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Como se aplica?
O projeto deve ser elaborado previamente pelos professores, como se
fosse uma espécie de roteiro da experiência de aprendizagem que os
alunos enfrentarão. Deve partir de uma questão norteadora, relevante para
a vida dos estudantes, e que seja capaz de despertar interesse e motivação.
Como se avalia?
A aprendizagem por projetos pode ser avaliada de duas formas:
Trabalho em grupo
Avaliação
Dinâmica de grupos
É normal professores confundirem a aprendizagem baseada em projetos
com atividades que envolvam cooperação ou aplicação de conteúdos
ministrados previamente. Nem todo trabalho em equipe ou grupo significa
aprendizagem por projetos. A principal diferença da aprendizagem por
projetos para um trabalho em grupo tradicional é: em um trabalho em
grupo os estudantes aplicam conhecimentos que foram previamente
trabalhados em sala de aula, ou realizam uma pesquisa solicitada pelo
professor.
http://revistapontocom.org.br/materias/o-cone-da-
aprendizagem
“Cadê o retorno…?”
Essa frase emblemática do saudoso Tim Maia descreve bem
a situação:
Cadê o retorno?
Metodologias Ativas:
conceito e aplicação aqui
- continua
Conceito novo, porém com uma base educacional já antiga. Neste
artigo, vamos conhecer mais sobre seu significado e aplicabilidade.
O termo “Metodologias Ativas” ainda é novo, porém muito discutido no meio
educacional. Muitos professores, instrutores e consultores afirmam utilizar as MA´s em
suas formações. Faz todo sentido que estejamos buscando um método para aplicar
nossos saberes, afinal, o ‘como ensinar’ sempre foi um grande desafio para os
profissionais da área, instituições de ensino e pesquisadores.
Um método no contexto de educação, define um conjunto lógico de ações, com o
propósito de desenvolver nos alunos a capacidade de aprender novas competências. É
um modo consciente de proceder para alcançar um fim definido: a ‘transmissão de um
novo saber’, por exemplo.
Por curiosidade, a Aprendizagem Ativa é estudada desde a década de 90, por autores
como Bonwell, Eison, Barnes e tantos outros, que defendem um ambiente adequado,
formas de interações e diferentes estratégias de ensino/aprendizagem. Perceba que
as palavras utilizadas estão todas no plural, assim como MetodologiaS AtivaS,
portanto, não é uma única ferramenta, técnica ou atividade.
Muitas pessoas confundem, achando que Metodologias Ativas é um única técnica. Sala
de Aula Invertida pode se tornar uma metodologia ativa, assim como a
Aprendizagem Profunda, Tutoria entre Pares, Técnica de Perguntas, Gamificação, PBL,
Storytelling, Estudos de Casos, Action Maze, Philipps 6/6, Incidente Crítico, 70:20:10,
dentre outras.
Perceba que todas as técnicas citadas acima podem ser parte de um método ativo, assim
como, de um método passivo. Se o educador não souber ativar seus alunos, sua aula
será demonstrativa, expositiva, que até então, não há mal algum, é apenas uma outra
abordagem, com resultados distintos de aprendizagem.
A Gamificação, por exemplo, está em alta, em diversos cursos, projetos empresariais,
muito utilizada na formação em programação, etc. Acontece que se o formador não
apresentar uma proposta que ative o interesse dos seus alunos, será apenas ‘mais um
jogo’. Da mesma forma acontece com toda e qualquer ferramenta, que não coloque o
aluno como personagem principale valorize suas individualidades.
A Sala de Aula Invertida é utilizada por muitos educadores de forma passiva, acredite
nisso. Quando, numa primeira etapa, você envia um material para que os alunos leiam e
não apresenta um desafio ou propósito, você não está ativando. Nem mesmo, quando na
sala de aula, sua apresentação é ‘top-down’, com exemplos que não fazem sentido a
eles, onde o personagem principal é você (educador), isso segue não ativando. A
ferramenta também apresenta um terceiro momento, o ‘pós-aula’, e se você exigir que
os alunos debatam num fórum e que validem o que aprenderam, pois será aplicada uma
prova, isso está longe de ser um método ativo.
Para ativar e envolver, é preciso, antes de tudo, motivar cada indivíduo, dialogar,
explorar as histórias de vida, incentivar as experiências e atender as necessidades
de cada um deles. Não seja ingênuo(a), achando que ao propor uma atividade
‘dinâmica’, onde os alunos se levantam e estão todos sorrindo, eles estarão ‘ativados’ e
envolvidos. O foco de uma MA é efetivar o aprendizado, e não ‘balançar o esqueleto’.
Uma reflexão bem feita, vale mais do que a soma de muitas técnicas.
A proposta de educação que ativa e envolve os aprendizes é antiga, o conceito é que
surgiu recentemente. Freire, Dewey, Knowles, Rogers, Vygotsky não citam o termo,
mas defendiam a aplicação de tais princípios. Se formos mais longe ainda, a filosofia
socrática (século V a.C) já buscava ativar os ouvintes através de um método
interrogativo. As MA´s estão muito relacionadas com a postura do educador,
da forma de avaliação e de como são valorizadas as experiências prévias dos
participantes.
Por fim, uma metodologia ativa é baseada em alguns princípios, como a personalização
da aprendizagem. Não existe uma ‘receita de bolo’ ou um formato único de aplicação,
pois a técnica é aplicada para os indivíduos que compõem aquela turma específica, e
que pelas suas necessidades e interesses, buscam conhecimentos e habilidades que
façam sentido para suas vidas. Portanto, busque apresentar desafios com problemas
reais, podendo ser em pares ou em grupos, desde que cada atividade proposta faça
sentido para aqueles que participam.
Quando o aluno é ‘ativado’, ele fará parte do processo de ensino-aprendizagem e não
se importará de ser desafiado, seja por perguntas, dinâmicas ou um jogo digital. Permita
que o aluno apresente suas opiniões e ideias, que faça perguntas e que compartilhe as
dúvidas, assim como os saberes prévios. Quando um aluno compartilha uma dificuldade
que teve num ambiente profissional, por exemplo, isso significa que ele está envolvido e
querendo uma solução.
A metodologia ativa, antes de uma técnica, é uma proposta que provoca o próprio
educador. Se você não está disposto a ouvir, comunicar-se na horizontal, respeitar a
individualidade e envolver através de atividades que façam sentido aos alunos (e não a
você), não existirá método ativo que te sirva.
(* Se você quer saber mais sobre instituições e educadores que aplicam
as Metodologias Ativas, deixe um comentário)
Peer Instruction
Criada no início da década de 1990 pelo professor de física holandês
Eric Mazur, a metodologia do Peer Instruction (ensino por pares, em
tradução livre) surgiu da necessidade de fazer os alunos compreenderem
assuntos complexos de física e matemática. “Frequentemente, a
disciplina de introdução à física é uma das maiores barreiras na trajetória
acadêmica de um estudante”, afirma Mazur em Peer Instruction – A
Revolução da Aprendizagem Ativa, lançado no Brasil pela Editora Penso.
Flipped Classroom
O flipped classroom é uma das portas de entrada para as metodologias
ativas e tem como pilar a inversão das atribuições tradicionalmente
realizadas pelo estudante em sala de aula. Aqui, o estudo e os exercícios
são feitos em casa, enquanto o tempo do aluno na universidade é
destinado a atividades complementares. Mas o flipped classroom vai
além dessa simples inversão. Para alcançar os níveis de absorção de
conhecimento desejados, o aluno pode utilizar vídeos, jogos, apostilas,
manuais interativos e diversos outros materiais que introduzem o
conteúdo de maneira efetiva.
Mentalidades Matemáticas
Se todo ser humano é capaz de aprender matemática, por que tantos
alunos têm dificuldade e até aversão à disciplina? A pesquisadora
britânica Jo Boaler, professora da Stanford University, nos Estados
Unidos, foi atrás de uma solução a esse dilema. Ela usou o
questionamento como motriz para organizar um novo modo de ensinar
ciências exatas.