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Impactos

socioemocionais:
como os pais podem se preparar
e preparar as crianças para
o desafio da volta às aulas
Índice
3...................... Tudo bem por aí?

4...................... Como anda a conversa? A importância da


comunicação para educar e não assustar os
filhos sobre o atual momento

8...................... Covid-19, suspensão das aulas,


distanciamento social: quais os impactos
emocionais que devem ser considerados
pela comunidade escolar?

13..................... Sem previsão do retorno às aulas? Aprenda


como criar uma rotina de estudos para
crianças

17..................... Melhores práticas para conciliar o home


office com crianças em casa

21..................... Como ser mais participativo na educação


do seu filho?

26.................... Atividades recreativas e pedagógicas

34.................... As lições do momento: o que muda na


educação dos seus filhos

37.................... Fortalecimento da relação família-escola


Tudo bem
por aí?
Do dia para noite os pais precisaram mudar
suas rotinas. Com as escolas fechadas devido
a pandemia de Covid-19 foi necessário
rearranjar a programação da casa e incluir a
educação mais ativamente como prioridade
de toda a família.

A verdade é que ninguém estava


preparado para essa situação
e todos temos aprendido
dia a dia como
equilibrar todos os
papéis dentro de casa.

Queremos ser apoio nesse


momento delicado por qual
passamos e construir junto com
você boas práticas que podem nos
ensinar importantes lições nesse
período, a educação é uma delas.

Neste e-book você vai encontrar


sugestões e pontos importantes
para os quais devemos olhar quando
o assunto são os nossos filhos e o
desenvolvimento deles, que não para
mesmo em casa.

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Como anda
a conversa?
A importância da comunicação
para educar e não assustar
os filhos sobre o atual
momento
“Conversafranca
O avanço do novo coronavírus
tomou conta dos canais de e conscientização é
notícias e é assunto em
rodas de conversas. o melhor caminho”.
Com isso, aumentaram
também as fake news,
as correntes em redes
sociais e boatos que
podem causar pânico
tanto em adultos quanto
em crianças e adolescentes.

Todos estão preocupados e


acredite, os seus filhos também.
Eles percebem que os pais estão
ansiosos ou inquietos e ao ouvirem
os mais velhos falando sobre
o assunto, em especial os menores
de até seis anos, podem ficar mais
agitados e até mesmo criar
fantasias pelo medo.

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Não é recomendável mentir ou omitir o assunto - afinal há
super exposição do tema. O ideal é amenizar a ansiedade
com uma conversa franca, com informações embasadas.
Com tantos boatos circulando, pergunte a criança
o que ela já sabe sobre a pandemia, e desminta qualquer
informação incorreta.

Tranquilize seu filho, afirmando que ele ficará bem ao mesmo


tempo que apresenta alguns passos práticos para a criança
reduzir as chances de infecção, como a higienização das mãos,
etiqueta da tosse, entre outras. Isso reduzirá não somente a
possibilidade de contrair o vírus, mas fará com que elas
sintam-se capazes de fazer algo, de ter
algum controle.

Em momentos de estresse e crise é


comum que crianças busquem mais
apego e fiquem exigentes com os pais.
Ajude-os a encontrar maneiras
positivas de expressar os sentimentos
ruins, como medo e tristeza.
Convide-o para desenhar, jogar,
contar uma história ou outras
atividades criativas. Isso fará
com que ele sinta-se seguro
para comunicar qualquer
emoção perturbadora em
um ambiente solidário.

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E quanto aos
adolescentes?
Certamente é muito mais difícil convencer
uma criança de 14 anos que tudo ficará
bem. Os adolescentes tendem a ser mais
realistas e céticos do que as crianças
menores, têm questões mais complexas
e não aceitarão tudo o que você diz de
imediato. Eles possuem suas próprias redes
de informação e costumam confiar mais em
seus grupos de amigos.

Mas, independente da faixa etária, é


importante criar um ambiente de diálogo,
em que todos possam dizer o que sentem
e o que pensam. Isso fará com que você
saiba o que se passa com eles e assim
ajudá-los, esclarecendo dúvidas,
aconselhando e confortando.

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Você também
precisa estar bem
Os mais jovens são influenciados pelos seus pais, se eles
sentirem que você está nervoso e agitado, certamente
isso irá afetá-los. O bem-estar nesse momento é tão
importante quanto sua saúde física.

Em caso de isolamento, conecte-se com seus entes


queridos por meios digitais. Seus amigos e colegas
podem estar passando pelas mesmas dificuldades que
você, compartilhem sentimentos e experiências, uma
rede de apoio pode aliviar a ansiedade e estresse
do dia a dia.

Preste atenção nos seus próprios sentimentos e


necessidades. Faça exercícios regularmente, mantenha
rotinas regulares de sono e comer comida saudável.
Procure se informar em horário específicos sobre as
atualizações sobre a Covid-19 e em fontes confiáveis,
não fique procurando sobre a pandemia toda a hora
e em qualquer meio, isso aumentará a sensação de
pânico e urgência desnecessária.

Conscientização é o melhor caminho. Seja com adultos


ou crianças, a comunicação é fundamental. Seja um
agente de apoio, não espalhe o pânico e preconceitos.
A união ainda que de forma não-física é o melhor
remédio.

7
Covid-19,
suspensão
das aulas,
distanciamento
social:
quais os impactos
emocionais que devem
ser considerados pela
comunidade escolar?
O período de isolamento causado pela pandemia
pode causar um estresse bastante significativo
a ponto de impactar emocionalmente alunos e
profissionais da educação.

A longa duração do distanciamento social,


o medo do contágio, as incertezas quanto ao futuro
e a falta de informação tendem a intensificar os
efeitos negativos quanto a saúde mental, como a
ampliação da incidência de Síndrome de Estresse
Pós-Traumático (SEPT), bastante plausível em
situações dessa magnitude, como uma pandemia.

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Deste modo, é esperado que a saúde mental e emocional de
estudantes e professores esteja debilitada no momento de volta
às aulas. Sendo exposta de diferentes formas e graus, como por
exemplo, aumento da ansiedade, agressividade, dificuldade de
concentração ou até mesmo insônia e depressão.

Diante disso, é necessário dar atenção especial à saúde


mental de alunos, professores e toda a comunidade escolar.
O que demandará ações além dos aspectos pedagógicos e
educacionais por parte da instituição, para resolver questões
que certamente afetarão a rotina escola.

O que a escola
deve fazer
A escola pode servir de
local para o acolhimento
“Será
preciso
emocional de alunos,
professores e gestores.
preparar medidas
Para isso acontecer pedagógicas
de forma plena,
será necessário
para atuar nos
que a equipe esteja efeitos emocionais
em boas condições
para o sucesso
negativos causados
das ações. pela pandemia
em alunos e
educadores”

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É primordial que os profissionais tenham
suporte psicológico durante e pós crise,
visto que, além de serem afetados pelos
impactos do isolamento, precisarão
amparar os alunos e minimizarem
os efeitos para a continuidade das
atividades pedagógicas.

Também é importante capacitar os professores,


dando uma formação com o apoio de profissionais
de outras áreas para que possam saber como
agir. Com orientações de como devem apoiar
no diagnóstico do estado mental de cada aluno,
protocolos e orientações de saúde e trabalhar com
os estudantes competências de como enfrentar
situações adversas.

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Pegando exemplos anteriores de situações semelhantes,
podemos destacar algumas ações que podem auxiliar
na formação dos docentes:

Formação de grupos de discussão entre os


professores sobre os desafios encontrados
e formas de resolvê-los;

Elaboração de protocolos que guiem as


intervenções de acolhimento emocional dos
alunos, padronizando as ações;

Psicólogos e profissionais de outras áreas


podem realizar oficinas e formações
frequentes;

Suporte contínuo de mentores, de


coordenadores pedagógicos e da direção
escolar;

Trabalhar competências socioemocionais


com os alunos, desenvolvendo a resiliência,
a adaptabilidade, a confiança e a tolerância
ao estresse e à frustração.

Por fim, não será uma retomada fácil, tão pouco rápida,
mas é fundamental que a escola priorize e intensifique,
já nas primeiras semanas e meses após o retorno, o
trabalho em torno do bem-estar emocional de todos.

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Planejamento para
o retorno gradual.

Reorganização
do calendário escolar.

Diagnóstico de aprendizado
dos alunos e programas
de recuperação.

Programa de apoio emocional


a educadores e alunos.

Protocolos de saúde
Espaçamento entre as carteiras,
aulas ao ar livre, cartazes educativos
de higienização, frequente lavagem das mãos
dos alunos, limpeza do espaço escolar
diariamente, controle de temperatura.

Comunicação escola-família.

Monitoramento comportamental.
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Sem previsão do
retorno às aulas?
Aprenda como criar uma rotina
de estudos para crianças
Especialistas da área de educação indicam que montar um
plano de estudos é o ideal para a temporada de aulas em
casa. Esse plano servirá como uma espécie de roteiro que
precisará estar em consonância com as rotinas da casa.
Mas por onde começar?

Uma boa dica é inspirar-se na rotina que já existia,


adaptar o que for preciso para o mais próximo
daquilo que as crianças já estavam acostumadas.
Por exemplo, se ela estudava
no período da manhã, aproveite
que ela já está habituada
a acordar cedo para tomarem
o café da manhã juntos. Ou se
optarem por deixar ela dormir
até mais tarde, para adiantarem
os trabalhos pessoais, escolha
um horário próximo a outra
refeição, que o seu filho esteja
familiarizado, como o lanche
que ele fazia na escola.

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Para facilitar na organização do seu cronograma,
é importante refletir algumas questões, como:
Que horário ele acorda? Ele possui responsabilidades
em casa (atividades domésticas)? Quais os horários
das refeições? Faça a lista das atividades, não esqueça
de incluir horário para brincar, descansar, assistir filmes,
jogar, entre outras, afinal momentos de lazer também
são importantes.

Para horário das atividades escolares leve em


consideração alguns fatores: o horário em que a criança
aparenta estar mais disposta, por exemplo, ele fica
sonolento depois do almoço? Caso sim, esse não é
um bom horário para estudar.

Dentro do horário escolhido para estudar, também é


aconselhável ver o que a criança teria na naquele dia da
semana em uma situação normal. Se na escola ela tinha
a disciplina de Arte nas segundas-feiras, façam uma
atividade com massinha ou pintura. As terças-feiras ela
tinha aula de língua portuguesa, leiam um livro ou façam
um caça-palavras juntos. Para crianças maiores, verificar
as atividades deixadas pela escola e seguir o mesmo
cronograma de disciplinas por dia. Independente
da idade, é importante que os pais vejam
o momento como uma oportunidade de
estarem juntos com os filhos, participando
mais ativamente da educação deles.

Vale ressaltar a importância de oferecer


um ambiente com menos barulho,
bem iluminado e com conforto básico,
com uma mesa para apoiar os materiais e
uma cadeira, para que assim ele possa se
concentrar e fazer as lições.

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Em relação ao tempo estimado para estudar, não precisa ser a
mesma quantidade de horas que seriam dedicadas na escola,
visto que seria muito longo para aulas em casa, uma ou duas
horas é suficiente. Seja flexível, é possível que seu filho não
consiga cumprir todos os horários, terão dias em que ele não
queira fazer as atividades. E tudo bem, lembre-se que todos
nós estamos passando por um momento difícil, de ansiedade e
tensão.

Para crianças menores, a capacidade de se manterem


concentradas é menor ainda. Dificilmente ficarão entretidas em
uma atividade por mais de uma hora. Por isso, intercale as tarefas
com outras atividades, um lanche, pausa para beber água, ir
ao banheiros, sendo essa uma boa oportunidade para falar da
importância de lavar as mãos e abordar o assunto Covid-19 de
forma pedagógica.

Também é válido perguntar para o seu filho o que ele quer fazer
naquele dia, isso estimula a autonomia e ele poderá ver que,
dentro do possível, ele tem poder de escolha. Dê possibilidades
para ele, caso contrário ele poderá escolher somente
brincadeiras.

E falando em brincar, aprender de forma lúdica é sempre


melhor. Você pode utilizar objetos para despertar a atenção dos
pequenos com as tarefas da escola. Existem atividades para
download ou compra na internet que trabalham alfabetização,
matemática, entre outras matérias. Uma forma de abordar tudo
isso e ainda estimular a criatividade, coordenação motora e
atividades socioeducativas é a utilização de blocos.
A LEGO® Education possui uma linha voltada para a educação
infantil, além do conjunto de blocos, os pais podem adquirir um
guia com atividades para fazer em casa com os pequenos.

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É importantíssimo que os pais lembrem a criança
sobre a escola. Explique à ela que aquela atividade
que vocês estão fazendo é para a escola, que ela
irá voltar quando tudo estiver bem e poderá rever
os amiguinhos e professores. Isso fará com que o
processo de readaptação flua de forma
leve e natural.

Você pode criar um mural para que seu filho saiba


qual será a rotina dele. Inclua os horários fixos de
estudo para as aulas ao vivo, quando existirem,
e espaços em branco para preencher de acordo
com sua rotina, mas sempre orientando o tempo
necessário de estudo.

Abaixo a indicação diária do tempo de estudo para


cada etapa de ensino:

EDUCAÇÃO 1h a 1h30min
INFANTIL

FUNDAMENTAL 2h a 3h
ANOS INICIAIS

FUNDAMENTAL 4h
ANOS FINAIS

ENSINO MÉDIO 5h

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Melhores práticas
para conciliar
o home office
com crianças
em casa
Pais também são profissionais que
agora precisam encontrar formas de
enfrentar a quarentena com trabalho
redobrado: produzir ao mesmo
tempo que lidam com
os filhos em casa.
Por isso, separamos
algumas dicas para
equilibrar essas
duas tarefas.

17
Tenha
1
um espaço
de trabalho
Falamos sobre o seu filho ter um espaço para
estudar, mas você também precisa definir um local
para o seu trabalho. Tanto para você se organizar,
quanto para o seu filho saber que enquanto você
estiver ali, está trabalhando e, portanto, ocupado.
É importante ter um espaço da casa dedicado e
equipado para a sua rotina de trabalho, do contrário
distrações e interrupções podem ser mais frequentes
e, assim, prejudicar o seu rendimento.

2 Defina
horários
Em casa não tem horários definidos para você
começar, almoçar e ir embora, como na empresa.
Por isso é importante se policiar para não trabalhar
mais ou menos no período home office. Uma ótima
opção é utilizar aplicativos para gerenciar melhor os
seus horários, como Rescue time. A criança também
precisa de horários, para comer, dormir, tomar
banho e estudar. Lembre-se: a pandemia não é férias
escolares, é importante que ela mantenha a rotina de
horários, mesmo em casa.
18
3
Planeje
atividades
Mais do que estabelecer horários, é importante planejar
o que fazer em cada período de tempo. Tanto para o
seu trabalho, quanto para as atividades da casa e com
os filhos. Algumas ferramentas de gestão de projetos
podem lhe ajudar com a organização, como o Trello,
Tasks e Keep. Para as crianças, algumas plataformas
começam a disponibilizar conteúdos educativos e
divertidos para a ajudar os pais e também educadores.
Use a tecnologia ao seu favor, no YouTube há canais
livres de publicidade, com música, literatura, culinária,
desenho, contação de histórias, entre outros, ótimos
para ampliar o repertório infantil.

Mas lembre-se de não deixar os pequenos por muito


tempo em frente às telas, proponha algumas atividades
que exijam movimentar o corpo, alongue-se com seu
filho, ao mesmo tempo em que ele achará aquele
momento divertido, você também precisa movimentar-
se, dando uma pausa da postura rígida de trabalho.

4 Mantenha
o equilíbrio
Ok, você já sabe que é preciso planejar horários e
atividades, porém como equilibrar tudo isso? 19
Uma boa maneira de manter a organização e entreter as
crianças ao mesmo tempo é atribuir pequenas tarefas
domésticas para as crianças de acordo com a sua idade,
como guardar brinquedos, retirar a mesa, dar comida
aos animais, separar as roupas por cores, entre outras.
Além de mantê-los ocupados, ajuda a desenvolver o
senso de responsabilidade e compromisso de manter a
casa organizada. Proponha as atividades como desafios
e celebre a cada tarefa concluída, isso os manterá
incentivados.

5 Tenha um
plano B
Ter filhos é contar com a imprevisibilidade. Surpresas
podem acontecer e você precisa estar preparado (a).
Por isso tenha uma carta na manga, situações podem
mudar de uma hora para outra. É sempre bom poder
contar com alguém nesses momentos também, seja
com seu parceiro (a), mãe, pai ou vizinhos, ter uma
rede de apoio é fundamental.

20
Como ser mais
participativo
na educação
do seu filho?
A participação dos pais nas tarefas educativas das
crianças sempre se fez necessária, mas essa atuação
ficou mais evidente durante a suspensão das aulas
em todo o país. Com os filhos em casa e as escolas
fechadas, os pais sentiram a necessidade de garantir
o aprendizado contínuo
das crianças e jovens,
o que fez reacender o
diálogo sobre a
importância desse
acompanhamento.

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Estudos apontam que quanto maior o envolvimento
dos pais, melhor o desempenho dos filhos na escola.
Os dados Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes (Pisa), confirmou essa informação. Entre
os estudantes que disseram que os pais se interessam
muito pela vida escolar, a média de desempenho em
ciências, por exemplo, foi de 414,08 pontos. Já entre
aqueles cujos pais não mostram interesse na escola,
a média foi 357,19. A diferença equivale a quase dois
anos de estudos entre os dois grupos.

Participar da educação dos filhos não está apenas


na ajuda em resolver problemas de matemática ou
estudar para as provas. O processo de participação
pode ser leve, divertido e aprofundar
as relações familiares, por isso,
para apoiar os pais separamos
atitudes simples, mas que
podem impactar muito
o futuro dos alunos.

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INCLUA A ESCOLA NAS
CONVERSAS DA CASA
Saber como foi o dia na escola é
importante. Mas, estimule que seu
filho fale mais do que “bom ou legal”.
Pergunte sobre o que ele aprendeu, o
que fez de interessante com os amigos.
Incentive que ele fale e compartilhe as
experiências que tem vivido a cada dia
no ambiente escolar. Mesmo quando ele
estiver na faculdade é possível falar dos
estudos, do mercado e do futuro.
É preciso que ele consiga absorver que
esse momento faz parte da rotina da
família e que ele é importante.

ESTIMULE HABILIDADES
Além das disciplinas do currículo
escolar, do conteúdo didático que
desenvolve questões técnicas, existem
habilidades que são fundamentais para
o desenvolvimento pleno do seu filho.
Resiliência, empatia, comunicação,
criatividade, curiosidade, perseverança,
raciocínio lógico são algumas delas.
Estimular com que ele se desenvolva
integralmente nas habilidades extra
escola fará com que ele melhore
também na escola e, consequentemente,
tenha um futuro mais promissor.
Desenvolver essas habilidades é um
processo diário, aproveite esse momento
com eles em casa para criar atividades
que proporcionem essas reflexões e
aprendizados.

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VALORIZE O CONHECIMENTO
As crianças e jovens aprendem pelo
exemplo. Quando os pais valorizam
o conhecimento e os professores, os
filhos também percebem que isso é
importante.

INCENTIVE AS REALIZAÇÕES
As crianças e jovens podem realizar
qualquer atividade. Reforçar as
conquistas, mesmo que pequenas,
incentivar que eles são capazes de
aprender e fazer escolhas, ajuda a
construir a confiança, o protagonismo e
a liderança desde cedo.

AMPLIE O REPERTÓRIO
Ler livros em voz alta, oportunizar o
acesso a livros, atividades culturais,
espetáculos, músicas, esportes, tudo isso
estimula a curiosidade e o senso crítico,
além de ser um momento para estreitar
os laços familiares.

PARTICIPE DAS ATIVIDADES


ESCOLARES
Reuniões, projetos, ações voluntárias.
Todos os alunos gostam quando
seus pais se fazem presentes. Isso
não só aumenta a confiança deles
como também reforça a questão da
valorização do conhecimento que
mencionamos acima.

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Outras atitudes podem também
contribuir nesse processo como
convidar os amigos dos seus filhos para
estudarem em casa, conferir as lições
diariamente, conhecer as rotinas da
escola e conversar com os professores.
E aqui aproveitamos para falar do
próximo item: o fortalecimento da
relação família-escola.

Mesmo diante de uma


rotina estressante e corrida o
importante é ter em mente que
a participação na educação dos
filhos está além da relação com
a escola. Pais que conseguem
estabelecer esse compromisso,
ainda que em meio a turbulência
do dia a dia, ajudam a contribuir
significativamente com o
desenvolvimento dos filhos.
25
Atividades
recreativas e
pedagógicas
Ser pai, mãe ou responsável é um
aprendizado contínuo, por isso
sempre há tempo para se envolver.
Como já foi mencionado, existem
várias formas de ser mais
“O momento
participativo na educação pode ser
das crianças e jovens, então
por que não aproveitar essencial para
esse período para se
aperfeiçoar?
estreitar o
relacionamento
A gente quer dar uma
força nesse processo, por isso
da família”
separamos algumas dicas de
atividades que podem começar agora e
serem incorporadas na rotina da família.

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Educação infantil
Para as crianças, o momento de brincar também é o de
aprender. Portanto, você pode explorar atividades lúdicas e
divertidas para fazer com os pequenos.

Contação de histórias
Existem algumas formas de explorar a contação de história.
Você pode escolher um livro que seu filho já conheça e
organizar com ele um cenário com os brinquedos, tecidos
e tudo que a criatividade permitir. Juntos, podem encenar
a história e até improvisar textos, deixe a imaginação correr
solta. Além de se divertirem, as crianças desenvolvem
o vocabulário, a criatividade, o senso de continuidade,
compreensão e colaboração.

Você também pode contar a história estimulando que


seu filho participe. Antes de começar a leitura, mostre a
capa, peça para que ele descreva. Durante a leitura faça
perguntas que estimulem ele a lembrar do que acontece,
como: lembra o que acontece nessa história? Quais
personagens fazem parte dela?

Se por acaso estiver em um dia corrido, existem


plataformas que podem te dar uma ajuda nessa tarefa.
O próprio Youtube oferece uma dezena de canais que
realizam contação de histórias e algumas plataformas
também, como o Espaço Infantil do Educacional, onde
existem dezenas de histórias que são totalmente narradas e
ilustradas para que as crianças possam ouvir e acompanhar
a leitura de forma autônoma.

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Acampamento e caça ao tesouro
Se você tem um quintal em casa explore esse ambiente,
aproveite para viver uma aventura com os pequenos,
com certeza eles vão adorar. Prepare a barraca, as
cobertas, as histórias que irá contar e quem sabe consiga
até fazer uma fogueira.

Você pode trazer um pouco de conhecimento sobre o meio


ambiente: mostrar os insetos, falar sobre os animais e até
brincar com a localização. Para isso, uma das atividades
pode ser o caça ao tesouro. As charadas e pistas vão
ajudar as crianças a se divertirem, mas também vão ensinar
sobre raciocínio, iniciativa e exploração do ambiente.

Em apartamentos também é possível viver essa aventura,


basta realizar algumas adaptações e usar a criatividade.

Jogos
Brincadeiras e jogos educativos também podem ser
incluídos na rotina da casa para trabalhar as cores, formas,
números, entre outros. Para isso você só precisa de uma
folha, lápis e canetinhas coloridas e tinta guache. Faça
os números e peça que eles contornem com as cores
estabelecidas, você também pode explorar as formas
utilizando massinha.

Sites como o TinyTap e o Espaço Infantil do Educacional


possuem jogos para se trabalhar com educação infantil.
Nas plataformas existem atividades prontas e no TinyTap
você também pode criar o seu próprio jogo.

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Outro complemento para os alunos da educação infantil
de quatro e cinco anos pode ser o PLIM. Ele fica dentro
da plataforma do Pense Matemática e oferece perguntas
de pensamento matemático que podem ser encaradas
como jogos, pois trabalha com associação de figuras e
quantidades.

Dançar e cantar
Outra atividade que pode ser explorada nesse período são
os vídeos. Na dose certa eles podem ajudar a desenvolver
habilidades, adquirir conhecimento e entreter. O Youtube
conta com uma série de canais infantis que podem ser
indicados, inclusive na modalidade fit dance kids, para
a garotada dançar. O Educacional também conta com
vídeos de curiosidades e histórias para divertir e ensinar as
crianças.
E por que não cantar? Que criança não gosta de uma
cantoria? Os streamings de música ganharam os adultos
e podem ser uma mais uma opção de lazer. Se você quer
adicionar uma dose de conhecimento, existem plataformas
de karaokê para crianças como o Educacional.
Além de divertido, as crianças podem, por exemplo,
aprender um novo idioma. Explore canções e vídeos
infantis em outra língua e cantarolem juntos. Essa é uma
forma animada de começar a ter contato com outros
idiomas.

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Ensino Fundamental
Aqui, especialmente nos anos iniciais, o brincar também
serve como suporte para que as crianças melhorem seu
aprendizado e desenvolvam mais os aspectos motor,
intelectual, emocional e social.

Atividades físicas e esportes


Mesmo em casa é possível explorar atividades físicas e
alguns esportes. Se movimentar, além de fazer bem para
a saúde ajuda a desenvolver habilidades motoras nas
crianças e pré-adolescentes.
Pular corda, correr, criar um mini circuito com ações que
devem ser cumpridas em cada estação, são formas de
aprender se divertindo. Aqui você pode incluir perguntas
gerais a cada etapa.

Jogos e brincadeiras
Jogos são uma maneira lúdica e divertida para assimilar um
tema. Você pode criar um jogo da memória personalizado
manualmente junto com a criança sobre algo que queira
transmitir ou ainda utilizar ferramentas como PowerPoint
ou usar jogos prontos no TinyTap.

Para os pré-adolescentes, você pode criar um passa


ou repassa com torta na cara. Ou incluir o desafio do
momento fazendo perguntas sobre determinado assunto e
usar um prato de farinha para quando errarem se sujarem e
garantir as risadas.

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O brincar favorece a auto-estima das crianças e auxilia que
elas evoluam de forma criativa, desenvolvendo o raciocínio
lógico, inteligência e criatividade, além de aproximar pais e
filhos.

Ensino Médio
Nessa fase escolar os adolescentes já têm mais autonomia
e gostam de ter mais controle sobre seu tempo e formas de
estudar. Entretanto, eles também valorizam a participação
da família e o momento pode ser oportuno para estreitar
os laços familiares ao mesmo tempo que garante o
desenvolvimento da aprendizagem deles.

STOP
A brincadeira é velha, mas ainda assim diverte jovens
e adultos. Em uma folha de papel crie quantas colunas
quiserem sobre os temas que desejam brincar. Vocês
podem inovar escolhendo assuntos específicos que exijam
pensar um pouco mais: além dos tradicionais nomes
de países, animais, inclua questões culturais ou ainda
informações de saúde.
Feito isso é simples: ao falar a palavra STOP todos devem
mostrar quantos dedos quiserem, cada dedo equivale a
uma letra e quantidade de dedos decidirá qual letra da
vez as palavras de cada coluna deverão começar. Quem
terminar de preencher os campos primeiro, grita STOP e o
jogo para.

31
Na sequência todos devem ler o que escreveram. Palavras
repetidas por outros jogadores valem 5 pontos, palavras
exclusivas 10, os campos não preenchidos não pontuam.
Ao terminar a folha, somam-se os pontos de todas as
rodadas e quem fizer mais pontos é o vencedor.
O jogo amplia o vocabulário, o pensamento rápido,
compartilha o conhecimento, ensina a pensar sob pressão
e rende boas risadas.

GASTRONOMIA
Os momentos em família podem ensinar novas atividades
importantes para a vida adulta como cozinhar e o
momento pode ganhar uma dose de conhecimento extra se
durante a preparação da receita a preparação for debatida.

Entender as proporções, tempo de cozimento,


combinações e até mesmo a história por traz e cada receita
pode render uma dose extra de cultura, matemática e
diversão.

32
PLATAFORMAS ONLINE
Como aqui os filhos têm mais autonomia de estudo é
possível separar na rotina momentos para o estudo formal.
Muitas escolas têm disponibilizado conteúdos e atividades
para garantir o aprendizado contínuo e existem também
diversas plataformas e canais na internet que podem
auxiliar nessa missão.

O papel dos pais aqui é ajudar a criar o roteiro de


estudo, encontrar os canais e dividir os assuntos que
serão estudados, além de acompanhar: sabemos
que a supervisão é essencial para que eles criem
responsabilidades, especialmente com os estudos.

Algumas dessas ferramentas estão disponibilizando


conteúdo gratuito, como a Stoodi, focada na preparação
para o Enem e vestibulares. Para que os estudantes não
tenham seus estudos prejudicados nesse período, a
empresa liberou temporariamente o acesso GRATUITO a
todas as videoaulas e exercícios com correção em vídeo.

33
As lições do momento:
o que muda na
educação dos seus
filhos
De uma hora para a outra as escolas
tiveram que usar ferramentas tecnológicas,
disponíveis há muito tempo, para
manterem o ensino, mesmo que de
forma remota. Professores que não
tinham familiaridade com tecnologia,
experimentaram novas possibilidades
de ensinar e criar conteúdo. Só esse
fato, apesar de ter sido conduzido
de forma repentina e complicada,
foi um grande avanço para a educação.

Se até o início de março algumas salas de


aula se pareciam com aquelas do começo
do século XX, temos agora a possibilidade
de mudar a noção de que o aprendizado
deve acontecer entre os muros da escola,
ampliando as possibilidades de novas
experiências de aprendizagem. Embora
saibamos desses impactos que a pandemia
trouxe para o ambiente escolar, o que
mudará a longo prazo na educação?
Que lições esse período nos trouxe?

34
O que realmente importa aprender
Talvez a maior verdade que a Covid-19 nos trouxe foi:
o mundo é complexo e imprevisível. Portanto, a melhor
maneira de nos preparar para ele será capacitando
os estudantes a transitarem entre vários domínios,
transferindo conhecimento de um para outro.

O isolamento foi o maior estudo social para nos fazer


entender que criatividade, colaboração, comunicação,
adaptabilidade e resolução de problemas são habilidades
fundamentais. Elas já haviam sido apontadas por
especialistas como requisitos para o futuro, mas vimos que
tornaram-se necessárias para o presente.

Também aprendemos o real significado de viver


interconectados globalmente, não existem questões
isoladas. Qualquer ação afetará a todos, por isso a
capacidade de pensar de forma sistêmica, buscando
antecipar o impacto de suas ações em múltiplos níveis
e contextos, será um dos principais requisitos dos
profissionais do futuro e consequentemente assunto para
se abordar no ensino de agora.

O que realmente importa aprender


É claro que o que está acontecendo agora deve dar algum
impulso para o ensino a distância. Alguns professores
que não eram adeptos desse caminho acabaram se
acostumando com esse instrumento. O ensino remoto
pode continuar a ser usado na volta às aulas para
complementar o aprendizado. Nunca como substituto.

35
O ambiente escolar é importante para o desenvolvimento
de competências socioemocionais das crianças. Ali elas
aprendem a se relacionar com os outros, conviver com
as diferenças, trabalhar em grupo, expor suas ideias e
argumentos. Esses aspectos podem ser trabalhados no
homeschooling, mas ainda não há um modelo eficiente
tanto quanto a escola.

Mas o futuro da educação não é apenas estudar online.


Afinal, trocamos as paredes da sala de aula pelo
confinamento doméstico. Isso é uma situação atípica
que não deve ser vista como a nova forma de aprender.
Considerando que temos as mesmas aulas, com os
mesmos professores, apenas intermediados por uma tela.
O importante é nos darmos conta que a educação irá
acontecer sem muros, atravessar paredes e ir além.

Quando se trata de educação para o futuro, seria aquela


em que todas os alunos consigam aprender de acordo
com seu ritmo, reconhecendo desde cedo seus talentos,
com oportunidade de experimentar vários campos do
conhecimento e trabalhar suas dificuldades.

A tecnologia será uma importante aliada para o


desenvolvimento dessa metodologia, colocando o aluno
como centro do processo de aprendizado. Seja com a
criação de ferramentas, seja com a iniciativa de políticas
públicas para a democratização do acesso, no que se
refere ao ensino online. A tecnologia será o meio de
aprender e nos conectar, mas não substituirá o contato
humano e a necessidade de observar o mundo com nossos
próprios olhos.

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Fortalecimento
da relação
família-escola
A parceria entre família e escola para a
educação sempre foi peça-chave para o
desenvolvimento do aluno e o cenário
atual pode trazer um estreitamento
dos laços, fortalecendo essa relação.

Seja porque os pais precisaram


dar mais suporte nas
atividades escolares durante
a suspensão das
aulas, seja porque
a escola também
precisou acionar mais
os familiares e abrir o
diálogo. A aproximação
entre família-escola
oportuniza um novo
momento para essa parceria
que deve ser fomentada
daqui para frente.

O exercício das escolas será


promover uma comunicação
mais engajadora, incentivando o
acompanhamento das atividades
escolares e não meramente
informativa. Enquanto que o exercício
dos pais será incorporar o novo hábito
da presença contínua. De toda forma,
o ambiente nunca foi tão propício para
que essa lacuna fosse preenchida.
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