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O serviço de bombeiros nasceu, como quase tudo o que o homem criou, por
necessidade. O fogo sempre foi uma séria ameaça a humanidade. Quando os homens
ainda eram nômades, fugiam das chamas, não sendo necessário enfrentá-las. Mas a
partir do momento que fixou-se na terra, obrigou-o a combatê-la quando este a
ameaçava pessoas ou o patrimônio. Certamente a preocupação com incêndios é tão
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antiga como a própria vida social, nas diferentes culturas, porém, nossas pesquisas
apontam que ao logo da história, grandes incêndios marcaram povos ao redor do
mundo. E a partir dessas grandes tragédias, surgiu a necessidade de se criar um
serviço para fazer frente a esse tipo de sinistro. Assim nasceram as primeiras
corporações de bombeiros.
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considerar como o primeiro corpo de Bombeiros, cujos integrantes se chamavam
“vigiles”, responsáveis pela segurança de Roma. Este corpo serviu até a queda do
Império Romano (476 d.C.). Este, é o primeiro corpo organizado que se conhece na
história, dedicado exclusivamente a função de bombeiro.
Com os séculos, estas organizações evoluíram muito pouco. Durante a Idade Média se
tinha no incêndio um conceito relativo, consideravam um dano inevitável. A partir do
século XVI os artesãos se espalham por toda Europa numa modesta industrialização.
Os incêndios são mais freqüentes e se tem necessidade de combatê-los de forma
prática. Mais tarde, na metade do século XVII o material disponível para combate a
incêndio se reduzia a machados, enxadões, bales, e outras ferramentas. Os países
mais avançados contavam com rudimentares máquinas hidráulicas, que eram
conectadas a poços de vizinhos que enchiam baldes que por sua vez eram passados
de mão em mão, até a linha do fogo. Um fato interessante da história é que em 1666,
na Grã-Bretanha, já haviam brigadas de seguros contra incêndios, administradas por
seguradoras, sem mais informações sobre o desenvolvimento dessas organizações na
Europa até o grande incêndio de Londres, no mesmo ano, que destruiu grande parte
da cidade e deixou milhares de pessoas desabrigadas. Antes do incêndio, Londres não
dispunha de sistema organizado de proteção contra o fogo. Após isso, as companhias
de seguro da cidade começaram a formar brigadas particulares para proteger a
propriedade de clientes.
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chefe e 12 bombeiros. Já em 1715 a cidade de Boston já contava com 6 companhias
que dispunham de bombas d’água.
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Os bombeiros pagos, eram os Corpos Oficiais recrutados por conta do
Estado, e que cumpriam um serviço permanente, seus quartéis estavam distribuídos
de forma estratégica nas cidades. Estes constituíam um Corpo organizado, sujeito a
Regulamentos nos moldes militar que os mantinham sempre em serviço. Recebiam um
salário pelo serviço que estavam obrigados a prestar. Já os Corpos de Bombeiros
Voluntários recebiam este nome por que seus integrantes queriam prestar serviço de
forma “Voluntária”, sem receber salário algum, apenas trabalhar no combate às
chamas, quando ocorria um incêndio. Os componentes destes modelos estavam
motivados por uma “vocação” para prestar um serviço para a comunidade, ou
simplesmente por que trabalhavam em indústrias que apoiavam à comunidade na
extinção de incêndios. Assim, nas grandes cidades, organizadas e ricas, criavam seus
serviços de bombeiros profissionais, de plantão vinte e quatro horas por dia, com
sistemas de alarme, geralmente através de sinos espalhados pela cidade. Nas
cidades menores, pela falta de recursos e pela menor freqüência de incêndios, os
serviços foram criados no sistema de voluntários, onde as próprias pessoas da
comunidade, no momento de um incêndio, fariam o trabalho de combate às chamas,
aliás como sempre havia sido feito antes da criação de bombeiros oficiais (com uso de
baldes). Assim, podemos afirmar que os bombeiros oficiais foram criados a partir do
acréscimo de riscos, devido a grande urbanização das cidades, e sobretudo da
industrialização, onde o capital teve que ser protegido, não só dos pensadores
comunistas, mas também do fogo, que tinha e como tem hoje, a capacidade de reduzir
à cinzas verdadeiros impérios econômicos, e logicamente muitos empregos.
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profissionais. Assim temos como exemplo o bombeiro Japonês, Norte Americano e
Europeu, onde encontramos, nas cidades médias e grandes, bombeiros altamente
especializados.
Antes de iniciar este assunto, queremos ressaltar que para elaborar este
trabalho, pesquisamos, através da Internet, de entrevistas e consultas à outras
monografias, bombeiros de mais de 50 países, todos do ocidente, com exceção do
Japão, Austrália e Nova Zelândia. E baseado nessa pesquisa, entendemos que não
existe um bombeiro igual ao outro, devido as peculiaridades de cada nação, como por
exemplo: riscos, capacidade de investimento, organização política, aspectos culturais,
etc... Porém notamos que há similaridade entre algumas organizações e pode-se
afirmar que, em função da globalização, existem certas tendências que estão bem
claras, a qual certamente deverá influenciar na organização dos bombeiros do Amapá.
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O bombeiro militar e o bombeiro comunitário, por serem estadual,
seguem uma estrutura militar, conforme determinação legal, possuindo uma
organização e procedimentos bem definidos, coordenando e padronizando ações,
através de uma ingerência direta do comando regional (estadual), nas rotinas de
serviço, dando suporte e apoio técnico, além de uma fiscalização e acompanhamento
administrativo.