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Introdução
Ora, o aluno reflete o professor que transmite as aulas, se este professor não se
nivela, se não estuda, não lê livros da sua área e fora dela, que tipo de
conhecimento ele estará passando para o aluno? Se ele só vive dizendo que a
prática é tudo, como ele poderá conhecer novos conceitos, novas teorias, novas
formas que se pode usar?
É evidente que com as novas tecnologias, principalmente da busca rápida
quando o aluno pergunta ao professor algo e logo, em seguida no “Google” ele
já tem uma resposta, nem sempre a resposta correta, mas ele tem uma
sugestão.
Se observa que não é possível um método servir para todos os cursos, até
porque a estrutura de cada faculdade, seu ensino, objetivo e área são distintas,
portanto, se faz necessário buscar qual destes que pode melhor se encaixar e,
mesmo se encaixando, fazer as adaptações para as regiões do nosso imenso
país, o que pode funcionar no sul, pode não funcionar no centro oeste.
Na esteira desta nova dinâmica está o cerne central que não se pode perder
para que a metodologia possa ser realmente verificada e efetivada numa sala de
aula. Por isso, a frase primal é o aluno passa a ser protagonista e o professor
vira uma espécie de orientador. Essa inversão de papéis, comprometendo o
aluno, envolvendo-o no processo, é que faz desta metodologia atraente.
Nesta base para que não haja uma confusão de método com atividade, deve se
entender que é um processo a aplicação da metodologia ativa, com alguns
cuidados e atenção voltada que com certeza levará tempo e o empreendimento
custará uma mudança na própria IES, pois o modelo apresentado nos dias atuais
inviabiliza e muito a aplicação de métodos inovadores. Corroborando com esta
afirmativa, pode se citar;
Não se pode discutir metodologias ativas de forma isolada. Você precisa ter
uma mudança coerente, estruturada e sistêmica. Assim as metodologias
ativas podem revelar o seu verdadeiro potencial [...]
(http://inoveduc.com.br/o-que-sao-metodologias-ativas/)
Fica evidente que para se tratar de metodologia ativa, há outros fatores que terão
que serem envolvidos, que dependerá da visão da IES, e o comprometimento
com o processo que não é algo de rápida aplicação. Considerando estas
possibilidades e com uma boa dose de boa vontade é possível a aplicação, a
médio prazo e muito estudo.
b) Peer instruction
Este trata-se de um dos novos métodos que foi desenvolvido tentando criar a
ideia de mudar o conceito antigo de sala de aula e avançar para uma situação
inovadora.
(http://www.resultadoenade.com/veja-novas-metodologias-e-modelos-de-
avaliacao-na-educacao-superior/)
Como se pode perceber que o autor é um professor de física que para alavancar
e melhorar o aprendizado dos alunos propôs uma mudança de método, o que
traz em certa flexibilidade e principalmente comprometimento dos alunos que
receberão o material da aula antes, estudarão e depois vai responder os
questionamentos do professor que irá problematizar questões até que se
alcance a resposta certa.
A ideia desde haja esta interação com os alunos na área de física produzirá além
de aprendizado de qualidade, haverá uma melhor forma de pensar na
multiplicidade de ideias expostas e contrapostas, para que aqueles que
realmente possam reproduzir várias maneiras de se chegar a um resultado e,
podendo abrir novos caminhos para solução.
c) Flipped classroom
(http://www.resultadoenade.com/veja-novas-metodologias-e-modelos-de-
avaliacao-na-educacao-superior/)
d) Blended learning
Este outro método tem sido muito usado nas ciências da saúde e administração,
uma vez que tem um formato que se encaixa de forma bem colaborativa.
2. A possível aplicação
Além deste fato notório o direito aqui no Brasil, por ser codificado tem uma
característica muito própria que é a necessidade de se apoiar na Doutrina, que
baliza o entendimento desenvolvido pelo legislativo, que nem sempre deixa clara
a exposição da lei.
Diante deste quadro fica evidente que o tratamento para traçar uma metodologia
para o direito não é das mais fáceis missões; mas certamente, sem imposição e
propondo um método que extraí de outros o melhor e possível será sim uma
realidade alterar o método de ensino no direito.
Isso porque ao longo de toda sua jornada acadêmica aprendeu, ou ao menos viu
que estudar é através do método tradicional, que exige conhecimento do
professor e aprendizado do aluno. Não há diálogo, e sim conceitos escritos e
repetidos, com ou sem exemplo para que se complete do ciclo deste ensino.
Neste diapasão, cumpre notar que o professor pode e deve inspirar os alunos a
uma vocação muito diferenciada, sem estar em patamares equidistantes.
Há ainda algo que poderia servir como embrião, uma gênese, para se prospectar
este método híbrido. Começar com um pequeno grupo de não mais de 20
pessoas, e ir aprimorando de forma adequada, estes métodos até poder ampliar
para um grupo maior e colher o que realmente funciona e o que precisa de ajuste,
e o que não funcionará.
Há um espaço imenso para que se possa criar ao menos esta tentativa de mudar
o modelo que realmente está defasado no Direito.
3. Adaptações necessárias
Nem todo professor de Direito, se quer aceita ouvir falar de mudança, mas isso
é possível, é factível e mais importante, é extremamente necessário.
Então, por que não utilizar de algo que pode ser útil e agregador no
ensinamento?
Com isto em mente pode-se se dizer que o curso de direito, medicina entre
outros, são cursos que se deve tomar muito cuidado em simplesmente mudar a
panorâmica vivenciadas há anos para simplesmente mudar.
Referências bibliográficas
https://desafiosdaeducacao.com.br/webinar-metodologias-ativas/
http://inoveduc.com.br/o-que-sao-metodologias-ativas/
MELO, B. C.; SANT’ANA, G. A prática da Metodologia Ativa: compreensão dos
discentes enquanto autores do processo ensino aprendizagem. Brasília, vol. 23,
nº 4, p. 327-339,jun.2012Disponívelem:
http://www.escs.edu.br/pesquisa/revista/2012Vol23_4_5_ApraticaMetodologiaA
tival.pdf.
MIZUKAMI, M.G.N. Ensino: As abordagens do Processo. São Paulo: EPU, 1986.
http://www.resultadoenade.com/veja-novas-metodologias-e-modelos-de-
avaliacao-na-educacao-superior/
SOUZA, C. S., IGLESIAS, A. G., FILHO, a. p., Estratégias inovadoras para
métodos de ensino tradicionais - Aspectos gerais. Ribeirão Preto, v. 47, n. 3, p.
284-292, jun. 2014. Disponível
em:http://revista.fmrp.usp.br/2014/vol47n3/6_Estrategias-inovadoras-para-
metodos-de-ensinotradicionais-aspectos-gerais.pdf. Acesso em 18 de março de
2016.