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O Gestor Escolar como motivador de vidas

Acadêmicos Leonara Nunes dos Santos¹


Tutor Externo Josiane Amaral Gois Reis²

RESUMO

Hoje temos muitas pessoas que funcionam como UBER de vidas, que adentram no campo
profissional, para cumprir o seu tempo de trabalho e receber por suas horas trabalhadas.
Enfim, temos médicos, professores, gestores, advogados que não tem a menor empatia. Esses
trabalham pelo salário, mas não entendem o papel de contribuição fazendo toda diferença e
senso de relevância social com os alunos.
O gestor, além de empolgar e ser um dínamo na vida dos alunos, ele tem que motivar a equipe
em sua volta, envolvendo todos emocionalmente e tendo comunicação com senso de relevância,
paixão, sem excesso de informação, mas levando em confederação a meta, mas relevando a
logística, objetivo e a preocupação de como irá usar a comunicação tendo plena percepção de
qualidade, ficando naquilo que flexibiliza os interesses.

Palavras-chave: Qualidade de gestão, Liderança, relações interpessoais, formação.

1. INTRODUÇÃO

De acordo com Chiavenato (2002) “os dois modos de comportamento do homem, é


atribuído à análise cognitiva e a análise afetiva. O afetivo nos mostra que a emoção, o sentimento
e a afetividade estão presentes no comportamento pessoal e profissional de um homem, e o
cognitivo mostra que o homem usa a mente somente em um processo de inteligência,
racionalidade, lógica e raciocínio. ” Por esse motivo, temos que enxergar cada um indivíduo
como único, investido de características pessoais, como suas impressões digitais não existe outro
igual, e essas características tem que ser observadas e influenciadas por um coordenador que
permita essa característica ser bem aproveitada.
Conhecemos por exemplo um caso de um autista verbal de capacidades especiais, que tem
dificuldades de segurar um lápis ou um garfo sozinho, mas é um dos melhores mecânicos de
aeronaves do ramo, que só de ouvir um motor de avião consegue detectar e corrigir falhas, mas
ele um dia foi descoberto por alguém que o observou, que aprendeu suas capacidades e com foco,
direcionou suas habilidades, mesmo se tratando de um aluno com transtorno do aspecto autista.
Também existem outros fatores como conhecer o relacionamento familiar, entender a
família como parte do aprendizado e envolvê-la. Também oportunizar e conhecer os demais
membros de sua equipe como uma engrenagem que socializa aluno e ambiente escolar.
Ainda, salientar suas próprias características e promover esses artifícios dentro do
programa profissional para obter o melhor resultado de si mesmo.
O aspecto da comunicação também precisa ser visto como uma característica de quem
assumiu o ensino como missão, tendo a criatividade de comunicar, deixando sempre a mensagem
gravada na mente e no coração dos interlocutores. Isso é desenvolvido, desde que haja uma
necessidade de transmissão de conhecimento.
Enfim, ideia central desses escritos é deixar a capacidade e criatividade de desenvolver a
missão com ardor e fervor. Tudo que é feito com amor é bem feito e deixa frutos que permanecem
e se reproduzem em outras vidas.

1 Nome dos acadêmicos Leonara Nunes dos Santos


2 Nome do Professor tutor externo Josiane Amaral Gois Reis
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Pedagogia (Código da Turma PED 105) – Prática
interdisciplinar: relações interpessoais – 29/11/2021.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Existem certos caminhos que parecem inevitáveis e também funcionais demais, quanto à gestão,
pois é mister que não tem como fugir dessas rotinas seja em qualquer ambiente da gestão escolar.
• Aprendizagem: Esse é o resultado do trabalho de gestão escolar, pois o aluno é o resultado
final desse processo de trabalho. Se não houver um crescimento no aprendizado, algo
precisa ser revisto dentro das estratégias de trabalho.
• Ensino: É a união das forças de trabalho entre gestor e professor. Quando essas duas
pontas andam bem amarradas e entrosadas, o que se vê é o ensino acontecendo de forma
eficaz. Tudo tem que estar em coerência com o aprendizado do aluno.
• Rotina escolar: Colocar o plano de metas em funcionamento, acontecendo o que foi
preparado e cumprido dentro do que foi proposto para acontecer no período disposto. Se
está ou não alcançando o plano de metas da Secretaria de Educação e as planilhas de
trabalho proposto para aquele período curricular.
• Política educacional: Aqui, o gestor deve observar que as políticas de ensino,
infraestrutura, proposta de ensino da Secretaria de Educação e MEC, interface e
concretude dos métodos aplicáveis.

“O pressuposto de tal enfoque corresponderia ao reconhecimento de que a maior responsabilidade do diretor


reside na liderança, orientação e coordenação das atividades docentes, o que é verdade. No entanto, essa atuação
demanda o domínio de competências muito mais complexas do que as docentes, e a atenção sobre muito mais
situações do que as restritas à sala de aula.”
Lück (2013, p. 28)

“O termo “modernização” não é tão neutro quanto os partidários da reforma queriam


fazer acreditar. Lembremos primeiro para registro que, no vocabulário das ciências
sociais conquistadoras dos anos 1960, “modernizar” significava converter as
sociedades ou setores da sociedade ainda tradicionais à modernidade, rompendo os
costumes, eliminando maneiras de ser e de fazer que repugnavam a primazia da
eficácia e da racionalidade. Mas, o verbo “modernizar” significa, igualmente, em um
sentido mais restrito, procurar um aumento de eficácia nas organizações e nas
instituições para colocá-los no nível de produtividade – supondo que o termo tenha
um sentido universal – das empresas privadas mais performantes” (LAVAL, 2004, p.
190)

O maior destaque na pessoa do gestor é com certeza sua liderança, não só para com os professores,
mas com os alunos. Um reconhecimento que venha de dentro, sabendo que liderança não se impõe,
mas antes se conquista, assim o resultado mostra a habilidade de liderança, gestão e destreza
organizacional.
Sem essa expertise não há aptidão para a gestão educacional, não está apto para a função.

Apenas a execução de funções tecnocratas deixou muito a desejar no que diz a verdadeira expertise
do gestor educacional, conforme PRAIS, 1994, p. 60, pois muito se fez nesses anos, apenas
seguindo cartilhas e modelos de trabalho, porém pouco se fez para mudar, para atrair mais a
família para dentro do ambiente com participação, nada se fez para gerir com efeito na sabedoria
e em ideias próprias e muito menos em desenvolver novos métodos de aprendizagens tendo em
vista a realidade local.
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TORRES & GARSKE, 2000,p. 68 citam que a grande deficiência dos dias modernos, foram
causados pelo excesso de métodos e planilhas pré determinados, e o diretor foi eleito para
desenvolver antes de tudo estratégias para eximir os problemas geográficos, locais, para mudar a
realidade da sociedade local e melhorar a qualidade do cidadão em formação, não apenas
cumprindo um bloco de regras e regimes envelhecidos e alejados quanto a necessidade real local.
SAVIANI, 1980, p. 120 a sociedade age de forma recíproca a ação da escola nos seus
interesses. Existe uma resposta social para esse avanço, pois a escola exerce essa função
mediadora, onde de um lado está a expectativa da sociedade, do outro o educador como força
geracional de recursos e o aluno e no meio o gestor promovendo o vínculo com ambas as
expectativas dentro do processo de formação de cidadania.

“Muitas tarefas burocráticas e pouco tempo para questões pedagógicas: essa é a realidade do
gestor escolar no Brasil. Hoje, a maioria desses profissionais passa boa parte do dia
supervisionando o fornecimento do material pedagógico, gerenciando e avaliando as condições
das salas de aula, atendendo pais, entre outras coisas. Mas o papel do gestor escolar vai muito
além disso: é ele o responsável pelo desenvolvimento do ensino”. Mello, Alessandra (EAD
Católica)
Segundo Mello, Alessandra do portal da Universidade Católica, a atividade burocrática e
rotina de trabalho e as rotinas organizacionais dentro da estrutura física da escola, consomem
tempo precioso que deveria ter toda sinergia localizada na formação do cidadão e profissional que
está em sua mão como um pedaço de carvão bruto e fóssil, que precisa ser trabalhado,
aquecimento, exigente lapidação, até chegar ao ponto de diamante.
Porem, o que se vê são profissionais mecanizados, focados na estrutura e na instituição e
perdendo o olhar para o humano que aguarda essa lapidação e a sociedade que espera esses
profissionais do futuro.
Algum tempo atrás, quando a guerra civil destruía Angola, alguns cidadãos vieram para o
Brasil como refugiados, e eles não tinham adquirido quase nenhum conhecimento por causa da
guerra, aliás, quem tinha braços e pernas se davam por feliz, morando em uma nação onde haviam
mais minas terrestres do mundo.
Mas invés de reclamarem de sua situação, correram atrás de oportunidade de estudo,
fazendo graduações, MBA, Pós-graduações e doutorados em áreas específica que haviam
necessidade para reconstruir sua nação. E depois de adquirido o conhecimento, regressaram no
pós-guerra, para reconstruir a sociedade mãe.
Assim deveria ser nossa formação, sempre voltada para a reconstrução social, e sempre
com foco no cidadão como fonte de reconstrução, o que é o carvão nas mãos desses novos gestores,
produzindo uma nova sociedade.
“Uma das coisas que notei foi a importância dos encontros com professores. Antes da pandemia,
fazíamos poucas reuniões individuais com a equipe docente. Percebemos que era fundamental
promover esse espaço seguro para que pudessem falar sobre o que estavam sentindo”, diz: Joice
Lamb, coordenadora na Escola Municipal de Ensino Fundamental Profª Adolfina J. M.
Diefenthäler, em Novo Hamburgo (RS).
Veja o que em meio a pandemia, o papel da coordenação ativa, está desenvolvendo
recursos para que a máquina não pare, o tempo é irreparável e não tem como tirar a mão do arado
por causa da crise, a sociedade espera por essas mudanças e por esses novos profissionais, o tempo
não ficou inerte, ainda urge e precisa de mentes aptas para trabalhar na seara árdua da formação
de cidadania.
A sociedade espera pela ferramenta, nos precisamos amolar o machado posto à raiz e fazer
acontecer uma liderança que surja com magnitude estrondosa, com desejo de fazer essas mudanças
e lado a lado com os profissionais da equipe de serviço andando junto com a mesma visão e
definições de objetivos.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS

Antes de mais nada, o importante é conhecer as metodologias e experiências fornecidas pelo site
do Ministério da Educação e Cultura (MEC), conhecendo as principais demandas e estatísticas
nacionais e em cada região específica, conhecendo materiais, vendo os cases de sucesso e tendo
domínio com relação as cartilhas e procedimentos sugeridos.

O conhecimento das necessidades revista de ambos os prismas, examinados e reconhecendo a


diretriz a ser tomada em cada situação no tocante ao professor e gestor, tendo a detecção da
necessidade para gerir situações, conflitos e promover a dinâmica de aprendizado com esmero.
O conhecimento tange as demais necessidades com maestria, resulta em consolidação das
expectativas, com o progresso do grupo de lideres, liderados, sociedade, família e aluno. Esses
resultados vigoram não apenas por causa de uma capacidade de liderar, mas em metade dela na
sua capacidade de gerir conflitos também.

Quem não tem poder de ouvir e analisar fatos, ouvir partes e ter capacidade de julgamento e
administrar conflitos, está inapto à gestão. O conflito é parte do processo, as vezes na família,
entre alunos, entre colegas de profissão entre mestre e aluno, e cabe ao gestor eximir essas
questões com habilidade e com amabilidade.
Se a questão da gestão não é bem contornada a situação tende a crescer e transformar fatos em
bolas de neve.
Norma se distingue em regras, cogentes ou de ordem publica, e manter a casa em ordem é uma
máxima a ser executada, mas o pensamento supra citado diz que “liderança não se impõe, mas se
conquista” leva ao dever de ser um líder que conquistou seus liderados, fazendo com que ser
liderado seja uma opção e não imposição.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dentre todas as áreas de liderança, a escolar é a mais escolhida entre os que buscam
especialização segundo fonte fornecida pelo próprio MEC.

Isso nos leva a entender que mesmo sendo uma área tão específico, é ainda um setor muito
concorrido e exaurido, o que trás breve desanimo em grande parte, e crescendo a excelência em
outros que buscam realmente atingir a meta da missão.

Até porque ele é alguém visado pelos colegas, julgado pelo desempenho e muito visado pela
sociedade, pois a maior parte da visualização de seus projetos e por parte da própria sociedade
que fiscaliza com afinco o trabalho executado pelo gestor da escola local.

Grande é o a visibilidade, apesar de parecer uma missão mais estratégica e velada.


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5. CONCLUSÃO

Enfim, é sabido que o trabalho resultará em ou desaprovação ou aprovação pela expectativa e


prisma social. A participação dos parentes de alunos, da política local e dos geridos é fator
primordial no êxito de todo o processo, visto que são agentes qualitativos do alvo a ser
alcançado.
Não é fruto de um eventual conhecer externo dos resultados internos, mas o constante olhas
sobre várias vistas, tendo que estar assoalhado para suportar criticas e quase nenhum louro da
vitória, mas principalmente saber receber rechaces por parte de muitos que as vezes nem se
quer estão a par dos processos, da remuneração não perpendicular o peso da função também.

Não se trata de um tesouro de valor, que todos colocarão sobre os ombros, mas que resvala
sobre toda a equipe, sobre o nome da instituição e de todos os demais envolvidos no processo.
Enfim, quando decidimos estar a frente da gestão, sabemos que não é uma matemática exata,
mas que exigirá sinergia complexa por parte de uma equipe que esteja engajada com todos os
processos de crescimento do grupo, crescimento de resultados de aprendizado, crescimento
profissional de todos os envolvidos, o engajamento familiar em todo esse processo que se for
participativo eleva o objetivo final, e o efeito dinâmico no aprendizado do aluno.
A grande questão aqui também, acontece no saber receber as mensagens muitas vezes
desnecessárias, as criticas mesmo quando não houveram falhas, as criticas que são realmente
necessárias e o trabalho feito nas sombras, sem ser vista e sem ser perceptivo ao olhar natural,
mas pouco analisado por que realmente decide conhecer o fruto do trabalho e como ele é
desenvolvido.
Quando trabalhamos para “ser visto” e não para “serviço” o olhar externo e os maios fator de
desanimo, mas quando o trabalho é feito por amor e vontade de ver o resultado final, vale a
pena trabalhar nos alicerces mesmo que o que todos vejam seja somente a cobertura e o
acabamento.
“Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria,
trazendo consigo os seus molhos”.
Salmos 126:5,6
Vale a pena esperar pelos frutos do trabalho, semeando com paciência e aguardando os
processos naturais pelo qual tudo funciona, regando cada dia e vendo pouco a pouco o resultado
do plantio se tornando uma árvore visível e os frutos aparecendo para serem provados e vistos.
Pois só há colheita onde há plantio!
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REFERÊNCIAS

Chiavenato (2002)
LAVAL, 2004, p.190
TORRES & GARSKE, 2000,p. 68
Lück (2013, p. 28)
PRAIS, 1994, p. 60
Dia a dia na educação – Mattos, Raquel
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_ue
m_gestao_pdp_raquel_mattos_gil.pdf
Instituto Airton Senna - AS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS NO COTIDIANO DAS
ESCOLAS https //institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/meu-educador-meu-
idolo/materialdeeducacao/qual-e-o-papel-do-gestor-escolar.html
MEC-Ministério da Educação e Cultura - A atuação do gestor escolar – dimensões política e
pedagógica.http://moodle3.mec.gov.br/ufrn/file.php/1/gestores/vivencial/pdf/atuacaogestorescolar.
pdf.
Mello, Alessandra- https://ead.catolica.edu.br/blog/papel-do-gestor-escolar (EAD Católica) -
Coordenação pedagógica: mudanças e adaptações na rotina na pandemia – Santos, Diel – Nova
escola
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação –
Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São
Paulo: Ed. Pearson, 2006.
FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo:
Atlas, v. 5, 2011.
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013.
PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed.
Intersaberes, 2016.

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