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CAPÍTULO 1
— Hmmm...
— Santiago deu um beijo na lateral do
pescoço de Jannochka e desceu a mão
para um dos seios dela, apertando ali.
— Entra.
Ela abriu a porta e viu Bernardo
aplicando pomada nos machucados, já
limpos.
— Castillo?
Uma voz masculina soou do outro lado
e Bernardo e Ekaterina pararam de se
mexer, respirando pesado - A Don quer
falar com você.
— Pode entrar -
Jannochka soou pelo interfone e
desligou.
— Combinado
— Bernardo disse
— E não tenho problemas com
tatuagens.
— Vou?
Ela levantou a sobrancelha.
Entendido?
Ah...
— Você sabe do que estou falando.
Ainda não. E não se atrase, amanhã. Odeio
atrasos.
— Acabou a moleza!
— Miguel interrompeu Pyotr, que
estava pronto para comentar sobre
Bernardo dormir cedo. Miguel estava
saindo da cozinha com duas garrafas de
água e jogou uma para Bernardo, que a
pegou com uma só mão — Boa!
— Vamos, hora de treino — Fyódor
falou. Os olhos azuis, como os de Aleksey,
varreram todos, até chegar a Bernardo —
— Quem?
— Euzinha! Ele sorriu.
— Opa! Com uma professora dessas,
eu fico até mais animado
— Mas é perigoso! —
Apesar de dizer isso, Carolina já estava
sorrindo e adorando a atenção que uma
das mão de Máximo estava dando para a
coxa dela e subindo pelo tronco, indo em
direção ao seio.
— Adoro um perigo
— Ele mordeu o lóbulo da orelha dela,
que gemeu e se esfregou mais em
Máximo.
— Ficou maluca?
— Ei! Solta ela! — Bernardo gritou,
colocando-se de pé, como se ele pudesse
fazer algo, uma vez que estava a muitos e
muitos quilômetros de distância dos
gêmeos.
— Mas.
— Está dito, Pyotr! —Santiago falou e
olhou para Ekaterina — Mas tenha
cuidado.
— Perdão.
— E você, Pyotr, não quero saber de
você se metendo onde não deve. Sua irmã
não é nenhuma desmiolada. Ela nunca
deu trela para rapaz nenhum e Bernardo
é alguém que eu aprovo.
— Entendido?
— Do colégio.
— Você estuda num colégio para
meninos
— Ekaterina respondeu, cruzando os
braços.
CAPÍTULO 6
— Um aquecimento
— Ela falou e foi para o banheiro — A
diversão vai começar agora — Ela piscou
para o marido, que entendeu e a seguiu
para o banho.
— Senhores Sigayev
— O delegado, um homem de meia
idade, com os cabelos já brancos nas
têmporas, os recebeu.
— Delegado Petrovich — Santiago
falou e apertou a mão do homem, que não
se atreveu a tocar em Jannochka,
limitando-se a um aceno de cabeça
respeitoso — O que houve aqui?
— Pyotr...Foi preso?
— Sim, ele fez merda, quebrou as
regras, e foi preso — Santiago disse,
calmo. Por dentro, ele estava morrendo.
Deixar Pyotr ali foi como se ele
estivesse enfiando uma barra de ferro
quente dentro dele mesmo.
— Como é?
— Por quê?
— Huh?
— Por que está pedindo perdão, Bê? –
Ela perguntou e se recostou melhor no
banco – Já sei. Por você não estar aqui pra
me foder?
— Ekaterina!
— Eu sei! Não vamos fazer isso até eu
ter dezoito anos — Ela revirou os olhos
— Mas não significa que não podemos
brincar.
— Assim como?
— Não tenta disfarçar. Você anda
meio triste — Bernardo passou o braço
pelo ombro do irmão — É por causa do
Lucas?
Artur deu um pulo para trás, com os
olhos arregalados. Bernardo notou como
o menino ficou com as bochechas coradas.
— O que aconteceu?
— Ah… Bateram no nosso carro —
Clara disse, num sussurro — Eu ligo
depois, mãe. Acho que podem comer sem
a gente.
— Clara… Maria Clara! — Mas o som
do bip-bip tomou conta da linha e
Carolina bateu o pé no chão, frustrada e
olhou para os três homens à frente dela
— Ela está mentindo!
CAPÍTULO 9
— Não.
— Mas… Ele deu um beijo rápido nela.
— Não vamos poder ir longe, então, é
melhor deixar as minhas calças fechadas.
— Entre!
Ele suspirou.
— Eu vou saber. Sei que o negócio da
família, em si, já não é dentro da lei. Mas
ao menos isso eu quero tentar manter
mais certo — Bernardo acariciou o rosto
de Ekaterina — Quero você como minha
esposa.
— O quê…?
— Acorda, lindão. Hora de treinar —
Ekaterina disse e deu um beijinho na
ponta do nariz de Bernardo, que só se deu
conta de que tinha cochilado de novo,
quando Ekaterina o sacudiu.
— Oh, droga…
— Você tem quarenta minutos para
tomar banho e se arrumar. Ah, e para sair
do meu quarto.
Bernardo arregalou os olhos e levantou
de pronto. Ele não deveria ter dormido
ali!
— Me ataque.
— O quê?
— Me ataque, Bernardo!
— Eu não posso…
— Rina…
— Eu vou acabar com você e, depois,
vou atrás da sua família
— Ekaterina falou e um sorriso de
lado crispou os lábios dela — Vou te fazer
assistir enquanto eu arranco, osso por
osso, da sua mãe.
— Banho, amor…
— Você é gostosa demais, Ekaterina.
Puta merda! — Ele se levantou rápido e a
pegou no colo, no estilo noiva — Vou te
dar um belo banho e te devorar!
— Amor…
— Linda… — Ele aproximou o nariz
da intimidade de Ekaterina, inspirou
fundo e sorriu — Tão suculenta, porra!
Almoço!
— O que foi?
— Entendi.
— Eu não…
— Bernardo — Jannochka olhou para
o loiro, séria — Isso é algo sério. Não
podemos ter brigas aqui. A melhor forma
de resolver isso, seria no ring. E, claro…
— Ela se virou para Lev — É isso o que
você quer?
— Sim, tia.
Assim, ela passou por eles e saiu dali.
Miguel já estava convivendo com a tia há
algum tempo, na Rússia, e podia dizer que
ela agiu estranho.
— Valeu.
— Somos família, não é? — Miguel
disse, sorrindo, porém, dessa vez, ele já
não parecia tão feliz. Porém, Bernardo
notou, não tão amargurado.
“Talvez ele esteja aceitando que Clara
realmente está casada com Tonny e não
tem qualquer chance dela voltar pra ele.”
— Eu preciso? — O adolescente
perguntou.
— Deixa eu escolher.
CAPÍTULO 16
— O que…Amor!
— Eu quero tudo — Ele falou e passou
a língua pela outra entrada dela — Vai
dar pra mim?
— Don, eu…
— Você atacou um membro, jurado ou
não, sem motivos. Apenas por interesses
próprios, que eu não sei são apenas inveja
ou algo mais. No entanto, Lev Yankovich,
isso é o de menos. O que importa é o que
você fez. E por isso, eu, Jannochka Yarina
Sigayeva, Don da Tambovskaya, vou lavar
a minha honra, da única forma que a
nossa Organização aprova. Um combate
limpo. Sem armas. Corpo à corpo.
— O… Lubrificante…
— Não é pena.
— É o que, então? — Aleksei respirou
fundo — Sou seu primo e não tô
interessado em comer você. Maksim abriu
a boca, sem acreditar no que Aleksei tinha
acabado de falar. Este, se arrependeu do
que falou. Num ímpeto, ele falou para
machucar, mas sabia que tinha passado e
muito dos limites.
— Ah, pára!
— A moça continuou.
— Cli-cliente?
Fyodor soltou uma risadinha rouca que
fez um arrepio correr pela espinha de
Bernardo.
“Concentre-se no computador!”,
Bernardo falou para si mesmo e abriu a
máquina, apenas para franzir a testa.
— O que faremos?
Bernardo fechou os olhos e tentou pensar
em Ekaterina, mas então, a cena de
Jannochka com um olhar matador
apareceu na mente dele. Seria Ekaterina
daquele jeito?
— Ah, apaixonadinho?
— Não exagera! — Pyotr passou a mão
pelo cabelo curto — Se fosse a Gemma…
Quem sabe?
Eu entendo…
— Você é maravilhosa.
— E você, bobo — Ela respondeu,
aninhando-se nos braços de Bernardo. O
loiro a abraçou — Mas temos que descer.
Bom, eu tenho. Preciso treinar.
— Que maldade!
— Como assim?
— Você…
— Feche a porta.
— Quem são?
— Rina?
— Oi!
— Hmmm… Eu quero falar com você, pode
ser?
Ekaterina franziu o cenho, mas concordou,
levando-o para uma das salas.
EKATERINA: ok.
— O que foi?
Ela se levantou.
— Mas, como assim?
— Namorados?
Bernardo suspirou.
— Ekaterina.
— Ekaterina de quê?
— Ekaterina Sigayeva.
— Por favor.
O tom incisivo de Eduardo deixou claro que
aquele não era um pedido. Josué olhou para
Bernardo, antes de seguir Romero para fora.
— E as fotos?
— Recebemos anonimamente — Josué
respondeu, desviando de leve o olhar.
— Foi você?
Brigados , não é?
“Jovens…”
— Impossível…
— Não…
— E tem imagens do que parece ser o seu
carro…
Bernardo se levantou.
— Eu NÃO a matei!
— Excelente.
— Eu quero um advogado.
CAPITULO 53
— E se o acusarem?
Ela sorriu.
— Eu sei, meu amor — Ela beijou-lhe o
pescoço e Osvaldo suspirou, apertando a
cintura da esposa.
— Eu o amo, mãe.
— Não.
— Não?
— Bernardo Castillo não é mais bem-vindo
aqui, Ekaterina. Como Don, não posso
permitir que uma pessoa instável de decisões
se infiltre no meu ninho; Como mãe, não
posso fechar os olhos para o que ele fez com
você. Tudo devido à indecisão do que ele
realmente quer — Jannochak suspirou — Ele
é um adulto. E deve lidar com as
consequências dos atos dele.
— Ele…
— Mas ela…
— Eu sou a Don.
— Escritório. Agora!
Jannochka ordenou e se virou, andando para
dentro da casa.
— Li-lisa…
— FODA-SE a Lisa! Sua irmã, seu pai, seus
companheiros! Todos eles dão as vidas uns
pelos outros, pra que um moleque mimado e
inconsequente como você jogue-os no colo
dos inimigos! Eu fui muito complacente com
você.
— Amor…
— Ele só é emocionado.
PYOTR: Ursinho?
LISA: Hahaha! Sim! Meu ursinho!
LISA: Quando?
PYOTR: Agora.
Ele sabia que era um erro e que não deveria
mais sair. Porém, a vontade de estar com Lisa
era absurda! As palavras de Jannochka
apareceram em sua mente. E se os inimigos
tivessem seguido o carro dele e, agora,
soubessem de Lisa?
— Eu tô fodido!
— Pai!
— Filho! — Máximo abraçou o rapaz — Achei
algo no seu carro que, talvez, possa te ajudar.
Máximo sorriu.
— Senhor Herrera…
Ele sorriu.
— Eu sei me cuidar!
— Todos aqui sabem se cuidar — Maksim
suspirou — Mas a nossa Don disse para
ficarmos em casa.
— Vai me dedurar?
CAPITULO 58
— Vou.
— Não irá.
Ele se levantou.
Jannochka suspirou.
— Quem são?
A Don suspirou.
— Bernardo me decepcionou demais, porém,
eu vi esse garoto crescer, mesmo que de
longe. Não sou indiferente a ele, Ekaterina.
Além disso, eu te conheço e sei que não vai se
dar bem casando com alguém que não ama,
ainda mais se seu coração já tiver dono.
— Mãe…
Josué suspirou.
— Aparentemente, provas insuficientes — O
policial olhou bem para Bernardo, colocando-
se na frente deste — Você estava mais bem
protegido aqui, menino.
— Pai?
— Amor!
— Bernardo, esse tratamento é impróprio.
— Eu sei que você aceitou casar com um
russo. Amor, não faz isso! Olha, eu sei que fui
imbecil, babaca..
— Bernardo…
— Não! Eu não posso… — Ekaterina podia
ouvir Bernardo chorando e aquilo partia o
coração dela — Eu amo você. Por favor, não
faz isso…
— Qual… Deles?
— Querida…
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— Como caralhos eles estão noivos? —
Illdebrando deu um soco na mesa, olhando
duro para Tiziano.
— Estando — O rapaz respondeu, sem muita
emoção.
— Ela veio…?
— Ela veio…?
PYOTR: Bunda-mole.
— Oi — Ele atendeu.
— Viu?
— Por quê?
— Por quê?
— Falta de provas…
Te amo,
P. L. S.”
Depois de dar um beijo nos cabelos de Lisa,
Pyotr saiu dali, torcendo para não ser pego.
Até o caminho para o quarto, ele não
encontrou com ninguém, o que o fez respirar
aliviado.
— Oi?
Ela balançou a cabeça.
— Apaixonado…
— Quase dá pra ver os corações nos seus
olhos. Acorda! — Ela o beliscou com força,
arrancando um palavrão baixo do rapaz, que a
olhou feio — Deixa mesmo os outros saberem,
seu idiota!
Pyotr fez careta.
— N-não.
— Não se atreva…
Os dois riram.
— Obrigado, Osvaldo.
— Tia…
— Pensei que eu fosse sua Parkhan, garoto —
Jannochka o interrompeu e Bernardo sorriu
do outro lado — Agora, comece a soltar a
língua.
— A ligação tá segura?
— Que ofensa…
— Lisa é inofensiva.
— Não se atreveria!
— Ótimo.
— Sim, senhora.
— Ele não a…
— Muito bem…
Lisa se colocou na frente dele, andou de um
lado para o outro, antes de respirar fundo
pela última vez e o encarar.
— Sua mãe…
— Quem é você?
— M-meu nome…
— Fala!
— Italianos?
— Talvez…
— Perdão…
— Pyotr, eu te…
— Nem pense em repetir essa merda! — Ele
inspirou fundo — Se eu não amasse você,
Lisa… Porra!
Outro soco no volante e ele pegou o celular,
ligando para Bernardo.
— Consegue?
— Não.
— Lamento.
— Pra onde?
CAPITULO 67
— Se estiver mentindo…
— Sim.
— É sério?
— Não posso…
— Eu vou morrer.
— Não vou deixar — O tom de Pyotr foi doce,
mas determinado. Lisa sorriu. Ele desacelerou
e ela colocou a mão na maçaneta.
— Lá vem mais!
— Calminha.
— Obrigada.
— Cuidado.