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NEUROPSICOPEDAGOGIA
AVANÇOS, DEBATES E PERSPECTIVAS
Editora Metrics
Santo Ângelo – Brasil
2022
Copyright © Editora Metrics
CATALOGAÇÃO NA FONTE
N494 Neuropsicopedagogia [recurso eletrônico] : avanços, debates e
perspectivas / organizadores: Carlos Eduardo Stante Gomes,
Elisa Helena Meleti Reis, Gabriela Cristina Basso Engler-
Marques. - Santo Ângelo : Metrics, 2022.
153 p.
ISBN 978-65-5397-067-0
DOI 10.46550/978-65-5397-067-0
1. Educação. 2. Ensino-aprendizagem. 3. Comportamento
humano. 4. Neurociência. I. Gomes, Carlos Eduardo Stante
(org.). II. Reis, Elisa Helena Meleti (org.). III. Engler-Marques,
Gabriela Cristina Basso (org.)
CDU: 37.015.3
Responsável pela catalogação: Fernanda Ribeiro Paz - CRB 10/ 1720
2022
Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização da Editora
Metrics
Todos os direitos desta edição reservados pela Editora Metrics
E-mail: editora.metrics@gmail.com
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Conselho Editorial
Dr. Charley Teixeira Chaves PUC Minas, Belo Horizonte, MG, Brasil
Dra. Cleusa Inês Ziesmann UFFS, Cerro Largo, RS, Brasil
Dr. Douglas Verbicaro Soares UFRR, Boa Vista, RR, Brasil
Dr. Eder John Scheid UZH, Zurique, Suíça
Dr. Fernando de Oliveira Leão IFBA, Santo Antônio de Jesus, BA, Brasil
Dr. Glaucio Bezerra Brandão UFRN, Natal, RN, Brasil
Dr. Gonzalo Salerno UNCA, Catamarca, Argentina
Dra. Helena Maria Ferreira UFLA, Lavras, MG, Brasil
Dr. Henrique A. Rodrigues de Paula Lana UNA, Belo Horizonte, MG, Brasil
Dr. Jenerton Arlan Schütz UNIJUÍ, Ijuí, RS, Brasil
Dr. Jorge Luis Ordelin Font CIESS, Cidade do México, México
Dr. Luiz Augusto Passos UFMT, Cuiabá, MT, Brasil
Dr. Manuel Becerra Ramirez UNAM, Cidade do México, México
Dr. Marcio Doro USJT, São Paulo, SP, Brasil
Dr. Marcio Flávio Ruaro IFPR, Palmas, PR, Brasil
Dr. Marco Antônio Franco do Amaral IFTM, Ituiutaba, MG, Brasil
Dra. Marta Carolina Gimenez Pereira UFBA, Salvador, BA, Brasil
Dra. Mércia Cardoso de Souza ESMEC, Fortaleza, CE, Brasil
Dr. Milton César Gerhardt URI, Santo Ângelo, RS, Brasil
Dr. Muriel Figueredo Franco UZH, Zurique, Suíça
Dr. Ramon de Freitas Santos IFTO, Araguaína, TO, Brasil
Dr. Rafael J. Pérez Miranda UAM, Cidade do México, México
Dr. Regilson Maciel Borges UFLA, Lavras, MG, Brasil
Dr. Ricardo Luis dos Santos IFRS, Vacaria, RS, Brasil
Dr. Rivetla Edipo Araujo Cruz UFPA, Belém, PA, Brasil
Dra. Rosângela Angelin URI, Santo Ângelo, RS, Brasil
Dra. Salete Oro Boff IMED, Passo Fundo, RS, Brasil
Dra. Vanessa Rocha Ferreira CESUPA, Belém, PA, Brasil
Dr. Vantoir Roberto Brancher IFFAR, Santa Maria, RS, Brasil
Dra. Waldimeiry Corrêa da Silva ULOYOLA, Sevilha, Espanha
PREFÁCIO�������������������������������������������������������������������������������11
Telma Pantano
Capítulo 2 - AS CONTRIBUIÇÕES DA
NEUROPSICOPEDAGOGIA NA APRENDIZAGEM DA
PESSOA COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA -
TEA������������������������������������������������������������������������������������������25
Emanoele Pereira da Silva
Carlos Eduardo Stante Gomes
SOBRE OS ORGANIZADORES������������������������������������������153
PREFÁCIO
Telma Pantano
Capítulo 1
NEUROPSICOPEDAGOGIA: BASES
NEUROFISIOLÓGICAS DE MEMÓRIAS
TRAUMÁTICAS NA APRENDIZAGEM
1 Introdução
4 Considerações finais
Referências
AS CONTRIBUIÇÕES DA
NEUROPSICOPEDAGOGIA NA
APRENDIZAGEM DA PESSOA COM
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA -
TEA
1 Introdução
visto que é em seu meio familiar onde ele passa a maior parte
do seu tempo e ninguém conhece melhor a criança do que seus
pais. As informações trazidas a instituições de ensino pelos pais
são fundamentais para que o docente planeje seus trabalhos
pedagógicos, a fim de incluir de fato essa criança. A parceria entre
escola família é o eixo principal do desenvolvimento e construção
do conhecimento dessa criança.
As dificuldades apresentadas pelas crianças com TEA
refletem dentro das instituições escolares, pois essas crianças
necessitam mais de apoio para construírem seus conhecimentos.
Isso não significa que elas não vão aprender, mas que os professores
precisa ser capacitados e entender sobre as especificidades da criança
para então mediar seu processo de ensino aprendizagem. Por isso o
diagnóstico precoce é fundamental para o desenvolvimento dessa
criança (CARNEIRO, 2015).
Quando falamos em parceria escola família significa que há
reciprocidade entre ambas, a escola precisa também amparar essa
família para que ela saiba quais caminhos devem traças. É uma via
de mão dupla, onde a escola precisa da família e a família necessita
escola.
Dentre a documentação internacional que ampara o direito
à educação, temos a Declaração Universal dos Direitos Humanos
(UNESCO, 1948), que deflagra que toda a criança tem direito
à educação e a Declaração Mundial sobre Educação Para Todos,
proferida em Jomtien/Tailândia (BRASIL, 1990) que fundamenta
a educação como um direito de todos e destaca como real papel da
escola a garantia de aprendizagem (BRASIL, 1990).
Também temos a Declaração de Salamanca (1994) como
referência para a implementação de políticas públicas para a inclusão
escolar, por instituir a educação inclusiva como compromisso
mundial e contemplar o encorajamento por parte das instituições
frente à participação dos pais, comunidades e organizações de
pessoas com deficiência no que tange os processos de planejamento
e tomada de decisões concernentes à provisão de serviços.
33
Neuropsicopedagogia: Avanços, Debates e Perspectivas
5 Considerações finais
Referências
Introdução
significativo.
Dentre os diversos focos de estudos em Neuropsicopedagogia,
um recorte será feito nas questões que envolvem a “atenção”. Frente
ao contexto diário de trabalho da pesquisadora desse artigo, como
coordenadora pedagógica de uma Escola Municipal de Educação
Básica, da cidade de Franca, Estado de São Paulo, diversas são as
situações em que o corpo docente manifesta preocupação com a
falta de atenção de seus alunos, e nesse contexto destaca-se quase a
totalidade dos alunos atendidos na unidade escolar, nas suas mais
diversas idades - quatro a onze anos. O que fazer para conseguir a
atenção dos alunos no processo de ensino e aprendizagem? Quais
são as formas de atenção? Quais estratégias a neuropsicopedagogia
pode agregar ao fazer pedagógico e reconsiderar as queixas sobre as
desatenções? Quando realmente é algo patológico – como é o caso
do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)?
O entendimento de como se dá o processo das diversas
aprendizagens, o desenvolvimento e a formação das memórias,
a influência da cultura, ou seja, a natureza biológica e cultural
constitutiva do ser humano e a contribuição da atenção em todo esse
processo serão estudos dessa pesquisa que almeja contribuir com
aporte teórico e estratégias para os questionamentos e provocações
diagnosticados no interior das salas de aula dos educadores da
educação básica.
O objetivo deste artigo é apresentar aspectos do campo
da neurociência que possam subsidiar a compreensão do papel
da atenção no processo de aprendizagem. A metodologia
utilizada foi a revisão bibliográfica, com uma triagem apurada de
renomados estudiosos e pesquisadores conceituados na área da
Neuropsicopedagogia, Saúde, Educação e Psicopedagogia. Neste
contexto, a pesquisa está fundamentada teoricamente na abordagem
socio-histórica de Luria (1979) que aborda em seus estudos o
renomado Vygotsky (Tanaka, 2007) e de pesquisadores da área da
Neuropsicopedagogia, da Saúde, Educação e Psicopedagogia.
A pesquisa é dividida em três tópicos: no primeiro, o
45
Neuropsicopedagogia: Avanços, Debates e Perspectivas
2 Os estados da atenção
4 Educar a atenção
5 Considerações finais
Referências
NEUROCIÊNCIA À LUZ DA
APRENDIZAGEM: CAMINHOS PARA
AUXILIAR OS ALUNOS EM SUA ROTINA DE
ESTUDOS
1 Introdução
4 Considerações finais
Referências
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74
Neuropsicopedagogia: Avanços, Debates e Perspectivas
APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA
DA AFETIVIDADE E RESPEITO ÀS
POTENCIALIDADES DO EDUCANDO: UMA
ABORDAGEM NEUROPSICOPEDAGÓGICA
1 Introdução
4 A neurociência e a aprendizagem
cerebral.
O cérebro do ser humano é dotado de uma capacidade
conhecida como plasticidade, que é definida como a capacidade
de adaptar-se diante das “influências ambientais durante o
desenvolvimento infantil, ou na fase adulta, reestabelecendo e
restaurando funções desorganizadas por condições patológicas”
(SHOBRIS, 1996, p.135). Plasticidade é apresentada então,
como a capacidade do cérebro de fazer e desfazer ligações como
decorrência das influências mútua constantes com o ambiente
interior e exterior do corpo.
Observa-se então, que no ciclo natural do desenvolvimento
cerebral, de acordo com Cosenza (2011), acontecem modificações
na adolescência que preparam o indivíduo para a vida adulta. O
aumento da conectividade entre as células é progressivo na infância,
declinando na adolescência até atingir o padrão adulto, quando
otimiza o potencial de aprendizagem. Sendo assim, existe uma
ligação entre os fenômenos plásticos do cérebro e o desenvolvimento
do sistema nervoso no contexto sócio-histórico-educativo. Desse
modo, é possível relacionar as condições fisiológicas das conexões
neurais e o conceito de zona de desenvolvimento proximal4, sendo
esta uma fonte das conexões neurais, por meio da aprendizagem em
forma de mediação na construção do conhecimento.
A aprendizagem pode levar não só ao aumento da
complexidade das relações em um circuito neuronal, mas
também à associação de circuitos até então independentes. É o
que acontece quando aprendemos novos conceitos a partir de
conhecimentos já existentes. A inatividade, ou doenças, podem
ter efeitos inversos, levando ao empobrecimento das ligações
entre os mesmos circuitos. A grande plasticidade do fazer e
no desfazer as associações existentes entre as células nervosas
é a base da aprendizagem e permanece, felizmente, ao longo
5 Resultados e análise
6 Considerações finais
Referências
NEUROPSICOPEDAGOGIA E ARTES:
EXPLORANDO NOVAS CONEXÕES E
VENCENDO DESAFIOS NA APRENDIZAGEM
1 Introdução
5 Conclusão
Referências
1 Introdução
4 Conclusão
Referências
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Capítulo 8
FUNÇÕES EXECUTIVAS:
DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
NA PRIMEIRA INFÂNCIA
1 Introdução
2 Funções executivas
4 Conclusão
Referências
CONTRIBUIÇÕES DA NEUROCIÊNCIA:
PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO
INFANTIL
1 Introdução
6 Considerações finais
Referências