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Capítulo 3 Má sorte
Capítulo 7 A médica
"Receio que seja um engano, senhor
Gerard." A mulher que tinha acabado
de fazer o comentário era Dawn Xue, a
tia de Michelle. Ela via sua sobrinha
como apenas uma garota comum.
Tinha certeza que sua filha sim, era a
garota perfeita para casar-se com
Gerard.
Gerard olhou para aquela senhora
com uma sobrancelha levantada. "A
garota faz parte da família Xue,
correto?" Era óbvio, que Gerard já
sabia a resposta, visto que ele tinha
solicitado uma verificação de
antecedentes de todos os membros da
família antes de decidir visitá-los. Ele
já sabia que ela se chamava Michelle e
também sabia que era realmente um
membro da família Xue, apesar de não
ser muito querida por eles. Seus pais
tinham falecido quando ela era ainda
muito pequena e, depois disso, ela foi
acolhida pela família Xue, mas
ninguém deu muita atenção para
Michelle.
Foi justamente por aquele motivo,
que Gerard decidiu que ela seria a
esposa perfeita para ele, pois as
demais mulheres da família Xue eram
muito convencidas e tinha sido muito
mimadas, e casar-se com uma delas
poderia causar problemas para ele no
futuro. Diante disso, para evitar
problemas desnecessários, ele tomou
a decisão de se casar com Michelle,
que não tinha status dentro daquela
família.
Depois de vagar pelos seu
pensamentos, Gerard olhou mais uma
vez para a garota sentada ao lado
dele. Ele estava surpreso como ela
tinha mudado no último ano. Se ele
não a conhecesse bem, pensaria que a
garota tinha se submetido a uma
cirurgia plástica. No último ano,
Michelle tinha vivido uma vida sem
preocupações. Ela nunca mais tinha
voltado para a casa da família Xue e
nem mesmo usava o sobrenome Xue,
em público. Ela odiava ser
identificada como parte daquela
família. Naquele casamento, era difícil
dizer quem aproveitou de quem.
Michelle tirou os olhos do telefone,
virou a cabeça e olhou pela janela. Ela
sentia que Gerard a estava olhando e
isso a estava incomodando. Sabia que
ele só queria ajudá-la por capricho,
mas não sentia nada por ela. Então
ficou em silêncio e aconselhou a ela
mesma que deveria parar de pensar
sobre aquilo.
"Chegamos no endereço que a
senhorita me informou!" Michelle
demorou um pouco para responder,
apesar de Damien ter falado
diretamente com ela.
Até que se deu conta que ele estava
falando com ela e que tinham
chegado, saiu rapidamente do carro,
segurando abolsa com força. De uma
coisa ela tinha certeza, que não queria
encontrar de novo com Gerard, ao
menos que sofresse de uma febre
muito forte e estivesse prestes a
morrer e precisasse de ajuda. A
verdade era que os últimos minutos
ao lado dele fez com que Michelle
sentisse um certo tremor por dentro.
Sentindo uma pressão imensa no
peito, ao sair do carro, a garota foi
direto para uma cafeteria próxima,
querendo comprar uma xícara de chá
com leite antes de entrar no prédio,
pois acreditava que ajudaria acalmá-
la.
"Bom dia, Michelle!" Nina a
cumprimentou com um sorriso,
enquanto 'roubava' o chá com leite da
mão de Michelle e tomava um gole.
"Você realmente sabe como
aproveitar a vida, bebendo um
delicioso chá com leite bem cedo para
se refrescar!"
Michelle trabalhava como estagiária
no maior hospital da Cidade Bin. Ela
tinha sido designada para o
departamento de urgências, sem
dúvida, o mais movimentado do
hospital. Como tinha se formado em
clínica geral na faculdade de
medicina, tinha que passar por
diferentes departamentos do hospital
durante seu estágio, obrigatório para
todos os recém-formados. Tinha
chegado no último período do estágio
e logo poderia ser promovida ao
posto de médica.
Michelle sorria enquanto tentava
evitar os tapinhas sutis de Nina no seu
ombro. Elas tinham um bom
relacionamento há mais de um ano, e
por isso, Michelle estava acostumada
com as brincadeiras da amiga e colega
de trabalho. Às vezes Nina estava
falando a sério e outras estava
brincando. Por isso, era impossível
saber se ela realmente sentia atração
por mulheres. Porém, tinha algo sobre
o qual ela não tinha dúvidas: Nina era
uma pessoa muito sensual. Não
importava em qual departamento do
hospital estava, ela sempre sabia onde
e quando homens bonitos e mulheres
bonitas estavam presentes. Na
verdade, na maioria das vezes, ela se
ausentava do trabalho para ira o lugar
onde essas pessoas estavam e
apreciar suas beleza
Capítulo 8 Departamento de
urgências
"Bom dia, Michelle. Você já tomou café
da manhã?", Myles perguntou
enquanto levantava a sacola de papel
na sua mão e sorrindo acrescentou:
"Você quer um pouco?"
"Não, obrigada. Já comi." Michelle
respondeu retribuindo o sorriso ao
entrar no vestiário. Ela queria se
trocar logo e ir ver Nadia para relatar
seu retorno. Assim que abriu seu
armário, ela ouviu Nina reclamar.
"Myles, por que você não perguntou
para mim? Você sempre faz isso...
Nunca pergunta para mim, só para
Michelle",Nina retrucou descontente,
enquanto fazia beicinho.
Myles riu e respondeu: "Nina, eu te vi
tomando café da manhã com o novo
médico do departamento de
radiologia. Você não quer emagrecer?
Quer mesmo comer de novo?"
"Foda-se! Isso foi um golpe baixo!",
Nina retrucou, cansada de falarem
sobre seu peso. Ela estava realmente
um pouco, ahm... rechonchuda... Ela
não era tão esguia quanto Michelle.
Quando as duas estavam juntas, eram
sempre comparadas por algum
ignorante. Aquela forma crítica de
julgá-la desferiu sempre um golpe
devastador para sua autoestima. Ela
só tinha um corpo maior. Por que
todo mundo sempre achava que ela
precisava perder peso?
Myles sempre foi um cavalheiro da
cabeça aos pés e carregava
constantemente um sorriso honesto
em seu rosto bonito. Seus olhos eram
especialmente claros e cativantes -
eles pareciam ter o poder de acalmar
instantaneamente aqueles que se
sentiam desconfortáveis. Michelle
costumava provocá-lo, dizendo que
ele tinha sido burro por escolher o
departamento mais movimentado do
hospital, quando poderia ter ido ao
departamento de pediatria para
brincar com as crianças. No entanto,
Myles nunca retrucou suas piadas,
apenas sorria.
Um tempo depois, Michelle soube por
Nina que quando Myles ainda estava
na faculdade, ele perdeu sua amada
namorada num acidente de carro. Ela
foi enviada ao hospital, mas faleceu
mesmo assim. Aparentemente, ela não
recebeu atendimento a tempo devido
à falta de pessoal no departamento de
urgências. O que aconteceu parecia
ter deixado uma ferida profunda nele.
Depois de se formar, Myles se
inscreveu para trabalhar no
departamento de urgências e já se
passaram cinco anos desde então.
Embora pessoas morrendo por falta
de médicos não fossem nada
incomuns, Michelle não tinha certeza
se poderia tomar a mesma decisão
que Myles se isso acontecesse com
ela.
De repente, ela se lembrou da ligação
que recebeu de Jared na noite
anterior e imediatamente sentiu um
aperto no coração. Quanto tempo se
passou desde a última vez em que
sentiu esse tipo de tristeza? Desde
que ele foi para o exterior há três
anos, ela nunca tinha experimentado
isso. Agora que ele havia voltado, ela
precisava sentir aquela dor de novo,
era assim?
'Jared, o que devo fazer?' Ela se
perguntou.
Com um longo suspiro, Michelle se
recompôs, vestiu seu jaleco branco e
se dirigiu ao escritório de Nadia.
Quando ela passou, Nina e Myles
lançaram um olhar encorajador para
ela. Ela sabia o quanto eles esperavam
que ela pudesse ficar com eles na
linha de frente para salvar as pessoas.
No fundo, ela tinha a mesma
esperança.
Nadia era uma mulher de uns
cinquenta anos. Dizia-se que ela tinha
um temperamento muito estranho e
severo porque nunca teve um homem
em sua vida. Sua natureza rígida e
sisuda fez com que as pessoas no
hospital a apelidassem de "ditadora"
pelas costas. Depois de se formar na
faculdade, Michelle fez seu estágio sob
orientação de Nádia, que era
responsável por designar
funcionários para todos os
departamentos do hospital. Agora que
Michelle havia terminado o estágio,
ela naturalmente tinha que se
reportar à sua mentora.
"Michelle, você fez um trabalho muito
bom. Os diretores de todos os
departamentos estão satisfeitos com o
seu desempenho", Nadia comentou
servindo uma xícara de chá para
Michelle e sentando-se na cadeira
oposta. A verdade era que ela estava
muito satisfeita com Michelle, que
sempre trabalhou duro, teve um
excelente desempenho acadêmico, e
foi, acima de tudo, um talento raro.
"Obrigada, senhora", disse Michelle,
que pegou a xícara e tomou o chá
lentamente, tentando saborear a
bebida.
"Seu trabalho tem sido excelente, por
isso o hospital decidiu mantê-la
trabalhando aqui. O departamento de
urgências está com falta de pessoal,
então você vai ser designada para lá
primeiro. Se abrir uma boa vaga no
futuro,eu vou te indicar", Nadia
explicou tudo, muito satisfeita com a
modéstia de Michelle. Na verdade,
quanto mais olhava para ela, mais
satisfeita ficava.
Capítulo 11 A expectativa da
família Xue
Capítulo 17 A relutância de
Michelle
Capítulo 20 Um homem
maravilhoso
Michelle ficou surpresa com a atitude
de Gerard, um pouco confusa, era
como se ele tivesse chamando sua
atenção, porém o tom da sua voz
estava cheio de afeto.
Michelle ainda estava tentando
entender o que estava acontecendo,
enquanto os dois homens tinham
começado a analisar um ao outro.
Todos estavam em silêncio, porém, as
faíscas voavam de um lado para o
outro, saindo do olhar daqueles dois.
Finalmente, o celular de Gerard
interrompeu aquele silêncio, que com
cara de poucos amigos, virou-se
voltou para dentro do carro, sem
dizer mais nenhuma outra palavra.
"Michelle, ele é seu namorado?",
George perguntou para ela, enquanto
observava o BMW preto ir embora
com cara de curiosidade.
Michelle, que finalmente tinha voltado
ao seu normal, quis olhar Gerard,
porém, o único que podia ver naquele
momento eram os faróis do carro que
se afastava. Sem ter outra escolha, o
único que restou para ela foi
descarregar sua frustração na pessoa
que estava próxima, neste caso,
George. "Você já pegou o hábito de
fazer fofocas de Nina?"
Em seguida, deu a volta e saiu
batendo o pé agarrada sua bolsa,
deixando George com uma expressão
de dúvida, que não parecia ter se
importado com a resposta
atravessada de Michelle.
George ficou pensativo olhando para a
direção que tinha ido o carro de
Gerard.
"Michelle, você está sabendo que o
hospital vai enviar pessoal de vários
departamentos para as salas VIP do
último andar?" Michelle estava
comendo um pedaço de pão quando
Nina contou isso para ela.
"Para as salas VIP?" Ela já tinha
escutado falar daquele lugar
anteriormente, e parecia que seria
dedicado especialmente para pessoas
muito ricas e poderosas. Porém,
vários médicos e enfermeiras já
estavam trabalhando lá,porque
estariam enviando mais profissionais?
Nina fez um gesto com a cabeça e deu
de ombros, depois seguiu contando o
que mais tinha escutado. "Sim, o
famoso andar para pessoas VIP,
escutei falar que um dos pacientes
tem um péssimo caráter e ninguém
pode suportá-lo, não conseguem lidar
com ele, parece que por isso o
hospital decidiu enviar outros
profissionais de diferentes
departamentos para que o atendam."
Ao escutar aquele detalhe sobre a
transferência, Michelle balançou a
cabeça, como se fosse difícil de
acreditar. Como poderia ser tão ruim
o temperamento desse paciente?
Porém, não importava o quanto mal-
humorado ele fosse, ele ainda era um
paciente, e isso era o mesmo
importante. Além disso, as salas VIP
do hospital eram apenas uma outra
maneira para que os ricos pudessem
desperdiçar seu dinheiro.
"Pelo que escutei, a tarifa diária de
uma daquelas salas é equivalente ao
nosso salário de um mês, essas
pessoas realmente gostam de gastar
dinheiro e claro, têm dinheiro para
desperdiçar." Nina fez uma careta
como se estivesse com inveja, "Fico
me perguntando quem do nosso
departamento será enviado para lá, eu
gostaria de ir. Assim, poderia comprar
um carro para mim antes do fim do
ano!" Cali, que estava segurando o
registro de emergências, estava com
os olhos cheios de esperança.
"Acho difícil que me escolham, escutei
falar que eles são muito exigentes
com o currículo acadêmico e a
aparência física", disse a enfermeira
chefe, que raramente participava das
fofocas de corredor, o que chamou a
atenção de Michelle e a fez sorrir.
Parecia que faltava trabalho para o
departamento de urgências naquele
dia, caso contrário, como todos
poderiam estar ali confabulando
sobre as novidades do hospital, tão
cedo, ao invés de estarem
trabalhando?
"Chefe, eu posso entender sobre a
exigência de uma boa formação,
porém, sobre a aparência física, por
que precisam que as pessoas sejam
atraentes para optar por elas?", Cali
perguntou parecendo perplexo.
"A verdade é que os pacientes do
último andar são pessoas muito
influentes e porque iriam querer
profissionais com aparência de 'gente
comum'?"
Todos que estavam ali deram um
suspiro ao escutar aquele comentário,
pois, no final das contas, aquilo não
era mais do que uma transferência de
profissionais de um setor para o
outro, porém do jeito que estava
sendo colocado, parecia um concurso
de talentos.
Capítulo 21 Transferência de
funcionários
Capítulo 26 Frustrada
Michelle sentiu que algo estava
errado, aquela maneira gentil que eles
a estavam tratando não era sincera.
Ela poderia ter acreditado naquela
família, se eles a tivessem tratado
bem quando era criança, mas agora
ela não seria enganada tão facilmente.
Então, Jolie olhou para ela antes de
subir com má vontade.
"Michelle, este é o senhor Dustin Liu",
Clay sorriu, apontando para o homem
de meia-idade que estava ao lado dele.
Naquele momento, o sorriso no rosto
de Michelle desapareceu, embora ela
não pudesse entender totalmente as
intenções do avô, cumprimentou
Dustin educadamente.
"Oh, então ela é sua neta, Michelle?"
Dustin sorriu, estendendo a mão para
ela: "Clay me falou muito sobre você,
você é ainda mais bonita do que ele
me disse, agora entendo porque fala
de você com tanto orgulho. Mas Clay,
por que você a escondeu por todo este
tempo?" Dustin era um homem
sofisticado, e não tinha poupado
esforços para averiguar a situação de
Michelle na família, antes de elogiá-la.
Clay sorriu com o comentário do
amigo.
"Você está certo, Dustin, ela herdou a
beleza da avó, Michelle é minha neta
preferida." Clay era um orador
bastante eloquente e conseguia
persuadir qualquer pessoa a escutar o
que ele estava falando.
"Michelle, você deve se comportar
muito bem, Dustin é o diretor mais
jovem da secretaria de saúde pública,
ele será seu chefe direto, então não
hesite em abordá-lo se tiver algum
problema. Ele ficará feliz em ajudar
você." Em seguida, Clay se levantou e
fez sinal para que Michelle se sentasse
ao lado de Dustin, pois sua ideia era
que eles se entendessem.
"Dustin sempre foi um homem muito
ocupado, por isso ainda não
encontrou uma esposa. Michelle, por
que você não descobre se há alguém
que seja perfeita para ele no hospital?
Dustin ficará agradecido com o favor."
Clay estava radiante de alegria, então
pegou um cigarro e deu algumas
tragadas antes de colocá-lo de volta
na mesa.
Finalmente, Michelle entendeu o que
Clay queria, que ela fosse algum tipo
de cupido ou, ela sabia que ele
poderia ter escutado falar do seu
divórcio com Gerard e talvez a tivesse
ligado para seu próprio benefício.
Michelle ficou frustrada, não
conseguia entender porque a família
Xue sempre a atormentava. Ela tinha
acabado de recuperar a liberdade, no
entanto, parecia que seu avô agora
estava tentando convencê-la
novamente, apresentando Dustin.
Suas artimanhas pareciam
intermináveis e ela simplesmente não
tinha forças para passar por tudo
aquilo de novo.Michelle suspirou e
olhou para o relógio, lamentando ter
voltado para aquela casa, porque
sabia que a família Xue ligava para ela
apenas quando precisava de alguma
coisa.
Por sua vez, Dustin não parava de
falar, então Michelle tinha um sorriso
forçado e acenava com a cabeça a
cada uma de suas palavras, mas não
estava prestando atenção em nada do
que ele dizia, e a única coisa que tinha
na mente era como iria escapar.
O relógio marcava seis da tarde e as
pessoas que estavam reunidas no
andar de cima seguiam conversando
alegremente. Michelle olhou ao redor
da sala, e ficou sem ar ao ver uma cara
conhecida descendo as escadas.
O tempo parecia que tinha parado, já
que ela não conseguia tirar os olhos
daquele homem e a voz de Dustin ia
sumindo para ela. O que ele estava
fazendo ali? Michelle não podia
acreditar
Capítulo 28 Um tapa
Capítulo 33 Investimento
Capítulo 36 Ir às compras
Capítulo 38 Encontro
Capítulo 44 Suborno
"Espere, senhorita!", disse o homem,
enquanto seguia Michelle e insistia:
"Você poderia nos contar um pouco
como ela está? Eu prometo que não
revelarei a fonte. Me ajude, eu
imploro, essa é a minha primeira
pauta depois de me formar. Se eu não
conseguir nada, posso perder essa
oportunidade de trabalho. Por favor,
eu preciso da sua ajuda!"
Michelle achou engraçado todo aquele
drama que ele estava fazendo, para
que ela sentisse pena dele e falasse.
Ele por acaso achava que ela era uma
criança idiota? "Senhor, tenho quase
certeza de que você tem trabalhado
no jornal há pelo menos uns três anos.
Nenhum editor-chefe permitiria que
um novato fizesse isso por conta
própria, muito menos quando o
assunto envolve alguém tão famoso
como Cali."
"Bem, é que...", o homem ficou sem
palavras, pois não esperava aquela
reação por parte de Michelle. Desde
quando os médicos sabiam tão bem
como funcionava uma redação de
jornal? Ele nunca imaginou que ela
desse conta que ele estava mentindo.
"À tarde, teve um fotógrafo que se
disfarçou de médico para entrar
furtivamente no hospital, embora eu
não tenha visto quem era, a minha
intuição me diz que foi você. Já que
você sabe que sou a médica que
atendeu Cali, estou segura que você
viu a minha foto lá dentro e fez
perguntas para os meus colegas. Você
também estava aqui me esperando,
não é assim?" Michelle tinha analisado
tudo de forma clara e organizada, e
enquanto falava, observava como a
vergonha tinha tomado conta da cara
do jornalista.
Ao notar que ele simplesmente
permaneceu em silêncio, ela decidiu
que era hora de ir embora. Porém,
quando ela caminhou, ele a segurou
pelo braço, e com tanta força, que ela
não podia se soltar.
"Todos os jornalistas são tão rudes
assim, hoje em dia?", Michelle
perguntou com raiva.
"Você está certa, senhorita Michelle.
Eu sou o jornalista que entrou
furtivamente no hospital e descobriu
que você é a médica responsável por
Cali. E sim, também a estava
esperando aqui. A propósito, você é
muito mais bonita pessoalmente do
que nas fotos", disse ele com um
sorriso. Já que ela era inteligente o
suficiente para descobrir quem ele
era, o homem não precisava mais
mentir.
"Sou Patrick Lu, um repórter do
caderno de entretenimento de
Evening News da Cidade Bin. É um
prazer conhecê-la!"
"Olá!" Depois de revelar quem era
para Michelle, o jornalista decidiu
deixar as formalidades de lado e
conversar com ela a chamando de
'você', o que a deixou mais
confortável.
Naquele momento, Michelle estendeu
a mão e apertou a mão de Patrick. "De
qualquer forma, senhor Patrick, deixei
bem claro que, como profissional, não
posso divulgar nenhuma informação
sobre os pacientes, muito menos
sobre Cali. Me desculpe, mas
realmente eu não posso ajudar."
"Tudo bem! Porém, pense sobre isso."
Patrick olhou ao redor e em seguida,
colocou um envelope nas mãos de
Michelle. Depois ele disse: "Meu
cartão de visita está aí dentro. Você
pode pensar com calma enquanto vai
para casa,e depois, ligue para mim."
Sentindo a espessura do envelope e
diante do que ele tinha dito, ela sabia
que tinha dinheiro ali dentro. Então o
devolveu imediatamente e disse:
"Sinto muito, não posso aceitar isso.
Por favor, pegue de volta."
Patrick ficou surpreso com a atitude
dela, mas continuou tentando
persuadi-la de qualquer maneira: "Eu
sei o quanto você precisa se esforçar
na sua carreira. Não tenho certeza de
quanto você ganha por mês, mas
dentro desse envelope tem dinheiro
suficiente para você comprar uma
jóia."
Na cabeça do jornalista, todas as
mulheres gostavam de gastar
dinheiro com jóias caras, e Michelle
não era uma exceção. Para ele, todas
as pessoas eram obcecadas por
dinheiro. Por isso, mesmo sem saber o
que iria descobrir, já tinha preparado
o envelope com dinheiro.
"Você sempre tenta subornar as
pessoas para ficar sabendo as
fofocas?", Michelle perguntou com um
sorriso debochado no rosto.
"Por favor, pense sobre isso. O seu
dinheiro não pode comprar todo
mundo."
"Agora, sinto muito. Eu tenho que ir.
Saia do meu caminho, por favor!
Adeus!" Michelle já estava cansada
daquela conversa. Dito isso, ela o
empurrou e acelerou o passo para
chegar até a parada de ônibus,
pegando um ônibus que
Capítulo 47 A reunião
Capítulo 48 A família
"Você está certa, estou muito feliz que
Chelle esteja aqui! Por favor, meu
amor, não chore! Por minha culpa
você está triste agora. Venha aqui,
deixe que eu enxugue suas lágrimas",
disse Angie, erguendo a mão trêmula
para tocar o rosto de Michelle e sentiu
uma dor no coração ao ver os olhos
vermelhos da neta.
"Vovó, estou bem! Você também não
deve chorar!" Ela também enxugou as
lágrimas do rosto de Angie e logo,
olhou para cima. Sabia que seu avô e
seu tio estavam no escritório, e estava
se perguntando por que eles não
tinham descido para falar com ela.
Sentiu algo estranho sobre aquilo,
afinal, ela já estava na casa há muito
tempo. Se perguntou se o avô ainda
estava chateado e não queria vê-la.
Percebendo para qual direção a
garota estava olhando, Angie e Claire
na mesma hora, imaginaram o que ela
deveria estar pensando. A senhora
piscou para a nora. Claire entendeu o
sinal, levantou-se e caminhou em
direção às escadas.
Michelle viu sua tia se afastando e
sabia que ela iria procurar pelo seu
avô e seu tio, então sentiu-se nervosa.
Angie percebeu que ela estava
nervosa, levantou-se e foi sentar-se ao
lado dela. Em seguida, abraçou a neta
e acariciou seu rosto e cabelo. "Chelle,
você gostaria de morar comigo?
Ficamos muitos anos sem nos ver.
Sinto muito sua falta!"
Angie estava sendo sincera com a
neta. Ela vinha sofrendo dia e noite
durante aqueles dez anos. Sua filha
tinha morrido muito jovem,
infelizmente, e a única pessoa que
tinha ficado era sua neta. No entanto,
seu marido tinha se recusado a aceitar
a garota, por isso Michelle acabou
indo morar com a família Xue por
todo aquele tempo, o que era uma
vergonha, porque eles até a tinham
forçado a se casar com um homem só
por dinheiro.
A pobre Michelle não tinha sido
apenas humilhada pela sua própria
família, ela e Gerard nem mesmo
tiveram uma cerimônia de casamento.
Por conta disso, ninguém na
sociedade sabia que eles tinham
casados e nem que tinham divorciado.
Angie tinha perguntado para Elliot e
Claire sobre isso, então ela sabia que a
única coisa que unia Gerard e sua neta
no casamento era um simples
documento. A família Xue tinha
colocado os olhos gananciosos nas
riquezas e no poder do homem e
persuadiu Michelle a se casar com ele,
ignorando completamente sua
felicidade e sua vontade.
Pensando em tudo aquilo, a culpa
atormentava Angie, e com o passar
dos anos, foi ficando ainda maior. De
repente,as três pessoas na sala
escutaram passos vindos da escada,
Elliot Mi, o tio de Michelle, foi o
primeiro a falar.
"Aí está, minha princesinha! Eu estava
falando sobre você com seu avô, agora
mesmo. Eu disse para ele que era hora
de você vir nos visitar. Mal terminei
de falar e sua tia entrou no escritório
para nos falar que você estava aqui",
disse Elliot com um sorriso no rosto,
enquanto descia as escadas e ajudava
o mais velho da família a fazer o
mesmo, David Mi.
Apesar da idade avançada, David
ainda era um homem muito forte.
Porém, após retornar do exterior, ele
não teve tempo de se adaptar à brusca
mudança climática, e estava muito
gripado. Caso contrário, não teria
precisaria da ajuda de Elliot para
descer as escadas. Assim que o senhor
viu a neta sentada no sofá com a
cabeça baixa, se sentiu ansioso.
Mas, por que ele se sentia assim?
Depois do erro que ele tinha
cometido, tinham se passado dez
anos. E apesar de ter lamentado
durante todo aquele tempo, seu
orgulho jamais o deixaria admitir em
voz alta que estava arrependido. Na
verdade, se ele não tivesse descoberto
sobre o casamento arranjado que a
família Xue preparou para sua neta,
nunca teria compreendido o tamanho
do erro que tinha cometido
Capítulo 50 O passado
Michelle ficou de boca aberta. Ela não
ficou surpresa que seus pais tivessem
encontrado barreiras para aprovação
por parte das suas famílias. No
entanto, o que ela não sabia era que
seus dois avôs tinham sido
adversários políticos há muito tempo,
o que definitivamente tornava a
situação ainda mais difícil. Era óbvio
que, naquela época, eles não teriam
permitido aquele casamento,
principalmente porque sua mãe
Belinda era... "a outra". Naquela
época, ser amante era como cometer
um crime, já que a sociedade chegava
ao ponto de isolar a mulher que
ousasse a assumir aquele papel.
Pensando naquela situação, Angie deu
um suspiro profundo, enquanto
continuava a pensar sobre aquelas
memórias distantes, e suas palavras
atenciosas também fizeram com que
todos os presentes se lembrassem do
mesmo.
"Naquela época, tentamos de tudo
para separar seus pais, mas o amor
deles era mais forte do que qualquer
outra coisa no mundo. Nos magoou
profundamente que eles nem se
importassem com a doença do seu
avô. E logo depois..." Angie não
completou a frase, enquanto tentava
se concentrar para continuar. Era
difícil para ela continuar com a
história, estava cansada de chorar
sem parar. Jessie a pegou pela mão e
acariciou suas costas para confortá-la.
"Eu posso terminar a história", Elliot
se ofereceu, já que vendo a angústia
da sua mãe, não suportou que ela
continuasse a reviver aquelas
memórias dolorosas, assim ele
decidiu fazer aquilo por ela.
"E então, sua mãe nos contou que
estava grávida de você. Ter um filho
com seu pai era mais uma prova de
que nada poderia se colocar entre
eles, e isso deixou seu avô tão
indignado que ele decidiu excluí-la da
família. Na verdade, todos nós
sabíamos que ele não iria cumprir a
ameaça. Você sabe como é quando a
raiva nos consome, as palavras são
ditas sem pensar, porém sua mãe
levou a sério e desapareceu. Desde
aquele momento, não tivemos mais
notícias dela", disse Elliot, fazendo
uma pausa para recuperar o fôlego,
pois até para ele era muito difícil falar
de tudo aquilo que tinha passado.
"Voltamos a ter notícias quando você
nasceu e ficamos sabendo que seu pai
também tinha abandonado a família
Xue. Os dois viviam longe do conforto
das famílias e nem sabíamos como o
conseguiam”, continuou.
Por sua vez, Michelle ficou em silêncio
tentando entender toda aquela
história. Portanto, quer dizer que as
palavras do seu avô tinham sido
apenas ameaças vazias, uma tentativa
de impedir que sua filha cometesse
um erro. Por outro lado, ela também
entendia os motivos da sua mãe e sua
necessidade de ir embora. Os dois
estavam corretos, apenas as fortes
emoções junto com a falta de
comunicação fizeram com que um
perdesse o outro.
"Quando você nasceu, seu tio e eu não
resistimos e fomos visitá-la", Claire
continuou, segurando gentilmente a
mão de Elliot para mostrar seu apoio.
"Você era minúscula, como um
macaquinho enrugado, mas seus pais
obviamente adoravam você. Seu
nascimento deu para eles muita
felicidade, mas infelizmente, não
durou muito. Sherry Ouyang, a esposa
do seu pai, ficou sabendo da sua
existência e usou alguns truques para
convencê-lo a acompanhá-la na visita
aos seus pais."
'Sherry Ouyang', Michelle repetiu
mentalmente para si mesma. Era a
primeira vez que ela escutava o nome
daquela mulher. Ela nunca a tinha
visto e ninguém na família Xue se
atreveu a mencioná-la. Michelle sabia
que Sherry estava morando no
exterior e não tinha planos de voltar,
mas não conseguia deixar de ficar
curiosa para saber mais sobre ela.
'Como era sua personalidade? O que
meu pai viu nela?' No entanto, suas
perguntas tinham ficado sem
resposta.
"Sua mãe ficou furiosa com aquilo. Por
outro lado, ela sabia qual era sua
posição e Sherry era a esposa legítima
do seu pai, então ela decidiu não
interferir tanto quanto gostaria. Foi
quando seu pai desapareceu de
repente sem deixar vestígios, e sua
mãe ficou sem saber absolutamente
nada sobre ele. Durante dois anos, ela
tentou por todos os meios encontrá-
lo, mas não encontrava nenhuma
pista confiável", disse sua tia Claire,
continuando a história.
"O quê, como assim? E puderam por
fim descobrir onde ele esteve aquele
tempo todo?", Michelle perguntou,
desesperada. Ela ficou espantada ao
saber que seu pai tinha ficado
desaparecido por dois anos, e
ninguém da família Xue jamais ousou
a mencionar isso.
Claire olhou para a sobrinha. Não era
divertido e muito menos fácil falar do
passado, mas Michelle tinha que saber
de toda a verdade, afinal, se tratava da
sua família. "Seu pai tinha estado todo
aquele tempo com a mulher e o filho
fora do país. Parece que ela tinha
dado um ultimato, eles teriam que
viver juntos por dois anos, e só então
ela daria o divórcio para ele.
Capítulo 51 Lembranças
capítulo 53 Um casamento de
interesse mútuo
Capítulo 57 Se mudar
Depois de muita insistência por parte
deles, Michelle finalmente concordou
em morar na casa da família Mi por
alguns dias, deixando David e Angie
imensamente emocionados. Já fazia
muito tempo que Angie desejava viver
uma vida feliz com a neta e agora seu
desejo estava finalmente se tornando
realidade.
"Chelle, o que você planeja fazer com
sua antiga casa?", Claire perguntou, ao
se lembrar que Michelle tinha um
apartamento duplex que Gerard havia
comprado para ela. Naturalmente,
Claire esperava que Michelle morasse
com a família Mi por tanto tempo
quanto possível ou até que se casasse
novamente no futuro, e ela faria tudo
o que pudesse para que Michelle se
sentisse em casa.
Depois de tomar o último gole de
leite, Michelle pousou o copo e
respondeu: "Tia Claire, Gerard já me
deu aquela casa para que eu possa
fazer o que quiser com ela. Além
disso, ele nunca morou lá e raramente
visitava, então eu só vou empacotar
algumas das minhas coisas e trazê-las
para cá."
"Chelle, você não está considerando
vender aquela casa e se mudar
completamente? Afinal, ficaremos
preocupados com você se continuar
morando sozinha numa casa tão
grande!", Claire sugeriu, tentando
convencer Michelle a ficar com eles
permanentemente. Então ela se virou
para Elliot, olhando-o como se pedisse
apoio sobre seu plano.
Elliot entendeu imediatamente o que
sua esposa estava querendo dizer. Ele
também esperava que Michele ficasse
coma família Mi por mais do que
apenas alguns dias. "Chelle, sua tia
está certa. Você está sempre fazendo
hora extra e chegando tarde em casa
por causa do seu trabalho. Não
sabemos se você ainda tem energia
para preparar uma refeição adequada
quando chega em casa. Como não nos
preocuparíamos com você e com sua
saúde? Se você se mudar para cá,
podemos cuidar de você dia e noite.
Além disso, seus avós são velhos e
querem passar o máximo de tempo
possível com você. Isso já deve ser
motivo suficiente para vender a casa,
não é?" Ele perguntou
cuidadosamente.
"Bem..." Michelle disse brincando,
enquanto se contorcia
desconfortavelmente na cadeira. Ela
estava relutante em vender aquela
casa porque havia colocado todo o seu
esforço e dedicação no design do
interior e na compra dos móveis.
Toda a decoração foi fruto do seu
trabalho e cada lâmpada foi escolhida
pessoalmente para seu espaço
específico na casa. Embora ela
morasse lá sozinha, era algo que ela
poderia reivindicar como seu depois
da experiência terrível que teve com a
família Xue.
Percebendo a óbvia hesitação no
rosto de Michelle, David tentou
persuadi-la um pouco mais: "Chelle,
sua avó está velha e com problemas
de saúde. Sua mudança para cá traria
mais alegria a ela do que qualquer
outra coisa no mundo. Tenho certeza
de que você quer que ela tenha uma
vida mais longa e feliz, certo?"
Depois de considerar suas opções por
alguns momentos em silêncio,
Michelle finalmente se decidiu. "Não
vou vendera casa por enquanto, mas
posso solicitar que a imobiliária tome
conta dela. Vou empacotar algumas
roupas e meus itens pessoais e ficar
aqui algumas semanas", declarou.
"Moore, você deve ir junto e ajudar
Chelle a trazer suas coisas. Pegue
algumas roupas, mas não se preocupe
com seus itens pessoais. Podemos
comprar coisas novas para você",
David ressaltou enfaticamente. Na
verdade, ele estava disposto a
comprar tudo o que ela precisasse,
pois desejava que Michelle nem
tivesse que voltar para aquele lugar.
"Chelle, na minha opinião, não faz
sentido que você mantenha aquela
casa. Você não acha absurdo manter a
casa do seu casamento com Gerard?"
Moore perguntou bruscamente,
concordando com a sugestão dos
demais de vender acasa. Afinal,
Michelle e Gerard já estavam
divorciados. Por que ela tinha que
manter algo que ainda a prendia a
ele?Quando um relacionamento
acabava, todos os laços deviam ser
cortados completamente. Além disso,
a família Mi era claramente muito rica
e eles seriam capazes de sustentar
Michelle sem nenhuma dificuldade.
Michelle apenas balançou a cabeça
com a pergunta de Moore. Em vez de
responder, ela se lembrou da
conversa que teve com George na
noite anterior e aproveitou para
mudar de assunto. "Moore, sua
empresa tem alguma relação de
cooperação com o Grupo Rong?" Ela
perguntou em resposta.
"Algo assim. Por quê? Há algo que eu
preciso saber?" Era raro Michelle
perguntar a Moore sobre seu
trabalho. A família Mi sempre foi uma
figura poderosa na política, mas a
geração de Moore não seguiu os
passos do avô. Para o desgosto da
família, os mais jovens escolheram um
caminho diferente e se dedicaram ao
mundo dos negócios. Afinal de contas,
eles tinham suas próprias convicções
e, por mais que os mais velhos
tentassem, não seriam facilmente
influenciado
Capítulo 75 Estética
Depois de vasculhar suas memórias
dolorosas por um longo tempo,
Michelle recuperou os sentidos e
voltou ao presente. Suspirando, saiu
do banheiro e foi até o armário para
encontrar uma roupa que não fosse
muito comprida mas também não
muito curta. Mas o mais importante
era que não devia ser muito
chamativa para não ser considerado
exagerado, já que o evento era um
jantar beneficente.
Por fim, ela decidiu usar um
cheongsam vintage de cor creme
prateada que lembrava o tom suave
de uma lua crescente. O vestido ia até
quase os joelhos e tinha um desenho
clássico e um decote alto que
combinava com delicados broches e
algumas flores de ameixeira,
bordadas elegantemente no tecido.
Todos aqueles detalhes junto com a
complexidade de como haviam sido
tecidos ao pano, exalavam um charme
antigo que cativou Michelle. Além do
mais, ela se lembrou de que aquele
cheongsam era um presente que Rose
havia trazido de Hong Kong e
que,segundo a tia, havia sido feito por
um estilista renomado.
Depois de colocar o vestido, Michelle
sentou-se na frente da penteadeira
para arrumar o cabelo e fazer a
maquiagem. Ela prendeu o cabelo
num belo coque e o decorou com
pérolas em ambos os lados. Quando o
assunto era moda,Michelle tinha
estética e preferência próprias,
embora fosse verdade que seus
vestidos costumavam levar o nome
das principais grifes do mundo. Sóbria
mas ainda assim, elegante, Michelle
sempre combinava suas roupas com
acessórios sofisticados de forma
delicada, dando-lhe seu característico
aspecto. Afinal, ser médica também
significava que Michelle tinha que
estar sempre vestida de maneira
apresentável, e ela havia comprovado
em primeira mão que seus pacientes
podiam ser críticos quando se tratava
das roupas que seus médicos vestiam.
Algumas pessoas baseavam sua
confiança não apenas na experiência
profissional do médico, mas também
na sua aparência.
Michelle abriu a gaveta para pegar
uma pulseira de esmeralda e a
colocou no pulso. Olhando-se no
espelho, a medica-se sentia como se
estivesse viajando no tempo, de volta
para a era republicana. Para finalizar
o look, aplicou maquiagem apenas o
suficiente para destacar seus belos
traços, pois sempre havia acreditado
que a maquiagem feminina deveria
ser usada para complementar sua
roupa e que em excesso só estragaria
sua aparência. Assim que estava
vestida e maquiada, Michelle sorriu
para a obra-prima.
Sempre que acompanhava Moore a
uma festa, ela cuidava da sua própria
aparência e se arrumava bastante
porque, junto com a medicina, as joias
e a moda eram sua paixão. Além disso,
Michelle enviava frequentemente seus
próprios desenhos para várias
revistas de moda e ocasionalmente
ganhava prêmios na categoria
iniciante. Mas aquele era apenas um
passatempo e ela nunca havia
considerado ser outra coisa senão
médica. 'Talvez eu pudesse entrar no
mundo da moda?', uma parte criativa
da sua mente insistia.
Quando Michelle foi para a sala de
estar, viu seu primo chegando com
uma caixa das suas tortas de ovo
favoritas. Quando a viu, Moore
assobiou com uma expressão de
aprovação no seu rosto. Ela
respondeu ao gesto, em Tom
brincalhão: "Moore, eu vou fazer você
parecer mal se me vestir desse jeito?"
Moore entregou as tortas de ovo à
prima e balançou a cabeça
bruscamente. "Não, claro que não.
Mas com essa sua aparência, não sei
quantos caras eu vou ter que manter
longe de você." Mas apesar de dizer
isso, Moore estava orgulhoso por sua
prima saber como se vestir
adequadamente para uma ocasião
como aquela. Sua beleza estava
acentuada naquela noite.
"Na verdade, você nunca tem tempo
para mim. Sempre que te acompanho
a uma festa, você fala de negócios com
outras pessoas. Eu nunca entendi
sobre esses assuntos, então fico
sentada e entediada enquanto você
fala. Só quando termina é que posso
fingir que estou me sentindo mal para
me levantar e ir embora!"
Michelle reclamou um pouco ao abrir
a caixa das tortas, pegando uma e
dando uma enorme mordida na Massa
quente, enquanto fechava os olhos ao
sentir o sabor delicioso da sua comida
favorita. Ela ficava absolutamente
adorável ao fazer isso.
"Certo! Você tem razão. Não vou falar
de negócios hoje à noite. Vou garantir
que você possa se divirtir,
combinado?",Moore respondeu.
Quando Moore viu sua prima
satisfeita e feliz daquela forma,
também pegou uma torta para si.
Osabor era doce e a torta tinha uma
textura macia e uma massa que não
parecia gordurosa. Estava deliciosa, o
que fezMoore imediatamente
entender por que Michelle adorava
aquela sobremesa
.
Capítulo 76 Ir à festa
Capítulo 85 Os pensamentos de
Jared
Capítulo 90 Vá a merda!
"Minha querida ex-esposa, não
esperava que você respondesse tão
bem!", Gerard comentou sorrindo
de forma satisfeita, acariciando os
lábios vermelhos e inchados de
Michelle.
Isso só fez com que ela ficasse mais
furiosa com o tom provocativo de
Gerard, então cerrou os punhos
para evitar lhe dar um tapa na cara.
"Já chega! Pare de brincar comigo!
Você não pode continuar tirando
sarro de mim dessa
forma!",Michelle rugiu de raiva.
"Vamos, Chelle! Eu não estou
brincando com você! Estou falando
a sério!", Gerard respondeu. Apesar
de terem compartilhado momento
cheio de sentimentos apenas
alguns segundos antes, os dois
naquele momento pareciam um
casal tendo uma discussão. Gerard
estava interpretando o papel de um
namorado se desculpando para
persuadir sua namorada
temperamental.
"Vá a merda!", Michelle xingou,
irritada. Sua raiva já estava no
limite e a mulher já não conseguia
mais se conter, então empurrou
Gerard com todas as suas forças e
se retirou rapidamente do jardim,
deixando-o sozinho.
O homem apenas olhou para
Michelle com uma sensação
inexplicável no seu peito. Ele tinha
que admitir que a garota tinha um
ótimo gosto, como o sabor de uma
maçã crocante que ao mesmo
tempo conseguia ser picante e
doce, e juntando isso com sua
teimosia, era difícil para ele desistir
de estar com ela. Com uma onda de
felicidade o invadindo, Gerard
balançou a cabeça várias vezes,
mesmo que estivesse se sentindo
culpado.
Michelle, enquanto isso, continuava
a caminhar com raiva enquanto
enxugava bruscamente os lábios
vermelhos comas costas da mão.
Como a cabeça abaixada, não viu
que Jared estava por perto e
acabou esbarrando nele por
acidente.
Jared abriu os braços
imediatamente para impedir a
moça de cair no chão. "Cuidado,
Chelle..."
Michelle ergueu a cabeça surpresa
com o impacto repentino, e quando
finalmente recuperou seus
sentidos, ela ficou perplexa ao vê-lo
ali. 'Faz quanto tempo que ele está
aqui? Será que ele viu o que
aconteceu agora há pouco?',
Michelle pensou, alarmada.
Jared notou os lábios inchados de
Michelle e fez o possível para
tentar esconder seus sentimentos
enquanto soltava lentamente o
abraço da moça. "Chelle, você não
estava... divorciada?", ele
perguntou, se esforçando para
conseguir terminar de falar.
"Isso não é da sua conta, cunhado!",
a médica retrucou. Sempre que
Michelle se referia a Jared como
"cunhado", ele ficava magoado, já
que isso reforçava o fato de que ela
já não o veria como nada mais do
que isso.
"Chelle... Eu...", Jared gaguejou,
ficando sem palavras. O rapaz
queria confessar que ainda a
amava e não queria perdê-la. Mas
quando ouviu a palavra "cunhado",
ele foi incapaz de continuar, e no
final, optou por permanecer em
silêncio e não falar mais nada.
"Me desculpe, cunhado, você quer
dizer alguma coisa?", Michelle
perguntou com seu tom neutro de
costume. Então deu um passo para
trás ao notar que estava perto
demais de Jared.
"Não é nada. Você... se cuida", ele
respondeu com desdém e balançou
a cabeça. Mas as palavras que ele
realmente queria ter dito
queimaram fundo na sua garganta,
ansiando por serem reveladas. Mas
Jared havia decidido não deixá-las
escapar, já que ele tinha certeza de
que faria papel de bobo.
"Se você não tem mais nada para
falar, por favor, saia do meu
caminho. Eu preciso ir", Michelle
rebateu, incapaz de olhar Jared nos
olhos. Então a garota abaixou ainda
mais a cabeça com medo de que ele
visse suas lágrimas. Michelle não
queria que Jared soubesse o quanto
ela sentia a falta dele. Para dizer a
verdade, ela estava grata que
Gerard a havia beijado daquela
forma. Se Jared tivesse visto tudo,
então Michelle tinha conseguido
exatamente o que queria.
Jared concordou com a cabeça
energicamente e deu espaço para
ela passar. Então, com o coração
pesado, Jared observou Michelle se
afastar cada vez mais dele e
desaparecer na noite. Ele então
ficou parado por um longo tempo,
até que sua visão ficou turva com
as lágrimas correndo pelo seu
rosto. 'Chelle, eu sinto muito, sinto
muito...",murmurou, chorando
silenciosamente.
Gerard ainda não havia deixado o
local, então acabou testemunhando
aquele encontro casual. Ele sabia
quem era Jared. Era um designer
aclamado que havia acabado de
retornar ao país após ter ganho um
prestigioso prêmio num festival
internacional. 'Jared e Michelle.
Que tipo de relacionamento eles
têm?', Gerard se perguntou com
curiosidade
Pensei nele.
"Tudo bem, Dra. Michelle. Ainda
espero que você possa levar algum
tempo para pensar sobre isso. Afinal,
você ainda é jovem e promissora."
Simon ainda tentou mudar a opinião de
Michelle.
"Bem, é isso, Simon. Estou voltando ao
trabalho agora. Espero que alguém
possa assumir o meu trabalho o mais
rápido possível. Além disso, precisamos
de outro médico para tomar o lugar de
George nas enfermarias VIP. Estamos
realmente acordados até o pescoço
hoje em dia. ”Concluindo suas palavras,
Michelle se levantou e acenou com a
cabeça para Simon para mostrar sua
gratidão. Então ela se virou e saiu do
gabinete do presidente.
Na ala VIP 001, Nina observava Cali na
cama. Ela olhou para o relógio na
parede e calculou que Cali estava em
coma por mais de três horas. No
entanto, estava longe de ser o pior. O
pior foi o momento em que Cali
acordou. Nina orou em seu coração
para que o agente de Cali chegasse
logo, para que ela não tivesse que lidar
com uma Cali histérica quando
acordasse.
Enquanto ela pensava sobre tudo isso,
a porta foi aberta por Michelle.
Olhando para o rosto ansioso de Nina,
ela sorriu, "Nina, você está rezando
para que o agente de Cali chegue logo?"
"Como você sabe?" Nina ficou
surpresa que Michelle a viu passar.
Quando Michelle soube como
readmitir?
"Todos podem ler sua mente pelo seu
olhar ansioso. Você deve estar com
medo de que Cali enlouqueça quando
acordar, certo?" Com um sorriso,
Michelle caminhou até Cali e verificou
se todos os dispositivos médicos no
corpo de Cali estavam funcionando
bem. Não vendo nenhum problema,
ela se sentou ao lado de Nina.
"Bem, você está certo. Eu só estou
pensando quando Cali vai acordar. Se
ela acordar, eu não sei o que fazer se
ela perder o controle." Nina curvou os
lábios e olhou para Cali com relutância.
Ela realmente lamentava ter vindo aqui
para cuidar dessa mulher terrível. Ela
deveria ter assumido o turno de Susan
para cuidar de Gwen na enfermaria
002.
"Eu entendo, Nina. Você pode
descansar. Eu vou cuidar de Cali."
Michelle sorriu e deu um tapinha no
ombro de Nina, gesticulando para que
ela fosse embora.
"Não, e se eu sair e Cali acordar? O que
você faz com isso?" Nina valorizava
muito sua amizade com Michelle,
embora Nina odiasse Cali. Ela gostaria
de ficar com Michelle. Se Cali
acordasse, eles estariam aqui um para o
outro.
"O agente de Cali está a caminho para
cá e ela chegará em breve. Pode ficar
tranquilo. Tudo ficará bem quando a
tesoura chegar. Além disso, quando Cali
acordar, ainda precisamos examiná-la,
então temos que lidar com ela de
qualquer maneira . " Na verdade,
agora Michelle sentia mais simpatia do
que ódio por Cali. Foi por isso que ela
disse isso.
"Michelle, você é tão gentil que as
pessoas vão pisar em você." Nina
suspirou e esticou o braço. "Bem, para
ser sincero, estou um pouco cansado
agora. Vou descansar. Quando o agente
de Cali chegar, você pode voltar ao seu
escritório e descansar. Não espere que
Cali acorde aqui. Você estive ocupado o
dia todo.
By Helen Chrys
Capítulo 237 Outra Maneira
By Helen Chrys
capítulo 251 Será que ele quer se
livrar dela?