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A IMPORTÂNCIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA


ESCOLA.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho discute como surgiu e qual é o papel do coordenador


pedagógico no cotidiano escolar frente sua atuação diversificada dentro da unidade
escolar, local do exercício de liderança deste profissional, certamente se mostram
pontuais na organização e desdobramento das atribuições do coordenador em
relação ao seu papel, em relação ao seu compromisso teórico-metodológico, ao
estabelecimento de ensino um clima organizacional propício ao desenvolvimento de
um trabalho pedagógico que respeite as distintas vozes que se apresentam no
âmbito escolar. Por meio de uma revisão de literatura, de discussões e análise de
vivências no cotidiano da escola, selecionei alguns pontos recorrentes para a
discussão do objeto de estudo, o que me possibilitou a constatar que a prática
pedagógica se constrói pela contribuição de todos os atores sociais, cujo sujeito
facilitador, pode ser materializado, dentre outros, na figura do coordenador
pedagógico.

Palavras-chave: como surgiu, formação de professores, coordenador


pedagógico
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2. COMO SURGIU E COMO É O DIA DE UM COORDENADOR PEDAGÓGICO.


A figura do coordenador pedagógico surgiu com as transformações na
educação entre as décadas de 70 a 90. A partir das transformações sociais,
políticas, econômica a mudança de valores, a fragilidade da educação, a
desvalorização dos profissionais provocou situações de desanimo na educação,
resultada de políticas educacionais formatadas e despejada nas escolas sem um
planejamento, sem a participação dos professores. O coordenador professor
pedagógico surge em meios a essas inovações educacionais voltadas para projetos
diferenciados, mudanças, porém sem nenhuma qualificação o que comprometeu o
bom desempenho de sua função. A figura do coordenador foi fruto de um de uma
concepção progressista, onde as novas formas de gestão escolar e processo ensino
aprendizagem foram postas em prática. E hoje o coordenador convive com adversas
condições de trabalho faltam as condições objetivas, formação técnica, materiais
favoráveis, organização coletiva, entre outros fatores, prejudicando assim sua real
função a de coordenar, planejar e acompanhar todo o processo didático pedagógico.
Leva–se em consideração que o atual cenário educacional da gestão
democrática busca desenvolver uma gestão participativa, tendo o gestor e
coordenador como o mediador das ligações entre escola – comunidade – família,
onde há relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe
escolar. O século XXI inicia-se com uma bagagem cheia de incertezas políticas,
ideológicas, comportamentais. Essa situação se reflete também na escola, fazendo
emergir sensações de impotência e pessimismo nas pessoas que participam dessa
comunidade. Segundo Kuhn (1970), a superação de um paradigma, é lenta e
encontra grandes resistências. No período de transição convivem elementos do
velho e do novo paradigma que vai progressivamente substituindo, com vantagem,
representações, atitudes e procedimentos. Os novos paradigmas gerenciais
requerem funções descentralizadas, participativas, interdependentes e integradas. O
desenvolvimento organizacional depende da melhoria contínua dos processos de
gestão, apoio e de base. A eficiência dos processos depende dos referenciais e
recursos neles utilizados. Os recursos humanos são determinantes, pois sua
capacitação e motivação é que tornam possível o aumento da eficiência dos
processos. A vontade e a capacidade dos agentes organizacionais, em última
instância, configuram uma cultura organizacional de desenvolvimento, estagnação
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ou regressão. Baseado nos estudos realizados, o resultado nos direciona para uma
observação mais profunda no que se refere aos processos de gestão participativa,
uma vez que queremos formar cidadãos conscientes, críticos responsáveis e
capazes de exercerem sua cidadania.
Para isso precisamos rever a formação pedagógica, articulando a entre as
políticas educacionais e as concepções de formação enquanto processos de
construção coletiva. Com as políticas de reestruturação, ou focalizadas a partir de
2003 essas ações orientadas pelo governo ainda não obtiveram sucesso esperado,
do meu ponto de vista o que mais precisaria nesse momento seria o investimento no
material humano que faz parte desse processo, resgatar a autoestima do
profissional da educação que apresentar resultados satisfatório no desempenho de
sua função através de projetos que tenha resultado no processo ensino
aprendizagem. Desse modo o PDE funcionaria como carro chefe onde gestão
coordenação e professor conseguisse ver a educação como um bem público,
infelizmente o sistema educacional brasileiro apresenta uma fragmentação de ações
e programas e, conseqüentemente das políticas educacionais que os
fundamentaram. Pensar na qualidade de ensino implica assegurar um processo
pedagógico pautado na eficiência, eficácia e efetividade social, cultural e econômico
de modo a garantir o ingresso, permanência e a qualidade em educação, para
formar o novo cidadão brasileiro.
Para que esse processo se efetive é preciso um trabalho coletivo, onde todos
estejam voltados pelo mesmo objetivo “uma educação de qualidade’’.

3. AS MULTIFUNÇÕES DO COORDENADOR PEDAGÓGICO.


Nesse meio encontra a figura do coordenador se desdobrando em
multifunções em seu dia escolar.

FALCÃO (1994:42) afirma:

Problemas ligados às características de vida do aluno, o seu ambiente


familiar, às suas relações com os pais, às suas condições de saúde e
nutrição; igualmente aspectos ligados à sua história escolar, seu
aproveitamento em outras séries e outras matérias, suas relações com
outros professores e com colegas; todos esses aspectos, ligados à vida do
discente fora da sala de aula, interferem no seu aproveitamento e,
consequentemente no trabalho do professor. Desde conflitos ,sociais,
econômicos, familiares, amorosos, violência, drogas, gêneros entre tantos
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outros...Como substituir o professor que faltou, organizar e agendar os


horários de uso da biblioteca, ajudar os funcionários da Secretaria na época
da matrícula, controlar a entrada e a saída dos alunos e Infelizmente o
cotidiano do coordenador pedagógico passa bem longe do ideal, estamos
tentando resgatar o que deveria ser um coordenador,na atual condição onde
nos desdobramos para segurar a peteca de uma escola viva como a nossa
de ensino fundamental ,onde os alunos estão passando por um processo de
metamorfose típico da faixa etária de nossos educando,onde estão se
descobrindo,deixando os hábito de crianças para entrar na adolescência ,
temos que trabalhar não só o aprendizagem mas de uma forma geral tudo
ainda conversar com os pais daquele garoto que vive brigando com os
colegas ou mesmo pais que nunca vem nas reuniões quando convocados.
Várias demandas vão parar nas mãos dos coordenadores pedagógicos. O
resultado é que, atolados em afazeres, muitos acabam não dando conta de
sua função prioritária na escola: a formação contínua, em serviço, dos
professores.

E a atuação se torna sem foco nem é uma questão de falta de experiência,


mas pelo grande número de afazeres como ser: o braço direito do diretor, não só
para os assuntos pedagógicos mas também para os burocráticos e financeiros; dos
professores, que costumam elegê-lo como o melhor porta-voz para tratar com a
direção sobre todos os temas da categoria; dos pais, que não sabem direito qual é a
função dele; e das secretarias, que às vezes fazem convocações em excesso e o
obrigam a mal parar em seu local de trabalho.

4. O COORDENADOR SABE QUAL É A SUA FUNÇÃO


Segundo Ana Maria Falcão de Aragão (1998), da Faculdade de Educação da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Eles não sabem os limites de seu
papel e, por isso, aceitam todas as demandas que lhe são dadas, fazendo coisas
demais por não ter a compreensão de que são, antes de tudo, formadores"
Isso prova que não sabemos, ou melhor, sabemos, mas não temos condições
de exercer somente a nossa função.
As tarefas que a coordenação acaba tomando para si poderiam ser passadas
para outro profissional, sobrando mais tempo para o que é primordial. Segundo
Coelho 1996 Para as coisas funcionarem bem, deve existir um trabalho colaborativo,
com o envolvimento de todos”. Um exemplo é o atendimento de pais. "É função do
coordenador recebê-los quando se trata de questões pedagógicas", O ideal é que
funcionários da secretaria sejam capacitados para fazer uma triagem dos
telefonemas e dos pedidos. A escola também ganha ao estipular horários fixos para
o atendimento às famílias.
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Já as secretarias podem se empenhar para melhorar as condições de


trabalho nas unidades, tanto no que diz respeito à estrutura física como na
composição de equipes, a fim de organizar e distribuir melhor as tarefas. "Alguns
sistemas prevêem a presença de um profissional responsável por questões
administrativas e pelos processos burocráticos, criando uma divisão automática de
atribuições".
Para Mozart Neves Ramos (2000), conselheiro do movimento Todos Pela
Educação, é preciso reconhecer a importância do coordenador na gestão escolar.
"Ele é o líder da aprendizagem, o responsável por obter bons resultados com o
trabalho de formação dos professores, e cada unidade de ensino precisa ter ao
menos um profissional", afirma. Ramos (2000) defende ainda ações de legitimação
da função no país. "No Plano Nacional de Educação 2011-2020, a meta que se
refere à profissionalização da gestão democrática nem cita o coordenador. Sem
levar isso em consideração, corremos o risco de ele trabalhar de forma desarticulada
dos objetivos da escola." Sem contar que a valorização do profissional deveria ser
igual do gestor, no entanto é inferior sendo ele tão importante no processo de ensino
aprendizagem do educando por que essa desvalorização?

5. E SUA QUALIDADE DE VIDA A FALTA DE TEMPO PARA A FAMÍLIA?

Atualmente, estamos vivenciando um tempo de muitas mudanças, via de


regra impulsionadas pela consolidação do sistema capitalista de produção. Esta
nova configuração mundial tem tido reflexos na maneira como ocorre à divisão social
do trabalho. No campo educacional, mais especificamente, não tem sido diferente.
As relações de trabalho, na escola, têm sofrido modificações nas últimas décadas.
Assim, se na gênese da Coordenação Pedagógica, o supervisor era o “fiscal”, o
chefe que gerenciava a produção - tal qual ocorria na indústria - hoje em dia, almeja-
se que este se configure como o que auxilia e contribui para a melhoria do processo
ensino-aprendizagem, objetivando uma educação de qualidade. É nesta perspectiva,
que podemos afirmar que o cargo Coordenação Pedagógica é necessário no
ambiente escolar. Mas a realidade nos indica que, para se alcançar o papel a que se
propõe o Coordenador Pedagógico, hoje em dia, existe um longo caminho a ser
trilhado, uma vez que o almejável depende de compromisso social, condições
materiais favoráveis para o desenvolvimento do trabalho e de compromisso pessoal,
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comprometimento dos profissionais da área com a sua profissão, para que esse
sonho seja concretizado.

6. OS COORDENADORES SABEM O QUE DEVE OU NÃO FAZER COMO:

 Garantir a realização semanal do horário de trabalho pedagógico coletivo


 Organizar encontros de docentes por área e por série
 Dar atendimento individual aos professores
 Fornece base teórica para nortear a reflexão sobre as práticas
 Conhecer o desempenho da escola em avaliações externas

 O QUE NÃO FAZER:

 Conferir se as classes estão organizadas e limpas antes das aulas


 Fiscalizar a entrada e a saída de alunos
 Visitar empresas do entorno para fechar parcerias
 Substituir professores que faltam
 Cuidar de questões administrativas, financeiras e burocracias em geral.

O que nos falta são condições para isso, uma escola para desenvolver um
bom trabalho necessita de um psicólogo, psicopedagogo e um técnico em saúde,
isso seria o ideal, sabemos que existe parcerias, mas são insuficientes, estamos
findando o ano letivo e depois de tantos problemas com determinados alunos no
decorrer do ano letivo conseguimos uma consulta por intermédio do conselho tutelar
em uma situação de risco com uma psicóloga. A escola não está preparada nem
equipada em sua estrutura física e humana para atender as problemáticas da
civilização atual que acompanham nossos alunos, que vão desde a sócios
econômicas, fome, estrutura familiar, gênero, drogas, violências entre outras. Assim
se distribui um coordenador “bom bril”(mil e uma utilidade), para atender os
incêndios diários de uma escola.
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Segundo Bartman (1998,p.1):


O coordenador não sabe quem é e que função deve cumprir na escola. Não
sabe que objetivos persegue. Não tem claro quem é seu grupo de professores e
quais as suas necessidades. Não tem consciência do seu papel de orientador e
diretivo. Sabe elogiar, mas não tem coragem de criticar. Ou só critica, e não
instrumentaliza. Ou só cobra, mas não orienta.
Discordo em parte de Bartman, nós sabemos qual deveria ser nossa função,
o problema é que por falta de uma equipe qualificada em suas áreas especificas,
nós temos que ser multi uso dentro de uma escola e por conta de tantos afazeres
acabamos não executando a nossa verdadeira função.
Segundo Novoa (2001), a experiência não é nem formadora nem produtora. É
a reflexão sobre a experiência que pode provocar a produção do saber e a
formação”. O coordenador deve estar sempre preparado para mudanças e sempre
pronto para motivar sua equipe na formação do novo cidadão. O coordenador
eficiente centraliza as conquistas do grupo de professores e assegura que as boas
ideias tenham continuidade. Além do que se passa dentro das quatro paredes da
sala de aula, há muito mais a aprender no convívio do coletivo - no parque, no
refeitório, na rua, na comunidade. É preciso lembrar que só quem não está em
classe, imerso naquela realidade, é capaz de estranhar. E isso é ótimo! É do
estranhamento que surgem bons problemas, o que é muito mais importante do que
quando as respostas aparecem prontas. Só assim é possível que o coordenador
efetivamente forme professores (e esse é o seu papel primordial), diria que no dia-a-
dia de uma instituição educativa é preciso: dispor segundo certa ordem e método as
ações que colaboram para o fortalecimento das relações entre a cultura e a escola;
organizar o produto da reflexão dos professores, do planejamento, dos planos de
ensino e da avaliação da prática; arranjar as rotinas pedagógicas de acordo com os
desejos e as necessidades de todos; e ligar e interligar pessoas, ampliando os
ambientes de aprendizagem. Esse é o sentido de ser um bom coordenador, não de
uma instituição, mas de processos de aprendizagem e de desenvolvimento tão
complexos como os que temos nas escolas.
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7. O TRABALHO DO COORDENADOR
O trabalho pedagógico deve ser orientado, um bom projeto e a execução do
mesmo é a intenção e a certeza de que a escola e seus profissionais realizem um
trabalho de qualidade. Ele será o resultado de reflexões e questionamentos de seus
profissionais sobre o que é a escola é hoje e o que poderá a vir a ser. Visando, a
inovação da prática pedagógica da escola para elevar a qualidade do ensino.
FALCÃO FILHO (1994:46) ressalta:
O aluno requer um conjunto de ações que apenas um docente não pode a
formação realizar; portanto o processo de ensino – aprendizagem não se alimenta
exclusivamente da contribuição individualizada de cada conteúdo ou professor
isoladamente; pelo contrário, além dessas contribuições individuais, há aquelas
provenientes do trabalho conjunto de todos os docentes e destes com os demais
profissionais da educação lotados na escola.
O trabalho do coordenador deve ser orientado e isso, exige um compromisso
muito amplo, não somente com a comunidade na qual se está trabalhando, mas
consigo mesmo. Trata-se de um compromisso político que induz a competência
profissional e acaba por refletir na ação do educador, em sala de aula, as mudanças
almejadas. Todavia, a tarefa do coordenador é muito difícil de ser realizada, exige
participação para a integração em sua complexidade.

Segundo Gandin (1983, p. 89), esta ação não é fácil, por que:
 Exige compromisso pessoal de todos;
 Exige abertura de espaços para a participação;
 Há necessidade de crer, de ter fé nas pessoas e nas suas
capacidades;
 Requer globalidade (não é participação em alguns momentos isolados,
mas é constante);
 Distribuição de autoridade;
 Igualdade de oportunidades em tomada de decisões;
 Democratização do saber.
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Diante do exposto até aqui se conclui que a escola, é parte integrante da


totalidade social, não é um produto acabado. É resultado, dos conflitos sociais que
os trabalhadores vivem nas relações de produção, nas relações sociais e nas lutas
de classe. É também fruto das lutas sociais pela escola como lugar para satisfazer a
necessidade de conhecimentos, qualificação profissional, e de melhoria de suas
condições de vida enquanto possibilita melhores empregos e o acesso a uma maior
renda. Não se pode negar este direito aos trabalhadores, e, por isso, a escola
pública, apesar dos pesares, é um espaço de Educação Popular.
Contudo, caracteriza Brandão (1999, em seu artigo p.15):
A educação existe no imaginário das pessoas e na ideologia dos grupos
sociais e, ali, sempre se espera, de dentro, ou sempre se diz para fora, que a sua
missão é transformar sujeitos e mundos em alguma coisa melhor, de acordo com as
imagens que se tem de uns e outros.
8. O PAPEL DA ESCOLA
Para que a escola possa cumprir com este papel, será necessário investir na
mudança de atitude do seu professor, do coordenador, no sentido de criar condições
que favoreçam este elo, tendo como objetivo a valorização e a cultura do aluno e
busque promover o diálogo com a cultura. Sem dúvida, é imprescindível a presença
do coordenador, como instigador da capacitação docente, destacando a
necessidade de adquirir conhecimento e condições de enfrentar as dificuldades
próprias de sua profissão, como também, estar preparado para administrar as
constantes mudanças, no contexto escolar. Ressaltando que a LDB, no seu capítulo
IX afirma: “quando se fala em uma nova abordagem pedagógica (...) e avaliação
contínua do aluno, tudo isto exige um novo tipo de formação e treinamento ou
retreinamento de professores”.
A LDB no seu art. 22 afirma: “a educação básica tem por finalidade
desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o
exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos
posteriores”. Lembrando que a escola deve trabalhar a educação, de maneira a
ajudar de forma intencional, sistemática, planejada e contínua para os alunos que a
freqüentam. Esta educação deve ser diferente da forma como fazem as outras
instituições como: a família, os meios de comunicação, o lazer e os outros espaços
de construção do conhecimento e de valores para convivência social. Não pare
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Deve, portanto, assumir explicitamente o compromisso de educar os seus


alunos dentro dos princípios democráticos. Ela precisa ser um espaço de práticas
sociais em que os alunos não só entrem em contato com valores determinados, mas
também aprendam a estabelecer hierarquia entre valores, ampliam sua capacidade
de julgamento e realizam escolhas conscientes, adquirindo habilidades de
posicionar-se em situações de conflito.
9. COMO O FAZER DO COORDENADOR PODE AJUDAR.
O coordenador tem a possibilidade de transformar a escola no exercício de
uma função realmente comprometida com uma proposta política e não com o
cumprimento de um papel alienado assumido. Deve antes de tudo, estar envolvido
nos movimentos e lutas justas e necessárias aos educadores. Semear boas
sementes, onde a educação se faz presente e acreditar veemente que estas surtirão
bons frutos.
A caracterização da coordenação precisa ser definida e assumida pelo
Educador e pelo coordenador. É uma opção que lhe confere responsabilidade e a
tranqüilidade de poder. O coordenador deverá ser capaz de desenvolver e criar
métodos de análise para detectar a realidade e daí gerar estratégias para a ação;
deverá ser capaz de desenvolver e adotar esquemas conceituais autônomos e não
dependentes, diversos de muitos daqueles que vem sendo empregados como
modelo, pois um modelo de coordenação escolar não serve a todas as realidades.
O coordenador possui uma função globalizadora do conhecimento através da
integração dos diferentes componentes curriculares. Sem esta ação integradora, o
aluno recebe informações soltas, sem relação uma das outras, muitas vezes inócua.
É preciso que os conteúdos sejam trabalhados por áreas de conhecimento, sendo
assim todos estarão interligados ou seja o conhecimento não se da como se fosse
uma caixa de fósforo, abre para história e fecha para português. No planejamento
pedagógico, o foco do trabalho deverá estar na maneira como se dará a sequência
de aprendizagem dos conteúdos ao longo da escolaridade é preciso fazer a
adequação dos conhecimentos que precisam ser trabalhados de forma articulada
aos de outras áreas de conhecimento. É preciso que se tenha uma sequência lógica
dos conteúdos que darão continuidade aos da fase anterior, garantindo ao aluno
uma aprendizagem articulada e eficaz e ao professor, a possibilidade de ações
interdisciplinares.
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Para que o conhecimento ganhe sentido transformador para o aluno é


necessário ter relação com a realidade por ele conhecida, e que os conteúdos das
diferentes áreas do conhecimento sejam referidos à totalidade de conhecimento.

10. A FUNÇÃO DO COORDENADOR DENTRO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA


Acredita-se que uma das funções específicas do coordenador é a
socialização do saber docente, na medida em que há ela cabe estimular a troca de
experiências entre os professores, a discussão e a sistematização de práticas
pedagógicas, função complementada pelos órgãos de classe que contribuirá para a
construção, não só de uma teoria mais compatível à realidade brasileira, mas
também do educador coletivo.
Esse profissional tem que ir além do conhecimento teórico, pois para
acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é preciso percepção
e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos e professores, tendo que
se manter sempre atualizado, buscando fontes de informação e refletindo sobre sua
prática Segundo Novoa (2001,p.13), “a experiência não é nem formadora nem
produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode provocar a produção do saber
e a formação” com esse pensamento, ainda é necessário destacar que o trabalho
deve acontecer com a colaboração de todos, assim o coordenador deve estar
preparado para mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe. Dentro das
diversas atribuições está o ato de acompanhar o trabalho docente, sendo
responsável, pelo elo entre os envolvidos na comunidade educacional. A questão do
relacionamento entre o coordenador e o professor é um fator crucial para uma
gestão democrática, para que isso aconteça com estratégias bem formuladas o
coordenador não pode perder seu foco.
O coordenador precisa estar sempre atento ao cenário que se apresenta a
sua volta valorizando os profissionais da sua equipe e acompanhando os resultados,
essa caminhada nem sempre é feita com segurança, pois as diversas informações e
responsabilidades o medo e a insegurança também fazem parte dessa trajetória,
cabe ao coordenador refletir sobre sua própria prática para superar os obstáculos e
aperfeiçoar o processo de ensino – aprendizagem. O trabalho em equipe é fonte
inesgotável de superação e valorização do profissional.
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Assim, conseguiremos formar o novo cidadão dotado de capacidades e


habilidades para ser inserido na sociedade em que vive, mas para que isso ocorra,
as escolas devem se organizar em cima do que já tem, ou seja, conhecendo a
realidade de seus docentes, pois as escolas participam dos mesmos problemas
sociais, no entanto não há receituário para solução dos mesmos, pois cada
realidade escolar é diferente, embora os problemas sejam parecidos.

 A autonomia escolar
A autonomia escolar se conquista de acordo com o tempo, tempo de
investigar, tempo de planejar, tempo de executar.
O tempo de investigar é quando nos propomos a conhecer a realidade de
nossos alunos, não adianta falar em riquezas sabendo o contexto social em que ele
vive. Para desenvolver um bom trabalho na comunidade escolar, precisamos saber
quem são e quais são as necessidades de nossos educados.
Tempo de planejar é também o tempo de reciclar nossas idéias, buscar algo
novo somar ao que já sabemos desenvolver novas técnicas de aprendizagem,
avaliar nossa metodologia, inovar para não corrermos o risco de ficar na Pré historia.
Tempo de executar, é o tempo de por em prática tudo aquilo que idealizamos,
pesquisamos é um conjunto de ações que vão culminar no saber adquirido do
docente, ou seja, é um momento de satisfação profissional, onde podemos avaliar o
fruto de nosso esforço enquanto profissionais responsáveis e comprometidos com a
educação de qualidade.
O papel do coordenador pedagógico é assegurar através de varias ações que
esses tempos, necessário para o bom desenvolvimento escolar seja culminado no
PPP e que seja resultado da participação conjunta de professores, alunos, pais,
equipe pedagógica e os recursos disponíveis, e isso tudo resulte na formação cidadã
do educando.
De acordo com Suchodolski (1979, p.477),
O conhecimento da ciência pedagógica é imprescindível, não porque esta
contenha diretrizes concretas validas para hoje e para amanhã; mas porque permite
realizar uma autentica analise crítica da cultura pedagógica, o que facilita ao
professor debruçar-se sobre as dificuldades concretas que encontra em seu
trabalho, bem como superá-las de maneira criadora.
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A escola precisa ser de fato, o local do exercício da cidadania, para que isso
aconteça o acesso na escola não é suficiente, é preciso garantir a permanência do
educando tornando o sujeito aprendente capaz de assimilar e construir saberes com
a orientação dos professores, baseando sempre em princípios, valores éticos e
morais.
 Os valores éticos e morais na profissão
A ética
Por ética, podemos entender que seja a persistente aspiração que amolda
sua conduta, sua vida, aos princípios básicos dos valores culturais de sua missão e
seus fins, em todas as esferas de suas atividades.
A sociedade moderna assiste a um processo tecnológico jamais imaginado,
que ultrapassa as previsões dos mais perspicazes futurólogos. O extraordinário
progresso técnico - científico e o avanço econômico-social, não são suficientes para
deter no homem contemporâneo certa angústia, que o afasta de si, do outro e da
auto realização.
Segundo Garrafa (1996, p.5), a massificação, através dos meios de
comunicação e da informática que por sua vez traz uma desagregação de certos
valores que de certa forma vinham conduzindo a maioria das pessoas e grupos
humanos nos seus posicionamentos morais básicos.
 A consciência
A consciência é a mola das ações e das aferições da conduta humana. A
consciência é antes de tudo um estado de espírito, ela legisla o indivíduo na busca
do bem, quando também o premia e o pune quando do erro e o faz retornar o
caminho do bem.
A ética tem sido entendida como a ciência da conduta humana perante os
seus semelhantes, etimologicamente, o termo do grego êthos que significa modo de
ser, caráter. Designa, dessa forma, filosófica sobre moralidade, isto é, sobre as
regras e os códigos morais que norteiam a conduta humana.
 Elementos subjetivos
Sabemos que a ética baseia se em dois elementos essencialmente subjetivo:
A consciência e a liberdade. Assim, cada pessoa tem o poder de decidir e praticar
suas ações e ser por elas responsáveis. Só que estas ações no campo ético têm
uma abrangência bem maior porque a ética visa o comportamento em relação ao
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outro. Construir-se ou perder-se depende do rumo que ele imprime as suas decisões
e ações ao longo de sua vida. No espaço da ética só há lugar para dois atores: eu e
o outro.
Cuvillier (1997, p.358-359), destaca:
É pela profissão que o indivíduo se destaca e se realiza plenamente,
provocando sua capacidade, habitualidade, sabedoria e inteligência, comprovando
sua personalidade para vencer os obstáculos. Através do exercício profissional,
consegue o homem elevar seu nível moral. É na profissão que o homem pode ser
útil a sua comunidade e nela se eleva e destaca, na pratica dessa solidariedade
orgânica. Considera-se, diante da importância da escola enquanto formadora de
cidadãos é necessário que se pense na formação ética e moral do educador, no que
se refere à negligência praticada no trabalho:
Segundo Mardem, (1924, p.210),
Um trabalho mal-feito pode causar sérios desastres. Mesmo quando se sabe
como fazer, se o trabalho não for executado de acordo com este conhecimento,
também se comete uma infração ética, ocorrendo, no caso a negligência, como bem
classifica e exemplifica
Diante dos acontecimentos que envolvem todos os seguimentos de nossa
sociedade, todos os dias divulgados na mídia, percebe se que os princípios éticos e
morais estão longe de serem praticados nesse país.

11. O QUE MUDA COM O NOVO PENSAR E FAZER DO COORDENADOR


O que muda com o novo pensar e fazer do coordenador, tudo, pois agora nós
temos uma base, ou seja, uma formação teórica que nos auxiliará no cotidiano
escolar.
 Plano de trabalho
O primeiro passo é montar um bom plano de trabalho onde as ações devem
ser coordenadas e flexíveis de acordo com a realidade escolar,estimular o trabalho
em equipe, lembrar que temos um novo papel e por mais que estejamos ligados por
laços de efetividade com os colegas temos deveres a cumprir ou seja nosso trabalho
deve ser voltado para orientação e cobranças de resultados satisfatório da
aprendizagem. A primeira tarefa do Coordenador é tentar mobilizar os colegas a
desenvolver um trabalho de equipe,pois essa é uma condição essencial para a
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melhoria do fazer pedagógico em sala de aula, deixar claro os objetivos comuns da


escola, rememorando o compromisso assumido na elaboração do Projeto
Pedagógico e do "Plano Escolar".
 Em busca de melhores resultados
Para que se ter melhores resultados é primordial analisar o desempenho de
professores e alunos nos dois primeiros bimestres e ao lado da direção propor ações
efetivas para melhorar esse desempenho, pois os índices de aprendizagem nas
escolas são ruim.
Com os indicadores da escola em mãos é possível montar um plano de ação
visando a melhoria e a recuperação de aprendizagem em várias disciplinas é preciso
discutir esses resultados insatisfatório em conjunto ou individualmente com os
professores. A troca de informações com os professores envolvidos com os baixos
índices de aproveitamento se mostra imprescindível a fim de que conheçam em
profundidade as características desses docentes, entre as quais sua inclinação e
vontade em remodelar seu trabalho, o grau de interesse pela aprendizagem do
alunado, com vistas ao melhor desempenho nos bimestres que se seguirem. Isso
contribuirá na implementação de ações necessárias a melhoria do trabalho em sala
de aula, ou seja, novas metodologias devem ser adotadas, pois as utilizadas até o
momento mostraram-se ineficazes frente aos resultados, até o momento, obtidos.
Sabemos que não é fácil pois do lado do professor sempre haverá justificativas, da
falta de pré-requisitos à conduta negativa do aluno em sala de aula, justificativas
essas que são um convite ao imobilismo e a manutenção da” mesmice” não
aceitando uma auto avaliação do seu trabalho arcaico.
O Professor Coordenador precisa reestimular o docente envolvido com maus
resultados para o compromisso de tentar novas formas de trabalho capazes de
alterar os rumos do processo. Para que isso aconteça será preciso acompanhar
essas ações para que tudo o que se replanejou, não se perca somente com falácias
(muito comum nas escolas públicas).
Discutir a questão da assiduidade e buscar razões do excesso de falta de
muitos às aulas é uma tarefa árdua pois a falta de continuidade dos conteúdos
provoca nos alunos o desinteresse por determinadas disciplinas.
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Acompanhar o processo de aplicação dos conteúdos planejados, não só


baseá-lo no registro existente nos diários, mas também louvar-se no caderno dos
alunos, fonte essencial para saber como andam as classes em relação àquilo que o
docente se comprometeu a desenvolver. Essa não é um procedimento fácil na
maioria das vezes é considerado como fiscalização. Por isso deve ser acordado com
os professores. A aprendizagem se da de forma cumulativa, e o não cumprimento do
planejamento pode causar danos na aprendizagem do aluno.
Nós podemos também em um processo de formação continuada em reuniões
pedagógicas estar direcionando estudos para o aperfeiçoamento dos docentes
selecionando textos, normalmente os que tratem de metodologia para o
desenvolvimento dos conteúdos, podemos oferecer tanto quanto possível material
para a leitura do grupo, que será tanto mais eficaz quando se relacionar ao dia a dia
dos professores nas diferentes áreas e disciplinas. Na verdade, seria mesmo um
treinamento por meio dessas leituras e discussões e acompanhar se está dando
resultados.
Organizar, previamente a pauta das reuniões pedagógicas para evitar
improvisações para evitar críticas da parte dos envolvidos, procurar chamar a
atenção de todos pra que ninguém fique disperso nesse momento pedagógico tão
importante.
Acompanhar e analisar as avaliações que serão aplicadas aos alunos e os
critérios das mesmas pois as avaliações devem medir a eficiência dos métodos
aplicados em sala na prática as provas constituem um mero amontoado de questões
nas quais os objetivos não se expressam claramente, nas quais os conceitos
básicos e habilidades a serem avaliadas não ganham relevância. Lutar para que a
avaliação deixe ser uma arma e passe a ser diagnóstica. Para eventuais
recuperações, que elas não se constitui em repetição dos conteúdos não
apreendidos, mas um novo momento no qual se aplicarão métodos diferenciados
para atingir os objetivos propostos pelo professor. Para que a escola obtenha
resultados satisfatórios é preciso que todos os de a sua contribuição à melhoria do
ensino-aprendizagem.
Enfim um coordenador pedagógico sabe o que deve, e como fazer para atuar
o seu papel, mas vale lembrar que na teoria é muito bonito, que nem sempre na
pratica é possível a execução de um bom trabalho, precisamos de apoio, não
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conseguimos melhorar índice de aprendizagem, com tantos problemas que as


escola vem enfrentando atualmente como: os socioeconômicos, cultural, familiar,
violências de todas as espécies entre outros, a escola esta perdendo a sua função e
abraçando outras causas, por isso é preciso mais investimento em profissionais que
possam estar contribuindo nesse processo, já que a crise na educação é
proveniente de mudanças na nossa sociedade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prática pedagógica requer que se pense de forma dialética e que se faça
educação para toda a sociedade, ainda que, através de diferentes meios e em
diferentes espaços sociais. À medida que esta sociedade se torna tão complexa, há
que se expandir a intencionalidade educativa para diversos outros contextos,
abrangendo diferentes tipos de formação necessária ao exercício pleno da
cidadania. Espera-se, pois, que o Coordenador Pedagógico conheça plenamente o
seu espaço de trabalho, compartilhe idéias e conhecimentos, construa o seu papel
na escola, tornando-se assim, a ligação fundamental, traçando o seu caminho
transformador, formador e articulador. Certamente que a inexistência de respostas
prontas, acabadas e definitivas fazem com que o trabalho pedagógico do
coordenador seja uma reelaboração do caminho e a apresentação de algumas das
pistas possíveis para a continuação desse “caminhar”.
“Tem de todas as coisas. Vivendo, se aprende; Mais o que se aprende mais é
Só o fazer outras maiores perguntas."
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