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ERÓTICOS
Anne Aresso
– Me perdoa, vai...
–
– Julie, eu sei que você está online. Responde!
–
– Eu estou arrependido, eu te amo.
– Vai pro inferno!
– Eu já estou no inferno.
– Então continua aí.
– Eu te amo, Julie.
– Se me amasse não teria trepado com a Suzi.
– Eu bebi demais, era a despedida de solteiro, os caras aprontaram pra
mim.
– Vai se ferrar – escreveu antes de atirar o celular sobre a cama,
sentando-se no chão.
As lágrimas vieram fáceis. Por que ele fez aquilo? Ela se perguntava.
Estavam noivos, o casamento seria em dois dias e ele a traiu com a Suzi, logo
com a Suzi, a garota mais fútil, mais cruel, mais mesquinha que Julie
conhecera. Elas já foram amigas, num passado bem remoto, até Julie perceber
quem Suzi realmente era. Kyle não foi o primeiro namorado de Julie que Suzi
levou pra cama.
– Como Kyle pode ter sido tão estúpido? – esbravejou, secando as
lágrimas e decidida a acabar com tudo.
O som de uma mensagem fez sua atenção voltar para o aparelho
escondido entre almofadas coloridas. Sabia que não era o noivo, era a Dany,
sua melhor amiga.
– Como vc tá?
– Mal pra caramba :(
– Eu odeio aquela vadia
– Eu odeio o Kyle!
– Vc não tá pensando em cancelar o casamento?
–Como assim? Eu já terminei com ele.
– E vai deixar a vaca da Suzi ficar com o Kyle?
– Que faça bom proveito.
– Julie, vc tá nervosa. Tranquiliza e pensa. Vc ama o cara? – Lágrimas
voltaram a rolar dos olhos de Julie.
– Amo – escreveu depois de algum tempo.
– Então, miga...
– Então o quê? Eu não vou perdoá-lo.
– Devolve na mesma moeda. ;p
– Não entendi?
– Traí o cara.
– Se eu fizer isso, ele não vai me perdoar. Os homens querem perdão,
mas quando é com eles...
– Ele não precisa saber
– E qual a graça?
– O gostinho da vingança.
– Não sei...
– Vou te mandar um aplicativo de encontros casuais, entra lá com um
perfil falso e se rolar...
– Não vou fazer iss… – ela não terminou de digitar e o link com o
aplicativo estava em seu celular.
Uma batida na porta do quarto, fez Julie deixar o aparelho de lado.
– O que foi, mãe? – perguntou abrindo a porta.
– Amor, me perdoa – Kyle entrou no quarto e a abraçou, seu corpo
enrijeceu e a droga das lágrimas voltaram aos seus olhos.
– Saí daqui – disse entredentes.
– Eu te amo, não faz isso comigo – ele chorava, Julie engoliu em seco,
ela o amava e ao vê-lo sofrer desejou, pela primeira vez, desde aquela maldita
mensagem, perdoá-lo. – Por favor, me dá uma chance, mas não termina
comigo.
– E se fosse eu? Você me perdoaria? – perguntou afastando-se e
olhando pela janela para que ele não percebesse o quanto estava abalada. Ele
se aproximou e segurou seus braços, escorando o queixo em seu ombro.
– Você não seria capaz, você é melhor que eu. Você é a mulher
perfeita, por isso te escolhi.
– Você perdoaria, Kyle? – ela se virou e olhou em seus olhos.
– Você não faria..
– E se... – ele engoliu em seco.
– Perdoaria.
– Ok.
– Ok? – perguntou confuso.
– Eu vou pensar se você merece o meu perdão. – Ele sorriu de orelha a
orelha. Ela iria perdoá-lo, ele sabia.
Julie era daquelas pessoas inocentes, que demoram a perceber a
maldade no outro, confiam até o último minuto, fáceis de manipular.
Incapazes de fazer o mal. Criada por uma família religiosa e um pai
conservador, donos de uma empresa com capital para se viver tranquilamente
o próximo milênio, esse foi atributo que fez Kyle se apaixonar perdidamente
por Julie. Foi rapidamente aceito no circulo familiar, o pai o tinha como um
exemplo de dignidade e esforço. Valorizava aqueles que vieram de baixo
como ele. A diferença é que o sogro já tinha uma considerável fortuna
quando conheceu a mãe de Julie, de família rica e tradicional. Kyle estava
pulando uma etapa, não precisaria se esforçar tanto. E agora a piranha da Suzi
quase coloca tudo a perder, pensou. Ela não foi a primeira traição, mas foi a
única que Julie descobriu, porque a vadia tirou uma foto enquanto ele dormia
e mandou para a sua noiva.
– Agora saia, preciso pensar – Julie ordenou.
– Eu te amo – falou dando um beijo estalado em sua boca antes de sair
do quarto, confiante.
Julie sentou desanimada na cama e olhou para as mensagens da amiga,
não respondeu. Clicou no link do aplicativo.
– Quer ver como eu sou capaz – resmungou enquanto criava um
perfil. Seu nome era Annie, solteira entediada em busca de diversão.
Conversou com alguns caras. Era um aplicativo direto, encontros para sexo,
sem rodeios. Estava quase desistindo daquela ideia estúpida quando um perfil
lhe chamou a atenção. Era discreto, Miguel, o arcanjo, convidava para
cometer o pecado da luxúria.
– Olá – ela escreveu, esperando que ele não respondesse. Não havia
foto, como na maioria dos perfis daqueles que queriam discrição. Alguns
colocavam fotos das partes intimas, outros de famosos. Miguel escolheu a
imagem de um anjo sem camisa e com o rosto coberto pela escuridão.
– Oi, Annie. – O coração de Julie acelerou, respirou fundo.
– Onde? – Ela perguntou, tinha um objetivo e esse não incluía
interação social.
– Direta – ele respondeu. – Depende do tempo que você dispõe para
mim.
– Meia hora, não mais.
– Ok – ele mandou o endereço de um pub, num bairro afastado do
Centro da cidade. Ela não entendeu. Mas era melhor assim, se ela desistisse
ele não poderia obrigá-la, já que estariam cercados de pessoas.
– Aonde você vai? – sua mãe perguntou quando ela desceu as escadas
apressadamente segurando as chaves do carro.
– Vou dar uma volta, preciso de ar.
– Está tudo bem, querida? – disse se aproximando, Julie agradeceu
por ter se maquiado, disfarçando as olheiras. – Você se trancou no quarto
depois que voltamos da última prova do vestido. Pensei que estava cansada.
Mas depois Kyle apareceu nervoso. Vocês brigaram?
– Foi uma discussão boba, mãe – ela respondeu forçando o sorriso. –
Já fizemos as pazes.
– Que bom, querida. Não demore, amanhã precisamos acordar cedo
para acertar os últimos detalhes do casamento.
Ela estacionou o carro longe do PUB, não era um bairro frequentado
pelos seus amigos ou pessoas do seu relacionamento. Apenas seus passos
eram ouvidos na calçada, ao longe o burburinho das conversas. Era o único
bar naquela rua, famoso por sua cultura underground. Seu coração estava aos
pulos conforme se aproximava, a rua era iluminada, mas havia árvores e
alguns becos entre as lojas que a deixavam com um aspecto sombrio.
– Annie... – ela parou quando ouviu aquele nome, mãos envolveram a
sua cintura e antes que pensasse em gritar já havia sido puxada para um beco
escuro. Ofegante olhou para o seu agressor, olhos azuis a examinavam –
Trinta minutos – ele sussurrou pressionando seu quadril contra o dele e a
beijando com luxúria. Ela pensou em empurrá-lo e dizer que era um engano,
mas quando uma mão macia deslizou pela sua coxa, qualquer rastro de
sensatez que pudesse ter percorrido os seus pensamentos, desapareceu. A
respiração se tornou pesada, dedos ágeis puxaram a renda da sua calcinha
arrebentado-a. – Pronta para pecar? – ele perguntou, mordendo os lábios de
sua boca e metendo seus dedos entre os lábios do seu sexo. Seu clitóris foi
massageado pelas investidas do invasor. A mão de Julie deslizou pelo
abdômen do homem que a subjugava, descendo até o cós da calça, abriu o
fecho e acariciou um membro duro, longo e grosso. O homem gemeu,
entreabrindo os lábios. O cabelo negro antes penteados para trás, agora caiam
nos olhos. Ele é lindo, ela pensou, lindo e muito, muito gostoso. Se ajoelharia
ali e o provaria, se o desejo de tê-lo dentro do seu corpo não fosse maior.
Miguel a fez gozar entre seus dedos. Seu corpo estremeceu, suas pernas
ficaram bambas e seu ventre se contraiu. Ela se equilibrou em seus ombros,
gemeu enquanto era beijada, deliciosamente beijada. Ele mordeu seu queijo
antes de virá-la de costas, levantou o vestido, deixando sua parte macia e
arredondada totalmente exposta. Julie espalmou as mãos na parede fria,
sentiu uma mordida em sua parte traseira e depois uma deliciosa lambida em
seus lábios inchados e ainda pulsantes. Só então ele a abriu com o seu pênis
protegido pelo látex, preenchendo todo o espaço que lhe era deliberadamente
oferecido. Ele segurou seu quadril e se projetou com força, num vai e vem
enlouquecedor. Julie se sentia saciada, enquanto devorava o membro que a
invadia, deslizando para dentro dela, penetrando sua parte mais íntima. Não
demorou a sentir o calor que a fazia arrepiar e seu sexo se contrair sugando
seu invasor. Ele sentiu que ela se entregava ao gozo e mexeu provocante, sua
mão envolveu seu ventre e seus dedos encontraram seu ponto de prazer,
pressionando-o enquanto ainda metia para dentro dela.
Quando ele a abandonou, ela sentiu-se vazia e o constrangimento a
dominou. Virou-se em sua direção, ele já havia se desfeito da camisinha e
fechava a calça. Usava terno e camisa preta. Será que era um marido
entediado com o seu casamento? Ou um executivo a procura de diversão?
Nunca saberia, porque nunca mais o veria.
– Eu preciso ir – disse dando as costas e caminhando em direção à luz.
Ele a alcançou segurando o seu braço.
– Quero voltar a te ver – falou olhando em seus olhos.
– Melhor não – ela respondeu mordendo os lábios.
– Tem certeza? – Ele colocou o que sobrou da calcinha em sua mão.
– Sim – respondeu antes de se afastar a passos largos.
Era uma alfaiataria. Ela ficou indecisa em entrar. Por fim, tomou
coragem, afinal mulheres compram ternos. Ele estava em frente a um grande
espelho, experimentava um terno preto, feito sob medida com um corte
italiano. Definitivamente, era um homem de bom gosto.
– Ficou perfeito, senhor – o homem agachado ao seu lado, que
examinava a bainha da calça comentou.
– Você concorda? – ele perguntou lançando um olhar lascivo para
Julie. Ela engoliu em seco.
– Ficou lindo – respondeu.
– Vou levar – disse para o homem que sorriu satisfeito. – Querida,
poderia me ajudar... – falou estendendo a mão para Julie. Depois cochichou
alguma coisa para o atendente.
– Sim, senhor.
– Será muito bem recompensado – discreto o homem acompanhou o
casal até o provador, uma pequena sala com um espelho, uma poltrona de
veludo azul e alguns cabides. As paredes eram forradas com papel de parede
em tons de azul escuro com arabescos dourados. Mas Julie não reparou. Sua
atenção estava presa ao homem que segurava a sua mão.
– Vire-se – ele ordenou assim que ficaram a sós. Ela obedeceu. Ele
abriu o fecho do vestido branco, presente da mãe para ser usado aquela noite,
no ensaio do casamento. Seus dedos acompanharam as alças que deslizaram
pelos seus braços. Ele a virou de frente. – Tire a calcinha. Ela o fez. Não
havia sutiã. – Agora, ajude-me – pediu tirando o terno – com a calça.
Julie umedeceu os lábios com a língua e se ajoelhou a sua frente.
Abriu o fecho e baixou a calça até um par de coxas perfeitas aparecerem.
Olhou para ele, que a observava com interesse. Ela deslizou a boxer,
revelando a sua ereção. Segurou seu membro com seus dedos delicados, o
anel de noivado tocou a pele rosado antes de sua língua. Ela lambeu toda a
sua extensão como se provasse um doce, depois chupou levemente a sua
ponta, beijou o pequeno rasgo de onde saia uma gota de um líquido incolor e
o abocanhou, sugando-o, provando-o, absorvendo-o, levando-o ao limite de
sua garganta, para depois abandoná-lo e voltar a consumi-lo. Miguel
envolveu os cabelos da garota com a sua mão e projetou o quadril para frente
para poder observar a gula com que era devorado. Julie o levou a loucura da
luxúria, ele gozou em sua boca, ela provou o sabor almiscarado da sua
essência.
– Você está linda, filha – O pai falou envolvendo o seu braço ao dela
à porta da Capela. Lá dentro o burburinho dos convidados é silenciado pelos
primeiros acordes da Marcha Nupcial. A cerimonialista caminha nervosa até
eles.
– Aconteceu um pequeno imprevisto – disse esbaforida. – O padre
Olavo teve uma pequena indisposição e não poderá celebrar o casamento.
– Mas temos padre? – O pai de Julie perguntou nervoso.
– Sim, o novo Pároco chegou ontem à cidade. Ele celebrará o
casamento. – Era sabido de todos que Padre Olavo estava se aposentando e
que o seu substituto chegaria nos próximos dias para assumir aquela
congregação. O casamento de Julie e Kyle seria a última celebração do padre
que casou seus avós, pais e a batizou. Seria.
As portas se abriram, ela caminhou sorridente, de braços com o pai.
Olhava para os convidados, evitava olhar para o altar, ainda não havia
perdoado Kyle. Somente quando ele se aproximou para terminar de conduzi-
la que ela o encarou.
– Te amo – ele sussurrou beijando sua mão. Ela sorriu para ele,
voltando sua atenção para o altar onde um padre , vestido com batina e uma
estola Sacerdotal, os aguardava. Julie percorreu a roupa do rabino prestando
atenção nos detalhes dourados da estola, depois notou o queixo quadrado, a
boca carnuda, o nariz perfeito e os olhos... azuis que a observavam com o
mesmo interesse. Ela engoliu em seco.
– Padre Miguel, foi uma belíssima cerimônia, levou-me às lágrimas. –
Estavam nos jardins da Casa do Lago, os noivos circulavam entre os
convidados na companhia da dona da casa.
– Obrigado – o padre respondeu com educação à velha anfitriã, mas
sua atenção estava na noiva que a acompanhava.
– Muito bonito o seu terno – Kyle comentou.
– Tive ajuda na escolha – falou com um sorriso que fez Julie
estremecer.
– Aproveite a festa – o noivo completou, batendo com a mão, em um
gesto cordial, no ombro do padre antes de se afastar de braços dados com a
avó de Julie. Ela, levantou a barra do vestido, baixou os olhos para não
encontrar os dele e apressou-se para não ficar para trás. Mas quando passou
por ele sentiu os dedos longos do padre segurarem seu braço.
– Onde? – ele sussurrou ao seu ouvido.
Ela o olhou nos olhos e depois lançou um olhar para a casa de
barcos...
Eu e o duque
Ele sugava meu seio com voracidade enquanto seu membro era
projetado com força dentro do meu corpo, abrindo meu sexo com sua
espessura, saciando minha fome com sua extensão.
– Milady, se me permite a ousadia – murmurou mexendo seu pênis
mais devagar. – És deliciosa.
– Canalha – pensei, sentindo meu corpo responder aquela provocação e
se contrair em torno do grosso falo que me preenchia.
Ele a tocou com a ponta do polegar. Apertou seu clitóris com força,
não era dor, era algo intenso, enlouquecedor. Movimentos circulares, brutos,
molhados pela sua excitação. A pele áspera de quem trabalha com as mãos
invadiram seu sexo e a fizeram gemer de prazer.
Ele sorriu com o canto dos lábios, ela não viu, tinha os seus semi -
cerrados. Seu membro pulsava duro dentro da calça jeans apertada, precisava
liberá-lo e metê-lo para dentro do corpo dela. Mordeu seu seio sobre o tecido
da camisa branca deixando-a molhada, o rosado do mamilo surgiu para
provocá-lo, ele abriu um único botão e liberou-o para abocanhá-lo e chupá-lo
com força. Seus dedos foram mais fundo. Ela se projetou para cima,
insatisfeita, queria mais. Ele daria mais. Olhou para ela com luxúria e se
afastou.
Ela tirou a calcinha, enquanto ele abria o fecho da calça e liberava um
pênis duro, longo e grosso. Provocante, ele o massageou, até que uma gota
surgisse no pequeno rasgo da ponta arredondada. Ela mordeu os lábios
enquanto levantava a saia, um sexo depilado e inchado, pulsava por ele. Ele
sentou em uma cadeira de ferro com o encosto rasgado. O cheiro de graxa
dominava o lugar. Ela desceu do capo do carro e caminhou até ele. Quantos
anos tinha? Mais de trinta, certamente. Ela terminou de abrir os botões da
camisa, envolveu as coxas dele com as suas pernas.
Ele colocou uma das mãos em seu quadril e a fez sentar, lentamente,
em seu colo, enquanto segurava o membro. Sentiu seus lábios o envolverem,
sentiu a umidade do seu corpo lambuzá-lo e o pulsar do seu sexo sugá-lo. Ele
puxou o sutiã de renda para baixo e sua língua lambeu a pele arrepiada, antes
de chupar seus seios com voracidade. A barba arranhava a pele branca, suas
mãos sujas de graxa apertavam sua maciez. – Ficará roxo, pensou – enquanto
castigava os seios da mulher de roupas caras e olhar arrogante. A recatada
senhora Foster, mexia o quadril em uma dança erótica, devorando-o.
Ela gritou de prazer quando sentiu o dedo áspero voltar a tocar o seu
clitóris. Seu sexo se contraiu e uma onda intensa de prazer a vez perder o
equilíbrio. – Gostosa – ouviu ser sussurrado e um arrepio percorreu o seu
corpo deixando seus mamilos doloridos.
Ele a puxou para baixo com força e a fez mexer até que ambos
gozassem.
Ela levantou-se constrangida, baixou a saia e procurou a calcinha.
Onde estava com a cabeça? Como deixou aquilo acontecer? Sentia o sémen,
do homem que nem sabia o nome, lambuzar as suas coxas.
Ele permaneceu sentado, o membro caído para o lado, semi ereto,
pulsante. Colocou as mãos para trás da cabeça, projetando seu quadril para
cima de forma a mostrar que se ela quisesse poderia ter mais.
Ela olhou para ele, alisando a saia, segurava a calcinha escondida entre
os dedos. Lembrou da conversa que teve com o marido, durante o café da
manhã. O pedido para receber bem o novo motorista, pois o último havia
abandonado o emprego por causa do seu mal humor. Contestou o marido,
dizendo que Robert era um preguiçoso. Ela foi até a garagem, onde os Foster
exibiam uma coleção de carros de luxo, para passar pessoalmente os horários
da família, para que , dessa vez, não acontecesse atrasos. Encontrou o rapaz
deitado embaixo de uma das SUV, sem camisa e todo sujo de graxa. Não
esperava que o marido contratasse alguém tão jovem. Não esperava que a
conversa formal terminasse daquele jeito.
– Espero que isso fique entre nós. – Ela falou olhando nos olhos dele.
Ele sorriu e começou a massagear o pênis, sem responder. Ela engoliu em
seco. Ele levantou-se, caminhando até ela. Virou-a de costas com violência.
Ela se equilibrou no capô do modelo esportivo preferido do marido.
– Será o nosso segredo – ouviu antes de sentir seu pênis a penetrar com
força mais uma vez.
Para sempre
– A Passagem nunca foi testada em uma viagem temporal tão extensa. Você
foi informado dos riscos?
– Sim, Senhor! – Demência, amnésia ou morte, era o que ocorria em
80% dos casos. Sendo que o pulo máximo, até hoje realizado, foi de 50 anos.
Eu viajaria 300.
– Você terá quarenta e oito horas para a missão, tenente Young, nem
um minuto a mais. Passado esse tempo, seu retorno será iniciado, uma vez
que a projeção da falha temporal se desfaz.
– Será suficiente, Senhor.
– Excelente – concluiu satisfeito caminhando em direção à entrada da
base subterrânea. A neve havia dado uma trégua, olhei para o horizonte
antes de segui-lo e respirei fundo, sentindo o ar gelado em meus pulmões.
Sabia que era uma missão suicida. – Você despertará no ano de 2019, o ano
que Yuri Navsegda foi concebido. Ela poderá estar grávida.
– Grávida? – perguntei voltando a acompanhar o Coronel.
– Você está indo para uma época onde a concepção e a gestação
ainda aconteciam de forma natural, a mulher levava o feto em seu próprio
corpo. – Aquela ideia era repulsiva.
Ela demorou a retornar. Quando o fez, trazia uma vasilha com algo
fumegante. O cheiro fez meu estômago resmungar de fome.
– Sopa – falou sentando-se ao meu lado. Escorei meu corpo nos
travesseiros forrados com um tecido macio e branco, tão diferente do material
áspero e duro dos Campos de treinamento da Resistência. – Espero que goste,
estamos longe da cidade para buscar mantimentos, Carlos virá mais tarde
abastecer a despensa. – Provei o caldo grosso que me era oferecido. Ele
desceu quente pela minha garganta. Saboroso pensei, mas não disse. – Nossa,
você está faminto ! – Só então percebi que havia bebido o caldo, esquecendo
a colher. – Vou buscar mais, disse levantando-se e pegando a tigela da minha
mão. – Se quiser tomar um banho, o banheiro fica no fim do corredor, tem
toalha lá.
Eu sabia o que era banho, mas não fazia ideia do que era banheiro. O
aparato de banho era diferente dos que usamos no futuro, nos banhávamos
com um jato de vapor. A água era reservada apenas para as necessidades
fisiológicas do corpo.
A dor na cabeça havia sido substituída por uma sensação de torpor.
Sequei meu corpo com o pano que estava pendurado em uma parede e
caminhei até o quarto. Elena estava lá, com a tigela de sopa na mão. Ela
parou na minha frente e me olhou confusa.
– Algum problema? – perguntei.
– Você deveria se cobrir... – disse engolindo em seco. Olhei para o
meu corpo e não entendi que problema poderia haver em não estar usando
minhas vestimentas. Caminhei até ela, sua respiração estava alterada. Franzi a
testa enquanto examinava suas reações. O peito subia e descia, a ponta dos
seus seios estavam enrijecidas, deixando-as transparecer no tecido fino que a
cobria. Sua pele arrepiou quando toquei seus dedos para pegar a tigela de
sopa, que foi bebida em um único gole e descartada sobre um móvel ao lado
da cama. – eu vou procurar algo para você vestir. Falou dando as costas.
– Espera – disse segurando o seu braço, ela estremeceu e se virou
lentamente. – Por que me ajuda?
– Eu já disse, você salvou a minha vida.
– Eu não entendo – repeti pensativo. Aquele era um passado
alternativo, eu acabará de mudar o futuro, já que impedi sua morte, mas
como? Se ela morreria décadas depois?
– Você me puxou pelos ombros no momento que o agressor desferia
um golpe com um taco de beisebol contra a minha cabeça, que acabou
atingindo você.
– E quem era esse agressor?
– Não sei... começou uma confusão, a tropa de choque chegou e
dispersou a multidão com suas bombas de gás lacrimogêneo. Você perdeu a
consciência, Carlos me ajudou e trouxemos você para cá. Você poderia se
vestir – disse tentando desvencilhar o braço do meu toque.
– O que há de errado com o meu corpo? – quis saber, porque aquela
repulsa?
– Errado? – ela disse com ironia e depois olhou para mim de cima a
baixo. – Esse é o problema. Não há nada de errado com o seu corpo – a pele
do seu rosto ficou rosada, ela mordeu o lábio inferior, seus dedos tocaram o
meu peito e seu corpo se aproximou do meu. Senti a leveza das suas vestes
roçarem na minha pele. Eu ainda segurava seu pulso, Elena ficou na ponta
dos pés e tocou os meus lábios com os seus. Sua respiração se misturou a
minha, sua língua me acariciou e invadiu a minha boca, instintivamente eu a
acariciei com a minha, meu coração disparou, me senti febril. Mas o que me
assustou foi o que aconteceu com o meu pênis. Ele começou a pulsar e a ficar
rígido, aumentando significadamente de tamanho... eu a afastei.
– O que significa isso? – perguntei ofegante, tentando controlar os
impulsos provocados por aquele gesto primitivo.
– Desculpa, eu... eu pensei, eu ... foi mal... – ela deu as costas e saiu
quase correndo do quarto. Tentei tocar meu membro, segurando-o com força
para que voltasse ao normal, mas a sensação de prazer aumentou. O que era
aquilo? De onde vim, nos campos de despatriados, controlados pela Aliança,
não havia qualquer contato entre os humanos, a reprodução era artificial e
planejada para atender a demanda organizacional da Sociedade. Um
escaneamento genético dizia qual os doadores eram compatíveis para formar
cientistas, soldados, líderes, estrategistas. Da concepção ao desenvolvimento
do embrião se dava em laboratórios. Nunca vi um homem tocar um mulher,
aquilo era inconcebível em minha época, a Aliança punia severamente os
infratores. E agora eu entendia o porquê. O meu descontrole diante da
situação demonstrava o quanto aquilo era perigoso e poderia enfraquecer um
homem, rebaixando-o a condição de um animal, que age por instinto. Voltei
ao banheiro, liguei o aparato e deixei a água gelada agir, mas a lembrança do
toque de Elena só faz o meu membro pulsar mais forte. Saí do banho sem me
secar, ela estava no corredor, segurava algumas vestimentas. Precisava
cumprir a minha missão, antes que fosse tarde demais. Caminhei decidido até
ela, mas quando me aproximei de seu corpo, enfraqueci e acabei cedendo a
uma força maior que a razão.
– Faça isso parar – murmurei ofegante. Ela segurou a minha mão e me
conduziu até o quarto. Parou ao lado da cama, me olhou nos olhos enquanto
seus lábios acariciavam meu peito descendo pelo meu abdômen, sua mão
tocou o meu pênis. Elena se ajoelhou a minha frente . Seus lábios envolveram
a ponta do meu membro e a sugou, um barulho grotesco escapou da minha
boca. Senti uma onda de calor tomar conta do meu corpo. Ela me engole, sua
língua passeia pela minha pele rosada, antes enrugada, agora lisa, esticada.
Sou sugado com voracidade até perder totalmente o controle e jorrar entre
seus lábios. Gritei como uma fera, um turbilhão de sentimentos me
atordoaram, enquanto meu corpo se delicia com a luxúria do prazer.
– Você vem? – Ela perguntou caminhando até a porta, demorei a
atender o convite, tentando me recuperar daquele momento insano. Não
cheguei a ponderar se queria ir ou não, pois sabia a resposta. Caminhei até ela
que entrelaçou seus dedos aos meus. No banheiro, ela se despiu, olhei para a
sua nudez embriagado. Já estava duro, mas dessa vez não senti insegurança,
mas desejo de conhecer mais sobre aquele comportamento primitivo. Ela
ficou de costas, a água passeava pelo seu corpo. Segurou a minha mão e a faz
deslizar pela sua pele, levando-a para abaixo do seu ventre. Entre suas pernas,
meus dedos sentiram a maciez da sua pelugem, um nódulo rígido que a fez
gemer. Ali, ela me deixou acariciá-la por mais tempo. Depois me empurrou
para uma pequena abertura, meu indicador deslizou para dentro dela. Minha
ereção roçava em sua parte arredondada e macia, eu me esfregava
provocando meu prazer, mordi o seu pescoço, ela me olhou e mordeu o meu
lábio. – Eu quero você dentro de mim... – murmurou rouca. Elena se virou de
frente, suas costas encostaram na parede gelada, sua perna envolveu meu
quadril, me oferecendo sua pequena abertura, olhei para o meu membro
pulsante, como seria entrar em algo tão apertado? Me projetei para frente, ela
me guiou, seu corpo se abriu quente, molhado, delicioso. Instintivamente me
movimentei entrando e saindo, uma, duas, três, ...uma série de vezes,
fazendo-a gemer, sua boca procurou a minha, sua língua me invadiu e eu a
suguei, faminto. Elena me provocava o que havia de mais bruto. A subjugava
aos movimentos do meu quadril, forte. Senti seu corpo se retrair e me apertar.
Gritei de prazer quando o líquido viscoso foi expelido do meu membro em
seu interior.
– Eu estou desesperada, não sei como vou pagar as contas, com essa
recessão não vendo nada há meses.
– E o Greg?
– Desde que foi demitido não consegue marcar nem uma entrevista se
quer.
– Não consegue ou não procura?
– Ele manda currículo, Sammy, mas você sabe que o mercado de
trabalho não está fácil.
– Lanna, quando você vai perceber que o teu marido é um vagabundo?
Faz um ano que não trabalha.
– Ele não tem sorte – Lanna sabia que a amiga tinha razão, nos dois
primeiros anos de casada o marido trocou, pelo menos, cinco vezes de
emprego e no último ano, nem isso. Havia brigas, Lanna estava cansada delas
e sabia que não levariam a nada. Mas ela o amava e separação era um assunto
fora de questão. O que ela precisava é de uma venda. Uma única e a comissão
daria para viverem bem por alguns meses e as brigas cessariam e tudo ficaria
bem. Eles poderiam ir viajar, fazer uma segunda lua de mel, talvez. – É
aquela casa – disse apontando para que a amiga estacionasse. – Obrigada
pela carona.
– Quando precisar é só dar um toque. Que horas te pego?
– Não precisa, não quero te incomodar.
– Hoje é domingo, querida. Estou em casa de bobeira, me liga quando
terminar que te pego para comemorarmos a venda.
– Deus te ouça – disse com um suspiro antes de sair do carro. – Eu te
ligo.
– Boa sorte – Sammy gritou quando acelerou o Citroen. Lanna olhou
para a casa onde uma placa de Vende-se enfeitava o jardim. Era uma bela
construção, localizada em um condomínio de luxo no bairro mais caro da
cidade. Se ela conseguisse fechar o negócio, seus problemas estariam
resolvidos. Caso contrário, corriam o risco de serem despejados. Uma ironia,
uma vendedora de casas, sem casa.
Abriu todas as janelas e portas da mansão para deixá-la bem iluminada,
enquanto aguardava o possível comprador. Já havia mostrado a casa para a
esposa e os filhos adolescentes durante a semana, mas quem daria a última
palavra era o marido, que estava em uma viagem de negócios e só
disponibilizava aquele domingo para ver o imóvel.
Já havia passado trinta minutos do horário marcado, Lanna caminhava
nervosa pelos cômodos quando o barulho de um carro estacionando chamou a
sua atenção. Desceu as escadas às pressas, a tempo de ver o homem com
cabelos levemente grisalhos, corpo atlético, terno risca de giz, descer do carro
falando ao celular. Ela sentiu-se patética quando sorriu para ele, que a
ignorou totalmente e entrou na mansão falando ao telefone numa discussão
acirrada. Teve pena da pessoa do outro lado da linha e o considerou um
grosso, petulante e mal educado. Ela o seguia enquanto ele olhava os
cômodos, examinava paredes, aberturas, observava a vista sem parar a
conversa com algum funcionário da sua empresa que deveria ter feito algo e
não fez. Já tinham caminhado por quase toda a casa, quando ele desligou o
smartphone e, finalmente, prestou a atenção nela.
– Agradeço o seu tempo, mas não é o que estou procurando – disse
passando por ela. Lanna ficou em choque com tamanha grosseria. Respirou
fundo e o seguiu.
– Senhor Green, eu poderia convencê-lo que essa casa é exatamente o
que o senhor e sua família precisam – falou pausadamente, tentando não
parecer desesperada. Ele parou e virou-se para ela. Lanna se arrependeu de
sua ousadia, mas agora era tarde. Ele a examinou dos pés a cabeça e depois
lançou-lhe um olhar de desdém.
– Acredite, a senhorita não tem capacidade para isso.
– Senhora – ela o corrigiu. – Eu só peço dez minutos do seu tempo.
– Tem cinco.
– Mas...
– Quatro – Lanna controlou-se para não mandá-lo para aquele lugar,
respirou fundo e pensou na melhor forma de apresentar o imóvel sem perda
de tempo. Teria que improvisar.
– Vamos ver a planta, ela está na sala de jantar. – Ele a seguiu.
Ela abriu o documento sobre a mesa e inclinou-se sobre o móvel
apontando com o dedo os cômodos, explanando rápida e sucintamente sobra
as vantagens de cada um. Ele estava do outro lado, em pé, a observando. Era
loira, óculos com uma armação exageradamente grande, cabelo preso num
coque na nuca, camisa branca e saia preta. Nada atraente. Então porque
estava ali perdendo o seu tempo se não pretendia comprar aquele imóvel?
– O que o senhor acha? – ele a olhou confuso.
– Sobre?
– A possibilidade de construir um heliponto, depois do bosque – ela
pontou no papel – existe uma vasta área que pertence à propriedade.
– Interessante – disse, Lanna ficou satisfeita, mas Ethan Green não se
referia à área apontada por ela, mas a outra coisa que viu. Dois botões da
camisa da corretora haviam se desabotoado expondo parte dos seus belos
seios. Instintivamente, ele fez a volta na mesa retangular e se aproximou dela.
Lanna viu aquele movimento com entusiasmo, ele havia se interessado pela
casa. Continuou falando sobre a área que poderia se transformar em quadra
de tênis, basquete, ou qualquer outra extravagância típica dos ricos.
– Posso? – ela o olhou sem entender o que ele perguntava, quando
percebeu ele colocava as mãos em seu peito e mexia em sua camisa. Só então
notou os botões abertos. Apesar de achar a atitude inapropriada, consentiu.
– Eu pensei ... – murmurou quando viu que Ethan Green havia
desabotoado sua roupa deixando o sutiã de renda branco totalmente exposto.
– Que eu iria fechar? – perguntou acariciando a curva do seu seio,
deixando sua pele arrepiada. – Por que eu faria isso? – o indicador deslizou
pelo tecido rendado e tocou o seu mamilo. – Se isso foi a coisa mais atrativa
que você me mostrou até agora.
– Então encerramos por aqui – falou ofegante, tentando parecer
ofendida, quando na verdade, sentia-se excitada. – Já que não há interesse na
aquisição do imóvel, não vou tomar mais seu tempo.
– Eu não disse isso... tome o tempo que precisar. – A outra mão do
Ethan Green tocou a perna de Lanna, exatamente onde a saia se abria em uma
fenda. Ele a testava, era experiente, se observasse qualquer sinal de repulsa,
pararia. Era um homem atraente e sabia o jogo da sedução, nunca precisou
forçar uma mulher a se entregar. Não seria essa a primeira vez. – Convença-
me.
– Essa casa foi projetada pelo famoso arquitet... – Ela tentou, mas os
dedos ágeis de Ethan invadiram a sua calcinha e abriram os lábios do seu
sexo, fazendo-a ofegar.
– Se desejar, podemos parar agora mesmo com a nossa negociação,
senhorita Miller – ele sussurrou ao seu ouvido, mordendo o lóbulo de sua
orelha enquanto seus dedos a penetravam.
– Não – disse num fio de voz. – continue. – Se ela não estivesse com
os olhos semicerrados veria o sorriso malicioso de Ethan Green quando ele
abocanhou seu seio e o sugou como se estivesse se alimentando.
– Há quanto tempo é casada? – perguntou mordendo o seu mamilo
enquanto seu dedos iam em vinham lambuzados pela excitação de Lanna.
– Três anos... – murmurou.
– E o seu marido ainda te deixa molhadinha assim? – Droga, ela
pensou quando o seu sexo se contraiu entorno dos dedos dele, deixando claro
que a provocação a excitará. Ele percebeu e a fez sentar na mesa, sobre a
planta da propriedade, com a pernas abertas, tirou do bolsinho do terno uma
camisinha, abriu o fecho da calça, não se despiu, liberou seu membro rosado,
duro e espesso. Vestiu o preservativo. Colocou a calcinha de renda para o
lado e a penetrou, devagar, sentiu as contrações da vagina de Lanna
sugando-o para o seu interior. – Você é deliciosa, Senhora Miller.
Lanna jogou a cabeça para trás espalmou as mãos sobre a mesa,
rasgando o papel que a cobria. Dentro dela o pênis de um homem arrogante
se movimentava num vai e vem enlouquecedor. Ele voltou a chupar seus
seios, lambendo sua pele arrepiada, mordendo a parte rígida, deixando-a
dolorida. As mãos de Ethan seguravam seu quadril, enquanto o pênis dele se
projetava, sentindo toda a luxúria de ser devorado por ela.
Um telefone celular começou a tocar insistentemente.
– Porra! – ele resmungou, diminuiu o movimento, enquanto pegava o
aparelho. Lanna o observou, não acreditou que ele faria aquilo. Mas ele fez.
– Alô – disse olhando nos olhos dela, alguém respondeu do outro lado.
Ethan se inclinou e a beijou suavemente, sem fazer barulho, antes de
continuar a conversa. – Posso sim – Ela podia jurar que ele se divertia. Seu
quadril se projetava para frente e para trás, sem pressa. Seu membro pulsava
duro. Aquilo o excitava. – Sim, meu amor. Eu estou dentro... – sorriu para
Lana e fincou fundo – da casa nesse momento. – Ethan mordeu o pescoço
de Lana enquanto ouvia a mulher que falava sem parar – Hummhumm –
respondeu para a Senhora Green quando lambeu o seio de Lanna. – Tudo
perfeito como você havia mencionado. – ele sugou seu mamilo fazendo, de
propósito, um leve barulho com os lábios. – Eu estou bebendo água,
querida. – respondeu para a esposa. – Eu preciso desligar, meu amor. Estou
recebendo uma outra chamada, já te ligo de volta e te dou detalhes da
negociação. Também te amo. – Ethan largou o aparelho sobre a mesa –
Onde estávamos? – perguntou malicioso fincando forte, aquilo o havia
deixado faminto. Lanna sentiu o calor do prazer tomar conta do seu corpo.
Seu sexo inchado se contraia em torno dele fazendo-o gemer. Ela gritou
quando o orgasmo a atingiu, ele grunhiu e gozou jorrando seu esperma no
invólucro de látex.
Ela foi abandonada sobre a mesa. Ele se livrou da camisinha. Arrumou
a roupa. Pegou o celular e voltou a ligar para a esposa.
– Eu não gostei da casa, querida – Lanna olhou incrédula para ele.
Uma sensação de vergonha tomou conta do seu corpo. – Eu sei que eu dei a
entender que sim, mas não era exatamente o que eu procurava. – Lanna
pensou em gritar com ele, chamá-lo de nomes impublicáveis. Queria que a
esposa descobrisse a traição, mas não o fez. Em vez disso começou a
organizar o que sobrou do documento rasgado sobre a mesa. – A Senhora
Miller falou de outra propriedade – Lanna se virou surpresa. – Ela vai
mostrá-la para você na terça-feira durante o dia. Eu não poderei acompanhá-
la, sabe que essa semana será complicada. Mas já combinei com a corretora
de vê-la durante a noite. – Ele sorriu para Lanna, que mordeu os lábios. –
Ótimo, estarei em casa em breve – encerrou a ligação e guardou o aparelho
no bolso do terno.
– Propriedade? – Lanna questionou quando ele se aproximou.
– Encontre uma maior, preço não é problema pra mim. Posso? – Seus
dedos foram para a camisa branca de Lanna e começaram a abotoá-la. – Nos
vemos na terça? – perguntou antes de sair.
– Sim.
Fim de Semana
A casa mais luxuosa que Amy havia pisado era a de Lady Strodel, e
ela era do tamanho do salão onde Amy se encontrava naquele momento
abraçada a sua maleta de couro rasgado. Sem perceber soltou o ar que estava
prendendo e sorriu quando viu o rosto conhecido de Lorde Brixton. Ele
sorriu de volta, já havia se afeiçoado a menina e sentia remorso por estar
compactuando com aquele plano sórdido.
– Que bom que veio, milady. Confesso que temi que desistisse.
– Minha mãe não permitiria, milorde – respondeu com certo humor .
– Venha, vou acompanhá-la até seus aposentos. Uma ama a aguarda
para ajudá-la no asseio.
– Isso não será necessário – Amy respondeu assustada.
– Precisará de alguém para ajudá-la a vestir –se, milady.
– Sempre fiz isso sozinha e continuarei fazendo – disse resoluta.
– Claro.
Amy caminhou pelo quarto por horas, inquieta, arrumou a mala com os
trapos de roupa que trouxe. Mas não conseguiu partir. Quando dava por si
estava com a mão na maçaneta da porta que a levaria para ele. Depois se
atirava na cama chorando. Já era noite quando saiu do quarto para comer algo
e ver se o conde havia sido atendido por algum empregado. Para a sua
surpresa encontrou Judith, a empregada que deveria ser sua dama de
companhia, com uma pilha de toalhas entrando no quarto do conde, não sabia
que ela tinha permissão para frequentar os aposentos dele. Amy a seguiu e
entrou no quarto sem ser vista. O conde estava sentado na tina de banho,
coberto por água.
– Suas toalhas, milorde – a empregada falou com a voz sedutora. –
Deseja mais alguma coisa? – Ele lançou um olhar para ela, pensou em
convidá-la para acompanhá-lo, mas antes que pronunciasse uma palavra,
vislumbrou o vulto de Amy na porta. Um sorriso desenhou-se em seus lábios,
que não foi percebido por nenhuma das duas mulheres que se encontravam
no aposento.
– Não, deixe-me só – falou com a voz embargada.
– Eu posso esfregar as suas costas – insistiu a moça de seios
volumosos e corpo sedutor.
– Ele já disse que não precisa de seus serviços – Amy falou irritada
com a insistência da moça. – Agora volte para a cozinha que devem estar
precisando de você! – ordenou. Judith saiu um tanto contrariada.
Um silêncio se fez, foi John que o rompeu.
– Pode se retirar também – disse sem olhá-la nos olhos, fingindo -se
envergonhado. Ela se aproximou e se ajoelhou ao lado da tina.
– Você precisa de mim – falou procurando seus olhos, ele a olhou,
olhos vermelhos. Um pouco de sabão e parecia que havia chorado.
– Eu te causo repulsa. Por favor, saia.
– Não, você me causa outra coisa, que eu não sei explicar, mas que me
dá medo – disse com sinceridade.
– Não entendo? – questionou, degustando cada palavra que a inocente
Amy pronunciava.
– Você me faz perder o controle, eu ajo sem pensar e acabo...
– Acaba?
– Pecando... – disse num fio de voz. – O lorde não me causa repulsa,
mas desejo de pecar... – Ele se inclinou em sua direção, passou a mão pela
sua nuca e a beijou com volúpia. Amy deixou-se beijar, deixou -se tocar. Não
impediu que ele desabotoasse seu vestido e acariciasse seus seios enquanto
seus lábios trocavam carícias. Ele precisava que ela entrasse na banheira, mas
temia assustá-la novamente. Devido a farsa tinha que conter seus
movimentos. Para sua surpresa ela levantou-se e despiu -se na sua frente.
Entrou na tina e sentou-se em seu colo, de frente.
– Você é linda – murmurou antes de abocanhar seus seios e sugá-los
sem pudor, mordiscando seus mamilos rosados. Amy gemeu entregue aos
prazeres da carne. Os dedos do conde tocaram sua parte intima, um toque
macio seguido por uma leve pressão e uma massagem naquele ponto tão
pequeno, mas com o poder de fazê-la entender o verdadeiro sentido da
luxúria. Seu corpo aqueceu, sua pele arrepiou, uma leve tontura enquanto seu
sexo se abria e fechava, contraindo-se. – Isso é um orgasmo, minha linda –
ele sussurrou em sua orelha, enquanto seus dedos a subjugavam. Ela o
encarou com os olhos arregalados, a boca entreaberta procurando o ar que lhe
faltava. Ele sorriu e a beijou intensamente. Segurou-a pelo quadril e a
levantou até que seu membro encontrasse a sua pequena abertura – Será
dolorido, na primeira vez sempre é. Mas eu terei cuidado, prometo... – disse
pressionando-a para baixo, abrindo-a com a sua ereção, moldando-a a sua
forma. Ela equilibrou-se em seus ombros e o prazer se misturou com a dor da
invasão. O conde a ensinou a mexer o quadril, ritmado, devagar, mais rápido,
ela era uma excelente aluna. Ele gozou, derramando seu esperma dentro do
seu corpo.
Ela deitou em seu peito sonolenta e apaixonada. Ele acariciava os seus
cabelos pensando na sorte que teria aquele que a desposasse, depois que ele a
ensinasse tudo que uma mulher pode fazer para satisfazer um homem.
–Vá para o seu quarto, pedirei para Stheban me ajudar e depois volte
para ficar comigo – disse beijando-a levemente os lábios.
Amy partiu para a vila aquela tarde, primeiro procuraria Frederic, ele
teria que entender que ela não o amava, temia que o noivo fizesse um
escândalo, não falaria do seu amor pelo conde. Mas para a mãe contaria que
estava apaixonada, ela entenderia, afinal havia amado o seu pai e sabia que
não se mandava nas coisas do coração. Por falar em coração, o de Amy
estava aos pulos quando a carruagem a deixou na aldeia. Correu até a casa de
Frederic, ele a recebeu entusiasmado, tentou abraçá-la, mas ela o repeliu.
Contou que não o amava, ele chorou. Disse que não se casaria, ele implorou.
Decidida, deixou para trás um homem desesperado.
Quando chegou em casa não encontrou a mãe, Charlotte e Victor
brincavam, Mary, que era um ano mais jovem que Amy, preparava o jantar,
sopa com sobra de legumes. Amy confessou à irmã que fora pedida em
casamento pelo conde, disse que ele viria no outro dia pedir permissão para
sua mãe. A irmã se emocionou com sua felicidade, juntas terminaram o jantar
e esperaram a mãe chegar com os outros irmãos.
Uma leve tontura e um peso nos olhos, ele tentou se mover, mas não
conseguiu. Olhou para os lados tentando se orientar.
– Onde estou? – murmurou sentindo a garganta seca.
– Bom dia, milorde. – Brixton se aproximou.
– Que lugar é esse? O que aconteceu? Eu caí e depois... tudo está
confuso.
– Estamos na sua casa em Paris, milorde. O lorde sofreu uma queda da
escada, passou alguns dias no hospital do condado de Heshword. Mas
resolvemos trazê-lo para Paris, para continuarmos o tratamento. – Enquanto
falava, Brixton abria as cortinas e as portas que davam para uma pequena
sacada, o azul do céu anunciava um dia ensolarado de primavera.
– Por que eu não consigo me mover? – John perguntou tentando
levantar-se.
– O Senhor sofreu uma lesão na coluna. – Brixton trouxe uma cadeira
de rodas. O conde imaginou que aquilo era uma piada, que estava sob o efeito
de sedativos, enquanto era colocado sentado na cadeira. – Os médicos não
sabem se sua paralisia é temporária ou definitiva. Mas não se preocupe,
contratei os melhores profissionais para cuidar de sua saúde. – concluiu
enquanto empurrava-o até a sacada. Ele observou a bela Paris, sentiu seu
cheiro. Aquilo só podia ser uma piada, em breve o efeito dos sedativos iriam
passar e ele conseguiria sair daquela cadeira. – Vou deixá-lo, Senhor, sua
cuidadora irá atendê-lo em breve. – O conde ouviu a porta se fechar. Alguns
minutos depois voltou a abrir, passos suaves e um perfume de verbena se
aproximaram, ficou curioso, mas não se virou. Ela se inclinou ao seu lado e
seus lábios tocaram sua orelha.
– Bom dia, milorde – um calafrio perpassou a sua nuca antes que
olhasse para a dona daquela voz.
– Amy... – murmurou aterrorizado.
Encontro às cegas
Arthur
Ele mordeu meu mamilo e sugou meu seio com voracidade. Suas mãos
apertavam minhas nádegas acompanhando o movimento do meu corpo, que
subia e descia, fazendo seu membro me preencher e me abandonar.
Estávamos vestidos, uma carona para o trabalho resultou num sexo matinal
com meu vizinho casado. Eu não era dessas, não era. Mas desde que minha
mãe resolveu arrumar encontros às cegas para sua filha solteirona, os homens
da cidade começaram a ser mais solícitos. Entre eles, Jeffrey. Esse, que neste
momento, está esfregando o seu polegar no meu clitóris me levando à
loucura.
–Delícia – ele gemeu quando meu sexo se contraiu apertando-o dentro
de mim. Atingi o orgasmo enquanto ele expelia seu sêmen no invólucro de
látex.
Abotoei o vestido, minha calcinha teria que ir para o lixo, a renda
estava rasgada. Me olhei no retrovisor e retoquei o batom, enquanto ele se
desfazia do preservativo. Ele não era um homem bonito, mas chamava a
atenção por sua elegância e gentileza. Era gerente da única agência bancária
da cidade. Voltamos para a estrada principal. O silêncio dominou o restante
da viagem.
– Obrigada pela carona – falei descendo do carro.
– Foi um prazer – ele respondeu com um sorriso malicioso. Sempre
imaginei que Karen tivesse uma vida sexual enfadonha, porque Jeffrey era
enfadonho. Tranquilo demais, atencioso demais, aparentemente, submisso
demais. Agora eu sabia que era só aparentemente. Mas como eu fui parar no
colo dele em menos de dez minutos de carona?