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Volume

2
RAQUEL VONO
RAQUEL VONO
RAQUEL VONO
RAQUEL VONO
RAQUEL VONO
RAQUEL VONO
RAQUEL VONO

TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE GESTÃO EM EDUCACÃO INFANTIL!


EM UM SÓ LUGAR, ESTRUTURADO PASSO A PASSO COMO VOCÊ NUNCA VIU ANTES.

@raquelvono.gestaopedagogica
SUMÁRIO

Módulo 1
1 PROJETO PEDAGÓGICO NO COTIDIANO 06

Projeto Político Pedagógico 07


Planejamento reverso 17
Como fazer o planejamento reverso 21
Liderança assertiva 26
Substituir professor 30

Módulo 2
2 TIPOS DE AVALIAÇÕES NO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
32

Dicas práticas para auxiliar os professores 35


Sugestão de avaliação sem nota formal 37
Avaliação por rubrica 39

Módulo 3
3 INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO 44

Como podemos realizar e para quem? 45


Transtornos e dificuldades na aprendizagem 47
PDI e aluno de inclusão 52

@raquelvono.gestaopedagogica
Módulo 4
4 EDUCAÇÃO INFANTIL 56
Fases do desenvolvimento infantil 58
Como entender as fases do desenvolvimento 60
infantil para a aprendizagem
Tipos de desenvolvimento infantil 66

Módulo 5
5 ALIMENTAÇÃO 70

Pirâmide alimentar infantil 71


Sugestão de lanches para passer para os pais 76

Módulo 6
6 TIPOS DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 77

Módulo 7
7 SUGESTÕES DE FILMES PARA COORDENADORES 84

Módulo 8
8 BIBLIOGRAFIA 88

@raquelvono.gestaopedagogica
Olá, Super CP!
Esse é o volume II do Guia da
Coordenação Pedagógica de
Sucesso, que vem para completar
o volume I com assuntos pedidos
por vocês.

Espero que tenha conseguido


atender, com a leveza necessária
e todo o material complementar
que também veio para agregar
ainda mais.

O volume II do Guia, assim


como o I, possui vários arquivos
para baixar e utilizar no seu
cotidiano, tais como: planilhas,
modelos de bilhetes, modelos de
relatórios, sugestões de cardápios
para escola e alunos.

Saiba que o intuito de ter criado o Guia Interativo foi de contribuir no


processo de desenvolvimento e caminhada da coordenação
pedagógica, colocando aqui meus mais de 10 anos de experiência e
superação dos desafios de atuar como coordenadora pedagógica.

Como sei que a vida na coordenação é corrida busco amenizar essa


situação com o Guia, que é um documento prático e direto,
considerando vivências e necessidades da gestão pedagógica.

04
@raquelvono.gestaopedagogica
Todos sabemos que estar na
coordenação pode ser um desafio
solitário, e é por isso que eu trago o
Guia, para que esse processo seja
mais afetivo e com experiências
mais duradouras.

Uma rica experiência


com materiais para serem
baixados e editados, em

PDF
Word, Excel, PDF, Power
Point, para uso no dia a dia,
facilitando e orientando
em todos os processos.

Bora divertir-se e aproveitar para


encontrar muito conhecimento
nas próximas páginas!?
05
@raquelvono.gestaopedagogica
1

PROJETOS
Pedagógicos
no cotidiano
PROJETOS
PEDAGÓGICOS NO
COTIDIANO

Projeto Político Pedagógico


Para começo de conversa precisamos entender que o projeto
pedagógico de uma instituição de Educação Infantil precisa decidir uma
linha a ser seguida, não é simplesmente sair fazendo e pronto.
Lembrando que em todo segmento deverá ser definida uma ou mais
linhas a serem seguidas.

07
@raquelvono.gestaopedagogica
Vamos conhecer um pouco mais sobre as 7 principais linhas
pedagógicas adotadas por escolas brasileiras e entenda quais critérios
fazem mais sentido para você e sua escola.

TRADICIONAL
Também conhecida como “conteudista”, a pedagogia tradicional
se espalhou pelo mundo no século 18 a fim de universalizar o
acesso ao conhecimento. E não podemos negar que funcionou.

Nessa metodologia o ensino das disciplinas é feito de forma


uniformizada e sistematizada, e a avaliação, feita normalmente
por meio de provas, tendo como objetivo mensurar quanto do
conhecimento transmitido foi memorizado.

As escolas
tradicionais têm
como figura central o
professor, disciplina
rígida e uma grande
preocupação com o
ingresso na
universidade ao fim
do Ensino Médio.

08
@raquelvono.gestaopedagogica
COMPORTAMENTALISTA
A pedagogia comportamentalista tem como objetivo moldar o
aluno conforme as necessidades sociais, fazendo com que ele
adquira comportamentos desejados.

Isso é feito com controle do professor e mensuração dos resulta-


dos através da avaliação da técnica e dos processos
utilizados.

O ensino é planejado, e os materiais didáticos,


programados e controlados. A avaliação é feita por
meio de provas e os resultados, recompensados.

09
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CONSTRUTIVISTA
A teoria desenvolvida pelo filósofo Jean Piaget não é exatamen-
te um método, mas uma concepção de ensino segundo a qual o
aluno é capaz de construir seu conhecimento — o que explica a
expressão “construtivismo”.

O conceito foi ampliado para a alfabetização por uma das


discípulas de Piaget, Emilia Ferrero. Segundo ela, uma criança é
capaz de se alfabetizar sozinha se estiver em um ambiente com
letras e textos e tenha um professor atuando como mediador.

Em uma escola construtivista, o objetivo


é que o aluno adquira autonomia.
Embora o construtivismo não preveja a
realização de provas de avaliação, muitas
escolas brasileiras que adotam essa
filosofia de ensino as aplicam.

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@raquelvono.gestaopedagogica
DEMOCRÁTICA

As escolas de tendência democrática têm a pedagogia baseada


na Escola Summerhill, surgida na Inglaterra nos anos 1920 como
uma crítica à educação tradicional.

O principal diferencial nesse


método é a liberdade que os
alunos têm de escolher a
maneira como aprenderão
os conteúdos necessários
à sua formação.

Na maioria das escolas, não há exigência de


cumprimento de carga horária, e avaliação é feita
não com provas, mas por meio de participação em
trabalhos realizados conforme a preferência do
estudante.

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FREIRIANA

A pedagogia baseada nos conceitos expostos por Paulo Freire.


Nela, o aluno tem papel de extrema importância.

O aluno precisa ser ouvido para que


os educadores saibam qual a melhor
maneira de ajudá-lo a compreender o
mundo através do conhecimento que,
para Freire, tem sentido apenas
quando transforma o aluno em sujeito
capaz de mudar o mundo.

A ideia da educação realizada a partir de princípios


como bom senso, humildade, tolerância, respeito e
curiosidade é “libertar” o aluno.

A linha não prevê a realização de provas, mas podem


ser feitas avaliações em formatos não tradicionais.

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@raquelvono.gestaopedagogica
MONTESSORIANA
O método de ensino desenvolvido pela médica e educadora
italiana Maria Montessori se baseia na premissa de que a melhor
maneira de se descobrir e aprender é através da experiência
prática e da observação.

Nesse processo, o educador desempenha o papel de propor


atividades motoras e sensoriais e remover obstáculos ao
aprendizado. O foco dessa linha — que busca respeitar o ritmo de
cada um — está no aluno, e o papel do professor é guiá-lo e
orientá-lo.

As salas de aulas
montessorianas devem ter
poucos alunos (em média 20
por turma) e diversos
materiais de estímulo. A
realização ou não de provas é
opcional. Em alguns casos, a
avaliação é feita com base na
produção e no desempenho
do aluno durante as aulas.

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WALDORF
De todas as linhas pedagógicas existentes, a Waldorf,
desenvolvida pelo filósofo Rudolf Steiner em 1919, é
provavelmente a que mais exige engajamento e concordância por
parte dos pais.

A cada ciclo de sete anos (0 a 7, 7 a 14, 14 a 21), a criança tem


um único “tutor” que deverá servir como referência ao aluno.

No começo da vida escolar, por exemplo, existe uma


preocupação muito grande para que a criança não pule etapas do
seu desenvolvimento, como, por exemplo, ser alfabetizada antes
dos sete anos de idade.

No ensino infantil, há
ênfase em artes e em
trabalhos manuais e
corporais. A visão é
holística, visando
integrar os aspectos
físico, emocional e
espiritual do aluno.

14
@raquelvono.gestaopedagogica
E claro, precisamos citar a BNCC que coloca que, na
Educação Infantil, a escola é responsável pela promoção das
experiências como na citação abaixo.

“Precisa promover experiências nas quais as


crianças possam fazer observações, manipular
objetos, investigar e explorar seu entorno,
levantar hipóteses e consultar fontes de
informação para buscar respostas às suas
curiosidades e indagações. Assim, a instituição
escolar está criando 6 oportunidades para que
as crianças ampliem seus conhecimentos do
mundo físico e sociocultural e possam utilizá-
los em seu cotidiano.” (BNCC, 2018, p.42-43).

15
@raquelvono.gestaopedagogica
Como vimos em cada uma das
sete linhas pedagógicas e na
BNCC, é possível encontrar um
pouco que nos identificamos e
está tudo bem gostar um pouco
de tudo, ou muito de só uma
delas.

Sua escola não precisa seguir


uma única linha e não precisa
seguir todas!

A verdade é que podemos unir


forças e criar uma linha que faça
sentido para nossos alunos e
comunidade.

Crie um momento de diálogo


com sua equipe e busque
momentos de reflexão para
encontrarem aquilo que seja real
para vocês.

Sentem e façam um ou mais


momentos com chuva de ideias
para refletirem quais caracterís-
ticas desejam encontrar na ins-
tituição e porque.

Depois é só começar a escrita e


executar!

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@raquelvono.gestaopedagogica
PLANEJAMENTO REVERSO

O planejamento de aulas para


os professores é essencial para
aprendizagem se efetivar, e para
facilitar esse processo hoje temos
o planejamento reverso.

O que é esse Planejamento?

Pensar o planejamento aula


pensando o aluno como protago-
nista levando a descobertas
valiosas que buscam transformar
a experiência ofertada pela escola.

A vantagem do planejamento
reverso é de possibilitar olhar a
para prática pedagógica e
transformá-la visando propor-
cionar uma formação de qualidade
ao aluno.

Essa metodologia do planeja-


mento reverso que leva o
professor a pensar sua aula pelo
fim, através de evidências e definir
o objetivo da aprendizagem, e na
sequência concluir o processo
descrevendo-o.

17
@raquelvono.gestaopedagogica
O termo é derivado do concei-
to de backward design (em tradu-
ção livre, projeto em sentido
contrário), criado pelos autores
Jay McTighe e Grant Wiggins no
livro ‘Understanding by Design’.

No livro os autores apresen-


tam três passos que ajudam na
aplicação do planejamento rever-
so, haja vista que o importante é
ter experiências significativas,
concretas e relevantes dentro da
sala de aula.

Por que a metodologia


tem sido usada?
Já parou para observar se os
alunos estão aprendendo e
retendo o conhecimento como
deveriam? Além disso, se
conseguem conectar um
conteúdo a outro?

Fazendo uma análise do com-


portamento dos alunos em aula e
os resultados das avaliações, fica
muito mais fácil compreender se
o trabalho está tendo o efeito
desejado ou se precisa ser
modificado em algum ponto.

18
@raquelvono.gestaopedagogica
Quando chegamos nesse
ponto da observação,
entendemos que é hora de
começar a atuar com o
planejamento reverso, rever as
estratégias e objetivos para
não ter mais dúvidas e os
alunos terem em mente qual é
o objetivo de aprender
determinado conteúdo.

Podemos considerar
aqui que até as aulas
expositivas, podem e
devem ser usadas, pois a
metodologia reversa lhe
ampara e contribui para
que a aula seja mais
efetiva e prazerosa, uma
vez que fica evidente qual
o objetivo final.

Na próxima página deixo uma comparação entre um


planejamento padrão e um planejamento reverso.

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@raquelvono.gestaopedagogica
PLANEJAMENTO
PADRÃO X PLANEJAMENTO
REVERSO

Escolhe-se um livro com base Formula-se as metas de


para o curso aprendizagem

Cria-se um emenda Define-se os conteúdos relevantes

Faz-se revisão dos temas, Elabora-se os resultados de


resumindo-os aprendizagem

Elabora-se apresentações Desenvolve-se atividades de


em Power Point aprendizagem

Elabora-se os exames Elabora-se instrumentos avaliativos

Ensino centrado no professor Ensino centrado no estudante

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@raquelvono.gestaopedagogica
COMO FAZER UM PLANEJAMENTO
REVERSO PARA EDUCAÇÃO?
O conceito e os motivos para o
planejamento reverso estarem em alta
não é difícil de entender.

No contexto atual, entendemos que


há uma grande necessidade em
reestruturar os modelos de aprendiza-
gem.

Agora você deve estar pensando: como posso criar um modelo de


planejamento reverso para educação?

De acordo com os criadores do método, McTighe e Wiggins, o


trabalho do professor passa por três etapas principais, que são
elas:

1. DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

O primeiro passo no planejamento reverso é definir os objeti-


vos de aprendizagem do assunto, ou seja, o conteúdo a ser
ensinado e retido pelo aluno.

O objetivo pode ser que ele aprenda um


conceito, entenda porque algo existe ou saiba
aplicar o conhecimento na prática, sem que se
perca ou esqueça com frequência.

21
@raquelvono.gestaopedagogica
A maneira mais comum de
registrar uma meta é pensar em
um verbo que descreve o grau do
conhecimento. Por exemplo, um
aluno pode passar pelo conteúdo
básico para "reconhecer" até
chegar a uma seção avançada onde
pode "aplicar".

Na sequência este o verbo


recebe um complemento que
enfatiza, por exemplo, o que é
identificar e em que contexto é
aplicado.

2. ESCOLHA DAS EVIDÊNCIAS DE APRENDIZAGEM

É nesse momento que o planejamento reverso irá contribuir com


o professor para que consiga analisar se os alunos realmente estão
compreendendo o que estão aprendendo em sala, exatamente
porque aqui são definidas as evidências de aprendizagem.

Vamos lembrar o que são


evidências?

São estudos, reflexões da


prática buscando absorver o
que deu certo passa a fazer
parte do trabalho cotidiano, de
maneira ter uma educação de
qualidade e efetiva.

22
@raquelvono.gestaopedagogica
As diferentes formas de
avaliação/atividades (testes, atividades
práticas, trabalho em grupo, provas
escritas, etc.) para que o aluno possa
ver o conteúdo na prática, ou seja, em
ação faz parte da construção da
evidência quando faz-se uma análise
do que foi desenvolvido.

Mais um exemplo para facilitar a


compreensão: os alunos estão
aprendendo sobre a segunda guerra,
então, o professor propõe uma
atividade em forma de debate, onde
os alunos serão divididos em dois
grupos: um para argumentar o ponto
de vista a favor e o outro contra a
guerra.

Ao longo do exercício, o profes-


sor consegue avaliar melhor como
os alunos estão usando os fatos
aprendidos para interpretar o
mundo real e não apenas fixando
uma teoria, pois irão colocar em
prática os conceitos e propostas
que levaram à segunda guerra
acontecer.

Outras possibilidades são as


atividades que envolvam registros
como fotos, criação de vídeos,
produção de podcasts também são
formas de atividades para avaliar
as evidências de aprendizagem.
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@raquelvono.gestaopedagogica
3. ELABORE O PLANEJAMENTO DA EXPERIÊNCIA

Agora que você já colocou no papel o porquê e o como,


chegamos na terceira etapa em que vamos explicar de que forma
isso vai acontecer. Aqui estamos falando do planejamento da
experiência.

Mantendo o objetivo como


ponto principal, detalhe no
planejamento:

Qual conteúdo que será trabalho;

Quais as habilidades e conhecimentos


que os alunos vão desenvolver;

Os recursos (exposição oral, vídeos,


livros, fotos, simulações, etc.) que vão
ser utilizados na explicação.

Quando propomos várias formas


diferentes, tiramos a passividade da
aprendizagem e propomos o maior
objetivo ao aluno: aprender,
experimentando o este de maneiras
distintas.

Ao final, chega a hora de avaliar seu


planejamento, verificando se está
alcançando os objetivos propostos e
gerando as evidências pensadas.

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@raquelvono.gestaopedagogica
PLANEJAMENTO EM 3 ETAPAS
Objetivos: Qual o
Evidências: Quais as Experiência: Como
principal
evidências mínimas planejar as etapas da
aprendizado que
que me dizem se aula de forma
podem levar para
aprenderam? significativa?
além da aula?

Verbo + Objeto de Metodologias,


Evidências
conhecimento + Estratégias e
Mensuráveis
Contexto Materiais Utilizados

- Identificar
- Pesquisa
- Relacionar
- Videos
- Rotação por
- Sintetizar
- Projeto estação
- Resumir
- Desenho - Trabalho em grupo
- Descrever
- Esquemas - Aula Invertida
- Interpretar
- Rotinas - Rotinas de
pensamento
- Fazer conexões
- Questões
dissertativas de
- Construir
múltipla escolha?
explicações

Fonte: Educador do Futuro

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@raquelvono.gestaopedagogica
LIDERANÇA ASSERTIVA
A liderança assertiva é base para
uma coordenação bem firme e
afetiva.

Mas afinal o que é?

Assertividade é a capacidade de
respeitar as crenças, os
pensamentos e os sentimentos
próprios e de outras pessoas, além
de ajudar a manter uma
comunicação clara e aberta, de
forma a não prejudicar os direitos
de ninguém.

Um coordenador que exerce


uma liderança assertiva, consegue
analisar todos ao seu redor antes
de se posicionar em uma conversa,
sem ofender os demais.

Tem a capacidade de ser firme


e afetivo ao mesmo tempo.

É educado, assume os próprios


erros e compartilha com a equipe
os acertos, parabenizando a todos
pelas ações acertadas.

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Trago 07 características que devem ser trabalhadas para facilitar
esse desenvolvimento e aperfeiçoamento:

1. AVALIE O SEU COMPORTAMENTO


Comece avaliando o seu comportamento. Se vo-
cê estiver agindo apenas de acordo com os seus
interesses, comece a levar em consideração
também as necessidades dos seus colegas.

Todos crescem em equipe com os interesses a-


tendidos no coletivo.

2. DESENVOLVA A SUA COMUNICAÇÃO


A comunicação é fundamental para o sucesso de
qualquer tipo de relacionamento, profissional ou
pessoal.

Desenvolvê-la é base para uma coordenação


assertiva. Veja no Guia o módulo sobre comunica-
ção para aprofundar nesse ponto.

3. EXPRESSE-SE DE FORMA POSITIVA


Nossos sentimentos podem ser contagiantes,
expansivos, alegres, principalmente em momentos
de crise.

Portanto, sempre busque se expressar de forma


positiva, para que mesmo os problemas mais
difíceis sejam encarados com uma ótica mais
otimista por toda a equipe, aumentando as chances
de sucesso.

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@raquelvono.gestaopedagogica
4. DESENVOLVA A SUA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Na coordenação saber ser assertivo significa
conseguir desenvolver a inteligência emocional,
controlando os seus sentimentos de forma a se
comunicar com clareza e tranquilidade, mesmo em
momentos desafiadores.

Assim, você se tornará mais objetivo e confiante


em sua fala, demonstrando maturidade para tomar
decisões e lidar com as consequências delas.

5. APRENDA A ENTENDER O OUTRO


É de extrema valia entender a forma como as
pessoas ao seu redor agem e se comunicam. Assim,
você não apenas demonstra respeito, como facilita
a comunicação e o relacionamento profissional.

O que leva a resultados surpreendentes em sua


escola.

6. ENFRENTE OS PROBLEMAS

Um coordenador assertivo tem foco em resolver


problemas e crises, e jamais em buscar culpados ou
enfrentar as pessoas como se estivessem em uma
luta.

Sendo assim, você deve se posicionar de modo


decidido, convincente, imparcial e de forma que não
seja prejudicial para os relacionamentos.

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@raquelvono.gestaopedagogica
Para sentir confiança nesse momento é im-
portante ter o conhecimento prévio daquilo que
deseja alcançar.

Essa é uma postura que também deve ser le-


vada para a vida pessoal. Enfrentar os problemas é
uma atitude essencial para quem deseja agir com
assertividade. Os benefícios desse comportamento
são: redução da ansiedade, fortalecimento da
autoconfiança e uma vida leve e descomplicada.

7. DESCENTRALIZE O PODER
O coordenador assertivo compartilha metas e
planos com sua equipe, de modo que todos
busquem soluções em conjunto. Isso faz com que
os colaboradores consigam explorar e desenvolver
novas habilidades, conquistando resultados
positivos para a Instituição como um todo.

Criar novos momentos para novas pessoas da


equipe desenvolverem atividades distintas nos tira
da mesmice e nos leva a melhores resultados.

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@raquelvono.gestaopedagogica
SUBSTITUIR O PROFESSOR

Afinal, essa é uma responsabilidade de quem?

Professores sentem-se sempre


cansados por demandas como:

Excesso de trabalho;

Indisciplina em sala de aula;

Baixo salário;

Violência;

Demandas de pais de alunos;

Bombardeio de informações
em pouco tempo;

Pressão da direção;

Desgaste físico e a falta de


reconhecimento de sua
atividade;

E isso leva à ansiedade, estresse


e até depressão.

Nós gestores temos um papel fundamental na saúde de nossos


docentes! É fundamental que se consiga perceber se seu professor está
adoecendo por algumas dessas razões.

30
@raquelvono.gestaopedagogica
Sabemos também que cada vez
que um professor falta sem
planejamento prévio, prejudica
toda a rotina da escola e os
próprios alunos ficam prejudicados,
muitas vezes com atividades
improvisadas que não acompa-
nham o planejamento da aula ante-
rior.

A ausência dos professores não


pode atrapalhar a aprendizagem
dos alunos, sendo assim, é preciso
uma boa gestão de pessoas e muita
preparação na escola para dar
conta dessa situação e não criar
ainda mais problemas.

O que fazer com os alunos quando o professor falta?

1 2 3

Integrar os Solicitar um banco


Registrar e deixar
substitutos à rotina, de atividades aos
disponível o que
caso seja possível professores e mantê-
é feito em sala.
em sua escola. lo atualizado.

31
@raquelvono.gestaopedagogica
2

TIPOS DE AVALIAÇÕES
no processo de ensino-aprendizagem
TIPOS DE AVALIAÇÕES
NO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM

As avaliações podem ser instrumentos que auxiliem no processo


de aprendizagem.

Afinal, o que é
avaliar?
“O conceito de avaliação
está relacionado com a ação
e o efeito de avaliar, que é
um verbo cuja etimologia se
deve ao francês évaluer e
que permite assinalar,
estimar, apreciar ou calcular
o valor de algo.”

Fonte: conceito.de

Pensar na base dos instrumentos


norteadores dos processos avali-
ativos é compreender quais são os
melhores para um determinado
objetivo a ser alcançado.

33
@raquelvono.gestaopedagogica
INSTRUMENTOS
TRABALHO
RELATÓRIO SEMINÁRIO
ESCRITO

Entrevista Jogos Observação


Filme / Experimento Maquete
Documentário Mapa Produção
Experimento conceitual textual
Portfólio Pesquisa Prova

Para um desenvolvimento adequado do processo é importante:

FERRAMENTA NORTEADORA DE AVALIAÇÃO


PROCESSUAL DOS ALUNOS
A avaliação processual, conhecida como avaliação formativa
ou continuada, é a prática de examinar a aprendizagem ao longo
das atividades do bimestre. Esse tipo de avaliação é usado a fim de
identificar se o aluno está conseguindo assimilar o conteúdo e
quais são suas dificuldades, para um melhor aproveitamento da
aprendizagem.

Buscando diferentes instrumentos avaliativos é possível mensurar


de forma mais assertiva diferentes aspectos do aprendizado, além de
poder ser usada como um diagnóstico da aprendizagem.

34
@raquelvono.gestaopedagogica
A avaliação formativa auxilia na identificação
do nível de aprendizagem do aluno a partir do
processo metodológico praticado e de base para
feedbacks.

Uma ótima forma de mensurar a apren-


dizagem nesse modelo é colocando os alunos
para ensinarem outros alunos.

Confira algumas dicas práticas


para auxiliar os professores nesse
processo de reconstrução dos
mecanismos de avaliação:
Nesse momento acredito ser válido sair do modelo tradicional de
avaliação, compreendendo que os tempos são outros, buscando refletir
e repensar. Dessa forma sugiro levar em conta alguns fatores:

Entender a avaliação como sendo uma ferramenta que


1 auxilia o processo de aprendizagem e não apenas como um
protocolo ou uma forma de punição.

Planejar a aula de forma que os alunos sejam capazes de


ler, investigar, analisar e discutir o conteúdo da aula. Seja
2 em Português, Geografia, Filosofia, História ou Matemática,
o aluno precisa saber o que está estudando, o porquê e
qual a sua finalidade, isso ressignifica a aprendizagem.

35
@raquelvono.gestaopedagogica
Faça da aula um espaço de participação, trocas, reflexões e
3 incentive o aluno a perder o medo de interagir, lembrando
que interação não será “bagunça”.

Crie a seguinte estratégia: alterne a metodologia utilizada


4 com aulas dialogadas, trabalho em equipe, proposta de
desafios e atividades que exijam criatividade e raciocínio.

Depois da avaliação é a hora de


tabular as respostas dos alunos
5 para criar o cenário norteador
dos saberes da turma.

Selecione uma questão que


apresenta maior número de
respostas erradas e liste o que
6 pode ter levado a turma a fazer
tal escolha e balanceie com
uma de mais acertos.

Planeje uma aula para a devolutiva deste conteúdo ou


7 questão que seja fora do habitual.

Elabore uma sequência didática e verificação da


8 aprendizagem do conteúdo para facilitar a compreensão.

36
@raquelvono.gestaopedagogica
SUGESTÃO DE AVALIAÇÃO SEM
NOTA FORMAL
Precisamos ter essa compre-
ensão de não somente avaliar
por notas, afinal, nem todos
somos iguais, certo?

Uma maneira de verificar u-


ma aprendizagem sem provas é
avaliar o aluno a partir de sua
criatividade para resolver deter-
minada situação, problema ou
parte do conteúdo.

Na próxima página, uma sugestão


preenchida para facilitar a compreensão:

37
@raquelvono.gestaopedagogica
CATEGORIA
NÃO PARCIALMENTE SUFICIENTE PLENAMENTE
DESENVOLVIDO DESENVOLVIDO DESENVOLVIDO DESENVOLVIDO

Entendeu o
Entendimento Pareceu tema, mas não Entendeu e
do tema Não entendi entender o seguiu contribui com
o tema a sala e com o
preconceito tema confiante em
projeto
sua posição

Compreendi
Compreendi
Compreendi as
Não todas as
as informações.
Informações compreendi informações e
informações, mas não
sobre o tema as acrescentei
mas não me consegui
informações novas ao
interessei auxiliar o
grupo
grupo

Participei das Participei das Participei


Não ações, mas ações, mas ativamente de
Ações do
participei das não me senti muita todas as ações
projeto
ações envolvi com o dificuldade em e contribui
grupo me posicionar para o grupo

Apresentação No dia, Apresentou de Apresentou de


das ações para apenas Apresentei de maneira clara forma muito
a comunidade realizei a maneira não e com clareza boa e com o
escolar e leitura das muito clara nas entendimento
familiares ações informações do assunto.

Fonte: Nova Escola

38
@raquelvono.gestaopedagogica
AVALIAÇÃO POR RUBRICA

A avaliação por rubricas é


uma excelente ferramenta que
possibilita construir com o aluno
o processo de evolução da
aprendizagem, encontrando fer-
ramentas cada vez mais apro-
priadas para a contribuição do
ensino-aprendizagem.

Assim sendo, é um instrumento que permite avaliar, por meio da


observação de evidências, os processos e produtos realizados pelos
estudantes de maneira clara e direta.

Em que se difere de
outras formas de avali-
ação?
Avalia o desempenho de maneira
qualitativa e personalizada, o que
permite destacar as nuances do
processo de aprendizagem de cada
estudante, conseguindo criar estra-
tégias para uma evolução contínua
de maneira mais direta e certa

39
@raquelvono.gestaopedagogica
A utilização se dá em todas as
disciplinas e etapas de ensino,
avaliando aspectos cognitivos e
socioemocionais.

A rubrica é indicada para


atividades complexas, ou seja,
não é adequada para atividades
cujas respostas se resumem a
“certo” ou “errado”, sim ou não.

É fundamental dialogar com os


alunos compartilhando a rubrica
previamente. Uma das riquezas do
instrumento é possibilitar o exercício
de metacognição antes, durante e
após o processo de aprendizagem.

A rubrica é um bom instrumento


para fortalecer o planejamento
reverso, principalmente quando se
constroem sequências didáticas ou
projetos.

40
@raquelvono.gestaopedagogica
Você pode elaborar rubricas para realizar o acompanhamento da
equipe docente também, para análise de planos de aulas, planos de
estudos dos alunos, observação de aulas, entre outras ações.

Elementos que constituem


uma rubrica?
CRITÉRIOS
São os aspectos observáveis.

É importante que seja explicitado o que


se espera avaliar com clareza.

NÍVEIS DE QUALIDADE
São os descritores, que representam
qualitativamente o processo, conside-
rando a escala gradativa do nível mais
alto para o mais baixo (partindo da
esquerda para leitura).

Como elaborar uma rubrica?

1 Tenha como ponto 2 Do objetivo, indique


de partida o objetivo os critérios que serão
de aprendizagem. avaliados.

Indique os níveis de Descreva cada nível de


3 qualidade para construir 4 forma que os textos
a escala. Poderão ser sejam específicos, com
nomeados ou numerados. aspectos observáveis e
que representem altas expecta-
tivas para o processo avaliado.
41
@raquelvono.gestaopedagogica
Ambos os exemplos abaixo são usados nesse tipo de avaliação,
mas diferem em um aspecto: nomeiam os níveis de maneira diferente,
um com nomes e o outro com números.
Porém ambas as formas evidenciam a escola gradativa por qua-
lidade.

MODELO DE RUBRICA 1
Objetivo: argumentar com base em informações previamente estudadas nos textos
de fundamentação, considerando o caráter lógico das ideias, ou seja, tecendo
argumentos que se conectam diretamente uns aos outros no plano da evidência.

Critério 4 3 2 1

Todas as
informações Todas as Nem todas as
apresentadas informações informações
estavam apresentadas apresentadas As ideias não eram
Fundamentar as fundamentadas estavam estavam apresentadas de
ideias nos textos fundamentadas fundamentadas, maneira
indicados para nos textos fosse nos textos fundamentada
leitura e em outras indicados para indicados, fosse
fontes leitura nas demais fontes
consistentes

Participou do
debate de maneira
Participar dos Participou do Participou do
ativa, respeitando Não participou do
debate entre duas debate uma vez.
debates os turnos de fala, debate.
e 3 vezes.
por 4 vezes ou
mais.

Todos os
argumentos foram
apresentados de A maior parte dos
Todos os A maioria dos
Argumentar maneira lógica e argumentos não
argumentos foram argumentos foi
persuasiva demonstrou seguir
logicamente apresentados de apresentada de
(acionando as uma lógica.
maneira lógica. maneira lógica.
paixões e os
sentimentos do
seu público)

42
@raquelvono.gestaopedagogica
MODELO DE RUBRICA 2
Objetivo: conduzir seminários em equipe de maneira qualificada.

Superou o Atendeu o Atendeu Não atendeu


Critério objetivo objetivo parcialmente ao objetivo
ao objetivo

Em alguns
Expressou-se de
Expressou com momentos,
Expressou com maneira a
segurança o expressou-se de
segurança o demonstrar
Exposição do conteúdo da maneira a
conteúdo da insegurança
apresentação, demonstrar
conteúdo apresentação durante a
apoiando o grupo insegurança em
durante o apresentação do
durante todo o relação ao
seminário. conteúdo.
seminário. conteúdo.

Utilizou diferentes
recursos
Utilizou recurso(s)
tecnológicos Utilizou recurso(s)
tecnológico(s), mas
Uso de digitais que tecnologico(s)
em alguns
recurso(s) apoiaram e digital(s), o que Não utilizou
momentos isso
favoreceram a apoiou e recurso
tecnológico(s) não favoreceu a
condução da favoreceu a tecnológico digital.
digital(s) condução da
apresentação e condução da
apresentação
promoveram apresentação.
interatividade com
o pública.

Fez uso do tempo


Não fez uso do Não fez uso do
de modo a Fez uso do tempo
tempo previsto, tempo previsto,
apresentar o de modo a
Gestão de adiantando ou adiantando ou
conteúdo e gerar garantir a
ultrapassando o atrasando o
tempo debate de apresentação
periodo da periodo da
aprofundamento dentro do periodo
apresentação em apresentacle em
dentro do periodo estipulado.
até 5 minutos. mais de 5 minutos
estipulado.

43
@raquelvono.gestaopedagogica
3

INCLUSÃO
na educação
INCLUSÃO NA
EDUCAÇÃO

Como podemos realizar e para quem?


Na atualidade a educação é pensada para todos, visando o
respeito das diferenças de cada indivíduos. Dessa maneira buscando a
inclusão seja de pessoas com deficiências físicas, déficits cognitivos,
autismos ou altas habilidades, devendo ser levadas em consideração.

45
@raquelvono.gestaopedagogica
Assim é pensado a educação
especial levando acesso a todos
respeitando suas especificidades
no cotidiano escolar.

Para tanto é importante a


interação de todos alunos dentro
da escola a convivência ajuda
aprendizagem de maneira inclusiva
e efetiva do desenvolvimento não
só de habilidades cognitiva mas
também socioemocionais.

A Constituinte de 1988 traz um


marco importante para o respeito
às diferenças dentro da educação
através do o art. 208, cuja aborda a
necessidade de atendimento
especializado em rede regular de
ensino e metodologias adequadas
de ensino visando o desenvolvi-
mento das habilidade, consolidação
de conhecimento e superação das
limitações.

Pois todos merecem uma a-


prendizagem de qualidade.

Para atender melhor os alunos


e promover a inclusão é necessário
compreender as dificuldade espe-
cíficas de aprendizagem.

46
@raquelvono.gestaopedagogica
TRANSTORNOS E DIFICULDADES DE
APRENDIZAGEM

Os transtornos de aprendizagem são


originados em funções neurológicas e as
dificuldades são causadas por fatores
externos sociais ou emocionais.

O que vale ressaltar que a co-


ordenação e os professores precisam ter
um olhar para essas questões,
conseguindo orientar a família com
relatórios que motivem a procurar ajuda
e saber exatamente o que está
acontecendo.

Lembrete importante: Nunca


podemos afirmar nada para a
família, apenas sugerimos que a
aprendizagem não está caminhando
como esperado e é necessário que
se procure um médico para verificar
o que pode ser.

Para isso se resguarde com um


relatório escrito no coletivo, entre
professor e coordenação, e entregue
o original para a família, deixando
uma cópia arquivada na escola.

47
@raquelvono.gestaopedagogica
Abaixo deixo alguns dos mais comuns transtornos e suas principais
características para facilitar a observação do aluno.

TRANSTORNOS/
DESCRIÇÃO
DOENÇAS

Dislexia ou
Tem dificuldade com a linguagem escrita, portanto,
Transtorno de
problemas com leitura, escrita e ortografia.
Leitura

São bloqueios de aprendizagem envolvendo números e


cálculos. Nesse caso, o estudante pode se sentir confuso em
Discalculia ou
relação aos conceitos matemáticos, não conseguindo
Transtorno de
realizar contas simples mentalmente, trocando a ordem de
Matemática
números e símbolos na escrita e na leitura das equações, e,
também, errando resultados básicos.

É um transtorno de aprendizagem que provoca problemas


na escrita. Aqui o aluno poderá se equivocar
Disgrafia ou
frequentemente tanto com a questão ortográfica e não
Transtorno de
conseguir recordar as normas da língua na hora da redação,
Escrita
quanto com a caligrafia, confundindo os símbolos entre si e
a forma gráfica de cada um deles, separadamente.

É um diagnóstico que muitas vezes pode ser confundido se


TDAH não for feito com cautela e cuidado. O aluno sente
(transtorno de dificuldade em prestar atenção a detalhes e tarefas, parece
déficit de não escutar quando se fala diretamente com ele, não segue
atenção e instruções básicas e tem problema em terminar tarefas do
hiperatividade) dia a dia, ainda sente dificuldade para se organizar e perde
coisas necessárias para fazer tarefas do dia a dia.

48
@raquelvono.gestaopedagogica
TRANSTORNOS/
DESCRIÇÃO
DOENÇAS

Dificuldade para interagir socialmente, como manter o


contato visual, identificar expressões faciais e compreender
Transtorno do
gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e
espectro autista
fazer amigos. Em casos mais severos ainda há situações com
barulhos e comunicar-se.

É uma doença genética causada por anomalia do


cromossomo 16. Os portadores apresentam retardo físico e
Síndrome de
mental, anormalidades craniofaciais e hálux e polegares
Rubinstein
largos. Um terço dos pacientes apresentam cardiopatias
congênitas.

São alterações completas ou parciais de um ou mais


Deficiência segmentos/membros do corpo, que acarretam o
Física comprometimento da mobilidade e da coordenação geral,
podendo também afetar a fala, em diferentes graus.

Caracterizado por crises de ansiedade repentina e intensa


com forte sensação de medo ou mal-estar, acompanhadas
de sintomas físicos. As crises podem ocorrer em qualquer
Transtorno de
lugar, contexto ou momento, durando em média de 15 a 30
Pânico
minutos. (sugestão: inicie uma conversa fora do contexto
vivido, com situações que possam acalmar a pessoa, não
insista em dizer que precisa se acalmar).

É uma perda de visão que não pode ser corrigida por óculos
convencionais, lentes de contato, medicação ou cirurgia.
Também pode ser descrita como qualquer grau de
Baixa visão
enfraquecimento visual que cause incapacidade funcional e
diminua o desempenho visual.Vale ter atenção nisso caso o
aluno não consiga desenvolver como esperado.

49
@raquelvono.gestaopedagogica
TRANSTORNOS/
DESCRIÇÃO
DOENÇAS

É uma deficiência auditiva, em que você não consegue ouvir


sons graves que surgem no final de frequências, que são
normalmente 2.000 HZ ou inferior a isso. Tais frequências
Baixa audição
são chamadas de sons baixos ou graves. Alunos com baixa
audição costumam ter aprendizagem bem reduzida até o
diagnóstico.

É uma alteração genética causada por uma divisão celular


atípica. As pessoas apresentam características como olhos
Síndrome de
oblíquos, rosto arredondado, mãos menores e
Down
comprometimento intelectual. Normalmente já são crianças
com diagnóstico fechado.

Nem todos os transtornos cita-


dos acima dão direito a ter um
professor acompanhando o aluno,
porém são alertas de necessidade
de um trabalho diferenciado na
própria sala de aula, durante o ano
letivo, com registros e relatórios de
como o aluno está evoluindo para
que possa resguardar a escola
enquanto processo de inclusão,
acolhida e aprendizagem eficazes.

Importante que se observe o aluno, ao verificar que algo não está


dentro do esperado para idade, ou que remeta à dificuldade de
aprendizagem análise sem desencorajar o aluno. Para isso apresento 3
momentos diferentes.

50
@raquelvono.gestaopedagogica
ENTENDENDO OS CARACTERÍSTICAS
ASPECTOS

É um conjunto de habilidades e capacidades que nos


permite executar ações necessárias para atingir um
objetivo, elas ajudam a planejar e tomar decisões do
cotidiano. Sofrendo influência do ambiente externo.Tem
como função a memória de trabalho e a agilidade cognitiva,
Função executiva as duas competências são diretamente abaladas pelo
transtorno de aprendizagem. A deficiência nessa função
pode levar o aluno a não conseguir memorizar os conceitos
básicos de escrita, de operação e de leitura, e sente
dificuldade em exercícios de raciocínio lógico ou até em
expressar a fala.

Alunos que apresentam dificuldades de se relacionar, não


aceita ser contrariado, não seguir as regras, ou até mesmo
timidez podem ser causas de problemas de
Problemas de comportamentos que influenciam a aprendizagem do aluno
comportamento e precisam de atenção do educador para não rotular o
aluno de palavras desestimulantes como preguiçoso.
Muitos casos de falta de concentração podem ser sintomas
de algum transtorno.

Muitos casos o aluno apresenta já no ensino médio, quando


não conseguem organizar o material escolar, tempo para o
estudo. Falta de interesse pelas atividades escolares,
Dificuldades
constantes ausências. Demonstra nas atividades escritas ou
acadêmicas
durante diálogo uma certa confusão mental. O profissional
deve ligar o alerta e procurar a família para juntos
compreenderem a situação.

51
@raquelvono.gestaopedagogica
PDI E ALUNOS DE INCLUSÃO
O uso de metodologias de ensi-
no padronizados não faz mais
sentido nas escolas, uma vez que os
alunos têm necessidades diferentes
e situações distintas para serem
atendidas.

Chegou a hora das escolas a-


dotarem um modelo educacional
que valoriza o percurso pedagógico
de seus alunos.

Entendemos que o Plano de


Desenvolvimento Individual do
aluno (PDI) é essencial para
adequar o currículo escolar às
necessidades dos alunos.

Vale salientar que o PDI está


amparado pela Lei Brasileira de
Inclusão (Lei 13146/2015) e pela
Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (Lei 9394/1996).

52
@raquelvono.gestaopedagogica
O Plano de Desenvolvimento Individual do aluno chega nas escolas
com o maior objetivo de assegurar o direito à educação e à igualdade
ainda no ambiente escolar, atendendo as especificidades pedagógicas
de cada grupo e reduzindo as possibilidades de discriminação.

A coordenação tem a obrigação de orientar os professores ao


produzirem o PDI.

Abaixo deixo alguns pontos importantes para se-


rem observados e seguidos:

O Plano deve ser pensado a partir de uma conversa com a


família, preferencialmente em ambiente calmo e inter-
rupções.

Esse atendimento tem o nome de anamnese e deve ser feita


com as perguntas em mãos para não esquecer.

No PDI é muito importante que se tenha atenção para não


colocar informações que possam expor a família e ou o
aluno.

O professor que acompanha a criança deve produzir o plano


de desenvolvimento e utilizá-lo em seus trabalhos diários.

O PDI deve ser elaborado com vocabulário simples e objeti-


vo, a fim de possibilitar o entendimento por parte de todos
os envolvidos (professores regentes, pais, coordenação e e-
quipe de educadores)

53
@raquelvono.gestaopedagogica
O documento tem prazo de validade, findando ao final do
ano letivo em vigência. Pode servir de parâmetro para as
próximas construções, mas nunca como cópia, uma vez que
haverá evolução sempre.

É importante salientar que


cada aluno tem especificidades
educacionais que precisam ser
trabalhadas de acordo com a
condição, necessidade e tempo
de cada um, possibilitando
intervenções adequadas para
cada caso que se apresenta na
escola.

Lembrando que ao avaliar o


aluno, o professor irá observar
aspectos motores, psicomotores,
cognitivos, afetivos e comunicacio-
nais que levam ao aprendizado,
registrando no PDI todos esses
campos e questões observadas.

54
@raquelvono.gestaopedagogica
4 5

Utilizar o apoio da Criar um combinado com os


secretaria ou de professores para que eles busquem
outros setores da avisar o quanto antes, já sugerindo o
instituição. que deverá ser trabalhado.

É muito importante conferir seu


Regimento ou PPP para conferir a
cargo de quem fica essa
responsabilidade, que é polêmica e
variável de escola para escola.
Sugiro um alinhamento com a
equipe gestora para que essa
responsabilidade possa ser dividida
e menos penosa.

Caso o afastamento seja por um


tempo maior que um dia, é
importante que se verifique o
planejamento anual e também o
semanal para minimizar os
prejuízos à turma e o professor que
ficará responsável pelo trabalho
consiga realizar com leveza e
segurança.

55
@raquelvono.gestaopedagogica
4

EDUCAÇÃO
infantil
EDUCAÇÃO
INFANTIL

Na Educação Infantil o papel


da Coordenação Pedagógica
pode parecer bem fácil, afinal
para muitos é a fase de brincar.
Mas, sabemos que na prática
uma boa coordenação
pedagógica eleva o nome da
instituição.

Por ser uma das principais fases da vida para o desenvolvimento


educacional do indivíduo, trago um pouco da visão que tenho para
facilitar o trabalho do Super CP na educação infantil.

É importante que o coordenador domine as fases do


desenvolvimento humano para compreender e auxiliar bem seus
professores.

Haja vista que o trabalho deve ocorrer em parceria com a equipe é


importante que estejam em sintonia com a BNCC, que já comentei
algumas vezes, aqui no guia.

E se sabe que hoje é o norteador para o currículo, o qual direciona


o planejamento escolar com abordagem de atividades que desenvolva
e consolide determinadas habilidades visando uma aprendizagem
significativa para vida da criança.

57
@raquelvono.gestaopedagogica
FASES DO DESENVOLVIMENTO
INFANTIL

Baseado em Piaget o desenvolvimento infantil ocorre em 4


(quatro) estágios cognitivos que são importantes para direcionar o quê,
quando e como planejar as atividades na educação infantil, dessa
maneira buscando promover o desenvolvimento das habilidades e
fortalecimento do conhecimento da criança.

58
@raquelvono.gestaopedagogica
Fases do
estágio Período Descrição

As crianças aprendem sobre o mundo por


meio dos sentidos e da manipulação de
Sensório- Nascimento até objetos. Uma fase de descobertas em que
motor cerca de 2 anos a criança consegue se comunicar por meio
de ações e de sua percepção quanto ao
ambiente em que está inserida.

As crianças desenvolvem a memória e a


Pré- imaginação. Eles também são capazes de
2 a 7 anos
operacional entender as coisas simbolicamente e
entender as ideias do passado e do futuro.

As crianças se tornam mais conscientes


dos eventos externos, bem como de
outros sentimentos que não os seus. Eles
Operacional
de 7 a 11 anos se tornam menos egocêntricos e começam
concreto
a compreender que nem todos
compartilham seus pensamentos, crenças
ou sentimentos.

As crianças são capazes de usar a lógica


Operacional
A partir de 11 ano para resolver problemas, ver o mundo ao
formal
seu redor e planejar o futuro.

59
@raquelvono.gestaopedagogica
COMO ENTENDER AS FASES DO DESENVOL-
VIMENTO INFANTIL PARA A APRENDIZAGEM

Professores e pais podem ajudar,


proporcionando às crianças diferentes
experiências ou maneiras de explorar e
experimentar seus ambientes.

É por meio dessas experiências que


as crianças podem adquirir compreensão
de diferentes conceitos de forma prática.

Para crianças que estão entrando na educação infantil, as teorias de


Piaget se alinham aos programas escolares baseados em brincadeiras
ou ambientes onde as crianças têm oportunidades de tentativa e erro e
interação com o mundo real.

Pode incluir por exemplo:

Fornecendo chances de Fornecer às crianças recursos


tentativa e erro. Concentre-se visuais e outros adereços,
no processo de aprendizagem como modelos, para ilustrar
versus o resultado final. diferentes ideias e conceitos.

60
@raquelvono.gestaopedagogica
Usando exemplos da vida real Fornecendo chances de
para pintar ideias complexas, classificar ou agrupar
como problemas de palavras informações. Contornos e
em matemática. hierarquias são bons
exemplos e permitem que as
crianças construam novas
ideias a partir do
conhecimento anterior.

Oferecendo problemas que


requerem pensamento
analítico ou lógico. Os
quebra-cabeças podem ser
usados ​como uma
ferramenta neste caso.

Em estágios posteriores,
quebra-cabeças de palavras,
tarefas de solução de problemas
e quebra-cabeças lógicos ajuda-
rão em seu desenvolvimento cog-
nitivo.

61
@raquelvono.gestaopedagogica
Permitir que uma criança
interaja com outras crianças
também pode ajudar a melhorar
seu aprendizado, especialmente
aquelas em um estágio de
desenvolvimento semelhante ou
ligeiramente superior ao seu.

A teoria do desenvolvimento
cognitivo teve um impacto
significativo sobre como as
pessoas entendem o desenvol-
vimento infantil hoje, e sugere
que as crianças passam por
quatro estágios distintos, desde o
nascimento até a idade adulta.

Cada estágio inclui certos


marcos em que a criança de-
monstra uma compreensão mais
sofisticada do mundo.

Piaget acredita que o desen-


volvimento ocorre por meio de
um impulso contínuo para ex-
pandir e adaptar esquemas ou
entendimentos sobre o mundo.

62
@raquelvono.gestaopedagogica
Marco:
Outro ponto relevante para o planejamento das atividades na
educação infantil, principalmente até os 5 (cinco) anos de idade, é
conhecer o desenvolvimento infantil através do marco desen-
volvimento, o qual contribui para perceber se algo não está seguindo o
caminho esperado, mas sempre lembrando que cada criança tem seu
próprio tempo podendo ocorrer antes ou depois do esperado
determinada evolução.

Veja os principais marcos do desenvolvi-


mento infantil de 0 a 5 anos na tabela abaixo:

Sócio
Idade Linguagem Cognitivo Motor
emocional

Vira a cabeça
para Ergue a cabeça.
Sorri e dá acompanhar Rola senta com
0a6 risadas com
Balbucios e
sons apoio. Procura
meses arrulhos
cócegas Movimentos dos por, agarra e leva
olhos a boca objetos
coordenados

Senta sem apoio


Responde pelo
Fica de pé
Entende ‘não’ Ri Balbucia vogais seu nome
segurando as
6a9 e dá e consoantes, Aumenta o
mãos de alguém
meses gargalhadas como mama e interesse por um
Engatinha
por prazer papa. determinado
Manipula objetos
brinquedo
com as mãos

Chora quando
Cutuca com o Levanta para ficar
os pais saem Entende e pode
dedo Responde a de pé Caminha
9 a 12 Imita sons e falar mamãe ou
simples segurando nas
meses gestos papai Acena
solicitação coisas Movimento
Interesse por para dar tchau
Aponta de pinça
outras crianças

63
@raquelvono.gestaopedagogica
Sócio
Idade Linguagem Cognitivo Motor
emocional

Fala algumas
Aponta para
Estranha palavras Fala e
partes do corpo; Caminha sem
desconhecidos balança a
18 Birras cabeça para
Faz rabiscos; apoio; Segura e
meses Segue bebe no copo;
Imaginação no dizer não
orientações Come com colher.
brincar Aponta para
simples
mostrar coisas

Começa a
Brinca ao lado Começa a
formar frases; Começa a correr;
de outra nomear cores e
Repete Fica na ponta dos
2 anos criança;
palavras;
formas Empilha;
pés; Arremessa
Mostrar mais blocos; Brinca de
Aponta imagens bolas
independência faz de conta
de um livro

Se comunica
Brinca com com frases Empilha blocos e
outras crianças; maiores; Fala faz torres; Brinca
Sobe e desce
Demonstra seu nome e de faz de conta e
3 anos escadas; Corre
preocupação idade; usa mais a
com facilidade
com amigos Responde a imaginação; Abre
chorando perguntas portas
simples

Fala sobre Sabe o nome das


gostos e Fala grandes cores e números;
Pula de um pé só;
interesses; sentenças de Entende
4 anos Agarra bola; Usa
Aguça a frases; Conta conceitos como
tesoura
imaginação nas histórias igual e diferente;
brincadeiras Reconta histórias

Fala com clareza


Quer ser como
grandes Conta até dez ou Pula de um pé só
os amigos;
sentenças Usa o mais; Reproduz por mais tempo;
5 anos Distingue a
tempo futuro; algumas letras e Nada e escala
realidade do faz
Fala seu nome e números pequenas alturas
de conta
endereço

Fonte: Instituto Neuro Saber

64
@raquelvono.gestaopedagogica
Desenvolvimento infantil de 1 a 6 anos:

Idade Características

A criança anda com mais segurança, sobe escadas se apoiando,


1 ano e é capaz de comer certos alimentos sozinha, estabelece
6 meses comunicação através de um vocabulário de cerca de 10
palavras, desenha linhas verticais

Corre com certa segurança, sobe em móveis, ao manusear um


2 anos e livro ou uma revista consegue virar uma página de cada vez,
6 meses forma pequenas frases, abre portas, sobe e desce escadas sem
apoio, indica quando precisa ir ao banheiro.

Consegue andar de velocípede, vai ao banheiro sozinha, faz


3 anos perguntas com frequência, conta até 10, sabe formar o plural de
algumas palavras, reconhece algumas cores.

Consegue pular em um pé só, aprende a atirar bolas, sabe lavar


4 anos
as mãos e o rosto, sobe e desce escadas alternando os pés.

Consegue agarrar uma bola atirada por outra pessoa, desenha


5 anos pessoas, sabe pular, sabe colocar a própria roupa e também se
despir, conhece um número maior de cores.

Sabe escrever o seu próprio nome, caminha em linha reta,


apresenta fala fluente (usa tempos verbais, plurais e pronomes
6 anos corretamente), tem capacidade de memorizar histórias, começa
a aprender verdadeiramente a compartilhar, começa a
demonstrar interesse em saber de onde vêm os bebês.

65
@raquelvono.gestaopedagogica
TIPOS DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Durante o processo de desenvolvi-


mento, a criança evolui em diferentes
aspectos de sua formação.

A evolução não se dá somente no


crescimento físico da criança, mas
também na sua parte cognitiva e
social, dentre outras.

DESENVOLVIMENTO AFETIVO
O desenvolvimento afetivo está relacionado aos sentimentos e
às emoções e é perceptível por parte da criança desde a fase de
bebê.

Um bebê é capaz de compreender a recepção de carinho e de


amor, e também de amar e de criar laços afetivos com os pais e
com outras pessoas próximas, principalmente com aquelas com
as quais tem mais convívio.

O estabelecimento dessas relações


é fundamental para que a criança
desenvolva sua inteligência emocional
e não tenha, no futuro, problemas
afetivos.

66
@raquelvono.gestaopedagogica
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
O desenvolvimento cognitivo refere-se à parte mais intelectual
do ser humano. Diz respeito à atenção, ao raciocínio, à memória e
à capacidade de resolver problemas.

A cognição do ser humano é desenvolvida com o tempo.


Enquanto bebê, uma pessoa não tem uma capacidade de
memória muito aguçada. Em geral, as pessoas não têm, por
exemplo, recordações de acontecimentos que tenham tido lugar
antes dos seus dois anos de idade.

O desenvolvimento cognitivo
infantil permite que a criança inter-
prete, assimile e se relacione com os
estímulos do ambiente que a cerca e
com a sua própria essência.

DESENVOLVIMENTO FÍSICO

O desenvolvimento físico é aquele através do


qual as crianças desenvolvem habilidades e capacidades motoras
como sentar, andar, ficar em pé, pular, correr, etc.

Em atividades que requerem


mais precisão, como por exem-
plo, escrever, o desenvolvimento
físico fica também dependente
do desenvolvimento cognitivo.

67
@raquelvono.gestaopedagogica
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Com o desenvolvimento social, a criança aprende a interagir em
sociedade.

É com base nesse tipo de desenvolvimento que a criança


estabelece com outras pessoas uma espécie de intercâmbio de
informações, que permite adquirir cultura, tradições e normas
sociais.

A importância de brincar no
desenvolvimento infantil está dire-
tamente relacionada com esse tipo de
desenvolvimento, pois através da so-
cialização com outras crianças, são
desenvolvidas certas capacidades de
interação e noções de limites.

É importante destacar que os jogos de faz de


conta, as brincadeiras devem ser estimulados principalmente nos
primeiros anos, assim contribuído com o processo de desenvolvimento
de habilidades de socialização, os sentimentos, emoções de maneira
lúdica.

A criatividade das crianças é


uma fonte de histórias que
estimuladas podem ajudar na
socialização superando o
egocentrismo e aprendendo os
costumes da sociedade a qual está
inserida e seus valores.

68
@raquelvono.gestaopedagogica
A aprendizagem está sempre
acontecendo, mas é na primeira
infância que a aprendizagem
acontece de forma muito mais
rápida e direcionada. É por essa
razão que a pré-escola tem papel
fundamental nesse processo,
estabelecendo as bases de toda a
aprendizagem que perdura até o
final da vida.
Vamos pensar juntos?
Se a fase mais rica em
aprendizagem é na primeira
infância, é nesse momento que
precisamos consolidar a base do
aprendizado e criar estratégias
significativas, com as melhores
práticas possíveis. Isso mesmo
PRÁTICAS, construir o conheci-
mento a partir de vivências
práticas!

AGORA VOCÊ DEVE SE PERGUNTAR:

Como criar sempre atividades práticas? Significa promover


atividades lúdicas, brincadeiras que levem a atingir o potencial
maior da aprendizagem.

Por essa razão é importante que as atividades e os ambientes


promovam a brincadeira, a exploração e consequentemente o
aprendizado prático, buscando nos programas e projetos
pedagógicos o eixo para construção dessas atividades na
educação infantil.

69
@raquelvono.gestaopedagogica
5

ALIMENTAÇÃO
ALIMENTAÇÃO

Pirâmide alimentar infantil: a necessidade de


saber ensinar o equilíbrio
Aqui começo deixando claro que não sou nutricionista, mas que li e
escutei especialistas para ter clareza de como podemos contribuir com
uma alimentação mais saudável e equilibrada para nossos alunos.

71
@raquelvono.gestaopedagogica
A pirâmide alimentar infantil
é muito usada na hora de
planejar o cardápio das crianças.
Agora vamos entender o que
realmente deve existir na refeição
do nosso aluno, dentro e fora da
escola!
Uma boa alimentação reflete
em boas noites de sono e boa
aprendizagem, claro que não é
uma regra, mas contribui
significativamente.

Equilibrar os nutrientes nas


refeições das crianças é apenas
uma questão de matemática
básica e planejamento de
cardápio. Mas, como fazer?
Uma boa sugestão é variar os
alimentos a serem oferecidos
também a forma como servi-los
mas não esquecer de contemplar
nenhum grupo de acordo com as
refeições no decorrer do dia.
Isso, para evitar que o aluno
tenha alguma carência de
vitaminas ou que enjoe rápido
do alimento.

No ano de 2009 os cientistas brasileiros desenvolveram uma


pirâmide com alimentos que são encontrados no país, valorizando in-
natura e também o consumo de carboidratos integrais e de gorduras
saudáveis

72
@raquelvono.gestaopedagogica
O QUE É A PIRÂMIDE ALIMENTAR
INFANTIL?
A pirâmide alimentar é bem
intuitiva e segue a distribuição dos
nutrientes de forma simples: aqueles
que estão na base devem ser
predominantes na dieta e os que estão
no topo devem ser evitados. Seguindo
essa linha de raciocínio fica mais
rápido montar um cardápio.

Agora, veja abaixo quais são os níveis da pirâmide alimentar


infantil e do que eles são compostos:

73
@raquelvono.gestaopedagogica
1- ENERGÉTICOS

São os carboidratos

Compostos por: cereais, pães, tubérculos e raízes.

Eles são as principais fontes de energia para o organismo. E as


crianças costumam ter um grasso energético bem alto. Por esse
motivo, ficam na base da pirâmide alimentar, ou seja, devem ser
consumidos em maior quantidade. É válido lembrar que os
carboidratos na forma integral fornecem fibras, vitaminas e
minerais.

Vale lembrar que a maioria dos alimentos desta classe são


convertidos em açúcar no sangue, precisando de avaliação e
orientação para os diabéticos ou casos específicos.

2- REGULADORES

São frutas, verduras e legumes

São alimentos capazes de regular o funcionamento do corpo,


sendo ricos em vitaminas e minerais. Classe de alimentos muito
importante, trazendo benefícios à saúde infantil.

Aqui observamos que são alimentos que ajudam na produção de


anticorpos, melhoram a resposta imunológica, aumentam a
capacidade de metabolismo, aceleram o intestino e ajudam a filtrar
o sangue.

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3- CONSTRUTORES

São as proteínas animal e vegetal.

Elas são responsáveis pela força dos músculos, tecidos e ossos.


Apesar disso, os alimentos deste grupo devem ser consumidos
sem excesso porque podem influenciar no funcionamento do
coração e circulação.

Ajudam na prevenção de doenças, formação de células


sanguíneas, melhora da cicatrização e produção dos hormônios do
crescimento, mas para isso precisam ser consumidas
moderadamente.

4- ENERGÉTICOS EXTRAS

São compostos por óleos, gorduras,


açúcares e doces.

Atenção, pois chegamos ao topo da pirâmide, onde encontra-


mos os alimentos que devem ser consumidos de forma limitada.
Eles são compostos por óleos, gorduras, açúcares e doces.

Nessa hora, é preciso ficar de olho no que está sendo con-


sumido, porque estes alimentos são os principais responsáveis
pela obesidade infantil.

Lembre-se que estes alimentos são proibidos para crianças com


menos de 1 ano e com atenção redobrada até 2 anos.

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SUGESTÃO DE LANCHES PARA PASSAR
PARA OS PAIS
Sabemos que lanches saudáveis e
nutritivos são uma cobrança diária da
maioria dos pais. A boa notícia é que
essa tarefa pode ser muito mais
simples do que parece.
A lancheira das crianças certamen-
te ficará mais turbinada com essas
dicas.

É muito importante que haja uma capacitação dos pais para esse
momento, isso trará tranquilidade e segurança para todos.

Dica importante:
Envolver o filho no processo de monta-
gem da lancheira, peça a opinião dele e
ajuda a despertar o interesse pela
alimentação saudável e balanceada.

Sempre os pais ficam se perguntando:


Como é possível organizar um lanche
para meu filho com rapidez e criatividade
sem ser biscoito recheado e bolo
industrializado?

Sua escola sairá na frente e deixará as


famílias preparadas para esse momento
com cardápios diferentes e sugestões
atraentes.

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TIPOS DE AVALIAÇÃO
na educação infantil
TIPOS DE AVALIAÇÃO
NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Dicas para o portfólio


Criar um portfólio é muito desafiador para a maioria dos educadores
que estão começando e não é diferente para a coordenação. Chegar e
solicitá-lo requer conhecimento prévio e definição de pontos a serem
elaborados.

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Para isso trago aqui as autoras Elizabeth Shores e Cathy Grase, que
escreveram o livro Manual de Portfólio, em que sugerem uma sequência
para montar e construir o portfólio em dez passos, claros e simples que
irão facilitar a sua jornada e a do professor.
São eles:

1 2 3

Estabelecer uma Coletar


política para o amostras de Tirar
portfólio trabalhos fotografias

4 5 6

Conduzir consultas Efetuar


Fazer registros
aos Diários de entrevistas
Aprendizagem sistemáticos

7 8 9

Realizar Preparar Conduzir reuniões


registros de relatórios de análise de portfólio
casos narrativos em três vias

79
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10
Você deve se perguntar porque criar três
vias do portfólio, mas a ideia é que se possa
usar em diálogo com a família, o educador e
o educando, buscando uma reflexão e
Usar portfólios
análise dos pontos mais pertinentes.
em situações de
transição

Além disso, possibilita ao aluno a compreensão de toda a evolução


que aconteceu, permitindo que ele próprio note a sua grande evolução
ao longo do período.

Com isso é possível mos-


trar o quanto foi submetido
a oportunidades e vivências
que o levou a toda a trans-
formação, o motivando e
desenvolvendo a autoesti-
ma, contribuindo para uma
análise e reflexão prática
que o leva a ter cada vez
mais autonomia em suas
atividades.

Além da análise que o aluno participou, o professor também tem a


oportunidade de pensar a própria prática pedagógica, fazendo uma
autoavaliação dos momentos que deverá rever atividades que não
foram consolidadas como esperado.

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Kátia Stocco Smole,
pesquisado-ra e estudiosa da
Teoria das Inteligências
Múltiplas, de Horward Gardner
(1994), entende bem sobre o
assunto.

Em estudo sobre o processo-


fólio compreendeu que os
estudantes aprendem melhor,
e de uma forma mais integral,
a partir de um compromisso
com as atividades que
acontecem durante um período
de tempo significativo e que
assim é possível se construir
conexões naturais com os
conhecimentos escolares.

A educação infantil é feita de


muita OBSERVAÇÃO, seja ela em
grupo ou individual, sempre que
feita irá possibilitar ao professor
um vasto e amplo campo de
conhecimento dos alunos.

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E quando atrelado à reflexão
e análise deste, trará uma
grande riqueza de informações
que vão diagnosticar as
questões de aprendizagem que
poderão interferir de forma
positiva ou negativa no sucesso
ou insucesso daquele grupo ou
aluno.

Dessa maneira será possível


uma intervenção qualitativa no
processo de ensino-aprendiza-
gem do educando.

Acredito ainda que a


observação individual do aluno
possibilita o seu conhecimento
de forma macro o que privilegia
outras aprendizagens

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O professor ainda consegue
desenvolver visão panorâmica da
sua socialização no grupo, do seu
desempenho físico, da sua
produção intelectual, das
abordagens que envolvem as
inteligências múltiplas.

Nesse momento é importante


que seja levado em conta as
perspectivas pedagógica, social e
psicológica, não esquecendo de
privilegiar a parceria com a
família.

Registre tudo que for possível com um objetivo maior por trás:
avaliar o aluno dentro de uma proposta de construção do ser como
único, ou seja, sem comparações.

O portfólio ainda é um recurso


de maior fidelidade avaliativa. O
educador que vivencia a avaliação
enquanto processo, com certeza,
fará desse recurso mais um
aprendizado, trazendo grande
contribuição ao processo de
ensino-aprendizagem.

É fundamental lembrar que o


portfólio é um documento que
deve ser elaborado por etapa, ou
seja, a cada bimestre ou trimestre
e entregue às famílias, durante as
reuniões de pais.

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SUGESTÃO DE FILMES
para o coordenador
SUGESTÃO DE FILMES
PARA O COORDENADOR

Invictus

O filme Invictus dá grande ênfase a Nelson


Mandela, um dos maiores líderes mundiais de to-
dos os tempos. E a grande estratégia dele para
superar os conflitos raciais da população foi a-
postar no rúgby, esporte considerado verdadeira
paixão nacional. A ideia era que as pessoas se u-
nissem para ganhar o campeonato!

Um Sonho de Liberdade

A ética e convivência daqueles homens é emocio-


nante e mostra que pode existir humanidade
mesmo entre pessoas confinadas em uma prisão,
privadas do direito mais valioso que é a liberdde,
sendo um filme que mostra coragem e pensa-
mento positivo.

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O Homem que Mudou o Jogo

A melhor mensagem do filme não é o foco na


ideia inovadora ou as dificuldades para alcançar o
sucesso, mas a importância de curtir o caminho.
O aprendizado e a experiência de vida não vêm
no início ou fim de uma trajetória, mas em como
vivemos cada momento. A gente se transforma
nesse caminho e encaramos nossos medos.
Grandes lições de inovação, liderança baseada
em força, gestão de mudanças e garra.

Gandhi

O filme retrata a transformação de Gandhi, um


jovem advogado inarticulado indiano que se
torna um dos maiores porta-vozes da paz e da
coragem moral do mundo, transformando-se no
adorado líder espiritual e político do tumultuado
subcontinente da Índia, mostrando coragem,
determinação, sacrifício e altruísmo.

Sociedade dos Poetas Mortos

Esse filme é um verdadeiro clássico sobre


liderança.
Um grupo de alunos conhece um professor
totalmente disruptivo para sua época, John
Keating, interpretado pelo lendário Robin
Williams. Ele ministra suas aulas de maneira
revolucionária e desperta em seus alunos o
encantamento pela literatura, algo que quase não
existia entre os alunos.

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Sementes Podres

O filme é uma importante lição de vida, pois


questiona o conceito de “sementes podres”
considerando alunos com dificuldade de
adaptação a uma realidade que insiste não ver
que seus sonhos são podados não permitindo a
possibilidade de um futuro diferente daquele pré-
determinado pela sociedade. O que estamos
fazendo com as crianças e com a nossa
juventude? Acabam num projeto de reforço
escolar para jovens inadaptados ao sistema
educacional francês. Que futuro desejamos se
não houver mudanças?

A fuga das Galinhas

Fuga das Galinhas é um ótimo exemplo do que é


liderança na prática. De maneira clara e cômica, o
filme exemplifica o que é liderança, como se
monta uma estratégia e, principalmente, como
criar um grupo unido e resiliente.

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BIBLIOGRAFIA

ANDRADE, Julia Pinheiro- Aprendizagens visíveis: Experiências teórico-


práticas em sala de aula; Panda Educação; 1ª edição, 2021.

HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação e Educação Infantil: Um


olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Editora Mediação; 22º edição;
2012.

PAPALIA, Diane E. Desenvolvimento Humano. AMGH; 14ª edição, 2021.

RAMOS, Rossana. Inclusão na prática: Estratégias eficazes para


educação inclusiva. Summus Editorial; 3ª edição, 2010.

ROSENBERG, Marshall B. Comunicação não-violenta. Técnicas para


aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. 3. ed. São Paulo:
Ágora, 2006.

SCOTT, Kim. Empatia Assertiva: Como Ser Um líder incisivo sem perder
a humanidade. Editora Alta Books, 2ª edição, 2021.

SILVA, Silvana do Nascimento. A BNCC da educação infantil ao ensino


fundamental: políticas públicas, currículo, competências e educação
ambiental. CRV; 1ª edição. 2020.

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BIBLIOGRAFIA

VASCONCELLOS, Celso dos S. Planejamento, Projeto de Ensino-


Aprendizagem E Projeto Político-Pedagógico, 1999.

WIGGINS, G. J. ; MCTIGHE, J. Planejamento para a compreensão:


alinhando currículo, avaliação e ensino por meio da prática do
planejamento reverso. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2019. 364 p

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