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Seminário de Formação de Professores dos técnicos e Instrutores dos

Institutos de Magistério Primário e centros de Formação de Professores


sobre o Programa de Estudo inerente as “Necessidades Educativas
Especiais”.

Tema:
Dificuldades de Aprendizagem e estimulação precoce.

Autor:
MsC. Angelo Luis Gómez Cardoso.
Professor Titular Adjunto da Universidade Pedagógica “José Martí”. Camagüey, Cuba.
Maestrado em Trabalho Social.
Maestrado em Investigação Educativa.
Licenciado em Educação Especial.

Introdução:

Uns dos problemas de maior actualidade no contexto pedagógico mundial é o


referido aos problemas no aprendizagem.
As crianças com dificuldades de aprendizagem constituem uma proporção
considerável da população escolar primária. Estas dificuldades originam problemas,
limitações, sentimentos e inferioridade, que fazem sofrer as crianças e a seus familiares e
com as consequentes frustrações que lhe ocupam grande parte de sua vida.
Indiscutivelmente, para garantir qualidade no aprendizagem nas crianças é
preciso prepara-las sobre a base duma boa preparação dos professores para poder
encarar com qualidade esta situação.

Antecedentes das dificuldades no aprendizagem.

Em muitas ocasiões os professores na prática sistemática de sue trabalho


desesperam-se pelo o escasso rendimentos de sues alunos fundamentalmente em o
aprendizagem da leitura, escrita e as matemáticas, mais conhecem as causas?, tem
claridade de quando, como e por que surgem essas dificuldades?.
As dificuldades no aprendizagem não originam-se na etapa escolar só si no que
muitas vezes tem seus antecedentes segundo seja a condução do desenvolvimento da
criança segundo suas idades .
A estimulação desde as primeiras idades e fundamentalmente durante os
primeiros 18 meses favorece as condições para o correcto aprendizagem das crianças e
as razões que explicam isto são as seguintes:
 A plasticidade do cérebro é maior durante os primeiros 18 meses y mais
ainda durante os primeiros dias de nascido, o qual constitui o potencial
mais elevado para a adaptação cerebral aos efeitos dum possível dano
deste órgão.
 A actividade reflexa da postura anormal está presente na criança de
pouco tempo, por conseguinte é possível facilitar tomo muscular e
padrões de movimentos para oferecer experiências sensomotoras normais
e treinar aos pais no uso de técnicas de manejo apropriadas.
 As contraturas e deformidades podem prevenir-se pelo tratamento
temporão ,a maior parte das actividades devem ser dirigidas ao bebé nos
primeiros dias de vida.

A estimulação precoce exerce efeitos a corto y longo prazo. A corto prazo porque
possibilita estabilidade nas funções cardíacas e respiratórias, ganância de peso, sono
regular, diminui o estrés, menor hipotonia, melhore respostas aos estímulos visuais e
auditivos, estabilidade da concentração de oxigeno em sangue, maior fortaleça do
reflexo de sucção, entre outras. A longo prazo, contribui num melhor desenvolvimento
psíquico da criança em todas suas esferas, o que permite menos fracasso no
aprendizagem e de adaptação social.
E importante ter presente que a Psicologia Infantil tem como objectivo
fundamental o estudo da leis do desenvolvimento psíquico da criança, leis que incluem
tanto o desenvolvimento da personalidade como as particularidades dos distintos
processos psíquicos, elementos ater em conta ante a presencia de crianças com
dificuldades no aprendizagem.
O desenvolvimento da personalidade se leva a cabo dentro dum processo de
interacção continua entre o organismo e seu meio e mediante dois funções que
permanecem invariáveis ao longo do desenvolvimento: a assimilação e a acomodação,
segundo os refiro J. Piaget.
Graças na assimilação, o organismo melhora uma resposta que já adquiriu
através de múltiplas repetições, mediante a simulação adquire respostas novas; o
aprendizagem de o novo apoia-se sempre no velho. O trânsito de níveis mais simples a
outros mais complexos que mostram o aprendizagem adquirido pelo sujeito e o
desenvolvimento logrado em cada etapa estão condicionados pela interacção direita do
ensino e a educação como fluentes de desenvolvimento psíquico em correspondência com
as particularidades anatomofisiológicas que resultam condição necessária para este
desenvolvimento.
A criança que desde seu nascimento se somente a experiências ou actividades que
intensifiquem seu desenvolvimento, com particular ênfases as capacidades, habilidades,
energias..., aumenta a qualidade neste sentido e como consequência potência sua
inteligência.
A estimulação utilizada desde a mais temprana idade, contribui favoravelmente
na educação integral e na criação de disposições e aptidões para o futuro. Neste
período é quando o sistema nervoso tem maior plasticidade e pelo tanto podem
estabelecesse a partir de estímulos adequados, novas conexões sinópticas.
Facilita ademais a adquirição de capacidades sensoriais (vista, ouvido, gosto,
tacto), proporcionando a estruturação das bases necessárias para o desenvolvimento do
linguagem e reforça a adquirição da habilidades motoras muito necessárias para o
aprendizagem formal do programa académico quando inicia a etapa escolar. Facilita
também as funções circulatórias, respiratórias y digestivas, estimula o desenvolvimento
pondoestatural e influi em forma positiva no metabolismo evitando doenças.
Existem três fundamentos para o processo de estimulação:
 Psicologia do desenvolvimento: expressa que os estímulos não podem-se
presentear de maneira anárquica, si no baseados na evolução normal da
criança.
 Neurologia evolutiva: oferece as pautas de maturação y as possíveis
desviações da mesma observando principalmente os reflexos e o tomo
muscular.
 Psicologia do aprendizagem brinda a metodologia baseada
fundamentalmente no objectivo específico de conduta, num sequencial de
tarefas por conseguir os objectivos e em uma programação cujo fim é a
adquirição de determinadas habilidades.

Que é a estimulação?
Consiste em oferecer na criança desde seu nascimento ,certas experiências ou
actividades que intensifiquem seu desenvolvimento, fundamentalmente suas capacidades,
habilidades, energias, em fim suas potencialidades.
A guiem estimular?
Sim dúvidas na criança. Actividades dirigidas em correspondência com suas
capacidades, interesses, grau de desenvolvimento e crescimento. Suas necessidades e
potencialidades evidenciam como seleccionar , organizar e dirigir as acções.
Como estimular?
Ante todo com muito amor y desejo de que a criança elimine suas dificuldades. A
estimulação só é eficiente quando se põem em função de certas condições e situações.
Pelo tanto é preciso que se valorem os seguintes requisitos metodológicos:
 Desenvolver as actividades num ambiente hogarenho, variado e
harmónico.
 As acções a realizar estarão em dependência do curso que tomem, é dizer
da evolução da criança.
 As actividades devem desenvolvesse num ambiente tranquilo, higiénico,
ventilado, iluminado.
 Os brinquedos o materiais a utilizar devem ser atractivos, de cores
brilhantes, de fácil manejo e que não impliquem perigos. Também devem
ser lavados e resistentes.
 Sempre que seja possível realizar as actividades na mesma hora do dia,
fundamentalmente quando inicia-se o tratamento.
 O lugar deve ser sempre o mesmo eliminando os estímulos adicionais que
podem distrair na criança, mais a vezes é conveniente introduzirmos,
pouco a pouco para que a criança trabalhe cada vez mais natural.
 Quando se há logrado um objectivo deve procederes a sua generalização.
 Quando se lhe solicite que realize uma actividade, deve levares na prática
com e sim ajuda para evitar o habito de não responder.
 Cada sessão de trabalho deve concluir com uma frase de elogio, por
muito insignificantes que sejam seus logros.
 Se deve demostrar afecto em cada actividade que realize, A criança deve
sentisse segura, confiada. Nunca reprimida, sancionada. A estimulação
oportuna fomenta o desejo de trabalhar com agrado e satisfação.
 A sessão de trabalho deve ser estudada previamente, assim como variara
em função da situação criada em cada momento. Deve ser flexível.
Essencial que adaptam-se as actividades na criança e não a criança as
actividades.
 Repetir as actividades quantas vezes sejam oportunas até que tenham
seguridade do êxito das mesmas.
 E conveniente levar de forma escrita os resultados de cada actividade par
poder medir sua eficiência.

As dificuldades no aprendizagem. Analises conceptual.

Em torno as dificuldades no aprendizagem, temática muito controvertida e


importante hão estado imersos especialistas de distintas áreas do saber cientifico.
Citemos alguns exemplos:
O psicólogo chileno Luis Valdivieso, professor do Departamento de Educação da
Universidade de Chile considera que os problemas do aprendizagem podem manifestasse
de diversas ,maneiras e afectam o rendimento global da criança. Manifestam-se mais
bem num retardo geral de todo o processo do aprendizagem. Insiste em que são globais
porque o retardo no processo ao aprender não manifestam-se só em algumas maneiras
ainda quando podem presentear certas características mais definidas em alguns casos.
Estas crianças caracterizam-se por sua lentitude e desinteresse para o aprendizagem e
muitas vezes podem aparecer como retardo menta leve, não prestam atenção aos
estímulos e não logram concentrasse na realização de determinadas tarefas o lesões.
O referido especialista situa as dificuldades no aprendizagem em dois grupos:
I.- Problemas gerais para aprender.
 São globais na maior parte das matérias escolares.
 Podem ter origens variados, tanto na criança como no sistema escolar:
 Da criança:
o Insuficiência intelectual.
o Imaturidade .
o Retardo sociocultural.
o Interferências emocionais.
o Alterações orgânicas, sensórias e /ou motoras.
o Lentitude para aprender.
o Falta de motivação.
 Do ensino:
o Deficiências do professor.
o Métodos inadequados.
o Programas rígidos.
o Más relações professor- aluno.
o Deficiências da escola.
II.- Transtornos específicos do aprendizagem (alterações do desenvolvimento da
criança de provável origem neuropsiciológico.

 Desnível entre capacidade e rendimento.


 Alterações delimitadas a certas áreas.
 Dificuldades reiteradas y crónicas.
 Requerem métodos especiais e individuais.
 Prognostico incerto.
 Podem acontecer em diferentes níveis de educação.
 Aparecem em todos os níveis socioculturais.
 Descarta-se retardo mental e deficiências sensoriais, emocionais e /
ou motoras primárias.

Por outra parte p professor Andrés Suárez Yánez, reconhecido especialista


espanhol analisa as dificuldades no aprendizagem tendendo em conta:
 Dificuldades no aprendizagem em sentido amplio: Necessidades
Educativas Especiais.
 Dificuldades no aprendizagem no sentido restringido.
No primeiro caso uma criança apresenta dificuldades no aprendizagem em
sentido amplio como equivalente a Necessidades Educativas Especiais se tem uma
dificuldade para aprender significativamente maior que as crianças de sua idade.
Organizações estadunidenses involucradas em Educação Especial falam a que
dificuldades no aprendizagem é um término geral que refere-se a um grupo heterogéneo
de desordenes, manifestos em dificuldades significativas na adquirição e uso das
capacidades, compreensão oral, leitura, escrita, raçonamento e para as matemáticas.
Enfatiza em que estos desordenes são intrínsecos ao indivíduo, devido a uma disfunção
do Sistema Nervoso Central, e que podem ocorrer ao longo de toda a vida.
Em 1962 Samuel Kirk propus a categoria “dificuldades no aprendizagem” para
descrever aquelas crianças que tenham alterações no linguagem, a leitura ou problemas
agregados de comunicação, descartando os que apresentavam deficiências sensoriais e
debilidade mental. E a primeira definição que se refere a disfunção do Sistema Nervoso
Central.
Esta definição expressa ademais que um problema de aprendizagem refere-se ao
retardo, desordem ou desenvolvimento tardio de uns ou mais processos referentes na
fala, o linguagem, a leitura , a escrita, as matemáticas e outras matérias escolares e que
resultem duma incapacidade psicológica causada por uma disfunção cerebral mínima ou
por transtornos emocionais ou de conduta.
Esta definição tubo uma difusão imediata pelas seguintes rações:
 Coloca em primeiro plano o problema da criança.
 Tem maior aceitação por parte da familia.
 A maior responsabilidade corresponde na escola na solução do problema.
Muitos especialistas estiveram inconformes com a definição de Kirk, mais é
importante retomar tres planos que esboça e que se manterem nas definições que
sucedem: plano pedagógico, plano psicológico y plano neurológico.
 Plano Pedagógico.
Impossibilidade da criança de seguir com êxito o curso regular dos
estudos no ensino primário. As dificuldades podem ser específicas e
referem-se as matérias básicas de leitura, escrita e matemáticas. Esto é
muito discutível na vida quotidiana, resolvem bem os problemas que lhe
exige a vida.
 Plano Psicológico:
Este é um dos mais complexos porque inclui os processos psicológicos
como causa e como efeito e sua relação com o rendimento escolar.
Como causa quando se faz alusão a déficit psicológico, existe
discrepância intraindividual de habilidades e capacidades.
 Plano Neurológico:
Incluem as definições do Sistema Nervoso Central que podem ter seu
origem prenatal, perinatal y postnatal.

Em relação com os critérios anteriores J.P.Brunet analisa um conjunto de


postulados dos quais só analisarei cinco deles:
1.- As dificuldades no aprendizagem que respondem ao modelo médico.
2.- As dificuldades no aprendizagem tem como causa uma disfunção
neurológica.
3.- Associa as dificuldades e as analisa como uma perturbação nos
processos psicológicos.
4.- As dificuldades no aprendizagem estão associadas ao fracasso escolar.
5.- As dificuldades no aprendizagem não são causadas, em primeiro lugar
por outra condição produtora de handicap.
Uma valorarão geral destes postulados leva ao critério de que a pesar de que
cada um expressa um problema, seu valor em quanto na individualidade é
inquestionável , De feito são declarativas , o que não podemos negar que quando se
estudem resulta de utilidade se traduzem-se em operações.
Em Cuba, também há sido uma problemática que há ocupado a prestigiosos da
Pedagogia Cubana. Os investigadores titulares do Instituto Central de Ciências
Pedagógicas da República de Cuba, Gerardo Roloff Gómez e Alberto Labarrere
Sarduy analisam que existem diversos factores que actuam como agentes que causam o
baixo aproveitamento académico, alguns de caracter externo como a preparação do
professor para coincidir o processo docente educativo e não atender as diferencias
individuais, deficiente influencia da familia e outros de natureza interna, relacionados
com o próprio aluno, como são as dificuldades no desenvolvimento do pensamento do
escolar e suas habilidades no aprendizagem, falta de inteires pelo estudo,
inseguridade.
A Dra. Mercedes López López, prestigiosa pedagoga cubana ao estudar esta
temática oferece a possibilidade de reflectir em relação com o grupo de elementos que
possibilitem definir as dificuldades no aprendizagem.
 As diferencias individuais manifestam-se no aproveitamento
escolar.
 E muito importante que se expliquem as diferencias psíquicas.
 As diferencias de vida e educação exercem influenza.
 A interacção da criança e a vida escolar tem grande
responsabilidade.
Segundo a especialista Clara Inés King de Larrarte .... existem diferentes normas
para Dificuldades de Aprendizagem. Em primeiro término ha que explicar que este é um
desordem ao que se lhe hão dado muitos nomes e que deve-se diferenciar de aquelas
dificuldades que se originam dum processo de ensino aprendizagem errado.
Todos estos elementos abordados pelos diferentes autores , mais sua experiência
teórico prática, permitem que a Dra. Liliana Morenza Padilla, refira que a categoria de
dificuldades no aprendizagem comporta-se como uma categoria natural. Ela enfatiza
que é melhor caracterizar que definir, critério que comparto plenamente , por quanto
elimina todo tipo de possibilidade de etiquetar a esta população infantil que mais que a
marginarão por seus problemas, precisa de compreensão e ajuda.

Etiologia das Dificuldades de Aprendizagem.

E importante dedicar um espaço nas causas que originam as dificuldades no


aprendizagem. Em tão sentido há infinidade de critérios, não obstante considero ,
segunda minha experiência pessoal, em agrupar a etiologia das dificuldades em três
grupos.
Os três grupos aos quais se faz referencia são os seguintes:
 Causas pedagógicas:
o Atitude negativa ao estudo. Podem mais não querem.
o Assistência e traslado frequente de escolas.
o Insuficiente qualidade do trabalho pedagógico que o professor
seja capaz de realizar, assim como o domínio científico técnico da
actividade educativa.
o Condições desfavoráveis de educação e de vida.
o Mudanças frequentes de professores.
o Condições desfavoráveis dos materiais de estudo.
o Condições físico-ambientais e sua ubiquação dentro da classe.
o Não utilização dos pontos fortes como condição previa para
ensinar o novo conteúdo.
o Não atenção na diversidade.
o Lacunas pedagógicas.
o Incorrecta utilização da base orientadora da actividade assim
como inadequada utilização nos momentos que precisa a acção de
aprender.

 Causas psicológicas:
o Pouca motivação escolar.
o Medo ao fracasso, preocupações ante as opiniões.
o Sua personalidade em geral atendendo a sua atitude ante o
estudo , o colectivo, seus interesses e motivações.
o Incrementam sua produtividade quando trabalham com os adultos.
o São frequentes os transtornos da conduta.
o Imaturidade na esfera afectiva.
o Deprivação social.
o Utilização incorrecta de medicamentos psicofármacos.
o Famílias disfuncionais por diversas rações.
o Mão uso do castigo por parte de docentes e familiares.
o Sobreprotecção.
o Déficit atentivo de base emocional.
o Saúde física em geral que influi sobre o estado de animo.

 Causas neurológicas:
o Transtornos do linguagem
o Déficit sensoriais.
o Insuficiente desenvolvimento dos processos cognitivos.
o Disfunção do Sistema Nervoso Central.

O estudo das causas neurológicas exige o análises em três momentos:


 Primeiro momento : (Etapa prenatal)
 Afecções intra-uterinas.
 Transtornos endocrinos não graves.
 Distúrbios emocionais frequentes.
 Inadequada alimentação e cuidado na gravidez.
 Gravidez múltipla.
 Segundo momento: (Etapa perinatal)
 Dificuldades no trabalho de parto que ocasiona
sofrimento fetal.
 Partos prematuros em tempo.
 Baixo peso.
 Tercei momento: (Etapa postnatal)
 Não aproveitamento dos períodos sensitivos do
desenvolvimento.
 Hábitos incorrectos de alimentação.

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