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Resumo
Com o intuito de trazer uma forma de ensinar mais dinâmica e moderna, alguns
estudiosos versaram-se sobre metodologias que viessem a trazer uma nova
perspectiva para o processo de ensino-aprendizagem, nesse processo surgiram
algumas metodologias que trouxeram um novo frescor para a prática pedagógica em
sala de aula e além, como as plataformas de ensino à distância. As Metodologias
Ativas foram pensadas com essa proposta, de renovar a educação tradicional e,
dentre os métodos dessa proposta, nos voltamos para a Sala de Aula Invertida que,
talvez, seja a que apresente a mudança mais radical quando falamos de abordagem
de ensino. O objetivo deste artigo é mostrar como a Sala de Aula Invertida pode
desenvolver novas habilidades nos alunos e quais dessas habilidades são mais
latentes. Como metodologia, utilizamos a revisão bibliográfica de artigos, dissertações
e teses pesquisadas em repositórios de artigos científicos sobre o tema em questão.
Definimos alguns subtemas que foram descritos ao longo do desenvolvimento do
trabalho. Ao final, o artigo mostra a relevância, assim como incentiva o uso de
metodologias ativas, como a Sala de Aula Invertida, que é o tema aqui abordado, no
processo de ensino-aprendizagem.
Introdução
Metodologias ativas, como o próprio nome sugere, indica uma quebra de
paradigma com a metodologia de ensino tradicional, de professor emissor e aluno
receptor do conhecimento. Aqui, o aluno tem um papel ativo no processo de ensino e
aprendizagem, independente da metodologia a ser aplicada, desenvolvendo
habilidades que a forma tradicional de ensinar não proporciona.
Metodologia
Para a pesquisa proposta, optamos por uma revisão bibliográfica sobre o tema.
Para seleção dos artigos, utilizamos dois repositórios de artigos científicos como
fontes de consulta: a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações – BDTD
<https://bdtd.ibict.br> e o Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal
– RCAAP <https://www.rcaap.pt>.
Para selecionar os artigos a serem consultados e os excertos que compõem
esse artigo, elaboramos dois problemas que nortearam o nosso trabalho: De que
forma a Sala de Aula Invertida (SAI) desenvolve novas habilidades no aprendizado de
matemática, nas turmas de 8º e 9º anos do ensino fundamental? Quais habilidades
que se destacam na aplicação dessa metodologia?
E, tendo essa pergunta de partida como filtro sobre o que deveríamos
pesquisar, ela foi a base para o tema principal deste trabalho e os demais que se
seguiram.
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Referencial Teórico
As metodologias ativas, de modo geral, surgiram com a expectativa de
revolucionar as práticas pedagógicas tradicionais, estruturada em um professor
detentor e emissor do conhecimento e um aluno receptor e replicador de tal
conhecimento, durante muito tempo, isso se mostrou eficaz, porém, com o advento
de novas tecnologias e a expansão do acesso à informação, repensar e remodelar a
forma como se ensina, deixou de ser apenas interessante, como passou a ser
essencial e urgente para que a educação dos dias de hoje se adapte aos novos
tempos.
A Sala de Aula Invertida não inverte apenas a estrutura
do processo de aprendizagem, mas também transforma
os papeis de alunos e dos professores. Muito diferente
do modelo tradicional de ensino, a aula agora gira em
torna dos alunos, em que os mesmos têm o
compromisso de assistir os vídeos e fazer perguntas
adequadas, recorrendo sempre ao professor para ajudá-
lo na compreensão dos conceitos. O professor agora
está presente para dar o feedback aos alunos de modo
a esclareces as dúvidas e corrigir os erros, pois agora
sua função em sala de aula é ampará-los e não mais
transmitir informações. (BERGMANN; SAMS, 2016).
Dentre as diversas metodologias ativas que emergiram nos últimos anos, a sala
de aula invertida (flipped classroom), talvez, seja a que representa a mudança mais
radical, por assim dizer, na maneira de ensinar, onde o aluno é alçado a posição de
destaque, de agente ativo de construção do próprio conhecimento, o professor passa
a ter um papel secundário, como um tutor, repassado os materiais de estudo, que
podem ser textos ou videoaulas, estipula prazos para a produção de material e
debates entre alunos sobre os temas abordados e intervém no que achar necessário.
Como diz o nome da metodologia, há uma inversão no sentido da construção do
conhecimento, onde o aluno passa a ser o agente ativo no processo, construindo o
conhecimento e compartilhando com os demais colegas e o professor.
Básica.
Além de todas as mudanças advindas pela SAI, outra mudança é a
flexibilização do tempo. Como o processo pode acontecer de maneira híbrida, com a
elaboração de vídeos pelos alunos acerca dos conteúdos estudados, então o ensino
não se restringem apenas aos horários de sala, ou seja, o processo de ensino e
aprendizagem passa a ser, quase, que contínua.
Lima, Souza & Sitko (2021) afirmam que “essa inversão tem a intenção de fazer
com que os alunos assumam papéis ativos e, sendo assim, torná-los responsáveis
por seus próprios processos de aprendizagem. Além disso, tal metodologia pode
auxiliar os alunos tanto devido à flexibilidade de horário, pois podem acessar
atividades e vídeos no ambiente on-line quando for conveniente, quanto devido à
Personalização do ensino que pode ser oferecida pelo professor, ao ser capaz de
identificar, previamente à aula, quais são as dificuldades dos seus alunos.
Outro ponto importante a se mencionar, é o incentivo precoce à pesquisa que
a SAI proporciona, afinal, essa é uma ferramenta essencial para esse aluno que será
um futuro acadêmico e que poderá enveredar pela pesquisa.
Segundo Moran (2015, p. 18), as metodologias ativas “são pontos de partida
para avançar para processos mais avançados de reflexão, de integração cognitiva,
de generalização, de reelaboração de novas práticas”, e sua utilização no espaço
escolar representa uma nova forma de aplicação do conteúdo, de modo a integrar o
aluno no processo educacional.
Enquanto licenciandos e futuros professores de matemática, observamos uma
presença forte da Etnomatemática na SAI pois, a aprendizagem ativa se apresenta,
segundo Paiva (2016), como um conjunto de práticas pedagógicas que tem como
centro o aluno, que passa a aprender por meio da interação pelos pares, estimulando
assim o pensamento crítico. A experiência desses alunos deve ser valorizada com a
adoção de problemas que façam parte de suas realidades, e que sejam instigados
pelo professor “a pensar, refletir, formar e expressar a sua própria opinião, sem
precisar abandonar os conhecimentos particulares de cada disciplina” (Paiva, 2016,
p. 16).
Considerações Finais
A cerca de tudo que foi exposto, podemos concluir que a utilização de
Metodologias Ativas por parte dos professores, pode ser uma maneira, extremamente,
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Referências
BERBEL, N. A. N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de
estudantes. Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun.
2011.
FLN - Flipped Learning Network. Definition of flipped learning. 12 mar. 2014, United
States of America. Disponivel em: https://flippedlearning.org/definition-of-flipped-
learning/ Acesso em 25/04/2022.