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Dakota Brant, um lobo Luna alfa, perseguia Ash com grande prazer.
Ash estava se escondendo dele. De qualquer forma, ele pensou que estava se
escondendo. Ele não pareceu perceber que Dakota tinha o seu cheiro e logo
estaria em cima dele, mas isso era esperado de um ser humano recentemente
transformado em um lobisomem Luna ômega. Ele ainda não sabia como
controlar ou caçar corretamente ou sabia quando estava sendo caçado ou
rastreado. Dakota andou sobre as patas traseiras na sua forma Luna. Qualquer
um que o viu provavelmente pensou que estava olhando para uma criatura
monstruosa com cabeça e garras de um lobo, mas esse era o benefício de
viver longe da civilização. E não era temporada de caça.
O cheiro do seu companheiro estava forte. Dakota conseguia
distinguir as várias emoções que vinham com certos aromas. Havia uma
maneira de dizer no suor. Normalmente urina era um indicador de medo, mas
não era, obviamente, nada disso, já que ambos apreciavam o seu jogo. Não.
Ash estava animado e ansioso. A dica de luxúria no ar deu dica suficiente do
desejo secreto de Ash de ser capturado.
O que vinha depois de ser capturado sempre foi uma experiência
agradável, também. Dakota lançou um grunhido pesado - não um grunhido de
raiva, mas um que queria que Ash soubesse que estava perto. Os arbustos em
torno daqui eram espessos. Ash estava escondido em um deles. Ele
ziguezagueou pelos principais arbustos, o que foi inteligente. Era evidente que
ele esperava que isso fosse confundir os sentidos de Dakota. Isso não
confundiu. Dakota sabia exatamente onde ele estava. Ele diminuiu os seus
passos quando se aproximou, sabendo exatamente onde o seu companheiro
estava se escondendo. Ele queria dar a Ash a impressão de que ainda estava
procurando por um pouco mais de tempo. Isto era muito divertido.
Os arbustos onde Ash estava começaram a tremular. Ele estava
rindo? Mesmo na sua forma de lobo, o pequeno monstrinho estava rindo dele!
Mas ele era o pequeno monstrinho de Dakota.
Dakota tinha mais paciência. Queria adiar o jogo, esperar um pouco
mais, mas o seu lado animal se recusou a adiar isso por mais tempo. Ele
queria jogar, e isso não seria mais negado.
Dakota se lançou.
Ash fugiu antes que Dakota pudesse aterrissar nos arbustos e agarrar
o lobo menor dentro deles. Aparentemente, Ash sabia que Dakota o tinha
encontrado. Dakota ficou impressionado e satisfeito enquanto perseguia o lobo
cinzento. Lobisomens Luna ômega não tinham essa mesma forma monstruosa
que Dakota tinha. Isso era reservado apenas para os alfas, o que tornava
Dakota muito mais poderoso, o mesmo que outros shifters alfa, mas maior que
o lobo menor de Ash, naturalmente, ele era mais rápido e maleável para
navegar sobre e sob troncos caídos. Nas semanas desde que começaram a
jogar esses jogos Dakota tinha reparado como Ash desenvolveu alguma
habilidade real na sua capacidade de correr. Como um ser humano, ele tinha
sido um corredor e tinha o corpo de um corredor, do qual Dakota desfrutou
com regularidade, mas como um lobo, ele ainda estava melhorando quando se
tratava de correr em quatro patas. Ele estava indo bem. Poderia até ser mais
rápido que Dakota quando finalmente tivesse a plena utilização das suas patas.
Dakota ofegou, cheirando aquilo que o estava perseguindo, cheirando
o seu prêmio, querendo-o. Ash tinha melhor capacidade de se movimentar
entre as árvores e arbustos, mas Dakota ainda tinha a sua velocidade. Em um
exemplo, ele quebrou o seu caminho através de um tronco caído que estava
em um ângulo diferente, provavelmente depois de ter sido atingido por um
raio. Esticou as grandes mãos, coisas monstruosas, embora ele ainda tivesse
cuidado com as suas garras quando agarrou o lobo que estava fugindo pelo
rabo.
Ash se moveu por instinto. Ele gritou e girou, mordendo os dedos de
Dakota. Dakota não se importava, ele não o soltou. Ele não pode parar
imediatamente, não com o impulso da corrida em que eles estavam, e ambos
caíram e rolaram. A mudança veio em Dakota facilmente, assim como para
Ash. Quando eles pararam de se mover, e ambos desembarcaram no chão,
eles era humanos novamente, nus no ar quente que parecia refrigerado após o
exercício que ambos tiveram.
Ash suspirou para respirar, olhando para o céu.
— Porra, você é rápido — ele disse, seu peito ainda palpitante.
Dakota ergueu-se nos cotovelos. Se debruçou sobre o rosto do seu
companheiro, seu cabelo preto caiu em torno do cabelo mais curto, castanho
claro de Ash.
— Você vai ter que se esforçar mais, se quiser me superar — ele
disse, sorrindo alegremente para o homem. E os olhos de Ash dançaram. Seu
sorriso era largo, fazendo-o parecer ainda mais bonito.
— Promete?
Dakota assentiu.
— Eu prometo.
Inclinou-se, pressionando a boca na de Ash em um doce beijo. A boca
de Ash estava quente, os lábios abertos em um claro convite, que Dakota
aceitou. Ele gostava do sabor do seu amante, apreciava o quanto Ash adorava
ser um lobisomem. Quando Dakota tinha sido forçado a transformá-lo, ou
então perdê-lo para a bala, estava preocupado com a reação de Ash a esta
nova forma de vida, em saber que havia um animal selvagem dentro dele que
iria querer sair de vez em quando, e que iria tentar assumir o controle. Não.
Nada disso parecia acontecer. Ash estava ansiosamente pronto para ser um
lobisomem. Ele estava se ajustando bem, e parecia gostar de ser capaz de ser
um lobo.
Dakota era grato por isso. Se tivesse mudado Ash, apenas para
descobrir o quanto o seu companheiro se ressentia por isso, não teria sido um
bom presságio para o início do seu relacionamento. Ash deslizou os seus dedos
através do cabelo preto de Dakota. Segurou os fios, e puxou a cabeça com
apenas a quantidade certa de pressão para ser agradável. Dakota gemeu. Seu
pênis endureceu, e ele se remexeu entre as pernas de Ash, empurrando o seu
pau contra a ereção dele. Ash respirou fundo no beijo, e Dakota esqueceu tudo
ao seu redor, especialmente quando Ash levantou os joelhos e curvou as suas
pernas ao redor da sua cintura. Era isso. Isso era o que eles precisavam. Ash
gemeu quando Dakota estendeu a mão para baixo, pressionando ambos os
pênis juntos. Então a testa de Ash pareceu franzir. Dakota fechou os olhos
para não ver a reação do seu companheiro enquanto ele farejava a floresta em
torno da sua casa, mas pôde sentir a forma como a boca de Ash enrugou.
— Que cheiro é esse? — Perguntou Ash, então olhou à sua direita e
viu a mão de Dakota sangrando, a mão que Dakota estava usando para
acariciar os seus pênis juntos, e ele pareceu esquecer tudo sobre o prazer que
ambos tinham acabado de estar desfrutando.
— Oh, merda.
— Está tudo bem —, Dakota disse, afastando a sua mão, tentando
mantê-la fora da vista para que eles pudessem voltar para o que estavam
fazendo.
— Porra, eu te mordi —, disse Ash, pegando o seu pulso, puxando-o.
Dakota resmungou. Ele não gostou dessa interrupção. Não gostou de
como isso diminuiu as suas chances de ter um orgasmo com o seu amante.
— Está tudo bem. Não era nem mesmo você.
— O lobo —, disse Ash. — Certo.
— Isso não é o que eu quis dizer —, respondeu Dakota. — Você
ainda está aprendendo os seus instintos. Eu esperava que você me mordesse
quando te peguei. Nós já conversamos sobre isso.
— Eu sei —, disse Ash, ainda olhando para a mão de Dakota. Era a
segunda vez que Ash o tinha feito sangrar, então claro que se sentia culpado
de alguma forma sobre isso. Dakota não queria que ele se sentisse culpado.
Ele achou que Ash estava indo muito bem e não queria que ele tivesse algum
arrependimento sobre qualquer coisa. Se lamentar iria apenas tornar mais
difícil recuperar o controle que ele precisava, a fim de mudar e correr e brincar
e, claro, foder. Essa última era um pouco importante, na medida em que
Dakota estava em causa.
— Tem certeza de que não quer pensar em algo um pouco mais
agradável agora? — Dakota perguntou, empurrando os quadris para frente,
deslizando o seu pênis para frente e trás contra Ash, observando com prazer
quando os olhos do seu companheiro deslizaram para trás, e a forma como o
tom rosado da sua bochecha se aprofundou. Quando Dakota fez isso de novo,
a boca de Ash diminuiu para uma pequena linha, enquanto ele tentava segurar
o gemido que Dakota estava determinado a tirar dele.
— Deus, o que esta fazendo comigo? —, Perguntou Ash, balançando
a cabeça e tencionando o corpo enquanto gemia novamente. Suas coxas se
apertaram ao redor da cintura de Dakota. Ele não ia durar muito tempo. Nem
Dakota. O cheiro do seu amante – sua transpiração, seu coração batendo
depois de um boa perseguição, ambos excitados e desesperados um pelo outro
- estava alimentando a luxúria de Dakota. E tocando o seu companheiro e
fazendo amor com ele, era a restauração da força e energia que Dakota tinha
usado para persegui-lo. Esse era outro benefício de ser um lobo Luna. Um par
acasalado poderia se energizar, geralmente por simplesmente estar perto um
do outro, mas essa sensação era ampliada ao tocar, beijar, e, especialmente,
com o sexo.
Dakota se sentiu quase tão vivo como tinha se sentido quando tinha
estado perseguindo o seu amante, determinado a pegá-lo e ganhar o seu jogo.
E Ash logo estava se empurrando contra ele em um ritmo ansioso.
Ash o beijou, gemendo e choramingando com cada impulso para
frente. Sua voz sussurrando no ouvido de Dakota pedindo-lhe para transar
com ele, para estar dentro dele, mas Dakota não o faria.
Dakota sabia que Ash não estava tentando provocá-lo. Ele estava
apenas se perdendo na luxúria. Isso era bom. Isso era de se esperar. Ele era
novo para os instintos, o que significava que iria morder de vez em quando na
sua forma de lobo, assim como se perder na luxúria que foi obrigado a sentir
por causa do acasalamento.
Mas ambos tinham suas regras. Ash sabia disso, e como alfa, era seu
trabalho manter o controle quando Ash não podia. Isso significava que, não,
ele não iria transar com o seu companheiro e sem camisinha. Isso era outra
coisa que poderia acontecer. Lobos ômega Luna podem ficar grávidos. Apenas
os homens eram Lobos Luna, e por alguma razão... bem, esse não era o
ponto. O ponto era que ambos tinham concordado que Dakota não iria colocar
uma criança dentro do seu amante. Era muito duro uma vez que um corpo
masculino não foi projetado para gerar uma prole. Inferno, a única maneira da
criança sair dele era se um lobo Luna alfa estivesse lá e usasse as suas garras
para cortar o filhote para fora.
Isso poderia levar à morte tanto do ômega quanto do filhote, em
alguns casos. Algo que Dakota sabia muito bem. Estes pensamentos ele baniu
da sua mente, beijando e chupando o lado da garganta de Ash. Ele sentiu a
forma que Ash se remexeu contra ele. Seu companheiro fez um esforço para
participar, tanto quanto possivelmente poderia ao deslizar as suas mãos
menores através do peito maior de Dakota. Ash o tocou em todos os lugares
deixando queimaduras agradáveis por todo o seu peito. Dakota gemeu,
precisando de mais. Ele precisava deste homem. Eles estiveram juntos por
apenas uma semana, porem precisava muito dele. Dakota gozou primeiro, mas
Ash não estava muito atrás. Quando essa pressão dentro dele entrou em
erupção, sêmen quente salpicou o estômago e o peito de Ash, ambos os
sêmens misturados.
— Oh, Deus —, Ash suspirou, jogando a cabeça para trás quando o
último do seu prazer desapareceu, deixando-o tremendo e contraindo sob o
corpo de Dakota.
E Dakota queria saltar para cima novamente e ir para outra maratona
de sexo, porém o impulso de cair sobre o seu amante, para conservar o calor
do corpo e simplesmente aconchegá-lo, era muito grande. Então isso foi
exatamente o que ele fez. Dakota caiu para o lado, mantendo a maior parte do
seu peso fora do homem menor. Ash poderia ser um pouco mais forte agora
como um lobo ômega, mas Dakota não achou que ele seria capaz de suportar
confortavelmente o seu peso. Ash virou-se para ele, colocando os braços em
volta do peito de Dakota e empurrando-se mais perto. Dakota segurou-o,
beijou os seus cabelos cor de areia macia, e suspirou.
— Foda-se, isso foi incrível —, disse Ash.
Dakota riu.
— Tão romântico.
— É claro —, respondeu Ash.
— Que tal eu esmagá-lo? — perguntou Dakota, apertando-o um
pouco mais e sorrindo quando Ash começou a lutar, rindo enquanto estava
fazendo isso, é claro. Isso era o melhor sobre não estar só. O fato de que
Dakota tinha que estar com Ash. Se ele tivesse acasalado com qualquer outra
pessoa, não achava que pudesse ser tão feliz.
Dakota rolou de costas, levando Ash com ele.
Ash coçou o nariz, sorrindo para Dakota do seu novo lugar no seu
peito.
— Desiste?
— Sim, certo, — disse Dakota, apreciando o seu jogo, mas
honestamente estava um pouco cansado.
Não, não estava cansado. Não era isso. O sexo tinha lhe
rejuvenescido. Havia algo mais na sua mente que o tinha pensando em coisas
um pouco mais longe, no sentido humano da palavra.
Ambos estavam acasalados, o que obviamente implicava em algo,
mais ou menos, mas havia algo nisso que estava faltando e, naquele
momento, Dakota percebeu o que precisava.
— Case-se comigo.
Ash arregalou os olhos, o sorriso deixando o seu rosto.
Dakota deu de ombros.
— Você não tem que fazer isso se não quiser. É legal agora, então
eu percebi que desde que estamos acasalados poderíamos simplesmente
torná-lo legal.
Ash sacudiu a cabeça, e Dakota preparou-se para uma decepção
quando um sorriso puxou os cantos da boca do seu companheiro.
— Claro que vou casar com você! Você está falando sério?
— Só se você quiser —, respondeu Dakota.
— Eu quero! Quando é que podemos fazê-lo? Podemos fazê-lo hoje?
Santo Deus, há quanto tempo você esteve pensando sobre isso?
— Na realidade, só agora. Não é cedo demais?
Ash lhe respondeu com um beijo, tinha mais paixão e amor naquele
beijo do que Dakota já sentiu na sua vida inteira. Ash inclusive tomou um
pouco o controle enquanto segurava o rosto de Dakota nas suas mãos, como
se preocupado que Dakota quisesse estar em outro lugar, mas aqui era
exatamente onde ele queria estar.
Capitulo Dois
Capitulo Tres
Dakota queria que isso fosse perfeito, quando eles voltaram para
casa. Ele desejava que não tivesse cheirado aqueles corpos no celeiro. Alguém
teria finalmente os encontrados sem a sua interferência, e a única coisa que
ele queria pensar era neste homem aqui.
Seu companheiro, seu marido.
Ele e Francis ainda não tinham casado. Ambos eram shifters. O
acasalamento tinha sido suficiente.
Dakota queria compartilhar algo com Ash que ele nunca tinha
compartilhado com qualquer outra pessoa, e esta foi à maneira perfeita para
fazê-lo.
E agora o seu companheiro estava parecendo um total gatinho de
sexo enquanto Dakota se arrastou para a cama e sobre o seu corpo. Ele sorriu
para o seu amante. Ele não podia deixar de ficar tonto quando ele se inclinou
sobre Ash.
E a maneira como Ash sorriu para ele era completamente e
totalmente perfeito. Ele era a coisa mais maravilhosa que Dakota já tinha
visto.
O lobo alfa na cabeça de Dakota queria levá-lo, duro e áspero, mas
ao mesmo tempo duro e áspero poderia ser divertido, esta era a sua noite de
núpcias, e algo um pouco mais romântico pareceu apropriado.
E foi por isso que ele conseguiu aquelas velas e o velho lenço no
quarto antes de saírem para o cartório.
As mãos de Ash eram pequenas nos ombros de Dakota, mas elas
eram fortes quando ele amassou o músculo, quando ele deslizou para baixo
nos braços de Dakota, sentindo os seus músculos e empurrando tanta
necessidade e prazer no corpo de Dakota antes mesmo que pudesse ter a
oportunidade de tocar em algo sensível.
Dakota gemeu quando Ash finalmente tocou em algo sensível. Ash
estava se sentindo brincalhão. Dakota poderia dizer quando a mão do homem
esfregou contra seu pênis ainda vestido.
― Eu te amo ― disse Ash.
Dakota beijou-o com um gemido suave, empurrando o seu pênis na
mão de Ash.
Ash fechou os olhos, como sempre fazia, e beijou Dakota de volta,
pressionando os lábios contra e inclinando um pouco a cabeça para o lado,
abrindo a boca apenas o suficiente para dar a Dakota à dica adequada.
Dakota não tomou essa dica. Ele se afastou, e então ele se inclinou
para baixo novamente e colocou a boca em um dos mamilos rosados de Ash.
Ash suspirou. Seus dedos finos enfiados através dos cabelos negros
de Dakota. Dakota esperou por ele, sua parte favorita, e depois ele veio.
Enquanto Dakota lambeu e chupou os mamilos de Ash, os dedos de
Ash apertaram o cabelo de Dakota.
A melhor parte disso foi o cuidado que Ash tomou com o que ele fez.
Ele não pegou muito duro, cuidadoso com a sua nova força.
Dakota tinha dito a Ash de tempo em tempo como a sua força não
seria capaz de competir com a de Dakota, como ele poderia apertar o cabelo
de Dakota tão firmemente quanto ele gostava e não precisa se preocupar em
machuca-lo.
Mas ainda assim, Ash foi cuidadoso. Era como se ele não confiasse na
sua nova força para não ferir Dakota.
Às vezes, isso era frustrante, já que Dakota não se importava com
um pouco de dor no seu prazer. Outras vezes, era adorável, a maneira que
Ash continuou a pensar nele, mesmo quando não havia nada para se
preocupar.
Dakota voltou a sua atenção para outro mamilo de Ash. Ele passou a
língua nele todo, em seguida, circulou antes de pressionar beijos e mordidas
no resto do peito de Ash.
Dakota estava vagamente consciente do caminho que a mão de Ash
continuou a se mover, seu braço subindo e descendo enquanto ele acariciava o
seu pênis enquanto Dakota deu prazer a ele.
Mas isso era para Dakota fazer, e era incrível como o alfa dentro dele
poderia ficar com ciúmes de algo tão simples como o seu próprio companheiro
tocando a si mesmo.
― Isso é meu, ― Dakota disse, sua voz saindo como um grunhido
duro, mais duro do que ele pensava que seria. Sim, o alfa dentro dele estava
definitivamente ficando um pouco impaciente.
Mas Dakota não sentiu nenhum medo em Ash quando o seu corpo
respondeu. Não houve hesitação quando Ash soltou o seu pênis, continuando a
olhar para Dakota enquanto esperava que ele fizesse alguma coisa, qualquer
coisa.
E Dakota fez. Ele pressionou três beijos na pele escaldante, suave de
Ash no caminho para baixo no seu pênis. Dakota levou mais prazer em jogar
em torno da área onde o cabelo de Ash formou uma fina trilha que levava ao
seu pênis.
Ash se inclinou e estava ofegando para respirar, apoiando-se sobre
um cotovelo enquanto ele olhou para o que Dakota estava fazendo. Seu corpo
inteiro estava corado. Bonito.
― D-Dakota, não que eu não estou gostando disso ou qualquer
coisa... mas, porra, você acha que talvez você poderia parar de me provocar
agora?
Dakota riu, e ele decidiu que agora era um bom momento para
colocar o seu amante fora da sua miséria.
Capitulo Quatro
Ash fingiu essa sensação de controle que tinha reunido quando viu o
quão rápido Dakota teve de empurrar-se para fora da calça jeans. Ash mal
parou para olhar para baixo, para o pênis de Dakota. Ele sabia como se
parecia. Com a cor escura de excitação, um pouco curvado para cima em
direção ao seu umbigo, e mesmo sem olhar para ele agora, podia sentir o
cheiro de pré-sêmen sobre ele.
A boca de Ash salivou, e ele queria aquele pênis enorme dentro dele.
Queria ser abertamente esticado e fodido duro. Inferno, ele poderia ter
disparado a sua carga se tivesse se dado ao trabalho de olhar para isso.
Sim. Ele não estava muito com essa coisa de autocontrole,
especialmente quando sentiu uma corrente de energia misturada com prazer
no seu estômago, seus braços e suas pernas. Parecia que, se Dakota não
estivesse lá, segurando-o, Ash poderia ter saltado da cama e mudado para o
seu lobo naquele momento.
— Você vai aprender qual é a sensação de ter o maldito melhor
orgasmo da sua vida. Então eu vou dar-lhe mais quinze antes de finalmente
deixar você dormir.
Ash estremeceu, engolindo em seco quando essas palavras o fizeram
pegar fogo.
Ele teve que convocar algum desse autocontrole falso. Gostaria de,
pelo menos, fingir que não estava prestes a gozar como um adolescente.
— Promessas, promessas. Vou acreditar quando você fizer.
Ele ouviu o pop de plástico de uma tampa de garrafa abrindo. Ash
olhou por cima do ombro. Dakota tinha uma garrafa de lubrificante. Parecia
novo, nada como o que Ash tinha visto nesta casa antes. A base preta com a
tampa rosa. Ele mal podia distinguir as palavras “aquece ao entrar em contato”
antes de Dakota esguichar um pouco na palma da mão e mover os dedos para
o buraco de Ash.
Realmente fez aquecer com o contato, e a espinha de Ash ficou dura
como pedra quando aqueles dedos, felizmente, empurraram dentro do seu
buraco.
— Oooooooh, Deus — disse ele, caindo das suas mãos e colocando o
seu rosto nos lençóis. Ash estava bastante seguro de que Dakota estava rindo
dele, mas ele estava se divertindo demais para ser capaz de prestar muita
atenção a isso.
Tão bom. Foi tão danado de bom que ele quase não conseguia pensar
através do prazer.
Dakota não estava com vontade de perder tempo quando as pontas
dos dedos imediatamente procuraram e começaram a provocar a próstata de
Ash. Ash gemeu na colcha, precisando de alguma coisa para abafar o som dos
seus constantes gritos incontroláveis.
A voz de Dakota de repente soou muito mais perto, à direita na
orelha de Ash, e ele sentiu o hálito quente do seu amante enquanto Dakota
falou.
— Tem certeza que você tem controle?
Ash percebeu o que era naquele momento. O idiota na verdade só
estava brincando com ele. Inferno, ele poderia até mesmo deixar Ash gozar se
Ash apenas balançasse a cabeça e pedisse a libertação que precisava.
E ele precisa. Seu pau estava tão duro como pedra, latejante, e as
bolas azuis que ele estava recebendo a partir desta provocação honestamente
estavam começando a doer.
Mas ele não queria parar. Ash não queria que isso chegasse ao fim.
Por que ele iria querer? Por que ele iria provar que Dakota estava certo? Por
que mostrar que Ash realmente não tinha muito autocontrole quando ele
poderia mostrar a Dakota, e a si mesmo, agora que ele poderia fazê-lo?
E ele não ia mentir. Talvez a provocação fosse um pouco agradável.
Isto não era definitivamente algo que Ash tinha todos os dias. Ele não sentia
tanto prazer desde a noite do seu primeiro acasalamento.
Bem, não só a noite como tinha sido o dia e a noite. Esse evento
durou horas, e Ash tinham faltado ao trabalho por causa disso.
Ele queria isso novamente.
— Bebê? Você deve me responder quando falo.
Dakota praticamente cantarolou essas palavras. Ele deveria está
pensando que a sua vitória estava ao virar da esquina, mas Ash não ia dar isso
para ele.
Ele virou a cabeça para o lado, olhou para Dakota com um olhar e um
sorriso ansioso.
— Isso é o pior que você pode fazer?
Os olhos de Dakota arregalaram brevemente antes de perceber que
com quem ele estava mexendo, e então ele tinha um sorriso ansioso e
predatório.
Seus dedos empurraram mais profundo, e Ash jogou a cabeça para
trás e gritou com o prazer de ter as pontas dos dedos pressionando contra a
sua próstata, demorando quase tempo suficiente para fazê-lo perder o controle
total, em seguida, puxando para trás novamente.
— Você quer ver o meu pior?
Ah, porra, ele ia gozar. Dakota não estava tocando a sua próstata
mais, mas o acúmulo tinha sido tão bom, muito, muito. Seus pés e dedos
apertados, ao ponto de dor, e Ash tinha que chegar para baixo rapidamente.
Ele segurou o seu pênis pela base, cerrando os dentes quando sentiu a pressão
nas suas bolas, tão desesperada para sair, para disparar fora dele, e ele ficou a
beira do orgasmo pelos vários segundos mais longos da sua vida.
Dakota estava definitivamente rindo agora enquanto beijava a
espinha de Ash.
Por alguns segundos, Ash não achou que ele seria capaz de se conter.
Pensou no instante em que pudesse ele iria gozar duro e seria imparável.
Então, finalmente, a pressão que ameaçava quebrar diminuiu. Ash
suspirou quando a tensão que vinha crescendo derreteu, embora ainda não se
atrevesse a soltar o seu pênis.
— Você está sensível hoje — disse Dakota.
Ash rosnou para o tom sorridente na voz de Dakota quando ele se
levantou e virou-se para o homem.
Os olhos de Dakota estavam arregalados, mas não de pânico. Um
alfa nunca estaria em pânico sobre alguém quando Ash rosnou para ele.
Dakota se divertiu quando Ash empurrou contra o seu peito até
Dakota ficar nas suas costas.
Nu e de costas. Em algum momento ele tinha tirado a camisa. Que
diabos aconteceu com este alfa? Por que ele sempre parecia estar se movendo
tão malditamente silencioso e rápido, antes que Ash pudesse perceber o que
ele estava fazendo?
Tanto faz. Não importava, porque a única coisa que Ash se
preocupava naquele momento era o fato de que finalmente foi capaz de obter
o corpo de Dakota.
Os mamilos castanhos de Dakota estavam escuro, duros. Ash os
beijou, pressionando a sua língua em um e depois no outro, porque parecia a
coisa certa a fazer naquele momento. Dakota deixou suas grandes mãos
passar através do cabelo loiro de Ash.
Ash poderia fazer isso. Ele poderia fazer alguém ficar desesperado
por um orgasmo também. Ele podia fazer Dakota ficar desesperado por ele.
Na verdade, isso era oficialmente a sua nova missão.
Dakota acariciou o cabelo de Ash e o peito maciço do homem, Ash
podia sentir a maneira como o seu batimento cardíaco estava aumentando.
Tomou isso como um encorajamento. Estava claramente fazendo algo certo se
Dakota estava perdendo um pouco de controle.
— Mmm, tenho que admitir, foi bom quando você me empurrou
assim.
Ash se afastou beijando cada sulco dos músculos perfeitos de Dakota.
— Será que o seu lado alfa gosta?
— Sim, eu diria que sim. E não acho que ele vê como uma ameaça
real ao seu controle.
— Muito obrigado por isso.
Dakota riu alto, balançando a cabeça.
— Desculpe, desculpe, mas você sabe o que quero dizer, certo?
Ash sabia o que ele queria dizer, mas mesmo que ele fosse
praticamente o submisso nessa relação, ele sabia que havia maneiras de
passar através de um grande e mau alfa como Dakota.
Ele se moveu mais para baixo, e desta vez, Ash estava
cuidadosamente prestando uma atenção extra, então ouviu o engate na
respiração de Dakota quando pegou o pesado pênis do homem na mão.
Ele pulsava contra a palma da sua mão. O mais branco e perolado
pré-sêmen surgiu na fenda, e Ash, de repente sentiu-se tão vivo e no controle
que a única coisa que fazia sentido para ele naquele momento era colocar a
sua língua para fora e dar uma lambida.
O gemido e estremecimento que atravessou o corpo de Dakota eram
mais que eróticos. Ash sabia que Dakota nem sempre gostava de ir para baixo
sob ele. Ele disse que era algo da sua natureza alfa, algo que ele tinha que
fazer o animal dentro dele superar desde que o seu lado humano, de fato,
gostava.
Ash pensava que o alfa era um idiota. Pelo menos quando se
relacionava a isso. Como poderia qualquer animal - alfa, beta, ômega - não ver
que esta era uma das melhores maneiras de exercer controle? E, embora ele
gostasse da sua independência, Ash na verdade, era definitivamente, um
fundo, pensou.
Dakota sugou de volta uma respiração profunda quando Ash correu a
língua lambendo pênis de Dakota da raiz à ponta. Sentiu o tremor contra a sua
língua. Ele provou a gota de pré-sêmen quando lambeu a coroa.
Era a parte que Ash normalmente apenas tolerava no sexo, mas
quando se tratava de Dakota, ele adorou. Ele adorava aquele gosto e queria
mais dele.
Ash molhou os lábios e afundou-se em torno do comprimento do
pênis de Dakota. Ouviu o barulho do rosnando de aprovação, sentiu o arrepio
que passou pelo corpo de Dakota, ou seja, os quadris e as coxas, quando Ash
afundou tão profundo quanto poderia ir. Ele gostaria de ter uma garganta
profunda apenas para fazer isso muito melhor para ele, mas ele não tinha esse
tipo de talento, e precisava usar o punho para acariciar e provocar o que a sua
boca não podia alcançar.
— Oh, porra, yeah. Isso é bom, — Dakota disse, e agora os seus
dedos estavam correndo pelo cabelo de Ash.
Ele sentiu uma pitada das unhas do homem. Eram afiadas. As garras
de Dakota estavam saindo, mas Ash não estava preocupado. Ele realmente
não estava. Sabia que Dakota não iria machucá-lo, e Ash queria mais. Ash
queria sentir este homem poderoso se desfazendo porque ele era o único
fazendo-o se sentir dessa maneira.
Ash apertou suas bochechas, determinado a ver o seu plano
realizado. Ele passou a sua língua ao redor do eixo, sentiu a veia que ia ao
longo do pulso da vida.
O problema com o plano de Ash era que Dakota tinha muito mais
resistência do que Ash estava acostumado. Ele supôs que fazia sentido,
considerando que o cara era um lobisomem alfa. Lobisomem Luna, na
verdade, o que era suposto ser ainda mais forte.
Ash pegou os testículos de Dakota. Espalmou eles, rolou e
massageou-os, tendo o cuidado de ser gentil quando fez isso. A experiência
pessoal lhe tinha ensinado que mais não era sempre melhor quando estava
nesta parte do corpo.
Ele devia estar fazendo tudo certo, porque foi quando Dakota
começou a empurrar os quadris para frente, empurrando para cima e tentando
empurrar o seu pênis mais profundo na boca de Ash.
Ash segurou firmemente os quadris de Dakota. Ele não podia parar o
homem de mover-se de imediato, mas foi o suficiente para segurá-lo, para
provocá-lo. Isso era tudo o que Ash precisava para ter este trabalho feito.
Ele sorriu. Isso ia ser mais fácil do que pensava. O rosnado de Dakota
era prova suficiente, especialmente quando ele olhou para baixo e os seus
olhos estavam vermelhos.
— Você está realmente empurrando — ele rugiu.
Ash sorriu para ele.
— De um jeito bom, certo?
Dakota soltou um riso duro, então balançou a cabeça. Ele poderia ter
murmurado algo sobre Ash sendo uma praga, mas Ash estava mais
preocupado com o que ele estava fazendo e com os ruídos que Dakota estava
fazendo.
A tensão nas pernas do homem, a maneira que ele tentou se segurar
para não empurrar tudo na boca de Ash... Era tudo um sinal perfeito da sua
perda de controle.
Ash tirou o máximo proveito disso. Ele acariciou e lambeu, e então
trouxe a sua arma secreta. Ele cantarolou. Não uma música ou qualquer coisa
assim, mas um ruído longo e agradável que faria com que a boca vibrasse
apenas o suficiente em torno do pênis de Dakota para fazê-lo perder todo esse
controle alfa precioso que ele mantinha.
E funcionou.
As costas de Dakota arquearam quase completamente para fora da
cama. Ash quase foi jogado para fora com isso. Teve que puxar a sua boca de
volta, longe do pênis de Dakota, ou então arriscar que alguns dentes se
envolvessem na mistura.
Ash tinha certeza de que Dakota não faria isso.
O resultado foi que Ash foi atingido no rosto com gotas do sêmen de
Dakota. O jato do homem disparou como se ele estivesse segurando um
orgasmo durante semanas, em vez de estar apenas brincando na cama por
alguns minutos.
Quando Dakota desceu da agradável alta, piscando os olhos turvos,
como se tivesse acabado de acordar de um sonho, a primeira coisa que fez foi
olhar para Ash.
Então ele riu com o que viu. Devia ser engraçado, ver o seu
companheiro de olhos arregalados o encarrando com o branco no seu rosto.
Dakota com certeza riu com o que pensava ser a coisa mais divertida do
mundo inteiro.
Ash pegou um travesseiro e bateu-lhe no ombro com ele.
— Seja qual for — disse ele, enxugando o rosto. — Você tem sorte
de não pegar nos meus olhos.
Dakota riu mais alto e, em seguida, estendeu a mão para agarrá-lo.
Ash não tinha escolha, a não ser ir para o homem, e a ideia de Dakota de
vingança era tão boa que Ash ia ter de jogar mais travesseiros sempre que
eles estivessem assim na cama.
Capitulo Cinco
Capitulo Seis
Perseguir o outro alfa quando tinha a chave de casa na sua boca, era
muito mais difícil do que Dakota tinha pensado. Não podia colocar a sua língua
para fora e se refrescar sem cuspi-la, isso o obrigava a respirar inteiramente
através do nariz.
Também colocava o maldito alfa em vantagem quando se trata de
uma perseguição. Não conseguia ser mais rápido. O alfa podia não ser mais
rápido que ele, mas parecia estar ficando cada vez mais longe à frente de
Dakota. Ele não gostava disso. Este alfa estava indo para onde o seu
companheiro estava dormindo. A fúria e o pânico gerado pelo pensamento
dessa criatura fazer algo para ferir Ash enquanto estava indefeso, o atingiu.
Dakota cuspiu a chave e começou a correr de verdade. Bombeou as pernas
com mais força, se esforçando ao máximo, desesperado para chegar até o
outro lobo para impedi-lo.
Dakota praticamente voou na direção dele. A única coisa que o
intrigou foi quando o lobo derrapou até parar, permitindo a Dakota o capturar
facilmente.
Colidiram um com outro e rolaram por seis metros antes de fazerem
uma parada.
O alfa inclinou a cabeça, seus lábios estavam puxados para trás
expondo os dentes, enquanto soltava rosnados.
Dakota devolveu o gesto, mas em seguida, o alfa em vez de atacar
como teria previsto, se virou e correu de volta para as árvores.
Aquele filho da puta ainda estava atrás do companheiro de Dakota!
O perseguiu, seu corpo estava cansado, mas Dakota afastou o
cansaço, especialmente quando as árvores começaram a cheirar com o
caminho de casa e soube que estavam mais perto da casa do que gostaria.
Mas isso não era tudo. Havia um outro cheiro no ar. Um cheiro
familiar que Dakota tinha esperança de nunca mais sentir novamente. Tinha
quebrado a perna do homem, afinal. Isso deveria ter sido o suficiente como
advertência para o pequeno filho da puta ficar longe.
Harris. O ex namorado de Ash, o homem de quem Ash tinha fugindo
porque o grande merda tinha batido o rosto de Ash em uma parede. E que
agora estava nas proximidades.
Dakota tinha quebrado a perna do homem, porque Harris tinha dado
um tiro em Ash pelas costas. Levou tudo em Dakota para não matar o homem
imediatamente. Se soubesse que Harris tinha agarrado Ash pela nuca e batido
a sua cara contra uma parede, Dakota teria quebrado todos os dedos da suas
duas mãos também.
O que diabos estava fazendo aqui? E o que diabos esse lobo estava
fazendo junto deles?
Dakota estava bem atrás do alfa agora, e de repente entendeu
porque correram para a fonte do cheiro... era o cheiro de vários outros
homens. Este alfa não estava com Harris. Estavam caçando ele. Dakota
aparentemente foi convidado para o passeio.
O outro alfa olhou para trás, como que para se certificar de que
Dakota tinha compreendido.
Juntos, saltaram por entre os arbustos que cercavam o gramado da
frente da casa de Dakota.
Quando um tiro soou.
Ash se sentou na cama com o barulho. Uma bala o tinha acordado do
seu sonho, mas de alguma forma, sabia que era real. Esse barulho tinha sido
real, olhou para a janela, no escuro ouviu o som de latidos e uivos, grunhidos
e gritos de dor que também eram definitivamente reais.
Ash levantou da cama, lutando para chegar até a janela. Empurrou a
cortina de lado, mas mal podia ver algo. Porra! Dakota disse que a sua visão
iria melhorar e que seria capaz de ver no escuro, mas até agora, Ash mal via
sinais de que isso aconteceria.
Ash abriu o armário e pegou a calça, colocou e começou a correr
descendo a escada.
Precisava chegar até Dakota. Esse era o único pensamento dentro da
sua cabeça. Tinha que chegar até Dakota, tinha que ajudá-lo, se certificar que
ele estava seguro. Tinha que fazer o que pudesse para ajudar.
Ash quase tropeçou no seu caminho, enquanto descia a escada.
Porra! Precisava acordar já, pois, neste ritmo, não iria ser de muita ajuda para
ninguém.
Destrancou a porta da frente e quando o fez não houve nenhum
incidente, a abriu na hora para ver um grande lobo cinzento, que não era
Dakota, voar sobre um homem segurando uma arma, seus dentes pousaram
diretamente na garganta do homem.
Ash viu o homem ser derrubado, assistiu e ouviu o som de algo
molhado, era o ruído do sangue fluindo pelos dentes do lobo, enquanto a carne
estava sendo rasgada por aqueles mesmos dentes.
Não sabia o que era pior. O ruído ou a percepção de que havia outro
homem assistindo, a não mais do que nove metros de distância de onde Ash
estava, e era Harris.
Ambos pareceram olhar um para o outro, ao mesmo tempo, Harris
esqueceu tudo sobre o lobo que estava comendo o seu companheiro enquanto
corria até a porta.
Ash fechou a porta, trancando-a. Não apenas a bloqueou com a
trava. Colocou a corrente de segurança no lugar, correu para a cozinha e
segurou uma cadeira que poderia usar como proteção.
Quando voltou, empurrando o encosto da cadeira como apoio na
maçaneta da porta, e pode ouvir Harris batendo na porta. Deve ter levado um
tempo para correr com a perna machucada.
— Ash! Abra a porta! Eles vão me matar!
— Vá embora!
Se abrisse a porta, Harris provavelmente iria matá-lo. Ash não tinha
esquecido da surra que tinha começado a lhe dar da última vez que Harris
ficou bravo ou o fato de que o homem o tinha seguido por todo lugar, apenas
para atirar nas costas dele quando o encontrou.
Ash se lembrou dessas coisas várias vezes, enquanto Harris batia
com o punho na porta, implorando para que Ash o deixasse entrar, para salvar
a sua vida.
Ash não podia. E não faria isso. Se ele ajudasse Harris, Harris iria
feri-lo. E poderia estar armado no momento.
As batidas continuaram.
— Ash! Por favor! Bebê, abra a porta! Vão me matar!
Se Harris tivesse uma arma, o que poderia impedi-lo de usá-la em
Dakota? Quem era aquele outro lobo lá fora? Foda-se, Ash não sabia o que
fazer.
Um buraco pequeno, e redondo foi perfurado através da porta de
madeira grossa. Ash gritou e pulou para trás. Escorregou e caiu de bunda no
chão. Se afastou da porta e voltou para a cozinha.
Jesus Cristo! Harris estava atirando na porta!
O primeiro instinto de Ash foi gritar, mas Harris poderia atirar nele,
então não se atreveu a abrir a boca. Harris tinha provavelmente tentado
atingi-lo, e se Ash gritasse ou fosse até a janela onde Harris pudesse vê-lo,
então iria continuar atirando.
Mais gritos, mais tiros e balas. Alguns barulhos soavam como estalos.
Outros soavam como pequenas explosões. Harris parou de bater na porta. Os
seres humanos gritaram, mas já não soavam mais como gritos de guerra.
Parecia que estavam chamando todos para uma retirada.
Então tudo ficou quieto.
Ash ficou no chão, ouvindo. Tudo tinha acontecido tão rápido que não
sabia o que fazer a respeito, não sabia se deveria se mover, o que nesse caso
poderia chamar alguma atenção indesejada para ele.
Oh, Deus, Dakota estava lá fora. E se estivesse ferido? E se estivesse
morto?
Ash provou que era um terrível companheiro, ainda permanecendo
em silêncio, sem ter coragem de levantar e ir verificar o seu amante, para se
certificar de que estava bem.
Apenas ficou no chão. Não estava frio, então por que tinha certeza de
que começou a tremer.
— Ash? Ash!
Dakota.
Era a voz de Dakota.
Ash ouviu o som de pesadas pegadas humanas na varanda, antes de
ouvir o tilintar da maçaneta, logo depois um punho bateu contra a porta.
— Ash!
Ash ficou de pé assim que ouviu Dakota empurrar a porta com o
ombro. Mesmo com os bloqueios e a cadeira no caminho, parecia que a porta
estava curvando para o lado de dentro, quase quebrando sob a pressão.
— Estou aqui! Estou chegando!
Ash puxou a cadeira para fora do caminho. O batente estava
quebrado por causa da pressão que Dakota tinha colocado sobre ele, mas Ash
ainda foi capaz de abrir a porta mesmo assim.
Dakota estava nu, seus olhos estavam arregalados em uma espécie
de pânico animalesco que Ash nunca tinha visto antes. As mãos de Dakota se
estenderam. Agarrou Ash pelo ombro, o olhou de cima a baixo, e em seguida,
puxou-o até o seu peito para um abraço tão forte que quase cortou o
fornecimento de ar de Ash.
Dakota estremeceu, também.
— Graças a Deus. Graças a Deus.
Ash tentou olhar para trás de Dakota, para ver o que estava lá fora,
mas o peito de Dakota era muito grande, e Ash estava completamente perdido
nos seus braços.
Tinha certeza que não queria ver o homem que teve a garganta
mordida lá fora de qualquer maneira. Isso poderia ser demais, até mesmo para
ele.
— O que aconteceu? — Perguntou Ash. — Quem eram eles? Harris...
estava com eles.
Quase não podia nem dizer o nome do seu ex-namorado sem
sufocar. Ash tinha corrido para o andar de baixo com a intenção de ajudar, de
encontrar Dakota e... não tinha certeza do que teria feito, mas foi a visão de
Harris que o fez estalar. Bastava ver o homem que sentia o rosto doer,
fazendo Ash recordar da última vez que Harris o havia espancado.
Com isso tinha se transformado totalmente em uma galinha e fugido.
Se escondeu dentro de casa, deixando que Dakota lidasse com tudo sozinho.
Se sentiu muito mal por isso, mas agora que Dakota estava aqui e
Ash conseguiu segurar o seu companheiro, sabendo que estava seguro, podia
pelo menos, começar a relaxar.
— Vou te dizer em um minuto. Precisamos voltar para dentro. —
Disse Dakota.
Ash estava completamente a favor disso. Estava pronto para fazer
praticamente qualquer coisa que Dakota quisesse naquele momento, mas
quando Dakota se virou para fechar a porta, Ash viu outro homem de pé e nu.
— Calvin?
— Puta merda. — Dakota murmurou, como se não esperasse ver o
homem lá.
Nesse instante, Ash soube que o lobo que tinha visto era Calvin, mas
também por algum motivo, Dakota não soube disso.
— O que está acontecendo? O que... o que aconteceu com você?
Queimaduras cobriam a maior parte do lado direito do seu rosto e
corpo, como se tiras de pele tivessem sido descascadas, deixando para trás
uma pele mais vermelha, cheia de bolhas. As áreas da pele que não estavam
totalmente em ruína ainda estavam num tom de rosa escuro. Parecia como se
alguém o tivesse ferido terrivelmente.
Agora, Ash pode ver o cadáver que estava sangrando na grama. E o
chão rodou debaixo dele, ficou realmente tonto muito rápido.
Tanto sangue. Não era bom lidando com sangue.
— Dakota...
Dakota o pegou antes que pudesse desmaiar. Agora Ash se sentia
pior. Estava dando mais trabalho para Dakota, mas não conseguiu se conter.
Mal conseguiu dizer uma palavra quando Dakota o pegou em seus braços, e o
levou da mesma maneira que tinha feito mais cedo nesta noite depois do seu
casamento. Mas em vez de carregá-lo pelas escadas, fez Ash se deitar no sofá
na sala de estar.
Dakota segurou com as mãos frias as bochechas de Ash. Isso ajudou.
— Ash, querido, qual é o problema? Você está tonto? — Dakota
olhou por cima do ombro para Calvin, que tinha, aparentemente, vindo atrás
deles. — Feche a porta. Ele sentiu o cheiro de sangue.
Ash tinha dito a Dakota que não se sentia bem com sangue. Nem
sempre foi assim, mas era algo que desenvolveu ao longo do tempo. Como
qualquer outro menino crescendo, tinha esfolado os joelhos e ralado as mãos
muitas vezes quando estava brincando com seus amigos. Seu mal-estar
começou depois de Ash ter sido agredido por Harris, depois que teve o seu
rosto batido na parede áspera do seu apartamento e ter visto o seu próprio
sangue escorrendo pelo lugar onde o seu rosto tinha sido empurrado, a visão e
o cheiro do seu próprio sangue o atingiu. Inferno, foi por isso que tinha
desmaiado quando Harris havia atirado nele. Além da dor, é claro.
Ouviu o som da porta se fechando, mas o cheiro de sangue ainda
estava na casa.
Determinado a não fazer disso mais um problema para Dakota ter de
lidar, Ash focou em respirar pela boca. Não queria mais sentir o cheiro de
sangue no ar. Sugou uma respiração profunda após a outra. Fez isso como se
estivesse em uma aula de Lamaze1. Dentro e fora. Dentro e fora. Não era
grande coisa. Podia lidar com isso. Não ia vomitar, e não ia desmaiar.
Exceto que em seguida, começou a pensar sobre a maneira como
Calvin tinha mordido a garganta do homem, o calor subiu no seu rosto, seus
ouvidos começaram a zumbir, então foi demais.
1
O método de Lamaze foi desenvolvido pelo obstetra francês Fernand Lamaze como uma alternativa à intervenção
médica durante o parto. O objetivo do método de Lamaze é manter a mãe relaxada e focalizada na respiração.
Ash colocou as pernas para fora do sofá e correu.
— Ash!
Estava vagamente consciente de Dakota correndo atrás dele, mas
Ash não queria que o seu companheiro o visse enjoado. Fechou a porta do
banheiro atrás dele e trancou-a, em seguida se inclinou sobre o vaso sanitário,
e colocou tudo o que tinha dentro do estomago para fora.
Seu peito e estômago se contraíram, estava violentamente enjoado.
Sua garganta ardia, ficou feliz por Dakota não ter disposição para tentar
quebrar a porta do banheiro. Provavelmente podia ouvir Ash vomitando e
decidiu deixá-lo sozinho.
Ash esperava que esse fosse o caso. Claro, os sons que fazia no
banheiro eram tão ruins e altos, que Dakota podia estar tentando convencê-lo
a abrir a porta agora mesmo e ele não ouviria.
Ash se sentou no banheiro, se abraçando quando terminou. Teve que
se ajoelhar novamente na frente do vaso sanitário mais algumas vezes, mas
agora não havia mais nada para sair, seu estômago estava começando a
acalmar.
Lavou a boca na pia e escovou os dentes com uma escova de dente
nova que ainda estava na sua embalagem. O banheiro que ele e Dakota
costumavam usar ficava no andar de cima. Este era apenas um lavabo,
portanto, não tinha chuveiro, e era onde o papel higiênico extra, materiais de
limpeza e produtos de toalete estavam armazenados. Ash tirou vantagem
disso e fez com que a sua boca parecesse ter acabado de sair do consultório do
dentista, antes mesmo de pensar em sair de lá.
E não iria mais pensar sobre o sangue. Não ia sentir o cheiro, e
mesmo que sentisse iria passar mal novamente, Ash estava indo exercer um
pouco de autocontrole.
Foi cuidadoso quando saiu do banheiro. Podia ouvir as vozes de
Calvin e Dakota vindo da cozinha.
Ambos pareciam chateados.
— O que quer dizer, foi você quem disse a eles onde vivíamos? Você
está louco, porra? — Parecia que Dakota tinha acabado de jogar algo no lixo.
Ash caminhou ao longo da parede, olhando para o rosto e corpo cheio de
cicatrizes de Calvin mais uma vez.
Ash conseguiu evitar de ficar enjoado de novo, mas tendo que se
concentrar para se impedir de vomitar, não pode deixar de notar como Calvin
parecia diferente da primeira vez que Ash o tinha encontrado.
Não apenas por causa das cicatrizes, isso também. Mas ele parecia
maior, mais alto, talvez um pouco mais fraco. O beta feliz e despreocupado se
foi. Ash supostamente estaria irritado, também, se alguém o tivesse
queimado. Essa era a única coisa que fazia sentido. Dakota tinha encontrado
corpos queimados no celeiro e Calvin estava parado ali com quase metade do
seu corpo queimado. Alguém tinha feito isso com ele.
Dakota pegou uma embalagem de sacos de lixo de debaixo da pia,
seus olhos brilhavam.
— Bem? Porra, diga alguma coisa, idiota!
Calvin disse algo. Ou melhor, rugiu, seus olhos brilharam e ficaram
vermelhos, suas garras surgiram e pelo apareceu por todo o corpo, até mesmo
sobre as queimaduras, enquanto ele crescia ficando mais alto do que Dakota e
se transformava em um lobisomem Luna.
— Claro que disse a eles! — Rosnou, seu rosto e corpo mudando até
que as únicas coisas que saia da sua garganta eram grunhidos e ruídos de
gargarejo desumanos. Parecia que Calvin estava tentando falar com ele,
tentando gritar com ele e explicar por que tinha feito o que fez, mas não
conseguia falar.
Dakota apenas olhou para ele. Não parecia estar com medo, mas
seus olhos estavam arregalados o suficiente para que Ash pudesse ver o
branco ao redor. Dakota estava chocado.
Ash entendeu o porquê. Mesmo não tendo sido um lobisomem Luna
por tempo suficiente, mas sabia o suficiente para entender que uma versão
beta não deveria ser capaz de se transformar da forma que Calvin tinha se
transformado, aparentemente sem perceber ou sem nenhum esforço.
Isso significava que Calvin tinha se tornado um alfa. Ash não sabia
que betas poderiam se tornar alfas.
Ash não se considerava muito inteligente ou talentoso para ler entre
as linhas, mas seu cérebro funcionava rápido, tinha observando o que Calvin
era agora e como era antes, tanto nesta forma alfa Luna quanto humano.
Mesmo nesta forma, havia manchas sobre o seu pelo dos ombros até as costas
onde os pelos eram menores do que no restante, essas áreas da sua pele
deveriam estar irregulares e não tão perfeitas como deveriam estar debaixo do
seu casaco de pelo. O pelo escondeu suas queimaduras, mas as queimaduras
ainda estavam lá, mesmo sob esta forma. Provavelmente também o lobo se
formando em Ash sabia que ele as tinha.
Calvin tinha contado a esses homens, contado a Harris, onde
encontrar Ash porque havia sido torturado. Alguém ateou fogo nele da mesma
forma que tinham feito com as outras pessoas naquele celeiro. Mas ele deve
ter escapado.
Já não se sentindo tão enjoado, e sim determinado, Ash se colocou
entre os dois alfas. Os olhos de Dakota estavam mudando, seus punhos
estavam cerrados e honestamente parecia que estava prestes a mudar na sua
própria forma alfa Luna e começar uma briga ali mesmo na cozinha.
— Calvin, por favor, espere. Entendi. Isso não foi sua culpa.
— Ash! O que você está fazendo? — Dakota não esperou por uma
resposta, foi rápido em agarrar sua mão, puxando Ash pelo pulso para colocá-
lo atrás do seu corpo.
Ash não parou de falar, enquanto tentava olhar em volta do ombro de
Dakota.
— Você não quis contar. Entendi. Foi um acidente. Obrigaram você a
dizer. Não foi sua culpa.
Os horríveis rosnados baixos, que saíam do focinho de Calvin
pararam. Suas orelhas pontudas se contraíram em cima sobre a sua cabeça
enquanto escutava.
Dakota deve ter notado essa mudança, porque permitiu a Ash
continuar a falar. Deixou Ash ficar ao lado dele, mas manteve a mão firme no
seu pulso, impedindo que chegasse muito perto.
— Entendo. Não foi culpa sua. Fizeram algo com você. Aquelas
pessoas no celeiro, eram seus amigos, certo? Disse que sabia que outros
shifters estavam ao redor. Quem eram eles?
Um ruído doloroso escapou da garganta de Calvin. Suas garras
surgiram enquanto coçava o peito. Ash não estava certo do que queria dizer,
mas era quase como se Calvin estivesse tentando remover uma dor do seu
coração e Ash sofreu pelo homem.
O corpo de Calvin encolheu, seu pelo derreteu de volta para dentro
dos poros na sua pele. Pareceu levar mais tempo para que a transformação
ocorresse no lado queimado do seu corpo. Mesmo quando pareceu totalmente
humano outra vez, seus ombros tremeram e a sua respiração engatou, Ash
percebeu que o homem estava chorando. Lágrimas escorriam pelo seu rosto,
enquanto olhava para o chão em forma de mosaico, por se recusar ou por ser
incapaz de olhar para Dakota e Ash nos olhos.
— E... eles os mataram. Os queimaram vivos na minha frente. Disse
a eles tudo o que queriam ouvir e ainda assim fizeram isso.
O coração Ash bateu. Se sentiu mal novamente, mas não da mesma
forma que antes. Apenas estava enjoado por saber que alguém poderia fazer
algo tão retorcido como torturar e matar outra pessoa. Três outras pessoas.
Dakota hesitou e então deu um passo adiante. Parou ao lado de
Calvin, que ainda não olhou para cima. Estendeu a mão, se deteve, e depois a
colocou no ombro arruinado de Calvin.
— Sinto muito.
Calvin afastou a mão de Dakota para longe e um rosnado irritado
retornou a sua boca, se tornando ainda mais ameaçador pelo brilho nos seus
olhos e as lágrimas no seu rosto.
— Não me toque! Isto tudo é culpa sua!
Dakota piscou, perplexo.
— Minha?
— Sim! Sua, seu idiota! — Calvin gritou, suas sobrancelhas se
uniram para formar duas linhas franzidas na sua testa. Mostrou os dentes
quando rosnou, agora realmente não se parecia com o homem sorridente que
tinha se apresentado a Ash logo após ter sido transformado em um lobisomem
ômega.
— Se tivesse apenas sido o nosso alfa, estariam vivos! Eles não
teriam sido apanhados! Ficaram por você! Queriam que você fosse o alfa
deles!
Ash se aproximou de Dakota quando ele fez uma careta, mas não
exalou nenhum outro sinal de que se sentia pelo menos perto de ser
responsável.
Mas também não negou a responsabilidade. Ash não podia dizer se
isso era porque não deseja discutir com Calvin ou porque se sentia de alguma
forma um pouco responsável, isso deixou Ash se sentindo terrível por causa
dos dois homens.
— Calvin, se há caçadores na área, precisamos encontrá-los e matá-
los.
Calvin balançou a cabeça.
— Deveria ter deixado que eles o matassem. A única razão pela qual
eu não deixei foi por causa dele. — Calvin disse apontando com uma mão para
Ash.
Ash ficou tenso. Não tinha percebido que Calvin se importava o
suficiente com ele, se estava vivo ou morto, porque se preocuparia em salvar
um homem que não gostava.
— Calvin, obrigado por vir e nos ajudar. — Disse Ash, pensando que
devia ao homem pelo menos isso.
A expressão de Calvin não se alterou quando olhou para Ash, mas
rapidamente voltou sua atenção para Dakota.
— Te odeio. Você é a pior merda que existe. Pensei que fosse salvá-
los.
— Certo, mas não salvei. — Disse Dakota, soando cruel com sua
franqueza. — Você é claramente um alfa agora. Podemos cuidar dos caçadores
juntos. Eles vão voltar para cá. Nós temos que encontrá-los. Os policiais estão
na área. Nós podemos bolar um plano em conjunto e podemos limpar tudo
antes de começarem a investigar por aqui.
— Os policiais podem culpá-lo por tudo, pelo que me importa.
Adoraria ver você apodrecer na prisão por assassinato.
A respiração de Ash acelerou. Ele estava certo. A polícia acharia que
isso foi um assassinato. Autodefesa não podia ser exatamente usada em uma
situação como esta. Pensariam que Dakota tinha assassinado os homens lá
fora a sangue-frio. E poderiam até jogar a culpa sobre Dakota, daqueles
ômegas mortos.
E o pensamento de perdê-lo já o feria. Ash não podia lidar com isso.
Não queria estar em um mundo sem Dakota. Tinha acabado de encontrar o
homem. E tinham acabado de se casar.
Mas a vida que Ash queria e a vida que iria obter eram duas coisas
completamente diferentes, se não convencesse Calvin a ajudá-los.
Ash deu um passo à frente novamente.
— Calvin, queria convidá-lo para o nosso casamento.
A carranca de Calvin ficou confusa até um pouco irritada, quando
olhou para Ash.
— O que?
Ash assentiu. Não estava usando o anel que Dakota lhe tinha
comprado. Dakota tinha dito que era desconfortável quando mudava para lobo,
então estavam pensando em comprar correntes para usar ao redor do
pescoço, mas de qualquer forma, não o estava usando agora.
— Dakota e eu fomos ao cartório e arranjamos os papéis, nos
casamos hoje. Ou ontem, acho. — Disse, olhando para o relógio do micro-
ondas. — Nós queríamos que fosse nossa testemunha. Dakota estava
preocupado com você. Você era o único que não estava lá, porque tinha ido
encontrar seus amigos no celeiro. Sinto muito que isso tenha acontecido com
você. — Disse cada palavra, olhando para a nudez e para pele queimada de
Calvin, desejando com tudo dentro dele que pudesse levar a sua dor embora.
— Mas não quero perder Dakota. Preciso dele. Por favor, só... você veio para
me salvar, não sei por que, mas por favor, preciso da sua ajuda novamente.
Não quero que a polícia pense que Dakota é um serial killer. Sei que ele vai te
ajudar a pegar os homens que feriram seus amigos.
Ash olhou para Dakota para confirmar isso, embora já tivesse quase
certeza de que Dakota ajudaria Calvin a obter sua vingança.
Dakota assentiu.
— Ash está certo. Juntos nós podemos caçá-los. Você e eu. Eles vão
pagar pelo que fizeram aos seus amigos. Vou lhe prometer isso.
Calvin balançou a cabeça.
— Isso não importa mais. Eles se foram.
— Mas os caçadores vão voltar e matar Ash se você não me ajudar.
— Dakota pressionou. — Você queria que Ash ajudasse você a me convencer a
ser um alfa. Isso também já não importa mais.
Calvin rosnou baixo pela escolha das palavras de Dakota.
Dakota continuou, antes que Ash pudesse interromper.
— Ash não é apenas um ômega, mas um novo ômega. Não sabe
nada sobre este mundo, porque não tive a oportunidade de lhe ensinar ainda.
Viram buscá-lo e vão fazer com ele o que fizeram com seus amigos. Sei que
você não o conhece muito bem, mas sei como um fato que não quer que isso
aconteça. Você é um bom rapaz. Só queria ajudar alguns ômegas a
encontrarem um lugar no mundo, queria protegê-los, mesmo que não fosse o
seu alfa. O que acha que vão fazer se conseguirem pegar Ash?
Dakota soou convincente no seu discurso e Ash queria que ele tivesse
suavizado um pouco. Ash estava começando a ficar assustado pela maneira
que Dakota tinha convencido Calvin que ele seria o próximo a ser queimado,
assim como aquelas pobres pessoas naquele celeiro.
— Sabe tão bem quanto eu que eles não estariam dando a mão de
Ash para o ser humano idiota que você me ajudou a destruir. Iriam matar Ash
e o estúpido bastardo assim que descobrirem que ele é lobisomem Luna
ômega.
Ash começou a tremer. E começou a ter a sensação de estar
começando a passar mal de novo, mas não no sentido de vomitar. Mais no
sentido de ficar escondido debaixo da cama pelo resto da sua vida se não
saísse dessa.
Calvin olhou fixamente para Ash. Talvez tivesse sido convencido pelas
palavras de Dakota ou talvez só viu o quão aterrorizado e patético Ash parecia
naquele momento, mas balançou a cabeça concordando.
— Tudo bem, mas não estou fazendo isso por você.
A maneira que Dakota suspirou foi o suficiente para Ash saber que
não se importava por qual motivo Calvin estava fazendo isso, enquanto
estivesse ajudando.
Capitulo Sete
Capitulo Oito
Ash podia sentir isso. Sentiu o lado áspero de Dakota, o lado animal,
saindo para jogar e aquele pedaço de Ash, que também havia se tornado
selvagem desde que o seu companheiro tinha lhe mordido e transformou-o em
um lobo estava respondendo àquele selvagem chamado animalesco.
Para acasalar. Para o cio, foda, tudo o que ele queria. E Ash
precisava. Mesmo que já tivesse tido um orgasmo, seu pau ainda estava duro,
bolas pesadas, e cada polegada da sua pele estava apertada. A única coisa que
ajudou a dor era a maneira que Dakota tocou-o, a maneira como olhou para
Ash com aqueles olhos vermelhos.
Ash não tinha medo. Gostava daqueles olhos. Queria ver mais.
Precisava de mais. Queria ambos, o lobo e o homem. Se não conseguisse,
sentia, sinceramente, que iria implodir.
Dakota pressionou os seus dedos no esperma que tinha derramado
sobre o estômago de Ash. Ash sabia o que Dakota ia fazer com ele e
estremeceu enquanto observava os grandes dedos do homem irem para baixo
entre as pernas e de volta para onde ele não podia ver, mas apenas podia
sentir.
Ash gemeu quando as pontas sem corte desses dedos tocaram o seu
ânus. Dakota sempre foi cuidadoso com esta parte. Ele nunca deixou as suas
garras para fora. Graças a Deus, ou então Ash poderia ter uma opinião
totalmente diferente sobre ter sexo com um lobo.
Não. Tão áspero como Dakota poderia ser, mesmo quando empurrou
dois dedos dentro de Ash ao mesmo tempo, ainda era bom. Dakota foi incrível
observando a maneira como Ash reagiu. Talvez fosse o lado shifter dele que o
fez tão talentoso observando a linguagem corporal de alguém, verificando
como Ash estava reagindo a cada toque.
E foi tudo que Ash jamais poderia ter esperado. Amava este
sentimento. Precisava muito mais dele. Dakota, apesar de ser rápido, apesar
da maneira como ele colocou os dedos dentro do corpo de Ash, ainda estava
sendo muito malditamente suave para o seu gosto.
― Mais. Mais duro. ― Disse Ash, e Deus, podia ouvir o lobo na sua
voz, na maneira como suas palavras saíram rosnadas e desesperadas. Ia
perder a maldita cabeça. Poderia até mesmo mudar no meio do sexo. Isso não
seria uma surpresa desagradável para Dakota?
― Dakota, mais. ― Ash disse novamente, enganchando o tornozelo
em torno da coxa de Dakota, arqueando os seus quadris mais perto,
empurrando a sua bunda para esses dedos para que fossem empurrados mais
fundo.
E Ash gemeu quando sentiu as pontas sem corte desses dedos
tocarem o seu ponto doce.
― Eu preciso. ― Gemeu. Era a única coisa que poderia dizer agora
que estava perdendo o controle. Precisava disso. Precisava sentir o seu
companheiro em cima dele, para saber que Dakota era real e seguro e que
estava aqui com ele. O lado lobo dele precisava tanto quanto a metade
humana.
Dakota rosnou, um ronco baixo. Ele deve ter dito algo, talvez um
aviso, mas Ash estava muito longe. Seu corpo estava muito quente. Não podia
pensar claramente, e precisava que Dakota parasse de falar e começasse a
fode-lo.
A mão de Ash se moveu para o seu pênis. Seus dedos enrolados em
torno do eixo, e acariciou o seu pênis dolorido da raiz às pontas, pressionando
o polegar na parte inferior da cabeça antes de voltar para baixo e segurar a
base. Queria gozar novamente. Sentiu que poderia se uma brisa soprasse por
uma janela aberta para acariciar o seu pênis, mas ele não quis. Já tinha
gozado uma vez. Agora queria arrastar isso um pouco mais longe. Queria fazer
isso se sentir bem durante o tempo que pudesse.
Ash era ganancioso. Queria mais. Mais da queimadura, mais da
sensação de gozar que veio antes de um orgasmo. Na sua opinião, era a
melhor parte.
Os olhos escuros de Dakota encontraram os seus. Ash nem sempre
pode manter esse contato com os olhos, não com a maneira como seus olhos
constantemente pareciam se fechar, mas ainda era bom. Ainda era uma das
melhores coisas de sempre para desfrutar enquanto ele e o seu companheiro
se encaravam.
Era romântico, olharem-se nos olhos enquanto fazia sexo com o seu
marido. Eles devem fazer isso mais vezes.
Dakota tirou os dedos do ânus de Ash, estendeu a mão e passou os
dedos pela mancha de sêmen ainda no seu estômago e peito. Não havia muito
dele e estava começando a secar, mas Ash sabia para que Dakota estava
tentando usá-lo e não estava disposto a deixar Dakota sair para obter algo do
banheiro. Precisava do homem agora. Não mais tarde. Agora mesmo.
Dakota usou o sêmen e cuspiu na sua mão. Isso deveria ter sido
grosseiro, mas não foi. Isso foi o que estar com tesão fez com o cérebro de
Ash.
Ash suspirou, grato e tremendo quando sentiu a cabeça redonda do
pênis de Dakota pressionar contra a sua entrada esticada. Suspirou de prazer,
espalhando as pernas mais amplas antes de Dakota pegar Ash pelos tornozelos
e os colocar sobre seus ombros.
E então Ash foi capaz de relaxar um pouco mais. Tornou-se mais fácil
quando sentiu o impulso Dakota dentro dele.
Queimou e doeu. O que Dakota tinha usado para deixá-lo liso não foi
suficiente, não realmente. Ash vaiou, mas ele poderia suportar.
Ele queria.
Dakota não perguntou se ele queria parar. Não perguntou se era
demais ou insuficiente. Foi assim que Ash soube que era principalmente o lobo
que estava no controle. Só parecia saber. Sempre sabia.
Demorou um pouco mais para o corpo de Ash se ajustar, mas quando
se ajustou, quando o seu corpo se abriu e aceitou Dakota dentro dele, foi
muito mais fácil. Suspirou, sentindo Dakota afundar até o punho,
embainhando-se dentro do seu corpo.
Isto estava certo. Foi perfeito. Era exatamente onde Dakota
pertencia.
Ash estendeu a mão para ele, precisando tocá-lo enquanto Dakota
começou a se mover. Dakota praticamente o dobrou ao meio quando ele
abaixou, beijando-o, sua boca, sua garganta. Os lábios de Dakota eram
suaves, mas o seu rosto e mandíbula estavam ásperos. Ele precisava fazer a
barba, mas Ash gostava dessa sensação espinhosa. Isso o fez gemer enquanto
Dakota se inclinou para o lado, beijando e sugando o seu pescoço.
― Assim, oh, Deus, isso é bom. ― Gemeu. Balbuciou tantas coisas.
Dakota certa vez o chamou de falador quando eles estavam na cama. Não
conseguia calar-se, por isso, tudo o que saiu da sua boca quando ele estava
tendo um orgasmo era basicamente coisas que ele repetiu a partir dos pornôs
que assistiu.
Nem tudo, é claro. Ele não queria parecer um esquisitão ou qualquer
coisa.
Dakota era o único que era um pouco mais do tipo calado. Ele era
bom nisso. Era sexy, não importa o que fez.
O prazer foi tão grande que demorou alguns minutos antes de
perceber que a estrutura da cama estava batendo contra a parede do motel
barato. Realmente esperava que não houvesse vizinhos ouvindo, mas então se
perdeu mais uma vez no prazer e descobriu que não conseguia ficar
preocupado com qualquer um ouvindo.
O calor no seu corpo era intenso, e cada impulso para a frente, cada
vez que a cabeça do pênis de Dakota tocou a sua próstata, aumentou o calor
ao ponto de onde começou a sentir que não aguentava mais.
De alguma forma, continuou a controlá-lo. Continuou a lidar com o
calor que crescia dentro dele e estava constantemente desesperado por mais.
Mas o prazer que inchava logo atrás do seu estômago, o calor do seu
corpo que descia as pernas e fez os seus dedos enrolarem, foi demais para o
seu corpo conter. Dakota disse muitas vezes que Ash era um pouco mais forte
do que o ser humano médio agora, com suas novas habilidades de lobo. Ash
não pensava assim. Caso contrário, teria sido forte o suficiente para conter o
orgasmo intenso que o inundava, que o fez jogar a cabeça para trás e abrir a
boca em um gemido áspero. Viu branco. Realmente viu. O prazer irrompeu
dele. Seu pau jorrou sêmen sobre ele e Dakota, uma vez que o homem ainda
estava debruçado sobre ele tão perto, empurrando duro e áspero contra ele.
Cada batida para dentro do seu corpo, cada vez que Dakota
estendeu-lhe, apenas prolongou o prazer do seu orgasmo. Assim enquanto
sentiu-se saindo desta incrível alta, sentiu o estrondo áspero no peito de
Dakota. A forma como o homem de repente gemeu, seus quadris bombeando
mais rápido até que a sua pele estava batendo uma contra a outra e fazendo
barulhos obscenos no ar.
O seu corpo sensível arrancou mais prazer a partir disto, bem como
algum desconforto. Estava sensível depois do seu recente orgasmo, o que
significava que as suas novas habilidades de lobo não o permitiriam ter outro.
Estava acabado para a noite, ao que parecia, mas queria que Dakota gozasse
dentro dele e o marcasse com o seu cheiro. Isso era como Dakota disse que
funcionava, de modo que era como Ash queria.
Ash deslizou suas mãos para cima e para baixo no comprimento
perfeito do peito de Dakota. Beliscou os mamilos marrons escuros, ouvi-o
gemer e teve prazer no fato de que era ele quem fazia Dakota sentir-se tão
bem.
Ash sentiu o modo como Dakota paralisou, a forma como o seu pau
pulsava e jorrou dentro dele quando finalmente chegou ao seu prazer. Ash
gemeu, beijando Dakota enquanto o homem ordenhava-se dentro do seu
corpo.
E Ash estava satisfeito com isso. Sentiu o calor florescendo dentro
dele. Foi bom. Dakota estava bem e eles estavam bem. Pelo menos, era o que
ele pensou.
Quando Dakota soltou uma baforada de ar, como se estivesse
segurando por horas e rolou de cima dele, percebeu que algo estava errado.
― Foda-me. ― Dakota disse, soando genuinamente irritado
enquanto sacudiu a cabeça. ― Não utilizei um preservativo de novo.
― O quê? Oh. ― Disse Ash, entendimento clareando.
Como um lobo alfa Luna, ele poderia obter o seu companheiro
grávido, homem ou mulher. Ash não estava inteiramente certo se ser um lobo
ômega Luna era uma exigência, mas isso não importava. Dakota estava
determinado a nunca colocar um bebê dentro do seu corpo.
Ainda assim, o lado dele que era leal a absolutamente tudo que
Dakota fez o levou a vir em defesa do homem, mesmo que isso significasse
defendê-lo de si mesmo.
― Eu tenho certeza que vai dar tudo certo. Foi só dessa vez, certo?
Dakota olhou para ele, e mesmo que Ash soubesse que aquele olhar
escuro não era para ele, ele ainda parecia distante dele.
Dakota amaldiçoou e se sentou.
― Eu sinto muito. Não estou bravo com você. Cristo. Eu nunca
poderia ficar com raiva de você. Você deve estar com raiva de mim e eu estou
todo irritado.
― Por quê? ― Perguntou Ash. ― Quero dizer, talvez uma pílula do
dia seguinte vá funcionar em mim, se você está realmente preocupado com
isso.
Dakota sacudiu a cabeça.
― Não é assim que funciona. Você não tem ovários ou útero ainda, e
não até... Eu nem sei quando isso acontece, mas na maioria das vezes, não há
nada dentro de você para que a pílula do dia seguinte funcione. Eu nem sequer
sei como a coisa toda da gravidez masculina funciona, quando tudo em você
irá se formar. O fato de que eu posso te foder na bunda e você poderia
engravidar em tudo é fodido.
Ash estremeceu com a forma crua que Dakota havia acabado de
descrever a sua vida amorosa. Olhou para a parede, observou o amassado no
gesso, onde a estrutura da cama tinha o esmagado e depois desviou o olhar.
Certo, não fizeram amor. Isso tinha sido uma reivindicação e agora
Dakota estava chateado.
Dakota pegou Ash pelo queixo com a mão grande, forçando o seu
companheiro de olhá-lo nos olhos.
― Eu prometo que não estou bravo com você. Eu estou com raiva de
mim mesmo.
Ash sacudiu a cabeça.
― Você não fez nada de errado.
Os lábios de Dakota se estreitaram e ele realmente parecia com um
homem que estava zangado com o mundo ao seu redor.
― Eu fiz, no entanto. Eu não... eu não o protegi.
Ash piscou.
― O que?
Dakota olhou para ele, aquele olhar irritado ainda no seu rosto antes
de se virar.
― Eu queria dar-lhe algo normal e seguro. Isso foi tão estúpido da
minha parte. Caçadores já estão na área, e agora sabem onde vivemos. Seu
idiota ex-namorado deve parecer uma moleza comparado a isto.
As sobrancelhas de Ash subiram, provavelmente, desaparecendo no
seu couro cabeludo. Nunca tinha ouvido Dakota dizer nada estúpido antes,
mas agora que ele ouviu isso, ele realmente ganhou o prêmio.
― Você seriamente acha que seria mais seguro com um homem que
atirou em mim por deixá-lo?
Dakota esfregou o rosto com a mão.
― Não, não é isso que eu quis dizer.
― E como ele tentou me estuprar antes que conseguisse tirá-lo de
cima de mim e fugir. Você acha que é mais seguro?
Dakota olhou para ele, seus olhos brilhando com uma raiva que
nunca tinha visto antes. Estava quase com medo de ter aquele olhar dirigido a
ele, mas sabia que não era para ele. Era para Harris.
Ash assentiu.
― Certo. Eu não exatamente entrei em detalhes sobre isso ainda,
entrei? Mas você sabia disso. Inferno, é por isso que você veio me salvar. Você
disse que me viu empurrando-o e correndo dele. Você tinha que ver o que ele
estava fazendo antes disso, então corte fora esta treta de auto piedade sobre
eu de alguma forma não estar seguro com você ou melhor na minha vida
antiga. Minha antiga vida era uma merda. Eu, basicamente, afastei todos os
meus amigos ao ponto de onde eles achavam que eu era um idiota total.
Estava correndo de um cara que quebrou o meu rosto em uma parede de
tijolos, e que atirou em mim quando me encontrou e isto foi apenas depois de
ter vivido no meu carro por vários dias.
O calor nos olhos de Dakota suavizou, mas precisava ter certeza de
que estava fazendo o seu ponto. Não queria que Dakota alguma vez sentisse
que não era bom o suficiente.
Ash pôs as mãos nas bochechas de Dakota e manteve-as lá. O rosto
do homem estava quente e era bom ser capaz de tocá-lo assim. Sempre se
sentiu bem ao tocá-lo, mas isso era um pouco diferente, de alguma forma.
Talvez seja por causa da conversa íntima.
― Você é um alfa. Não é uma coisa boa que você esteja agindo como
um idiota gigante agora. ― Disse e estava satisfeito quando Dakota bufou uma
meia risada com o insulto. ― Eu te amo. Vou ficar com você. Estou com medo?
Isso aí. Eu não quero que alguém venha atrás de mim e me queime como
fizeram com esses pobres caras nesse celeiro. Isso é fodidamente terrível.
― Eu nunca deixaria que isso acontecesse com você. ― Dakota
disse, sua voz gutural, os olhos brilhando, e Ash podia ver que era tanto uma
promessa do lado humano de Dakota como a partir do alfa que se escondia
dentro dele. Aquele lobo Luna perigoso, que veio correndo quando Ash foi
baleado nas costas por Harris, estava bem ali, logo abaixo da superfície, e Ash
podia ver que queria protegê-lo tanto agora como naquela época.
Ash foi consolado por isto e encorajado a continuar falando.
― Eu não me casei com você por causa do acasalamento. Eu me
casei com você porque eu te amo. ― Disse, brincando com o anel no seu dedo.
Os olhos de Dakota foram para baixo para o anel e, em seguida,
voltaram-se para o rosto de Ash.
― Vou dar-lhe melhor do que isso. ― Prometeu. ― Rápido suficiente,
quando estes caçadores forem embora, e eu vou ser capaz de dar-lhe a vida
que você merece.
Ash sacudiu a cabeça.
― Essa não é a questão. Sei que você é o alfa nesta relação, mas
não sou uma criança. Você não pode cuidar cem por cento de tudo. Preciso
cuidar de você um pouco, também. Mesmo que seja apenas para dizer o quão
idiota você é por pensar que pode me proteger de cada pequena coisa no
mundo.
― Caçadores não são pouca coisa. ― Disse Dakota.
Ash empurrou-se mais próximo do homem, até que estava
praticamente sentado no seu colo.
― Você está certo, mas confio em você. Confio em você, confio na
polícia e acho que tudo vai ficar melhor. Você me ensina a ter controle, como
ser cuidadoso, e talvez agora você deva me ajudar com um pouco de
autodefesa – que seria útil – mas sei que você tenta. Você vai me manter a
salvo.
Dakota olhou para Ash. Não havia nenhum indício de felicidade ou
aceitação nos seus olhos. Ele olhou para Ash como se Ash fosse o único que
não entendeu. Talvez ele não entendesse. Talvez fosse incrivelmente estúpido
em colocar tanta fé em um homem que sabia que nem todas as promessas
poderiam ser mantidas. Dakota sabia o que era perder um companheiro e
sabia que isso acontecer novamente era uma possibilidade.
Ash estava pondo pressão sobre o seu companheiro, mesmo quando
estava tentando tirá-la dos ombros de Dakota?
Dakota não discutiu com ele. Apenas estendeu a mão para Ash,
enrolando um braço em volta dos ombros, trazendo perto e pressionando um
beijo suave na sua testa.
Foi a forma que o seu peito retumbou e quão profundo a sua voz
tornou-se quando falou que fez Ash perceber que tinha conseguido por uma
coisa na cabeça de Dakota.
Que, apesar do perigo, ele não iria sair.
― Se alguém tentar te machucar, vou matá-los.
Ash tremeu, mas não estava com medo e não culpava Dakota por
fazer a ameaça, qualquer uma. Enrolou os braços em volta de Dakota,
abraçando o homem com firmeza.
― Eu sei.
Capitulo Nove
Capitulo Dez
Ash soube, naquele instante, que estes eram alguns dos homens que
Dakota e Calvin estavam caçando. Podia afirmar por causa das suas reações
aos homens, mesmo que não estivessem fazendo nada, só sentados no bar,
falando com um rapaz com uma câmara. Ash reconheceu-o. Era um dos jovens
que tinham tirando fotografias da cena do crime.
Os homens próximos a ele pareciam estar numa conversa sobre algo
importante. Só pararam quando Carter andou até eles para anotar o seu
pedido para o café.
Inferno, não era como se algum dos homens tivesse alguma arma
com eles. Nenhuma que Ash podia ver, de qualquer forma, mas eles poderiam
ter licenças para escondê-las.
Quando um dos homens em uniformes camuflados colocou o braço
em torno do ombro do rapaz, Calvin rosnou. Ninguém mais parecia ouvi-lo,
embora fosse aparentemente alto o suficiente para Dakota chutar a perna do
homem sob a mesa.
Calvin olhou para ele, e Dakota retribui o olhar.
Alguns caminhões pararam, e mais alguns clientes entraram, alguns
homens, algumas mulheres e alguns com o mesmo equipamento de caça.
Ash sabia o que ia acontecer antes mesmo de Carter levantar a mão
e chamar Ash. A sua pausa não tinha acabado, mas eram muitas pessoas para
Carter atender sozinho.
— Onde está indo? — Perguntou Dakota sob a sua respiração,
segurando-o pelo pulso.
— Eu tenho que voltar ao trabalho — sussurrou de volta.
— Ash! Pode atender aquela mesa ali? — Carter perguntou. Com
tantos clientes, tinha que voltar para a cozinha, então Ash teria que anotar os
pedidos e trazer às pessoas o seu café.
— Não sirva os caçadores, — Dakota avisou, deixando-o ir.
Se Dakota tivesse mantido Ash na mesa, pareceria estranho. Ash não
achava que tinha uma escolha, exceto servi-los. Inferno, algumas das pessoas
que não usavam o equipamento de caça ainda podiam ser caçadores. Ash não
podia afirmar nada ainda.
Havia alguns que ele imaginava serem inteiramente seguros. Os que
cheiravam a cigarros e a aqueles pequenos pacotes de Febreze para
caminhões. Eles pareciam seguros o suficiente. Ash atendeu-os primeiro,
dizendo a todos os outros que ele estaria lá num minuto.
Surpreendentemente, apesar de Ash pensar que estaria tremendo
nos seus calções, sabendo que assassinos estavam apenas a alguns metros
dele, estava fazendo muito bem. Ele pensava assim, de qualquer modo. Estava
bastante ocupado com a corrida antes do jantar para ser capaz de fazer mais
alguma coisa do que se concentrar em pegar pedidos, entregar os pedidos, e
recarregar café.
Isso era provavelmente o que o fazia parecer bastante normal,
discreto, para os caçadores quando ele não podia mais evitá-los.
E eles estavam chateados.
— Tomou-lhe bastante tempo para chegar até nós — disse um rude
homem mais velho.
— Desculpe, muita gente veio ao mesmo tempo —, disse Ash,
sabendo que estava sendo vigiado por Dakota. Podia sentir os olhos do homem
queimando na parte traseira do seu crânio, e ele realmente esperava que o
alfa não estivesse prestes a entrar aqui e fazer algo que se arrependesse.
— Viemos antes das outras mesas.
— Peço desculpa por isso, — Ash disse rapidamente, movendo-se
antes do cara poder começar uma briga. — O que posso fazer por você?
Sabendo que finalmente teve a sua atenção e podia pedir a sua
comida, eles esqueceram sobre o suposto insulto e fizeram os seus pedidos,
deram recomendações, anunciando alergias aos lácteos, esse tipo de coisa.
Era tudo tão normal que Ash pensou por um momento que Dakota e
Calvino estavam errados. Estes caras não poderiam fazer parte do grupo que
tinha ferido Calvin e que tinha tentado atacar Ash e Dakota na sua casa.
Trouxe os pedidos até Calvin e depois fazer outro pote de café.
— Então, disse que viu alguns lobos nas suas fotos?
Ash parou, em seguida, acalmou-se e derramou o café em pó na
máquina, ligando-a e fazendo o resto dos seus cafés.
Talvez fosse uma coisa boa que tinha guardado estes caras para o
fim. Se pudesse fazer um pouco de espionagem, só podia ser uma coisa boa
para Dakota e Calvin, certo?
Ash realmente esperava que ele não fosse se arrepender. Deixou a
área do bar, sempre que necessário, a fim de atender os pedidos de todos,
levar garfos, mais suco, café, esse tipo de coisa, mas sempre que havia a
chance de voltar para o bar, ele voltava.
Não era como se não tivesse muitas desculpas, de qualquer maneira.
O frigorífico e cafeteira estavam lá, então esperava que não parecesse suspeito
para qualquer um dos caçadores.
O fotógrafo parecia nervoso, como se não quisesse estar lá.
— Eu não sei. Ninguém mais deveria ver essas fotos — disse ele.
Ash não sabia as regras para fotógrafos que tiravam fotos de cenas
de crimes, mas fazia sentido esse cara não gostar de mostrá-las a uma pessoa
aleatória.
— Nós não estamos procurando problema. Nós só queremos ver os
lobos. Eles são assassinos de homens. Viu um na casa, certo?
— Sim? —, Disse o rapaz, ainda parecendo duvidoso.
Estes caras não pareceram saber que o garçon era o único que
estava morando na casa que tinham tentado atacar. Ou talvez Harris não
tivesse sido descritivo o suficiente. De qualquer maneira, Ash estava de
repente insano com medo de que talvez Harris tivesse tirado o seu telefone
para mostrar a estes caras uma imagem de Ash, e que eles estavam
simplesmente demasiado focados no fotógrafo, e nos seus alimentos, para
perceber que um dos caras que queriam estava bem na frente deles.
Certo. Ele não era tão bom nessa coisa de espionagem, e ele se viu
olhando para baixo um monte quando passou pelos caçadores, entregando-
lhes os seus pratos enquanto Carter colocava-os na janela e batia na
campainha.
— Posso ter um pouco de sal e pimenta aqui? — Um dos caçadores
estalou.
— Claro.
Ash entregou-lhes o que pediram, em seguida, pegou um pano, virou
as costas para eles, e começou a limpar as manchas de café. Ele esfregou o
balcão como se não fosse limpo em anos. Todo o tempo, ouviu da melhor
forma que pôde o que os homens atrás dele estavam dizendo.
— Nós só queremos saber sobre os lobos. Nós sabemos que deve ter
visto algo por causa de todas as fotos que tirou.
— Eu não deveria ter dito nada para você em tudo — disse ele,
soando pequeno e impotente. Ash sentiu pena dele.
Parecia quase como se estes homens aqui o tinham visto tirando
fotos em algum lugar ou o pegou olhando através da sua câmara e juntou as
peças. Ash pensou quantas perguntas tinham feito, quantos deles tinham
cercado o rapaz, antes que ele soltasse algo por acidente.
— Olha, rapaz, mais pessoas vão se machucar. Nós apenas
precisamos ver as fotos que tirou. Descobrir se eles são realmente cães ou
lobos.
— Eu não lhe vou mostrar o que está na câmara. São lobos. Tenho
certeza disso.
— Mas onde é que você os viu?
— Eu não estou dizendo a qualquer um. Quero manter o meu
trabalho.
Pelo menos parecia determinado quando disse isso. Ash poderia estar
feliz com isso, mas também soou como se os caçadores estivessem começando
a perder a paciência. Ash não queria que o rapaz se machucasse, porque estes
caras eram perigosos, mas não havia nada que pudesse fazer por ele,
também.
Com um nítido ruído de uma das mesas raspando pelo chão, Ash
olhou a tempo de ver Dakota se levantar. Calvin já estava de pé, olhando para
baixo na mesa, enquanto Dakota zombava dele. Dakota jogou dinheiro
suficiente na mesa para cobrir o seu almoço, agarrou Calvin pelo braço e
puxou-o para fora do restaurante.
Ash os assistiu ir. Dakota não fez mais do que olhar para ele. Porque
não queria chamar a atenção para ele? Talvez, porque parecia que os
caçadores estavam vigiando Dakota e Calvin.
Principalmente Calvin. Eles aparentemente não o tinham visto quando
entraram, mas agora que estava no seu caminho para fora, suas cicatrizes
tornaram-se muito mais perceptíveis.
Certo. Estes homens tinham sido os únicos a dar-lhe as cicatrizes.
Teriam sido os únicos a matar os seus amigos e queimá-lo.
Um dos caçadores bateu no fotógrafo na parte de trás.
— Nós estaremos de volta —, disse ele, e todo homem vestindo um
uniforme de caça, de repente colocou algumas notas no balcão e rapidamente
saíram da lanchonete.
Ash recolheu o dinheiro, mas manteve os olhos no fotógrafo.
— Ei, você está bem? —, Ele perguntou.
O rapaz balançou a cabeça.
— Porra, eu não sei. Estes caras são estranhos.
Assim como Ash tinha pensado. Ele não tinha estado nessa situação
por opção.
— Quer que eu chame um táxi?
O cara olhou para cima, e franziu a testa para Ash. Ou ele o
reconheceu ou só pensava que Ash era familiar. Será que um fotógrafo via
tantas pessoas que teria problemas para manter o controle de todos os rostos
que viu?
Fosse o que fosse, o cara finalmente percebeu onde tinha visto Ash
antes. Seus olhos se arregalaram, e olhou para trás na direção da porta, onde
os caçadores tinham seguido Dakota e Calvin.
— O que... o que diabos está acontecendo aqui? Você é aquele cara.
— Eu só trabalho aqui —, disse Ash.
O homem fechou os olhos e passou os dedos pelo cabelo loiro,
segurando os fios. Sim, estava claramente estressado.
— Juro por Deus, eu não estava prestes a mostrar-lhes todas as
fotos da sua casa ou qualquer coisa.
— Acredito em você —, disse Ash, tentando ser agradável, apesar de
agora querer saber o que estava acontecendo com o seu companheiro do lado
de fora. Estavam lutando? Os caçadores estavam tentando matá-los?
E o que Dakota e Calvin iam fazer para detê-los?
A pior parte era que não podia ir lá e ver por si mesmo o que estava
acontecendo. Teve que forçar-se a ficar aqui, onde era necessário, e cuidar dos
clientes.
— Você acredita em mim?
Ash deu de ombros, fingindo que estava tudo bem enquanto pirava
interiormente.
— Claro. Posso arranjar-lhe mais café?
O outro homem balançou a cabeça.
— Não. Eu preciso... Eu acho que preciso sair daqui.
Ash não queria que ele fosse a qualquer lugar. Imaginava que em
qualquer lugar que o homem fosse, seria encontrado por aqueles caçadores.
Ash não tinha certeza de como determinadamente iriam atrás dele, o quanto
eles queriam o que quer que fosse que eles pensavam que estava na sua
câmara, mas Ash não poderia impedi-lo de sair. Ele não podia exatamente
correr atrás do cara. Tinha que ficar aqui e vê-lo sair, esperando o melhor.
Por causa dele.
Capitulo Onze
Renoir necessitava dar o fora daqui. Ele não podia acreditar o quão
fortes esses caras eram quando eles o viu com a câmera. Tinha sido surreal.
Renny não queria realmente ir com eles. Mas quando eles disseram
que eram caçadores, como foi provado por todos os seus equipamentos, e eles
estavam caçando lobos e matando o homem, ele acidentalmente deixou
escapar que ele já tinha visto um par de lobos em torno.
Estúpido. Isso tinha sido incrivelmente estúpido dele, já que ele não
deveria ter estado compartilhando qualquer coisa que ele tinha visto na cena
do crime. Qualquer uma das cenas de crime.
Mas então, antes que ele percebesse, ele estava sendo empurrado
para dentro do caminhão e levado para a lanchonete na parada de caminhões.
Eles não tinham o obrigado a entrar - ele não poderia ir tão longe -
mas a forma como eles tinham circulado em torno dele e ele tinha chegado a
um dos seus caminhões antes que ele saísse apenas parecia estranho.
O cara responsável, o homem mais velho com os cabelos brancos que
parecia que ele poderia estar nos seus quarenta e tantos anos, tinha sorrido e
sugeriu que parassem para um lanche.
— Vocês idiotas estão assustando o pobre garoto. Ele acha que está
sendo sequestrado e vai ser morto ou algo assim com esse olhar no seu rosto.
Renny não tinha pensado que ele estava tão preocupado, mas ele
teve que admitir que tinha sido uma espécie de alívio quando eles pararam no
restaurante, provando que eles realmente não estavam prestes a matá-lo e
despejar o seu corpo para que eles pudessem obter a sua câmera.
Algo sobre eles era estranho, e ele não podia ficar por aqui. Ele
precisava voltar para os detetives. Eles gostariam de saber que havia homens
na área caçando lobos, especialmente desde que um cara tinha sido morto por
lobos. Ele não estava usando equipamento semelhante aos homens que
tinham puxado Renny para o caminhão?
Como ele não tinha se dirigido à parada de caminhões, Renny teve
que retirar o seu telefone. Ele andou apenas algumas jardas de distância da
parada de caminhão, e o seu polegar estava prestes a apertar o botão de envio
de um texto para o investigador principal quando ouviu alguma coisa.
Alguns estalos suaves perto das árvores, como armas que tinham
silenciadores sobre eles.
Ele conhecia o som. Renny não possuía armas, mas era do Texas, e o
seu trabalho exigia que ele aprendesse tudo o que podia sobre a segurança da
arma, incluindo como disparar uma.
Ele sabia como soava quando uma arma tinha um silenciador.
Ele tinha certeza de que ele também ouviu os sons de latidos e
rosnados. Em seguida, houve um uivo.
Puta merda.
Renny excluiu o seu texto, disse ao detetive onde ele estava e que
ele pensou ter ouvido barulhos de lobo e tiros. Ele não esperou por uma
resposta. Ele puxou a tampa da lente fora da sua câmera e correu para a
floresta.
FIM