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METODOLOGIA

CIENTÍFICA

Karina da Silva Nunes


Ética na pesquisa
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Explicar como a ética é necessária para a realização de uma pesquisa


científica.
 Identificar as informações e tipos de documentos necessários para a
realização de pesquisas.
 Reconhecer os atores envolvidos no desenvolvimento de uma pes-
quisa e suas relações éticas.

Introdução
A palavra “ética” vem do grego ethos, que significa caráter, costume. Ela
designa o conjunto de princípios morais que guiam as escolhas relativas
ao comportamento e aos relacionamentos que as pessoas desenvolvem
umas com as outras. A ética serve para que exista um equilíbrio na conduta
e nas relações das pessoas em sociedade. Além disso, ela é útil para que
ninguém seja prejudicado nas suas relações sociais.
Como você pode imaginar, a ética também está relacionada à pes-
quisa científica. Neste capítulo, você vai ver como a ética é necessária
no relacionamento entre pesquisadores e pesquisados e na elaboração
do estudo.

A ética na realização de uma pesquisa científica


A ética na pesquisa está ligada aos princípios morais que orientam o trabalho
do pesquisador. Ela implica a adequação do comportamento do pesquisador em
relação aos sujeitos da pesquisa. Os fundamentos éticos na pesquisa se aplicam
tanto à pesquisa qualitativa quanto à quantitativa, embora as especificações
técnicas sejam bem diferentes.
A preocupação com a ética na pesquisa surgiu após a Segunda Guerra
Mundial, a partir do aparecimento de evidências de experimentos com vítimas
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do nazismo nos campos de concentração. Tanto que, em 1947, foi criado o


Código de Nuremberg. Ele foi elaborado a partir do tribunal de Nuremberg,
que julgou os crimes de guerra. O documento lista 10 padrões a serem seguidos
por quem realiza pesquisas que envolvam pessoas.

Para conhecer os 10 mandamentos do código de Nuremberg, acesse o link a seguir.

https://qrgo.page.link/mdGrn

Posteriormente, em 1964, foi editada a Declaração de Helsinque pela Asso-


ciação Médica Mundial. Tal declaração buscou integrar os interesses dos sujeitos
do estudo com a necessidade da realização de pesquisas científicas. Até 2013,
ela já havia sofrido sete revisões e inclusões de novos aspectos (GRAY, 2012).
O envolvimento ético está presente em todos os aspectos da pesquisa, incluindo
a decisão do tema, a seleção da amostra, a aplicação da pesquisa e a publicação
dos resultados. O modo como o pesquisador lida com a ética de cada uma dessas
etapas mostra o envolvimento e o respeito que ele tem com o seu estudo.
A ética na pesquisa se preocupa com os problemas que podem ser causados
pela intervenção de pesquisadores nas vidas das pessoas pesquisadas. A seguir,
veja os oito princípios da ética na pesquisa elaborados por Schnell e Heinritz
(2006, p. 21 apud FLICK, 2012).

1. Os pesquisadores têm de ser capazes de justificar por que a pesquisa


sobre seu tema é realmente necessária.
2. Os pesquisadores devem ser capazes de explicar qual é o objetivo da
sua pesquisa e sob que circunstâncias os indivíduos participam dela.
3. Os pesquisadores devem ser capazes de explicar os procedimentos
metodológicos de seus projetos.
4. Os pesquisadores devem ser capazes de estimar se os atos da sua pes-
quisa terão consequências positivas ou negativas eticamente relevantes
para os participantes.
5. Os pesquisadores devem avaliar as possíveis violações e danos decor-
rentes da realização do seu projeto e ser capazes de fazê-lo antes de
iniciar o estudo.
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6. Os pesquisadores têm de tomar medidas para evitar possíveis violações


e danos identificados de acordo com o princípio 5.
7. Os pesquisadores não devem fazer declarações falsas sobre a utilidade
de sua pesquisa.
8. Os pesquisadores têm de respeitar as regulamentações atuais de pro-
teção dos dados.

Esses princípios buscam garantir que os pesquisadores realizem seus


procedimentos de forma cuidadosa. Afinal, o objetivo maior de se ter uma
ética na pesquisa é evitar e até mesmo eliminar possíveis danos aos envolvidos.
Nos últimos anos, a ética na pesquisa está cada vez mais em debate, o que
resultou no nascimento de muitos códigos de ética institucionais. Tais códigos
têm como objetivo normatizar a postura ética dos pesquisadores, definindo o
comportamento ideal que se espera no desenvolvimento de estudos, e proteger
as instituições de possíveis processos judiciais.
De acordo com Gray (2012, p. 65), um dos princípios mais importantes
é o de garantir o consentimento informado, que “[...] significa que todos os
participantes da pesquisa recebem informações suficientes e acessíveis sobre o
projeto para que possam tomar uma decisão informada sobre seu envolvimento
ou não”. Todos os possíveis participantes de uma pesquisa têm o direito de
receber informações detalhadas sobre a natureza e os objetivos do estudo,
para que tenham a chance de optar por participar ou não. Veja os objetivos
do consentimento informado (SILVERMAN, 2009):

 disponibilizar informações sobre a pesquisa para os participantes, para


que eles decidam sobre a própria participação;
 certificar-se de que os sujeitos entendam as informações;
 garantir que a participação seja voluntária (pode ser solicitado um
documento por escrito);
 obter o consentimento dos pais quando os sujeitos não são competentes
para concordar (por exemplo, crianças).

O consentimento informado é particularmente essencial quando há grupos


considerados “vulneráveis” (crianças, idosos, dependentes químicos, pessoas
em situação de rua), pois eles podem ser mais propensos à coerção e à explo-
ração (SILVERMAN, 2009).
Em algumas situações, o consentimento informado pode ser difícil de
conseguir, como em casos de observações em estações de trem, shoppings,
etc., pelo alto número de transeuntes. Além disso, há casos em que informar
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os participantes a respeito da pesquisa pode afetar o resultado. Porém, se


existir a mínima possibilidade de informar os participantes, isso deve ser
realizado (FLICK, 2012).
Antes de realizar a pesquisa, é sempre aconselhável revisar alguns pontos
para verificar se a ética está devidamente proposta no trabalho. Observe o
Quadro 1, a seguir, que lista uma série de informações que devem ser levadas
em conta.

Quadro 1. Lista para a verificação de questões éticas

Questão ética Considerações

Todos têm o direito de não participar de pesquisas. Além


Privacidade disso, todo participante tem o direito de ser contatado em
momentos razoáveis e de se retirar a qualquer momento.

Promessa e O que os participantes ganham ao cooperar com a pesquisa?


reciprocidade Se forem feitas promessas, devem ser cumpridas.

De que forma a pesquisa proporcionará às pessoas algum tipo


Avaliação de risco
de estresse ou risco?

Quais tipos de promessas de confidencialidade podem ser


Confidencialidade cumpridas na prática? Não se devem fazer promessas que não
possam ser cumpridas.

Consentimento Qual o tipo de consentimento formal é necessário e como


informado será informado?

Acesso aos Quem terá acesso aos dados e a quem eles pertencem?
dados e sua Certificar-se de que isso seja especificado no contrato da
propriedade pesquisa.

Saúde mental Como o pesquisador será afetado pela realização da pesquisa?


do pesquisador

Quem o pesquisador usará como confidente ou conselheiro


Aconselhamento
em questões éticas durante a pesquisa?

Fonte: Adaptado de Gray (2012).

A preocupação com a ética deve ser redobrada quando o estudo tiver alguma
aplicação ou interação on-line. Nesses casos, a discussão relativa ao anonimato
e à proteção dos dados se faz muito mais presente porque a segurança na web
é mais difícil de ser mantida.
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Documentos necessários para a realização


de pesquisas
A prática da pesquisa no Brasil está regulamentada pela Resolução nº. 196
(BRASIL, 1996), quando foi criada a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa
(CONEP), uma comissão do Conselho Nacional em Saúde, e pela Resolução
nº. 466 (BRASIL, 2012), que dispõe e aprova as diretrizes e normas regula-
mentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.
Além disso, há a Resolução nº. 510 do Conselho Nacional de Saúde (BRASIL,
2016). Ela descreve as normas aplicáveis a pesquisas em ciências humanas e
sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a utilização de dados direta-
mente obtidos com os participantes, ou a utilização de informações identificáveis
ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana.

Para ler os textos das resoluções, acesse os links a seguir.


 Resolução nº. 466:

https://qrgo.page.link/wTKMm

 Resolução nº. 510:

https://qrgo.page.link/3B2HD

Até 2012, o site do Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pes-


quisa (SISNEP) era utilizado para o registro das pesquisas. Após, foi lançada
a Plataforma Brasil, uma base nacional unificada de registros de pesquisas
que permite que as pesquisas registradas sejam acompanhadas em todos os
seus estágios, desde a submissão até a aprovação final pelo Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) (SISNEP, 2019).
Segundo o Ministério da Saúde, a criação dessa plataforma é um passo
importante para a agilidade do registro das pesquisas, pois possibilita o envio
de toda a documentação de forma on-line (SISNEP, 2019). Os documentos a
serem submetidos ao Comitê de Ética em Pesquisa no Brasil, via Plataforma
Brasil, podem variar conforme o tipo de pesquisa. Segundo Santos (2015, p.
128), os principais são os seguintes:
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‒ cópia do projeto de pesquisa;


‒ folha de rosto da CONEP para estudos envolvendo seres humanos;
‒ folha de rosto ou de identificação (ou outro documento similar) da instituição
de ensino ou de fomento à pesquisa à qual os pesquisadores estão vinculados;
‒ Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), documento obrigatório
em pesquisas que envolvam seres humanos;
‒ termo de autorização para gravação de som, imagens e/ou fotografias;
‒ declaração de ciência e concordância das instituições envolvidas, que só é
obrigatória quando a coleta de material envolve sujeitos de pesquisa vincu-
lados a uma instituição;
‒ termo de autorização para uso de prontuários, obrigatório quando há neces-
sidade de acessar documentos sigilosos, confidenciais, reservados.

Após o preenchimento de todos os itens e a entrega dos documentos ne-


cessários na Plataforma Brasil, o projeto passa por uma avaliação. A ideia
é conferir se todos os princípios éticos foram observados. O pesquisador
responsável pode acompanhar tudo diretamente na plataforma.
O projeto pode ser devolvido com aprovação total; com pendências, se
a comissão recomendar revisões; e com a possibilidade de ser submetido
novamente e não aprovado, se o protocolo de pesquisa estiver com graves
problemas éticos (SANTOS, 2015).

No link a seguir, você pode conferir o manual para preenchimento da Plataforma Brasil,
editado e publicado pela Universidade de São Paulo (USP).

https://qrgo.page.link/McWrt

Atores de uma pesquisa e suas relações éticas


Os atores de uma pesquisa são as pessoas responsáveis pelo projeto. Cada
uma oferece a sua contribuição. O autor, na sua figura principal de agente da
pesquisa, deve ser o responsável pela criação inédita e pela fundamentação
metodológica de toda a pesquisa, com a ajuda de seu orientador.
Nesse contexto, há um ponto central quando se fala em criação de material
inédito para a ciência: o plágio acadêmico. O plágio é o uso de ideias alheias
sem os créditos devidos. Nos últimos anos, ele está se tornando cada vez mais
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usual e preocupante dentro da comunidade acadêmica, causado principalmente


pelo acesso a informações disponíveis na internet (GRAY, 2012).
Existem várias formas de se plagiar, ou seja, de copiar ideias alheias sem
fazer a devida referência. O plágio pode ser parcial ou integral. Pratti (2014,
p. 115) expõe que os motivos da má utilização de fontes de informação nas
pesquisas científicas são, em sua maioria:

[...] facilidade do acesso à informação (por meio da internet), falta de capa-


cidade de parafrasear (copiar sem construir novas ideias a partir da ideia de
outros autores), pouco valor à produção própria e falta de análise crítica de
trabalhos pesquisados, [...] facilidade no acesso a programas de tradução e
falta de conhecimento das regras da escrita científica.

Ter muita informação à disposição não justifica o seu uso incorreto. Em


2010, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançou uma proposição quanto
ao plágio nas instituições de ensino superior. Nela, existe a recomendação
de que os professores utilizem softwares para a detecção de plágio como
uma rotina em suas atividades (PRATTI, 2014). Além disso, o relatório da
Comissão de Integridade da Pesquisa do CNPq (2011) inclui algumas linhas
de ação contra o plágio:

 ações preventivas e pedagógicas, tais como o esclarecimento sobre o


plágio e a ética nas publicações científicas dentro das universidades;
 ações de desencorajamento a condutas relativas ao plágio, inclusive de
natureza punitiva (segundo o CNPq, conduzidas por comissão própria).

O relatório do CNPq (2011, documento on-line) frisa que a relação ética


precisa ser sempre levada em conta, na expectativa de que todo trabalho
de pesquisa seja “[...] conduzido dentro de padrões éticos na sua execução,
seja com animais ou seres humanos”. O CNPq tenta, a partir desse relatório,
esclarecer eticamente os estudantes em sua fase inicial de pesquisa, logo no
início de sua jornada acadêmica, tornando os professores figuras-chave nesse
processo. A ideia é que o debate sobre o que é ético ou não sempre esteja
presente nos meios acadêmicos.
Além do plágio tradicional, em que um autor é copiado sem as devidas citação
e referência, ainda existe o autoplágio, que é quando o autor usa seu próprio texto
que já foi publicado. Também ocorre a falsificação de resultados para a pesquisa
(PRATTI, 2014). Portanto, fique atento: na construção do seu texto, sempre
cite as fontes utilizadas em seu trabalho. As citações diretas (literais) devem
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ser colocadas entre aspas; as paráfrases devem reproduzir a ideia do autor, que
precisa ser citado; e todas as fontes devem ser listadas na seção de referências.
Como forma de combater as utilizações erradas de obras e proteger os
direitos do autor, em 1998, foi criada no Brasil a Lei nº. 9.610, a Lei de Direito
Autoral. Ela define que o “Autor é a pessoa física criadora de obra literária,
artística ou científica”, sendo os seus direitos inalienáveis, ou seja, eles não
podem ser cedidos ou vendidos para outrem (BRASIL, 1998).
A lei também prevê, nos incisos do seu art. 29, que “Depende de autorização
prévia e expressa do autor a utilização da obra, por quaisquer modalidades”
(BRASIL, 1998, documento on-line), entre elas reprodução parcial ou integral,
edição, adaptação, tradução, distribuição, etc. Ou seja, plagiar pode ser consi-
derado crime segundo a legislação brasileira. Por isso, é indispensável sempre
citar todas as fontes utilizadas no trabalho e dar o devido crédito a quem parti-
cipa da construção do estudo. Afinal, uma pesquisa de qualidade se faz com a
contribuição de várias pessoas preocupadas com os reflexos éticos envolvidos.

No link a seguir, você vai encontrar vários softwares gratuitos que podem ser usados
pelos professores e pela comunidade científica para identificar plágios.

https://qrgo.page.link/vdwjA

BRASIL. Lei nº. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998. Altera, atualiza e consolida a legisla-
ção sobre direitos autorais e dá outras providências. Brasília: Senado Federal, 1998.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm. Acesso em:
20 maio 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº. 196, de 10 de outubro de 1996. Brasília:
MS, 1996. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/1996/
res0196_10_10_1996.html. Acesso em: 20 maio 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº. 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília:
MS, 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/
res0466_12_12_2012.html. Acesso em: 20 maio 2019.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº. 510, de 7 de abril de 2016. Brasília: MS, 2016. Dis-
ponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2016/res0510_07_04_2016.
html. Acesso em: 20 maio 2019.
CNPQ. Relatório da comissão de integridade de pesquisa do CNPq. Brasília: CNPq, 2011.
Disponível em: http://www.cnpq.br/documents/10157/a8927840-2b8f-43b9-8962-
5a2ccfa74dda. Acesso em: 20 maio 2019.
FLICK, U. Introdução à metodologia de pesquisa: um guia para iniciantes. Porto Alegre:
Penso, 2012.
GRAY, D. E. Pesquisa no mundo real. 2. ed. Porto Alegre: Penso, 2012.
PRATTI, L. E. Plágio acadêmico. In: KOLLER, S. H.; COUTO, M. C. P. de P.; HOHENDORFF,
J. V. (org.). Manual de produção científica. Porto Alegre: Penso, 2014.
SANTOS, P. A. dos. Metodologia da pesquisa social: da proposição de um problema à
redação e apresentação do relatório. São Paulo: Atlas, 2015.
SILVERMAN, D. Interpretação de dados qualitativos: métodos para análise de entrevistas,
textos e interações. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
SISNEP. Pesquisador. Brasília: SISNEP, 2019. Disponível em: http://portal2.saude.gov.br/
sisnep/pesquisador/. Acesso em: 20 maio 2019.

Leituras recomendadas
CÓDIGO de Nuremberg: Tribunal Internacional de Nuremberg – 1947. Porto Alegre:
UFRGS, 1997. Disponível em: https://www.ufrgs.br/bioetica/nuremcod.htm. Acesso
em: 20 maio 2019.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS. Manual ilustrado para preenchimento da
Plataforma Brasil. Amazonas: UFAM, [200-?]. Disponível em: http://www.cep.ufam.
edu.br/attachments/010_Manual%20Ilustrado%20da%20Plataforma%20Brasil%20
(CEP-UFAM).pdf. Acesso em: 20 maio 2019.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Anti-plágio. São Carlos: USP, 2012. Disponível em: http://
caliope.cisc.usp.br/anti-plagio/. Acesso em: 20 maio 2019.
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