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Redação Lyceum

GESTÃO EDUCACIONAL

17/12/2018 ATUALIZADO EM 27/09/2021 6 MINUTOS PARA LER

Qual o papel do professor nas metodologias ativas? Saiba aqui!


Assim como todos os outros mercados, a educação também sofre algumas mudanças com o tempo. Nesse
sentido, um dos conceitos mais comentados recentemente são as metodologias ativas.

Apesar de ser um método já trabalhado em muitas escolas no mundo todo, ainda existem muitas pessoas
que não sabem exatamente do que se trata. Logo, se você tem interesse no assunto, não deixe de conferir
todo o post para ficar por dentro!

Afinal, o que são metodologias ativas?

Essa ideia vem do século XX, mais especificamente de Piaget, um pensador que defendia novos métodos de
educação. A palavra ativa vem justamente para contrapor o ensino passivo, aquele modelo tradicional em
que o professor ensina e o aluno aprende — ou seja, que carrega consigo a ideia de passividade.

Nessa metodologia, o protagonista é o próprio estudante, que recebe maior autonomia para participar do
seu processo de aprendizado. Ele deixa de ser apenas um receptor de informações e tem a responsabilidade
de buscar os meios de adquirir conhecimento.

Quando o aluno é realmente envolvido na sua aprendizagem, ele consegue refletir melhor sobre a
importância da sua contribuição. Antes disso, ele precisa perceber que é uma parte relevante desse processo
e não um mero coadjuvante.
Como isso pode ser feito?

Na verdade, existem diversas maneiras de aplicar o método em sala de aula, o que vai depender de cada
instituição de ensino. Aliás, outro fator importante é adequar esses planos às diversas fases
acadêmicas (educação básica, ensino superior, especialização etc), pois o desafio de envolver o aluno é
diferente em cada idade.

Contudo, não se trata de implementar atividades extraordinárias ou muito distantes do convencional. O


objetivo é utilizar mesmo as práticas comuns de uma maneira diferenciada, com o olhar voltado para o
protagonismo de quem está ali para aprender.

Para citar alguns exemplos, dentre as táticas utilizadas estão as rodas de discussão, jogos e brincadeiras,
estudos em grupo, sala de aula invertida, dinâmicas, entre outras. Tudo isso gerando responsabilidade para
os envolvidos e tirando o papel de “faz-tudo” do professor.

Nesse sentido, o suporte das ferramentas tecnológicas é crucial e colabora significativamente para
complementar todo o processo de aprendizagem, facilitando principalmente o acesso à informação e a troca
de experiências.

Quais as vantagens dessa metodologia?

Os defensores das metodologias ativas alegam uma série de benefícios para o desenvolvimento de cada
aluno como pessoa, profissional e cidadão. Ao oferecer maior liberdade e autonomia, a intenção é que eles
desenvolvam outras percepções e habilidades.

De um modo geral, o propósito é fortalecer a capacidade de pensar, avaliar e interpretar antes de absorver


os conteúdos. Ao contrário de simplesmente aceitar tudo o que é oferecido, é necessário resistir um pouco e
procurar entender com calma cada ideia ou contexto.

Esse estímulo ao senso crítico é extremamente importante para que as pessoas consigam aprimorar tal
capacidade, sobretudo quando vivemos em uma época de tantas informações difusas —  estamos expostos
a tantas coisas que nem sempre conseguimos pensar direito sobre elas, não é verdade?

Então, acredita-se que, dessa forma, seja possível formar pessoas mais criativas, inovadoras e que tenham
esse desejo de ir além. A capacidade de criticar (no sentido de avaliar, não de condenar) precisa ser
incentivada, para que o ser humano não acabe perdendo isso com o tempo e se torne praticamente um robô.

Outra vantagem é instigar o aluno a ser mais proativo, o que é uma característica bem valorizada pelo
mercado de trabalho. A disposição para analisar situações, buscar alternativas e oferecer soluções é
favorecida quando as pessoas compreendem desde cedo que devem ser partes ativas disso.

Como o professor atua nesse processo?

O grande equívoco de muitas pessoas ao conhecerem superficialmente esse tipo de metodologia é acharem
que o professor perde a sua função, que ao encorajar uma certa independência, ele pode ser substituído pela
tecnologia ou perder sua razão de existir.
Ao contrário, ele continua sendo fundamental. A diferença é que muda de posição, deixando de ser o único
detentor do conhecimento para se tornar um facilitador. Sua função deve ser atuar como mediador entre o
conhecimento e os alunos, estimulando essa interação e ajudando nas dificuldades.

Até porque é muito claro que o professor ocupa essa posição pelo seu vasto domínio e experiência sobre o
tema que leciona, e isso não inclui apenas uma grande quantidade de conteúdo, mas o jeito ou a didática
necessária para transmiti-lo.

Por isso, sua figura deve continuar existindo em sala de aula apenas com algumas mudanças, pois o
aprendizado não deve ficar por conta exclusivamente do aluno —  o que seria um caso de autodidatismo,
que é bastante diferente da proposta da educação ativa.

Por que essas mudanças são necessárias?

Um dos fatores para isso acontecer é que o modelo de ensino tradicional se tornou obsoleto com o passar
do tempo. Para atrair a atenção dos estudantes hoje em dia, é preciso mudar essa dinâmica, e colocá-los no
centro do processo é uma maneira de envolvê-los.

Para tanto, os professores naturalmente precisam ser mais flexíveis e contribuir para essa mudança de
cultura. Eles devem se preocupar em rever sua postura e estudar maneiras de transformar sua atuação como
profissionais da educação que são.

Por exemplo, o aluno sentado na cadeira da sala de aula muitas vezes tem acesso a milhares de informações
com alguns cliques. Talvez muito mais do que o seu professor está expondo no momento. Acontece que
nem sempre ele sabe transformar essas informações em conhecimento, precisando da ajuda de alguém mais
experiente.

Outro ponto que merece ser destacado é a sabedoria do professor para filtrar a imensa quantidade de dados
e opiniões a que temos acesso no mundo virtual. Sabemos que a internet traz muitos benefícios, mas não
podemos acreditar em tudo o que ela oferece.

Para finalizar, ainda que seja um desafio para os docentes, é preciso entender que as metodologias ativas
visam a potencializar ainda mais o ensino: afastar a preguiça, aproximar o aluno, desenvolver suas
habilidades e contribuir para uma formação mais completa. E, para isso, o suporte pedagógico e tecnológico
também é essencial.

Gostou deste post? Se ainda restou alguma dúvida sobre o assunto ou você deseja compartilhar um pouco
da sua experiência com metodologias ativas, não se esqueça de deixar um comentário!
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