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PAIDÓS Psicologia Psiquiatria Psicoterapia

Stefan G. Hofmann

Emoção em
psicoterapia
Da ciência à prática
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Stefan G. Hofmann

EMOÇÃO
EM PSICOTERAPIA
Da ciência à prática
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de Publicações da Guilford.

Título original: Emoção em Terapia, de Stefan G. Hofmann


Publicado originalmente em inglês, em 2016, pela The Guilford Press, uma divisão da Guilford
Publications, Inc., Nova York, EUA. Esta edição foi publicada mediante acordo com a International Editors'
Co.

1ª edição, junho

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© The Guilford Press, 2016. Todos os direitos reservados


© da tradução, Montserrat Asensio Fernandez,
© de todas as edições em espanhol,
Espasa Livros, SLU, 2018
Avenida Diagonal, 662-664. 08034 Barcelona, Espanha
Paidós é uma editora da Espasa Libros, SLU
www.pagos.com
www.planetadelibros.com

ISBN 978-84-493-3461-0
Fotocomposição: gama, sl
Depósito legal: B. 8.942-2018
Impressão e encadernação em Black Print CPI

O papel utilizado para imprimir este livro é cem por cento isento de cloro e é
classificado como papel ecológico.

Impresso na Espanha – Impresso na Espanha


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RESUMO

Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

1. A natureza das emoções. ........................ 23


Defina a emoção ................................. 24
Emoções básicas. . ............................... 26
As características das emoções. . . . ............... 28
Carinho e emoção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
O efeito nuclear . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Afeto positivo e afeto negativo. . . . . . ............... 40
A função das emoções. ........................ 40
As emoções nascem ou são feitas? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
A metaexperiência das emoções. . . ............... 43
Síntese de aspectos com relevância clínica . . . . . . . . . . . . . . 47

2. Diferenças individuais. . . . . . . ........................ 49


Níveis de diferença individual. ...................... 49
Contexto cultural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
Diátese. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
estilos afetivos. ................................... 58
Desregulação do afeto negativo: ruminação, reflexão e
preocupação. ................................. 62
Afeto positivo. ................................... 64
Distúrbios emocionais................................ 66
Síntese de aspectos com relevância clínica . . . . . . . . . . . . . . 76
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3. Motivação e emoção A .... .. ....... .. .. ....... .. ...... 79

relação entre motivação e emoção Comportamento . . . . . . . . . . . . 79


motivado. . . .. ....... .. .. ....... .. ...... 82

Motivação de abordagem e motivação de evitação. . . 85

Querer não é o mesmo que gostar. . .. .. ....... .. ...... 88


Ativação comportamental. . .. ....... .. .. ....... .. ...... 91

Síntese de aspectos com relevância clínica ...... .. ...... 94

4. A auto e a autorregulação................................. 95
A estrutura do eu. . . . . 95 .. ....... .. .. ....... .. ......
Autoconhecimento ..... .. ....... .. .. ....... .. ...... 97

O desenvolvimento do eu................................. 100


O eu e o afeto. . . . .. .. 100
...... .. ....... .. .. ....... ..

O eu, ruminação e preocupação. . . . . . . . . . . . . . . . . . 107

Síntese de aspectos com relevância clínica ...... .. ...... 111

5. Regulação emocional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

Definir regulação emocional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113

Regulação emocional e coping Regulação .. ....... .. ...... 114

intrapessoal da emoção Regulação . . . . . . . . . . . . . . . . 116

interpessoal da emoção Síntese de aspectos . . . . . . . . . . . . . . . . 124

com relevância clínica . . . . . . . . . . . . . . 133

6. Avaliação e reavaliação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135

A abordagem cognitivo-comportamental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136


Avaliação desadaptativa. . ....... .. .. ....... .. ...... 141
Técnicas de reavaliação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145

Esquemas desadaptativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 148

Reavaliação e emoções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150

Síntese de aspectos com relevância clínica . . . . . . . . . . . . . . 152

7. Afeto positivo e felicidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155

Defina afeto positivo e felicidade. . . . . . . . . . . . . . . . . 155


Contextualização histórica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156

O afeto positivo não consiste na ausência


de afeto negativo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158
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Como medir o afeto positivo e a felicidade. . . . . . . . . . . . . 159


Como prever afeto positivo e felicidade. . . . . . . . . . . 160
Mentes que divagam são mentes infelizes. . . . . . . . . . . . 161
Atenção total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163
Sente-se e respire atentamente. . . . . . . . . . . . . . . . . . 169
Coma com atenção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170
Meditação de Amor e Bondade e Meditação Centrante
em compaixão. . ............................... 174
Síntese de aspectos com relevância clínica . . . . . . . . . . . . . . 180

8. A neurobiologia das emoções. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 183


Os sistemas neurobiológicos da emoção A . . . . . . . . . . . . 183
neurobiologia da regulação emocional Os . . . . . . . . . . . . 186
correlatos da empatia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 190
Diferenças individuais em neurobiologia. . . . . . . . . . . . . . 192
Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193
Síntese de aspectos com relevância clínica . . . . . . . . . . . . . . 194

apêndice I. Instrumentos comuns de autorrelato. . . apêndice. . . . . . 199


II. Relaxamento muscular progressivo. . apêndice. . . . . . . . . . . . . . . 203
III. Escrita expressiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 207

Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213


Índice analítico e de nomes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253
Obrigado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 269
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CAPÍTULO 1

A NATUREZA DAS EMOÇÕES

A capacidade de experimentar emoções é uma qualidade humana


essencial. O Tenente Comandante Data, um dos protagonistas da
popular série de televisão Star Trek: The Next Generation, era um robô
semelhante a um humano (um andróide) que tinha todas as
características humanas, exceto uma: ele não tinha a capacidade de
experimentar emoções. Em muitos episódios, essa incapacidade foi
apresentada como a peça-chave que faltava para ser plenamente
humano. Apesar de sua grande inteligência, Data teve dificuldade em
compreender (tanto quanto seus colegas humanos em explicar) a
natureza das emoções. A certa altura da série, o personagem de Data
é drasticamente transformado quando um chip emocional é implantado
na rede positrônica. Depois deixa de ser uma máquina inteligente e consciente para
mil.

O que exatamente é uma emoção? Que características o definem?


Qual é a diferença entre emoção e afeto? Que relação existe entre
pensamentos e emoções? As emoções têm um propósito e uma
função? Como as emoções são vivenciadas, como são criadas e como
estão relacionadas ao comportamento e à doença mental?

Estas são as questões que abordo neste capítulo. Aviso: o leitor


Você não encontrará uma definição contida em uma única frase. As emoções

nes são uma construção multidimensional e multinível, portanto, há


muitos termos usados para definir emoção.
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24 emoção em psicoterapia

Defina a emoção

Para começar, esta é a definição operacional de emoção que utilizo no


livro:

Uma emoção é (1) uma experiência multidimensional que: (2) é caracterizada por
diferentes níveis de ativação e prazer-desprazer; (3) está associada a experiências
subjetivas, experiências somáticas e tendências motivacionais; (4) é influenciado por
fatores contextuais e culturais; e (5) pode ser regulado até certo ponto por processos intra
e interpessoais.

Esta definição implica que as emoções incluem sistemas biológicos


que estão normalmente (embora nem sempre seja o caso) associados a
adaptações evolutivas e tendências motivacionais moldadas por factores
sociais e culturais, entre outros. O Capítulo 8 oferece uma breve revisão
da base neurobiológica das emoções.
Uma emoção é uma experiência. Portanto, quando “sentimos uma
emoção” estamos nos referindo à “experiência” de uma emoção. Esta
experiência é geralmente (embora nem sempre) provocada por um
estímulo, como uma situação, um acontecimento, outra pessoa, um
pensamento ou uma memória. Na maioria das vezes (embora, novamente,
nem sempre), estamos conscientes da experiência e do estímulo que a causou.
No Capítulo 8 examino mais detalhadamente os diferentes níveis de
processamento (consciente e inconsciente) do material emocional.
Existe uma relação funcional entre experiência emocional e resposta
emocional. Simplificando, o termo resposta emocional
refere-se à reação a estímulos ou ativadores que provocam uma emoção,
enquanto o termo experiência emocional refere-se à atribuição de um
rótulo a essa resposta. Como explicaremos com mais detalhes neste
capítulo, William James1 e Carl Lange2 consideravam que a emoção
nada mais era do que a experiência de respostas corporais a uma
situação. Esta teoria é agora conhecida como teoria da emoção de James-
Lange. Mais tarde, os teóricos da emoção com orientação cognitiva
assumem que a experiência emocional é o resultado da avaliação
cognitiva de uma ativação fisiológica geral.
3
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a natureza das emoções 25

Em si, as emoções não são boas nem más, mas geralmente são vivenciadas
como agradáveis ou desagradáveis, dependendo de fatores contextuais, como
aspectos situacionais específicos e a interpretação que a pessoa faz deles. A
definição também sugere que as emoções são reguláveis até certo ponto, tanto
intrapessoalmente, através de estratégias cognitivas como reavaliação ou repressão,
como interpessoalmente, através de outras pessoas. Além disso, as emoções
raramente são puras, mas muitas vezes são experiências confusas e desordenadas.
São normalmente experienciadas como combinações e misturas de emoções
diferentes (por exemplo, estar feliz e triste ou zangado e assustado), e emoções
diferentes podem combinar-se para formar redes complexas que dão origem a
emoções sobre emoções. (Discutirei este conceito em mais detalhes posteriormente).

As definições de emoção variam dependendo de se priorizar a hereditariedade


ou o ambiente (isto é, se as emoções são consideradas biologicamente programadas
ou se são entendidas como um produto do contexto social). A definição que utilizo
inclui um elemento inato (biológico), mas também o ambiente. Embora o contexto e
a cognição moldem as emoções, eles têm uma base biológica e evolutiva clara.
Mais de uma década depois de sua grande contribuição para a evolução que
revolucionaria a ciência, Darwin escreveu The Expression of

4
emoções no homem e nos animais, onde ele discutiu a importância evolutiva
É sobre emoções. Neste livro, Darwin defende que as expressões emocionais são
universais nas diferentes idades do homem e até

entre espécies. Ele observou que:

Os movimentos de expressão na face e no corpo [...] servem como primeiro sistema


de comunicação entre mãe e filho; Ela sorri com aprovação e assim incentiva a criança a
continuar no caminho certo, ou franze a testa para mostrar sua desaprovação. Percebemos
facilmente a compaixão diante do outro e assim vemos o nosso sofrimento aliviado e o
nosso prazer aumentado. E emoções positivas recíprocas reforçam-se mutuamente. Os
movimentos de expressão conferem intensidade e energia à palavra falada. Eles revelam
os pensamentos e intenções dos outros com mais fidelidade do que palavras, que podem
falhar.

áspero
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26 emoção em psicoterapia

Darwin atribui às emoções uma importante função comunicativa e


relaciona emoção e cognição. Por sua vez, as cognições desempenham
outra função evolutiva importante, porque permitem ao organismo prever,
com base em informações limitadas, a probabilidade de uma situação
levar a um estado desejável ou indesejável. Dependendo do
Como resultado da previsão, o organismo tomará a decisão que maximiza
a probabilidade de atingir o estado desejável ou de evitar o estado
indesejável. As cognições e as emoções interagem estreitamente com o
comportamento num processo complexo que inclui estímulos sensoriais,
atenção e informações armazenadas na memória de longo e curto prazo.
Tal como acontece com as estruturas anatômicas, assumimos que este
processo evoluiu para formar estruturas adaptativas que aumentam a
aptidão evolutiva do indivíduo.

Emoções básicas

Influenciados por Darwin, vários teóricos propuseram que as emoções se


baseiam em sistemas biológicos que evoluíram para governar o
5
comportamento e facilitar a sobrevivência das espécies, incluindo os humanos.
Esses teóricos postularam a existência de um grupo de emoções “básicas”
que podem ser encontradas em todas as culturas humanas e que
compartilham semelhanças com diferentes espécies. Presume-se que
este grupo de emoções básicas desempenhe funções úteis e evolutivamente
adaptativas na abordagem de tarefas fundamentais na vida e na
mobilização de reações adaptativas rápidas em resposta a mudanças no
ambiente. Portanto, as emoções básicas são entendidas como respostas
adaptativas evolutivas às demandas situacionais. Ekman6 postula que
um sentimento é uma emoção básica se (1) for ativado rapidamente; (2) é
de curta duração; (3) ocorre involuntariamente; (4) a avaliação autônoma
do evento que o ativa leva a um reconhecimento quase instantâneo do
estímulo; (5) os estímulos antecedentes são universais (não são
específicos de uma cultura específica); (6) a sensação é acompanhada
por um padrão único de sintomas fisiológicos; e (7) é caracterizada por
sinais universais específicos, na forma de expressões faciais e
comportamentos singulares.
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a natureza das emoções 27

Esta definição alinha-se com a perspectiva darwiniana de que a emoção


tem uma base biológica e é uma resposta evolutivamente adaptativa aos
estímulos ambientais. Essas emoções básicas, encontradas em praticamente
todas as culturas humanas (ou seja, são universais), são felicidade, tristeza,
medo, raiva e repulsa.
desprezo e são expressos através de expressões faciais únicas.7
A vantagem desta conceituação é a sua simplicidade, que permite o
estudo experimental para medir, por exemplo, as respostas fisiológicas e
expressões faciais das pessoas a estímulos discretos. Como resultado,
muitos pesquisadores estudaram as emoções em laboratório como um
mecanismo regulador linear de entrada-saída, o que gerou numerosos
estudos experimentais de laboratório sobre emoção e regulação emocional
(que revisaremos nos Capítulos 5 e 6). Ao mesmo tempo, esta
conceptualização ignora muitos aspectos complexos da emoção humana,
tais como diferenças individuais na experiência emocional, tendências
motivacionais associadas às emoções, factores interpessoais e contextuais
que moldam a experiência, e expressão emocional e meta-experiência
emocional (emoções sobre emoções). , elementos sobre os quais falaremos
ao longo do livro.

O conceito de emoção básica foi desafiado logo após a sua


apresentação,8 mas o desafio não teve sucesso. 9 Plutchik10 também
assumiu a existência de um grupo de emoções básicas. Especificamente,
ele propôs um modelo circunflexo semelhante à roda de cores, no qual
incluiu oito emoções bipolares básicas: "alegria" versus "tristeza", "raiva"
versus "medo", "aceitação" versus "nojo" e "surpresa" versus para
"expectativa". Assume que todas as emoções humanas são o resultado da
combinação destas oito emoções básicas, da mesma forma que podemos
criar um amplo espectro de cores combinando as três cores primárias. Por
exemplo, este modelo circunplexo pressupõe que o amor inclui elementos
de alegria e aceitação.
As emoções básicas estão relacionadas a processos emocionais
primários,11 ou a sistemas biologicamente e evolutivamente programados
mais antigos (ou seja, que evoluíram no início do processo evolutivo). Esses
sistemas incluem o “sistema do medo”, que permite ao organismo retirar-
se, esconder-se ou fugir reflexivamente; o sistema"
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28 emoção em psicoterapia

“ansiedade da dor” (ou ansiedade de separação, anteriormente chamada de “pânico”),


que é ativada quando o corpo vivencia uma perda e está associada ao luto; o “sistema
de raiva”, ativo durante atos de agressão; o “sistema de busca”, que é acionado quando
o organismo procura alimentos ou parceiros sexuais; o “sistema de desejo”, ativo durante
os atos sexuais; o “sistema reprodutivo”, atuante no cuidado dos filhotes; e o “sistema
lúdico”, que é ativado na hora de brincar com os filhos e na aquisição de habilidades
sociais. Todos esses sistemas podem ser ativados ao mesmo tempo e funcionar
sinergicamente. Por exemplo, o sistema de pânico e o sistema de carinho promovem
vínculos e apegos sociais.

As características das emoções

As experiências emocionais são complexas e diferem em muitos níveis. Algumas


emoções são intensas e outras leves; algumas são agradáveis e outras desagradáveis;
alguns são breves e outros muito longos; algumas são claras e primárias e outras
complicadas e complexas; Existem emoções que parecem estar sob nosso controle e
emoções que nos oprimem e parecem sair do controle; e há emoções que estão
associadas a um poderoso impulso de agir, enquanto outras nos paralisam. Apesar da
ampla gama de experiências emocionais, acredita-se que existem leis que regem todas
as emoções.

Leis gerais

Frijda12 descreveu várias destas leis gerais (doze no total). Em primeiro lugar, a emoção
depende de como a situação é interpretada. Esta lei é conhecida como "lei do significado
situacional". É uma observação simples, mas crucial, da qual falarei com mais detalhes
na próxima seção. Além disso, pode-se argumentar que a interpretação não se limita à
situação, mas antes se estende à experiência associada à emoção. Novamente, tratarei
disso mais tarde.

Em segundo lugar, a experiência emocional depende dos objetivos, preocupações


e motivos subjetivos da pessoa. Esta lei é co-
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a natureza das emoções 29

conhecida como a "lei da preocupação". Ficamos felizes quando


ganhamos um dos vários jogos de golfe que disputamos nas manhãs
de domingo, enquanto ficamos muito felizes se ganhamos um torneio
que já tínhamos em vista há muito tempo. Terceiro, as experiências
emocionais aumentam de intensidade à medida que o grau de realidade
aumenta (esta é a “lei da realidade aparente”). Portanto, a alegria que
sentimos depois de vencer um torneio de minigolfe contra o nosso
parceiro não é tão intensa como se ganhássemos um campeonato
contra Tiger Woods.
As emoções não são despertadas tanto pela presença de condições
desejáveis ou indesejáveis, mas pelas mudanças esperadas ou reais
nessas condições desejáveis ou indesejáveis (estas são a quarta,
quinta e sexta leis: as "leis da mudança", "a habituação" e
"comparação"). Portanto, a emoção que sentimos quando acertamos a
cesta de três pontos da vitória em um jogo nesta temporada é mais
intensa do que a emoção associada à vitória em um jogo na temporada passada.
A sétima lei (a "lei da assimetria hedônica") afirma que o prazer (e
o desprazer) contínuo eventualmente desaparece, porque a intensidade
da emoção depende do quadro de referência do evento que despertou
a emoção. Portanto, a alegria que você sente ao descobrir que ganhou
um milhão de euros na loteria é muito maior do que quando pensa
nisso dias, meses ou anos depois.
As emoções tendem a ser preservadas na ausência de exposição
repetida ao evento emocional (oitava lei: “lei da conservação do
momento emocional”). Assim, não abordar uma memória traumática
pode levar à conservação (ou seja, à manutenção e persistência) das
emoções associadas a esse trauma.
A nona lei (“lei do encerramento”) afirma que uma experiência
emocional é percebida como uma entidade única e absoluta. Por
exemplo, parece impossível amar duas pessoas diferentes exatamente
da mesma forma e com a mesma intensidade. Embora sintamos amor
absoluto e incondicional por todos os nossos filhos, os pais têm que
admitir que os amamos de uma forma ligeiramente diferente e por
razões diferentes (e até alguns mais do que outros). Por outro lado,
porém, as emoções só são vivenciadas como algo puro, inequívoco e
absoluto em ocasiões muito raras. Na maioria dos casos, as experiências
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30 emoção em psicoterapia

Os distúrbios emocionais são complexos e multifacetados. Podemos admirar,


temer, amar e odiar nossos pais e essa mistura de emoções mudará ao
longo da vida.
As respostas associadas às emoções costumam ser complexas, pois
tendemos a modificá-las em função das possíveis consequências que o
impulso possa ter (décima lei: a “lei da atenção às consequências”). Também
tendemos a perceber eventos emocionais ambíguos de uma forma que nos
permite minimizar a dor que nos causam ou a dificuldade de suportá-los (ou
seja, tendemos a minimizar a carga emocional negativa). Ao mesmo tempo,
percebemos situações ambíguas de uma forma que nos permite maximizar
o ganho emocional. Essas duas leis são conhecidas como “lei do fardo mais
leve” (décima primeira lei) e “lei do maior ganho” (décima segunda lei).

A natureza transitória das emoções

Independentemente da complexidade de uma determinada emoção, ela irá


variar com o tempo. Podemos nos apaixonar por alguém e sentir uma alegria
avassaladora. Com o passar do tempo, percebemos as diversas dificuldades
que o relacionamento acarreta e a experiência emocional pode se transformar
em tristeza, desesperança ou sentimento de perda.
As emoções podem nos misturar e nos puxar em direções diferentes, o que
pode nos levar a agir de maneiras contraditórias. Uma parte de nós quer se
aproximar e a outra quer evitar, ou até mesmo afastar, a pessoa por quem
nos sentimos atraídos.
Algumas experiências emocionais duram alguns segundos, como a
surpresa, enquanto outras (como o amor) podem durar anos ou a vida toda.
Obviamente, poderíamos argumentar que o amor não é um estado emocional,
mas sim uma inclinação e uma visão geral em relação a algo ou alguém. É
muito diferente de uma experiência emocional breve e circunscrita, como
surpresa ou medo. O amor é uma experiência muito mais difusa e de longo
alcance, por isso seria mais comparável a uma disposição para sentir de
uma forma específica (positiva) em relação a algo ou alguém num
determinado contexto. Por exemplo, um pai que ama seu filho tem maior
probabilidade de sentir alegria ao ouvi-lo praticando violino do que quando o ouve tocar vio
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a natureza das emoções 31

vizinho, a quem aquela mesma aula de violino certamente pode provocar


irritação ou até raiva se estiver cansado.

Cognições e emoções

As características das experiências emocionais sublinham a importância


do quadro de referência em que as emoções são vivenciadas, do contexto
situacional e, sobretudo, das avaliações cognitivas.
Reflitamos sobre as seguintes frases de grandes pensadores: “Não são as
coisas que atormentam o homem, mas a opinião que ele tem delas”,13
do filósofo estóico grego Epicteto da Frígia (55 d.C. – 134 d.C.); “Se você
é afligido por algo externo, a dor não se deve à coisa em si, mas à opinião
que você tem sobre ela, e você tem o poder de mudá-la a qualquer
momento”, de Marco Aurélio (121 d.C.). – 180 DC); e “Não existe bom ou
mau; É o pensamento humano que faz com que isso pareça", de William
Shakespeare em Hamlet.
Estas afirmações podem ser reduzidas à ideia de que situações,
eventos ou estímulos não provocam diretamente uma resposta emocional,
mas sim é a avaliação cognitiva da situação, evento ou estímulo que
determina como respondemos emocionalmente. Ou seja, não são os
estímulos que nos causam raiva, ansiedade, felicidade ou tristeza, mas
sim a interpretação que deles fazemos. Portanto, é importante identificarmos
o pensamento relacionado à emoção.

Embora os pensamentos muitas vezes suscitem emoções, a relação


entre pensamentos e emoções (e também comportamentos) não é
unidirecional. As emoções também podem afetar os pensamentos quando
as pessoas usam as emoções para entender o que está acontecendo ao
seu redor. Por exemplo, sentir-se muito ansioso enquanto espera o parceiro
chegar em casa pode nos levar a pensar que “algo terrível deve ter
acontecido”. O cérebro humano está programado para levar a sério
informações ameaçadoras, porque ignorá-las pode representar um risco
à sobrevivência. Existem relações semelhantes entre pensamento e
emoção para outras emoções, como tristeza, raiva, etc.
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32 emoção em psicoterapia

Às vezes pensamos e raciocinamos automaticamente. Controlar e


observar seus próprios pensamentos pode retardar o processo e proporcionar
a oportunidade de estudar a natureza de seus pensamentos.
As técnicas de mediação, que discutirei no Capítulo 7, incentivam a
consciência do momento presente. Estas técnicas interrompem tendências
automáticas e intensificam experiências positivas.
Os pensamentos não são fatos, mas sim “hipóteses” que podem ou não
estar corretas. Algumas hipóteses (pensamentos) são mais prováveis do
que outras (por exemplo “Esta tosse é sinal de que tenho câncer de pulmão”
versus “Estou resfriado”); Outros pensamentos estão quase certamente
errados (“Amanhã o mundo vai acabar”), enquanto outros estão corretos,
mas pouco adaptativos (“Vou morrer, todos morreremos e o mundo vai
acabar”). Independentemente dos pensamentos que tendemos a ter, o
importante é que tenhamos consciência deles, para avaliar a sua validade,
probabilidade, adaptabilidade, etc.
Ao longo da história da psicologia, diferentes teorias foram propostas
para explicar a relação entre cognição e emoção e, especificamente, a
sequência de eventos e a direção causal. A teoria da emoção de James-
Lange propõe que estímulos situacionais ativam respostas fisiológicas
específicas e únicas, como aumento das frequências cardíaca e respiratória.
Ao mesmo tempo, apresentamos um comportamento específico em resposta
à situação, como comportamentos de evitação. Uma vez conscientes deste
padrão específico de ativação somatovisceral, rotulamos a experiência
como “medo” após a resposta inicial ao estímulo.

Portanto, acredita-se que a origem das diferentes experiências


emocionais sejam os sintomas fisiológicos e os comportamentos específicos
associados a cada experiência emocional. A teoria afirma que sentimos
medo porque situações ameaçadoras geram sintomas fisiológicos
específicos (por exemplo, aumento da frequência cardíaca e respiratória) e
comportamentos específicos (por exemplo, sobressalto ou fuga). Em linha
com esta teoria, existem estudos sobre pessoas com lesões medulares que
concluíram que pessoas com lesões na região superior da medula espinhal
(tetraplegia) vivenciam emoções com menos intensidade do que aquelas
que sofreram lesões na medula espinhal. • zona inferior (paraplegia).
A teoria de James-Lange poderia explicar esse fenômeno, pois as lesões
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a natureza das emoções 33

nes na região superior da medula espinhal bloqueiam informações


sensoriais de uma proporção maior do corpo. 14
No entanto, a teoria de James-Lange tem fraquezas importantes,
uma vez que assume que diferenças subtis nas informações sensoriais
recebidas distinguem entre a grande variedade de experiências
emocionais. Pelo contrário, os estudos psicofisiológicos não foram
capazes de identificar marcadores biológicos claros ou correlatos
fisiológicos únicos com estados emocionais específicos. Além disso, a
mera indução de activação fisiológica (por exemplo, fazer exercício
físico) não conduz à experiência emocional e a activação fisiológica é,
em muitos casos, demasiado lenta e demasiado geral para explicar a
latência e a variedade de expressões emocionais.
Com base nessas e outras críticas, Cannon15 e Bard16 formularam
outra teoria que sugeria que o que dá origem à emoção é a ativação
fisiológica indiferenciada, como a resposta de lutar ou fugir. De acordo
com a teoria de Cannon-Bard, a informação sensorial que o tálamo
envia ao córtex cerebral também envia mensagens de ativação às
vísceras e aos músculos esqueléticos através do sistema nervoso autônomo.
A influente teoria de Schachter e Singer17 e as experiências
inovadoras que realizaram sublinham a importância fundamental dos
processos cognitivos nas emoções. De acordo com a teoria de Festinger,18
Eles assumem que o estado de excitação leva o indivíduo a querer
explicar a ativação percebida. Portanto, uma pessoa que vivencia um
estado de excitação geral e indiferenciado sente a necessidade de
avaliar e interpretar essa ativação por meio de pistas situacionais.
Esta teoria afirma que a intensidade da emoção é determinada pela
ativação fisiológica, enquanto a valência e a qualidade da resposta
emocional dependem da avaliação dos estímulos ativadores e do
contexto. Ao contrário da teoria de James-Lang, o modelo de Schachter-
Singer não pressupõe que existam sintomas fisiológicos específicos ou
exclusivos de uma experiência emocional específica. Pelo contrário,
pressupõe que uma mesma ativação fisiológica geral pode ser
interpretada de diferentes maneiras dependendo de como são avaliados
(interpretados) os estímulos que a provocaram.
A já clássica experiência realizada por Schachter e Singer em 1962
ilustra perfeitamente este modelo. No estudo, o
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34 emoção em psicoterapia

participantes e foram informados de que participariam de um


experimento sobre os efeitos das vitaminas na visão. Em vez disso,
receberam epinefrina ou placebo. A adrenalina é a forma sintética da
adrenalina e aumenta a frequência cardíaca e respiratória, aumenta a
pressão arterial e causa tremores e desconforto muscular. Os
participantes foram distribuídos aleatoriamente em diferentes grupos
diferenciados pelas informações sobre o efeito da injeção e também
pelo contexto situacional. Um grupo de participantes recebeu
informações corretas sobre os efeitos fisiológicos da injeção (grupo
informado); um segundo grupo não recebeu informações sobre os
efeitos fisiológicos da injeção (grupo desinformado); e um terceiro
grupo recebeu informações erradas (grupo mal informado). Metade
dos participantes de cada grupo foram então designados para
diferentes contextos situacionais, que consistiam em uma das duas
interações sociais preparadas entre um cúmplice e o participante. Em
uma das duas condições, os participantes foram expostos a uma
situação eufórica em que o confederado se comportou de maneira
alegre e iniciou uma atividade lúdica como jogar bolinhas de papel em
uma lata de lixo para marcar uma cesta. Na outra condição, os
participantes foram expostos a uma situação de raiva em que o
cúmplice expressou claramente sua raiva pelo experimento, rasgou
um questionário e acabou saindo da sala batendo a porta.
Observadores independentes registraram e pontuaram o comportamento
dos participantes, que viram através de um espelho unidirecional. Os participantes
Os resultados concluíram que os participantes do grupo informado
não relataram emoções intensas, pois atribuíram ativação fisiológica
à injeção. Pelo contrário, os participantes dos grupos desinformados
e mal informados não tinham uma explicação óbvia para a activação
induzida pela injecção. Portanto, recorreram à situação experimental
e ao comportamento dos confederados para interpretar e rotular a
ativação fisiológica que vivenciaram. O estudo destaca a importância
das variáveis cognitivas na emoção e demonstra que é a avaliação da
ativação fisiológica, e não a ativação em si, que determina a
experiência emocional. O modelo de avaliação cognitiva das emoções
de Schachter e Singer coincide com muitas outras observações e
teóricos anteriores, que são
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a natureza das emoções 35

19
Eles voltam para Epicteto. No entanto, é pouco provável que este momento
Não pode explicar todas as experiências emocionais. E é especialmente difícil
aplicar esta teoria a experiências emocionais repentinas que ocorrem
imediatamente após um evento, como o medo que alguém pode sentir depois
de quase sofrer um acidente de trânsito. Portanto, as teorias modernas da
emoção assumem que a cognição intervém no início de uma experiência
emocional em diferentes graus, dependendo do momento temporal do processo
emocional.

Carinho e emoção

Os termos afeto e emoção são construções intimamente relacionadas e são


frequentemente usados como sinônimos. No entanto, neste livro eu os uso de
forma diferente. Tal como outros autores,20 sugiro que o termo afeto seja
utilizado para descrever a “experiência subjetiva” de um estado emocional que
define a sua valência. Na sua essência, o afeto é experienciado como positivo
(agradável) ou negativo (desagradável) e excita ou acalma até certo ponto.

O afeto positivo geralmente dura pouco, mas fornece energia e está


associado à criatividade e ao pensamento divergente. O afeto positivo também
está intimamente relacionado à vitalidade e à felicidade. Pelo contrário, o afeto
negativo geralmente consome a energia de uma pessoa, está associado a
tendências de evitação e limita a capacidade de resolução de problemas dessa
pessoa. O afeto negativo pode facilmente se transformar em um estado crônico
que se alimenta de si mesmo.
Por sua vez, a emoção, tal como a definimos anteriormente, é um construto
multidimensional que inclui, além da experiência afetiva, tendências
motivacionais e fatores contextuais e culturais, e conduz a uma experiência
complexa que pode ser regulada até certo ponto. apontar através de processos
intra e interpessoais.
Os episódios emocionais tendem a ser uma reação a algo e a avaliação
cognitiva que ocorre na transação entre a pessoa e o objeto é um elemento
definidor dessa reação. Uma das características importantes do afeto é que
existem diferenças individuais na
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36 emoção em psicoterapia

Como as pessoas gerenciam informações emocionais. Assim como os


esquemas cognitivos dão origem a pensamentos desadaptativos
específicos ao superestimar resultados perigosos, mas improváveis,
algumas formas de gerenciar informações emocionais (estilos afetivos)
também podem ser desadaptativas se levarem a sofrimento excessivo ou
problemas comportamentais (por exemplo, se a pessoa experimenta mais
desconforto ou interferência na sua vida diária do que a maioria das
pessoas na mesma situação).

O efeito nuclear

Apesar da complexidade das emoções, os teóricos modernos da emoção


tendem a concordar que qualquer afeto (qualquer experiência subjetiva
de um estado emocional) tem duas dimensões básicas: alta ativação/baixa
ativação (também definida como dimensão de “excitação” diferente) e
agradável/desagradável. (também conhecida como dimensão de
“valência”). Este é o “modelo afetivo circunflexo”21 e suas dimensões
também são conhecidas como “afeto nuclear”.
22
porque descrevem as sensações mais simples e elementares.
que servem de base para a construção de experiências emocionais mais
complexas.
O modelo descreve qualquer experiência emocional subjetiva por
meio de valência e excitação. A dimensão de valência refere-se ao tom
hedônico da experiência subjetiva da emoção, enquanto a excitação
determina o nível de ativação, associado ao estado de alerta e ao grau de
reação fisiológica. A Figura 1.1 oferece alguns exemplos de adjetivos que
descrevem experiências emocionais. (Uma versão mais recente e
elaborada deste modelo foi apresentada por Yik, Russel e Steiger.)
23
Por exemplo, "animado" é um estado emocional agradável e
ativado, enquanto “relaxado” é um estado emocional agradável e
desativado. Pelo contrário, “entediado” é um estado desagradável e
desativado, enquanto “nervoso” é um estado desagradável e ativado.

O modelo circunplexo de ativação de valência é um dos modelos


dimensionais de afeto que é apoiado por mais evidências empíricas.
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a natureza das emoções 37

24
píricas. Contudo, apesar da sua utilidade e solidez, é muito possível
que não explica completamente todas as diferenças individuais na experiência
e nas representações do afeto. 25 Em qualquer caso, é um modelo útil que
nos permite simplificar e descrever a complexidade das experiências
emocionais.

ATIVAÇÃO
Tenso Alerta

Altamente tenso Emocionado

Estressado Entusiasmado

Chato Feliz

NOJENTO PRAZEROSO

Triste Satisfeito

Deprimido Sereno

Entediado Descontraído

Cansado Acalme-se

DESATIVAÇÃO

Figura 1.1. Cada experiência emocional é um ponto neste espaço bidimensional.


O eixo horizontal representa a dimensão da valência (agradável-desagradável-
agradável) e o eixo vertical representa a dimensão da ativação da emoção. Foram
adicionados exemplos de adjetivos que descrevem emoções. De Colibazzi, T.,
Posner, J., Wang, Z., Gorman, D., Gerber, A., Yu, S., et al., “Sistemas neurais
que servem à valência e à excitação durante a experiência de emoções induzidas,”
em Emoção, 10, pp. 377-389, 2010. ©2010 Associação Americana de Psicologia.
Reproduzido com sua permissão.

Na prática: como diferenciar as dimensões ativação/


desativação e agradável/desagradável

As emoções são complexas e, às vezes, o paciente tem dificuldade em


responder à pergunta “Como você está se sentindo?” Embora as
respostas “bom” e “ruim” sejam inespecíficas e indiferenciadas, elas
oferecem uma caracterização geral da experiência da dimensão de valência. De todos
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38 emoção em psicoterapia

De qualquer forma, é óbvio que precisamos de mais informações. O primeiro


passo para lidar com o sofrimento emocional é tomar consciência dos múltiplos
nuances completas da experiência emocional.
A dimensão de ativação oferece informações adicionais e importantes. Por
exemplo, a depressão é um estado de desativação desagradável; estar relaxado
é um agradável estado de desativação; o medo é um estado de ativação
desagradável; e estar excitado é um estado agradável de ativação. Podemos
representar qualquer experiência emocional como um ponto neste gráfico de
afetos (figura 1.2).

Podemos pedir aos pacientes que registrem seus níveis de ativação/


desativação de valência agradável/desagradável para ajudá-los a desenvolver
uma consciência mais precisa de suas emoções.
Poderíamos pedir a um paciente, durante um determinado período de tempo
(pode ser cerca de 2 semanas), para marcar pontos na Figura 1.2 para indicar
como ele ou ela se sente em um determinado momento usando as duas
dimensões básicas de ativação/desativação e agradabilidade/ desacordo.
avaliável.
O terapeuta também pode pedir ao paciente que registre suas emoções
usando essas duas dimensões nos mesmos horários todos os dias (por exemplo,
8h, 14h e 17h). Esta avaliação pode estar vinculada a uma rotina específica
(por exemplo, pouco antes de o paciente sair para o trabalho, depois de comer,
depois de voltar para casa, etc.). A princípio, o paciente não deve esperar que
algo significativo aconteça (por exemplo, uma discussão com um parceiro),
mas sim que adquira um cronograma de avaliação regular para acompanhar
seu estado emocional.

O objetivo desta tarefa é que o paciente tome alguma consciência de sua


vida emocional ao longo de sua vida diária. A imagem resultante torna-se um
reflexo da vida emocional da pessoa durante um dia normal (assumindo que
nada de extraordinário aconteça naquele dia). Este exercício pode esclarecer
se as experiências emocionais do paciente seguem um padrão específico. Se
a imagem resultante revelar uma vida emocional relativamente plana (ou seja,
sem muitos altos e baixos e com ativação moderada), os pontos se agruparão
em torno do ponto zero (a interseção das duas dimensões). Mudanças regulares
de estado
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a natureza das emoções 39

o humor resultará em pontos agrupados em um quadrante específico;


caso contrário, eles ficarão espalhados pela mesa. Este exercício pode
ajudar o paciente a tomar consciência de sua experiência emocional e
facilitar a identificação de padrões em mudanças sutis de humor ao
longo do dia, dos quais ele pode não estar ciente.
Novamente, um padrão específico pode fornecer informações que
seriam difíceis de identificar de outra forma. Por exemplo, uma pessoa
feliz poderá colocar muitos pontos na região direita (agradável) da mesa,
enquanto pessoas deprimidas ou ansiosas colocarão mais pontos na
região esquerda (desagradável).

ativado

Nojento Prazeroso

desabilitado

Instruções: Verifique este gráfico para indicar o quão agradável (ou desagradável)
você acha a experiência emocional e o quão ativado (ou desativado) ela o fez
sentir. Você pode usar o mesmo gráfico para todas as experiências emocionais
que teve durante um período específico de tempo.

Figura 1.2. Esta tabela de afetos captura as dimensões ativação/desativação e


agradável/desagradável. De Hofmann, SG, Emoção em psicoterapia. Da ciência
à prática. © The Guilford Press, 2016. A reprodução desta figura é autorizada
aos compradores do livro, seja para uso pessoal ou com clientes particulares (ver
página de direitos autorais para mais informações).
Os compradores podem baixar uma versão ampliada desta figura (ver nota na
página 13).
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40 emoção em psicoterapia

Afeto positivo e afeto negativo

Afeto positivo e afeto negativo inibem-se mutuamente. O “modelo expansão-


construção ”26 pressupõe que o afeto positivo reduz a influência do afeto
negativo sobre a pessoa e, ao mesmo tempo, amplia seu repertório
comportamental, pois melhora os recursos físicos, sociais e intelectuais.
Além disso, o afeto positivo tem um efeito inibitório direto sobre os distúrbios
emocionais. Basicamente, a felicidade e a alegria neutralizam distúrbios
emocionais, como depressão, ansiedade e problemas de controle da raiva.

No entanto, o afeto negativo neutraliza a influência inibitória do afeto


positivo quando a pessoa não consegue regular o primeiro de forma
adaptativa. A desregulação do afeto negativo é uma das causas diretas dos
transtornos emocionais, pois dá origem a um ciclo de feedback positivo entre
o transtorno e a desregulação, o afeto negativo e o estilo afetivo, levando a
uma situação cronicamente difícil de mudar. No capítulo 2 nos aprofundaremos
nos distúrbios emocionais.

A função das emoções

Como explicou Darwin, as emoções têm uma função comunicativa


adaptativa, tanto intra como interespécies. As emoções estão intimamente
relacionadas ao sistema social do organismo, pois muitas experiências e
expressões emocionais desempenham funções importantes para a
comunicação social. Na verdade, poderíamos afirmar que, se não existissem
relações sociais, não existiriam emoções como a vergonha, o ciúme ou o
pudor. Outras emoções podem surgir fora das relações sociais com os pares.
Por exemplo, podemos sentir raiva de membros de outra espécie (um
cachorro), de objetos inertes (um carro que não pega) ou de nós mesmos,
assim como podemos sentir tristeza após a perda de um objeto de valor
para nós. Claro, há muitos casos em que a emoção não está ligada
exclusivamente a um contexto específico.

Em muitos (mas não todos) destes casos, a raiva desempenha um papel


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a natureza das emoções 41

comunicativo (como no caso da raiva dirigida a outra pessoa ou a um cachorro). A raiva


em relação a um carro é uma comunicação não comunicativa ou mal direcionada (porque
o carro não pode ser o destinatário dela). Mayr27 distinguiu entre comportamentos
direcionados a seres vivos e comportamentos direcionados a objetos inertes
(comportamentos comunicativos e não comunicativos). Dentro da categoria
comunicativa, Mayr diferenciou entre comportamentos dirigidos a membros da própria
espécie (comportamentos intraespecíficos) e comportamentos dirigidos a membros de
outras espécies (interespecíficos). Os diferentes problemas emocionais coincidem com
diferentes comportamentos do sistema de classificação.

ção de Mayr. No caso dos transtornos de ansiedade, o medo de altura, de cobra ou de


situações sociais corresponde a comportamentos comunicativos não comunicativos,
comunicativos interespecíficos e comunicativos intraespecíficos, respectivamente. A
função comunicativa das emoções também é descrita como “instrumental” quando são

28
orientado para um objetivo específico para atingir um propósito. Por exemplo-

Por exemplo, podemos demonstrar tristeza para despertar empatia nos outros ou raiva
para intimidá-los.

Portanto, as emoções poderiam ser entendidas como mecanismos evoluídos com


função adaptativa que, por vezes, também possuem valor comunicativo. Em geral,
acredita-se que os mecanismos psicológicos mais evoluídos sejam grupos de processos
que se desenvolveram até à sua forma actual como resultado da resolução de
problemas adaptativos específicos pelos nossos antepassados. 29

Uma solução adaptativa é uma solução que aumenta a aptidão inclusiva do


indivíduo, o que significa que é mais provável que os seus genes apareçam nas
30
gerações subsequentes. Por exemplo, na quarta-feira

protege, previne danos e promove a sobrevivência; A vergonha leva ao remorso e reduz


a probabilidade de o comportamento vergonhoso se repetir no futuro.
31

Portanto, as emoções e a sua função comunicativa parecem desempenhar papéis


importantes na promoção da sobrevivência dos genes e das espécies. Nos humanos,
ouvir e falar são acompanhados e regulados por expressões emocionais, como acenos
de cabeça, contato visual, sorrisos, mudanças de postura, vocalização.
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42 emoção em psicoterapia

32
ções, etc. Esses sinais comunicativos por meio de expressões emocionais
podem ocorrer em nível consciente ou inconsciente. Podemos ler “nas
entrelinhas” e ficar confusos quando recebemos “mensagens contraditórias”,
nas quais a palavra falada e as expressões emocionais não são congruentes.

Alguns teóricos da emoção assumem que os afetos positivos e negativos


são opostos bipolares,33 enquanto outros34 acreditam que podem coexistir e
desempenhar funções diferentes. Na clínica, fica evidente que quem não
vivencia afetos negativos não necessariamente vivencia afetos positivos. Da
mesma forma, a falta de afeto positivo não implica a presença de afeto negativo;
Na verdade, podemos vivenciar simultaneamente afetos positivos e negativos:
alegria e medo (numa montanha-russa); êxtase e terror (ao saltar de
paraquedas); felicidade e tristeza (quando pensamos em um ente querido que
faleceu há algum tempo).

Supõe-se que emoções com valência negativa (desagradável), como medo,


raiva ou tristeza, estão associadas a um repertório comportamental limitado em
uma determinada situação (por exemplo, o medo geralmente está associado a
comportamentos de fuga, enquanto a raiva geralmente está associada a
comportamentos agressivos). comportamento). Pelo contrário, supõe-se que
emoções com afeto agradável, como alegria, interesse e satisfação, ampliam o
repertório comportamental. Por exemplo, o medo é uma emoção geralmente
associada à fuga ou evitação de um objeto ou situação específica, enquanto a
raiva geralmente está associada à agressividade e à aproximação. Os repertórios
comportamentais destas duas emoções incluem um conjunto relativamente
limitado de tendências comportamentais específicas focadas em objetos ou
situações específicas (correr para escapar de um predador ou correr para se
aproximar de um inimigo). Pelo contrário, as emoções positivas, como alegria,
interesse e satisfação, geralmente incluem múltiplas tendências comportamentais,
associadas à aproximação, inespecíficas e relacionadas a diversas experiências
sensoriais. Alguns casos seriam a alegria vivida ao chegar ao topo de uma
montanha, incluindo os sons, cheiros e imagens do ambiente, os sorrisos dos
companheiros, etc.

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