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O PAPEL DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA JUNTO

AO GESTOR

¹
Janaína Elizabeth Schmidt Momm
Luciano Oscar Kretzschmar
Poliana César da Paixão
Mariana Sabrina Gasperi da Silva

²
Ana Cicília Demétrio

RESUMO

Palavras-chave: Gestão Escolar, Coordenação Pedagógica.

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo, demonstrar todas as especialidades dentro do


processo de coordenação pedagógica, junto a gestão escolar, esclarecendo o
funcionamento de tail esfera, bem como suas demandas, especificidades, e
características que compoem seu corpo docente.
Através de pesquisas literárias, abordaremos o tema sobre a formação do docente
e sua profissionalização, seus métodos, a busca na formação continuada como
atualização e conceitualização moderna para fins de solucionar , esclarecer e introduzir
seus conhecimentos em prol do objetivo maior, que permeia a alfabetização, a
aprendizagem, o convívio, a humanização e interação com seus estudantes, pais e
comunidade. Demonstrando assim, todos os desafios enfrentados pelos coordenadores
pedagógicos, e seus objetivos para atingirem as metas de desenvolvimento humano,
entendendo , acolhendo e intercedendo e ensinando a fim de solucionar, amenizar e
reconhecer os anseios de seu corpo pedagógico, tornando o ambiente escolar mais
acessivel, harmonioso e efetivo.

1 Nome dos acadêmicos


2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (PED 1831) – Prática do Módulo
VII – 14/05/20
2. INTEGRAÇÃO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

O trabalho de coordenação pedagógica se articula com vários setores da escola,


direção, pais, alunos, funcionários e comunidade escolar em geral, e é nesse sentido que
se concretiza como um elo entre todos esses segmentos. É função essencial de a
coordenação pedagógica acompanhar a produção do grupo que está coordenando, sendo
capaz de desenvolver e criar métodos de análise para a partir desse ponto gerar
estratégias juntamente com sua equipe para a ação, considerando o contexto no qual está
inserido. Portanto o segmento de coordenação pedagógica possui uma função
globalizadora que visa a integração para a melhoria na qualidade de ensino socializando
assim o saber docente.
O coordenador pedagógico surge em meios a essas inovações educacionais
voltadas para projetos diferenciados, mudanças, porém sem nenhuma qualificação o que
comprometeu o bom desempenho de sua função. Leva–se em consideração que o atual
cenário educacional da gestão democrática busca desenvolver uma gestão participativa,
tendo o gestor e coordenador como o mediador das ligações entre escola – comunidade
– família, onde há relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da
equipe escolar. O século XXI inicia-se com uma bagagem cheia de incertezas políticas,
ideológicas, comportamentais. O desenvolvimento organizacional depende da melhoria
contínua dos processos de gestão, apoio e de base.
A eficiência dos processos depende dos referenciais e recursos neles utilizados.
Os recursos humanos são determinantes, pois sua capacitação e motivação são que
tornam possível o aumento da eficiência dos processos. Com as políticas de
reestruturação, ou focalizadas essas ações orientadas pelo governo o que mais precisaria
nesse momento seria o investimento no material humano, o que faz parte desse processo
é resgatar a autoestima do profissional da educação que apresenta resultados
satisfatórios no desempenho de sua função através de projetos que tenha resultado no
processo ensino aprendizagem. Desse modo o PDE (Plano de Desenvolvimento da
Escola) funcionaria como carro chefe onde gestão, coordenação e professor conseguem
ver a educação como um bem público, infelizmente o sistema educacional brasileiro
apresenta uma fragmentação de ações e programas e, consequentemente das políticas
educacionais que os fundamentaram.
Para que esse processo se efetive é preciso um trabalho coletivo, onde todos
estejam voltados pelo mesmo objetivo "uma educação de qualidade”.
2
Problemas ligados às características de vida do aluno, o seu ambiente
familiar, às suas relações com os pais, às suas condições de saúde e nutrição;
igualmente aspectos ligados à sua história escolar, seu aproveitamento em
outras séries e outras matérias, suas relações com outros professores e com
colegas; todos esses aspectos, ligados à vida do discente fora da sala de aula,
interferem no seu aproveitamento e, consequentemente no trabalho do
professor. FALCÃO apud SILVA (2014, p. 09)

Desde conflitos, sociais, econômicos, familiares, amorosos, violência, drogas,


gêneros entre tantos outros... Como substituir o professor que faltou organizar e agendar
os horários de uso da biblioteca, ajudar os funcionários da Secretaria na época da
matrícula, controlar a entrada e a saída dos alunos, fazem parte das funções atribuídas
ao coordenador pedagógico, mas infelizmente o cotidiano do coordenador pedagógico
passa bem longe do ideal. O profissional precisa saber lidar com os estudantes, onde os
alunos estão passando, muitas vezes, por um processo de metamorfose típico da faixa
etária de nossos educandos, onde estão se descobrindo, deixando o hábito de crianças
para entrar na adolescência, temos que trabalhar não só a aprendizagem, mas de uma
forma geral, com os alunos e os pais, o coordenador precisa saber lidar com conflitos
como, por exemplo: conversar com os pais daquele garoto que vive brigando com os
colegas ou mesmo os pais que nunca vem nas reuniões quando convocados. O resultado
é que, atolados em afazeres, muitos acabam não dando conta de sua função prioritária
na escola: a formação contínua, em serviço, dos professores.
As funções de supervisor, orientador e pedagogo devem ser compreendidas
dentro do contexto histórico em que surgiram e na conjuntura atual em que a escola está

inserida. A supervisão e orientação surgem num período de industrialização intenso, no


início do século XX, no qual eram exigidas especializações e havia a separação entre os
que pensam e os que fazem a educação. A Orientação Educacional no Brasil,
inicialmente, visava adaptar e ajustar o indivíduo ao mercado de trabalho, de acordo
com Santos:
[…] o foco da implantação do serviço de orientação tinha como perspectiva de
que cada aluno se encaminhasse convenientemente nos estudos e na escolha da
profissão, através de esclarecimentos e conselhos, sempre em consonância com a sua
família. (SANTOS, 1971 apud SÁ, 2003, p. 9)
Com a LDB 4.024/61, houve uma redefinição, o Orientador Educacional seria
um orientador de estudos e um conselheiro vocacional. E com a Lei nº 5.692/71 tornou-
se obrigatória em todas as escolas a fim de realizar o entrosamento entre escola, família

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e comunidade.

3. DIREÇÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA

Pode-se dizer que a gestão escolar está, na verdade, diretamente relacionada ao


fortalecimento da democratização das escolas. No processo de participação escolar, a
aprendizagem contínua da capacidade de participação e aprendizagem contínua da
capacidade crítica e da autonomia, ou seja, pressupõe convivência e ideias. Em termos
de ensino, a gestão é acompanhada pela implementação de planos ou projetos, a gestão,
juntamente com as políticas, planos e avaliações institucionais, constituem uma vertente
da gestão administrativa.
Se os educadores escolares são, por característica do próprio ofício, promotores
do diálogo que viabiliza a educação parecem justo e razoável que a eles caiba
um papel determinante na coordenação do trabalho na escola. Por isso, parece
procedente, quando se questiona a atual estrutura da escola, indagar se não seria
proveitoso, sem prejuízo do atual conselho de escola, propor um conselho
diretivo composto por educadores escolares, que seriam não chefes, mas
coordenadores das atividades da escola. (PARO, 2008a, apud PARO, 2010a
p. 25).
Há muitos anos, o tema “gestão” tem sido foco de atenção dos pesquisadores.
Principalmente na gestão escolar, mas este capítulo Gestores escolares que vivenciam e
se desenvolvem no cotidiano do coordenador pedagógico, promover a gestão por meio
de parceria, democracia e participação de todos. A comunidade escolar tende a garantir
que o coordenador de ensino é organizador do trabalho docente de acordo com as
recomendações do guia LDB 9394/96 Delegar ao diretor da escola a tarefa de gestão
democrática e participativa. Porém, observa-se que muitos gestores têm dificuldade em

atingir esse objetivo. Esse manejo ideal pode ser devido às rotinas estabelecidas nas
rotinas educacionais. Portanto, as ações do CP e a gestão escolar podem ajudar
desenvolver atividades pedagógicas coletivas. Este caminho é muito diferente porque A
educação é baseada na parceria e na consciência coletiva, atitude inerente aos gestores
escolares. Acredita-se que o trabalho coletivo é composto pela gestão escolar e
Organizado pelo coordenador pedagógico, envolvendo vários departamentos da escola e
Comunidade escolar participativa.
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração,
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica,
será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a
critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.
4
(BRASIL, 1996).
O papel do coordenador pedagógico nos faz perceber no cotidiano da escola,
como a organização do trabalho docente é essencial, portanto, um planejamento
cuidadoso e estruturado. Desse modo, há de se compreender que o cotidiano da escola
deve ser organizado em função da aprendizagem e do sucesso escolar dos discentes, os
quais dependerão de diferentes estratégias metodológicas planejadas e executadas. Estas
devem estar em consonância com os pressupostos filosóficos e metodológicos definidos
coletivamente no PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), cuja elaboração deve ser
sistematizada pelo Coordenador pedagógico.
Segundo a revista Nova Escola (2006), o coordenador pedagógico assume seu
papel para somar junto com a direção escolar, a construção de uma instituição
democrática, sendo assim, é inerente ao seu trabalho: Participar ativamente da
elaboração e discussão da proposta pedagógica; estar atualizado com pesquisa e
bibliografia para orientar os professores na busca de soluções; garantir tempo e espaço
na semana para discussão sobre a prática docente e relações com os alunos; ser
organizador do processo de educação continuada da equipe; ouvir as queixas dos
docentes e criar uma rotina de reflexão coletiva sobre as possíveis soluções; planejar e
avaliar em conjunto as ações didáticas; organizar estudos e leituras que possam levar o
professor a ter autonomia sobre a sua docência. A competência essencial deste
profissional está relacionada a sua articulação com a equipe docente.
De acordo com a Lei complementar nº 206 de 29/12/94 que a dispõe alterações
na Lei complementar nº 50 de 1º de outubro de 1998, que rege a Plano de Carreira dos
Profissionais da educação básica do estado de mato grosso, publicada no Diário Oficial

de 22//03/05 p. 01 e 02, o coordenador pedagógico tem sua função composta das


seguintes atribuições:
1. investigar o processo de construção de conhecimento e desenvolvimento do
educando;
2. criar estratégias de atendimento educacional complementar e integrada às
atividades desenvolvidas nas turmas;
3. proporcionar diferentes vivências visando o resgate da autoestima, a
integração no ambiente escolar e a construção dos conhecimentos onde os alunos a
apresentam dificuldades; 20
4. participar das reuniões pedagógicas planejando, junto com os demais
professores, as intervenções necessárias a cada grupo de alunos, bem como as reuniões
5
com os pais e conselho de classe;
5. coordenar o planejamento e a execução das ações pedagógicas da Unidade
Escolar;
6. articular a elaboração participativa do Projeto Pedagógico da Escola;
7. coordenar, acompanhar e avaliar o projeto pedagógico na Unidade Escolar;
8. acompanhar o processo de implantação das diretrizes da Secretaria de Estado
de Educação relativas à avaliação de aprendizagem e currículo, orientando e intervindo
junto aos professores e alunos quando solicitado e/ou necessário;
9. coletar, analisar divulgar os resultados de desempenho dos alunos, visando a
correção e intervenção no planejamento pedagógico;
10. desenvolver e coordenar sessões de estudos nos horários de hora –atividade,
viabilizando a atualização pedagógica em serviço;
11. coordenar e acompanhar as atividades nos horários de hora-atividade na
unidade escolar;
12. analisar/avaliar junto com os professores as causas da evasão e repetência
propondo ações para superação;
13. propor planejar ações de atualização e aperfeiçoamento de professores e
técnicos, visando a melhoria de desempenho profissional;
14. divulgar e analisar, junto a comunidade Escolar, documentos e diretrizes
emanadas pela Secretaria de Educação e pelo Conselho Estadual de Educação, buscando
implementá-los n a Unidade escolar atendendo ás peculiaridades regionais;
15. coordenar a utilização plena dos recursos da TV Escola pelos professores,
onde não houver um técnico em multimeios didáticos;

16. propor e incentivar a realização de palestras, encontros e similares com


grupos de alunos e professores sobre temas relevantes para a formação integral e
desenvolvido da cidadania;
17. propor, em articulação com a Direção, a implantação e implementação de
medidas e ações que contribuem para promover a melhoria da qualidade de ensino e o
sucesso escolar dos alunos;
Tem o assessor pedagógico que é fundamental para o desempenho do
coordenador de ensino proficiente na observação, identificação e análise de problemas
por meio das seguintes habilidades: julgamento e postura crítica-reflexiva de forma a
integrar os conhecimentos técnicos disponíveis, pessoas com essas habilidades podem
propor soluções eficazes para o diretor.
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O coordenador pedagógico tem um papel relevante na orientação sobre os
instrumentos e recursos de trabalhos eficazes, a fim de facilitar o desempenho dos
professores em sala de aula e contribuir para a aprendizagem dos alunos. A interação
entre o coordenador pedagógico e o diretor é essencial para organização das funções
educativa da escola, pois viabiliza a implementação de ações voltadas para a obtenção
de níveis crescentes de qualidade no processo ensino –aprendizagem, por essa razão, ele
presta assessoria pedagógica a direção e o subsidia com informações importantes para
atender às necessidades da escola e promover o bem – estar de professores e aluno,
numa relação de confiança e respeito. “a qualidade da atuação da escola não pode
depender somente da vontade de um ou de outro professor. É preciso a participação
conjunta dos profissionais (orientadores, supervisores, professores polivalentes e
especialista) para a tomada de decisões sobre aspectos da prática didática, bem como
sua execução “. (PCNs 1997 p. 68).

4. ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E O TRABALHO PEDAGÓGICO

O coordenador pedagógico tem o papel de desenvolver e implementar ações


pedagógicas que viabilizem a qualidade no desempenho do processo ensino-
aprendizagem. Sua competência é articula-se com a equipe docente, orientando as
práticas educacionais e estimulando a utilização de metodologias diversificadas de
ensino que potencializem a capacidade de aprendizagem dos alunos, verificada nos
processos avaliativos. Segundo os PCNs 1997 p. 84, “a avaliação é um elemento
integrador entre a aprendizagem e o ensino; conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste e
a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma;
conjunto de ações que busca obter informações sobre o que foi aprendido e com;
elemento de continua reflexão para o professor sobre sua pratica educativa; instrumento

que possibilidade ao aluno tomar consciência de seus avanços, dificuldades e possibilita


ação que ocorre durante toso processo de ensino e aprendizagem”.
Coordenador pedagógico considera soluções para desafios diários na escola,
você deve entender a lei, porque é necessário entender os regulamentos da educação,
para o profissional tomar atitudes mais eficazes em seu trabalho. A reflexão sobre a
função social da escola nos remete tanto a constituição com a LDB, porque os fins da
educação brasileira estão definidos nestas leis. A Constituição expressa os princípios da
República Federativa do Brasil; direitos e A proteção básica dos cidadãos; a
7
organização do estado e do grande poder Ordem econômica, financeira e social
(legislativa, administrativa e judicial). Também encontrado As principais decisões
gerais sobre educação na Constituição A LDB nº 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases
Nacionais), complementa a constituição reiterando os dispositivos constitucionais em
seus Títulos introdutórios (Da Educação, dos Princípios e fins da Educação Nacional e
Do Direto à Educação e do dever de Educar – Artigos 1º a 8º) definindo as principais
orientações para a organização da educação nacional e para a educação escolar em seus
diferentes níveis.
O Coordenador Pedagógico articula a elaboração participativa do Projeto
Pedagógico da Escola, todos os segmentos da escola (gestores, alunos, professores,
funcionários e pais), trabalhando coletivamente a escola precisa preocupar-se em
atender as necessidades específicas da comunidade na qual está inserida, planejando deu
trabalho a médio e a longo prazo com finalidade de construir uma identidade própria. O
coletivo da escola estrutura o seu trabalho visando assegurar, acima de tudo, o sucesso
dos alunos e o atendimento das necessidades educativas de sua comunidade. O projeto
Pedagógico é concebido como o instrumento teórico–metodológico que a e escola
elabora, de forma participativa, com a finalidade de apontar a direção e o caminho que
vai percorrer para realizar, da melhor maneira possível, sua função educativa. É o
instrumento que possibilita a escola, inovar sua prática pedagógica, na medida em
apresenta novos caminhos para as situações que precisam ser modificadas. Deve ser
planejado de forma processual e gradativo, cumprindo sua função social por meio de
ações a curto, médio e longo prazo. Como princípio do Projeto Pedagógico a gestão
democrática entende que todos os envolvidos no trabalho escolar devem não apenas
saber como a escola funciona, mas também participar na definição dos seus rumos. O
Projeto Pedagógico torna-se fundamental para a escola por ser o elemento norteador da

organização do seu trabalho, visando ao sucesso na aprendizagem dos alunos, pois é a


finalidade maior da escola como instituição Social.
O Projeto Pedagógico visa a qualidade de ensino, a escola precisa assegurar um
plano de qualidade para todos seus alunos, a busca da qualidade pressupõe também o
princípio da gestão democrática, como orientador da construção de uma escola que
valorize as relações estabelecidas pelos indivíduos em seu cotidiano, o princípio de
qualidade de ensino se relaciona a outro, o da 25 organização curricular, que deseja
adotar, visando assegurar uma aprendizagem, voltada para as necessidades e o sucesso
do aluno, outro princípio é a valorização dos profissionais da educação, reconhecendo
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que a qualidade de ensino está intimamente relacionada, a adequada formação dos seus
profissionais em dois níveis a formação inicial e continuada.
O Projeto Pedagógico, apresenta também diretrizes pare a elaboração do
regimento escolar orientando a estruturação e funcionamento da escola de acordo com
seus objetivos, garantindo um clima de convivência democrática. Coordenador também
é responsável pelo direcionamento do trabalho na construção do currículo escolar, a
elaboração da proposta curricular da escola, contextualizada na discussão de um projeto
educativo, deve ser um processo, que deve contar com a participação de toda a equipe
pedagógica, buscando um comprometimento de todos, com o trabalho realizado, com os
propósitos discutidos, com a adequação as características sociais e culturais em que a
escola está inserida.
A principal função da escola é ajudar os alunos a construir conhecimentos,
formas de pensar e sentir mais elaborada assim como valores sociais. O currículo
escolar oferecido ao aluno passa por várias instancias de elaboração, temos a LDB
possuem prioridades estabelecidas para a política educacional, leis, diretrizes e
orientação sobre conteúdo a serem ensinados, que visando à formação básica do
cidadão, dispõe para a escola qual o ensino ela deve promover.
Na LDB são indicados elementos que devem constituir os currículos do Ensino
fundamental e Médio, além da LDB contamos com os outros subsídios para definição
do currículo a ser adotado em nossas escolas: as Diretrizes Curriculares Nacionais, os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). As Diretrizes Curriculares Nacionais são
definidas pelo Conselho Nacional de Educação, formado por um grupo de profissionais
ligados a área. Elas servem como base e referência para a construção de currículo de
cada escola.

Os parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são elaborados pelo MEC e posto


a disposição da escola, visando a melhoria da educação em todo país. Assim o currículo
definido em cada sistema e em cada escola deve atender às Diretrizes Curriculares
Nacionais e pode orientar –se pelos parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs),
adequando-se e respeitando a realidade educacional e a peculiaridade sociocultural da
clientela que atende.
A LDB, as Diretrizes Curriculares Nacionais e os parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs), sugerem um currículo formal, estas são um conjunto de prescrições
estabelecidas oficialmente, que servirá de parâmetro par a organização o currículo
formal. O currículo formal 26, precisa se organizado, se adequar a realidade de cada
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escola, articulando-se as necessidades dos alunos, as opções dos professores, a
distribuição das disciplinas no quadro curricular, a divisão do tempo diário para as
aulas, as matéria e recursos disponíveis.
O currículo reelaborado no âmbito escolar, transforma-se assim no currículo real
que não pode ser entendido como simples seleção de informações prontas a serem
repassadas para o aluno, o currículo real deve servir de ferramenta para os alunos
compreender o mundo se seus conhecimentos forem apropriados ativamente por meio
de um ensino bem ministrado.
O currículo pode ser formal quando refere ao currículo estabelecido pelos
sistemas de ensino, é expresso em diretrizes curriculares, objetivos , conteúdo, as áreas
ou disciplina de estudo, traz propostas prescritas institucionalmente as conjuntas
diretrizes como os Parâmetros Curriculares Nacionais; e o currículo real que se
materializa dentro de sala de aula com professores e alunos a cada dia em decorrência
de um projeto pedagógico s dos planos de ensino. Isso exige que o coordenador
pedagógico, enquanto condutor no processo de construção do currículo possibilitando
que a equipe escolar, planeje como o currículo real será implantado, de modo a conduzir
sem tropeços a aprendizagem e, consequentemente o sucesso escolar. Para que o aluno
possa compreender o que se passa no mundo onde vivemos e compreender as formas de
agir e atuar neste mundo. Sacristan (1999 p.61) afirma que:
“O currículo é a ligação entre a sociedade exterior á escola e a educação; entre o
conhecimento e a cultura herdada e a aprendizagem dos alunos, entre a teoria (ideia,
suposições e aspirações) e a prática possível, determinadas condições”.
O coordenador pedagógico para subsidiar seu trabalho de orientação na
construção do currículo deve ter conhecimento dos PCN (Parâmetros Curriculares
Nacionais). Os Parâmetros Curriculares Nacionais constituem o Primeiro Nível de
concretização curricular são uma referência nacional para o ensino fundamental; (...)
tem como função subsidiar a elaboração ou a revisão curricular dos Estrados e
Municípios, dialogados com a proposta e experiências já existentes, incentivando a
discussão pedagógica interna da escola e a elaboração de projetos educativos, assim
como servir de material de reflexão para a prática de professores.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Coordenação pedagógica se resume em planejamento, organização, coordenar e
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avaliar as atividades pedagógicas das unidades escolares. Para permitir que as escolas
promovam o desenvolvimento e a aprendizagem de seus alunos, ela precisa se
organizar, o que significa o comprometimento dos membros da equipe com alunos que
vão à escola.
A Coordenação pedagógica é um segmento que colabora para a construção do
projeto pedagógico da escola, junto com o gestor, fazendo um trabalho compartilhado
na construção coletiva, que traduz valores assumidos por um objetivo em comum. A
Coordenação pedagógica é responsável pelo Pedagógico da escola, tem em seu papel a
mobilização do trabalho coletivo, a articulação do processo de elaboração e
desenvolvimento do projeto pedagógico da escola. A coordenação Pedagógica em seu
trabalho deve ter uma visão global das situações vivenciada no cotidiano escolar, sendo
a mediadora do relacionamento ente professor e aluno, e para que haja desenvolvimento
e aprendizagem é preciso cada professor com deferentes formas de atuar de a sua cota
de trabalho levando os alunos e mesmo os docentes a sentir que existem coesões de
ideias e responsabilidade compartilhadas,
Faz parte de sua competência a investigação do processo de construção do
conhecimento e desenvolvimento do educando, criando estratégias de atendimento
educacional para complementar e integrar às atividades desenvolvidas nas turmas,
proporcionar diferentes vivências, visando o resgate da auto–estima, a integração no
ambiente escolar e a construção dos conhecimentos onde os alunos apresentam
dificuldades acompanha o processo pedagógico a fim de obter resultados positivos na
melhoria do ensino aprendizagem. A coordenação pedagógica também organiza as
reuniões pedagógicas, para junto com os demais professores, planejar as intervenções
necessárias a cada grupo de alunos, durante os conselhos de classe. Coordena o
planejamento e a execução das ações pedagógica e a intervenção no planejamento
pedagógico, visando a correção, auxiliando o docente a superar suas dificuldades de
maneira positiva, estimulando-o a buscar novos caminhos de pesquisa, para criar
recursos de ensino. Organiza também as reuniões com os pais para informá-los do
rendimento, divulgando os resultados do desempenho dos alunos. Coordenação
pedagógica faz o elo entre alunos, famílias, professores e direção.
A coordenação Pedagógica na escola é fundamental na orientação, articulação e
elaboração do Projeto Pedagógico da Escola, acompanhando e avaliando, buscando a
participação coletiva dos outros segmentos da escola. È o condutor da Construção do
Currículo, orientando e intervindo junto aos professores, buscando implantar um
11
processo eficaz da avaliação da aprendizagem. Analisando e avaliando, junto com os
professores as causas da evasão e repetência propondo ações para superação.
É de suma necessidade o desenvolvimento da formação continuada dos
profissionais da educação viabilizando a atualização pedagógica em serviço, propondo o
planejamento das ações de atualização e aperfeiçoamento de professores e técnicos,
visando a melhoria de desempenho profissional. Faz a articulação com a Direção,
propondo a implantação e implementação de medidas e ações que contribuam para
promover a melhoria da qualidade de ensino e o sucesso escolar dos alunos. Como
Apoio Pedagógico acompanha de perto o trabalho de rendimento escolar atentando para
uma boa relação professor aluno, lançando mão de recursos que visa sempre trazer para
a equipe docente/discente o que há de mais novo na educação através de reuniões,
capacitações docentes.
A coordenação pedagógica é corresponsável pela construção de uma equipe
escolar, coesa, engajada, e sobretudo convicta da viabilidade operacional das
prioridades consensualmente assumidas e formalizadas na proposta pedagógica da
escola.

REFERÊNCIAS

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https://www.acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/47199/R%20-%20E%20-%20
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