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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO AMAPÁ

ACADEMIA BOMBEIRO MILITAR DO AMAPÁ


CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS 2023/2024
FACILITADOR: SD BM D’ALMEIDA
DISCIPLINA: HISTÓRIA DO BOMBEIRO NO MUNDO, BRASIL E AMAPÁ

A ORIGEM DOS CORPOS DE BOMBEIROS


A Evolução Histórica da Instituição Militar Segundo Guimarães Costa (1996),
acompanha as modificações impostas pelas ordens culturais, econômicas, políticas e
administrativas dos povos através dos tempos. Dessa forma, passaremos a citar alguns
exemplos que concretizam esse conceito. No ano de 2.969 a C. o Faraó Menés instituiu
o primeiro código de polícia, este que regia que a ordem entre os egípcios seria imposta
através do medo e por uma justiça perversa. Os hebreus se serviram da mais bem
organizada instituição policial da Antiguidade, sendo Jerusalém dividida em jurisdições
policiais; Na Roma de Numa, sucessor de Rômulo, foram instituídos os “questores”,
estes que eram magistrados eleitos pelo povo. Dessa forma, um dos mais notáveis
administradores de Roma foi Marco Vipsânia Agripina, este que era conselheiro do
imperador Otávio e detinha sob seu controle uma cidade dividida em distritos policiais,
estes que eram entregues a delegados então chamados de “curadores”. Como
consequência, foi através desta organização que surgiram os “vigias noturnos”, estes
que eram dirigidos pelo “chefe de vigilância”, e possuíam dentre suas atribuições, a
proteção da cidade contra incêndios, ou seja, estes foram sem dúvida o primeiro “corpo
de bombeiros” que se fala na história. De acordo com o mesmo autor, somente no
século XVII com os princípios jurídicos decorrentes da Revolução Cultural que se
operava, ressurgiu a polícia em termos técnico científicos, esta que passou a ser assim
considerada como atribuição ou atividade de determinados órgãos da administração.
Dessa forma, dentre os países precursores no tocante à organização em tais moldes,
estavam à Alemanha, a França e a Inglaterra.

A Evolução dos Serviços de Bombeiros no mundo

O serviço de bombeiros nasceu, como quase tudo o que o homem criou, por
necessidade. O fogo sempre foi uma séria ameaça a humanidade. Quando os homens
ainda eram nômades, fugiam das chamas, não sendo necessário enfrentá-las. Mas a
partir do momento que fixou-se na terra, obrigou-o a combatê-la quando este a
ameaçava pessoas ou o patrimônio. Certamente a preocupação com incêndios é tão

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antiga como a própria vida social, nas diferentes culturas, porém, nossas pesquisas
apontam que ao logo da história, grandes incêndios marcaram povos ao redor do
mundo. E a partir dessas grandes tragédias, surgiu a necessidade de se criar um
serviço para fazer frente a esse tipo de sinistro. Assim nasceram as primeiras
corporações de bombeiros.

Há aproximadamente quinhentos mil anos atrás, nossos antepassados


humanos habitavam uma terra inóspita repleta de calamidades naturais, entre elas o
fogo era a mais temível e frequente. Os incêndios florestais destruíam grandes áreas,
e o homem fugia, como os outros animais, ou se abrigava no fundo de suas cavernas.
Tempos depois, sua curiosidade e inteligência o levou a observar e controlar as
chamas, produzidas naturalmente, mantendo-a acesa, dominando-a e utilizando-a para
seu aquecimento e segurança, sendo inclusive um fator de poder, sobre as tribos que
não detinham tal conhecimento. Este domínio ficou mais evidente ainda quando os
primeiros seres humanos conseguiram produzir fogo a partir da fricção (atrito) entre
duas pedras de sílex, sendo esta a primeira grande descoberta da humanidade. No
mesmo tempo em que o homem descobriu o segredo de acender o fogo, mudou o curso
de sua sobrevivência. O fogo cada vez mais serviu para proteger e melhorar a qualidade
de vida da humanidade. Passaram muitos séculos e milênios. O homem começou a
agruparse com seus semelhantes dando passo a um novo processo; a vida
comunitária. Se praticava a caça e o pastoreio e depois se descobriu a agricultura. Com
o domínio cada vez maior do fogo, o homem começou a produzir uma série de artefatos
domésticos e de guerra, até que se aprendeu a fundir metais, outro grandioso passo
evolutivo. Nessa época, o homem já não habitava mais em cavernas e o fogo estava
totalmente dominado, porém as vezes se voltava contra ele, obrigando-os a criarem
regras para o seu uso, a fim de defender suas casas da destruição. Assim começou
quase nos albores da humanidade, a luta organizada contra o incêndio.

Entre os povos antigos, os gregos tinham organizados sentinelas noturnos


para vigilância de suas cidades e faziam soar um alarme em caso de incêndio. Em
todas as cidades do Império Romano também estavam regulados estes serviços, mas
como abordamos no início deste capítulo, os bombeiros surgiram por necessidade,
quase sempre depois de um grande incêndio, e foi assim, que surgiu o primeiro
bombeiro, segundo registros históricos, quando a capital do império Romano, foi
devastada por um grande incêndio no ano 22 a.C., e por esta razão, o Imperador César
Augusto, preocupado por este acontecimento, decidiu na criação do que se pode

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considerar como o primeiro corpo de Bombeiros, cujos integrantes se chamavam
“vigiles”, responsáveis pela segurança de Roma. Este corpo serviu até a queda do
Império Romano (476 d.C.). Este, é o primeiro corpo organizado que se conhece na
história, dedicado exclusivamente a função de bombeiro.

Com os séculos, estas organizações evoluíram muito pouco. Durante a Idade Média se
tinha no incêndio um conceito relativo, consideravam um dano inevitável. A partir do
século XVI os artesãos se espalham por toda Europa numa modesta industrialização.
Os incêndios são mais freqüentes e se tem necessidade de combatê-los de forma
prática. Mais tarde, na metade do século XVII o material disponível para combate a
incêndio se reduzia a machados, enxadões, bales, e outras ferramentas. Os países
mais avançados contavam com rudimentares máquinas hidráulicas, que eram
conectadas a poços de vizinhos que enchiam baldes que por sua vez eram passados
de mão em mão, até a linha do fogo. Um fato interessante da história é que em 1666,
na Grã-Bretanha, já haviam brigadas de seguros contra incêndios, administradas por
seguradoras, sem mais informações sobre o desenvolvimento dessas organizações na
Europa até o grande incêndio de Londres, no mesmo ano, que destruiu grande parte
da cidade e deixou milhares de pessoas desabrigadas. Antes do incêndio, Londres não
dispunha de sistema organizado de proteção contra o fogo. Após isso, as companhias
de seguro da cidade começaram a formar brigadas particulares para proteger a
propriedade de clientes.

No século XVIII Van Der Heyden inventa “a bomba de incêndio”, abrindo


uma nova era na luta contra o fogo. O mesmo Van Der Heyden também ganha
notoriedade ao inventar a “mangueira” de combate a incêndios. Estas primeiras
mangueiras foram fabricadas em couro, e tinham quinze metros de comprimento com
uniões de bronze nas extremidades. O novo sistema põe fim a época dos baldes e
marca o começo de uma nova era no “ataque” aos incêndios, com o lançamento de
jatos de água em várias direções, o que não era possível no sistema antigo.

A aparição destas bombas de incêndio fez com que se organizasse em París


(França) uma companhia de “sessenta guarda bombas”, uniformizados e pagos que
estavam sujeitos à disciplina militar. Em Boston-EUA, depois de um incêndio
devastador que destruiu 155 edifícios e inúmeros barcos, houve em 1679 a fundação
do primeiro Departamento Profissional Municipal Contra Incêndios na América do
Norte. A cidade importou da Inglaterra uma bomba contra incêndios, empregando um

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chefe e 12 bombeiros. Já em 1715 a cidade de Boston já contava com 6 companhias
que dispunham de bombas d’água.

Na mesma época também eram organizados nas comunidades de


Massachusetts sistemas de defesa contra o fogo, tais como exigências que em cada
casa houvesse disponível 5 latas (tipo balde). Em caso de incêndio era dado alarme
através dos sinos das igrejas e os moradores de cada casa passavam então a se
organizarem em grandes filas, desde o manancial mais próximo até o sinistro, passando
as latas de mão em mão. Aqueles que não ajudavam eram multados em até 10 dólares
pelo chefe dos bombeiros.

Com falta de organização e disciplina dos bombeiros voluntários, bem como


a resistência à tecnologia que despontava com a introdução de bombas com motor a
vapor, foi criada a organização dos departamentos profissionais contra incêndio, tendo-
se registro que em 1º de abril de 1853, em Cinccinati, foi ativado o serviço de
bombeiros com bombas a vapor em veículos tracionados por cavalos.

Anos mais tarde, também Nova Iorque substituía os bombeiros voluntários


pelos profissionais que utilizavam estas bombas. As primeiras escolas de bombeiros
surgiram em 1889, em Boston, e em 1914, em Nova Iorque, para transformação dos
quadros profissionais de maiores e menores graduações.

Na época das 1ª e 2ª Guerras Mundiais, os Corpos de Bombeiros


encontravam-se estruturados e atuavam em sistemas de dois turnos. Devido às
necessidades, muitas vezes seguiam trabalhando para erradicar sinistros advindos de
bombardeios, com jornada de até 24 horas, passando a tornar-se comum tal prática,
trabalhando mais horas que outras categorias profissionais, e com isso consolidando-
se esta situação, a partir de então.

Este foi um dos primeiros Corpos de Bombeiros organizados, nos


moldes do sistemas atuais, que se tem notícias. Em pouco tempo todas as grandes
cidades do mundo ocidental já possuiam, seja por disposição legal ou por iniciativa das
companhias de seguro, (como por exemplo na Escócia e Inglaterra) serviços de
bombeiros pagos.

Os Corpos de Bombeiros que eram criados, foram organizados militarmente


e dotados de equipamentos podendo ser pagos ou voluntários.

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Os bombeiros pagos, eram os Corpos Oficiais recrutados por conta do
Estado, e que cumpriam um serviço permanente, seus quartéis estavam distribuídos
de forma estratégica nas cidades. Estes constituíam um Corpo organizado, sujeito a
Regulamentos nos moldes militar que os mantinham sempre em serviço. Recebiam um
salário pelo serviço que estavam obrigados a prestar. Já os Corpos de Bombeiros
Voluntários recebiam este nome por que seus integrantes queriam prestar serviço de
forma “Voluntária”, sem receber salário algum, apenas trabalhar no combate às
chamas, quando ocorria um incêndio. Os componentes destes modelos estavam
motivados por uma “vocação” para prestar um serviço para a comunidade, ou
simplesmente por que trabalhavam em indústrias que apoiavam à comunidade na
extinção de incêndios. Assim, nas grandes cidades, organizadas e ricas, criavam seus
serviços de bombeiros profissionais, de plantão vinte e quatro horas por dia, com
sistemas de alarme, geralmente através de sinos espalhados pela cidade. Nas
cidades menores, pela falta de recursos e pela menor freqüência de incêndios, os
serviços foram criados no sistema de voluntários, onde as próprias pessoas da
comunidade, no momento de um incêndio, fariam o trabalho de combate às chamas,
aliás como sempre havia sido feito antes da criação de bombeiros oficiais (com uso de
baldes). Assim, podemos afirmar que os bombeiros oficiais foram criados a partir do
acréscimo de riscos, devido a grande urbanização das cidades, e sobretudo da
industrialização, onde o capital teve que ser protegido, não só dos pensadores
comunistas, mas também do fogo, que tinha e como tem hoje, a capacidade de reduzir
à cinzas verdadeiros impérios econômicos, e logicamente muitos empregos.

Os dois modelos de bombeiros, ou seja, oficial e voluntário, subsistem até


hoje em quase todos os países do mundo, na mesma idéia da Europa, com uma
tendência a profissionalização desta atividade, na medida em que a evolução
tecnológica nos apresenta novos riscos, com conseqüências cada vez mais amplas e
perigosas, sendo necessário uma especialização dos bombeiros muito mais eclética e
adequada a essa nova realidade. Aliado a isso, como é sabido, já foi o tempo em que
o bombeiro só atendia incêndio. Atualmente os serviços destes profissionais
transcenderam a este marco que os criou. Acompanhando a evolução da sociedade e
tecnológica, os bombeiros evoluíram no sentido de procurar prevenir incêndios, bem
como dar assistência a outros tipos de emergências que não fossem apenas os
incêndios, o que provocou um incremento incalculável na sua rotina, sendo então
necessário, além de um plantão permanente, uma capacitação especial desses

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profissionais. Assim temos como exemplo o bombeiro Japonês, Norte Americano e
Europeu, onde encontramos, nas cidades médias e grandes, bombeiros altamente
especializados.

Um Paralelo entre Bombeiro Mundial e no Brasil

Antes de iniciar este assunto, queremos ressaltar que para elaborar este
trabalho, pesquisamos, através da Internet, de entrevistas e consultas à outras
monografias, bombeiros de mais de 50 países, todos do ocidente, com exceção do
Japão, Austrália e Nova Zelândia. E baseado nessa pesquisa, entendemos que não
existe um bombeiro igual ao outro, devido as peculiaridades de cada nação, como por
exemplo: riscos, capacidade de investimento, organização política, aspectos culturais,
etc... Porém notamos que há similaridade entre algumas organizações e pode-se
afirmar que, em função da globalização, existem certas tendências que estão bem
claras, a qual certamente deverá influenciar na organização dos bombeiros do Amapá.

A primeira corporação de combate ao fogo que foi criada no território Barriga


Verde, foi no sistema de voluntários, na cidade de Joinville (1898), e o militar surgiu
quase trinta anos depois em Florianópolis (1926). Esta situação histórica se reflete até
hoje, sendo que das cidades que de fato possuem serviços de Bombeiros, algumas são
Voluntárias, outras são Mistas (militar e voluntários) e outras Militar. No modelo Militar
a organização é estadual, e em alguns quartéis, vemos a expressiva participação de
voluntários que se somam ao efetivo militar para reforçar as guarnições operacionais,
bem como disseminam a cultura prevencionista e protetiva que faz parte do espírito
bombeiristico; já o modelo Comunitário ou Misto o bombeiro é estadual, com a parceria
dos municípios onde estão instalados, e nesses modelos, obrigatoriamente tem a
participação de voluntários, junto com os militares e as vezes funcionários civis cedidos
pelas prefeituras, sendo fundamental este apoio para o funcionamento dos serviços
emergenciais; O outro modelo, ou seja, o bombeiro Voluntário é, geralmente, mantido
por uma associação local de bombeiros voluntários, e com a subvenção de recursos
públicos, sendo que diferem de outros modelos de voluntários existente no mundo, por
terem, via de regra, parte de seu efetivo remunerado, alguns em quantidades que
certamente descaracteriza a sua natureza de voluntário, como é o caso da própria
cidade de Joinville, que possui quase duas centenas de bombeiros pagos. E talvez
devido a essa questão histórica, citada anteriormente, não verificamos uma unidade
entre o sistema voluntário, dos outros dois. Aliás, este é um dos motivos da escolha do
tema desta monografia.

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O bombeiro militar e o bombeiro comunitário, por serem estadual,
seguem uma estrutura militar, conforme determinação legal, possuindo uma
organização e procedimentos bem definidos, coordenando e padronizando ações,
através de uma ingerência direta do comando regional (estadual), nas rotinas de
serviço, dando suporte e apoio técnico, além de uma fiscalização e acompanhamento
administrativo.

O bombeiro civil ou voluntário, é independente, onde os seus


comandantes não possuem uma estrutura superior para dar suporte técnico, cabendo
a eles buscar oportunidades e meios para a continuidade dos serviços, muitas vezes o
próprio poder público municipal não se envolve ou não quer se envolver com os
problemas inerentes aos bombeiros voluntários, colocando em risco a qualidade e
continuidade dos serviços prestados e a própria segurança dos bombeiros e da
população.

Em vários países da Europa, nos Estados Unidos e no Japão, verificamos a


presença de organizações voluntárias de bombeiro, principalmente em cidade
pequenas, mas em todas, a criação dos bombeiros são reguladas por lei, com uma
estrutura definida, com previsão de benefícios aos voluntários, formas de participação
e de apoio dos entes estatais. E nesses mesmos países, existem o bombeiro
profissional, geralmente em cidades maiores, onde, por conseqüência lógica, os riscos
são maiores e a rotina de trabalho é intensa, necessitando a presença de bombeiros
durante as vinte e quatro horas do dia.

A evolução econômica e tecnológica verificada em nosso planeta nas


últimas décadas, transformaram radicalmente a vida e a rotina das pessoas. O
aparecimento de grandes indústrias e o consequente aglomeramento humano nas
cidades, os sistemas de transportes, as descobertas científicas e outros fatores
trouxeram muitos problemas, que refletiu na vulnerabilidade dos seres humanos frente
aos seus próprios inventos e situações criadas. Todas essas transformações refletiram
de maneira direta na atuação das organizações de bombeiros, o que afetou o próprio
profissional do fogo, que agora ampliou a sua área de atuação.

Se a cem anos atrás, o bombeiro atendia somente chamados de incêndio,


talves não fosse viável manter uma estrutura durante tempo integral, já que os
incêndios não eram frequentes, e as técnicas e equipamento exigiam apenas esforços
físicos. Porém, nos dias atuais, a realidade é bem diferente. A rotina de qualquer quartel
de bombeiro que desenvolva atividades de salvamente, resgate, socorro pré-hospitalar,
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combate e extinção de incêndios, bem como a sua prevenção, certamente deve possuir
pessoal altamente especializado, com dedicação exclusiva, com uma administração e
coordenação coerente e profissional, dada a importância de suas atividades. E dentro
desta idéia, entendemos que, de acordo com o risco e demanda de serviço, uma
instituição que presta um serviço emergencial deve ter pessoal com dedicação
exclusiva, a disposição da comunidade, necessitando ser eficiente e responsável, com
capacitação e comprometimento, tendo o Estado como seu patrocinador, por ser a
atividade de bombeiro eminentemente pública. É claro que sempre haverá espaço para
o voluntariado, até porque, não podemos despresar a vontade das pessoas que se
sentem atraídas pela emoção e prazer de trabalhar no bombeiro, o que sempre vem a
somar, diminuindo as dificuldades relacionadas à falta de pessoal.

E dentro deste enfoque, entendemos que a profissionalização do serviço de


bombeiro nada mais é do que a própria evolução natural desses serviços, que nasceu
voluntário, profissionalizando-se dada a implementação dos serviços, aliada a
complexidade e potencialidade dos riscos. Esta é a conclusão que chegamos em nossa
pesquisa histórica e pela realidade atual dos bombeiros, conforme exposição seqüente.

Quando o homem combatia incêndios com baldes, que eram passados de


mão em mão, praticamente toda a comunidade afetada era voluntária para apagar
incêndios que eventualmente ocorriam. A partir do momento em que foi inventado a
bomba e mangueiras de incêndio (século XVIII), começaram a surgir os primeiros
bombeiros profissionais, que de forma mais eficaz, davam uma resposta adequada aos
incêndios, principalmente nas grandes cidades da Europa, patrocinados pelo Estado
ou por Companhia de seguros. Esta situação se fortaleceu ainda mais com a evolução
técnológica a partir da revolução Industrial e consequente aumento de população nas
cidades, o que aumentava os riscos de incêndios e as suas consequências. E ainda
por conta dessa evolução tecnológica, as populações, principalmente as urbanas,
ficaram expostas a outros perigosos riscos, ampliando ainda mais a gama de ação das
corporações de bombeiros, tais como o atendimento pré-hospitalar, salvamentos,
resgates, além da necessidade de agirem preventivamente tanto na fiscalização de
obras como na educação dos cidadãos. Assim gradativamente, os bombeiros foram se
profissionalizando para responderem eficazmente a uma demanda cada vez mais
crescente.

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