que, na maioria e tem uma cauda de 35 cm que lhe
das vezes, aceita o seu dono como o “chefe da mati- dá equilíbrio nas árvores. Habitam
lha” e possui várias características que o tornam de cerrados, florestas semidecíduas, florestas
grande utilidade para o homem. Possui excelente secundárias e matas ciliares.
olfato e audição, é um bom caçador e corredor vi-
Tipicamente florestal, vivem em grupos
goroso, relativamente dócil e leal, inteligente e com
compostos de 2 a 9 indivíduos, ocupando
boa capacidade de aprendizagem. Deste modo, o amplas áreas, ou numa densidade de 39
cão pode ser adestrado para executar um grande indivíduos por km2. Contudo, muitas vezes
número de tarefas úteis, como um cão de caça, de desce ao chão para conseguir alimentos.
guarda ou pastor de rebanhos, por exemplo. Assim Como outros primatas, a intricada estrutura
como o ser humano, também é vítima de doenças social é baseada na hierarquia, na qual al-
como o resfriado, a depressão e o mal de Alzheimer, gumas fêmeas dominantes podem procriar
bem como das características do envelhecimento, e as demais são inibidas fisiologicamente e
como problemas de visão e audição, artrite e mu- não se reproduzem. Tem hábitos diurnos.
danças de humor.
Têm preferência por vegetação secundária
ou perturbada, pois este ambiente oferece
Fig. 46. Cão doméstico SRD.
maiores possibilidades as suas necessida-
Fig. 47. Sagui. des alimentares.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Em todos os continentes.
Nome Popular: Sagui de tufos pretos Onívoros, alimentam-se de exsudatos, se-
Nome Científico: Callithrix penicillata mentes, flores, frutos, néctar, etc, mas nun-
HABITAT: Depois que foi domesticado, o Canis familiares passou a viver sempre perto do
ca folhas maduras, além de artrópodes,
homem, em casa ou pelas ruas. Alguns soltos em matos, às vezes retornam a sua origem Classe: Mammalia
moluscos, filhotes de aves e mamíferos, an-
selvagem.
Ordem: Primates fíbios e pequenos lagartos.
HÁBITOS ALIMENTARES: Os cães, em sua origem, ou em vida livre, são carnívoros. Família: Callithricidae
Estão ameaçados pela caça para tráfico
Essa denominação, no entanto, significa alimentação proveniente de carcaça de outros
de animais e destruição do habitat. Devido
animais e, portanto, músculos, ossos e vísceras, como fígado, rins, cérebro, etc. Esse tipo
o fato de serem primatas, ou seja, perten-
de alimentação não é suficiente para suprir todas as necessidades dietéticas, pelo que os
cerem a mesma ordem que os humanos,
cães também ingerem alguns vegetais.
deve-se ter muito cuidado e atenção a
quaisquer sinais de enfermidades que es-
TAMANHO: Com as inúmeras misturas entre raças, fica difícil estabelecer um tama-
tes animais possam apresentar. Existe uma
nho determinado para o cão. Existe desde cachorros minúsculos, como o chihuahua, até
preocupação tanto da parte da saúde do
cães que chegam a parecer “pequenos cavalos” como o São Bernardo. Particularidades:
animal como da dos humanos que convi-
Pode-se afirmar que existam mais de 200 raças diferentes de cães, embora sejam reco-
vem com os primatas, pois assim como exis-
nhecidas apenas 140, distribuídas em seis grupos, de acordo com suas aptidões: cães de
tem doenças que podem ser transmitidas
caça e tiro; cães de caça e presa; cães de guarda e utilidade; cães terriers; cães de luxo
pelos primatas aos humanos, igualmente al-
e cães de companhia. O número de raças aumenta sempre. O cão doméstico recebeu o
gumas doenças humanas podem ser letais
título de “melhor amigo do homem” e é há vários séculos o principal animal de estimação
a estes animais.
conhecido.
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Notados ainda:

MORCEGOS

Mamífero voador com aproximadamente


Reino: Animalia
100 mil espécies catalogadas, com dife-
rentes cores, tamanhos, peso e formato Filo: Chordata
do corpo. Alimentam-se, principalmen- Classe: Mammalia
te, de frutas, insetos, sangue de animais Infraclasse: Placentalia
(poucas espécies hematófagas), peixes, Ordem: Chiroptera
néctar e pólen. Ao voar a noite, utilizam
um sistema de localização conhecido
como biosonar (emissão de ondas ultras-
sônicas através das narinas ou boca)
Algumas espécies se orientam através
dos ecos. Embora possuam este recurso,
apresentam visão de boa qualidade. De-
pendendo da espécie, a vida de um mor- Fig. 48. Ocupação antrópica.
cego vai de 10 a 25 anos de idade. Podem

O
transmitir a raiva para o ser humano,
Parque também é ocupado permanentemente por populações humanas e é um
através da mordida com seus pequenos
ponto que merece atenção. O aumento populacional acentuado do último século
e afiados dentes. São importantes para o
tem gerado problemas, que se agravam em redor das grandes cidades, locais
perfeito funcionamento dos ecossistemas,
de destino de grandes fluxos migratórios. Esta pressão provoca uma intensa ocupação
pois atuam na polinização e na distribui-
humana de ambientes a qual se faz, frequentemente, sem qualquer planificação ou co-
ção de sementes pelas florestas. Atingem
nhecimento da área a ocupar, daí resultando impactos negativos de várias ordens.
a maturidade sexual (período de repro-
dução) por volta dos dois anos de idade.
Os registros sugerem que a ocupação humana exerce influência sobre as espécies da
Habitam locais úmidos e escuros, princi-
fauna e flora.
palmente cavernas e construções aban-
donadas.

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5- CONSIDERAÇÕES FINAIS 6- REFERÊNCIAS

O
parque possui um potencial faunístico Acervo Digital. Disponível em: <http://www.acervodigital.ufrrj.br/insetos/insetos_do_
intenso e cabe um trabalho direciona- brasil/conteudo/tomo_05/01_lepidoptera.pdf . capítulo 23, Ordem Lepidoptera.> Aces-
do ao bem estar e da conservação de so em: 15/08/13.
espécies ameaçadas de extinção, juntamente
com a conscientização ambiental e da relação
Brasil Escola. Disponível em: http://www.brasilescola.com/animais/aranha.htm. Acesso
humano e animais.
em: 17/08/13.
Certas espécies, quando descobertas, estão em
uma região específica. Essas, provavelmente, já Borboletas. Disponível em: <http://www.borboleta.org/>. Acesso em 19/08/13.
estão ameaçadas. Mas há também a possibili-
dade de que ocorram em outro local. As previ- Cobras Brasileiras. Disponível em: http://www.cobrasbrasileiras.com.br/aranhas.html.
sões acerca de um ambiente estão diretamente Acesso em: 20/08/13.
relacionadas ao grau de informações sobre os
organismos que lá vivem.
Escola Kids. Disponível em: <http://www.escolakids.com/formiga.htm>. Acesso em:
21/08/13.
É fundamental identificar cada animal, suas
diferenças e particularidades, para ter certeza
sobre as exigências de habitats, o tamanho mí- Freitas, T.R.O., Cunha, A.S., Stolz, J.F., Gonçalves.G.L., Marinho, J.R. (UFRGS). Levanta-
nimo que uma região precisa ter para abrigar mento da fauna de mamíferos dos Campos de Cima da Serra – Relatório final para a
populações e quantos desses espaços são ne- revisão das áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade (PROBIO/MMA,
cessários para estabelecer um número viável 2007, n.p.).
de indivíduos da mesma espécie.
MACHADO, A. B. M; MARTINS, C. S.; DRUMMOND, G. M. (eds). Lista da Fauna Brasileira
Todo o projeto ambiental deverá ser cuidadosa-
Ameaçada de Extinção: Incluindo as Espécie Quase Ameaçadas e Deficientes em Da-
mente estudado e aplicado evitando o estresse
dos. Belo Horizonte: Fundação Biodiversitas, 2005. 160 pp.
dos animais com a presença dos humanos. Mui-
tos projetos de pesquisa poderão ser desenvol-
vidos no local, contribuindo com a conservação Maravilhas do Cerrado. Disponível em: <http://maravilhasdocerrado.wordpress.
de espécies, com o trabalho de conscientização com/2012/11/09/borboletas-e-mariposas-lepidoptera/>. Acesso em: 23/08/13.
e do estímulo a despertar sentimentos positivos
nas pessoas com relação aos animais e ao am- Mundo Educação. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/biologia/borbole-
biente em que vivem. ta.htm>. Acesso em: 23/08/13.

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Mundo Educação. Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com/biologia/aranha. 7- ANEXOS


htm.> Acesso em: 23/08/13.
Figura 1: Observações e registro. Figura 27: Aranha de jardim.
NETO, R. M. R. [et al]; Caracterização florística e estrutural de um fragmento de Floresta Figura 2: Captura. Figuras 28: Tatuzinho de jardim.
Ombrófila Mista,em Curitiba, Pr - Brasil. Revista Floresta 32 (1): 3-16. Curitiba, Paraná.
Figura 3: Borboleta da restinga. Figura 29: Curucaca.
2002.
Figura 4: Mimetismo de Phoebis philea. Figura 30: João-de-barro.
O Eco. Disponível em: <http://www.oeco.org.br/reportagens/20764-a-biodiversidade- Figura 5: Camuflagem de borboleta. Figura 31: Bem te vi.
-secreta-do-guaru>. Acesso em: 26/08/13.
Figura 6: Borboleta do manacá. Figura 32: Pardal.

OHLWEILER, F. P. Megalobulimus cardosoi (Morretes, 1952). In: MACHADO, A. B. M; Figura 7: Borboleta Caligo. Figura 33: Urubu.
DRUMMOND, G. M.; PAGLIA, A. P. (eds). Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada Figuras 8: Lepidópteros. Figura 34: Gavião pinhé.
de Extinção. Volume I. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, 2008. p. 470 - 471. Figura 9: Lagartas. Figura 35: Carancho.
Figuras 10: Mariposas. Figura 36: Pombinha.
Planeta Sustentável. Disponível em: <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/
ambiente/conteudo_242728.shtml>. Acesso em: 29/08/13. Figura11: Abelha. Figura 37: Sabiá.
Figura 12: Vespa. Figuras 38: Guaru.
Prefeitura de São Paulo. Disponível em: <http://ww2.prefeitura.sp.gov.br//arquivos/se-
Figura 13: Formiga. Figura 39: Girinos.
cretarias/meio_ambiente/fauna_flora/fauna/neinei.pdf >. Acesso em 30/08/13.
Figura 14: Vespídeos. Figura 40: Sapo cururu.
RIBEIRO-COSTA, C.S; DA ROCHA, R.M. Invertebrados: Manual de Aulas Praticas. Editora Figura 15: Pernilongo. Figura 41: Sapo.
Holos, 2a Ediçao, Ribeirão Preto, 2006.
Figura 16: Mosca. Figura 42: Aruá do mato.
Figura 17: Termita. Figura 43: Lagartixa.
SANTIAGO, R. G. Nei-nei ( Megarynchus pitanga ) Guia Interativo de Aves Urbanas,
09 dec. 2006. Disponível em: <http://www.ib.unicamp.br/lte/giau/visualizarMaterial. Figura 18: Percevejos. Figura 44: Minhocas.
php?idMaterial=387>. Acesso em: 08/08/13. Figura 19: Hemíptero. Figuras 45 e 46: Cão doméstico SRD.
Figura 20: Libélula. Figura 47: Sagui.
Scribd. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/116884990/36/Ordem-Araneae>.
Acesso em: 02/09/13. Figura 21: Barata. Figura 48: Ocupação antrópica.
Figura 22: Scarabide.
Sua Pesquisa. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/mundoanimal/formiga.
Figura 23: Besouro Hercules. Observação: Todas as fotografias corres-
htm>. Acesso em: 14/08/13.
Figura 24: Cigarra. pondentes às figuras contidas neste tra-
balho foram produzidas pelos autores e
Super Interessante. Disponível em: <http://super.abril.com.br/mundo-animal/segredo- Figura 25: Exoesqueleto de Cigarra.
colaboradores do mesmo.
-formigas-748357.shtml>. Acesso em: 12/08/13. Figura 26: Aranha Armadeira.

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LISTA DE SIGLAS

CESCAGE: Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais.


DNA: Ácido desoxirribonucleico.
ºC: Graus Celsius.
SRD: Sem Raça Definida.

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