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A1153p
Acampora, Beatriz; Acampora, Bianca
Psicopedagogia institucional: guia teórico e prático/ Beatriz Acampora, Bianca Acampora. 2. ed. Rio
de Janeiro: Wak Editora, 2023.
200p. : 21cm
Inclui bibliogra a
ISBN 978-85-7854-389-1
1. Psicologia educacional. I. Acampora, Bianca. II. Título.
17-40928 CDD 370.15 CDU: 37.015.2
2023
Direitos desta edição reservados à Wak Editora
Proibida a reprodução total e parcial.
WAK EDITORA
Av. N. Sra. de Copacabana, 945 – sala 107 – Copacabana
Rio de Janeiro – CEP 22060-001 – RJ
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Dedicatória
Prefácio
Introdução
Considerações Finais
Rerefências
Prefácio
1.1 – PIAGET
Você sabia?
Quando uma criança percebe um objeto, ela o faz com base nas
suas estruturas internas, seus conhecimentos prévios, mediada pela
sua relação com o meio e os outros. Por exemplo: Ao apresentar
uma foto de um rato, nunca tendo visto um, poderá associar a um
outro animal semelhante que já conheça e afirmar que percebeu tal
animal, como um preá (ra nho da índia).
1.2 - WALLON
Henri Wallon (1879-1962) foi um dos precursores, junto com Jean Piaget,
da Psicologia da criança na França. Foi professor de Filoso a e doutor em
Medicina, tornando-se psiquiatra infantil. Pesquisou e trabalhou com crianças
denominadas na época de “difíceis e anormais”.
Wallon criticou o ensino tradicional e teve uma preocupação em olhar para
o aluno como um indivíduo. A proposta para o desenvolvimento humano de
Wallon é pautado na psicogênese da pessoa completa. Seus estudos levaram em
consideração a evolução psíquica da criança que, para ele, se dá de modo
descontínuo, ou seja, os estágios do desenvolvimento não ocorrem de forma
linear, mas por ampliação e reformulação nas transições de cada etapa, sendo os
con itos desencadeadores da evolução humana.
A teoria psicogenética de Wallon teve como base a Psicanálise de Freud e a
teoria de Piaget, utilizando um método de comparação genética e
neuropatológica relativo a conjuntos com níveis e velocidades de
desenvolvimento diferentes: Psicopatologia, Psicologia animal, Antropologia.
Dessa forma, sua obra apresenta uma Psicologia do desenvolvimento da
personalidade, concebida como integração da afetividade e da inteligência. Sua
teoria tem como eixo primordial do desenvolvimento a integração vista sob
dois aspectos:
• Integração organismo-meio: valoriza a relação do indivíduo com o meio
ambiente, a integração dos fatores orgânicos e socioculturais.
O meio é um complemento indispensável ao ser vivo. Ele deverá
corresponder a suas necessidades e as suas aptidões sensório-
motoras e, depois, psicomotoras... Não é menos verdadeiro que a
sociedade coloca o homem em presença de novos meios, novas
necessidades e novos recursos que aumentam possibilidades de
evolução e diferenciação individual. A constituição biológica da
criança, ao nascer, não será a única lei de seu destino posterior. Seus
efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias
de sua existência, da qual não se exclui sua possibilidade de escolha
pessoal... Os meios em que vive a criança e aqueles com que ela
sonha constituem a “forma” que amolda sua pessoa. Não se trata de
uma marca aceita passivamente. (WALLON, 1975, pgs. 164, 165,
167)
• Integração cognitiva-afetiva-motora: trata dos domínios funcionais que
envolvem a afetividade, o ato motor, o conhecimento e a pessoa.
O conjunto afetivo oferece as funções responsáveis pelas emoções,
pelos sentimentos e pela paixão. [...] O conjunto ato motor oferece
a possibilidade de deslocamento do corpo no tempo e no espaço, as
reações posturais que garantem o equilíbrio corporal, bem como o
apoio tônico para as emoções e sentimentos se expressarem. O
conjunto cognitivo oferece um conjunto de funções que permite a
aquisição e a manutenção do conhecimento por meio de imagens,
noções, ideias e representações. É ele que permite ainda registrar e
rever o passado, xar e analisar o presente e projetar futuros
possíveis e imaginários. A pessoa — o quarto conjunto funcional
— expressa a integração em todas as suas inúmeras possibilidades.
(MAHONEY, A. e ALMEIDA, L., 2005)
Wallon propõe cinco estágios do desenvolvimento humano:
De seis a
Interesse da criança para as coisas,
onze Categorial
conhecimento e conquista do mundo exterior.
anos
GLOSSÁRIO
BIOPSICOSSOCIAL – que abrange aspetos biológicos, psicológicos e
sociais.
CONSTRUTIVISMO – corrente baseada nos trabalhos do suíço Jean
Piaget (1896-1980) que explica a estrutura da inteligência humana como
um produto, não só do inatismo, mas igualmente da ação do indivíduo
sobre o meio.
Inatismo – doutrina segundo a qual há no espírito humano ideias ou
princípios que nascem com ele e que, portanto, se distinguem dos que
são adquiridos.
EPIGÊNESE – A teoria da epigênese tenta explicar o desenvolvimento
individual de um organismo e foi criada pelo lósofo grego Aristóteles, a
partir de suas observações em embrião de galinha, por exemplo, onde ele
viu que o animal gradualmente adquiriu forma. Essa teoria a rma que o
desenvolvimento do embrião é dado por um zigoto amorfo, ou seja, sem
forma ou diferenciação determinada. O lósofo considerava os pais como
os “princípios geradores” e que cada organismo, individualmente, começa
de novo. Assim, a epigênese acredita que o organismo não está formado
no ovo fertilizado, mas sim, que ele cresce progressivamente a partir de
alterações profundas que ocorrem durante a embriogênese.
PSICOGÊNESE – parte da Psicologia que trata da origem e do
desenvolvimento das funções psíquicas
Racionalismo – doutrina que a rma a primazia da razão. O
racionalismo é a corrente losó ca que iniciou com a de nição do
raciocínio como uma operação mental, discursiva e lógica que usa uma
ou mais proposições para extrair conclusões – se uma ou outra
proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a ideia central comum
ao conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como
racionalismo.
Referências:
Dicionário da Língua Portuguesa com Acordo Ortográ co [em linha].
Porto: Porto Editora, 2003-2016. [consult. 2016-08-08 18:58:29].
Disponível em: http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa.
Situações-exemplo:
• Uma criança que caiu e se machucou em um determinado lugar,
provavelmente se lembrará disso quando passar novamente pelo mesmo
local, evitando cair de novo.
• Uma mulher que tenha sido assaltada na frente de uma loja que tocava
uma determinada música, ao ouvir a música novamente tempos depois,
tenderá a se lembrar do assalto.
• Uma pessoa que vai fazer uma viagem para um lugar desconhecido usará
todas as memórias de experiências de viagens anteriores para se divertir,
evitar se perder ou passar por situações difíceis.
Como o psicopedagogo pode trabalhar na escola ou nas organizações
para estimular a memória e o aprendizado dos sujeitos?
O psicopedagogo institucional pode sugerir aos docentes que desenvolvam
jogos de memória com seus alunos ou o próprio psicopedagogo pode trabalhar
coletivamente com a turma de alunos ou de pro ssionais exercitando a
memória e melhorando o aprendizado. A memória, portanto, é um
componente importante da vida humana, e devemos valorizá-la.
Tronco
Respiração, batimento cardíaco e pressão arterial.
encefálico
Hipocampo Memória.
Sistema Comportamento emocional, memória, aprendizado,
límbico emoções.
Vida vegetativa (digestão, circulação, excreção etc.).
Fonte: http://sigmasistemico.blogspot.com.br/2014/04/pnl-ensinando-com-linguagem-do-cerebro.html.
O cérebro está sempre se reorganizando, e isto quer dizer que o cérebro tem
uma constante plasticidade, que consiste em uma propriedade do cérebro que
permite que ele mude em função de experiências, limitações ou danos. É a
partir da plasticidade que o cérebro se adapta às exigências do meio.
A base da aprendizagem está na capacidade do cérebro em refazer sua rede
neural durante toda a vida, o que permite que possamos aprender até o
envelhecimento, mesmo que com o avançar da idade a plasticidade diminua.
Sem as conexões sinápticas, não haveria aprendizagem, uma vez que é a
mudança na força das conexões e a possibilidade de construção de novas
sinapses que permitem que, a cada momento da vida, possamos adquirir novos
conhecimentos e experiências que podem ser a base de hábitos e do
comportamento.
O cérebro se desenvolve a partir da relação com o meio e dos estímulos
recebidos para a formação de conexões. Há um momento, um período crítico,
em que certas experiências precisam ocorrer para que o cérebro se desenvolva
normalmente. Estímulos visuais e auditivos são importantes para que o cérebro
do bebê desenvolva os caminhos pelos quais futuros estímulos dessa natureza
irão percorrer.
3.1.1 – INTELIGÊNCIA
Habilidade para
apreciar, compor
ou reproduzir
uma peça musical.
Inclui
discriminação de A criança pequena com
sons, habilidade habilidade musical especial
para perceber percebe desde cedo diferentes
MUSICAL
temas musicais, sons no seu ambiente e,
sensibilidade para frequentemente, canta para si
ritmos, texturas e mesma.
timbre, e
habilidade para
produzir e/ou
reproduzir
música.
3.1.2– ATENÇÃO
TIPOS DE
SIGNIFICADO
ATENÇÃO
3.1.4 - LINGUAGEM
- Fluência ou
- Baixo desempenho - Di culdade na
velocidade
gramatical memorização
leitora abaixo do
e de pontuação de fatos aritméticos
esperado
- Di culdade em
manter a - Di culdade na uência
- Dislexia como termo
clareza e a de
alternativo
organização da realização dos cálculos
expressão escrita
- Baixo desempenho no
raciocínio matemático
A constituição da subjetividade
PIAGET WALLON
Jogo simbólico
Considerando os estádios Pré-Operatório (dois a sete anos) de Piaget,
Sensório-motor e Projetivo (um a três anos) e Personalismo (três a seis anos) de
Wallon, os jogos simbólicos surgem durante o segundo ano de vida com o
aparecimento da representação e da linguagem. Com o aparecimento do jogo
simbólico, a criança ultrapassa a simples satisfação da manipulação. Ela vai
assimilar a realidade externa ao seu eu, fazendo distorções ou transposição. Da
mesma forma, no jogo simbólico, a criança pode encontrar satisfação fantasiosa
por meio de compensação, superação de con itos, avaliar suas habilidades e
compará-las com as das outras crianças e preenchimento de desejos.
O brincar também permite que a criança se aproprie de códigos culturais e
de papéis sociais, como papai, mamãe, lhinho, trabalhador etc. Quanto mais
avançar a idade, mais a criança caminhará para a imitação da realidade.
Por meio dos jogos, as crianças aprendem a lidar com símbolos e a pensar
por analogia (jogos simbólicos): os signi cados das coisas passam a ser
imaginados por elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de
linguagens, criadoras de convenções, capacitando-se para se submeterem a
regras e dar explicações. Além disso, passam a compreender e a utilizar
convenções e regras que serão empregadas no processo ensino-aprendizagem.
Essa compreensão favorece sua integração em um mundo social bastante
complexo e proporciona as primeiras aproximações com futuras teorizações.
Pelo jogo simbólico, a criança exercita a sua capacidade de pensar, de
representar simbolicamente as suas ações, as suas habilidades motoras, já que,
ao brincar, salta, corre etc.
No jogo simbólico, é de extrema importância o desenvolvimento subjetivo
e cognitivo. O jogo pode ser utilizado por meio de desenhos, das pinturas, do
faz de conta, do teatro, da dança, de brinquedos. O faz de conta vai permitir à
criança recriar experiências da vida quotidiana, situações imaginárias e utilizar
os objetos livremente, atribuindo-lhes signi cados múltiplos.
O jogo simbólico favorece o desenvolvimento global da criança
propiciando a oportunidade de representar, pois, por meio do jogo simbólico, a
criança reforça as categorias de espaço, tempo, causalidade e constância de
objetos.
Brinquedos para o “faz de conta” funcionam como elementos de apoio à
fantasia; aumentam o repertório de conhecimentos da criança; favorecem a
compreensão de atribuições e de papéis, o que contribui para o seu
ajustamento ao mundo ao seu redor.
Bonecos e bonecas são miniaturas do ser humano e dão à criança a
oportunidade de amadurecer por meio da elaboração de sentimentos e da
vivência do papel do adulto.
Jogos de regras
O desenvolvimento moral: é um processo de construção de regras em uma
relação de con ança e respeito.
Jogos cooperativos
0a6
Arrulhos
meses
6a8
Balbucios – produção de sons: consoantes e vogais
meses
8a
10-
Compreensão de algumas palavras e uso de gestos
12
meses
18 a
22-
Vocabulário de 3 a 50 palavras; primeiras frases de duas palavras
24
meses
2
Frases de duas palavras – explosão vocabular
anos
3
Frases de 3 e 4 palavras – explosão vocabular
anos
A
Com a aprendizagem formal na escola, a criança passa a aprender a
partir
utilizar a linguagem como um recurso valioso, ampliando seu
de 6
vocabulário a partir da leitura e escrita.
anos
Dicotomias Conceituação
5.4 – LENNEBERG
Antes de uma criança aprender a escrever, ela já passou por uma série de
etapas de desenvolvimento da linguagem, do pensamento, de maturação
biológica e cognitivo-afetiva que vão in uenciar diretamente sua aprendizagem
da leitura e escrita.
A socialização da criança com a família, amigos, outras crianças e o modo
como os pais oferecem estímulos também in uenciam seu modo de lidar com
novas informações de forma mais padronizada na escola.
A partir do referenciamento social, a criança vai desenvolvendo a
compreensão das emoções em si mesma e nos outros (BEE, 2003, p. 185):
Durante os anos pré-escolares, o vocabulário emocional da criança
aumenta gradualmente, e ela passa a reconhecer cada vez mais
variações nas expressões dos outros. Por volta dos quatro anos, a
maioria das crianças é capaz de reconhecer expressões faciais e
situações que transmitem as emoções de felicidade, tristeza, raiva,
amor e medo. [...] Ela começa a compreender que determinadas
emoções ocorrem em situações envolvendo relações especí cas
entre desejo e realidade.
O desenvolvimento da capacidade de reconhecimento das emoções é
importante para as relações sociais e para lidar com a realidade do mundo
escolar, que requer socialização, compartilhar tarefas e conviver com as
diferenças.
A aprendizagem da leitura e escrita requer alguns aspectos cognitivos, como
percepção, pensamento, raciocínio, tomada de decisão, o uso da linguagem,
dentre outros.
No que diz respeito à linguagem, o conhecimento prévio que a criança tem
do som e da pronúncia das palavras contribui diretamente para a aprendizagem
da leitura e escrita. Bee (2003) destaca que dois aspectos são importantes nesta
fase: 1) a capacidade do reconhecimento de letras separadas; 2) a consciência de
que as palavras faladas e escritas constituem-se em sons separados.
Crianças que conseguem comparar palavras por meio dos seus sons –
como, por exemplo, pato, mato, gato – desenvolvem consciência fonêmica e
têm mais facilidade de aprendizagem na alfabetização. Isso ocorre quando os
pais oferecem estímulos, como conversar muito com a criança, apresentar
sempre palavras novas por meio de brinquedos ou histórias, ler para a criança,
comparar palavras parecidas, falar o som de cada letra, cantar cantigas infantis
etc.
A esse respeito, Bee (2003) destaca que um estudo feito na Inglaterra
revelou que crianças que conheciam mais cantigas infantis aos três anos e meio
de idade apresentavam mais consciência fonêmica do que as crianças que
sabiam menos cantigas e, portanto, aprendiam mais facilmente a ler e escrever.
A forma dos gra smos é mais de nida, mais próxima das letras.
Predomínio da escrita de imprensa em maiúscula (in uência
dos estímulos do meio).
Possibilidade de memorização de escritas de palavras –
Pré-
reprodução de formas xas, na ausência do modelo.
Silábica
Diferenciação das formas grá cas: letras e números.
As palavras se diferenciam de acordo com o tamanho e as
quantidades de objetos a serem representados.
Não há a correspondência grafofonêmica.
Catherine
Crain- Crianças com atraso em habilidades de linguagem têm um
oreson e ganho signi cativo nesta área quando os pais e professores
Philip Dale são treinados a lerem para elas de forma dialógica.
(1995)
1 – orientação
Obediência mediante Criança no
para a punição
punição. O adulto é Ensino
e para a
detentor do poder. Fundamental.
I obediência
Moralidade
Criança no
pré- 2–
Ensino
convencional Individualismo, Cumprimento de regras
Fundamental,
propósito de acordo com o
podendo
instrumental e interesse e a satisfação.
perdurar até a
troca
adolescência.
II Surge na
3 – expectativas
Moralidade adolescência,
e Valorização das ações
convencional sendo a
relacionamentos morais que são
forma mais
interpessoais importantes para a
comum de
mútuos e família ou para um
raciocínio
conformidade grupo signi cativo.
moral na
interpessoal
idade adulta.
Capacidade de avaliar
que os valores são
5 – contrato ou relativos e que as leis
Raro, mesmo
utilidade social podem ser modi cáveis,
na idade
e direitos contudo as regras devem
adulta.
III individuais ser seguidas objetivando
Moralidade o bem para um maior
número de pessoas.
de princípios
ou pós-
Seguem-se princípios
convencional
éticos que foram
escolhidos e Raro, mesmo
6 – princípios
internalizados. O adulto na idade
éticos universais
é capaz de determinar o adulta.
que é certo por si
mesmo.
Como fazer?
Sugestões de jogos:
1) Material Dourado
Objetivos: efetuar a adição, desenvolver a noção de unidade, dezena e
centena; fazer agrupamentos.
Prática: dois participantes. Cada um na sua vez: jogar os dados, somar os
pontos dos dois dados e pegar o número de cubinhos do material dourado
correspondente ao número de pontos somados nos dados. Ceder a vez para o
adversário. Ele fará a mesma coisa e assim sucessivamente. Quando alguém
atingir dez cubinhos, deverá trocar por uma barra (uma dezena). Quando
atingir dez barras, deverá trocar pela placa (uma centena). Ganha quem
conseguir trocar pela placa primeiro.
Recursos: dois dados comuns, material dourado.
TIPOS DE VIOLÊNCIA
10.1 - MOTIVAÇÃO
10.2 – AUTOESTIMA
Primeiros
O recém-nascido começa a coordenar as informações que
meses de
tem a respeito de suas ações e impactos das mesmas.
vida
Primeiro O bebê desenvolve um senso de si mesmo, surgindo um
ano de vida sentimento de autoe cácia por ser capaz de realizar coisas.
10.3 - AFETIVIDADE
O afeto deve ser sempre incondicional, e isto signi ca que não se deve
associar o afeto dado à criança a um determinado comportamento, como, por
exemplo: “Se você estudar, eu vou amar você mais”; “Se você não zer isso
direito, eu vou deixar de gostar de você”.
Os pais devem ser responsivos em relação a tudo aquilo de que a criança
precisa, percebendo de forma adequada os sinais que a criança oferece em
relação às suas necessidades e reagindo de modo sensível a elas, tomando as
providências adequadas.
Em alguns casos, é possível observar uma conduta excludente entre
afetividade e efetividade. Pais afetivos cuidam de seu(s) lho(s) com amor e
carinho, com o cuidado para que haja um encadeamento positivo entre as
necessidades da criança e as exigências do meio, buscando uma integração que
permita um desenvolvimento saudável por meio do afeto. Pais efetivos também
desejam que seus lhos sejam saudáveis e que estejam integrados ao meio, mas
apresentam um aspecto peculiar: têm di culdade em demonstrar afeto, tendo
atitudes objetivas em relação à criança, como um simples cumpridor de tarefas:
dar o remédio na hora certa, levar para a escola, organizar a agenda da criança
etc.
A afetividade e efetividade precisam caminhar juntas. Cumprir
determinados padrões de atividade é importante porque a criança precisa ter
seu mundo organizado, mas isso pode e deve ser feito de modo afetivo.
Oferecer carinho e amor à criança é importante, mas de nada adianta se
utilizarmos o afeto como justi cativa para a permissividade, superproteção ou
para a severidade no modo de educar, deixando de lado o investimento na
organização de ações das quais a criança depende para ter necessidades vitais
satisfeitas.
Educar com afetividade implica conduzir à criança na enseada da
aprendizagem e do desenvolvimento a partir de uma estruturação que envolve:
organização de atividades e tarefas, horários para os cuidados com o corpo e a
saúde, alimentação adequada, esclarecimento de regras que são necessárias para
a convivência em família e na sociedade, gerenciamento da qualidade do
tempo, trocas físicas, verbais e comportamentais de carinho.
Os pais precisam ser parceiros no processo de educar o(s) lho(s), entrando
em acordo quanto às regras a serem estabelecidas para o que pode ou não ser
feito pela criança, para deixar claro quais as sanções disciplinares serão adotadas
em caso de atitudes desabonadoras, sendo coerentes e mantendo decisões
tomadas anteriormente.
Bee (2003) destaca que a afetividade na família e na escola tem diversos
benefícios para a criança, entre eles: autoestima mais elevada, empatia,
altruísmo, cooperação, melhor desempenho na escola e maior desenvolvimento
da inteligência.
Estudos realizados em bairros onde a violência predomina revelam que o
fator preponderante e que distingue crianças e adolescentes que não se
tornaram delinquentes daqueles que se tornaram é o amor e o cuidado materno
(BEE, 2003).
Assim, é fácil concluir que, na outra via, está a hostilidade familiar e/ou
ambiente educacional, que está diretamente relacionada ao baixo desempenho
escolar, insegurança, tendência à delinquência, di culdades de relacionamento,
baixa autoestima, agressividade.
A criança que se sente amada pelos pais tende a responder mais
positivamente às suas solicitações, respeitando mais a família e querendo estar
no ambiente do lar porque ele é seguro e con ável.
Considerações Finais