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Universidade Lusíada de Lisboa

Reflexão Crítica

“Driving the skills agenda: Preparing students for the future”

Trabalho realizado por:

• David Pacheco, nº 11017919

• Gabriela Silva Henriques, nº 11053821

• Maria Carolina Gonçalves, nº 11003919

• Maria Matilde Felisberto, nº 11093319

Psicologia

Psicologia do Trabalho e das Organizações

Regente: Prof. Doutora Manuela Faia Correia


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Introdução

A reflexão crítica que se segue surge no âmbito da disciplina Psicologia Organizacional,


tendo como principal alicerce o artigo de investigação “Driving the skills agenda: Preparing
students for the future”. A informação foi obtida através da realização de entrevistas a peritos
em educação e foram também aplicados questionários a executivos, professores e dois grupos
de alunos distintos, com idades compreendidas entre os 11 e os 17 anos e os 18 a 25 anos.
Deste modo, o foco principal é o mercado de trabalho para os jovens sendo que, as
características que as organizações esperam deles e os seus sistemas de educação, são também
abordadas.

Reflexão Crítica

Um dos setores abordados neste artigo é o mundo do trabalho, que se está a redefinir com
vista no futuro, principalmente, em quais são as skills cruciais nos trabalhadores de uma
empresa. A educação deveria estar diretamente relacionada com este conceito e por isso seria
fulcral incutir ao currículo lecionado, mecanismos e atividades que garantissem ou fomentassem
o desenvolvimento dessas skills direcionadas ao futuro.
No primeiro capítulo “Quais serão as habilidades que o futuro irá exigir” são abordadas
diversas opiniões sobre habilidades que se consideram ser mais procuradas no local de trabalho
e, consequentemente mais importantes para o futuro dos jovens. A resolução de problemas foi
considerada primordial, esta habilidade deveria ser incutida o mais cedo possível na educação,
mantendo- se ao longo de todo o percurso de ensino. Devem incentivar os alunos a resolver os
seus problemas, a gerar soluções e, acima de tudo, perceber como lá chegaram.

Acredita-se também que esta skill engloba outras, como por exemplo, a capacidade para
trabalhar em equipa, a criatividade, a comunicação e a alfabetização digital. Ou seja, o conjunto
destas habilidades permite ao ser humano resolver os problemas de modo mais eficaz e
pertinente. O trabalho em equipa, e a comunicação constam também como sendo das skills mais
importantes.
Atualmente, não é dada a devida importância a certas skills consideradas como
importantes no futuro próximo. Acredita-se que na educação isto acontece porque os professores
não sabem como promovê-las. Estes afirmam que as principais razões de não introduzirem as
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habilidades do século XXI na sala de aula é o facto de o currículo ser muito rígido, não dando
tempo de manobra para o fazer e, também devido à falta de treino. Considera-se que, tanto os
professores como membros da direção deviam ter formação de como incorporar habilidades no
meio escolar.
Posto isto, sabe-se que existe uma discrepância entre o que é incutido aos estudantes no
sistema educacional e o que as organizações procuram. Acontece que os jovens recém-
licenciados, que tentam ingressar no mercado trabalho acabam por se deparar com um grande
desafio, visto que, existe uma vasta falta de competências e características que as empresas
pretendem, mas que não são desenvolvidas ao nível do ensino. Deste modo, torna-se custoso o
ingresso dos jovens no mercado de trabalho.
Esta falta de competências pode dar-se, sobretudo, ao facto de não haver uma cooperação
entre o ensino e o mercado de trabalho, pois existe uma grande disparidade entre o que se incute
aos alunos e o que realmente as organizações dizem ser o melhor. Deveria então existir uma
dinâmica mais assente na comunicação entre o ensino e as organizações, para que os jovens não
se sintam desmotivados pela incompatibilidade entre o que lhes é ensinado e o que as
organizações procuram. Isto pode ser contornado, não só com o melhoramento da comunicação,
mas também, com a colaboração entre o ensino e as organizações. Podemos ver através de um
gráfico presente no artigo, que se houvesse um maior apoio a nível de estágios e até um
melhoramento no ensino, as características desenvolvidas seriam as que realmente são
necessárias, visto que, nem todos os cursos superiores trabalham as competências necessárias.
O ensino tradicional é criticado, uma vez que, muitos sistemas educacionais ainda têm
como base um sistema de aprendizagem focado na instrução direta e memorização. Deste modo,
existe um certo grau de contradição, pois, com o passar dos anos e com o avanço tecnológico, o
sistema de ensino não se foi atualizando.
Quando nos referimos a skills, devemos ter em conta a existência de vários níveis,
designadamente: skills que nos levam a construir uma certa consciência entre o mundo e,
consequentemente, a desempenhar um papel mais ativo na comunidade; skills a nível
tecnológico que, com o avanço da tecnologia são cada vez mais importantes e necessárias e skills
que vão promover a criatividade e a inovação.
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Conclusão

O facto de o sistema educacional não estar a conseguir acompanhar com sucesso as


mudanças que têm ocorrido a nível global, torna necessário redefinir quais as skills necessárias
e mais procuradas por parte das organizações. Com isto, devíamos ter uma aprendizagem mais
focalizada em métodos interativos que possam promover competências de pensamento crítico e
individual, bem como acompanhar o avanço da tecnologia. Além disso, seria de esperar que os
alunos trabalhassem mais as suas habilidades interpessoais onde seja possível inserir a
inteligência emocional, a cooperação, a consciência social, entre outras. A capacidade de
adaptação e a resolução de problemas são igualmente fundamentais.
Assim, por consequência há que ter em conta vários aspetos explicativos que são centrais
face a estes desafios referidos ao longo do texto. Em relação ao ensino, o fundamental é perceber
que o professor não tem de deixar de transmitir conhecimento, mas que deve adotar um sistema
de ensino menos rígido tendo em conta que para estar na vanguarda da mudança é necessário
aceitá-la. O aluno não tem só de aprender a saber ler e escrever, mas terá de desenvolver outras
habilidades que são nos dias de hoje relevantes para o mercado de trabalho e para as empresas.
É necessário também ter em conta uma consciencialização de que os professores não
têm de ser postos de lado quando se fala em novas tecnologias, mas devem de ter uma constante
formação, uma vez que o sistema só existe quando todos lutam pelo mesmo objetivo, sem
esquecer a inclusão, o sistema só é inclusivo, quando todos participam.
Em suma, o artigo evidenciou a realidade atual das lacunas existentes no sistema de
ensino, sendo este predominantemente mecanizado, onde o professor é visto como uma máquina
de distribuição de conhecimento. Contudo, nem o professor nem o aluno são máquinas de
debitar ou de aprender o conhecimento, mas sim seres humanos. Portanto, as questões da
inteligência, e da personalidade têm de ser aprofundadas na ótica de quem contrata, uma vez
que são as características individuais de cada ser humano que o distingue dos demais.
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Referências Bibliográficas

The Economist Inteligence Unit. (2015). Driving the skills agenda: Preparing students
for the future. Google.

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