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1 INTRODUÇÃO ................................................................................... 3
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1 INTRODUÇÃO
Bons estudos!
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2 CONSIDERAÇÕES HISTÓRICAS
Fonte: www.nucleointegrado.med.br
Nos séculos XVII e XVIII, acreditava-se que todas as pessoas que causavam
rejeição ou medo - pobres, indigentes, preguiçosas, prostitutas, incapacitadas,
deficientes, loucas - eram vistas como uma ameaça à sociedade e deveriam ser
isentas de interação em um espaço isolado da sociedade. Eram recolhidos para serem
cuidados, mas na verdade eram isolados e excluídos para proteger a sociedade da
loucura e das pessoas com deficiência, dos perigos que representavam. Nesses
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abrigos, que já foram hospitais de hanseníase na Idade Média, as pessoas
marginalizadas eram submetidas a ações punitivas em regimes penitenciários. Todos
eram reunidos nos mesmos locais por estarem sob o mesmo estatuto legal e
classificados na categoria geral de doidos. Aconteciam diferenciações devido às
exigências disciplinares, nada associado à preocupação por tratamento. Alguns
agentes institucionais em oposição à existência de alienados nos centros de detenção,
propuseram a criação de espaços médicos nessas instituições, além de que os
pacientes fossem divididos e detidos de acordo com o tipo de comportamento
patológico (base da tecnologia do asilo).
Embora os hospitais tenham surgido como método de tratamento no final do
século XVIII, foi apenas no século XIX que surgiram a medicina hospitalar e os
hospitais terapêuticos como os que conhecemos hoje, não havendo caráter hospitalar
antes disso. Quando propostos como tratamento, foram reorganizados em instituições
especializadas, mas, mantiveram as mesmas características sociais discriminatórias
da antiga organização hospitalar. Com a mudança na natureza e no propósito do
hospital, os médicos ganharam o poder e a responsabilidade da organização
hospitalar, que deveria se tornar um método de tratamento totalmente terapêutico. A
essência das atividades de terapia asilar era a “terapia moral '', que propunha a ideia
do asilo como uma instituição de educação de caráter especial, onde o espírito do
paciente deveria ser reformado através de métodos comportamentais disciplinares a
partir do isolamento do meio social e familiar. Os resultados ou eficácia das estratégias
de tratamento nesta disciplina não poderiam ser avaliados pelo índice de "cura", mas
sim pela função da instituição, pois o propósito da reforma autoritária era remodelação
dos pacientes para prevenir doenças. Nessa perspectiva, é interessante destacar a
seguinte afirmação Elso Arruda referindo-se à Pinel: A terapêutica do trabalho foi,
então, introduzida como parte integrante de sua reforma. Afirmou Pinel: “ o trabalho
constante modifica a cadeia de pensamentos mórbidos, fixa as faculdades do
entendimento, dando-lhes exercício e, por si só, mantém a ordem num agrupamento
qualquer de alienados. (1962, p.25)
Portanto, até meados do século XIX prevalecia o movimento de alienação,
caracterizado pela complascência ao louco, considerados pacientes que deveriam
receber intervenção terapêutica. No entanto, foi criada uma base médica para a
exploração de pacientes, objetivos econômicos ou objetivos profissionais são
vinculados. A escola da "Terapia Moral" é a escola predecessora da terapia
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ocupacional. Esta ocorreu durante a reforma assistencial psiquiátrica após Philipe
Pinel assumir a direção do hospício em Bicêtre, na França, em 1973, que baseando-
se em ideais de liberdade, racionalidade e humanidade, simbolizou a quebra da
cadeia que mantinham presos os alienados. BENETTON (1999) descreve que: “o
nascimento da psiquiatria se deveu a Vincenzo Chiaruzi (1759-1820) na Itália, William
Tuke (1732-1822) na Inglaterra e Joahan Christian Reil (1759-1813) na Alemanha,
mesmo antes de Pinel. Foram eles, e muitos outros os verdadeiros construtores e
também promotores da disseminação do tratamento moral em todo mundo ocidental”.
(BENETTON, 1999, P23)
Este movimento se caracterizou por práticas educaticas, nas quais uma série
de elementos eram manipulados para orientar os alienados a transformar seus
comportamentos estranhos em atitudes de obediência e adaptação à organização
manicomial. As instituições de internação psiquiátrica transformavam-se instrumentos
terapêuticos por embasar-se a partir de um sistema geral de internação que priorizava
aspectos de caráter moral, disciplinador e normativo.
O asilo deveria ser organizado de modo que o tempo e o espaço do alienado
fossem criteriosamente regulados por gentes responsáveis pela vigilância que
ocupavam posição privilegiada no topo da hierarquia administrativa. Pretendia-se com
esta forma de estruturação, que a obediência para com os funionários determinasse
a maneira como os lienados deveriam comportar-se no interior da instituição e,
consequentemente, na sociedade. (Kirschaum, 1994). A ocupação precisava se
compreendida como um recurso utilizado com o propósito de estabilizar o
comportamento caótico do alienado, além de resgatá-lo para o convívio social. Para
isso a instituição deveria ser construídas em lugares que possibilitassem o
desenvolvimento de atividades agrícolas, indicadas aos alienados mais confusos,
objetivando a realização de tarefas mais simples. Já para aqueles mais controlados e
em recuperação, atividades mais complexas eram indicadas, pois acreditava-se que
estas seriam mais adequadas para prepará-los para se reintegrarem à sociedade
(Birman, 1978).
Desta forma, em termos de tratamento moral, as atividades relacionadas ao
entretenimento e distração, e as atividades relacionadas ao trabalho, passaram a ser
utilizadas em quase todas as organizações de auxílio ao alienado. Dentre as
atividades realizadas relacionadas ao trabalho, abrangem desde atividades agrícolas
até operações e tarefas mais complexas (como marcenaria, serraria, costura, etc).
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Fonte: camilabragab.wordpress.com
3 TERAPIA OCUPACIONAL
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Nessa perspectiva, a história da terapia ocupacional está intimamente relacionada a
diferentes conceitos de comportamento humano, incorporada às estratégias de
reabilitação, asilos para doentes mentais ou psiquiátricos e nas instituições de
reabilitação para pessoas com deficiência física.
3.1 Surgimento
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Fonte: camilabragab.wordpress.com
3.2 Implantação
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Ocupacional, vigorou de 1963 a 1982 e estava calcado na preparação de um
profissional subordinado ao médico e voltado exclusivamente à área de reabilitação.
O parecer número 388/63 não faz qualquer segredo sobre as intenções de formar
pessoal subalterno e menos qualificado. (Magalhães, 1989)
Fonte: www.tangledfingers.com
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profissão em um mercado de trabalho altamente competitivo; o que “levou a um
movimento de crescente pressão para que os terapeutas ocupacionais se tornassem
mais pragmáticos, desenvolvendo práticas ‘comprovadamente eficazes’ (enfatizando
os aspectos mensuráveis do seu trabalho) e ‘competentes’ (em relação a
promoção de melhoria da independência funcional e inserção dos pacientes),
para serem mais competitivos no mercado de trabalho” (BARTALOTTI; DE CARLO,
2001, p.37). Crescendo a necessidade de intervenções cada vez mais táticas em
Terapia Ocupacional, com respostas motores e operacionais eficazes e
quantitativamente mensuráveis. De fato, os terapeutas ocupacionais foram
gradativamente incluídos entre os profissionais de grandes instituições profissionais,
que são compostas por equipes multidisciplinares (fisioterapeutas, terapeutas
ocupacionais, fonoaudiólogos, assistentes sociais, médicos, psicólogos, dentre
outros) localizadas em grandes centros urbanos e fiscais do progresso tecnológico na
reabilitação.
3.3 Atuação
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que impulsionam os grupos para sua finalidade e as forças de coesão, aquelas que
motivam a permanência do grupo. (Lapassade, 1983).
Fonte: apsiquiatra.com.br
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“A indicação de atividades é entendida por nós enquanto ação interpretativa,
ou seja, uma intervenção com valor interpretativo, uma vez que valida que algo precisa
ser expresso e que experimentar alguns dos aspectos desta expressão, viabilizada
pelo vínculo, tem fins terapêuticos.” (FERRARI, 1991)
Tedesco extraiu observações relevantes sobre o trabalho com o grupo a partir
da anál ise de fundo da intervenção do terapeuta ocupacional em clínicas de
dependência.
Maximino realizou uma detalhada revisão bibliográfica dos diversos grupos em
terapia ocupacional e descreveu suas funções, entendendo-a fundamentalmente
como um espaço potencial e uma caixa de ressonância. Como um espaço potencial,
esse conjunto de atividades deve proporcionar ao paciente um ambiente confiável
para que gradativamente assuma o risco de estabelecer relações interpessoais e usar
objetos, e estimulá-lo a experimentar. Como caixa de ressonância, o grupo pode
trabalhar ampliando as possibilidades de intervenções, pois a intervenção para o
paciente pode ser realizada como um todo. Também se apóia na teoria de Winnicott,
buscando estabelecer uma conexão entre a composição do grupo e o sujeito. Num
grupo de atividades de terapia ocupacional, a tarefa manifesta é a própria execução
de atividade, seja ela artística, profissionalizante, artesanal, etc., enquanto que a
tarefa implícita, ou seja, o objetivo do grupo, é o tratemento e tudo o que este implica.
(MAXIMINO, 1997)
Ballarin desenvolveu pesquisa clínica teórica em terapia ocupacional com base
na estrutura da atividade psicológica e enfatizou a situação real da gestão de grupo.
Samea utiliza os referenciais teóricos e práticos de E. Pichon-Riviére para o grupo de
operação para buscar estabelecer uma relação com o grupo de terapia ocupacional.
De maneira geral, pode-se dizer que a análise do trabalho realizado por esses
terapeutas ocupacionais brasileiros mostra que, por um lado, são considerados
diversos os aspectos e, por outro, a influência de referenciais teóricos relacionados à
psicanálise e à psicologia social. Buscando conectar-se com os princípios básicos da
terapia ocupacional a fim de estabelecer uma base de conhecimento e embasar as
ações dos profissionais que utilizam esse recurso.
Portanto, na perspectiva da terapia ocupacional, nos úlimos anos, percebe-se
cada vez mais terapeutas ocupacionais, em diferentes áreas da saúde pública,
realizando grupos de atividades ou atividades grupais, de cunho terapêutico com
pacientes de saúde mental.
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6 PONDERAÇÕES TEÓRICAS E PRÁTICAS
Fonte: holiste.com.br
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Desde a década de 1930, a perspectiva do uso de atividades com grupos tem
sido aplicada sistematicamente à terapia ocupacional. Nos Estados Unidos, o foco
inicial do trabalho com grupos estava relacionado às metas de socialização, que
permaneceu até os anos 50, ocasião que os neurolépticos começaram a ser utilizados
no tratamento de distúrbios psiquiátricos, o que permitiu maior domínio dos sintomas.
Este aspecto contribuiu positivamente para que, no âmbito da Terapia Ocupacional,
os profissionais passassem a estabelecer metas terapêuticas que não se restringiam
somente à socialiação, buscando maior entendimento nos processos dos indivíduos
e suas atividades. (Howe & Schwartzberg, 1986)
Fidler & Fidler (1963) estudaram as atividades de pesquisa como formas de
comunicação e expressão através de métodos psicodinâmicos, formas de relações
terapêuticas e fenômenos de grupo em terapia ocupacional. Referem o grupo como
um instrumento de importante potencial terapêutico.
Ao longo da década de 60, nos Estados Unidos, os programas comunitários de
saúde mental que procuravam a desintitucionalização dos assistidos psiquiátricos
inspiraram grandemente os tratamentos de grupo. Estes passaram a utilizar as
atividades como meio de aprendizagem e a enfatizar as relações interpessoais,
especialmente as estabelecidas entre paciente e terapeuta. (FALK-KESSLER, et al.,
1991)
Para McDonald et al (1972) referem-se aos grupos como forma de estimular
relacionamentos e apontam diversas atividades. Geralmente prescrevem atividades
de entretenimento, atividades físicas, sociais e perninentes ao trabalho. Para que as
atividades sejam apontadas, o terapeuta ocupacional deve ter em vista o tipo de grupo
do qual pretende participar. Já Mosey (1970) avalia o grupo como um conjunto de
pessoas que partilham um incentivo em comum, numa atividade proativa, onde o foco
do terapeuta ocupacional é fomentar o crescimento de variadas facetas do self dos
pacientes. A autora classifica cino tipos de grupos:
Grupo paralelo – onde os pacientes desenvolvem as atividades
individualmente, não necessitando da interação com os demais
participantes; nesse modelo, o terapeuta ocupacional é o coordenador,
em razão dos participantes não terem condições de realizar muitos
papéis;
Grupo de projeto – tem como concepção a execução de atividade
coletiva; o terapeuta ocupacional busca ajudar na seleção da atividade
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proposta, observando individualmente o desempenho de cada
participantes do grupo;
Grupo egocêntrico – cooperativo – onde os participantes escolhem e
realizam as atividades que se delongam; buscam saciar as demandas
emocionais através das interações. O terapeuta ocupacional age como
suporte e apoio da tarefa;
Grupo cooperativo – os participantes são estimulados a demonstrar seus
sentimentos e emoções e buscam compensar suas demandas
emocionais com a realização da atividade; o terapeuta ocupacional
expoe seus pensamentos e emoções, atuando como conselheiro;
Grupo maduro – neste modelo os participantes desenvolvem as
atividades de modo concordante aos seus papéis e ao desempenho do
grupo, associando produtividade e satisfação pessoal; neste modelo o
terapeuta ocupacional interage como participante do grupo.
A base do grupo pode ser definida como o motivo que propicia ao grupo as
qualidades de seu reconhecimento. Quanto à base, um grupo pode ser determinado
como aberto, fechado, pouco aberto, homogêneo e heterogêneo.
Um grupo aberto é aquele em que os integrantes não se repetem a cada
encontro; assim sendo, a conjuntura se altera continuamente. Já num grupo fechado
não há entrada de novos integrantes após o início do processo, de forma que,
ocorrendo a saída de um dos integrantes, este não é substituído. Um grupo pouco
aberto é compreendido como aquele em que um novo integrante pode ser incluído no
contexto grupal de modo a suprir a saída de outro.
Um grupo é heterogêneo na ocasião em que se agregam integrantes com
características e dificuldades de diversas estruturas. O processo de compatibilidade
dos integrantes fundamenta-se em diagnóstico, temperamento, participação verbal,
desempenho ocupacional, entre outros. Um grupo homogêneo distingue-se como
aquele em que os integrantes são desiguinados embasados em algum obstáculo em
comum.
A quantidade de integrantes que compõem um grupo também é uma condição
especial a ser analisada pelo coordenador, e deve estar particularmente associada
aos propósitos sugeridos. Uma alteração sensata do número de integrantes é de cinco
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a oito participantes. Quando o contexto do serviço de grupo está relacionado a
situações como discussão livre, reunião, sala de estar, etc., este número pode mudar
consideravelmente. Nesses casos, o número de membros pode ser superior a 15
integrantes.
7.3 O Contrato
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8 GERENCIAMENTO DE GRUPO
Fonte: br.freepik.com
Para que esse grupo seja uma ferramenta de tratamento eficaz, é importante
entender seu manejo. Portanto, pode-se dizer que a gestão do grupo inclui todos os
movimentos do coordenador em direção ao grupo na direção do objetivo. Serão,
portanto, os métodos de intervenção do terapeuta ocupacional, demonstrados por
meio da comunicação, do colocar-se entre externar-se concentrado, entendendo a
importância de estar e do fazer, buscando o conceito da ação.
Na gestão de um grupo, é também imprescindível que o coordenador se
mantenha atento às ocorrências dos fenômenos mentais peculiares do encontro
grupal. Ademais, necessita direcionar-se ao grupo estando ativo nas ações do grupo,
pois as intervenções são baseadas pela ação e comunicação, continuamente
ponderando os movimentos e os fenômenos transferenciais e contratransferenciais.
Na situação grupal, as transferências acontecem a partir de processos permanentes
de identificação projetiva e introjetiva. No caso de um grupo, a transferência ocorre a
partir do processo permanente de reconhecimento projetivo e introjetivo.
A transferência pode ser identificada como o seguinte processo: os desejos
inconscientes de um indivíduo são renovados sobre certos objetos em um certo tipo
de relação com eles e, especialmente, no âmbito de uma relação terapêutica.
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Um outro ponto a ser destacado quanto a gestão do grupo se refere à ideia de
estabelecer representantes dentro da equipe. Em outras palavras, pode-se citar que,
num grupo que se estabelece, a representação que os integrantes têm de si se
aprimora junto com as representações do grupo, que se produzem gradativamente.
Portanto, mesmo que um grupo de pessoas comungue o mesmo tempo e espaço, não
necessariamente concebe um grupo, pois sua existência implica uma compreensão
da unidade imaginária.
Nessa lógica, refletindo o processo vivenciado por um grupo em terapia
ocupacional, se almeja a suplantação da serialidade e a reocupação da essência do
fazer, da criatividade e da existência.
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emoções, mas também conteúdos relacionados à preparação do ambiente e materiais
que devem ser utilizados para a realização das atividades.
No que tange a função de coordenação atribuída ao terapeuta ocupacional, é
possivel dizer que está relacionada à intervenção por ele realizada. Portanto, a
intervenção e outras funções atribuídas (como planejamento, facilitação e
sobreposição de muitas outras funções) estão dinamicamente relacionadas entre si.
10 A FORMAÇÃO DO COORDENADOR
O uso de grupos como recurso para a terapia ocupacional tem exigido dos
profissionais um treinamento mais aprofundado nessa área.
Tendo em vista a situação atual da formação nessa área, verifica-se que os
cursos de terapia ocupacional em grupo de diferentes universidades brasileiras têm
sido realizados nas disciplinas específicas na graduação, e que experiências de pós-
formação, organizacionais ou não, estão se instituindo, ainda que lentamente.
No entanto, é necessário debater o caminho e alguns métodos (atuação em
supervisão, grupo de pesquisa, participação e assistência em grupo e treinamento
individual) para tornar a formação de mais qualidade e específica à sua
particularidade.
10.1 Supervisão
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clínico, revisão de caso clínico, discussão de questões institucionais, entre outros
(CAVALCANTI & GALVÃO, 2007).
A supervisão de grupo em terapia ocupacional diferencia-se da supervisão
instituída em outras esferas do conhecimento, visto que certos aspectos formam
dados singulares do campo de atuação. Assim, se enfatiza a relação terapeuta-
paciente-atividade definida no processo de terapia ocupacional e as extensões
específicas da ocupação humana. Destaca-se que a supervisão de grupo deve incluir
momentos de debate e reflexão acerca de questões relacionadas à atividade inserida
no grupo, a forma como os membros do grupo interagem com o processo da atividade,
o procedimento de análise da atividade, os materiais e equipamentos envolvidos na
produção, e na atividade, o conceito dos elementos expressos, o contexto de inserção
do grupo, a dinâmica do grupo, etc.
Geralmente, a experiência acumulada no processo de supervisão de grupo
pode promover o desenvolvimento de competências e habilidades, ao passo que
promove o amadurecimento das posturas profissionais, ampliando o conhecimento do
papel do terapeuta ocupacional como coordenador de grupo.
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11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
21
DE CARLO, M.M.R.P; BARTALOTTI, C. Caminhos da Terapia Ocupacional. In: DE
CARLO, M.M.R.P; BARTALOTTI, C. (org) Terapia Ocupacional no Brasil:
fundamentos e perspectivas. São Paulo, Plexus, 2001.
FERRARI, S.M.L. O nascer das palavras através do fazer. Ver. Ter. Ocup. USP. São
Paulo, v.2, n.1, p.12-15,1991
22
LIEBMANN, M. Exercícios de arte para grupos: um manual de temas, jogos e
exercícios. 4. ed. São Paulo: Summus, 2000. Cadernos de Terapia Ocupacional da
UFSCar, São Carlos, Jul-Dez 2009, v. 17, n.2, p 133-146 146
23
VILLARES, C.C. Terapia Ocupacional na esquizofrenia. In: SHIRAKAWA, I.;
CHAVES, A. C.; MARI, J. A. O desafio da esquizofrenia. São Paulo: Lemos Editorial,
1998, p. 183-195.
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