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Um Romance na Neve

CAPÍTULO 1

Jannochka olhava
para os dois irmãos,
sentados na frente
dela.

LSC – venda proibida.


- Isso foi inadmissível
- Ela falou, séria.
-Eu concordo, mãe.
Ekaterina fica se
metendo...
- Você mandou
espancarem o
Bernardo! - Ekaterina
se levantou e Pyotr
não ficou atrás.

LSC – venda proibida.


Ambos estavam com
marcas de agressão.
Pyotr pior do que ela.
- Ele é um maricas se
não aguenta!
- Maricas? - Ekaterina
riu debochada – Deu
para tirar os outros
por você?

LSC – venda proibida.


Pyotr avançou contra
Ekaterina, mas
Santiago segurou o
rapaz pelo pescoço e
o fez se sentar,
olhando feio também
para Ekaterina, que
também sei que você
queria apenas
machucar o Bernardo.

LSC – venda proibida.


- Mãe, eu escolhi o
mais fraco de nós
para ele treinar! O
que mais eu poderia
fazer? - Pyotr deu de
ombros, com um
meio sorriso, que
logo morreu com a
forma como
Jannochka olhou para
ele.
LSC – venda proibida.
- Bernardo não
nasceu na máfia. Ele
não foi treinado na
máfia. O que você fez
foi injusto e covarde -
Jannochka se
aproximou mais
de Pyotr, ficando com
o nariz quase colado
ao dele - E eu não
criei filho covarde.
LSC – venda proibida.
Covardes não tem vez
nessa Organização.
Pyotr franziu a
sobrancelha.

Mas eu sou seu filho,


o herdeiro. Vai me
matar?

LSC – venda proibida.


Jannochka inspirou
fundo, sem tirar os
olhos do filho.
- Se você for um
covarde, Pyotr, não
há lugar pra você
aqui. Como meu filho,
a cobrança é dobrada
Ela falou e se sentou
atrás da mesa dela -
Podem sair. E da
LSC – venda proibida.
próxima vez, eu
mesma vou dar uma
surra nos dois. Como
Don.

Assim que os dois


saíram, Santiago
foi para trás de
Jannochka, que

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deixou o ar sair e
fechou os olhos,
cansada. Santiago
massageou os
ombros dela.

- Esses dois são fogo -


Ele falou. - Você
precisa relaxar um
pouco.

LSC – venda proibida.


- Hmmm...
- Santiago deu um
beijo na lateral do
pescoço de Jannochka
e desceu a mão para
um dos seios dela,
apertando ali.

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- Não, não relaxar.
Você precisa ser
bem fodida. - Ele
puxou a cadeira dela
com a outra mão e
Jannochka engoliu em
seco - Levanta.

- Dando ordens? - Ela


perguntou,

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provocando,
levantando-se bem
devagar. Mas ao invés
de ficar de pé,
Jannochka se colocou
de joelhos e Santiago
sorriu.

- E quem sou eu pra


dar ordens na mulher

LSC – venda proibida.


mais poderosa da
Rússia? - Santiago
perguntou - Eu não
passo do seu
cachorro, não é?
Jannochka, sem tirar
os olhos do marido,
abriu as calças dele.

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-Não, Santiago. Você é
o único capaz de
mandar em mim Ela
abaixou a cueca do
marido, segurando o
membro dele -
Gostoso.
Sem esperar que ele
dissesse nada,
Jannochka o engoliu e
Santiago grunhiu e
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enfiou a mão nos
cabelos de Jannochka.
- Que delícia, amor!

Santiago sempre
agradecia por terem
feito aquele escritório
à prova de sons.

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Subindo as escadas,
Ekaterina estava
furiosa, Pyotr logo
atrás dela.
- Bernardo precisa
crescer!
Ela se virou com
raiva.
- Você sabe que fez
merda! - Ela o acusou

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- E ele vai crescer!
Primeiro que
Bernardo veio pra cá
pra estudar! Nem
sabemos se ele vai ser
um de nós!

Pyotr revirou os
olhos.

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- Não sou tão otário!
Sei que você e ele
andam de putaria,
Ekaterina. Então, ele
VAI casar com você.

- Não vejo você


casando com as
garotas com quem
dorme.

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- Eu não fodo
nenhuma da máfia,
fodo? - Ele perguntou
- Todas sabem bem
que não tem nada
sério. Já você,
printsessa (princesa),
por mais liberais que
sejamos, isso não
diminui o seu status.

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- Bernardo não tem
que casar comigo só
porque fodemos! -
Ela falou e Pyotr
torceu o nariz.

- Não vou deixar ele


se aproveitar de
você! - Pyotr rangeu
os dentes.

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- Ele não está! - Ela
respondeu no
mesmo tom.
- Bom, mesmo,
Ekaterina. Eu acho
ele um cara maneiro,
mas ninguém vai
fazer você sofrer. Eu

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mato! - Pyotr trincou
os dentes.
- Não, Pyotr. Eu
mesma faço isso -
Ela soltou o ar -
Obrigada por se
preocupar, irmão,
mas eu sei de mim. E
homem nenhum vai
brincar comigo. Eu

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por acaso tenho cara
de lírio do campo,
Pyotr?
Pyotr levantou a
sobrancelha e negou
com a cabeça.

- Você está mais pra


"bast de Wolf"

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do que para um lírio -
Pyotr fez chacota e
Ekaterina mostrou a
língua para ele.
(Bast de Wolf ou
Daphne, é um tipo
de arbusto de até
1,5m que cresce na
zona intermediária da
Rússia. Seus frutos

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são vermelhos e
atraentes, porém,
mortais. A morte
ocorre por parada
cardíaca e até mesmo
o suco da baga, na
pele, pode causar
queimaduras graves e
feridas).

LSC – venda proibida.


- Você é o meu irmão
e eu o amo, Pyotr,
mas não se meta mais
com o Bernardo.

- Você quem vai


treiná-lo? Ekaterina,
se ele não ficar forte,
vão fazer piada dele e
você sabe disso. Não

LSC – venda proibida.


sei como eram as
coisas no México, mas
aqui, ele vai ser
devorado.

- Eu cuido disso - Ela


falou - E é melhor
você colocar gelo
nesse olho. Ou todos
vão ver o estrago que
eu fiz em você.
LSC – venda proibida.
Ele deu um empurrão
no ombro da irmã e
entrou no quarto
dele.
Ekaterina tomou um
banho e foi falar
com Bernardo.

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- Posso entrar? - Ela
perguntou após
bater na porta.
- Entra.
Ela abriu a porta e viu
Bernardo aplicando
pomada nos

machucados, já
limpos.

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- Desculpe por isso -
Ela falou e fechou a
porta.
- Melhor deixar
aberta – Bernardo
disse.

- Não tem motivo - Ela


respondeu e se
aproximou, mas

LSC – venda proibida.


Bernardo negou com
a cabeça e passou por
ela, com expressão de
dor, e deixou a porta
encostada - Você tem
me evitado desde que
chegou aqui. Te
meaçaram? Pyotr?

- Eu só não quero
desrespeitar você.
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Menos ainda aqui. -
Ele falou. Santiago
conversou com ele e,
entre meias palavras,
deixou claro que se
Bernardo desejava se
manter um homem
funcional, era melhor
guardar as coisas dele
muito bem dentro das

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calças.

Ekaterina sabia que


não era só isso e se
aproximou mais de
Bernardo, colocando
a mão no peito dele
por sobre a blusa. Ele
inspirou fundo.

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- Amor, assim fica
difícil - Ele disse
mais baixo.

Só porque você tá
fazendo ser assim -
Ekaterina passou a
língua pelos lábios e
desceu a mão, mas

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Bernardo a segurou
pelo pulso.
- Você ainda vai fazer
dezessete anos,
Ekaterina. E eu já
tenho quase vinte
anos. Eu já fui muito
irresponsável.

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Ela estreitou os olhos
para Bernardo.

- Eu não tô sendo
forçada a nada -
Ekaterina começou a
desabotoar a blusa e
Bernardo engoliu em
seco - Um ano passa
rápido.

LSC – venda proibida.


CAPÍTULO 2

Bernardo segurou as
mãos dela.

LSC – venda proibida.


- Então a gente espera
um ano - Ekaterina
abriu a boca,
indignada - Passa
rápido.

Ekaterina puxou as
mãos.

LSC – venda proibida.


- Eles ameaçaram você.
Certeza! - Ekaterina
andou de um lado
para o outro - Você
não parecia
preocupado quando
me beijou na
faculdade. Ou
quando brincávamos
nas chamadas de
vídeo!
LSC – venda proibida.
- Shh! - Ele fechou a
porta e passou a mão
pelos cabelos loiros,
afastando-se de
Ekaterina e indo
para perto do
banheiro - Ekaterina,
vamos com calma,
okay?

LSC – venda proibida.


Ela negou com a
cabeça.

- Você não se sente


atraído por mim, não
é? - Ela suspirou e
mudou de expressão -
Certo. Não vou
insistir. Desculpe.

LSC – venda proibida.


Ela se empertigou e
foi em direção à
porta. Ekaterina não
iria se humilhar.

Bernardo xingou
mentalmente, andou
até ela rapidamente e
segurou-lhe a mão,

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fechando a porta que
ela já tinha aberto um
pouco e a puxou para
a parede.

- Não me sinto
atraído? - Ele segurou
o rosto de Ekaterina
com uma mão e a
beijou. Foi como se o
corpo dele entrasse
LSC – venda proibida.
em chamas, deliciosas
e dolorosas ao
mesmo tempo - Eu
quero você o tempo
todo!

Bernardo beijou
Ekaterina de novo,
os dois gemendo e a
levantou do chão e a

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levando para a cama,
onde a depositou e se
deitou por cima. Ela
passou as pernas pelo
torso dele.

Ekaterina levantou a
barra da blusa de
Bernardo, que a
retirou e jogou a

LSC – venda proibida.


peça para o lado. A
russa passou a mão
pelo peito do loiro e
ao descer o olhar,
notou que ele estava
roxo no abdômen.
"Maldito Yenin!", ela
amaldiçoou.

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Bernardo, apoiando
as duas mãos ao lado
de Ekaterina,
projetou os quadris
para frente e ela
gemeu ao sentir o
volume dele.

- Vê como eu te
quero? - Ele

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perguntou e repetiu o
movimento, com mais
força - E me dói ter
que protelar o
momento em que
eu finalmente vou ter
você toda, Ekaterina.

Ele a beijou de novo.

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Ekaterina mordeu o
lábio inferior de
Bernardo, que
acelerou os

movimentos dos
quadris.

- Castillo?

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Uma voz masculina
soou do outro lado e
Bernardo e Ekaterina
pararam de se mexer,
respirando pesado - A
Don quer falar com
você.

- Ah... - Bernardo
olhou para Ekaterina

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e saiu de cima dela -
Eu já vou. Obrigado!

Passos se afastando e
Bernardo cobriu o
rosto com uma das
mãos. Ekaterina se
ajoelhou atrás dele,

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passando as mãos
pelos ombros de
Bernardo.

- É melhor você ir.


Minha mãe não gosta
de esperar - Ela falou
e Bernardo se virou,
Puxando Ekaterina
para o colo dele.

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- Você é uma
tentação, Ekaterina -
Bernardo a beijou de
novo e se levantou -
Seja boazinha e
coopere.

Ele ajeitou as calças,


mas estava difícil de

LSC – venda proibida.


esconder o estado
dele. Ekaterina riu e
ele apertou os olhos
para ela.

- O que fizemos aqui...


Pode?

Bernardo colocou
uma blusa comprida,

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mas não era o
suficiente.
Ele amarrou um
casaco na cintura,
ainda que odiasse
aquilo.

Vamos ver - Ele a


beijou rapidamente -

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Espera um pouco pra
sair.
Ela concordou com a
cabeça e assim que
ele se foi, Ekaterina
deitou na cama de
Bernardo, sorrindo e
abraçou um dos
travesseiros.
- Ele me quer,
mesmo!
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Bernardo estava com
o coração à mil. E se
Jannochka soubesse
que ele e Ekaterina
estavam quase
transando no quarto
dele?

Ele chegou ao
escritório dela e

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respirou fundo, antes
de apertar no botão
na parede e se
anunciar.

- Pode entrar -
Jannochka soou pelo
interfone e desligou.

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Bernardo abriu a
porta, que foi
destrancada e viu a
russa sentada atrás
da mesa dela - Sente-
se.

- Com licença - Ele


disse e se sentou ali.
Bernardo ainda se

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sentia nervoso na
presença da mulher
que tanto se parecia
com Ekaterina.

"Ekaterina é mais
bonita", ele sorriu
para si mesmo e
Jannochka, que
levantou os olhos

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para o rapaz, o olhou

com interesse.
Se ainda pode sorrir,
não deve ter sido uma
surra tão ruim - Ela
disse e Bernardo
despertou das
lembranças de
minutos antes, com

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Ekaterina, Jannochka
se recostou na
cadeira - Eu peço
desculpas pelo
comportamento dos
rapazes, incluindo o
de Pyotr.

Bernardo negou com


a cabeça.

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- Eu só não tenho
condicionamento
suficiente. Apanhei
por isso - Bernardo
disse - Pyotr não está
errado. Se eu vou
ficar, preciso ser
capaz de ao menos
proteger a mim

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mesmo.

- Você não faz parte


da máfia, Bernardo -
Jannochka disse,
olhando nos olhos
verdes do rapaz -
Sua vinda para cá está
relacionada aos seus
estudos.

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- É... É possível que eu
seja um de vocês? Ele
perguntou e Janna
inspirou fundo.

- Você tem idéia do


que fazemos,
Bernardo? Você
consegue

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compreender onde
estaria se metendo? -
Ela manteve o olhar
no dele - Não é algo
que você pode entrar
e sair quando quiser.
Uma vez dentro, você

só sai morto.

LSC – venda proibida.


Bernardo não
respondeu e
Jannochka ficou
satisfeita que ao
menos ele não era
impulsivo o suficiente
para ir em frente e,
depois, se rrepender.
- Vamos fazer assim:
você vai treinar, vai

LSC – venda proibida.


ver como são as
coisas e, caso deseje
ficar conosco,
passaremos aos
testes e, finalmente,
se você passar, a
cerimônia - Ela
propôs - Espero que
não tenha problemas
com tatuagens.

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Pelo menos uma
delas é obrigatória.

- Combinado -
Bernardo disse - E
não tenho problemas
com tatuagens.

Jannochka anuiu com


a cabeça.

LSC – venda proibida.


- Começaremos
amanhã. E você vai
entrar num curso de
russo.

- Vou?

Ela levantou a
sobrancelha.

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- Nem todos falam
inglês. A Rússia é
grande, Bernardo.
Você não vai querer
estar necessitando se
comunicar e não
poder. Às vezes disso
depende a sua vida ou
de alguém caro a
você.

LSC – venda proibida.


Ele já sabia uma coisa
ou outra, que
Ekaterina havia
ensinado.

- A senhora está certa


– Ele respondeu.

LSC – venda proibida.


- Okay. Esteja pronto
às seis da manhã.
Pode ir - Ela falou e
Bernardo concordou
com a cabeça, se
levantando e andando
até a porta - E
Bernardo? - Ele se
virou para ela - Nada
de netos, por hora.
Entendido?
LSC – venda proibida.
Ele arregalou os olhos
e ficou vermelho
como um tomate.

- Ah...

- Você sabe do que


estou falando. Ainda
não. E não se atrase,

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amanhã. Odeio
atrasos.
Ele concordou com a
cabeça e saiu do
escritório,
encostando-se à porta
com as costas e
soltando o ar.

"Porra, ela sabe!".

LSC – venda proibida.


Ao abrir a porta do

quarto dele, pegou


Ekaterina dormindo
na cama.
Bernardo fechou a
porta com cuidado
e se aproximou dela,
com a intenção de a

LSC – venda proibida.


acordar, mas não teve
coragem.

Bernardo nunca tinha


visto Ekaterina tão
relaxada e ela lhe
parecia um anjo. Ele
não era ignorante,
sabia que aquela
moça era uma
mafiosa, filha de uma
LSC – venda proibida.
Don e compartilhava
daquela genética, sem
esconder nada.

Ele se sentou na
beirada da cama e
tirou os fios de cabelo
que estavam no rosto
da russa, sorrindo.

LSC – venda proibida.


Uma vez que ele
ficasse na Rússia,
ele faria parte
daquele mundo e
teria que abdicar de
muitas coisas,
incluindo da
convivência fácil com
os pais. Máximo era
um excelente pai,

LSC – venda proibida.


aceitava Osvaldo e os
outros, mas isso não
queria dizer que ele
ficaria feliz com um
filho metido naquele
mundo. Clara já foi
um baque bruto no
mais velho dos
Castillo.

LSC – venda proibida.


- Mas eu não posso
ficar longe de você-
Ele sussurrou e
trocou de roupa,
vestindo uma calça
de moletom e uma
camisa de algodão.
Depois, Bernardo se
deitou na cama, de
frente para Ekaterina.

LSC – venda proibida.


Os machucados dela
estavam cuidados,
mas já estavam
arroxeados. Bernardo
inspirou fundo, pois a
vontade era de ir até
Pyotr e bater no
rapaz.

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"Ele vai terminar de
me quebrar e, no
fim, vai sobrar para
Ekaterina, porque eu
sou um fraco", ele
suspirou irritado com
ele mesmo. "Mas eu
vou ficar mais forte!".

LSC – venda proibida.


Mesmo indo para a
academia, Bernardo
não era páreo para
aquilo.

Quando o celular dele


tocou às cinco,
Ekaterina estava nos
braços de Bernardo.
Ela resmungou com o

LSC – venda proibida.


barulho, mas
Bernardo levantou a
mão para tocar no
rosto dela, que
segurou o pulso dele
com força e abriu os
olhos.

LSC – venda proibida.


Um Romance na Neve
Z.K
CAPÍTULO 3

Por um momento,
Bernardo sentiu o
sangue gelar. Aquela
Ekaterina parecia
outra.

LSC – venda proibida.


Porém, durou apenas
alguns segundos. Ela
rapidamente piscou
algumas vezes e
sorriu para ele.

— Desculpe... Eu não
estou acostumada a
acordar com ninguém
— Ela falou sem graça
e Bernardo sorriu.
LSC – venda proibida.
— Eu fico realmente
aliviado — Ele disse e
então, rolou por cima
de Ekaterina —
Depois que casarmos
vai se acostumar.

Um leve rubor
apareceu nas

LSC – venda proibida.


bochechas dela, que
mordeu os lábios.
— Já pensando em
casamento, senhor
Castillo?

— Claro! Eu sou um
homem sério — Ele
deu um selinho nela
— Quero você

LSC – venda proibida.


todinha pra mim. De
todas as formas.
Ele se inclinou para
beijá-la novamente,
mas alguém bateu à
porta.

— Acorda. loiro! —
Era Pyotr. Ele bateu
novamente com um
só soco — Vai se
LSC – venda proibida.
atrasar no primeiro
dia?
— Merda! —
Bernardo falou
baixinho — Já tô
acordado! Vou só
tomar uma ducha!

— Você tem vinte


minutos! — Mais um

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soco na porta e Pyotr
se foi. Bernardo pulou
da cama.
— Você não precisa
ter medo dele —
Ekaterina falou e
Bernardo, que já
estava a meio
caminho do banheiro,
a olhou com
incredulidade.

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— Sério? Ele vai me
matar se pegar você
aqui! Sue mãe e seu
pai também! Seus
tios. E eu não
duvidaria dos seus
primos. Pelo menos o
Aleksey... Ele é
estranho.

LSC – venda proibida.


Ekaterina não podia
negar. Aleksey era o
mais novo, porém,o
mais cruel e sádico.

Ela saiu da cama,


também e se
espreguiçou, o que
fez a blusa dela subir
e Bernardo fechou os

LSC – venda proibida.


olhos. Qualquer
pedaço a mais de
Ekaterina que ficava à
mostra era como um
convite para que ele
corresse não só as
mãos, mas a boca.

"Não!", ele brigou


consigo e entrou no
banheiro de uma vez.
LSC – venda proibida.
Quando ele saiu,
depois de ter que se
aliviar, Ekaterina já
não estava ali.

Bernardo se vestiu
rapidamente e, ao
chegar ao primeiro

LSC – venda proibida.


andar, Ekaterina já
estava ali, com os
cabelos úmidos,
toda de preto,
conversando com o
irmão.

— Bem na hora,
loirinho — Pyotr
brincou, olhando para
o relógio e sorrindo
LSC – venda proibida.
de lado — Parece que
você dormiu bem.

— Não poderia me
atrasar no meu
primeiro dia oficial,
não é? Eu... Eu dormi
cedo. Foi isso.

— Acabou a moleza!
— Miguel
LSC – venda proibida.
interrompeu Pyotr,
que estava pronto
para comentar sobre
Bernardo dormir
cedo. Miguel estava
saindo da cozinha
com duas garrafas de
água e jogou uma
para Bernardo, que a
pegou com uma só
mão — Boa!

LSC – venda proibida.


— Vamos, hora de
treino — Fyódor
falou. Os olhos azuis,
como os de Aleksey,
varreram todos, até
chegar a Bernardo —
Você vai para o
escritório. A Don
espera.

LSC – venda proibida.


— Sim, senhor —
Bernardo disse e se
virou, encaminhando-
se para onde
Jannochka esperava
por ele.

Aleksey estava
passando, a fim de ir
para a porta de saída,
já que tinha um curso
LSC – venda proibida.
do colégio antes da
aula.
— Se eu fosse você,
teria cuidado em
trancar a porta — O
garoto disse em
inglês e Bernardo
parou de se mover e
olhou o garoto, que já
estava na porta.

LSC – venda proibida.


— O que você disse?
Aleksey não se virou,
mas sorriu.

— Imagino o que
pensariam ao saber
que a princesa
dormiu na sua cama
— Aleksey soltou
uma risada — Pode
me agradecer depois
LSC – venda proibida.
por tirar o tio Yuri de
perto.

Aleksey saiu pela


porta e Bernardo
estava se sentindo
estranho. Ele andou
rápido até o
escritório e
Jannochka notou que
ele não parecia bem.
LSC – venda proibida.
— Aconteceu alguma
coisa?

— Huh? — Bernardo
perguntou, avoado.

— Você parece
assustado. O que
houve?

LSC – venda proibida.


Ele piscou algumas
vezes e balançou a
cabeça.

— Nada... Eu só...
Nada. Perdão.

Jannochka não ia
forçar o rapaz a falar,
apenas fez sinal para
LSC – venda proibida.
que ele se sentasse ao
lado dela e a aula
começou.

Diferente do que
Bernardo imaginava,
Jannochka era
extremamente
paciente e explicava
com calma. Em nada

LSC – venda proibida.


se parecia com uma
Chefe de máfia
perigosa, como ele
ouvia dizerem que ela
era.

Mais tarde, no quarto


dele, ele conversava
com os pais por vídeo
chamada. Quando

LSC – venda proibida.


Carolina viu os
machucados de
Bernardo, ela quase
chorou

— O que diabos estão


fazendo com você, aí?
— Máximo perguntou
e Bernardo balançou
a cabeça.

LSC – venda proibida.


— Eu que me meti
onde não devia. Além
disso, pai, eu quero
treinar. Ficar mais
forte.

— Você não precisa


treinar com esses... —
Máximo soltou o ar —
Respeito os Sigayev,

LSC – venda proibida.


mas... Eu não quero
você nisso!

— A escolha é minha,
pai.

— Eles são
criminosos!

— Máximo falou
LSC – venda proibida.
baixo, mas ríspido.
Carolina colocou a
mão no ombro dele
— Eles não são de
brincadeira,
Bernardo. Osvaldo e
companhia, perto
deles, são fichinha!

LSC – venda proibida.


— Eu sei me cuidar!
Não vou fazer nada
errado!

— Se se tornar um
deles, vai! Porque a
sua chefe vai te
mandar roubar,
matar! E você vai! —
Máximo levou uma

LSC – venda proibida.


mão ao peito e
Carolina arregalou os
olhos — Vocês ainda
me matam!

— Querido, seu pai só


está preocupado. E
acho que ele precisa
descansar um pouco
— Carolina falou —
Por favor, cuide-se.
LSC – venda proibida.
Pense em tudo com
carinho.

— Obrigada, mãe —
Bernardo disse e em
seguida, a ligação foi
finalizada.

Ele suspirou e olhou


para o teto, cansado.

LSC – venda proibida.


"Mas eu sei o que eu
quero!", ele disse,
seguro de si.

Antes de dormir, ele e


Ekaterina
conversaram por
mensagens e eles
como antes, os dois
acabaram "passando
dos limites".
LSC – venda proibida.
Os dias passaram e
Bernardo, por mais
que tentasse não
colocar as mãos
em Ekaterina,
perdia a força de
vontade com apenas
um olhar mais
atrevido dela.

LSC – venda proibida.


Eles evitaram os
quartos, mas viviam
pelos cantos se
beijando.

— Vou sentir a sua


falta — Ekaterina
disse, apoiada no
batente da porta,
enquanto Bernardo
estava arrumando as
LSC – venda proibida.
malas para voltar ao
México, para o Natal.

— Eu também vou
sentir a sua — Ele
respondeu, fechando
a pequena mala —
Mas, logo estarei de
volta.

LSC – venda proibida.


— Mamãe disse que o
seu treino físico vai
começar — Ekaterina
sorriu — E adivinha
quem vai te treinar?
Bernardo balançou a
cabeça.

— Quem?

LSC – venda proibida.


— Euzinha!

Ele sorriu.

— Opa! Com uma


professora dessas, eu
fico até mais animado
— Ele se aproximou
dela, olhou para o
corredor e então,

LSC – venda proibida.


beijou Ekaterina.

Passos no corredor e
vozes fizeram os dois
se separarem e ele
piscou pra Ekaterina,
pegou a mala dele e
saiu pelo quarto,
dando de cara com
Yuri e Maksim.

LSC – venda proibida.


— YA slezhu za toboy
(Eu estou de olho em
você)! — O pai falava
para o filho, que
mantinha a cabeça
baixa — Ah,
Bernardo! O Fyódor
já está te esperando
no carro. Boa viagem!

LSC – venda proibida.


— Obrigado, senhor
Sigayev! — Bernardo
falou e o russo voltou
a fechar o rosto,
passando sermão em
Maksim, que apenas
deu um sorriso
tímido para Bernardo
e Ekaterina, antes de
seguir o pai.

LSC – venda proibida.


— Maksim é bem na
dele — Bernardo
falou.

— Sim. Ele é... Doce


— Ekaterina falou,
andando atrás de
Bernardo — Tio Yuri
quer endurecê-lo.

LSC – venda proibida.


— Por quê? —
Bernardo perguntou
— Eu o vi lutar. Ele
me parece muito
bom.

— Não para o
patamar da
Organização —
Ekaterina disse e

LSC – venda proibida.


Bernardo a olhou de
boca aberta —
Maksim tem coração
mole. Ele não é dado a
torturas.

Bernardo franziu o
cenho.

LSC – venda proibida.


— E você é? — Ele
riu, mas Ekaterina o
olhou, séria.

— Eu não nego as
minhas origens, o
meu sangue,
Bernardo — Ela falou
— Sou filha da minha
mãe.

LSC – venda proibida.


Bernardo, apesar de
ouvir muito falar
que Jannochka
Sigayeva era uma
mulher cruel, pior
que o próprio diabo,
não acreditava. Sim,
ela era durona, rígida,
mas também educada
e, de certo modo,
amável.
LSC – venda proibida.
— Aposto que sim —
Ele sorriu para
Ekaterina, que sentiu
um aperto no
coração.

— Aposte. Porque eu
sou pior do que você
imagina — Ela falou.
Era melhor que
Bernardo sempre
LSC – venda proibida.
soubesse quem e
como ela era.

Ele parou ao pé da
escada e acariciou o
rosto de Ekaterina.

— Você tem uma


casca dura, mas por
dentro, é um amor.

LSC – venda proibida.


Uma gargalhada
debochada e os dois
viram Pyotr chorando
de tanto rir, com
Miguel atrás dele.

— Um amor?
Ekaterina? — Pyotr
perguntou e colocou a
mão no ombro de
Bernardo. O russo
LSC – venda proibida.
tinha crescido alguns
centímetros e estava
do tamanho do loiro
— Pobre iludido.
Abre o olho, loiro.
Essa daí é pior que a
aranha Karakurt!

— Você está
enganado —
Bernardo disse e
LSC – venda proibida.
Pyotr parou de rir,
confuso.

— Como eu disse,
iludido. Boa viagem
— Pyotr falou — E vê
se acorda desse seu
mundo de fantasia. A
teia dela é viscosa e
você vai acabar preso
e ela vai te matar.
LSC – venda proibida.
— Cala a boca, Pyotr!
— Ekaterina falou e o
rapaz não gostou do
tom, fechando a cara.
Miguel se colocou no
meio.

LSC – venda proibida.


Um Romance na Neve
Z.K
CAPÍTULO 4

— Época de Natal,
amor nos corações!
— Ele disse e puxou a
manga da camisa de
Bernardo — Tá na
hora da gente ir,
Bernardo. Tchau,
LSC – venda proibida.
galera! Comportem-
se!

Ele deu uma piscada


para os gêmeos e foi
com Bernardo para o
carro que os levaria
ao jatinho.

LSC – venda proibida.


— Pyotr às vezes é
insuportável! —
Bernardo falou e
entrou no carro.

— Mas... Você sabe


que a Ekaterina não é
uma flor, né? —
Bernardo olhou feio
para Miguel — Não tô

LSC – venda proibida.


falando mal dela. Só
tô dizendo que ela
parece com a tia
Janna.

— Essa também não é


esse demônio que
vocês pintam.

Miguel soltou uma


risada.
LSC – venda proibida.
— Realmente, você tá
iludido. Não sabia que
você era desses que
se derretem por
mulher, Bernardo.

O loiro apontou para


Miguel.

LSC – venda proibida.


— Não ouse me
julgar! Você fica de
quatro facinho!

— Eu? — Miguel riu


com desdém — Tive
um lapso. Já passou.

— Pensei que
estivesse com a
Gemma.
LSC – venda proibida.
Gemma? Ficou louco?
— Miguel negou com
a cabeça — Não nego
que ela é bonita, está
menos chata. Agora...
Ela e eu, juntos, um
casal? Nem louco.

— Eu te vejo de papo
com ela... Achei que

LSC – venda proibida.


estivesse rolando
algo.

— Não! Amizade! —
Miguel falou — Não
curto mulher tão
novinha.

— Ah, nossa, você é


tãaao velho!
LSC – venda proibida.
— Gosto de mulher
da minha idade pra
cima — Miguel disse
e sorriu de lado — As
de vinte e cinco, por
aí. Nossa, que delícia.

Bernardo balançou a
cabeça
negativamente.

LSC – venda proibida.


— Você é um
galinha. Junto com o
Pyotr.

— Não nego. E você, é
um romântico.

Bernardo suspirou.

LSC – venda proibida.


— Eu prefiro me
manter fiel ao que eu
sinto e a quem eu
quero. Se eu gosto de
uma mulher, por que
eu iria querer outra?
Nem entra na minha
cabeça a
possibilidade de
outra me tocar.

LSC – venda proibida.


Ele torceu o nariz e
Miguel levantou as
sobrancelhas.

— Vai ver não


encontrei o amor da
minha vida, ainda.

A viagem de volta
para o México foi

LSC – venda proibida.


longa e Bernardo não
conseguia parar de
pensar que estava
adorando ficar
pertinho de
Ekaterina, além de
estudar o que ele
adorava.

Assim que o período


iniciasse, ele entraria
LSC – venda proibida.
para a faculdade na
área da computação.

Naquele ano, Tonny


passou o Natal com os
Castillo, para que
Clara não precisasse
escolher.

— E então, como

LSC – venda proibida.


estão as coisas na
Rússia? — Tonny
perguntou a
Bernardo, quando os
dois estavam
organizando os
talheres.

— Bem... Alguns
russos são mais legais

LSC – venda proibida.


do que outros —
Bernardo riu — Acho
que tem uns que não
me suportam.

— Você não é nascido


no meio. Normal —
Tonny disse — Além
disso, você está
"roubando" a

LSC – venda proibida.


princesa deles.
Muitos ali sonham em
ter algo com
Ekaterina.

Bernardo trincou o
maxilar.

— Pois eles que


sonhem! Ela é minha!

LSC – venda proibida.


Tonny sorriu.

— Tenho certeza que


sim. E, um conselho:
Ekaterina não é do
tipo que se dobra por
homem, que abaixa a
cabeça. Nunca tente
subjugá-la, Bernardo.
Nunca.

LSC – venda proibida.


— Manterei isso em
mente — O loiro
disse.

A noite de Natal foi


regada a conversas,
brincadeiras e, claro,
muito amor.

LSC – venda proibida.


— Eu nem acredito
que elés já estão
crescidos —
Carolina reclamou,
fazendo beicinho
enquanto terminava
de guardar a louça,
com Máximo. Eles
haviam insistido em
dar conta de tudo
sozinhos.
LSC – venda proibida.
Máximo a abraçou
por trás e apoiou o
queixo no ombro da
esposa.

— Parece que foi


ontem que Bernardo
era um bebê — Ele
falou e sorriu,
lembrando do bebê
que ele viu pela
LSC – venda proibida.
primeira vez através
da tela de um celular.
Aquilo sempre fazia
Máximo se
arrepender de como
muitas coisas
aconteceram na vida
deles, e de como ele
quase colocou tudo a
perder.

LSC – venda proibida.


— Obrigada por me
dar esses filhos
maravilhosos —
Carolina disse, se
encostando mais em
Máximo e passando a
mão pelo rosto dele.

A pele estava melhor,


com o tempo. Mas, se
olhasse direito, ainda
LSC – venda proibida.
era possível ver que
não era
perfeitamente lisa.

Máximo apertou mais


a cintura de Carolina
e olhou em volta.

— Acho que estão


todos dormindo —

LSC – venda proibida.


Ele sussurrou e ela
mordeu os lábios.

— Mas é perigoso! —
Apesar de dizer isso,
Carolina já estava
sorrindo e adorando
a atenção que uma
das mão de Máximo
estava dando para a

LSC – venda proibida.


coxa dela e subindo
pelo tronco, indo em
direção ao seio.

— Adoro um perigo
— Ele mordeu o
lóbulo da orelha dela,
que gemeu e se
esfregou mais em
Máximo.

LSC – venda proibida.


Sem pensar mais,
Máximo a levantou,
para que Carolina se
sentasse no balcão.
Ele se colocou no
meio das pernas dela
e atacou-lhe os lábios.

— Você tá cada vez


mais deliciosa! — Ele
beijou o pescoço de
LSC – venda proibida.
Carolina, se
enterrando nela, que
abafava os gritinhos e
gemidos no ombro
dele.

No próprio quarto,
Bernardo estava em
chamada de vídeo
com Ekaterina, como
sempre.
LSC – venda proibida.
— Quero saber qual
vai ser o meu
presente — Ela
brincou e Bernardo
sorriu, safado,
passando a mão por
cima da calça.

— O que você quiser.

LSC – venda proibida.


— Hmm... Perigoso
você dizer isso — Ela
passou as mãos pelos
seios, por cima do
suéter.

— Temos que
esperar... — Bernardo
respondeu, a boca
seca — Você precisa

LSC – venda proibida.


completar dezoito
anos.

Ekaterina revirou os
olhos.

— Não preciso...
Nossa diferença de
idade é de menos de
três anos!

LSC – venda proibida.


— Mesmo assim. E...
Não quero fazer
besteira e estragar a
minha chance de
casar com você.

Ekaterina negou com


a cabeça.

LSC – venda proibida.


— Aqui as coisas não
são assim. Eu não
preciso casar virgem
— Ela falou e olhou
bem para Bernardo
— E você tem tanta
certeza assim de que
vamos nos casar?

Ele fechou a
expressão na hora.
LSC – venda proibida.
— É claro que vamos!
Eu não estou
namorando você por
brincadeira!

— Ah, estamos
namorando... — Ela
disse lentamente e, ao
ver a boca dele
aberta, em confusão e

LSC – venda proibida.


ofensa, ela Ekaterina
continuou — Você
nunca pediu.

Bernardo ainda levou


alguns segundos para
se recompor.

— Não seja por isso.


Eu gostaria de fazer

LSC – venda proibida.


isso ao vivo, mas
também não quero
perder mais tempo
— Ele respirou fundo
— Ekaterina, você
quer ser a minha
namorada?
Oficialmente?

LSC – venda proibida.


Ela virou a cabeça
para o lado, fazendo
um biquinho. O
coração de Bernardo
bateu mais forte,
porque ela não estava
dando uma resposta.

"Porra... Será que não


é isso o que ela quer?"

LSC – venda proibida.


— Eu sou muito
jovem. — Ela falou e
Bernardo pensou
que morreria ali
mesmo. Ekaterina
percebeu como o
rosto dele parecia
contorcido em dor e
decepção.

LSC – venda proibida.


Um Romance na Neve
Z.K
CAPÍTULO 5

— Ei! Eu tô
brincando! Claro
que eu quero!

Bernardo fechou os
olhos, levando a mão
LSC – venda proibida.
ao peito.

— Você... Diaba! —
Ele soltou e Ekaterina
jogou a cabeça para
trás, numa
gargalhada que
aqueceu Bernardo
todo por dentro.

LSC – venda proibida.


— Desculpe,
desculpe. Não sabia
que você ficaria desse
jeito!

— Isso não é jeito de


tratar o seu
namorado... — Ele a
repreendeu, mas já
sorrindo. Ela era a
namorada dele.
LSC – venda proibida.
De acordo com a
máfia, ela poderia
estar noiva dele,
sem qualquer
problema. Ele
esperaria mais um
pouco e a pediria em
casamento. Não tinha
qualquer dúvida
dentro dele quanto a

LSC – venda proibida.


quem ele queria para
a vida.

— E como eu posso
me retratar? — Ela
abriu mais o sorriso
— Meu querido
namorado?

LSC – venda proibida.


Alguém bateu na
porta de Ekaterina,
antes de abrir a
mesma. Era Pyotr,
que olhou para a tela,
vendo Bernardo sem
camisa e apertou os
olhos, se
aproximando com
raiva.

LSC – venda proibida.


— Que merda é essa?
— Ele perguntou e
fuzilou Bernardo pela
tela do computador.

— Sai do meu quarto!


— Ekaterina bateu o
pé e puxou o braço do
irmão, que apontou
com o dedo para
Bernardo.
LSC – venda proibida.
— Eu vou quebrar
você... Porra, eu vou
te matar! — Ele
gritou e Ekaterina
deu um empurrão
nele. Pyotr segurou os
braços dela

— Ficou maluca?

LSC – venda proibida.


— Ei! Solta ela! —
Bernardo gritou,
colocando-se de pé,
como se ele pudesse
fazer algo, uma vez
que estava a muitos
e muitos quilômetros
de distância dos
gêmeos.

LSC – venda proibida.


— O que tá havendo
aqui? — Santiago
apareceu no quarto e
olhou para os dois
irmãos, sem nem
olhar para o
computador de
Ekaterina.

Isso é, até que Pyotr


apontou.
LSC – venda proibida.
— Ekaterina tá de
putaria com o
Bernardo, online!

A expressão de
Santiago escureceu e
ele olhou para
Ekaterina e, então,
para onde Pyotr
estava apontando..
LSC – venda proibida.
— A gente tava só
conversando! —
Ekaterina disse, sem
gaguejar — Qual o
problema?

— Por que ele tá sem


blusa? — Santiago
perguntou e só então
LSC – venda proibida.
Bernardo se lembrou
que poderia parecer
que ele estava nu. Ele
se afastou um pouco
da tela para que
Santiago visse que ele
estava vestido.

Não que aquilo tenha


ajudado muito, já que

LSC – venda proibida.


o volume nas calças
dele ainda estava ali.
— Ele tomou banho e
veio falar comigo. Não
é como se não
víssemos os rapazes
sem blusa —
Ekaterina disse,
calmamente — E eu
estou bem vestida,
não?
LSC – venda proibida.
Santiago olhou para
ela e concordou com
a cabeça.

— Vamos conversar
quando você voltar,
Bernardo — Ele disse
para o loiro, que
concordou com a
cabeça, pela tela do

LSC – venda proibida.


computador. —
Quanto a vocês dois...
Vamos conversar
agora!

Abaixando a tela do
computador, dando
uma piscada de olho e
um sorriso para
Bernardo, Ekaterina

LSC – venda proibida.


se virou em seguida e
seguiu o pai para fora
do quarto.

Eles foram para o


escritório.

— Sentem-se! — Os
dois se sentaram e
Santiago cruzou os

LSC – venda proibida.


braços, soltando o ar
e se escorando na
mesa com as duas
mãos, cabeça baixa,
antes de olhar para os
meninos — Essas
brigas tem que parar.

— Ele invadiu a
minha privacidade —
Ekaterina disse e
LSC – venda proibida.
Santiago concordou
com a cabeça e olhou
para Pyotr,
que parecia ofendido.

— Eu só fui chamar
Ekaterina para tomar
a droga do chocolate
quente que eu fiz pra
ela!

LSC – venda proibida.


— Pyotr cruzou os
braços na frente do
peito, enquanto
Santiago olhou com
surpresa para o filho,
levantando a
sobrancelha — O
quê?

LSC – venda proibida.


— Você fez chocolate
quente para
Ekaterina?

— Eu só quis ser
legal! É manhã de
Natal!

— E desde quando
você é legal... Na

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manhã de Natal,
Pyotr? — Ekaterina
perguntou e cruzou
os braços.

Pyotr revirou os
olhos.

— Foi a primeira e
última vez — Ele

LSC – venda proibida.


retrucou — Mas não
mude o foco! Você
tava se insinuando
para aquele... Aquele...

— O que você viu,


Pyotr? — Santiago
perguntou e
Ekaterina agradeceu
por não ter tirado a

LSC – venda proibida.


blusa.

— Ela estava
passando a mão pelo
corpo. Eu vi! E eu
tenho certeza que ela
tava levantando o
suéter!

LSC – venda proibida.


Santiago olhou para
Ekaterina.

— Pai, o senhor nao


faz esse tipo de
cobrança com Pyotr,
por que comigo? Por
que ele pode dormir
por aí com quem
quiser e eu, não?

LSC – venda proibida.


— Você dormiu com
ele? — Pyotr
perguntou, mais
irritado.

— Não é da sua conta!

— Ei. ei, ei! —


Santiago deu um tapa
forte na mesa

LSC – venda proibida.


— Sorte de vocês que
Jannochka teve que
sair, ou ela teria dado
aquela surra que ela
prometeu! Porra... —
Ele suspirou — Só
quero que se cuide,
não vou matar
Bernardo, ainda. Ok?

LSC – venda proibida.


— O senhor vai
deixar? — Pyotr
perguntou,
levantando-se.

— Como ela disse, se


você pode, ela pode.

— Mas.

LSC – venda proibida.


— Está dito, Pyotr! —
Santiago falou e olhou
para Ekaterina —
Mas tenha cuidado.
Porque assim que
estiver claro para os
outros que Bernardo
anda com você, eles
vão querer a morte
dele. Você sabe como

LSC – venda proibida.


os rapazes são
competitivos.

— Dane-se eles! —
Ekaterina soltou e
Santiago a olhou feio
— Perdão.

— E você, Pyotr, não


quero saber de você
se metendo onde não
LSC – venda proibida.
deve. Sua irmã não é
nenhuma desmiolada.
Ela nunca deu trela
para rapaz nenhum e
Bernardo é alguém
que eu aprovo.

— Ele é fraco!
Incapaz de proteger
Ekaterina!

LSC – venda proibida.


— E quem disse que
EU preciso de um
homem me
protegendo? —
Ekaterina o olhou
indignada — Eu
posso dar conta de
mim. Melhor do que
você dá conta de si!

LSC – venda proibida.


— Quer testar? —
Pyotr se levantou e
Santiago segurou os
dois pelo pescoço e
olhou de um para o
outro.

— Último aviso — A
expressão dele ficou
bem diferente e os
gêmeos sabiam que,
LSC – venda proibida.
apesar de ser muito
paciente, quando o
pai deles resolvia que
a brincadeira havia
acabado, ele era
terrível

— Entendido?

Os dois concordaram

LSC – venda proibida.


como dava, com a
cabeça, antes de
Santiago os colocar
para fora.

Ekaterina foi em
direção a cozinha.

— Hey! — Pyotr a
chamou, mas ela o
LSC – venda proibida.
ignorou. Ele se
colocou na frente dela

— Pra onde tá indo?

— Quero saber se
você fez mesmo
chocolate ou aquilo
foi papo furado! —
Pela forma como

LSC – venda proibida.


Pyotr fechou a boca,
Ekaterina já sabia a
resposta — Você é
um puta mentiroso!

— Eu ia fazer o
chocolate, mas tinha
que saber se era com
ou sem canela — Ele
falou, mas Ekaterina
sabia que aquela era
LSC – venda proibida.
outra mentira e o
olhou, esperando que
ele falasse a verdade.

Pyotr jogou as mãos


para o alto — Tá! Eu
só queria saber se
você podia me ajudar
com uma coisa.

LSC – venda proibida.


— Não me sinto
muito interessada
nesse momento,
não. — Ekaterina
respondeu, dando a
volta e indo para as
escadas.

— Calma aí,
irmãzinha

LSC – venda proibida.


Ekaterina continuou
andando

— Tem essa menina...

Ekaterina parou de
subir os degraus e se
virou para Pyotr.

LSC – venda proibida.


— Você tentou
estragar o meu
relacionamento e
ainda tem a cara de
pau de querer que eu
ajude com o seu?

Ela negou com a


cabeça e continuou a
subir, mas Pyotr
segurou a mão dela.
LSC – venda proibida.
— Seguinte, ela é
boazinha.

— É da máfia?

Ele negou com a


cabeça.

— Do colégio.

LSC – venda proibida.


— Você estuda num
colégio para meninos
— Ekaterina
respondeu, cruzando
os braços.

LSC – venda proibida.


Um Romance na Neve
Z.K
CAPÍTULO 6

— Eu não disse que


era o meu colégio,
disse? — Pyotr
tentou
desconversar, mas
Ekaterina

LSC – venda proibida.


continuou encarando o
irmão, que soltou um
suspiro de derrota —
Ela estuda num outro
colégio, óbvio.

— Pyotr, se não vai


me contar isso
direito, eu não
tenho como ajudar
em nada.

LSC – venda proibida.


— Certo! Hmm... —
Ele passou a mão
pela nuca e
Ekaterina imaginou
que ele estava
preparando outra
mentira — Eu fui
fazer um trabalho
na casa de um
colega e eu a
conheci. Vizinha
dele.
LSC – venda proibida.
— Desisto — Ela
abanou a mão na
direção do irmão e
voltou a subir a
escada.

— Não, pera aí! —


Pyotr seguiu
Ekaterina — Eu não
tô mentindo!

LSC – venda proibida.


— Você não vai na
casa de ninguém
fazer trabalho. Os
professores sabem
que você faz
trabalhos sozinho,
Pyotr. Então, pense
melhor e, quando
tiver uma mentira
mais elaborada,
você fala comigo!

LSC – venda proibida.


— Só... Só me diz o
que eu posso fazer
pra uma garota
legal me dar bola!

Ekaterina já estava
no topo e se virou
novamente, mas
não completamente.

— Se ela for legal,

LSC – venda proibida.


mesmo, não vai te
dar bola, Pyotr —
Ela então olhou
bem para o rosto
do irmão, que
parecia chocado e
machucado com as
palavras dela — Vai
ver que ela
consegue sentir o
quão mentiroso

LSC – venda proibida.


você é e, por isso,
ela está sendo
esperta e mantendo
distância.

Depois disso, Ekaterina


voltou a andar e, dessa
vez, Pyotr não a seguiu.
Ele fechou os olhos,
irritado, e foi para o
próprio quarto.

LSC – venda proibida.


Aquele era um dos
poucos dias no ano em
que eles não tinham
treino e poderiam
aproveitar o dia para
eles. Exceto se
houvesse alguma
emergência.

Jannochka estava
olhando para o homem
LSC – venda proibida.
sentado na cadeira,
com pouco interesse.

— E-eu juro,
Parkhan... — Ele
falou, com
dificuldade — Não
fui... Eu.

— Além de tudo,
ainda tenta me
LSC – venda proibida.
passar de imbecil —
Ela murmurou,
revirando os olhos e
se aproximando do
homem.

— Parkhan... Por
favor...

Jannochka fez sinal


para o outro soldado,
LSC – venda proibida.
que segurou o pescoço
do homem, pela nuca e
apertou, fazendo-o
abrir a boca por
reflexo. Ela enfiou a
mão na boca do
homem e puxou a
língua dele para fora,
vendo-o arregalar os
olhos e se debater.

LSC – venda proibida.


— Eu odeio
mentirosos. Odeio
estupradores... E
pedófilos. Você
conseguiu ser os três
— Quando o homem
olhou dentro dos
olhos dela, foi como
se visse o próprio
inferno. — Vou tirar
tudo de você.

LSC – venda proibida.


Ela tirou a pequena
faca do cinto e cortou
lentamente a língua
do homem. Depois,
enfiou a mão na
bacia de sal, já
preparada e colocou
um punhado na boca
dele, que tentava
gritar.

LSC – venda proibida.


—Adrenalina — Ela
pediu e o médico que
trabalhava com ela
injetou uma seringa
no homem — Você
não vai morrer. Não
ainda.

Ela olhou para o


meio das pernas dele

LSC – venda proibida.


e sorriu
diabolicamente.

Ao chegar em casa,
Santiago já a esperava.
Ela tinha dito que
trataria de um
problema, e não
precisaria que ele
fosse. Na verdade, ela
queria que ele
LSC – venda proibida.
descansasse um pouco,
já que Santiago vinha
trabalhando mais do
que o normal.

— Pela sua cara, foi


divertido, Santiago
falou, sorrindo de
lado.

LSC – venda proibida.


— Um aquecimento
— Ela falou e foi para
o banheiro — A
diversão vai começar
agora — Ela piscou
para o marido, que
entendeu e a seguiu
para o banho.

LSC – venda proibida.


Na cama, ela beijou o
peito de Santiago e o
acariciou.

— Como as crianças se
comportaram?

— Brigaram, de novo,
mas nada grave.
Besteira — Ele passou
a mão pelo seio de
LSC – venda proibida.
Jannochka. Ela tinha
voltado a colocar os
piercings depois que os
gêmeos já não estavam
amamentando.
Santiago deitou por
cima dela e passou a
língua no mamilo —
Não canso de chupar
essas gostosuras.

LSC – venda proibida.


Ele sugou forte em um,
enquanto apertava o
outro. Enquanto isso, a
mão livre dele foi para
o clitóris de Jannochka.

— Ah, Santiago! —
Ela gemeu e passou
as unhas pelas
costas dele.

LSC – venda proibida.


Quando ele se
posicionou na entrada
dela, sorrindo de
maneira safada e
começou a entrar,
bateram à porta com
urgência.

— Ah, não, porra! —


Santiago resmungou
com raiva e olhou
LSC – venda proibida.
por sobre o ombro,
para a porta — O
que foi?

— Senhor, é uma
emergência!

Santiago rosnou e
olhou de novo para
Jannochka, que já se

LSC – venda proibida.


afastava dele. Santiago
fechou os olhos e
grunhiu de novo, antes
de pegar os shorts e ir
para a porta, abrindo
um pouco, apenas para
olhar para o soldado,
que estava de lado, a
fim de não olhar para o
quarto.

LSC – venda proibida.


— É bom alguém ter
morrido! — Santiago
falou entre dentes e
o soldado engoliu
em seco.

— Pyotr está na
delegacia, senhor.

LSC – venda proibida.


Jannochka, que já tinha
colocado um roupão
por cima do corpo,
apareceu por trás de
Santiago, com os olhos
faiscando.

— O que disse? —
Ela perguntou
calmamente, baixo,
mas foi o suficiente
LSC – venda proibida.
para o soldado
tremer. Quanto mais
calma por fora, mais
furiosa ela estava por
dentro. Todos ali
sabiam daquilo.

— Ele foi... — O
soldado respirou
fundo. Ser o
mensageiro de más
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notícias pesava como
uma tonelada — Ele
foi detido e o
delegado não quis
entrar em detalhes,
mas pediu a
presença dos pais.

— Já vamos resolver
isso. Pode ir.
Obrigado — Santiago
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falou e fechou a
porta. Jannochka já
estava trocando a
roupa, o rosto
vermelho de raiva.

— Esse moleque! —
Ela apertou os lábios.

— Dependendo do
que houve, eu
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mesmo vou dar a
porra de uma surra
nesse garoto!

Quando eles chegaram


lá, Pyotr estava
sentado na sala do
delegado e, pela
expressão dele, não
havia um pingo de

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vergonha ou
arrependimento.

— Senhores Sigayev
— O delegado, um
homem de meia
idade, com os
cabelos já brancos
nas têmporas, os
recebeu.

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— Delegado
Petrovich —
Santiago falou e
apertou a mão do
homem, que não se
atreveu a tocar em
Jannochka,
limitando-se a um
aceno de cabeça
respeitoso — O que
houve aqui?

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O delegado suspirou,
como se tentasse
encontrar as palavras
certas.

— Pyotr Sigayev
estava com um outro
rapaz... Bom, eles
estavam com drogas.

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O delegado sabia muito
bem sobre os negócios
da família Sigayev,
porém, era
estritamente proibido
aos membros
consumirem drogas ou
serem pegos perto de
quem as estava
consumindo.

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Santiago olhou para
Pyotr, que não podia
vêlos, uma vez que
estava fechado na sala.
Mas só de ver como o
garoto parecia
tranquilo, até um
pouco enfadado, fez o
sangue de Santiago
ferver.

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Um Romance na Neve
Z.K
CAPÍTULO 7
A porta da sala do
delegado se abriu e
Pyotr virou o pescoço,
dando de cara com
Petrovich. O rapaz o
olhou com as
sobrancelhas erguidas.

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— Meus pais já
chegaram, Delegado?
— Ele perguntou, com
falsa gentileza. Pyotr
odiava ser
interrompido, não
importava o que ele
estava fazendo.

— Sim — Petrovich
disse e deixou a porta
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aberta, fazendo sinal
com a mão que Pyotr
deveria segui-lo.

Pyotr se levantou e
sorriu de lado, porém,
quando ele tentou ir
para a saída, um
policial se colocou na
frente e ele franziu o
cenho.
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— Com licença — Ele
pediu, mas o policial
não se moveu.

— Senhor Sigayev, por


aqui, por favor —
Petrovich pediu e Pyotr
o olhou com confusão.

— Mas a saída é por


aqui, não? — Pyotr
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perguntou, sentindo
que algo estava errado.

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— Os seus pais me
pediram que o senhor
usasse um caminho
diferente.

Pyotr apertou os olhos


para ele, mas decidiu
seguir. Não tinha jeito
de Petrovich tentar
qualquer coisa contra
ele, afinal, ninguém
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brincaria com os
Sigayev sem esperar
retaliação.

Ao entrar num
corredor com a
primeira cela, Pyotr
parou de andar.

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— Com respeito, mas...
Que merda é essa? Pra
onde está me levando?

— Para a sua cela —


Petrovich respondeu,
sem muita emoção.

Pyotr ficou calado por


uns segundos, antes de
gargalhar, mas
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Petrovich não esboçou
qualquer reação. Ele
estava acostumado a
lidar com jovens como
Pyotr.

— Eu não sabia que o


senhor tinha um senso
de humor tão bom! —
Pyotr enxugou as
lágrimas dos olhos, mas
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ao perceber que o
delegado não disse
nada, ele foi ficando
mais sério — Isso é
sério?

— Totalmente, senhor
Sigayev.

Pyotr estalou a língua e


cruzou os braços.
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— Quero falar com
meus pais. Agora.

Petrovich finalmente
mudou a expressão e
sorriu de leve.

— Com prazer — Ele


discou o número de

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Santiago e esticou o
telefone para que Pyotr
o pegasse — Aqui.

Pyotr levou o telefone


ao ouvido.

— Delegado — A voz
de Santiago soou do
outro lado.

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— Pai, esse delegado
quer me colocar em
uma cela — Pyotr disse
com um certo toque de
deboche — Por isso
pedi para falar com o
senhor. Para resolver
esse mal entendido.

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— Qual mal entendido,
Pyotr? — Santiago
perguntou e o sorriso
triunfante de Pyotr
começou a esmorecer
— Você fez merda, eu
conversei com o
delegado e,
infelizmente, você vai
ter uma curta estadia
na prisão.

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Pyotr abriu a boca, sem
acreditar. Ele ficou na
dúvida se o pai tinha
usado o "infelizmente"
para ele ir preso ou se
por ficar pouco tempo
lá.

— Pai... Eu vou ficar


fichado! — Pyotr disse

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e arregalou os olhos —
Isso vai foder tudo!
Apesar de gostar da
máfia, Pyotr tinha
intenção de ir para a
faculdade!

— Você fodeu com


tudo, Pyotr.
Conversaremos quando
você sair. Agora, uma
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dica: não cave mais
fundo a sua cova.

E o telefone ficou
mudo. Pyotr engoliu em
seco e olhou para a
mão estendida do
delegado, que pedia
pelo aparelho dele de
volta.

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Por mais que Pyotr
tivesse força e
competência para
imobilizar o delegado,
seria um tiro no
próprio pé dele, pois se
ele saísse dali, seria um
fugitivo. E depois do
que os pais fizeram
com ele, Pyotr
duvidava que eles o
ajudariam.
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Apertando o maxilar,
ele seguiu o que o
delegado falou e entrou
na cela, olhando em
volta com desgosto.
Não era sujo. Mas ele
não queria ficar ali.

— Delegado! — Ele
chamou e Petrovich
parou de andar,
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voltando-se para Pyotr,
esperando que o rapaz
falasse — E o Kazimir
Semenov?

O rapaz estava com


Pyotr. Na verdade, era
ele quem estava
fazendo a merda!
— Os pais dele já o
levaram.
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A resposta do delegado
chocou Pyotr, que nem
teve reação, antes de
ser deixado sozinho ali.
Na mansão dos Sigayev,
Ekaterina estava
olhando para o pai,
piscando.

— Pyotr...Foi preso?

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— Sim, ele fez merda,
quebrou as regras, e foi
preso — Santiago disse,
calmo. Por dentro, ele
estava morrendo.
Deixar Pyotr ali foi
como se ele estivesse
enfiando uma barra de
ferro quente dentro
dele mesmo.
Mas ele não podia
demonstrar aquilo.
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Pyotr tinha que
aprender e Ekaterina
era a gêmea. É claro
que ela ficaria de
coração mole para o
irmão. Santiago
precisava demonstrar
que eles não podiam
fazer o que bem
entenderem e agirem
como se não houvesse
punição.
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— Eu vou visitá-lo —
Ela falou e Santiago não
a proibiu.

Bufando, Ekaterina
subiu, pegou o celular
dela, algumas facas e
armas e se arrumou
toda. Ao se virar, viu

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Aleksey escorado no
batente da porta.

— O que foi? — Ela


perguntou. O garoto
conseguia tirá-la do
sério, mesmo sem falar
nada.

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— Parece até que você
está indo resgatar
alguém — Ele disse, as
mãos nos bolsos.
Apesar do sorriso nos
lábios, os olhos do
garoto eram vazios.
Ekaterina era dura, mas
ela sentia calafrios com
Aleksey

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— Isso não é da sua
conta, priminho.

Ele levantou as mãos,


como se estivesse se
rendendo.

— Claro que não — Ele


falou — Mas como eu
gosto muito de você,
vim falar mesmo assim.
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Se você for resgatar
alguém, contra as
ordens dos tios, você
vai apenas condená-lo.
Lembre-se que vocês
dois não são os únicos
capazes de subir ao
trono.

Na possibilidade de
Pyotr e Ekaterina
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morrerem, Maksim os
substituiria e, depois,
Aleksey. E Ekaterina
tinha a sensação de que
o mais novo esmagaria
o outro primo dela.
Maksim era "bonzinho"
demais.

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— Eu vou apenas
visitar Pyotr. Mas estou
pronta para qualquer
encontro desagradável,
só isso — Ela falou,
colocando o casaco
pesado por sobre o
corpo e indo em
direção à porta —
Obrigada pelo...
Conselho.

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Ela passou por Aleksey,
que a olhou com um
sorrisinho no rosto. Ele
adorava provocar os
primos.

Pyotr estava andando


de um lado para o
outro, quando a grade
que separava a
delegacia da parte das
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celas fez barulho. Ele
ficou em alerta.

— Rina! — Ele disse e


se aproximou da grade,
mas não a tocou.

Ekaterina cruzou os
braços na frente do
corpo e olhou bem para
o irmão.
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— O que você fez,
Pyotr? — Ela
perguntou, com um
tom de decepção. Pyotr
normalmente não se
importava com o que
os outros pensavam
dele, mas os pais e,
principalmente,
Ekaterina, eram os
únicos que ele queria
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sempre agradar — Não
mente, ou eu vou
embora e juro que vou
passar um tempão sem
olhar na sua cara!

Ele suspirou e passou a


mão pelos cabelos.
— Kazimir me ligou e
disse que tava numa
enrascada. Eu estava de
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saco cheio de ficar em
'casa e fui ajudar, afinal,
ele é meu amigo —
Pyotr apertou a
mandíbula. Ele se
entenderia com
Kazimir depois —
Quando eu cheguei lá,
ele tinha enfiado a
porrada num outro
cara.

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— Só uma surra? — Ela
perguntou, incrédula.
Ela conhecia Kazimir e
aquele rapaz era
problema.

— Kazimir tava usando


drogas, Rina. O cara
descobriu e Kazimir
quis dar um jeito nesse

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problema. Bom, ele não
matou o desgraçado.

— Ainda bem! Você ser


pego com um
assassinato assim não
teria nem como os
nossos pais fazerem
algo, Pyotr!

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— Eu não matei
ninguém! Pyotr
respondeu e soltou um
suspiro de frustração
— Eu liguei para a
ambulância, eles
ligaram para a polícia,
que chegou junto.
— Daí você tava ali e
rodou junto com o
Kazimir, né? —
Ekaterina perguntou e
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Pyotr levantou os
ombros. Ela balançou a
cabeça — Você é muito
imbecil, às vezes! E
cadê ele?

Ela olhou ao redor e as


celas estavam quase
vazias, com exceção de
um homem deitado
num canto.
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— O delegado disse que
os pais dele o levaram
— Pyotr deu de
ombros.
— E... E você tomou a
culpa? —
Ekaterina apertou os
punhos — Eu vou
resolver isso. Kazimir
já está morto!

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— Rina! — Pyotr a
chamou quando ela já
tinha virado na direção
da saída — Não. Ainda
não. Deixa que eu lido
com ele. Kazimir vai me
pagar por ter jogado a
bomba da merda dele
em cima de mim!

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— É bom mesmo,
Pyotr, porque se não,
eu vou fazer aquele
merdinha se
arrepender de ter
nascido! Ela se
aproximou da cela e
estendeu a mão, ao que
Pyotr segurou-a e ela
sorriu — Você logo vai
sair daí.

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Ekaterina foi para o
carro e segurou o
volante, com raiva.

— Se Kazimir pensa
que vai ficar assim, não
vai. Eu posso não matar,
mas sem punição por
ter mexido com o meu
irmão, ele não fica!

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