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3 | Metodologias ativas
8 | Encerramento
Referências
Ficha Técnica
1 | Introdução
Na trajetória pensada para esta disciplina, é importante refletir sobre o contexto do mundo atual no que
diz respeito à Cultura Digital; pensar sobre diferentes possibilidades de comunicação por meio de
tecnologias (as Linguagens Midiáticas), assim como experimentar e produzir recursos didáticos.
Vamos, nesse momento, ampliar nosso olhar para estratégias que envolvem as práticas educacionais,
como foco para o Ensino.
Mas não qualquer ensino nem o ensino com as teorias pedagógicas tradicionais. Embora esse foco
seja essencial em qualquer prática educacional que venhamos a desempenhar, gostaríamos de
conversar com você sobre um tema que enxergamos como uma tendência que está por vir e que se
desenvolve e ganha destaque, cada vez mais, devido ao desenvolvimento das tecnologias digitais e
sua influência no contexto educacional! Estamos falando do Ensino Híbrido!
Mas o que isso tem a ver com as tecnologias na educação? Tudo! Você vai ver que são conceitos
intimamente ligados e que um dá origem e suporte ao outro! Mas, antes disso, vamos compreender
um pouco como chegamos até aqui e como podemos descrever todas essas mudanças que
aconteceram no mundo da educação! Respire fundo e, com pensamento inovador e sem medo de
errar, siga em frente.
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2 | Novos paradigmas da Educação
Mas e na prática? Como isso se consolida? No vídeo que segue, você encontra um exemplo de como
estes novos paradigmas são capazes de transformar o espaço escolar. Muitos dos conceitos que
Formiga (2009) apresenta na sua tabela comparativa entre antigos e novos paradigmas aparecem
concretizados na ação apresentada que relata uma experiência na cidade do Rio de Janeiro.
E agora?
GENTE - SME-RJ
Ao assistir ao vídeo, é possível perceber a utilização de diferentes estratégias que se relacionam com
a integração das tecnologias no espaço escolar... Você até hoje já vivenciou algum cenário
educacional parecido com esse? Compartilhe com a gente e comente sobre os desafios e as
vantagens que você visualiza neste tipo de proposta...
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Será isso?! Não... O que queremos destacar, neste momento, em nosso estudos são as Metodologias
Ativas... Já ouviu falar disso?
O modelo mais conhecido e praticado nas instituições de ensino é aquele em que o aluno acompanha
a matéria lecionada pelo professor por meio de aulas expositivas, com aplicação de avaliações e
trabalhos. Reconhece esse padrão? Pois esse método é conhecido como passivo, pois nele o
docente é o protagonista da educação. Já, na metodologia ativa, o aluno é personagem principal e o
maior responsável pelo processo de aprendizado. O que significa que o objetivo dessa abordagem é
incentivar que os estudantes desenvolvam a capacidade de absorção de conteúdos de maneira
autônoma e participativa (LYCEUM, 2017). Resumindo:
O principal objetivo das metodologias ativas é incentivar os alunos, para que aprendam de forma
autônoma e participativa, a partir de problemas e situações reais. A proposta é que o estudante esteja
no centro do processo de aprendizagem, participando ativamente e sendo responsável pela
construção de conhecimento.
É muito provável que, pelo menos em suas formas mais simples, você deve conhecer algum tipo de
"Metodologia Ativa". Já ouviu falar em ensino por meio de projetos ou por meio de soluções de
problemas? Esses são exemplos típicos das metodologias ativas. Quer saber quais são as práticas
ensino-aprendizagem mais comuns nas metodologias ativas de aprendizagem? Vamos conhecer mais
sobre algumas delas.
Estudo de caso
A prática pedagógica de Estudo de Casos tem origem no método de Aprendizagem Baseada em
Problemas. O Estudo de Caso oferece aos estudantes a oportunidade de direcionar sua própria
aprendizagem, enquanto exploram seus conhecimentos em situações relativamente complexas. São
relatos de situações do mundo real, apresentadas aos estudantes com a finalidade de ensiná-los,
preparando-os para a resolução de problemas reais.
E agora?
Percebeu como essas práticas não são tão novas assim? Teóricos como Dewey (1950), Freire (2009),
Rogers (1973), Novack (1999), entre outros, enfatizam, há muito tempo, a importância de superar a
educação bancária, tradicional e focar a aprendizagem no aluno, envolvendo-o, motivando-o e
dialogando com ele (MORAN, 2015). E você, o que acha? Quais dessas metodologias ativas você já
conhecia e já experimentou? Compartilhe conosco, independentemente se a sua experiência foi como
estudante ou como professor.
As metodologias ativas são, na visão de Moran (2015), pontos de partida para avançar para processos
mais avançados de reflexão, de integração cognitiva, de generalização, de reelaboração de novas
práticas. Encontramos em Paulo Freire (1996) uma defesa para as metodologias ativas, com sua
afirmação de que, na educação de adultos, o que impulsiona a aprendizagem é a superação
de desafios, a resolução de problemas e a construção do conhecimento novo a partir de
conhecimentos e experiências prévias dos indivíduos (BERBEL, 2011). Esse entendimento é
especialmente pertinente quando se trata de Educação Profissional e Tecnológica (EPT).
Podemos dizer que a EPT requer uma aprendizagem significativa, contextualizada [...] que gere
habilidades em resolver problemas e conduzir projetos nos diversos segmentos do setor produtivo.
Complementando esses requisitos de aprendizagem, devemos acrescentar que, mesmo que o sistema
educacional forme indivíduos tecnicamente muito bem preparados, é indispensável que eles sejam
capazes de exercer valores e condições de formação humana, considerados essenciais no mundo do
trabalho contemporâneo, tais como: conduta ética, capacidade de iniciativa, criatividade, flexibilidade,
autocontrole, comunicação, dentre outros (BARBOSA; MOURA, 2013, p. 52).
Nesse sentido, as metodologias ativas "têm um ideário favorável às necessidades da Educação
Profissional e podem gerar práticas docentes inovadoras no contexto da formação
profissional, superando limitações dos modelos tradicionais de ensino" (BARBOSA; MOURA, 2013, p.
49), apresentando diferentes benefícios.
Entre as principais vantagens que as metodologias ativas podem proporcionar, a principal delas
contempla "a transformação na forma de conceber o aprendizado, ao proporcionar que o aluno pense
de maneira diferente (já ouviu falar em fora da caixa?) e resolver problemas conectando ideias que,
em princípio, parecem desconectadas" (GAROFALO, 2018). Para os cenários da EPT, podem
possibilitar mais autonomia, confiança, senso crítico, empatia, além de maior sentimento
responsabilidade e necessidade de participação e colaboração - características essenciais para
qualquer profissional dos de hoje, não é mesmo?
O Ensino Híbrido ou Blended Learning (termo em inglês) é o mais recente formato de educação. O
termo vem sendo usado com grande ênfase na área de educação e vem causando muitas reflexões
entre docentes e equipes pedagógicas de cursos. Diversos autores pesquisam e, cada vez mais,
fortalecem esse novo formato educativo, criando e consolidando conceitos, características e formas de
aplicação. Todas as definições que permeiam o termo, entretanto, relacionam esse modelo à
integração das tecnologias e à personalização do ensino. Isso porque as tecnologias
possibilitaram, como já vimos, diferentes formas de ensinar e aprender e colocaram o estudante como
centro do processo do seu aprendizado, permitindo um respeito maior ao seu ritmo de
aprendizagem!
Não parece que estamos falando das metodologias ativas outra vez? E as similaridade com o Projeto
GENTE do primeiro vídeo apresentado? Encontramos algumas, certo? Isso porque todas essas
temáticas estão inter-relacionadas.
Portanto, conforme apresentado no vídeo, o Ensino Híbrido é uma proposta de integração das
tecnologias digitais ao ensino em que o estudante aprende na escola (ensino presencial), mas também
por meio do ensino on-line (educação a distância) com elementos de controle sobre o seu tempo e
ritmo do aprendizado. Essa abordagem permite ao professor obter informações individualizadas sobre
o desempenho dos alunos que permitem que ele atue com maior eficiência em relação às suas
necessidades favorecendo a personalização do ensino.
As principais características do ensino híbrido são:
No Brasil, o tema vem sendo discutido entre os grupos de inovação tecnológica e educacional. Entre
as figuras relevantes deste cenário, o Instituto Península e a Fundação Lemman estão entre os
protagonistas no desenvolvimento de conteúdo, cursos, formações e experimentações sobre este
tema (produtoras do vídeo acima, inclusive).
Instituto Península
A Fundação Lemman também é uma organização sem fins lucrativo, mais antiga, fundada em 2002.
Essa fundação atua somente na área da educação, realizando uma série de ações voltadas à
inovação, à gestão, às políticas educacionais e à formação de uma rede de jovens talentos. Promove
diversos cursos para estudantes e professores, assim como, em parceria com outras instituições,
cursos em outras instituições. Entre estas, destacam-se universidade estadunidenses, como Havard
University, Yale University, Stanford University, Columbia University, University of Illinois, University of
California e MIT.
Fundação Lemman
Em conjunto, estas organizações desenvolveram o Grupo de Experimentações em Ensino Híbrído.
Este grupo envolveu coordenadores e professores que, além de discutirem o ensino híbrido, também
apresentaram uma série de propostas e experiências que têm servido de inspiração para a
implementação desta forma de ensinar na realidade educacional brasileira. Como resultado,
atualmente as Fundação Lemman e o Instituto Península trabalham juntos para desenvolver cursos e
diversos conteúdos sobre o tema, abordando desde a otimização do espaço escolar até estratégias
eficazes para verificação de aprendizagem. Além dos cursos on-line, publicaram também o
livro "Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação", que apresenta contribuições para
professores que querem inovar, integrando as tecnologias digitais ao dia a dia de sua sala de aula. O
primeiro capítulo deste livro é também nossa primeira leitura obrigatória sobre o tema! Vamos
aprofundar mais nossos conhecimentos?
O mesmo autor da leitura obrigatória indicada também é o entrevistado do Prof. João Mattar no vídeo
a seguir, que registrou uma conversa entre esses dois especialistas que têm grande atuação e
relevância na área da Educação em nosso país! Vamos assistir?
Internacionalmente, uma das grandes referências em Ensíno Híbrido é o Clayton Christensen Institute,
um instituto de pesquisa dos Estados Unidos que tem reunido profissionais e experiências com
diferentes publicações na área.
O material desenvolvido pelo Instituto Península e pela Fundação Lemman, assim como as
publicações do Clayton Christensen Institute, são as referências base deste nosso livro, conforme
você poderá observar nos capítulos seguintes. Vamos lá?
5 | Modelos de ensino híbrido
No ensino híbrido, novas formas ou técnicas de trabalho vêm sendo desenvolvidas e têm sido
denominadas "Modelos do Ensino Híbrido". Antes de conhecer com mais detalhes desses modelos,
vamos realizar a leitura a seguir que introduz o tema.
Agora que você já conhece quais são os modelos de ensino híbrido, vamos conhecer melhor cada um
deles? Acesse o texto a seguir para aprofundar seus conhecimentos neste tema!
Descubra aqui quais são e como podem ser implementados os modelos do Ensino Híbrido.
Entre os modelos de Ensino Híbrido existentes, pode-se dizer que os mais utilizados são:
1. A rotação de laboratório – técnica de ensino em que as aulas são intercaladas com momentos
na sala de aula e no laboratório de informática, com conteúdos complementares, podendo, por
exemplo, ocorrer a aula inicial no laboratório de informática, para o aluno ter o primeiro contato
com o tema; a segunda ou próximas aulas em sala de aula, para debater o assunto em conjunto
com colegas e professor e realizar exercícios; e, ainda, levar as práticas para fora das paredes
da escola, realizando sua aplicação na sociedade;
2. Sala de Aula Invertida – esse talvez seja o modelo que desenvolve mais autonomia dos alunos,
tornando-os ativos na construção do conhecimento. Ele consiste em três momentos para
realização do estudo, conforme apresentado no quadro a seguir, baseado em Trevisani (2015):
Momentos Atividade
Primeiro O aluno estuda o conceito que será visto na escola antes da aula, preparando-se
para as atividades a serem realizadas. Esse estudo pode ser feito baseado em
referências pesquisadas pelos próprios alunos ou em referências selecionadas pelo
professor, que podem ser complementadas pelos alunos.
Visualizar experiências práticas é interessante para reforçar o entendimento do novo formato. Para
isso, assista ao vídeo a seguir, com o caso prático de Eric Rodrigues, professor de História, e sua
experiência com o ensino híbrido.
Tecnologia e Ensino Híbrido - por Eric Rodrigues
Tecnologia/Ensino Híbrido - Eric Rodrigues - Transformar 2…
2…
Assegurar infraestrutura:
Conectividade;
Rede lógica com Wi-Fi;
Equipamentos cada vez mais móveis;
Uso quase transparente.
Formar professores:
Compreender como utilizar com propósito e da melhor maneira, para que juntos possamos
garantir o direito de todos os brasileiros a uma educação de qualidade, que prepare para a vida e
permita a aprendizagem ao longo de toda a nossa existência.
As reportagens a seguir também buscam orientar formas de estimular ações inovadoras na Educação,
seja simplesmente para um uso mais intenso e adequado das tecnologias, seja para aplicação de
novos modelos, como é o caso do Ensino Híbrido. Vale a pena conferir esses estudos e as dicas que
eles contêm!
As tecnologias estão cada vez mais presentes nas salas de aula do mundo todo, os alunos, em grande
parte, são receptivos a elas, mas… e os professores? Os docentes são responsáveis por fazer a
conexão dos recursos tecnológicos com os conteúdos dos currículos pedagógicos. Por isso, é
importante que se sintam seguros e sejam preparados para usá-los.
Qual é o papel da direção e da coordenação de uma instituição de ensino nesse contexto? O que os
gestores podem fazer para incentivar e otimizar o uso de das tecnologias dentro da escola? O Porvir
conversou com especialistas de diferentes áreas para descobrir.
Veja algumas dicas de como estimular o uso efetivo das tecnologias por parte dos educadores.
“Oferecer recursos que contribuam para o trabalho do professor em atividades que ele já realiza dentro
de sala faz com que ele se sinta mais confortável em um primeiro momento”, afirma Thiago Feijão,
empreendedor que criou a plataforma adaptativa QMágico. “O papel do gestor na implementação de
novas tecnologias não se restringe a mostrar a direção da inovação, mas trazer as melhores
ferramentas que possam se adequar à visão [pedagógica] proposta”, completa.
Para Fernanda Giannini, que trabalha com formação de professores na rede pública de São Paulo na
área de tecnologia, é importante que as ferramentas escolhidas potencializem a aula do professor, que
traga algo a mais, algo que ele não conseguiria realizar sem esse recurso. “A demanda de fazer uso
de uma tecnologia tem que ser o mais pertinente possível. Cabe à direção apresentar ferramentas e
mostrar quais são suas possibilidades de uso”, explica.
Estimular que o professor incorpore as tecnologias no dia a dia, em diferentes momentos e situações,
deixando sua utilização mais natural, facilita a integração desses recursos com a dinâmica escolar.
Quando esse uso acontece dentro e fora da sala de aula, na própria rotina do docente, ele se sentirá
mais confortável em fazer uso da tecnologia.
“Adotar tecnologia é como escovar os dentes: no começo custa mudarmos nossos hábitos, mas, com
o tempo, o benefício é evidente. Mudar hábitos requer acordo pedagógico, frequência de uso e
acompanhamento”, ressalta Feijão sobre a importância da equipe pedagógica estar unida para
implementar essas mudanças. A coordenadora pedagógica Adriana Gandin conta que, quando precisa
compartilhar alguma informação com os professores do colégio onde trabalha, procura usar
ferramentas que gostaria que eles usassem com seus alunos. “Para coletar dados ou enviar um
arquivo maior, faço através de formulários do Google Drive ou do Dropbox. Assim, eles já percebem a
funcionalidade desses recursos e isso os estimula a levar a ferramenta para a sala de aula.” “A
demanda de fazer uso de uma tecnologia tem que ser o mais pertinente possível. Cabe à direção
apresentar ferramentas e mostrar suas possibilidades de uso”.
“Esse profissional não é um professor que leciona nem um técnico da informação. Ele é a ligação
entre a tecnologia da informação e o ensino. Ele gera a união de forma confortável e efetiva para o
professor e para o aluno. É uma pessoa para pensar isso”, explica Giannini.
O educador Cesar Nunes ressalta que cabe ao diretor criar um ambiente onde a cultura do
pensamento é valorizada e sugere como opção que a direção faça com os docentes uma avaliação
formativa, que é um recurso pedagógico usado comumente pelos professores como ferramenta de
diagnóstico do processo de ensino aprendizado dos alunos. O objetivo desse tipo de avaliação é que
ela seja um instrumento de formação, do qual os alunos fazem parte ativamente. No caso de ser
usada entre professores, a avaliação formativa tem o objetivo de ajudá-los a encontrar a abordagem
pedagógica que mais se adeque aos alunos.
“O professor precisa passar pelo processo que quer fazer seus alunos passarem. E o diretor precisa
recriar esse ambiente usando tecnologia para dar mais confiança e segurança para os docentes. Um
ambiente onde eles possam receber aprovação e feedback dessa experimentação.”
Essas formações são fundamentais como processo de reciclagem, para manter o corpo docente
atualizado sobre os avanços tecnológicos e novos recursos disponíveis e também para trocar
experiências sobre as ferramentas que já estão disponíveis para eles. “A formação continuada dentro
da escola é importante, assim os professores podem compartilhar práticas com colegas, promover
uma rede colaborativa. A troca entre eles é um processo bastante rico”, afirma Mila Molina, gerente de
projetos da Fundação Lemann.
1. Acredite que as tecnologias digitais podem colaborar para promover novas práticas
pedagógicas;
2. Entenda como estes recursos podem ser incorporados à rotina escolar;
3. Conheça algumas possibilidades que fazem sentido dentro da sua área de trabalho e se
aproprie de algumas ferramentas tecnológicas;
4. Planeje novas estratégias de ensino que tenham o aluno no centro do processo de aprendizado
e o professor como mediador da construção do conhecimento;
5. Pense em um ensino mais personalizado e uma avaliação que leve em consideração as
necessidades de cada aluno, visto que o conhecimento está disponível e o foco da educação
não é mais a transmissão de conteúdo, mas sim o desenvolvimento de competências e
habilidades;
6. Incentive os alunos a pesquisar na internet. Oriente-os a pesquisar fazendo uso de palavras-
chave e símbolos. Além disso, indique bibliografias e sites úteis para que desenvolvam com
qualidade o trabalho;
7. Permita que os alunos comparem informações e discutam sobre os temas pesquisados,
sinalizando a confiabilidade da informação;.
8. Estimule os alunos a produzir seus próprios textos, em diferentes formatos, a partir das
pesquisas realizadas na internet e em outras mídias, bem como a mencionar autores e fontes
pesquisadas;
9. Motive os alunos a participar de projetos colaborativos, inclusive com estudantes de outras
escolas no Brasil e no exterior;
10. Crie ou estimule seus alunos a criar um espaço virtual exclusivo para produção de trabalhos
colaborativos (uma página no Facebook, um perfil no Twitter, um blog, um disco virtual);
11. Incentive os alunos a compartilhar seus trabalhos na internet, para que qualquer pessoa possa
ter acesso, contribuir e fazer críticas;
12. Valorize o uso de diferentes recursos tecnológicos para produção de trabalhos escolares, como
vídeos, fotos, podcasts, blogs, slides, gráficos, banco de dados, ou seja toda e qualquer
ferramenta que possa ser utilizada no dia a dia escolar ou futuramente no mercado de trabalho;
13. Permita diferentes formas de manifestação e expressão no desenvolvimento dos trabalhos,
dando espaço à criatividade e pró-atividade;
14. Engaje os alunos em tarefas desafiadoras, que façam sentido para suas vidas, que
proporcionem o trabalho em equipe e administração do tempo;
15. Propicie a produção de games, estimulando o raciocínio lógico, com o uso de softwares de
programação.
Fonte: pxhere.com
Tudo o que vimos até aqui aponta para o fato de que não falamos mais do computador na escola, e
sim de uma tecnologia que permite ao estudante trafegar em um mundo virtual, em meio a milhões de
informações, conteúdos e materiais, concorda? Esses dados adentram o espaço escolar modificando
a cultura organizacional por meio das novas relações estabelecidas dentro e fora da escola, por redes
sociais, tão presentes no cotidiano de alunos, professores, equipe pedagógica, gestores e pais.
Portanto, a questão da integração das tecnologias no contexto escolar ultrapassa os limites da sala de
aula.
Vimos isso nos modelos de ensino híbrido, correto? Alguns deles somente são possíveis de serem
implementados se houver em toda a instituição de ensino alterações em diferentes dimensões
(espaços, currículos, tecnologias etc.).
Legenda: Categorias do modelo de integração de tecnologias
Contudo, para que o processo ocorra mais rapidamente e de forma mais duradoura, as autoras
sugerem que o desenvolvimento das categorias seja estimulado na mesma intensidade, para que
todos os participantes do contexto escolar se apoiem mutuamente no processo.
Em cada uma das categorias apresentadas, a integração passa por seis estágios:
0. Não utilização;
1. Familiarização;
2. Conscientização;
3. Implementação;
4. Integração;
5. Transformação.
Talvez, neste momento, você se pergunte: mas como eu vou saber em qual estágio a instituição que
eu atuo se encontra? Para responder a esta pergunta, as autoras disponibilizam um esquema que
mostra cada um dos estágios para cada categoria. Acesse o quadro a seguir e descubra.
Quadro com a proposta de indicadores de Integração das Tecnologias na Educação
(VOSGERAU; PASINATO, 2012 apud VOSGERAU, 2012)
E agora?
Observando o modelo apresentado para integração das tecnologia no espaço escolar, queremos saber
a sua opinião: será que um dia atingiremos o grau mais alto de integração em todas as
instituições de ensino? Isso é necessário? E mais importante: será que acreditamos e queremos tais
transformações? Cada um pode e deve ter suas próprias respostas a esses questionamentos... E
nenhuma opinião está mais certa do que as outras; são visões de mundo! E nós queremos saber a
sua!
Imagem: pxhere.com
Na situação atual, lentamente professores estão visualizando novas formas de trabalhar o processo de
ensino e aprendizagem, que passa a ocorrer de forma mais colaborativa, já que o professor deixa de
ser soberano, dono do conhecimento. Os alunos passam a ter um papel mais ativo, deixam de ser
meros expectadores de apresentação de conteúdos e passam a trabalhar em conjunto com o
professor na construção do conhecimento e do processo de ensino e aprendizagem. As autoras
Konrath, Tarouco e Behar (2009) trabalham com assuntos relacionados à mediação pedagógica e
confirmam essa situação na atualidade:
Focando no papel do aluno, é importante salientar que se espera dos alunos, ou pelo menos se
propõe a eles, participação mais efetiva no processo de ensino-aprendizagem. O aluno continua sendo
o centro da preparação escolar, ou seja, é o foco de projetos políticos pedagógicos de cursos. Os
professores se preparam para promover o ensino, mas com estratégias de práticas pedagógicas em
que o aluno é um ser atuante. Neste cenário de alunos participantes, eles precisam trabalhar, ou seja,
participar efetivamente da busca da sua aprendizagem.
Se o que pretendemos é que o aluno construa seu próprio conhecimento, aplicando seus esquemas
cognitivos e assimiladores à realidade a ser aprendida e desenvolvendo o seu raciocínio, devemos
permitir que ele exerça sua atividade mental sobre os objetos e até mesmo uma ação efetiva sobre
eles. Isto é, os educandos devem ter papel ativo em sala de aula, colaborando de alguma forma, ou
seja, assim como o professor, eles também devem ser participantes, ou melhor, “sujeitos da história na
medida em que a constroem ao lado de outros seres humanos, num contexto socialmente definido"
(LUCKESI, 1993, p.114).
Dessa forma, professores e alunos têm uma relação mais próxima, pois ambos são peças importantes
no desenvolvimento do processo educativo. As tecnologias, por sua vez, têm a missão de facilitar esse
processo, oferecendo ferramentas de informação e comunicação para interações em tempo real ou
diferentes tempos, sanando problemas de tempo e distância geográfica.
7 | Modelos de plano de aula para o ensino híbrido
Apresentamos a seguir modelos de plano de aula do ensino híbrido propostos por Bacich, Tanzi Neto e
Trevisani (2015).
Laboratório rotacional
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Rotação individual
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3. Modelo de plano de aula - Rotação por estações [Audiod…
[Audiod…
Modelo flex
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Download do template
8 | Encerramento
Para concluir nossa discussão, primeiro tenho uma pergunta importante: você chegou a ver nosso
vídeo de abertura? (Se você não viu, volta lá e dá uma olhadinha... Prometo que é rápido!).
Imagen: pxhere.com
Nossa ideia com esse vídeo foi mostrar como a educação tem se transformado ao longo de sua
história e como a tecnologia tem influenciado essas transformações. Essas transformações
trouxeram diferentes possibilidades para uso das tecnologias na educação, seja por meio de
metodologias ativas ou por meio do ensino híbrido.
Vimos também que, para a implementação de ações inovadoras, todo o contexto educacional precisa
mudar e adaptar-se e, talvez, seja neste aspecto que encontramos nosso maior desafio: ir além das
mudanças das nossas ações, mudar também o nosso modo de pensar!
E, para pensar de modo inovador, será necessário considerar também nossa capacidade de se
relacionar com a prática docente, não só a tecnologia, mas também a imaginação. Soma-se ainda a
necessidade de experimentação, considerando que os erros devem ser tão bem-vindos quanto os
acertos, uma vez que ambos são capazes de promover aprendizado tanto para aqueles que ensinam
quanto para aqueles que aprendem!
Don Tapscott
Don Tapscott: Quatro princípios para o mundo aberto
Crislaine Gruber