Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• Os déficits são suficientemente severos para causar prejuízo nas áreas pessoais, familiares,
sociais, educacionais, ocupacionais ou outras áreas importantes de funcionamento e são
geralmente uma característica penetrante do funcionamento do indivíduo observável em todos
os contextos, embora possam variar de acordo com aspectos sociais, educacionais ou outros
contextos.
4
TEA: DESAFIOS DIAGNÓSTICOS
Compreender essa variabilidade nos quadros
clínicos é um dos principais desafios para o
diagnóstico, portanto, é fundamental preparar os
profissionais para estarem atentos em sua prática
diária, principalmente porque o TEA têm taxas de
prevalência elevadas na população geral (APA,
2014).
5
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS / DSM-V
Déficits persistentes em comunicação social e interação social em múltiplos contextos, manifestados como se
segue, atualmente ou por histórico:
✓ Déficits na reciprocidade social-emocional, variando, por exemplo, desde uma abordagem social anormal e falha
no diálogo normal até um compartilhamento reduzido de interesses, emoção ou afeto, até uma falha em iniciar
ou responder à interação social.
✓ Déficits em comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social, variando, por exemplo,
desde comunicações verbais e não verbais pobremente integradas a anormalidades no contato visual e
linguagem corporal ou déficits em compreender e usar gestos, até a ausência total de expressões faciais e
comunicação não verbal.
✓ Déficits no desenvolvimento, manutenção e compreensão dos relacionamentos, variando, por exemplos, desde
dificuldades em ajustar o comportamento aos diferentes contextos sociais a dificuldades em compartilhar jogos
imaginativos, até a ausência de interesse nos semelhantes.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS / DSM-V
✓ Padrões de comportamentos , interesses ou atividades restritos e repetitivos, como manifestado por pelo menos dois dos
seguintes, atualmente ou por histórico:
✓ Movimentos motores, uso de objetos ou fala estereotipada ou repetitivos (ex: estereotipia motora simples, alinhar
brinquedos ou virar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas).
✓ Insistência na monotonia, adesão inflexível à rotina ou padrão ritualizado de comportamentos verbais ou não verbais
(ex: estresse extremos à pouca mudança, dificuldade com transições, padrões de pensamento rígidos, rituais de
cumprimento, necessidade de pegar o mesmo caminho ou comer a mesma comida todo dia).
✓ Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade e foco (ex: forte apego ou preocupação com
objetos não usuais, interesses excessivamente restritos ou perseverantes).
✓ Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse não usual em aspectos sensoriais do ambiente (ex:
aparente indiferença à dor ou à temperatura, resposta adversa a sons e texturas específicos, excessivo tocar ou
cheirar objetos, fascinação visual em relação à luz ou movimento.
TEA: ESPECIFICÍDADES
• Nessa nova conceitualização, diferentes grupos de indivíduos com TEA podem ser
definidos em níveis de gravidade de acordo com o grau de suporte necessário.
Nível 2 – Déficit acentuado nas habilidades de comunicação verbal e não verbal; Inflexibilidade no comportamento, dificuldade
Necessidade de prejuízos sociais aparentes ainda que com apoio em andamento; início limitado em lidar com a mudança, ou outros
apoio de interações sociais; e respostas reduzidas ou anormais à abertura dos outros. comportamentos restritos/repetitivos que
substancial Por exemplo, uma pessoa que só fala sentenças simples, cuja interação é aparecem com frequência suficiente para
limitada a interesses especiais e limitados, e que tem uma comunicação não serem notados pelo observador casual e
verbal marcadamente estranha. interferem no funcionamento em variedade de
contextos. Estresse e/ou dificuldade em mudar
de foco ou ação.
Nível 3 – Déficits severos na comunicação verbal e não verbal causam prejuízos severos Inflexibilidade do comportamento, extrema
Necessidade de ao funcionamento, iniciação de interação social muito limitada e resposta dificuldade em lidar com a mudança, ou outros
apoio muito mínima à abertura social de outros. Por exemplo: uma pessoa com poucas comportamentos restritos/repetitivos que
substancial palavras de discurso inteligível que raramente inicia uma interação e, quando o interferem no funcionamento em todas as
faz, faz abordagens não usuais apenas para suprir necessidades e responde esferas. Grande estresse/dificuldade em mudar
somente a aproximações sociais muito diretas. de foco ou ação
ETIOLOGIA
O consenso geral é que o TEA tem uma etiologia genética que altera o desenvolvimento
do cérebro, afetando as dimensões sócio comunicativa e comportamental e causando os
interesses restritos e comportamentos repetitivos (Antoniuk, 2012).
ETIOLOGIA
Crianças com autismo parecem estar vivendo suas experiências sensoriais num mundo
diferente.
AUTISMO: PROBLEMAS DE PROCESSAMENTO SENSORIAL
Arnitz (1983), sugere que o comportamento das crianças com autismo torna-se desorganizado
devido a incapacidade para modular informações sensoriais.
Essa desorganização pode ocorrer por várias razões: inclusive incapacidade de concentrar-se
estímulos recebidos, falha ao filtrar aspectos irrelevantes dos estímulos e ou falha para processar
completamente a informações contidas nos estímulos.
AUTISMO: PROBLEMAS DE PROCESSAMENTO SENSORIAL
OBSERVARAM:
Que o tecido da massa cinzenta, ainda imaturo, vai diminuindo como uma onda, da
parte posterior para a frontal, refletindo a perda progressiva de conexões neuronais
não utilizadas.
AMADURECIMENTO DO CÉREBRO AUTISTA
• Comportamentos ritualizados.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Depressão e ataques de pânico ou outros
sintomas de ansiedade
Os transtornos do
neurodesenvolvimento são um grupo
de condições que surgem no início do
período do desenvolvimento (na
infância) e que se manifestam bem
cedo, geralmente antes da criança
ingressar na escola.
TRANSTORNOS DO NEURODESENVOLVIMENTO - CARACTERIZAÇÃO
CONHECER É FUNDAMENTAL!!!
M-CHAT
PISTAS PARA OBSERVAR NO TEA
1ª PARTE (para ser respondida pelos pais): SIM NÃO
1) Seu filho gosta de balançar, pular no seu colo?
2) Seu filho demonstra interesse por outras crianças?
3) Seu filho gosta de subir, escalar em objetos?
4) Seu filho gosta de brincar de esconde-esconde?
5) Seu filho usa a imaginação nas brincadeiras, por exemplo, fingir que está cozinhando e
provar/comer a comida imaginária?
2) Chame a atenção da criança, aponte para um objeto e diga: “Olhe a ___” . Observe a criança,
ela olha para o que está sendo mostrado?
3) Chame a atenção da criança, dê a ela uma xícara e bule de brinquedo, ela finge que está
fazendo o chá e bebendo, etc.?
4) Pergunte à criança: “Onde está a luz?” ou “Me mostre a luz.” Ela aponta para a luz?
5) A criança pode construir uma casa / castelo com blocos? Quantos? ______
ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA INTERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TEA
• BOSA, Cleonice Alves; TEIXEIRA, Maria Cristina. Autismo: Avaliação psicológica e neuropsicológica. A ed. São Paulo: Hogrefe, 2017
• COLL, César; MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús. Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia evolutiva. Artes Médicas, 2004.
• ELENA, Luiza; VALLE, L. Ribeiro do. Cérebro e aprendizagem. 3ª ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2014.
• GRANDIN, Temple; PANEK, Richard. O cérebro autista: pensando através do espectro. 1ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2015
• OMARI, Claudia; VALIATI, Marcia Regina Machado Santos; WEHMUTH, Mariane; ANTONIUK, Sergio Antonio (org.) Autismo: perspectivas no
dia a dia. Curitiba: Ithala, 2013.
• PEREIRA, Thais Caroline; BARRA, Claudia Maria Cabral Moro. Autismo: o que fazer? Dicas e orientações. Curitiba: Máquina de escrever,
2015.
• SCHWARTZMAN, José Salomão; ARAÚJO, Ceres Alves de. Transtornos do Espectro do Autismo - TEA. São Paulo: Memnon, 2011.
• WHITMAN, Thomas L. O desenvolvimento autista. Social, cognitivo, linguístico, sensório-motor e perspectivas biológicas. São Paulo: M.