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1 TERAPIA OCUPACIONAL E O TRABALHO COM CRIANÇAS
Fonte:neurosaber.com.br
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condições temporárias e crônicas e para trabalhar na prevenção de incapacidades em
todo seu ciclo vital.
Quando se trabalha na área motora, se preconiza entender o crescimento
ósseo, muscular, de órgãos, o tônus muscular, o grau de movimento das articulações,
a coordenação motora ampla e fina e a coordenação visuo-motora, entre outros
fatores.
A área cognitiva é aquela que permite ao indivíduo desenvolver um grau de
inteligência, uma boa capacidade de resolução de problemas e tomada de decisões,
a capacidade de fazer escolhas e ainda a habilidade de realizar e reconhecer a
cognição social. As habilidades sensoriais (visual, auditiva, olfativa, gustatória, tátil,
vestibular e proprioceptiva) são aquelas que permitem ao indivíduo perceber o mundo
através da interpretação das sensações permitindo assim o uso motor funcional no
dia a dia. As habilidades emocionais e sociais permitirão ao indivíduo entender suas
próprias emoções, manter o humor e equilíbrio emocional, que farão com que o
indivíduo mantenha interação com pares permitindo assim uma boa participação e
desempenho social. Todas essas áreas e sua evolução normal devem ser bem
compreendidas pelos profissionais pois assim eles se tornam aptos a identificar
possíveis alterações e a intervir a prior a cronicidade da condição nas fases
desenvolvimentais subsequentes
As principais ocupações de uma criança são brincar e aprender. É o papel do
terapeuta ocupacional, em parceria com os pais, intervir sobre as competências
motoras, cognitivas, sensoriais e sociais que limitam o sucesso da criança no
desempenho destas ocupações para que possa participar com o seu potencial
máximo nos contextos onde está envolvida (casa, escola).
O terapeuta ocupacional ajuda ainda os pais e educadores na seleção de
materiais e na adaptação do ambiente de forma a favorecer a aquisição de novas
competências. O objetivo do Terapeuta Ocupacional é ajudar a criança a alcançar a
sua independência em todas as atividades da vida diária. A ajuda da terapia
ocupacional infantil se faz necessário quando o desenvolvimento na infância não
acontece de maneira adequada. As causas podem ter origem no período do pré-natal,
no perinatal ou pós-natal. Mas, independentemente disso, a técnica poderá contribuir
no desempenho motor, cognitivo, sensorial, social e emocional da criança.
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A terapia ocupacional dá ênfase ao desenvolvimento das competências que
permitem à criança brincar, comunicar e relacionar-se com os outros de uma maneira
eficaz, cuidar de si mesmo e aprender utilizando, se necessário, dispositivos e
estratégias adequadas às suas necessidades especiais. A criança aprende sobre o
mundo quando interage com ele usando as informações que lhe chegam pelos
sentidos. Essas interações dão-se sob forma de brincadeiras. É através do brincar e
de atividades lúdicas que a Terapia Ocupacional, atua na área de Reabilitação,
Estimulação e Desenvolvimento com crianças e jovens.
O brincar oferece um meio terapêutico muito rico, proporcionando
oportunidades para que a criança desenvolva habilidades novas sem ter de se expor
em situações que considere de risco. As atividades lúdicas servem de treino para
atividades diárias, escolares e atividades de coordenação, atenção e concentração
em geral.
A intervenção de um terapeuta ocupacional em Pediatria, pode abranger
problemas diversos nos componentes sensório-motores, cognitivos, psicológicos e
psicossociais, revelando-se na criança em dificuldades nas diferentes áreas de
desempenho (Atividades da Vida Diária, Produtivas e de Lazer). Através do
conhecimento sobre o desenvolvimento psicomotor da criança, o terapeuta
ocupacional pode simular experiências de aprendizagem que conduzam à aquisição
de competências que estejam em déficit, tendo em conta as aquisições emergentes
em cada fase do desenvolvimento da criança, o terapeuta identifica quais as
capacidades que ela deve adquirir em determinada idade e quais os componentes
que devem ser estimulados.
Todas as crianças podem se beneficiar de uma intervenção em que
apresentam alguma limitação, dificuldade, problema ou necessidade, algum apoio
para participação nessas atividades em relação ao esperado para a faixa etária a que
pertencem.Terapeutas ocupacionais pediátricos trabalham para descobrir e
maximizar as capacidades de cada criança.
Na infância o desenvolvimento pode não acontecer dentro dos padrões normais
por vários motivos. As causas podem ser de origem pré-natal, perinatal ou pós-natal.
O mais importante é conseguir que o bebê ou criança receba as estimulações de que
necessite o mais precocemente possível. Assim poderá aprender e se desenvolver
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melhor em todos os níveis de desempenho (motor, sensorial, cognitivo, social e
emocional).
Fonte: www.projectoeuconsigo.pt
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Fonte: www.espacoelabora.com.br
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Fonte: topediatrica.blogspot.com
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2 O BRINCAR E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL
Fonte: www.espacomotivar.com.br
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Esta experiência é gratificante e contribui para desenvolver a autoestima. Finalmente,
considera-se que o brincar é um processo essencial a ser vivido durante a infância,
no qual a criança se constitui no mundo e o mundo se constitui para ela, numa relação
mútua.
Na fase de 0 a 1 ano, o objeto de maior atenção da criança, é o corpo e suas
brincadeiras com ele, a descoberta de partes deste corpo, seu calor, equilíbrio e
segurança. Somente com o tempo é que a criança utiliza-se de regras em seus jogos,
onde começa a denominar objetos e suas funções. Para as crianças nesta fase, os
brinquedos servem de estímulos visuais (percebe cores, movimentos e formas),
gustativos (leva os objetos à boca reconhecendo-os), táteis (percebe materiais e
texturas). Com estes estímulos ela aprimora sua coordenação motora ampla e fina,
onde irá segurar, balançar, jogar. Com a exploração dos brinquedos, ela aprende
sobre as qualidades dos objetos um em relação ao outro, sendo capaz de fazer
escolhas e desenvolver habilidades intelectuais, emocionais e de comunicação.
A aprendizagem do mundo, para a criança torna-se possível através do que ela
ouve, vê, toca e prova, dependendo de alguém que interaja com ela, fornecendo ajuda
quando necessário.
Através dos marcos do desenvolvimento normal da criança iremos observar o quanto
a criança irá adquirindo movimentos e posturas que facilitaram a exploração dos
objetos (brinquedos), que lhes são oferecidos. Para que isso ocorra é fundamental a
colaboração dos pais estimulando esta criança.
Fonte:terapiaocupacional-bethprado.blogspot.com
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2.1 A utilização do brincar como recurso terapêutico na prática dos terapeutas
ocupacionais
Fonte:www.espacoelabora.com.br
Desde o início do século XX, estudos apontam que o brincar contribui para o
bem-estar da criança doente e previne o aparecimento de outros problemas. No
campo da terapia ocupacional o brincar é valorizado por apoiar e embasar suas
intervenções em teorias e pesquisas interdisciplinares, o que inclui as teorias do
desenvolvimento. Rezende afirma que quando o terapeuta ocupacional utiliza o
brincar em sua prática profissional, precisa ter clareza da perspectiva que fundamenta
sua intervenção.
Uma das perspectivas é a utilização do brincar enquanto recurso terapêutico,
comum nos casos de crianças com deficiência grave, na qual o terapeuta ocupacional
utiliza o brinquedo como recurso para a criança manusear o objeto, para chamar sua
atenção, para distraí-la ou motivá-la. Muitos componentes de desempenho podem ser
trabalhados nesta situação, como postura, concentração, coordenação motora,
interação com objetos humanos e não humanos, entre outros. Entretanto, tais ações
não representam o brincar de fato, pois a criança torna-se um ser passivo quando o
brincar é utilizado para se conseguir algo da criança, ou até como forma de
recompensa.
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Rezende apresenta outra perspectiva, na qual a intervenção é focada na
habilidade de brincar, sendo utilizada com crianças que apresentam um repertório
pobre de habilidades que podem comprometer seu desempenho. Nesta perspectiva,
o brincar é associado às habilidades motoras, psicossociais, capacidade de escolha,
resolução de problemas, criatividades, auto expressão, cognição, entre outros. Desse
modo, o brincar é utilizado de forma a estimular habilidades da criança, que de certa
forma vão favorecer também a ação da criança ao brincar.
Fonte: terapiaocupacional-bethprado.blogspot.com
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meio para a criança adquirir habilidades para o futuro, mas como algo que dá
significado e prazer no presente.
Fonte:johannaterapeutaocupacional.blogspot.com
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Fonte: www.institutobebe.com.br
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Fonte:silaineterapeuta.blogspot.com
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3 TERAPIA OCUPACIONAL NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
Fonte:www.uninassau.edu.br
Fonte: terapiaocupacionaleparalisiacerebral.blogspot.com
O que pode ser desenvolvido pelo Terapeuta Ocupacional junto à criança com
TDAH? A Terapia Ocupacional é um processo de tratamento no qual o terapeuta
utiliza a atividade como recurso técnico e está habilitado para prescrever atividades e
aplicá-las na busca de saúde, uma vez que a atividade é seu objeto de estudo e
análise.
Desta forma, o Terapeuta Ocupacional propõe uma atuação ampla,
oferecendo recursos para uma intervenção física, psíquica, social e sensorial que
podem ser: lúdicas, corporais, artísticas, criação de objetos e conhecimentos,
organização dos espaços e o cuidado com o cotidiano, os cuidados pessoais, os
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passeios, as viagens, as festas, as diversas formas produtivas, a vida cultural, entre
outras. Pois as características apresentadas pelas crianças com o TDAH, como a
agitação, desatenção, impulsividade, emotividade e o baixo limiar a frustrações afetam
a integração das mesmas com todo o seu mundo social, seja ele na escola, em casa
ou na comunidade. O relacionamento com pais, professores e amigos, muitas vezes
é prejudicado devido ao comportamento inconstante e imprevisível, interferindo no
desenvolvimento pessoal e social da criança.
O tratamento terapêutico ocupacional com crianças com o Transtorno de Déficit
de Atenção e Hiperatividade deve oferecer um espaço protegido, atenuando os
sintomas. Como o comportamento inconstante e imprevisível interfere no
desenvolvimento pessoal e social, na desatenção, na impulsividade, na inquietação e
na baixa autoestima, o tratamento aumenta as capacidades sociais e previne futuros
desajustes sociais.
O terapeuta ocupacional oferece recursos para uma intervenção na esfera
física, psíquica, social e sensorial, sendo um espaço acolhedor, protegido que
compreende e auxilia a criança durante todo o processo terapêutico a atenuar os
sintomas do TDAH utilizando-se de atividades lúdicas, corporais, artísticas e de
criação. Essas atividades auxiliam na organização do indivíduo, atuando na
independência, na estruturação emocional, percepção cognitiva (regras/limites,
atenção, concentração), nas atividades de vida diária (alimentação, vestuário,
autocuidado), nas atividades de vida de trabalho (escola), nas atividades de vida de
lazer (brincar) e socialização.
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4 SÍNDROME DE DOWN E A TERAPIA OCUPACIONAL
Fonte: www.europapress.es
Fonte: johannaterapeutaocupacional.blogspot.com
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Atividades artesanais
Fonte: nossoanjodavi.blogspot.com
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Fisioterapia
Terapia ocupacional
Fonte: www.clinicasentidos.com.br
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5 TERAPIA OCUPACIONAL E PARALISIA CEREBRAL
Fonte:www.criancaesaude.com.br
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este auxílio é prestado. Posteriormente faz-se a análise da criança executando as
atividades, como o aspecto motor atua na sua realização, quais as dificuldades
encontradas, a fim de avaliar a necessidade de adaptações para facilitar o “fazer”.
É importante que a família compreenda que a proposta de tratamento é
baseada em um trabalho motivador, que buscará evidenciar o potencial da criança. O
trabalho da terapia ocupacional com a criança com paralisia cerebral é caracterizado
pela busca de soluções para os aspectos do comprometimento motor que interferem
na realização das atividades funcionais, além do estímulo às demais áreas deficitárias.
Uma habilidade fundamental ao T.O., em se tratando de PC, é a sensibilidade, pois
assim poderemos perceber as respostas do indivíduo e modificar nosso toque de
acordo com o “feedback” recebido.
Outro fator importante é a intervenção precoce, ou seja, deve-se iniciar o processo de
reabilitação o quanto antes.
Com bebês paralisados cerebrais, a proposta básica de atividades é a
descoberta de si e do meio pelo movimento, e do fazer ganhando aquisições da fase
sensório motora, além das orientações à família, relacionadas à posicionamento
adequado, conduta e manejo. Muito importante também é a estimulação visual, ema
vez que a visão tem influência no fortalecimento do controle cervical e ativação das
reações de retificação e endireitamento, levando a cabeça para a posição vertical.
Não é raro encontrar deficiência visual associada à PC, decorrente dos distúrbios do
tônus, também encontrados nos músculos oculares.
O estímulo visual apresentado “de frente”, favorece o alinhamento da cabeça e
olhos na linha média, proporcionando a movimentação dos membros superiores na
tentativa de exploração manual e oral dos objetos. Em relação ao déficit motor nos
membros superiores, pode-se desenvolver dispositivos que facilitem o manuseio de
utensílios, materiais escolares, vestuário, além da confecção de órteses, a fim de
evitar deformidades, ou até mesmo substituir alguma função.
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Fonte: www.universozn.com.br
Enfim, a T.O. tem muito a contribuir para o desenvolvimento da criança com
paralisia cerebral, mas é importante ressaltar que o trabalho deve ser de uma equipe
multidisciplinar com fisioterapeuta, fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e
em muitos casos psicopedagogo para auxiliar questões escolares, todos trabalhando
juntos para o melhor desenvolvimento possível da criança em questão, além de dar
suporte especializado à família.
Fonte: meuanjogabriela.com.br
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Abordagem Bobath (controle motor)
A técnica Bobath
Abordagem do Kabat
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voluntários. A técnica utiliza o posicionamento e os padrões diagonais do movimento
em uma sequência do desenvolvimento e enfatiza o
input (entrada) sensorial. O input sensorial estimula e facilita o output (saída) motor,
ou seja, o estímulo sensorial está relacionado ao motor, e o motor ao sensorial. O
terapeuta ocupacional usa, como complemento para a terapia essa técnica que é a
mais recomendada, mas, quando utilizada, seu objetivo é alcançar a função do
paciente.
Técnica de Peto
Técnica de Rood
Estimulação Sensorial
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reações depende da integração das entradas sensoriais, que podem apresentar uma
resposta de relaxamento ou estimular o estado de alerta e a atenção da criança.
O terapeuta ocupacional, além de realizar o toque na criança com a mão e com
texturas, também, realiza todos os estímulos sensoriais com objetivo de favorecer a
propriocepção e formar a imagem corporal da mesma. O objetivo principal do
terapeuta ocupacional é preparar a criança para suas funções, assim ela passará por
todos os estímulos, inclusive o brincar. Para que esses estímulos sejam ainda mais
adequados, é essencial, para o tratamento da criança, a presença da mãe.
Fonte: espacodomquixote.com.br
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Dificuldade de relacionamento com outras pessoas;
Riso inapropriado;
Pouco ou nenhum contato visual;
Aparente insensibilidade à dor;
Preferência pela solidão; modos arredios;
Rotação de objetos;
Inapropriada fixação em objetos;
Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade;
Ausência de resposta aos métodos normais de ensino;
Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina;
Não tem real medo do perigo (consciência de situações que envolvam
perigo);
Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal) e
estereotipias;
Recusa colo ou afagos;
Age como se estivesse surdo;
Dificuldade em expressar necessidades - usa gesticulação e apontar no
lugar de palavras;
Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente;
Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode
arrumar blocos.
Fonte: johannaterapeutaocupacional.blogspot.com
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É importante salientar que nem todos os indivíduos com autismo apresentam
todos estes sintomas, porém a maioria dos sintomas pode estar presente nos
primeiros anos de vida da criança, estes variam de leve a grave e em intensidade de
sintoma para sintoma. Vale lembrar que a ocorrência desses sintomas não é
determinista no diagnóstico do autismo, para tal, se faz necessário acompanhamento
com psiquiatra infantil ou neuropediatra. Não existem exames laboratoriais ou de
imagem que diagnostiquem o autismo, o diagnóstico é clínico, apenas através de
observação.
Quando falamos em Terapia Ocupacional Infantil, nos remetemos a três
grandes áreas nas quais são de extrema importância na infância: AVDs (atividades
da vida diária), atividades relacionadas ao trabalho escolar e o brincar. A criança
aprende sobre o mundo quando interage com ele, usando as informações que lhe
chegam pelos sentidos, essas interações se dão através do brincar, sendo este o
principal recurso utilizado pela Terapeuta Ocupacional.
O objetivo global da terapia ocupacional é ajudar a pessoa com autismo a
melhorar a qualidade de vida em casa e na escola. O terapeuta ajuda a introduzir,
manter e melhorar as habilidades para que as pessoas com autismo possam chegar
à independência.
Estas são algumas das habilidades que a terapia ocupacional pode promover:
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Ao trabalhar sobre essas habilidades durante a terapia ocupacional, uma
criança com autismo pode ser capaz de:
Fonte: cliapsicologia.com.br
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O modelo D.I.R (Modelo baseado no Desenvolvimento, nas Diferenças
Individuais e na Relação) é um modelo de intervenção que tem vindo a ser
desenvolvido pelo Interdisciplinary Council on Developmental and Learning Disorders,
dirigido por Stanley Greenspan e Serena Wieder, nos EUA. É um modelo de avaliação
e intervenção que associa a abordagem Floortime com o envolvimento e participação
da família, com diferentes especialidades terapêuticas (terapia ocupacional,
fonoaudiologia) e a articulação e integração nas estruturas educacionais. Existe um
grande número de investigações e de observações clínicas que contribuem para a
conceitualização de uma abordagem compreensiva do desenvolvimento de crianças
com PEA (Perturbações do Espectro do Autismo) e outras perturbações de
desenvolvimento nas relações interpessoais e na comunicação. Estes determinam
como avaliar e intervir:
Diferenças individuais
-Modulação sensorial (por exemplo, em que medida a criança é hiper ou hipo-
responsiva às sensações);
-Processamento Auditivo e Visuo-espacial;
-Planejamento Motor.
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-Padrões de interação com os pares.
A intervenção baseada na abordagem DIR pode ser conceitualizada como uma
pirâmide, em que cada um dos seus componentes constituintes é construído sob o
outro.
Floortime
Fonte: autism.wikia.com
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de comunicação". Floortime não separa as diferentes habilidades da fala, habilidades
motoras ou cognitivas, mas guia essas habilidades, enfatizando o desenvolvimento
emocional. A intervenção é chamada floortime, porque os adultos vão para o chão
para uma melhor interação com a criança.
Assim, a abordagem floortime é um modo de intervenção interativa não dirigida,
que tem como princípios básicos: seguir a atividade da criança; entrar na sua atividade
e apoiar as suas intenções, tendo sempre em conta as diferenças individuais e os
estágios de desenvolvimento emocional da criança; através da nossa própria
expressão afetiva e das nossas ações, levar a criança a envolver-se e a interagir
conosco; abrir e fechar ciclos de comunicação (comunicação recíproca); alargar a
gama de experiências interativas da criança através do jogo; alargar a gama de
competências motoras e de processamento sensorial; adaptar as intervenções às
diferenças individuais de processamento auditivo e visuo - espacial, planejamento
motor e modulação sensorial; tentar mobilizar em simultâneo os seis níveis funcionais
de desenvolvimento emocional (atenção, envolvimento, reciprocidade, comunicação,
utilização de sequências de ideias e pensamento lógico emocional).
Fonte: www.neurofisiointensiva.com
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Conhecidos por poucos a integração sensorial tem sido uma grande ferramenta
terapêutica no tratamento de crianças com autismo. Em regra, os autistas possuem
uma hipersensibilidade sensorial que provoca inúmeras reações negativas em seu
comportamento diário. Essas reações podem ser interpretadas de forma equivocadas
e, por isso, não são devidamente tratadas.
Por exemplo, crianças relatam serem capazes de ouvir conversas ou o som de
móveis sendo arrastados em outros prédios. Outras crianças são tão sensíveis ao
estímulo táctil (toque) que não toleram a sensação da etiqueta em suas camisetas.
Por outro lado, algumas crianças aparentam ser hipossensíveis a estímulos
sensoriais, ou seja, são pouco sensíveis e necessitam de uma maior intensidade de
estímulo para que este seja percebido. Como exemplo, algumas crianças buscam a
sensação de intensa pressão ao serem massageadas ou ao serem firmemente
enroladas em pesados cobertores. Muitas crianças no espectro aparentam ter
complexos padrões de sensibilidades sensoriais. Por exemplo, uma criança pode ser
hipersensível a sons e cheiros, mas hiposensível ao toque. Em outros casos, as
sensibilidades das crianças parecem mudar de um momento para o outro, ou dentro
de períodos de dias ou semanas. Elas podem ser hipersensíveis à luz em um dia e
parecer hiposensíveis ou não afetadas pela luz em um outro dia. A ciência de hoje
ainda não consegue explicar completamente por que isto acontece.
Fonte:umolhardiferente-to.blogspot.com
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Integração sensorial refere-se ao processo de organização cerebral para
eficientemente processar a recepção de informação sensorial e apresentar respostas
apropriadas ao conjunto de estímulos. As crianças neurotípicas aprendem a integrar
seus sentidos nos primeiros anos. Elas o fazem através de interações com as pessoas
próximas e através de brincadeiras exploratórias.
Na verdade, toda e qualquer ação da criança resulta em informação sensorial
para o cérebro, o que contribui para o processo de organização e integração. Quando
você vê um bebê colocando objetos na boca ou batendo objetos no chão você está
testemunhando os métodos naturais do cérebro para a integração sensorial. Quando
sua criança de 4 anos pula na cama, roda em torno do próprio eixo até ficar tonta ou
quer que você a segure de cabeça para baixo, ela está integrando seus sentidos. O
sistema vestibular (que controla o equilíbrio) continua a amadurecer até a
adolescência, o que explica o porquê dos adolescentes buscarem experiências
intensas como as das montanhas-russas, enquanto que os adultos geralmente não as
toleram fisicamente.
Crianças com autismo não são diferentes em relação a isto. Elas também
recebem a informação sensorial que ajuda o cérebro a se organizar através de
atividades como rodar, balançar, correr, pular, bater, tocar, mastigar, apertar e cheirar!
A diferença é que crianças com autismo geralmente necessitam fazer estas atividades
por períodos maiores e de forma mais intensa do que outras crianças. Algumas delas
também continuam a precisar destes tipos de estímulos engajando-se em
comportamentos auto estimulatórios que não seriam considerados “apropriados” para
suas idades em nossa sociedade. Devido a comportamentos desta natureza, crianças
com autismo são amplamente incompreendidas.
Abordagens comportamentais tradicionais ao autismo têm visto estas
atividades de auto estimulação sensorial como “ruins” ou “inapropriadas”, e buscam
eliminá-las. Diversas estratégias foram utilizadas no passado para eliminar estes
comportamentos, desde o amarrar as mãos das crianças em suas cadeiras até a
“terapia” de eletrochoque. Versões mais modernas tendem a não ser tão extremas,
apesar da filosofia continuar a ser a mesma, a de eliminar (ou pelo menos interromper
e redirecionar) estes comportamentos em nome de uma “normalidade social” ou
habilidade de se concentrar durante as aulas.
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8 BIBLIOGRAFIA
BERLINCK, Manoel Tosta; MAGTAZ, Ana Cecília and TEIXEIRA, Mônica. A Reforma
Psiquiátrica Brasileira: perspectivas e problemas. Rev. latinoam. psicopatol. fundam.
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COUTO, Maria Cristina Ventura; DUARTE, Cristiane S e DELGADO Pedro Gabriel Godinho.
A Saúde Mental Infantil nd Saúde Pública Brasileira: Situação Atual e Desafios. Rev. Bras.
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Pfeifer LI, Santos CA, Marques EM. A brinquedoteca sob a visão da terapia
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Rezende MB. O brincar sob a perspectiva da terapia ocupacional. In: Carvalho A,
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p.51-64.
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