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FORMAÇÃO DOCENTE
CAMPUS VIRTUAL
Diretor Geral Martin Kuhn
Gerente Acadêmico Everson Mückenberger
Gerente Administrativo Andrenilson Marques Moraes
Gerente de Produção Valcenir do Vale Costa
PROFESSOR REFLEXIVO
Objetivos
Estudar características profissionais, capacidade técnica e
compromisso social do professor; discorrer sobre a profissionalização
docente: a práxis pedagógica; discutir a formação continuada, a
autoavaliação e o compromisso profissional; e compreender o professor
como profissional reflexivo e investigativo de sua prática.
NOSSO TEMA
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5.1 Papel da escola: a técnica e o social
Como discutido no capítulo 4, a escola possui uma função social, e é de
suma importância que todos os profi ssionais da educação tenham
clareza dessa função. Clareza esta que parte da indagação “que cidadão
queremos formar?”. Isso porque, ao ter um foco, iremos unir forças para
alcançá-lo, trabalharemos para uma prática pedagógica competente e
socialmente comprometida.
Inicialmente, vamos pensar que crianças e jovens estudantes não são ci-
dadãos do futuro, mas pessoas que fazem parte do corpo social e, por
isso, devem ser estimuladas a exercitarem sua condição de cidadãos. Um
dos caminhos para isso é o desenvolvimento de projetos que contribuirão
para a sociedade. Nesse contexto, a escola deve incorporar nos seus espa-
ços o mundo real, por meio de suas funções técnica e social.
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A técnica está relacionada à atividade mecânica, isto é, há passos para
planejar, ensinar e avaliar. Mas os cursos de formação docente devem
se organizar de forma a enfatizar uma formação que vá além da técnica,
que seja reflexiva diante da sua formação e de sua atuação. Nessa direção,
as práticas pedagógicas devem tanto ser embasadas tecnicamente quanto
teoricamente, com conceitos e teorias pertinentes, ou seja, é preciso ba-
lancear o estudo de técnicas e da sua reflexão e sobre as questões sociais.
Com isso, almeja-se uma formação que leve para dentro do espaço esco-
lar questões de um mundo não harmonioso, com problemas ambientais,
disputas, desigualdades, violências etc. Assim, a partir desses impasses,
poderemos trabalhar alternativas humanizadoras.
Além disso, é preciso ter em mente que a escola é constituída não somen-
te por professores e alunos, mas também por uma equipe técnica e pe-
dagógica, assim como pela comunidade. Da equipe técnica participarão
pedagogos especialistas em supervisão, orientação e também o técnico
da Educação Básica, que será responsável por acompanhar os alunos nos
horários de chegada e saída, observar suas atitudes e conversar com a
direção da escola sobre ações importantes para a melhoria do ambiente e
do comportamento dos alunos. Esse profissional também pode trabalhar
na secretaria da escola, ajudando na elaboração e controle de documen-
tos. Nesse contexto, é importante que haja momentos para discutir con-
cepções individuais de forma colegiada, pois será mais fácil encontrar o
caminho para o trabalho harmônico.
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Toda ação docente é permeada por um currículo oculto, em que se
trabalha valores, crenças, ações afirmativas, entre outros aspectos.
Assim, a escolha dos conteúdos e atividades reflete o pensamento
cultural docente. Nesse aspecto, “[...] o professor precisa, pois, estar
atento às escolhas que faz e consciente de suas ações para que a es-
cola cumpra seu papel” (URBAN; MAIA; SCHEIBEL, 2009, p. 91). Além
disso, o currículo escolar vai além do currículo oculto, pois se deve
seguir as Diretrizes Curriculares Nacionais, que determinam aspec-
tos curriculares obrigatórios nas escolas. Investigue essas Diretrizes,
tal conhecimento é fundamental para sua formação.
| Formação D ocente 8
a necessidade de conhecer o ser humano e de trabalhar tais ações com
nossos alunos.
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Na dimensão profissional, o que temos em foco é o domínio da técnica, a
disposição de conhecimentos e habilidades necessários à profissão. Com
esse pensamento, temos que desenvolver um ensino que facilite capaci-
dades profissionais e a aquisição das competências frente à profissão. Um
curso de licenciatura, por exemplo, deve discutir com seus alunos técni-
cas de ensino, postura do professor em sala de aula, formas de lidar com
o conflito no espaço escolar, entre outros aspectos. Alcançar os objetivos
da dimensão técnica, nos dias atuais, implica, também, formar um cida-
dão autônomo que esteja preocupado em se manter sempre atualizado.
Isso porque diante do desenvolvimento tecnológico é preciso entender
que o atual está em constante mudança e que somente por meio de for-
mação continuada e de estudos autônomos será possível acompanhar as
novidades da contemporaneidade.
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objetivos propostos. Nessa proposta, o objetivo é o de formar profissio-
nais que entendam quais são os propósitos educacionais e que busquem
meios para atingi-los.
REFLETINDO...
O que significa formar um professor efetivamente? Você já pensou
se após a formação inicial terá necessidade de uma formação con-
tinuada? Você já fez alguma relação entre o saber da experiência e
o saber acadêmico? Não se esqueça de que, ao longo da prática la-
boral, o professor constrói saberes, os quais são uma reconstrução,
reflexão e apropriação de novos saberes.
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para a tomada de decisão. Dessa forma, como se vê, esse é um processo
que exige maturidade e envolvimento de diversos atores escolares.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para enriquecer as suas aprendizagens sobre essa temática, suge-
rimos que acesse o link a seguir e veja aspectos da autoavaliação
docente. Nesse endereço você encontrará questões norteadoras
para a autoavaliação: <http://naescola.eduqa.me/carreira/6-pas-
sos-autoavaliacao-do-professor/>. Aproveite, o material é muito
interessante!
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Figura 19 – Professor refletindo sobre sua prática.
Fonte: Plataforma Deduca (2018).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Assista “Sociedade dos Poetas Mortos”, com direção de Peter Weir
(EUA: Buena Vista, 1989), para conhecer a inspiradora história do
professor de literatura que rompe com os métodos de ensino tra-
dicionais da instituição em que é contratado para ministrar aulas
e, ao mesmo tempo em que desperta o fascínio sobre seus alunos,
acaba criando um conflito com a conservadora direção escolar.
Bom filme!
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res, “[...] e os responsáveis escolares que queiram encorajar os professores
a tornarem-se profissionais reflexivos devem criar espaços de liberdade
tranquila onde a reflexão seja possível” (SCHÖN, 1997, p. 87). Assim,
são duas as perspectivas fundamentais no processo de reflexão: i) apren-
der a ouvir os alunos; e ii) aprender a fazer da escola um lugar no qual
seja possível ouvir os alunos, processos estes inseparáveis.
Ação
Reflexão
Figura 20 – Ação-Reflexão-Ação.
Fonte: Elaborada pelas autoras (2017).
PESQUISE!
Qual a diferença entre formação inicial e continuada? O que se es-
pera da instituição de ensino em cada uma dessas fases de esco-
larização? O que se espera da atuação de um professor que busca
por formação continuada? Pesquise sobre essas questões e con-
verse com seus colegas e professores a fim de elaborar possíveis
respostas a esses importantes questionamentos.
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Os temas trabalhados neste capítulo se relacionam diretamente com o
compromisso docente. Para que o professor consiga alcançar as
ações propostas aqui é preciso que tenha tempo de estudo, refl exão e
avaliação da própria prática. Por esse motivo, o ideal é que a escola
organize ho-rários de estudo e trabalho coletivos, pois é muito
interessante quando a instituição propõe seminários, workshops e
eventos em que são convi-dados formadores e pesquisadores que
podem agregar conhecimentos à formação docente.
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APLICANDO A TEORIA NA PRÁTICA
RESPOSTA
Espera-se que o aluno chegue à conclusão de que as instituições escola-
res são constituídas por pessoas com diferentes pensamentos. Durante a
pesquisa, o estudante irá se deparar com pessoas que, embora encontrem
inúmeras dificuldades na profissão, estão preocupadas com o processo de
ensino-aprendizagem e, nesse contexto, provavelmente, observará ações
de educação continuada. Por outro lado, o discente também encontrará
professores desestimulados, doentes, que não encontram na profissão um
caminho de sucesso. Assim, esse estudante deve estar preparado para
essas duas realidades, dado que tais cenários estão presentes tanto em ins-
tituições públicas quanto em privadas; embora a maior ocorrência deverá
ser em instituições públicas, pois as condições de trabalho tendem a ser
mais degradantes. Além disso, na pesquisa, encontrará menções a ações
governamentais que visam à formação continuada e refletem nos planos
de carreira dos docentes, como, por exemplo, a proposição de cursos de
aperfeiçoamento presenciais e a distância.
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SÍNTESE
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REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO 6
HISTÓRIA DA
PROFISSIONALIZAÇÃO DO
PROFESSOR E OS DESAFIOS
ATUAIS
Objetivos
Ampliar as discussões do “ensinar” para o “educar”,
demandas e críticas ao trabalho docente; discutir a
formação docente e o compromisso com a formação cidadã;
estudar os marcos legais para a profissionalização docente: avanços
e retrocessos; abordar tópicos do Plano Nacional da Educação:
do imaginário ideal aos desafios reais; discutir aspectos da
semiprofi ssionalização e apontar demandas e críticas sobre o trabalho
docente; retomar algumas discussões do capítulo 1.
NOSSO TEMA
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6.1 Questões sobre a formação e
profissionalização docente
O que significa educar hoje, no século XXI? O que entendemos por
educação? Entendemos que cabe a ela estimular a criatividade e fomentar
a experimentação de novas formas de pensar, mas será que essa tarefa é
possível? Como podemos lidar com as diferenças de gerações entre pro-
fessores e alunos nesse contexto? Como vemos, são várias questões que
podem ser trabalhadas tanto individualmente quanto com nossos pares a
fim de entendermos melhor o significado da educação neste século. Aqui
podemos acrescentar a discussão sobre profissionalização docente, mas,
antes disso, vamos refletir sobre algumas questões. Confira: o que é o
aprender? O que é o ensinar? Como educar? Qual a relação entre ensino e
aprendizagem? Qual a relação entre aprender, ensinar e educar? Algumas
dessas discussões já foram feitas ao longo desta e de outras disciplinas,
principalmente quando o assunto tratado era didática.
Quem?
Por quê?
Onde?
Quando?
O quê? Como?
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A reflexão sobre o ensino e a aprendizagem nos leva à discussão da profis-
sionalização docente, que, por sua vez, está imersa nas atividades desen-
volvidas no mundo do trabalho por meio do entendimento e aquisição
de competências e conhecimentos específicos. Isso quer dizer que a for-
mação é essencial para profissionalização.
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Além disso, é importante sabermos que a LDB dispõe sobre a formação
inicial e continuada para professores em diversos artigos, acompanhe:
[...]
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REFLETINDO...
Antes de prosseguir, é importante que você reflita acerca das se-
guintes questões: O que é ensino? O que é aprendizagem? Qual
a relação entre a didática e o processo de ensino-aprendizagem?
Quando aprendemos uma técnica, por exemplo, por meio do contato com
outra pessoa, consideramos que algo nos foi ensinado, isto é, “eu aprendi
e alguém ensinou”. No entanto, a educação traz em si um conceito mais
amplo, dado que educar é ir além de ensinar uma técnica e que também
tem por finalidade ajudar o ser humano a viver melhor. Educar, então, é
um termo que envolve mais responsabilidade, porque, além de assimilar
determinado conteúdo, o aprendiz deve ser instigado a agir criticamente
sobre o conteúdo. Isso é educar com responsabilidade, e não apenas en-
sinar conceitos acerca de determinada temática, pois não devemos abrir
mão de educar o cidadão criticamente diante da realidade social. Ou seja,
é preciso educar nossos aprendizes para que questionem e busquem, em
conjunto, resoluções para os problemas atuais que a sociedade enfrenta.
Para isso, podemos pensar em Paulo Freire, grande educador que defende
o ensino contextualizado, coerente com a realidade.
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6.1.1 Pedagogia de trabalho na visão de
Perrenoud e de Fernando Hernández
Philippe Perrenoud (2000) é um sociólogo suíço com muita influência na
área da educação em muitos países, inclusive no Brasil. Seus estudos de-
monstram que o ofício do professor está se transformando, sendo funda-
mental propor aos alunos pesquisas, trabalhos em equipe e projetos que fa-
voreçam a autonomia e promovam adequadas situações de aprendizagem.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Qual a diferença entre projetos de trabalho e pedagogia de projetos?
Leia a entrevista do educador espanhol Fernando Hernández e des-
cubra! Para isso, acesse: <http://emjardimpioneiro.webnode.com.br/
news/entrevista-com-fernando-hernandez/>.
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estudar sobre germinação ou fotossíntese a partir do cultivo de alguma
planta e do estudo de cada fase de seu crescimento.
Nesse sentido, um projeto, por exemplo, pode ser pensado a partir dos
seguintes eixos: definição de um conceito, de um problema geral ou es-
pecífico, de questões inter-relacionadas, de uma temática etc. Percebeu
como tais eixos superam os limites de uma matéria? Assim, a pretensão
dos projetos de trabalho deve ser a de buscar “[...] a estrutura cognos-
citiva, o problema eixo, que vincula as diferentes informações, as quais
confluem num tema para facilitar seu estudo e compreensão por parte do
aluno” (HERNÁNDEZ; VENTURA, 1998, p. 62).
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Assim, a proposta de projetos de trabalho refere-se à concepção de glo-
balização, no sentido de um processo mais interno, em que a aprendi-
zagem é apoiada pelo seu significado. Nessa organização do processo de
ensino-aprendizagem, consideramos que os conhecimentos não seguem
um padrão rígido ou um contexto determinado, em que o conhecimento
pertença exclusivamente à disciplina X ou Y, por exemplo, com vistas a
homogeneizar os alunos. Veja o que Hernández e Ventura (1998, p. 61)
dizem sobre a função do projeto:
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ria para a construção de projetos já pode ser determinada anteriormente?
Ou depende da escola, do educador ou do livro? A resposta para todas
essas indagações é: não! Porque as informações surgem do que cada alu-
no sabe sobre um tema e da informação que ele consegue relacionar tanto
dentro quanto fora da escola.
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note que no centro de interesses ela é direcionada aos conteúdos, já no
trabalho com projetos é orientada às relações e nos procedimentos, o que
quer dizer que a avaliação é formativa e ocorre em todas as fases.
Veja que em 2015 havia 516.331 docentes atuando sem formação supe-
rior, isso demonstra que atender o disposto na LDB atual é um desafio
nacional. Diante desse quadro, tanto o poder público quanto a iniciativa
privada têm adotado alternativas de ensino para essa formação. Por essa
via, a Lei nº 9.394/96 garante, em seu art. 80, que o “Poder Público
incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino
| Fo rmação Docente 29
a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação
continuada [...]” (BRASIL, 1996, s.p.) e que a EaD será oferecida por ins-
tituições credenciadas pela União. Além disso, afirma, no inciso III, do
§ 3º, do art. 87, que cada município deve realizar programas de capaci-
tação para todos os docentes em exercício, utilizando, também, recursos
da EaD (BRASIL, 1996).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para ler o Plano Nacional de Educação (PNE) atual, que guia o de-
senvolvimento e o aperfeiçoamento das políticas públicas educa-
cionais, acesse: <http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/
reference/file/439/documento-referencia.pdf>. Desejamos uma
ótima leitura!
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Segundo Branco (2008, p. 73),
| Fo rmação Docente 31
e continuada para professores. Assim, menciona-se que, além da necessi-
dade de formação superior por parte dos docentes que atuam na Educação
Básica, é preciso que haja a formação posterior: a pós-graduação. No art.
66, por exemplo, a LDB expõe a necessidade de investimento em progra-
mas de mestrado e doutorado, pois é preciso ampliar o número de vagas
para que mais professores sejam contemplados com esse aperfeiçoamento.
Por esse documento, até 2024, o Brasil precisa cumprir 20 metas para
a educação. São cinco metas destinadas à formação e à carreira docente
dos diversos níveis e modalidades de educação. Entre os desafios a serem
transpostos, destacam-se a melhora na qualificação e na remuneração dos
docentes. No documento, é reforçada a questão da necessidade de forma-
ção superior para professores, e se coloca que até 2024 todos devem pos-
suir também pós-graduação. A meta 17, por exemplo, expõe a necessida-
de de “[...] valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas
da Educação Básica, a fim de equiparar o atendimento dos(das) demais
profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano vigência
deste PNE” (BRASIL, 2014, s.p.). Nesse sentido, há preocupação com os
ganhos salariais dos professores da Educação Básica, que costumam rece-
ber pouco mais da metade dos rendimentos dos profissionais graduados
de outras áreas. Já a meta 18 identifica a necessidade de criação de planos
de carreira em todos os sistemas de ensino.
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6.3Trabalho docente: questões da
profissionalização
Segundo Branco (2008, p. 90), debates sobre a melhoria da qualidade da
educação entendem a profissionalização do magistério como o caminho
para a conquista de direitos: “Investir e incentivar a formação continuada
dos docentes é condição para a profissionalização do magistério, pois a
formação é uma das categorias necessárias para essa profissionalização”;
e, junto a isso, Veiga (1988 apud BRANCO, 2008) atribui à profissiona-
lização um meio de elevação do prestígio social do docente.
PESQUISE!
A partir da discussão realizada na disciplina, pesquise e responda:
como o professor pode contribuir para motivar os alunos, favore-
cendo assim a relação professor-aluno e consequentemente o pro-
cesso de ensino-aprendizagem?
Dessa forma, quando o Estado exige que o professor tenha uma licença,
ou seja, uma autorização para ensinar, ele influencia a profissionalização
docente. Isto porque essa autorização é concedida por meio da realização
de cursos, sobretudo, os de licenciatura.
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Temos, portanto, que nos preocupar com a formação docente e sua pro-
fissionalização, pois, enquanto há perda de prestígio e pouca preocupação
com os parâmetros de formação, a docência pode ser considerada como
uma semiprofissão. E não é isso que queremos, nossa luta é por uma for-
mação de qualidade e políticas públicas que estabeleçam parâmetros para
essa qualidade. Tais parâmetros estão nas exigências em relação ao currí-
culo obrigatório, carga horária, estágio supervisionado, reconhecimento
de cursos e instituições, entre outros aspectos.
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APLICANDO A TEORIA NA PRÁTICA
Agora é com você! Faça uma pesquisa com estudantes de cursos a distân-
cia, converse com seus colegas e responda às questões: como os estudan-
tes que também trabalham se organizam – em termos de tempo, estudo
individual ou em grupo e espaço – para a realização das atividades dessa
formação? Quais são as dificuldades e as facilidades de um programa de
EaD para estudantes que trabalham e também para aqueles que ainda
não estão inseridos no mercado de trabalho? Esta será uma importan-
te atividade para o autoconhecimento e também para conhecerem e se
aproximarem mais dos colegas. Boa pesquisa!
RESPOSTA
Pesquisas acerca da temática demonstram que há dificuldade por parte
dos alunos de cursos a distância em gerirem seu próprio tempo para es-
tudo e demais atividades. Precisam dividir o tempo diário entre as ativi-
dades laborais, de estudo e domésticas. Muitos reservam para o estudo as
noites, as madrugadas e os finais de semana. Por ser escasso o tempo que
possuem, resta-lhes o estudo individual, mesmo necessitando estudar em
grupo para sanar dificuldades de aprendizagem. A facilidade mais evi-
dente parece ser a flexibilidade de tempo e de local para estudo.
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SÍNTESE
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REFERÊNCIAS
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MACHADO, I. de L. Educação Montessori: de um homem novo
para um mundo novo. 3. ed. São Paulo: Pioneira, 1986.
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