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Aula 04

PM-PA (Soldado) Noções De Direito


Processual Penal Militar - 2023
(Pré-Edital)

Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos

04 de Janeiro de 2023
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos
Aula 04

Índice
1) Providencias que Recaem sobre as Coisas
..............................................................................................................................................................................................3

2) Providencias que Recaem sobre as Pessoas


..............................................................................................................................................................................................8

3) Questões Comentadas - Providências que Recaem sobre Pessoas - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
17

4) Lista de Questões - Providências que Recaem sobre Pessoas - Multibancas


..............................................................................................................................................................................................
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PROVIDÊNCIAS QUE RECAEM SOBRE COISAS

1. Sequestro

O CPPM começa a tratar das providências que recaem sobre coisas eu seu art. 199, sendo a primeira delas o
sequestro, que nada mais é do que uma medida assecuratória que destinada a garantir que não haja a
dissipação dos bens do acusado que tenha se originado do da prática da infração penal militar.

Art. 199. Estão sujeitos a sequestro os bens adquiridos com os proventos da infração penal, quando
desta haja resultado, de qualquer modo, lesão a patrimônio sob administração militar, ainda que já
tenham sido transferidos a terceiros por qualquer forma de alienação, ou por abandono ou renúncia.

Numa primeira leitura do dispositivo poderíamos imaginar que a medida só é cabível quando houver lesão
ao patrimônio sob administração militar, mas a doutrina e a jurisprudência são no sentido de que também
pode haver sequestro quando a lesão ocorrer sobre o patrimônio de um terceiro.

Também estão sujeitos a sequestro os bens de responsáveis por contrabando, ou outro ato ilícito, em
aeronave ou embarcação militar, em proporção aos prejuízos e riscos por estas sofridos, bem como os dos
seus tripulantes que não tenham participado da prática do ato ilícito. Os doutrinadores divergem acerca da
aplicabilidade dessa previsão diante da Constituição de 1988. Segundo Célio Lobão, o art. 109, IX, da atual
Constituição não autorizaria a aplicação do dispositivo, enquanto Jorge César de Assis acredita que a previsão
permanece, mas somente em relação a outro ato ilícito que não o contrabando, já que este é crime comum.

Importante ainda notar que o sequestro apenas se refere aos bens adquiridos com os proventos do crime, e
não ao produto do crime em si, pois este será objeto de busca e apreensão, medida assecuratória específica.

Somente é possível o sequestro sobre os bens adquiridos com os proventos do crime, e


não ao produto do crime em si, pois este será objeto de busca e apreensão, medida
assecuratória específica.

Além disso, deve haver delimitação dos bens especificamente alcançados pela medida, não sendo possível a
decretação do sequestro sobre bens indeterminados ou sobre uma universalidade de bens (art. 200 do
CPPM).

A autoridade judiciária militar poderá ordenar o sequestro de ofício ou a requerimento do Ministério Público,
em qualquer fase do processo, mesmo antes da denúncia, desde que o encarregado do inquérito solicite a
medida, motivando seu pedido.

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O sequestro será então autuado em apartado, sendo possível a interposição de embargos tanto pelo acusado
quanto por terceiro. Esses embargos ocorrem em primeira instância, e por isso terminaram sendo apelidados
de “embarguinhos”, levando o feito a julgamento da própria autoridade judiciária militar.

Os embargos devem fundar-se no fato de ter sido o bem adquirido com proventos do crime militar, ou de
não ter havido lesão ao patrimônio sob administração militar (ou, seguindo o posicionamento da Doutrina,
do patrimônio de terceiro). Se estivermos falando dos embargos de terceiro, o fundamento será a aquisição
do bem em momento anterior ao do crime militar em questão ou, ainda a boa-fé na aquisição. Da decisão
dos embargos cabe recurso inominado ao STM, TJM ou TJ, conforme o caso.

Se os embargos forem aceitos o sequestro será levantado, o mesmo ocorrendo se a ação penal não for
proposta no prazo de 60 dias contados da data em que foi instaurado o inquérito. Outros casos em que o
sequestro será levantado são a prestação de caução real ou fidejussória pelo terceiro, ou ainda a extinção
da ação penal ou absolvição definitiva do acusado.

Se o acusado for condenado por decisão transitada em julgado, a autoridade judiciária militar determinará
a avaliação e venda dos bens em leilão público. Se do produto da venda sobrarem recursos além dos
necessários ao ressarcimento do prejuízo, os valores serão devolvidos.

2. Hipoteca Legal

Art. 206. Estão sujeitos a hipoteca legal os bens imóveis do acusado, para satisfação do dano causado
pela infração penal ao patrimônio sob administração militar.

A hipoteca, como você já deve saber, é uma forma de garantia real que confere ao credor direito real sobre
um bem, normalmente imóvel. A hipoteca pode ser voluntária, judiciária ou legal, e é nesta última que
estamos interessados. Esta é basicamente a hipoteca que decorre de lei.

No caso previsto no art. 206 do CPPM, estarão sujeitos a hipoteca legal os imóveis do acusado, para satisfazer
dano causado ao patrimônio sob administração militar. Mais uma vez aqui se aplica o mesmo raciocínio
exposto anteriormente acerca do prejuízo causado a terceiro em razão do crime militar.

Importante salientar, porém, que neste caso não há vínculo entre a aquisição do bem imóvel e a infração
penal em si ou seu produto. Neste caso, portanto, a medida recai sobre o patrimônio do acusado, mesmo
que tenha sido adquirido de forma lícita.

Para que se efetive a hipoteca legal é necessário inscrevê-la de forma especializada junto ao registro do
imóvel. Em outras palavras, a hipoteca deve especificar o bem sujeito à garantia, destacando-o do resto do
patrimônio do acusado. Além disso, é necessário lança-la no registro do imóvel em cartório.

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Para que se efetive a hipoteca legal é necessário especializá-la e providenciar sua inscrição
junto ao registro do imóvel.

A medida pode ser requerida pelo Ministério Público à autoridade judiciária militar, desde que haja certeza
da infração e indícios suficientes de autoria. O requerimento deve, obviamente, especificar os prejuízos
advindos do crime militar e estimar o valor dos imóveis que se pretende hipotecar.

A autoridade judiciária militar então mandará arbitrar o valor do prejuízo e mandará avaliar os imóveis, e em
seguida ouvirá o acusado e o Ministério Público no prazo de 3 dias para cada um, podendo em seguida
corrigir a arbitração, se for necessário.

É possível também que a autoridade judiciária deixe de ordenar a inscrição da hipoteca, quando o acusado
prestar garantia de outra forma.
==79a7e==

O processo da hipoteca legal correrá em apartado, e sendo possível a interposição de recurso para o STM,
TJM ou TJ, conforme o caso.

Por fim, é possível que a autoridade judiciária determine que, dos bens sob hipoteca legal sejam fornecidos
recursos para manutenção do acusado e de sua família. É o caso de um imóvel que está sob locação, por
exemplo.

3. Arresto

Art. 215. O arresto de bens do acusado poderá ser decretado pela autoridade judiciária militar, para
satisfação do dano causado pela infração penal ao patrimônio sob a administração militar:
a) se imóveis, para evitar artifício fraudulento que os transfira ou grave, antes da inscrição e
especialização da hipoteca legal;
b) se móveis e representarem valor apreciável, tentar ocultá-los ou deles tentar realizar tradição que
burle a possibilidade da satisfação do dano, referida no preâmbulo deste artigo.

No Processo Penal comum, o arresto é muito semelhante à hipoteca legal, só que aplicável apenas a bens
móveis. No CPPM, porém, você pode notar que o arresto pode ser decreto tanto sobre bens móveis quanto
sobre bens imóveis.

No caso dos bens imóveis, o arresto serve para evitar que o acusado os transfira ou onere antes do desenrolar
do procedimento da hipoteca legal. Seria então uma espécie de medida protetiva de outra medida protetiva,
não é mesmo!? ☺

O arresto, portanto, pode recair sobre o patrimônio geral do acusado (não apenas aquele obtido
ilicitamente), não sendo necessária a especialização de determinado bem. No caso dos bens imóveis, porém,
o arresto serve para garantir a hipoteca legal.

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O arresto pode recair sobre o patrimônio geral do acusado (não apenas aquele obtido
ilicitamente), não sendo necessária a especialização de determinado bem. No caso dos
bens imóveis, porém, o arresto serve para garantir a hipoteca legal.

Art. 216. O arresto recairá de preferência sobre imóvel, e somente se estenderá a bem móvel se aquele
não tiver valor suficiente para assegurar a satisfação do dano; em qualquer caso, o arresto somente
será decretado quando houver certeza da infração e fundada suspeita da sua autoria.

Mesmo sem a necessidade de especialização (que existe na hipoteca legal) o arresto deve sempre considerar
o valor a ser reparado, recaindo preferencialmente sobre bens imóveis (para garantir a hipoteca legal), e
somente se esses bens não forem suficientes, alcançará os bens móveis.

Mais uma vez devem estar presentes os seguintes elementos para que a medida seja requerida: certeza da
infração penal e indícios suficientes de sua autoria.

Você deve saber também que não é permitido o arresto sobre bens considerados impenhoráveis ou que
signifiquem conforto indispensável ao acusado e a sua família. Célio Lobão diz que nessa categoria estão
incluídos os bens indispensáveis ao trabalho, ao estudo e ao lazer.

Caso haja arresto de bens móveis que se deteriorem facilmente, estes serão levados a leilão e o montante
apurado será depositado em conta judicial.

Assim como o sequestro (mas não a hipoteca legal), o arresto pode ser pedido na fase pré-processual, pelo
encarregado do inquérito policial militar.

O processo correrá em autos apartados, sendo possível a interposição de embargos ao STM, TJM ou TJ,
conforme o caso. Mais uma vez aparecem os chamados “embarguinhos”! ☺

RESUMO

Somente é possível o sequestro sobre os bens adquiridos com os proventos do crime, e


não ao produto do crime em si, pois este será objeto de busca e apreensão, medida
assecuratória específica.

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Para que se efetive a hipoteca legal é necessário especializá-la e providenciar sua inscrição
junto ao registro do imóvel.

O arresto pode recair sobre o patrimônio geral do acusado (não apenas aquele obtido
ilicitamente), não sendo necessária a especialização de determinado bem. No caso dos
bens imóveis, porém, o arresto serve para garantir a hipoteca legal.

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PROVIDÊNCIAS QUE RECAEM SOBRE PESSOAS


Temos aqui disposições sobre a prisão provisória, que, segundo Cícero Robson Coimbra Neves, é o gênero
que comporta as espécies prisão preventiva e prisão em flagrante delito. O CPPM considera como prisão
provisória toda aquela que ocorre durante o inquérito ou, no curso do processo, antes da condenação
transitada em julgado.

Lembre-se, porém, de que a prisão em flagrante e a prisão preventiva não são as únicas espécies de prisão
provisória previstas no CPPM. Temos ainda, por exemplo, a detenção por decreto do encarregado do
inquérito policial militar (art. 18) e a menagem-prisão (art. 266).

Célio Lobão, porém, enxerga as providências de prisão de forma diferente, considerando a prisão provisória
como espécie autônoma, diferenciando-a da prisão preventiva em razão da relevância da duração da
primeira. Na realidade o CPPM não traz nenhum dispositivo expresso a respeito da duração da prisão
provisória, mas Célio Lobão defende a aplicação do art. 18 (30 dias, prorrogáveis por mais 20).

Art. 221. Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita de autoridade
competente.

Reproduzi aqui este dispositivo para que você perceba uma diferença importante em relação ao seu
correspondente no Processo Penal comum. A autoridade mencionada aqui não é necessariamente
autoridade judiciária. É o que ocorre na detenção ordenada pelo encarregado do inquérito policial militar,
por exemplo. Essa previsão se amolda à garantia estabelecida pelo art. 5 o, LXI da Constituição Federal, que
já prevê exceção para os crimes propriamente militares.

1. Prisão em flagrante

Art. 243. Qualquer pessoa poderá e os militares deverão prender quem for insubmisso ou desertor, ou
seja encontrado em flagrante delito.

Esta é a primeira modalidade de prisão provisória trazida pelo CPPM, e a ela se equiparam a prisão do
insubmisso e a do desertor. Considera-se em flagrante delito o agente criminoso que estiver numa das
seguintes situações:

a) está cometendo o crime;


b) acaba de cometê-lo;
c) é perseguido logo após o fato delituoso em situação que faça acreditar ser ele o seu
autor;
d) é encontrado, logo depois, com instrumentos, objetos, material ou papéis que façam
presumir a sua participação no fato delituoso.

Além disso, nos crimes permanentes considera-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a
permanência.

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O preso deverá ser apresentado ao comandante ou ao oficial de dia, de serviço ou de quarto ou outra
autoridade correspondente. É possível a apresentação do preso também à autoridade judiciária.

O próximo passo então é a autoridade a quem o preso foi apresentado ouvir o condutor e as testemunhas
que o acompanharem, bem como o próprio indiciado. Deve ser lavrado auto de todos os fatos, assinado por
todos.

A presença de testemunhas não é requisito para a prisão em flagrante, ok!? O auto lavrado pode ser assinado
por quem tenha presenciado a apresentação do preso. Quando a pessoa conduzida se recusar a assinar ou
não puder fazê-lo, o auto será assinado por duas testemunhas que tenham ouvido a leitura na presença do
indiciado, do condutor e das testemunhas.

Se em razão das respostas ocorrerem fundadas suspeitas contra a pessoa conduzida, a autoridade mandará
recolhê-la à prisão, procedendo-se, imediatamente, se for o caso, a exame de corpo de delito, à busca e
apreensão dos instrumentos do crime e a qualquer outra diligência necessária ao seu esclarecimento.

Se não tiver sido por ela lavrado, o auto de prisão em flagrante deve ser remetido imediatamente à
autoridade judiciária militar competente. Se for o caso de realização de diligências, o auto deve ser enviado
à autoridade judiciária em no máximo 5 dias.

Na realidade, uma vez lavrado o auto de prisão em flagrante, o preso passará imediatamente à disposição
da autoridade judiciária compente para conhecer do processo.

2. Prisão preventiva

A prisão preventiva é uma outra modalidade de prisões provisórias. Acredito que esteja seja um dos temas
mais importantes da aula de hoje.

Art 254. A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a
requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade encarregada do
inquérito policial-militar, em qualquer fase deste ou do processo, concorrendo os requisitos seguintes:
a) prova do fato delituoso;
b) indícios suficientes de autoria.

Logo de cara podemos perceber que a prisão preventiva pode ser decretada de ofício, a requerimento do
Ministério Público ou mediante representação do encarregado do inquérito policial militar.

A prisão preventiva, portanto, pode ser decretada em qualquer fase do processo. Os requisitos previstos
pelo art. 254 nada mais são do que os requisitos gerais das medidas cautelares: certeza do fato e indícios
suficientes de autoria.

A prisão preventiva pode ser decretada pelo juiz federal (ou juiz de direito do juízo militar) ou pelo Conselho
de Justiça. No caso dos Tribunais essa competência cabe ao Relator do feito.

Da decisão que decretar ou não a medida, ou ainda da decisão que revogar a prisão preventiva, caberá
recurso em sentido estrito, nos termos do art. 516 do CPPM.

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Art. 255. A prisão preventiva, além dos requisitos do artigo anterior, deverá fundar-se em um dos
seguintes casos:
a) garantia da ordem pública;
b) conveniência da instrução criminal;
c) periculosidade do indiciado ou acusado;
d) segurança da aplicação da lei penal militar;
e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando
ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.

Além dos requisitos cautelares gerais, deve haver outro elemento que recomende fortemente que o acusado
não seja mantido em liberdade durante o inquérito ou o processo. Essas situações são justamente as listadas
pelo art. 255.
==79a7e==

A prisão preventiva deverá fundar-se em um dos seguintes casos

a) garantia da ordem pública;

b) conveniência da instrução criminal;

c) periculosidade do indiciado ou acusado;

d) segurança da aplicação da lei penal militar;

e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares,


quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.

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Art. 257. O juiz deixará de decretar a prisão preventiva, quando, por qualquer circunstância evidente
dos autos, ou pela profissão, condições de vida ou interesse do indiciado ou acusado, presumir que este
não fuja, nem exerça influência em testemunha ou perito, nem impeça ou perturbe, de qualquer modo,
a ação da justiça.

Nesses casos não haverá o próprio fundamento da prisão preventiva, ou seja, não haverá risco à aplicação
da lei penal militar, à instrução, etc., e que isso torna a prisão desnecessária. Essa decisão poderá ser
revogada a todo o tempo, desde que se modifique qualquer das condições previstas neste artigo.

Temos ainda a regra do art. 258, segundo a qual a prisão preventiva não será decretada se o juiz verificar
que, de acordo com as provas que constam nos autos, o agente praticou o fato em erro de direito (art. 35 do
CPM), sob coação irresistível ou por obediência hierárquica (arts. 38 e 40 do CPM), sob estado de necessidade
(art. 39 do CPM) ou sub qualquer circunstância excludente de ilicitude (art. 42 do CPM).

Art. 260. A prisão preventiva executar-se-á por mandado, com os requisitos do art. 225. Se o indiciado
ou acusado já se achar detido, será notificado do despacho que a decretar pelo escrivão do inquérito,
ou do processo, que o certificará nos autos.

Após a decretação da prisão preventiva, deverá ser expedido o respectivo mandado judicial. Se o acusado já
estiver detido, será notificado da decisão.

Uma vez decretada a prisão preventiva, o preso passará à disposição da autoridade judiciária.

3. Menagem

A menagem é um instituto peculiar do Processo Penal Militar, funcionando quase como uma prisão
provisória fora do cárcere. Alguns doutrinadores ligam essa espécie de medida a institutos da antiguidade
greco-romana, em que certas personalidades podiam beneficiar-se da possibilidade de não serem presas,
sendo isto considerado uma espécie de “homenagem”.

Há alguns autores, ainda, que consideram a menagem não apenas como uma modalide de prisão provisória,
mas também de liberdade provisória. Não vamos entrar em detalhes acerca desse debate doutrinário, mas
alguns autores dizem que em alguns casos a menagem assume contornos de liberdade, que pode ser aplicada
diante de certos requisitos, substituindo a prisão.

Bom, em resumo, a menagem é a manutenção do acusado, de maneira provisória, em local determinado


pela autoridade judiciária, em vez de ser preso. Dependendo da situação, portanto, em vez de enfrentar a
prisão, o acusado pode submeter-se à menagem.

Art. 263. A menagem poderá ser concedida pelo juiz, nos crimes cujo máximo da pena privativa da
liberdade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém, em atenção a natureza do crime e os
antecedentes do acusado.

Para a concessão da menagem devem ser observados alguns requisitos de natureza objetiva e de natureza
subjetiva.

MENSAGEM - REQUISITOS

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- Previsão da pena privativa de liberdade de no


máximo quatro anos;
REQUISITOS OBJETIVOS
- Não haver condenação pelo crime.
- Deve ser verificada a natureza do crime;

- Devem ser verificados os antecedentes do


REQUISITOS SUBJETIVOS
acusado;

- O acusado não pode ser reincidente.

A menagem do militar poderá ser efetuada no lugar em que ele residia quando ocorreu o crime, ou seja, na
sede do juízo que o estiver apurando. Nem sempre, porém, o local onde o crime ocorreu será o mesmo onde
está havendo, já que no Brasil a Justiça Militar (em especial na esfera federal) não está presente em muitas
cidades. Neste caso o local da menagem deve ser o mais conveniente para o acusado (lembre-se de que
estamos falando de uma “homenagem”).

É possível ainda que a menagem de militar seja cumprida em quartel, navio, acampamento ou em
estabelecimento ou sede de órgão militar. Nesses casos, antes de decretar a medida o juiz deverá pedir
informações sobre a conveniência da sua concessão, podendo a autoridade militar responsável manifestar-
se contrariamente à medida. Essa manifestação obviamente não vincula o magistrado, mas deve sempre ser
levada em consideração.

A menagem de civil, por sua vez, ocorrerá na sede do juízo ou em lugar sujeito à administração militar, se
assim entender necessário a autoridade que conceder a medida.

O Ministério Público deverá ser sempre ouvido previamente sobre a concessão da menagem, devendo emitir
parecer no prazo de 3 dias.

Art. 265. Será cassada a menagem àquele que se retirar do lugar para o qual foi ela concedida, ou
faltar, sem causa justificada, a qualquer ato judicial para que tenha sido intimado ou a que deva
comparecer independentemente de intimação especial.

A cassação da menagem deve ser sempre motivada, podendo ocorrer quando o acusado deixar o local
determinado ou faltar injustificadamente a ato ao qual deva comparecer.

Art. 266. O insubmisso terá o quartel por menagem, independentemente de decisão judicial, podendo,
entretanto, ser cassada pela autoridade militar, por conveniência de disciplina.

Esta é uma possibilidade específica de menagem, aplicável ao insubmisso que se apresentar ou for
capturado. Neste caso estamos falando de uma menagem por imposição legal (art. 464 do CPPM), que
inclusive independe de decisão judicial.

A cassação da menagem neste caso também obedeceria a regras diferentes, podendo ser decretada pela
autoridade militar, por conveniência da disciplina, não sendo necessária decisão judicial, mas, segundo Célio
Lobão, essa cassação deve depender de ato da autoridade judiciária, pois termina convertendo a menagem
em encarceramento total.

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Por fim, você precisa saber que a menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha
passado em julgado. Além disso, a autoridade judiciária obviamente pode determinar a cessação da
menagem a qualquer tempo, quando julgá-la desnecessária.

No caso específico da insubmissão, a condenação cessa a menagem, mas na prática isso não faz muita
diferença, já que a pena para a insubmissão é o impedimento, que sujeita o condenado a permanecer na
Unidade Militar, participando normalmente da instrução militar.

4. Liberdade provisória

A liberdade provisória é um instrumento posto à disposição do Poder Judiciário para impedir que o acusado
seja preso, especialmente nos casos de flagrante delito. É preciso tomar cuidado para não confundir a
liberdade provisória com a revogação da prisão provisória. São institutos diferentes, que atuam em sentido
oposto.

Há ainda a possibilidade de relaxamento da prisão em flagrante, que está relacionada a um juízo de valor
imediato acerca do flagrante por meio do qual se constata uma ilegalidade cometida.

Art. 270. O indiciado ou acusado livrar-se-á solto no caso de infração a que não for cominada pena
privativa de liberdade.
Parágrafo único. Poderá livrar-se solto:
a) no caso de infração culposa, salvo se compreendida entre as previstas no Livro I, Título I, da Parte
Especial, do Código Penal Militar;
b) no caso de infração punida com pena de detenção não superior a dois anos, salvo as previstas nos
arts. 157, 160, 161, 162, 163, 164, 166, 173, 176, 177, 178, 187, 192, 235, 299 e 302, do Código Penal
Militar.

Célio Lobão chama essa possibilidade de liberdade provisória obrigatória, pois o CPPM estabelece requisitos
puramente objetivos. O CPPM estabelece ainda casos em que o juiz poderá conceder a liberdade provisória,
tanto para infrações culposas quanto para aquelas punidas com detenção não superior a dois anos, com
diversas exceções:

I. Violência contra superior (att. 157);


II. Desrespeito a superior (art. 160);
III. Desrespeito a símbolo nacional (art. 161);
IV. Recusa de obediência (art. 164);
V. Oposição a ordem de sentinela (art. 164);
VI. Publicação ou crítica indevida (art. 166);
VII. Abuso de requisição militar (art. 173);
VIII. Ofensa aviltante a inferior (art. 176);
IX. Resistência mediante violência ou ameaça (art. 177);
X. Fuga de preso ou internado (art. 178);
XI. Deserção (art. 187);
XII. Deserção por evasão ou fuga (art. 192);
XIII. Pederastia ou outro ato de libidinagem (art. 235);

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XIV. Desacato a militar (art. 299); e


XV. Ingresso clandestino (art. 302).

5. Aplicação provisória de medidas de segurança

A medida de segurança serve para que pessoas que cometeram crimes e apresentam perigo venham a
reincidir. Não se trata de uma pena, mas de uma consequência penal que pode advir inclusive de sentença
absolutória. No passado essas medidas já foram aplicadas aos menores e às pessoas que sofriam de doença
mental, mas hoje só se admite sua aplicação a esse segundo grupo, já que as crianças e adolescentes estão
sujeitos a medidas específicas, que fazem parte do arcabouço do chamado Direito da Infância e da
Juventude.

No Direito Penal Militar temos algumas peculiaridades em relação à aplicação da medida de segurança, mas
não vou entrar em detalhes sobre isso agora, pois trata-se de matéria afeta ao Direito material. Sobre as
definições básicas acerca das medidas de segurança, o único fato interessante para nós é que o art. 276 do
CPPM trata a suspensão provisória do exercício do pátrio poder, da tutela ou da curatela como uma espécie
de medida de segurança, determinando que esta deve ser processada no juízo civil.

Pois bem, o CPP, assim como o CPPM, traz a previsão de aplicação provisória de medidas de segurança. A
doutrina processualista, contudo, é quase unânime ao apontar a impossibilidade da aplicação desses
dispositivos diante da proibição geral trazida pela Lei de Execução Penal, que não permite a execução de
medida de segurança sem a expedição de guia. Essa expedição, por sua vez, depende de decisão transitada
em julgado.

A aplicação desse entendimento ao Processo Penal Militar é defendida por Célio Lobão e por Jorge César de
Assis. Há, porém, visões diferentes, representadas principalmente por Sérgio da Ponte e Renato Brasileiro.
Não recomendo o aprofundamento nessa divergência doutrinária, pois as provas de Direito Processual
Militar para concursos públicos em geral não cobram muito além da legislação.

Art. 272. No curso do inquérito, mediante representação do encarregado, ou no curso do processo, de


ofício ou a requerimento do Ministério Público, enquanto não for proferida sentença irrecorrível, o juiz
poderá, observado o disposto no art. 111, do Código Penal Militar, submeter às medidas de segurança
que lhes forem aplicáveis:
a) os que sofram de doença mental, de desenvolvimento mental incompleto ou retardado, ou outra
grave perturbação de consciência;
b) os ébrios habituais;
c) os toxicômanos;
d) os que estejam no caso do art. 115, do Código Penal Militar.

O art. 272 nos traz a possibilidade de decretação de medidas de segurança ainda durante o inquérito,
mediante representação do encarregado, ou no curso do processo, de ofício ou a requerimento do
Ministério Público.

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Entre as hipóteses previstas temos os ébrios habituais e os toxicômanos. Para esses casos a doutrina aponta
a necessidade de constatação de que o autor do fato sofra de uma das doenças correlatas a essas condições,
gerando a inimputabilidade prevista no art. 48 do CPM.

O § 1° do art. 272 determina que o juiz poderá decretar, por até 5 dias, a interdição de estabelecimento
industrial ou comercial, de de sociedade ou de associação que esteja no caso do art. 118 do Código Penal
Militar (estabelecimento sendo utilizado para a prática de infração penal), a fim de ser nela realizada busca
ou apreensão ou qualquer outra diligência permitida para elucidação de crime.

Esta e qualquer outra medida que estamos estudando obviamente deve ser devidamente fundamentada. Da
decisão que conceder ou negar a medida não caberá recurso, mas pode haver requerimento para que a
própria autoridade judiciária a revogue ou modifique. Se estivermos falando de uma medida de internação,
esta poderá ser atacada por habeas corpus.

RESUMO

A prisão preventiva deverá fundar-se em um dos seguintes casos

a) garantia da ordem pública;

b) conveniência da instrução criminal;

c) periculosidade do indiciado ou acusado;

d) segurança da aplicação da lei penal militar;

e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares,


quando ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.

MENAGEM - REQUISITOS
- Previsão da pena privativa de liberdade de no
máximo quatro anos;
REQUISITOS OBJETIVOS
- Não haver condenação pelo crime.
- Deve ser verificada a natureza do crime;

- Devem ser verificados os antecedentes do


REQUISITOS SUBJETIVOS
acusado;

- O acusado não pode ser reincidente.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. DPU – Defensor Público – 2010 – Cespe.


Em caso de concessão da menagem a militar da reserva ou reformado, o cumprimento deverá ocorrer
no interior do estabelecimento castrense coincidente com a sede do juízo de apuração do crime,
devendo o militar ficar subordinado às normas de caráter geral da caserna e sendo vedado seu
afastamento dos limites do estabelecimento militar.

Comentários

Essa questão gerou alguma polêmica, pois o CPPM não fala especificamente na menagem aplicada ao militar
da reserva ou reformado. Como regra geral, esses militares são tratados como civis, e por essa razão a
menagem ocorrerá no lugar da sede do juízo, ou em lugar sujeito à administração militar, se assim o entender
necessário a autoridade que a conceder (art. 264 do CPPM). A regra trazida pela questão está mais parecida
com a da menagem legal, aplicada ao insubmisso que se apresenta ou é capturado, e que deve permanecer
no quartel.

GABARITO: ERRADO

2. PMSC – Oficial – 2015 – IOBV.


A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a
requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade encarregada do
inquérito policial-militar, em qualquer fase deste ou do processo, concorrendo os requisitos de prova
do fato delituoso; indícios suficientes de autoria. Além destes requisitos, a prisão preventiva, de acordo
com o artigo 255 do Código de Processo Penal Militar, deverá fundar-se, dentre outros, em um dos
seguintes casos, exceto:
a) Garantia da ordem pública.
b) Segurança da aplicação da lei penal militar.
c) Exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando
ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.
d) Quando necessária e imprescindível para apaziguar o clamor público.

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Comentários

Os possíveis fundamentos da prisão preventiva encontram-se no art. 255 do CPPM. Vamos relembrar!?

Art. 255. A prisão preventiva, além dos requisitos do artigo anterior, deverá fundar-se em um dos
seguintes casos:
a) garantia da ordem pública;
b) conveniência da instrução criminal;
c) periculosidade do indiciado ou acusado;
d) segurança da aplicação da lei penal militar;
e) exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando
ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.

Você deve ter percebido que o apaziguamento do clamor público não aparece como fundamento da prisão
preventiva, não é mesmo!? Imagine se o clamor popular fosse suficiente para que alguém fosse preso...!

GABARITO: D

3. PMMG – Oficial – 2014 – PMMG.


Um militar foi preso, em flagrante delito, pelo cometimento, em tese, de ilícito penal militar. Dada a
lavratura do Auto de Prisão em Flagrante é CORRETO afirmar que:
a) Apresentado o preso ao oficial de dia, de serviço ou de quarto, serão, por ele, ouvidos o acusado, o
condutor e as testemunhas que o acompanharem, nesta ordem, sob pena de nulidade.
b) Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito à administração militar, o auto
poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela autoridade militar do lugar mais próximo daquele em
que ocorrer a prisão.
c) A falta de testemunhas não impedirá o auto de prisão em flagrante, que será assinado por três
pessoas, pelo menos, que hajam testemunhado a apresentação do preso.
d) Dentro em vinte e quatro horas após a prisão, se a autoridade militar ou judiciária verificar a
manifesta inexistência de infração penal militar ou a não participação da pessoa conduzida, revogará
a prisão.

Comentários

A alternativa A está incorreta porque não há necessidade de ouvir o acusado, o condutor e as testemunhas
nesta ordem. Como regra geral, no processo penal, o acusado fala por último... A alternativa C está incorreta
porque diante da falta de testemunhas o auto de prisão em flagrante será assinado por duas (e não três)
pessoas que tenham testemunhado a apresentação do presdo. A alternativa D está incorreta porque o ato
aqui é chamado de relaxamento da prisão, e não de revogação.

GABARITO: B

4. Marinha do Brasil – Oficial – Direito – 2013 – Marinha do Brasil.

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Assinale a opção que NÃO corresponde a um dos fundamentos da prisão preventiva previstos no art.
255 do Código de Processo Penal Militar.
a) garantia da ordem econômica.
b) conveniência da instrução criminal.
c) periculosidade do indiciado.
d) segurança da aplicação da lei penal militar.
e) exigência da manutenção das normas ou princípios da hierarquia e da disciplina militares, quando
ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.

Comentários

Mais uma questão com foco nos fundamentos para prisão preventiva! Dessa vez o fundamento que não
aparece no art. 255 é a garantia da ordem econômica! Na realidade o que aparece lá é a garantia da ordem
pública! ☺

GABARITO: A

5. PMMG – Oficial – 2013 – PMMG.


Quanto à prisão preventiva, marque a alternativa INCORRETA.
a) São requisitos da prisão preventiva a prova do fato delituoso e indícios suficientes de autoria.
b) A se evitar a vingança, por exemplo, por parte de membros de associação criminosa, de quadrilha
ou bando, é perfeitamente possível decretar a prisão preventiva visando à proteção do policial militar
que praticou o fato amparado por excludente de ilicitude.
c) Desaparecendo os motivos ensejadores da prisão preventiva anteriormente decretada, deverá o Juiz
revogar a medida, bem como, se for o caso, de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
d) O Juiz de Direito do Juízo Militar poderá, de ofício, decretar a prisão preventiva.

Comentários

Entre os possíveis fundamentos para decretação da prisão preventiva não aparece nada especificamente
relacionado à proteção do policial militar diante da possibilidade de vingança. Por essa razão nosso erro está
na alternativa B.

GABARITO: B

6. CIAAR – Oficial Temporário – Serviços Jurídicos – 2012 – CIAAR.


Marque a alternativa que apresenta uma hipótese de medida preventiva e assecuratória não prevista
no Código de Processo Penal Militar.
a) Menagem.
b) Prisão preventiva.
c) Prisão temporária.

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d) Prisão em flagrante.

Comentários

Entre as medidas preventivas e assecuratórias que estudamos não se encontra a prisão temporária. Esta
figura ainda existe no Direito Processual Penal comum, mas não no CPPM.

GABARITO: C

7. Marinha do Brasil – Oficial – Direito – 2012 – Marinha do Brasil.


De acordo com as disposições do Código de Processo Penal Militar acerca da "menagem", é correto
afirmar que a
a) menagem será concedida ao reincidente, mas a ela não terá direito o insubmisso.
b) menagem a militar não poderá ser concedida em navio e nem em acampamento.
c) menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha passado em julgado.
d) concessão da menagem pelo juiz independe de ser ouvido, previamente, o Ministério Público.
e) menagem concedida em residência ou cidade será levada em conta no cumprimento da pena.

Comentários

A alternativa A está incorreta porque o reincidente não pode ser beneficiado com a menagem, ao tempo em
que a menagem do insubmisso é obrigatória. A alternativa B está incorreta porque o art. 264 prevê
expressamente a possibilidade de menagem ocorrendo em navio e em acampamento, bem como no quartel
ou em estabelecimento ou sede de órgão militar. A alternativa D está incorreta porque o CPPM determina
que o juiz deve ouvir o Ministério Público previamente, devendo emitir parecer no prazo de 3 dias. A
alternativa E está incorreta porque o art. 268 determina claramente que a menagem concedida em
residência ou cidade não será levada em conta no cumprimento da pena.

GABARITO: C

8. PMMG – Oficial – 2011 – FUMARC.


A prisão em flagrante delito por crime militar está tipificada no artigo 243 e seguintes do CPM. Sobre
tal instituto, é importante salientar:
a) Em regra, qualquer um do povo pode prender o militar que esteja na prática de crime militar, exceto
no que condiz ao crime de Deserção, que é propriamente militar, situação em que apenas um militar
pode prender outro militar.
b) Qualquer um do povo pode prender um militar que esteja na prática de crime militar e o superior
hierárquico deve prender seu subordinado, nessa condição. No caso do autor do crime ser o superior
hierárquico, o subordinado deve comunicar imediatamente a autoridade superior a ambos para que
as providências legais sejam adotadas imediatamente.
c) O estado de flagrância é prorrogado, no caso de crimes propriamente militares, que por definição
sempre são permanentes.

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d) O preso em flagrante delito por crime militar deverá ser apresentado perante o Comandante ou
Oficial de Dia/de Serviço para autuação, respeitando os preceitos hierárquicos para a elaboração do
feito.

Comentários

O erro da alternativa A está em tratar a deserção como um caso diferente, quando o art. 243 do CPPM deixa
claro que qualquer pessoa poderá e os militares deverão prender quem for insubmisso ou desertor, ou seja
encontrado em flagrante delito. A alternativa B está incorreta porque, diante do flagrante delito, qualquer
pessoa pode e qualquer militar deve efetuar a prisão, independentemente de grau hierárquico. A alternativa
C está incorreta porque, em regra, os crimes propriamente militares não são permanentes.

GABARITO: D

9. PMMG – Oficial – 2011 – PMMG.


Analisando o instituto da MENAGEM, é importante saber que
a) é um instituto aplicado ao policial militar que tenha mais de 20 anos de serviço e que praticou delito
sem violência, mas incompatível com a função, e que, por seus bons antecedentes, merece ser
reformado proporcionalmente ao tempo de serviço.
b) é aplicável para policiais militares que possuem bons antecedentes, para crimes cuja pena aplicável
não seja privativa de liberdade, permitindo que possam manter a função pública, ainda que
condenados judicialmente.
c) é um instituto que permite ao juiz a concessão do cumprimento da pena privativa de liberdade que
não exceda quatro anos, para acusados que tenham bons antecedentes, no lugar de sua residência.
d) é um instituto privativo do militar da ativa que permite a permuta do tempo de cumprimento da
pena privativa de liberdade por serviço público regular, além das atividades ordinárias da rotina do
profissional.

Comentários

A alternativa A faz uma enorme confusão ao misturar menagem com reforma. Na realidade a menagem
poderá ser concedida nos crimes cujo máximo da pena privativa da liberdade não exceda a quatro anos,
tendo-se, porém, em atenção a natureza do crime e os antecedentes do acusado. Além disso, o reincidente
não pode ser beneficiado com a menagem. A alternativa B está incorreta porque, mais uma vez, a menagem
se aplica quando o crime é punível com pena privativa de liberdade de até quatro anos. A alternativa D está
incorreta porque a menagem não está relacionada à permuta do tempo de pena por serviço público, e sim
ao cumprimento da pena de forma alternativa ao encarceramento.

GABARITO: C

10. EsFCEx – Oficial – 2009 – Exército Brasileiro.


Para a concessão da menagem é necessário que o acusado tenha bons antecedentes, que seja levado
em consideração a natureza do crime e que a pena em abstrato (em seu grau máximo) não ultrapasse:
a) 1 ano.

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b) 2 anos.
c) 3 anos.
d) 4 anos.
e) 5 anos.

Comentários

A esta altura você já está cansado de saber que a menagem pode ser aplicada quando a pena privativa de
liberdade não ultrapassar quatro anos, não é mesmo!? ☺

GABARITO: D

11. STM - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2018 – CESPE.


==79a7e==

Com relação à competência da justiça militar federal, a medidas preventivas e assecuratórias e a


citação, intimação e notificação, julgue o item subsequente, considerando as disposições do Código de
Processo Penal Militar.
Situação hipotética: Um oficial cometeu crime militar com elevado dano ao patrimônio da
administração castrense. Assertiva: Nessa situação, nas hipóteses previstas no Código de Processo
Penal Militar, a autoridade judiciária militar poderá decretar arresto de bens móveis ou imóveis do
acusado para satisfação do dano.

Comentários

Corretíssimo! O arresto é medida preventiva cujo objetivo é satisfazer o dano causado pela infração penal
ao patrimônio da administração castrense, podendo incidir tanto sobre os bens móveis quanto sobre os
imóveis do acusado.

Neste sentido, preceitua o art. 215 do CPPM que:

Art. 215. O arresto de bens do acusado poderá ser decretado pela autoridade
judiciária militar, para satisfação do dano causado pela infração penal ao
patrimônio sob a administração militar:

a) se imóveis, para evitar artifício fraudulento que os transfira ou grave, antes da


inscrição e especialização da hipoteca legal;

b) se móveis e representarem valor apreciável, tentar ocultá-los ou dêles tentar


realizar tradição que burle a possibilidade da satisfação do dano, referida no
preâmbulo deste artigo.

GABARITO: CERTO

12. DPU - Defensor Público Federal - 2017 – CESPE.


No que diz respeito ao juiz, aos auxiliares da justiça e às partes do processo militar, à organização da
justiça militar da União e sua competência e à prisão preventiva, julgue o item que se segue.

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O capitão que, por designação, conduzir IPM para apurar suposto crime militar praticado por um
soldado poderá, no curso do inquérito, representar à autoridade judiciária militar para que seja
decretada a prisão preventiva do indiciado.
Comentários

Certo! A autoridade encarregada de conduzir o IPM poderá requerer à autoridade judiciária militar, em
qualquer fase do inquérito ou do processo penal militar, a prisão preventiva do investigado, desde que haja
prova do fato delituoso e indícios suficientes de autoria.

É o que estipula o art. 254, CPPM:

Art. 254. A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a
requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade encarregada do
inquérito policial-militar, em qualquer fase deste ou do processo, concorrendo os requisitos seguintes:
a) prova do fato delituoso;
b) indícios suficientes de autoria.
GABARITO: CERTO

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LISTA DE QUESTÕES

1. DPU – Defensor Público – 2010 – Cespe.


Em caso de concessão da menagem a militar da reserva ou reformado, o cumprimento deverá ocorrer
no interior do estabelecimento castrense coincidente com a sede do juízo de apuração do crime,
devendo o militar ficar subordinado às normas de caráter geral da caserna e sendo vedado seu
afastamento dos limites do estabelecimento militar.

2. PMSC – Oficial – 2015 – IOBV.


A prisão preventiva pode ser decretada pelo auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a
requerimento do Ministério Público ou mediante representação da autoridade encarregada do
inquérito policial-militar, em qualquer fase deste ou do processo, concorrendo os requisitos de prova
do fato delituoso; indícios suficientes de autoria. Além destes requisitos, a prisão preventiva, de acordo
com o artigo 255 do Código de Processo Penal Militar, deverá fundar-se, dentre outros, em um dos
seguintes casos, exceto:
a) Garantia da ordem pública.
b) Segurança da aplicação da lei penal militar.
c) Exigência da manutenção das normas ou princípios de hierarquia e disciplina militares, quando
ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.
d) Quando necessária e imprescindível para apaziguar o clamor público.

3. PMMG – Oficial – 2014 – PMMG.


Um militar foi preso, em flagrante delito, pelo cometimento, em tese, de ilícito penal militar. Dada a
lavratura do Auto de Prisão em Flagrante é CORRETO afirmar que:
a) Apresentado o preso ao oficial de dia, de serviço ou de quarto, serão, por ele, ouvidos o acusado, o
condutor e as testemunhas que o acompanharem, nesta ordem, sob pena de nulidade.
b) Quando a prisão em flagrante for efetuada em lugar não sujeito à administração militar, o auto
poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela autoridade militar do lugar mais próximo daquele em
que ocorrer a prisão.
c) A falta de testemunhas não impedirá o auto de prisão em flagrante, que será assinado por três
pessoas, pelo menos, que hajam testemunhado a apresentação do preso.
d) Dentro em vinte e quatro horas após a prisão, se a autoridade militar ou judiciária verificar a
manifesta inexistência de infração penal militar ou a não participação da pessoa conduzida, revogará
a prisão.

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4. Marinha do Brasil – Oficial – Direito – 2013 – Marinha do Brasil.


Assinale a opção que NÃO corresponde a um dos fundamentos da prisão preventiva previstos no art.
255 do Código de Processo Penal Militar.
a) garantia da ordem econômica.
b) conveniência da instrução criminal.
c) periculosidade do indiciado.
d) segurança da aplicação da lei penal militar.
e) exigência da manutenção das normas ou princípios da hierarquia e da disciplina militares, quando
ficarem ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado ou acusado.

5. PMMG – Oficial – 2013 – PMMG.


Quanto à prisão preventiva, marque a alternativa INCORRETA.
==79a7e==

a) São requisitos da prisão preventiva a prova do fato delituoso e indícios suficientes de autoria.
b) A se evitar a vingança, por exemplo, por parte de membros de associação criminosa, de quadrilha
ou bando, é perfeitamente possível decretar a prisão preventiva visando à proteção do policial militar
que praticou o fato amparado por excludente de ilicitude.
c) Desaparecendo os motivos ensejadores da prisão preventiva anteriormente decretada, deverá o Juiz
revogar a medida, bem como, se for o caso, de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a
justifiquem.
d) O Juiz de Direito do Juízo Militar poderá, de ofício, decretar a prisão preventiva.

6. CIAAR – Oficial Temporário – Serviços Jurídicos – 2012 – CIAAR.


Marque a alternativa que apresenta uma hipótese de medida preventiva e assecuratória não prevista
no Código de Processo Penal Militar.
a) Menagem.
b) Prisão preventiva.
c) Prisão temporária.
d) Prisão em flagrante.

7. Marinha do Brasil – Oficial – Direito – 2012 – Marinha do Brasil.


De acordo com as disposições do Código de Processo Penal Militar acerca da "menagem", é correto
afirmar que a
a) menagem será concedida ao reincidente, mas a ela não terá direito o insubmisso.
b) menagem a militar não poderá ser concedida em navio e nem em acampamento.
c) menagem cessa com a sentença condenatória, ainda que não tenha passado em julgado.
d) concessão da menagem pelo juiz independe de ser ouvido, previamente, o Ministério Público.
e) menagem concedida em residência ou cidade será levada em conta no cumprimento da pena.

8. PMMG – Oficial – 2011 – FUMARC.

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A prisão em flagrante delito por crime militar está tipificada no artigo 243 e seguintes do CPM. Sobre
tal instituto, é importante salientar:
a) Em regra, qualquer um do povo pode prender o militar que esteja na prática de crime militar, exceto
no que condiz ao crime de Deserção, que é propriamente militar, situação em que apenas um militar
pode prender outro militar.
b) Qualquer um do povo pode prender um militar que esteja na prática de crime militar e o superior
hierárquico deve prender seu subordinado, nessa condição. No caso do autor do crime ser o superior
hierárquico, o subordinado deve comunicar imediatamente a autoridade superior a ambos para que
as providências legais sejam adotadas imediatamente.
c) O estado de flagrância é prorrogado, no caso de crimes propriamente militares, que por definição
sempre são permanentes.
d) O preso em flagrante delito por crime militar deverá ser apresentado perante o Comandante ou
Oficial de Dia/de Serviço para autuação, respeitando os preceitos hierárquicos para a elaboração do
feito.

9. PMMG – Oficial – 2011 – PMMG.


Analisando o instituto da MENAGEM, é importante saber que
a) é um instituto aplicado ao policial militar que tenha mais de 20 anos de serviço e que praticou delito
sem violência, mas incompatível com a função, e que, por seus bons antecedentes, merece ser
reformado proporcionalmente ao tempo de serviço.
b) é aplicável para policiais militares que possuem bons antecedentes, para crimes cuja pena aplicável
não seja privativa de liberdade, permitindo que possam manter a função pública, ainda que
condenados judicialmente.
c) é um instituto que permite ao juiz a concessão do cumprimento da pena privativa de liberdade que
não exceda quatro anos, para acusados que tenham bons antecedentes, no lugar de sua residência.
d) é um instituto privativo do militar da ativa que permite a permuta do tempo de cumprimento da
pena privativa de liberdade por serviço público regular, além das atividades ordinárias da rotina do
profissional.

10. EsFCEx – Oficial – 2009 – Exército Brasileiro.


Para a concessão da menagem é necessário que o acusado tenha bons antecedentes, que seja levado
em consideração a natureza do crime e que a pena em abstrato (em seu grau máximo) não ultrapasse:
a) 1 ano.
b) 2 anos.
c) 3 anos.
d) 4 anos.
e) 5 anos.

11. STM - Analista Judiciário - Área Judiciária - 2018 – CESPE.


Com relação à competência da justiça militar federal, a medidas preventivas e assecuratórias e a
citação, intimação e notificação, julgue o item subsequente, considerando as disposições do Código de
Processo Penal Militar.

PM-PA (Soldado) Noções De Direito Processual Penal Militar - 2023 (Pré-Edital) 27


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Situação hipotética: Um oficial cometeu crime militar com elevado dano ao patrimônio da
administração castrense. Assertiva: Nessa situação, nas hipóteses previstas no Código de Processo
Penal Militar, a autoridade judiciária militar poderá decretar arresto de bens móveis ou imóveis do
acusado para satisfação do dano.

12. DPU - Defensor Público Federal - 2017 – CESPE.


No que diz respeito ao juiz, aos auxiliares da justiça e às partes do processo militar, à organização da
justiça militar da União e sua competência e à prisão preventiva, julgue o item que se segue.
O capitão que, por designação, conduzir IPM para apurar suposto crime militar praticado por um
soldado poderá, no curso do inquérito, representar à autoridade judiciária militar para que seja
decretada a prisão preventiva do indiciado.

GABARITO

1. ERRADO
2. D
3. B
4. A
5. B
6. C
7. C
8. D
9. C
10. D
11. CERTO
12. CERTO

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