Conceituar clínica de direito é complicado, pois envolve questão tanto teórica (não há
texto sobre clínica no Brasil e, no âmbito internacional, não a conceituam apenas a
descrevem seu funcionamento) quanto prática (não se tem experiência clínica).
DEBATE OU DISCUSSÃO
Desvantagens: a discussão pode ser desviada para temas irrelevantes, pode ser domina
por parte dos alunos ou cair na vala comum.
Na perspectiva do aluno – o medo de se expor em publico ou de expressa ideias erradas;
a crença, por parte dos alunos, de que o debate é perca de tempo; o desperdício de
dinheiro para ouvir a fala dos colegas e não dos professores.
Na perspectiva do professor – a percepção de que a discussão gera certa perda de
controle (temas e assuntos que não foram planejados); a falta de resposta para algumas
indagações feitas pelos alunos, sobre as quais o professor ainda não refletiu; o tempo
consumido pode ser incompatível com o programa de curso (repleto de conteúdos e
informações).
O professor deve identificar o objetivo da aula se for refletir criticamente a estratégia
que facilita o aprendizado é a discussão; se o desiderato for expor informação, a
estratégia é a prelação ou aula expositiva.
O material para o debate deve ser claro, aberto (inadmissível resposta sim ou não),
formulado uma pergunta por vez (para não desencorajar os alunos) e envolver variados
aspectos que desperte interesse nos alunos.
Precisa preparar o ambiente do debate no aspecto tanto físico (evitar colocar o professor
na frente da turma) quanto social (encorajar os alunos).
Uso de induções.
Elementos essenciais: uso da técnica para examinar as crenças dos estudantes; explorar
o valor presente na opinião; gerar desconforto; demonstrar a complexidade, dificuldade
e incerteza são advindas de qualquer fato.
Momentos:
Preparação – organizar a atividade, orienta as regras e indica a leitura prévia.
Aplicação – evitar ser o centro da discussão, estimular a discussão e a polêmica, garantir
a assimetria das informações consensuais, permitir a construção coletiva das sínteses
alcançadas (formação coletiva do conhecimento).
MÉTODO DO CASO
Críticas: não permitia ensinar aos alunos todos os conteúdos das diversas áreas do
direito; não ensinam a pensarem como advogados; é um resumo dos argumentos dos
sujeitos envolvidos no processo; o método enfatiza um olhar para o passado, isto é,
analisar o que já aconteceu ao invés de discutir o que pode ser feito em dada situação.
No Brasil, a natureza civil low não seria um problema para a implementação do método
do caso, tendo em vista que o objetivo deste é habilitar o estudante para desenvolver
raciocínio jurídico. Contudo, encontra entrave na necessidade da realização de ampla
pesquisa jurisprudencial acerca de um tema e, somente após isso, escolher qual das
decisões propicia o desenvolvimento do raciocínio jurídico.
Trata-se de aprendizado por meio de problemas – foi desenvolvido como uma técnica
de ensino na década de 1950. Ou melhor, poderia como técnica de ensino que tem como
ferramenta central a análise de casos complexos, reais ou hipotéticos, que envolvam
elementos jurídicos e não jurídicos.
Os professores são entendidos mais como facilitadores do que como disseminadores.
Variedades: 1) problem method – técnica em que se espera que o aluno foque seu
estudo em um problema colocado pelo professor, sendo sua tarefa desenvolver uma
solução para ele com base em quaisquer materiais disponíveis.
2) problem-based method tem como foco, mais do que o ensino de determinados
conteúdos, o desenvolvimento da habilidade especifica da resolução de problemas em
um determinado campo do conhecimento. Seu objetivo não se limita à mera transmissão
de conhecimento, mas se relacionaria o desenvolvimento de processos meta-cognitivos
relacionados aos fins de aprendizagem auto-determinada, conhecimento de conteúdos e
habilidade de resolução de problemas.
Vantagens: treinar os alunos a pensar como advogados, o qual é entendido como
resolvedor de problemas jurídicos; aplicar a jurisprudência existente a novas situações
concretas; fomentar as habilidades de planejamento e aconselhamento; estímulo à
interdisciplinaridade e ao interesse dos alunos; possibilidade de se testar a compreensão
dos alunos, bem como o desenvolvimento das habilidades em questão.
Desvantagens: exige que o professor dedique mais tempo com a preparação das aulas do
que em geral; necessita de salas pequenas (menos que 40 alunos) o que é mais custoso
para a instituição; permite que menos matéria do programa seja coberta.
ROLE-PLAY
SEMINÁRIO
O emprego do seminário implica em três fases cada uma marcada por diferentes
encargos para o professor e para os alunos. A primeira fase, de preparação, engloba a
pesquisa e investigação a serem realizadas pelos alunos. A segunda se constitui na
apresentação do tema e na sua discussão por meio da utilização de outras técnicas como
a exposição oral, debate e discussão. A terceira e última fase consiste na avaliação da
atividade como um todo e eventual atribuição de nota ou menção aos alunos.
Classificação quanto ao objeto de estudo: seminário de leitura, seminário temático e
seminário de pesquisa.
Seminário de leitura – objeto de estudo o texto indicado pelo professor. Visa aprofundar
a matéria estudada, esclarecê-la ou mesmo introduzir novo tema. Espécies:
- Problematizante: ponto de partida de uma discussão;
- Leitura interna: compreensão e discussão do próprio texto lido.
Seminário temático – o aluno tem liberdade na escolha dos subsídios que irão orientar a
sua exposição. Ao aluno ou grupo de alunos é dado o tema sobre o qual deveram
pesquisar e montar uma exposição;
Seminário de pesquisa – há um texto previamente determinado para discussão. Mas é
oportunizado aos alunos discutirem seus projetos de pesquisa em andamento ou em fase
de elaboração.