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1. INTRODUÇÃO
ou regressão. Baseado nos estudos realizados, o resultado nos direciona para uma
observação mais profunda no que se refere aos processos de gestão participativa,
uma vez que queremos formar cidadãos conscientes, críticos responsáveis e
capazes de exercerem sua cidadania.
Para isso precisamos rever a formação pedagógica, articulando a entre as
políticas educacionais e as concepções de formação enquanto processos de
construção coletiva. Com as políticas de reestruturação, ou focalizadas a partir de
2003 essas ações orientadas pelo governo ainda não obtiveram sucesso esperado,
do meu ponto de vista o que mais precisaria nesse momento seria o investimento no
material humano que faz parte desse processo, resgatar a autoestima do
profissional da educação que apresentar resultados satisfatório no desempenho de
sua função através de projetos que tenha resultado no processo ensino
aprendizagem. Desse modo o PDE funcionaria como carro chefe onde gestão
coordenação e professor conseguisse ver a educação como um bem público,
infelizmente o sistema educacional brasileiro apresenta uma fragmentação de ações
e programas e, conseqüentemente das políticas educacionais que os
fundamentaram. Pensar na qualidade de ensino implica assegurar um processo
pedagógico pautado na eficiência, eficácia e efetividade social, cultural e econômico
de modo a garantir o ingresso, permanência e a qualidade em educação, para
formar o novo cidadão brasileiro.
Para que esse processo se efetive é preciso um trabalho coletivo, onde todos
estejam voltados pelo mesmo objetivo “uma educação de qualidade’’.
comprometimento dos profissionais da área com a sua profissão, para que esse
sonho seja concretizado.
O que nos falta são condições para isso, uma escola para desenvolver um
bom trabalho necessita de um psicólogo, psicopedagogo e um técnico em saúde,
isso seria o ideal, sabemos que existe parcerias, mas são insuficientes, estamos
findando o ano letivo e depois de tantos problemas com determinados alunos no
decorrer do ano letivo conseguimos uma consulta por intermédio do conselho tutelar
em uma situação de risco com uma psicóloga. A escola não está preparada nem
equipada em sua estrutura física e humana para atender as problemáticas da
civilização atual que acompanham nossos alunos, que vão desde a sócios
econômicas, fome, estrutura familiar, gênero, drogas, violências entre outras. Assim
se distribui um coordenador “bom bril”(mil e uma utilidade), para atender os
incêndios diários de uma escola.
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7. O TRABALHO DO COORDENADOR
O trabalho pedagógico deve ser orientado, um bom projeto e a execução do
mesmo é a intenção e a certeza de que a escola e seus profissionais realizem um
trabalho de qualidade. Ele será o resultado de reflexões e questionamentos de seus
profissionais sobre o que é a escola é hoje e o que poderá a vir a ser. Visando, a
inovação da prática pedagógica da escola para elevar a qualidade do ensino.
FALCÃO FILHO (1994:46) ressalta:
O aluno requer um conjunto de ações que apenas um docente não pode a
formação realizar; portanto o processo de ensino – aprendizagem não se alimenta
exclusivamente da contribuição individualizada de cada conteúdo ou professor
isoladamente; pelo contrário, além dessas contribuições individuais, há aquelas
provenientes do trabalho conjunto de todos os docentes e destes com os demais
profissionais da educação lotados na escola.
O trabalho do coordenador deve ser orientado e isso, exige um compromisso
muito amplo, não somente com a comunidade na qual se está trabalhando, mas
consigo mesmo. Trata-se de um compromisso político que induz a competência
profissional e acaba por refletir na ação do educador, em sala de aula, as mudanças
almejadas. Todavia, a tarefa do coordenador é muito difícil de ser realizada, exige
participação para a integração em sua complexidade.
Segundo Gandin (1983, p. 89), esta ação não é fácil, por que:
Exige compromisso pessoal de todos;
Exige abertura de espaços para a participação;
Há necessidade de crer, de ter fé nas pessoas e nas suas
capacidades;
Requer globalidade (não é participação em alguns momentos isolados,
mas é constante);
Distribuição de autoridade;
Igualdade de oportunidades em tomada de decisões;
Democratização do saber.
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A autonomia escolar
A autonomia escolar se conquista de acordo com o tempo, tempo de
investigar, tempo de planejar, tempo de executar.
O tempo de investigar é quando nos propomos a conhecer a realidade de
nossos alunos, não adianta falar em riquezas sabendo o contexto social em que ele
vive. Para desenvolver um bom trabalho na comunidade escolar, precisamos saber
quem são e quais são as necessidades de nossos educados.
Tempo de planejar é também o tempo de reciclar nossas idéias, buscar algo
novo somar ao que já sabemos desenvolver novas técnicas de aprendizagem,
avaliar nossa metodologia, inovar para não corrermos o risco de ficar na Pré historia.
Tempo de executar, é o tempo de por em prática tudo aquilo que idealizamos,
pesquisamos é um conjunto de ações que vão culminar no saber adquirido do
docente, ou seja, é um momento de satisfação profissional, onde podemos avaliar o
fruto de nosso esforço enquanto profissionais responsáveis e comprometidos com a
educação de qualidade.
O papel do coordenador pedagógico é assegurar através de varias ações que
esses tempos, necessário para o bom desenvolvimento escolar seja culminado no
PPP e que seja resultado da participação conjunta de professores, alunos, pais,
equipe pedagógica e os recursos disponíveis, e isso tudo resulte na formação cidadã
do educando.
De acordo com Suchodolski (1979, p.477),
O conhecimento da ciência pedagógica é imprescindível, não porque esta
contenha diretrizes concretas validas para hoje e para amanhã; mas porque permite
realizar uma autentica analise crítica da cultura pedagógica, o que facilita ao
professor debruçar-se sobre as dificuldades concretas que encontra em seu
trabalho, bem como superá-las de maneira criadora.
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A escola precisa ser de fato, o local do exercício da cidadania, para que isso
aconteça o acesso na escola não é suficiente, é preciso garantir a permanência do
educando tornando o sujeito aprendente capaz de assimilar e construir saberes com
a orientação dos professores, baseando sempre em princípios, valores éticos e
morais.
Os valores éticos e morais na profissão
A ética
Por ética, podemos entender que seja a persistente aspiração que amolda
sua conduta, sua vida, aos princípios básicos dos valores culturais de sua missão e
seus fins, em todas as esferas de suas atividades.
A sociedade moderna assiste a um processo tecnológico jamais imaginado,
que ultrapassa as previsões dos mais perspicazes futurólogos. O extraordinário
progresso técnico - científico e o avanço econômico-social, não são suficientes para
deter no homem contemporâneo certa angústia, que o afasta de si, do outro e da
auto realização.
Segundo Garrafa (1996, p.5), a massificação, através dos meios de
comunicação e da informática que por sua vez traz uma desagregação de certos
valores que de certa forma vinham conduzindo a maioria das pessoas e grupos
humanos nos seus posicionamentos morais básicos.
A consciência
A consciência é a mola das ações e das aferições da conduta humana. A
consciência é antes de tudo um estado de espírito, ela legisla o indivíduo na busca
do bem, quando também o premia e o pune quando do erro e o faz retornar o
caminho do bem.
A ética tem sido entendida como a ciência da conduta humana perante os
seus semelhantes, etimologicamente, o termo do grego êthos que significa modo de
ser, caráter. Designa, dessa forma, filosófica sobre moralidade, isto é, sobre as
regras e os códigos morais que norteiam a conduta humana.
Elementos subjetivos
Sabemos que a ética baseia se em dois elementos essencialmente subjetivo:
A consciência e a liberdade. Assim, cada pessoa tem o poder de decidir e praticar
suas ações e ser por elas responsáveis. Só que estas ações no campo ético têm
uma abrangência bem maior porque a ética visa o comportamento em relação ao
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outro. Construir-se ou perder-se depende do rumo que ele imprime as suas decisões
e ações ao longo de sua vida. No espaço da ética só há lugar para dois atores: eu e
o outro.
Cuvillier (1997, p.358-359), destaca:
É pela profissão que o indivíduo se destaca e se realiza plenamente,
provocando sua capacidade, habitualidade, sabedoria e inteligência, comprovando
sua personalidade para vencer os obstáculos. Através do exercício profissional,
consegue o homem elevar seu nível moral. É na profissão que o homem pode ser
útil a sua comunidade e nela se eleva e destaca, na pratica dessa solidariedade
orgânica. Considera-se, diante da importância da escola enquanto formadora de
cidadãos é necessário que se pense na formação ética e moral do educador, no que
se refere à negligência praticada no trabalho:
Segundo Mardem, (1924, p.210),
Um trabalho mal-feito pode causar sérios desastres. Mesmo quando se sabe
como fazer, se o trabalho não for executado de acordo com este conhecimento,
também se comete uma infração ética, ocorrendo, no caso a negligência, como bem
classifica e exemplifica
Diante dos acontecimentos que envolvem todos os seguimentos de nossa
sociedade, todos os dias divulgados na mídia, percebe se que os princípios éticos e
morais estão longe de serem praticados nesse país.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prática pedagógica requer que se pense de forma dialética e que se faça
educação para toda a sociedade, ainda que, através de diferentes meios e em
diferentes espaços sociais. À medida que esta sociedade se torna tão complexa, há
que se expandir a intencionalidade educativa para diversos outros contextos,
abrangendo diferentes tipos de formação necessária ao exercício pleno da
cidadania. Espera-se, pois, que o Coordenador Pedagógico conheça plenamente o
seu espaço de trabalho, compartilhe idéias e conhecimentos, construa o seu papel
na escola, tornando-se assim, a ligação fundamental, traçando o seu caminho
transformador, formador e articulador. Certamente que a inexistência de respostas
prontas, acabadas e definitivas fazem com que o trabalho pedagógico do
coordenador seja uma reelaboração do caminho e a apresentação de algumas das
pistas possíveis para a continuação desse “caminhar”.
“Tem de todas as coisas. Vivendo, se aprende; Mais o que se aprende mais é
Só o fazer outras maiores perguntas."
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERREIRA, F.W. Planejamento; sim e não. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
1981.
FUSARI, J.C. O papel do planejamento na formação do educador. São Paulo,
SE/CENP, 1988.
. O planejamento da educação escolar; subsídios para ação-reflexão-ação.
São Paulo, SE/COGESP, 1989.
GANDIN, D. Planejamento corno prática educativa. São Paulo, Loyola, 1983.
SÃO PAULO (ESTADO) Secretaria da Educação. Planejamento de ensino. São
Paulo, Coordenadoria de Ensino Básico e Normal 1971.
FALCÃO FILHO, José Leão M. Supervisão: Uma análise crítica das críticas.
Coletânea vida na escola: os caminhos e o saber coletivo. Belo Horizonte, p 42-49,
mai/94.