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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

DALVO DA SILVA BIRNECKER

A ANGÚSTIA DO PRESTAR ATENÇÃO: do sofrimento ao alívio da mãe de uma


criança com TDAH.

PORTO ALEGRE
2021
DALVO DA SILVA BIRNECKER

A ANGÚSTIA DO PRESTAR ATENÇÃO: do sofrimento ao alívio da mãe e uma


criança com TDAH.

Relatório de Estágio apresentado na


disciplina de Trabalho de Conclusão de
Curso: Relatório de Estágio do Curso de
Especialização Lato Sensu em
Psicopedagogia Clinica e Institucional
do Programa de Pós-Graduação Lato
Sensu do Centro Universitário Leonardo
da Vinci – Uniasselvi.

Orientador(a):

PORTO ALEGRE
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................03

1.2 TEMA.....................................................................................................................04

1.3 A BUSCA ..............................................................................................................04

1.4 OBJETIVOS ...........................................................................................................05

1.5 METODOLOGIA ...................................................................................................06

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................06

3 OBSERVAÇÃO, COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS ................06

4 INTERVENÇÕES, REGRISTRO E ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES ................07

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................08

6 REFERÊNCIAS........................................................................................................10

ANEXOS......................................................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO

O estagio supervisionado tem grande importância por ter ampla contribuição na vida
do discente que o faz. Através da experiência in loco pode-se chegar à decisão de ser ou não
docente, desenvolver ou não determinada área da formação. Para muitos é o primeiro contato
do futuro educador/profissional com a realidade escolar, institucional ou empresarial
oportunizando compartilhar construções de aprendizagem, bem como a aplicação do
aprendizado teórico na prática da formação escolhida.
O relato será do acompanhamento de uma criança aconteceu em uma clínica
multidisciplinar onde oferecem um preço acessível às classes menos favorecidas, onde
atendem uma Psicopedagoga, uma Psicóloga e uma Fonoaudióloga. O espaço da clinica
consiste em ser um prédio (casa) com o espaço subdividido em consultórios, espaço de espera,
um hall de entrada, corredor, banheiro para os profissionais e um banheiro para os pacientes.
O sujeito é filho único cuja estrutura familiar é tradicional de confissão cristã
evangélica. Maria, a mãe do sujeito é formada em técnico em alimentação; o pai de José é
comerciante. Moram em casa própria e tem certa estabilidade financeira. Sua mãe teve uma
gravidez de risco necessitando de muita medicação e cuidados durante toda gravidez. A
criança, após o nascimento mantem todas as vacinas em dia.
A educação do menino, no que diz respeito a valores a influencia vem da mãe, que
esta há mais tempo “em casa” por estar em licença medica para tratamento do câncer e devido
o trabalho do pai. Por estar relacionado à profissão há cuidados com alimentação, o
acompanhamento médico e demais cuidados com o desenvolvimento cognitivo e escolar que
também é com a mãe do sujeito.

1.2 TEMA

O Transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), ao contrario do que se


pensa o não é um transtorno novo. Segundo a ABDA (Associação Brasileira do Déficit de
Atenção), é reconhecido em diversas partes do mundo desde o século XIX. Entretanto,
detalhes e o que a doença representa foi descrito de uma forma mais completa em 1960 e será
o tema abordado.
A inclusão escolar de crianças com TDAH, a pesar de termos avançado em termos de
informações nas grandes metrópoles ainda é um desafio para algumas famílias e comunidade
escolar por necessitar de educandos preparados para o desafio de atender e preparar os
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materiais específicos junto ao plano diário de aula. Foi o que viveu R. (como vamos chamar a
mãe da criança) que desde bebe era muito agitado e inquieto. O desafio de R. com D, o sujeito
da abordagem, que com sua mãe não se acomodaram ante o despreparo de alguns educadores
e escolas que ainda não estavam preparadas para essa realidade às portas, a inclusão.

1.3 A BUSCA

Uma vez que se inicia a vida escolar e o ambiente começa exigir um comportamento
diferente do que se tem em casa, no convívio com familiares, que são da rede primaria, muitas
vezes o medo do desconhecido desencadeia outros medos e insegurança nas crianças com
necessidades especiais e percebem-se as angustias e inquietações sobressaindo o
comportamento, até então tido por alguns como fazendo parte do que a criança é.
O que para alguns familiares “fazia parte da personalidade da criança”, ao olhar de
pedagogas, pedagogos e educadores atentos, com conhecimento e experiências em inclusão
percebem que há algo atrapalhando o próprio aprendizado e comprometendo o ambiente de
aprendizagem dos demais colegas de aula por não conseguir se concentrar nas tarefas
propostas pela professora/educadora da escolinha de educação infantil.
A partir do momento em que o sujeito vê no Psicopedagogo (a), nos professores e
educadores a atenção afetiva de modo que o sujeito perceba um real interesse pela sua pessoa
e que ele não está sendo visto como uma criança problema e sim como “Ser” humano que é,
será uma ferramenta fundamental para despertar interesse e desejo de aprender o que lhe for
proposto.
Conhecendo o sujeito em questão, percebi que estava bem mais centrado e com um
bom domínio de si, se comparado ao que era antes. Conversando com sua mãe soube que o
sujeito estava recebendo ajuda da Psicopedagoga Ale da Clinica multidisciplinar em
Sapiranga/RS. Assim ele trocou de escola e teve uma evolução perceptível em seu
desenvolvimento cognitivo e socioemocional.

1.4 OBJETIVOS

Com o objetivo de reconhecer e reafirmar a importância do afeto na relação entre


“aprendente e ensinante”. Há também os objetivos específicos com relação aos desafios da
criança, suas angustias e medos e como relação aos familiares do sujeito que acompanharam
seu sofrimento e como lidam com a situação do sujeito.
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1.5 METODOLOGIA

Sendo um tempo atípico a nível global devido a Pandemia do novo corona vírus, a
Covid 19, fez-se necessário uma abordagem metodológica baseado nos recursos e cuidados
necessário seguindo protocolos específicos a região, para a atual realidade. Trata-se de
pesquisa qualitativa de cunho exploratório no acompanhamento do desenvolvimento do
sujeito, através de coleta de dados, de áudio, vídeo-chamada e entrevista com a mãe do sujeito
e o sujeito em questão bem como exercícios aplicados junto a Psicopedagoga que o
acompanha; tendo tomado os cuidados para que não haja perda na essência do trabalho que é
a Psicopedagogia clinica e informações pessoais de desenvolvimento do quadro evolutivo do
sujeito. O desenvolvimento do D, sua história evolutiva que evidenciou a superação de muitas
das inquietações do sujeito e de seus familiares.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção, o TDAH é um


transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente
acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção,
inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de
Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.
A primeira abordagem com o sujeito do estudo se deu através de exercícios EOCA.
Conforme sugere Sampaio (2009) em concordância com o caderno de estudos teoria e pratica
da psicopedagogia clinica, entretanto, Fernandez (1991, p.61) menciona “o tratamento de
amor que ele recebe” vem como estimulo para desejar e se deixar ser ensinado por causa do
afeto dispensado na direção do sujeito pelo ensinante e/ou Psicopedagogo (a). Outros recursos
foram usados como embasamento os quais estão disponibilizados pela instituição
UNIASSELVI relacionados ao curso, conforme descrito nas referencias.

3 OBSERVAÇÃO, COLETA E ANÁLISE DOS DADOS OBSERVADOS

Por serem crianças inquietas e dispersas não somente em sala de aula o portador de
TDAH é vista muitas vezes como uma criança problema, “bichinho carpinteiro”, mal
educados e outros adjetivos depreciativos e em muitos casos sobrem bulliyng. Em geral as
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pessoas que os vêem assim nem percebem que por falta de conhecimento, percepção sensível
que aquela criança também está sofrendo. Era o caso de D.
Entretanto a mãe do menino não se conformou com a situação e foi em busca de ajuda,
recurso, outras possibilidades, outra escola. Sendo esta a escola atual em que D. estuda ainda
hoje,

Neste momento, você apresentará os caminhos utilizados na sua coleta de dados.


Lembre-se de que é muito importante ter sempre em mãos um caderno para anotar as coisas
que vê ou as fichas de registros mostradas nos anexos I e J. Esse caderno chamamos de diário
de campo. Nele, você pode separar as informações por datas. Anote tudo o que vê e ouve
sobre a temática que está investigando, pois nossa memória não consegue guardar tantas
informações. Neste capítulo, você também apresentará as entrevistas ou questionários,
documentos com devidas pontuações, relatos informais feitos por sujeitos daquele campo,
enfim, tudo o que você utilizou para coletar os dados do estágio.

5 INTERVENÇÕES, REGRISTRO E ANÁLISE DAS INTERVENÇÕES

A intervenção neste caso, devido à pandemia da Covid 19 que teve inicia no começo
do ano de 2020 por prudência, a Psicopedagoga e eu concordamos em fazer entrevistas e
conversas pontuais com o paciente D. assim ficando a par das intervenções psicopedagógicas
junto ao paciente por vídeo, analise de tarefas propostas pela psicopedagoga juntamente com
os relatos de pais e familiares da rede micro e macro. O ambiente em que o sujeito esta
inserido tem grande influencia em seu aprendizado, sua formação social está estreitamente
vinculada ao ambiente.
Pode-se perceber através dos resultados gerados que a abordagem afetiva por parte de
uma professora que teve um olhar mais sensível às frustrações do aluno D. enquanto em sala
de aula não conseguia se concentrar e acompanhar seus coleguinhas e que isso lhe gerava
desconforto e dores emocionais, recomendou a mãe da criança a clínica Psicopedagógica,
onde atuava sua conhecida, a Psicopedagoga A. A partir daí houve mudanças para toda a
família.
Houve grande desgaste emocional por parte de ambos, mãe e criança enquanto ouviam
muitas criticas quanto ao comportamento de D. em sala de aula por parte de alguns
professores e colegas de sala sem perceberem que o próprio sujeito estava sofrendo com a
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falta de autocontrole de movimentos e por não conseguir se concentrar como as demais


crianças em sala de aula.
Segundo Fernandez (1991, p.40) é de grande importância do significado do
conhecimento no imaginário da família da criança que esta buscando ajudar à criança, pois a
construção social da esta diretamente relacionada ao ambiente social e institucional em que se
esta inserida. Daí a importância do ambiente escolar e a razão da preocupação da mãe do
sujeito quanto ao local em que inicia sua alfabetização.
A família também é uma instituição social, mas devemos observar o contexto
institucional escola onde o sujeito esta inserido por ter grande relevância no despertar do
interesse na aprendizagem alfabética. O menino D. e sua mãe questionaram o despreparo dos
professores da escola anterior à escola que hoje ele estuda. Segundo ele, Sofria bullying até
mesmo dos professores que estavam despreparados para lidar com crianças com TDAH e não
conseguiram identificar que havia uma angustia no sujeito qual não deixava se concentrar
como as demais crianças do grupo mesmo ele tentando.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As questões apresentadas que levaram as buscas de respostas por parte dos pais do D
mostram como as influencias do ambiente do contexto inserido podem gerar ainda mais
angustias quando não se esta pronta para a inclusão, quando não é um ambiente com pessoas
qualificadas e com visão mais afetiva, mais humana para tratar de educação e ensino. Pode se
ver também as alegrias, sensação de segurança e tranquilidade que trás aos pais de uma
criança que precisa de ambiente escolar com inclusão.
Os olhares de pedagogos, pais e educadores estão mais voltados às questões de
inclusão. Através de campanhas informativas pelos diversos meios de comunicações mais e
mais se tem esclarecido sobre as necessidades especiais em crianças e adolescentes, e até em
adultos e que o Estado tem obrigação, por força de lei amparar e dar suporte as instituições de
ensino as pessoas com necessidades especiais para continuarem estudando e evoluindo dentro
dos limites de suas condições fisio-bio-psicológicas.
Dentre as percepções destaca-se a afetividade com que se acolhe e trata as questões
relacionadas às necessidades do aprendente. Aquele olhar humano que não aponta para a
pessoa como sendo ela mesma o problema e, sim, o tratamento de amor que ele recebe
despertando o interesse em ser protagonista de suas próprias aprendizagens com o olhar de
confiança do Psicopedagogo que media suas novas aquisições.
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Sendo assim a perceptiva evolução nas aquisições do sujeito, o D, com os resultados


satisfatórios para seus pais, para a Profissional Psicopedagoga, para a professora/educadora e
principalmente para ele mesmo trouxe segurança para continuar, mesmo que com
acompanhamento de Psicólogo, Psiquiatra e Psicopedagoga, esta mais feliz e confiante em
suas buscas.
Ele pode perceber que a compreensão e tolerância de que precisava e só encontrava
nos pais e familiares, pode encontrar não em suas primeiras experiências do contato com a
escola, mas, no seu caso a mãe continuou em busca de ajuda até que conseguiu alcançar. Isso
fez a diferença na vida de D que esta em ótimo ritmo de evolução por ter desatrapado 1a sua
inteligência.

1
Refiro-me ao que Alicia Fernández diz em sua definição de atrape (1991 p.83).
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REFERÊNCIAS

DONADUZZI, Anelise. Teoria e Prática da Psicopedagogia Clínica / Anelise


Donaduzzi: UNIASSELVI, 2016. 137 p.: il.

FERNANDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artmed, p. 165,


1991.

FERNÁNDEZ, Alicia. Os idiomas do aprendente. Porto Alegre: Artmed, p. 51-62, 2001.

INTERVENÇÃO PSICOPEDAGOGICA EM UMA CRIANÇA COM


TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE (TDAH).
http://repositorio.idaam.edu.br/jspui/handle/prefix/339 Acesso em 10/02/2021.

PIRES, Gisele Brandelero Camargo. Dificuldades de Aprendizagem / Gisele


Brandelero Camargo Pires. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. – Indaial : Grupo
UNIASSELVI, 2009. X ; 110p. : il.

SAMPAIO, Simaia. Manual prático do diagnóstico psicopedagógico clínico.


Rio de Janeiro: Wak Ed, 2009.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico.


Cortez editora, 2017.

SILVA, Renata. Metodologia do Trabalho Científico / Renata Silva [e] Vilmar


Urbaneski grupo UNIASSELVI, 2009. Leonardo Da Vinci. – Indaial: ASSELVI,
2009. 112 P: il.
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ANEXOS
Neste item, você deverá inserir os documentos que validam o seu trabalho. São eles:

1. Roteiro de Intervenção.
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