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FLÁVIA ANDRÉIA DE SOUZA SANTOS

R.A:2342711407

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


CURSO DE LETRAS

ARTIGO

FLÁVIA ANDRÉIA DE SOUZA SANTOS


R.A:2342711407

MÉTODOS PRÁTICOS E CRIATIVOS PARA AULAS INOVADORAS:


Ideias aplicadas para aula de línguas.

MANAUS
2019
MÉTODOS PRÁTICOS E CRIATIVOS PARA AULAS INOVADORAS:
Ideias aplicadas para aula de línguas.
.

Artigo apresentado à Anhanguera-Uniderp,


como requisito parcial para o aproveitamento
da disciplina Projeto Integrador, da 7ª série do
Curso de Letras.

Tutor a Distância: Aline Goncalves Nogueira

MANAUS
2019
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RESUMO

Muito se fala sobre teorias de novos métodos para aplicar em sala de aula,
muito se fala sobre como, de forma genérica, um professor deveria se informar
sobre as tecnologias para poder aplicá-las em aulas a fim de terem com resultado
alunos motivados para aprender. O que precisamos agora é experiências práticas,
ideias reais, passo-a-passos de métodos criados por professores preocupados com
seus alunos e que realmente fizeram mudanças significativas para todos.
Os métodos apresentados neste artigo formam uma compilação de práticas
de professores de diferentes áreas do conhecimento que foram resumidas de forma
genérica para que a essência das ideias possa ser aplicada nas mais diversas
esferas de ensino, incluindo aulas de línguas.

Palavras-chave: Métodos. Aula. Diferente. Prática. Ensino.


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................6
DESENVOLVIMENTO..................................................................................................7
1.1 Fundamentação Teórica........................................................................................7
1.2 MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................................8
1.2.1 Método de Ruhl...............................................................................................9
1.2.2 Summaê........................................................................................................10
1.2.3 Team-based learning....................................................................................11
1.3 Resultados e Discussão......................................................................................13
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................15
REFERÊNCIAS...........................................................................................................16

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INTRODUÇÃO

Ensinar uma língua (estrangeira) é hoje quase sinônimo de


adotar e seguir os conteúdos e técnicas de um livro didático. Se os
alunos, por acaso, não apreciarem o conteúdo dos diálogos e
exercícios práticos e, se seus estilos de aprender não forem aqueles
pressupostos nos livros texto, então, má sorte a deles' (ALMEIDA
FILHO, 1987)

Por mais incrível que pareça. esta antiga citação, como podemos ver pela
data, continua sendo bastante atual, tendo em vista que a maneira de ensinar não
mudou muito desde então. O mundo evolui a cada instante, uma informação nova
agora, será considerada notícia velha ao término da leitura deste artigo. Tudo muda,
as pessoas mudam, coisas deixam de existir, mas se em toda regra há uma
exceção, a educação ocupa tal posto neste mundo agitado e complexo.
Com apenas uma rápida visita a uma instituição de ensino, é possível concluir
que o método tradicional de ensinar ainda está vigente em 2019. Aparelhos
celulares, smartphones, tablets, relógios inteligentes, notebooks são,
inacreditavelmente, itens proibidos por lei nas escolas e universidades públicas de
alguns estados brasileiros. Mas como bem sabemos, o problema não está na
ferramenta, e sim na forma de utilização.
Há uma tímida tendência entre os novos professores de produzirem aulas
onde tentam fundir tecnologias às atividades escolares em sala de aula, com o
intuito de motivar seus alunos durante a aprendizagem. Esta é uma tática que,
quando bem utilizada, pode gerar resultados positivos. Cada ideia aplicada, quando
compartilhada entre a classe docente, desperta outras, e assim se forma um ciclo de
criação de novas técnicas, táticas e métodos de ensino ao redor de mundo. Neste
artigo veremos algumas destas ideia criativas sendo pensadas ou aplicadas em sala
de aula.
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DESENVOLVIMENTO

1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Desde muito tempo percebe-se a necessidade de mudar as estratégias de


ensino e vários estudiosos já apresentaram metodologias como o tradicional –
centrado no professor; sócio-interacionista – foco no que se aprende e no contexto;
Waldorf – onde não é possível “repetir o ano” pois não existem séries;
Montessoniano – ensino ativo que guia a criança a aprender a aprender; Freireano –
o conteúdo precisa fazer sentido para o aluno, valoriza o conhecimento prévio dele;
e o logosófico – autoconhecimento para a liberação das faculdades mentais do
aluno para que ele se torne consciente de seus atos.
Existe também a Escola Nova,
[...] movimento que representou uma revolução educacional
entre os séculos XIX e XX, impulsionou transformações no campo
educativo em diversas partes do mundo por considerar, em suas
metodologias, a individualidade dos educandos no processo de
ensino e aprendizagem, deslocando a figura central do professor
para o estudante. Esse movimento ganhou força por considerar os
interesses e necessidades de aprendizagem de cada um,
transferindo ao aluno a autonomia para a construção do
conhecimento. Tendo como principal característica a aprendizagem
ativa, de modo que o aluno possa aprender pela experiência e pela
prática. Esse movimento perdeu força no Brasil devido às políticas
públicas, mas também pela dificuldade de levar essa concepção
educacional para toda a população, devido aos seus critérios de
personalização e à necessidade de trabalhar com poucos alunos por
turma, em sala de aula. Já no século XXI, com a expansão dos
recursos tecnológicos, surgem novamente as tendências da
utilização de metodologias ativas, em que, pela tecnologia aliada ao
processo pedagógico, é favorável um ensino personalizado e ativo,
assim como no ideário escolanovista. (KFOURI,S.F. et al., 2019)

Dentro do conceito da Escola Nova temos as metodologias ativas que têm o


objetivo de incentivar os estudantes a aprenderem de forma participativa e
autônoma, com situações reais como a aprendizagem baseada em problemas,
aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem entre times e sala de aula
invertida.
É possível ver algumas escolas adotando mais de uma metodologia para
formar as próprias para aplicarem como melhor entenderem. A partir da definição da
instituição, o professor pode começar a elaborar suas aulas visando aplicá-la da
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melhor maneira. Mas se analisarmos com cuidado, a parte do professor fica muito
na teoria, independente da área do conhecimento. A grande questão que queremos
chegar é: como, exatamente, os professores aplicam estas teorias?
Dentro das principais metodologias existem submétodos que representam as
nuances e variações de pensamento de uma mesma corrente, como por exemplo,
podemos notá-las quando direcionamos o foco para o ensino de línguas. Essa
citação fala um pouco sobre o assunto:
Kumaravadivelu (2006a) propõe outra maneira de classificar os
métodos de ensino de línguas. O autor sustenta que existem três
categorias de métodos: aqueles centrados na língua, os centrados no
aprendiz e os centrados na aprendizagem. Os métodos centrados na
língua, como sugere a denominação, são aqueles orientados pela
forma linguística. Entre esses, podem se agrupar o método
gramática-tradução e o audiolingual. Os centrados no aprendiz são
aqueles preocupados com as necessidades, desejos e dificuldades
do aprendiz da língua alvo. Buscam ensinar a forma aliada à função
linguística. Um exemplo dessa categoria é o ensino “comunicativo”,
de acordo com Kumaravadivelu (2006a), em sua fase funcional, na
nossa visão. A última categoria reúne os métodos que se ocupam
dos processos cognitivos, como o método natural, conforme o autor.
Esses métodos buscam envolver os aprendizes em interações
significativas por meio de tarefas de solução de problema.
(SANT’ANA, 2019)

Os submétodos dentro das áreas de conhecimento são teorias para


aplicação dos métodos principais, as quais resultam em uma clarificação do que
exatamente pode ser feito em sala de aula, mas ainda não é o bastante.

1.2 MATERIAIS E MÉTODOS

No meio acadêmico da área do ensino persiste a discussão acerca de


métodos mais eficientes e diferenciados em sala de aula, tanto na educação básica,
quanto na educação superior, porque o mundo se transformou, ficou mais complexo,
as inovações mudaram a forma de pensar das pessoas e, consequentemente, a
forma de aprender.
Também é amplamente discutida a forma de aplicar as mais novas
tecnologias em sala de aula. Mas temos que ter em mente que estas ferramentas
não precisam ser o foco do ensino se temos a criatividade para usar em nosso favor.
A seguir veremos alguns exemplos de professores que criaram meios práticos e
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diferentes para passar conhecimento para alunos.

1.2.1 Método de Ruhl

Para começarmos, vamos analisar o que o professor Joe Ruhl disse em seu
TEDx Lafayette - Teaching methods for inspiring the students of the future (2015):
“[...] as I watched the kids going through the line, it occurred to me they
love having choices. And so, I said to myself, “Self, maybe that would work
in the classroom. Let the kids have choices.” And so, that’s what I did. I
converted my classrom to a situation where student choice was a big part of
the room along with four other C’s: choice, collaboration, communication,
critical thinking and creativity.”

Joe Ruhl é um professor de biologia para adolescentes em uma escola nos


Estados Unidos. Após uma observação na lanchonete da escola em que trabalha,
ele percebeu que os alunos também poderiam ter um “menu” para escolher como
queriam aprender.
Ruhl pensou em uma sala de aula onde os alunos construíssem seu
conhecimento a partir de atividades que mais lhes chamassem atenção. Portanto ele
preparou uma série de atividades diferentes de acordo com o assunto que cada
turma e formou uma lista (ele chamou de “Unit menu”). Cada atividade tem um valor
de pontos possíveis. Elas são classificadas em diferentes categorias: C – guia de
estudo para preencher depois de interagir com um tutorial feito pelo professor; L-
atividade em laboratório envolvendo por “a mão na massa”; I- atividade online; WB-
quadro branco (na unidade-exemplo, o aluno recebe uma caixa com figuras de
partes de células, etiquetas, descrições e funções com um imã colado no verso de
cada um. Este pode ser um trabalho em grupo de 2 ou 3 alunos que devem construir
esquema no quadro branco. Quando concluído, os alunos passam por um rápido
teste oral sobre a célula.); WS – trabalho tradicional; V- questionário para responder
assistindo um vídeo específico; PGS – responder páginas do livro didático.
REFLECTION SHEET- um pequeno texto sobre alguma atividade que o aluno fez ao
longo da unidade que mais gostou e o que aprendeu com ela (atividade obrigatória);
Arts & Entertainment- oportunidade de usar talentos de forma não tradicional para
demonstrar que entendeu o assunto da unidade: produção de vídeo, poema, dança,
esquete, fabricação de modelo, poster/banner, atividade em laboratório, produção de
um jogo, apresentação de uma música (a combinar com o professor).
O layout sala de aula do professor Joe também foi mudado. Nela existem
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estações: em uma tem um computador com acesso à internet e fones de ouvido, em


outro há uma mesa com jogos de tabuleiro produzidos pelo professor, na área onde
fica o quadro branco tem uma bancada com caixas de quebra-cabeças ou
esquemas para montar, em outra parte tem carteiras convencionais, e mais algumas
mesas disponíveis para trabalhos manuais. Quando os alunos chegam para a aula,
cada um escolhe o que vai fazer no dia de acordo com o “Unit menu”. Neste
momento o professor ocupa a posição de supervisor das atividades. Ao final da
unidade, os alunos não precisam fazer todas as atividades do menu, precisam
apenas somar uma quantidade pré-determinada de pontos.
Basicamente Ruhl criou uma variação entre Gamificação, as diferentes
formas de aprendizado, inteligências e a sala de aula descentralizada, onde os
alunos escolhem como aprender. Ele ainda produziu as atividades e distribuiu os
pontos para que todas as combinações possíveis garantissem o mesmo nível de
entendimento do conteúdo.

1.2.2 Summaê

O segundo exemplo se adequação criativa do ensino vem do professor


Ricardo Fraggeli, que idealizou esse método e aplicou em suas aulas de Cálculo nos
cursos de Engenharia da Universidade de Brasília (UNB), que se chama Summaê. A
ideia foi tão boa que ao longo dos anos várias universidades passaram adotar este
método.
Na prática, funciona assim:
Basicamente, os pontos principais que o caracterizam são: existência de
uma mesa de professores ou especialistas; alunos veteranos ou pessoal de
apoio; perguntas feitas por meio de vídeos criativos; todos os participantes
usando chapéus; jogo de perguntas e respostas; escolha dos top chapéus
(celebridades do evento); escolha dos melhores vídeos; e desafio final a ser
resolvi.do em pequenas equipes lideradas pelo participante com maior
pontuação. Alguns elementos adicionais, que fornecem ao Summaê alguma
teatralidade e mais dinamismo, são apresentações artísticas e desafios
intermediários envolvendo os participantes. Ainda, é possível aumentar o
nível artístico da atividade com maquiagens teatrais, fantasias, som,
iluminação e decoração temática. (FRAGELLI, 2017)

Com antecedência os alunos (duplas ou trios) devem preparar vídeos


criativos, originais e curtos que apresentem uma pergunta sobre os conteúdos
estudados. No dia da atividade, cada aluno deve usar um chapéu de acordo com um
tema escolhido e ter duas canetas, uma azul e outra vermelha. “Também é possível
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trabalhar com soluções por meio de algum aparelho digital, facilitando o envio das
respostas. Essa é uma boa medida para EaD e educação corporativa.” (FRAGELLI,
2017)
Para cada vídeo, os alunos devem responder de azul em folhas de papel.
Depois o professor revela a resposta e os alunos devem fazer autocorreções com a
caneta vermelha. Este é um bom momento para um debate quando houver dúvidas.
Feitas as correções, passa-se para a próxima vídeo-pergunta. Cada resposta certa
vale a quantidade específica de pontos da questão.
Ao fim das perguntas, o professor recolhe as folhas e, enquanto verifica
quem foi o vencedor. Os alunos escolhem os melhores chapéus e o melhor vídeo
para premiar. Cada um dos dois estudantes mais bem pontuados formam um grupo
de três ou quatro colegas para o desafio final que deve ser resolvido em um tempo
determinado. Aquele que apresentar a melhor resolução vence. O desafio final pode
ter a ver com o tema escolhido para a confecção dos chapéus.
O autor apresenta mais detalhes no artigo original para a realização do
Summaê, no formato em grande escala, ou mesmo para um evento multidisciplinar.

1.2.3 Team-based learning

O último método que vamos abordar é o Team-based learning (TBL). Criado


nos anos 90 pelo professor Dr. Michaelsen para o ambiente da escola de negócios
em que trabalhava. A estratégia desenvolvida foi tão bem-sucedida que em 2001 o
governo americano pagou para que os professores da área de saúde aprendessem
o método e aplicassem em suas faculdades. Hoje este método é usado em pelo
menos 60 instituições federais americanas de medicina, odontologia, medicina
veterinária e enfermagem.
O objetivo do TBL é reservar o espaço da sala de aula para levar os alunos
a resolverem problemas complexos, em grupo, que serão a realidade profissional
deles no futuro, já que a teoria eles podem aprender em qualquer lugar e a qualquer
momento.
Diferente de outros métodos de aprendizagem em grupo, os alunos mais
esforçados não se sentem sobrecarregados, nem há espaço para alunos de baixa
performance prejudicarem o grupo, pois todos vão trabalhar de alguma forma.
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Da perspectiva do aluno, funciona da seguinte maneira: com antecedência a


turma recebe uma lista para estudar de leituras, vídeos, apostilas, tutoriais etc. O
conteúdo será aplicado em sala de aula, portanto eles devem se preparar.
O TBL é realizado em etapas:
1- Em sala, os alunos receberão um teste com perguntas de múltipla
escolha sobre o conteúdo indicado na lista. Este deve ser respondido
individualmente. É recomendado que estas questões sejam direcionadas
para conceitos em geral, pois os detalhes do conteúdo serão abordados
nas próximas etapas.
2- O professor/instrutor deve formar grupos heterogêneos definitivos de
aproximadamente 5 alunos. Estes devem permanecer até o fim das
aulas. Cada grupo receberá um teste, o mesmo que fizeram no passo
anterior, mas agora terão um tempo para discutir as respostas, tirar
possíveis dúvidas, chegar a um consenso e definir todas elas em comum
acordo.
3- No terceiro passo, o professor/instrutor deve clarificar os conceitos que
os estudantes estiveram discutindo para que não haja alguma má
compreensão. Este momento não é para fazer uma apresentação ou aula
tradicional, é apenas uma conversa com os grupos para conferir o
entendimento dos assuntos.
4- Este é o passo mais importante! O professor/instrutor apresentará um
desafio/cenário/esboço situacional similar a algum problema profissional real
da profissão que os estudantes estão aspirando. Os alunos devem se sentir
desafiados a fazer interpretações, cálculos, predições, análises, sínteses
sobre as informações fornecidas. Ao final, os grupos devem escolher uma
opção de resolução e defender a escolha. Todos os grupos trabalharão no
mesmo desafio.
Existem 4 princípios desta atividade: a) o desafio precisa ser realístico da
carreira profissional, dever complexo a ponto de não ser encontradas respostas
prontas na internet; b) todos os grupos resolvem o mesmo problema, pois as
soluções apresentadas frequentemente são divergentes, o que proporcionará uma
oportunidade para os grupos debaterem. C) As escolhas de respostas apresentadas
para o desafio precisam ser específicas e curtas, porque os detalhes serão
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pensados pelos alunos. D) haverá um tempo determinado para cada etapa. Ao final
da etapa 4 os alunos devem apresentar as respostas ao mesmo tempo.
Parmelee (2012) insere em seu paper a opinião de alguns alunos que
participaram de aulas neste formato e em geral, eles afirmam que não gostavam de
atividades em grupo antes da experiência, mas gostaram e aprenderam bastantes
com este método ativo.
O professor/instrutor que decidir produzir aulas usando este método deve
cria-lo de trás para frente, começando com os objetivos finais (quais habilidades e
conhecimento específicos os alunos devem apresentar ao fim da aula?), a partir
deles pensar no desafio, produzir as perguntas dos testes de acordo com o assunto
necessário para realizá-lo e por fim, produzir a lista de indicações de aprendizado
(leituras, atividades) para serem realizadas antes da aula.
O teste e as discussões são meios para fazer os alunos perceberem o
quanto conhecem e se sentirem preparados para completarem o desafio. Ao fim
deste, o professor/instrutor deve instigar uma nova discussão com base nas
respostas apresentadas – como vocês chegaram a essa conclusão? Por que a
resposta do seu grupo é melhor do que a do outro? Nesta fase, o ideal é escolher
alunos a partir de uma lista ou sorteio, senão apenas os alunos mais falantes
participarão. É normal o aluno direcionar sua fala ao professor/instrutor, mas este
deve instruir que o aluno direcione sua explicação aos seus colegas de sala (dica:
afaste-se do aluno que estiver falando, assim ele aumentará o volume de sua voz).
Pergunte sempre pelas decisões tomadas no processo e a linha de pensamento dos
grupos.

1.3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Cada uma destas atividades descritas são ideias que foram pensadas para
diversificar o ensino da área do professor-idealizador, mas podem facilmente ser
adaptadas e aplicadas para muitas outras esferas.
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Os métodos apresentados foram resumidos e simplificados, mas a essência


foi mantida, por isso recomendamos a leitura dos artigos originais mencionados na
referência deste artigo.
Com esta pesquisa concluímos que em meio a tantas teorias disponíveis, nós
podemos encontrar métodos práticos descritos em detalhes para que possam ser
reproduzidos e compartilhados. Portanto, concluímos que nós conseguimos cumprir
os objetivos que motivaram este artigo.
Para finalizar, gostaríamos de acrescentar dicas para a aplicação dos
métodos descritos em aulas de língua inglesa:
1. Para o método do Summaê, o professor poderia sugerir aos alunos que,
além dos vídeos criativos com perguntas da língua inglesa, enviassem
pedaços de filmes/séries sem o áudio, para que os alunos pudessem criar
uma possível conversa dos personagens, ou pedir para que apresentem
esses pedaços com o áudio em inglês para que a turma pudesse
transcrever e/ou traduzir.
2. Para o método de TBL, os grupos de alunos recebem uma história em
quadrinho inacabada como desafio e devem concluir os espaços com os
conteúdos que revisaram nos testes. O critério de escolha do melhor final,
produzido pode ser o humor ou o improvável.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A maioria das escolas, mesmo hoje, mantém-se nos moldes


tradicionais de ensino, e observa-se que a concepção de grande
parte de educadores e alunos é que o estudante aprende ouvindo, de
forma passiva, as explicações do docente. No Brasil, em pleno
século XXI, o processo de ensino e aprendizagem ainda é baseado
na quantidade de horas que o aluno permanece na escola e não na
aprendizagem propriamente dita. (KFOURI, 2019)

Esta realidade precisa mudar o quanto antes. Com esta pesquisa que
realizamos, percebemos que existe muitas teorias sendo criadas e divulgadas junto
a incentivos que para que o sistema mude, que as pessoas responsáveis pela
educação mudem de pensamento e atitudes, mas a prática são poucos que ensinam
e divulgam. E este foi o propósito desta pesquisa: compartilhar algumas ideias
práticas que seguem as metodologias ativas e que já deram resultado. Desejamos
que mais pesquisas assim sejam feitas ao redor do mundo para compilar e
compartilhar as inovações práticas que estão funcionando nas diversas esferas
sociais.
Este é um trabalho inicial com apenas três exemplos, por isso recomendamos
buscas mais amplas e profundas de métodos ativos que estejam descritos para
serem aplicados.
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REFERÊNCIAS

ALMEIDA FILHO, J.C.P. O que quer dizer ser comunicativo na sala de aula de
língua estrangeira. Perspectiva 4 (8), 33-39, 1987. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/download/8814/8168 .

FRAGELLI, R. R.; FRAGELLI, T. B. O. Summaê: um espaço criativo para


aprendizagem. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v.17, n.52, p. 409-430,
abr./jun. 2017.

KFOURI,S.F. et al. Aproximações da Escola Nova com as Metodologias Ativas:


Ensinar na Era Digital. Rev. Ens. Educ. Cienc. Human., v. 20, n. 2, p. 132-140, 2019.

MENDES, A. A.; et al. SUMMAÊ: UM MÉTODO CRIATIVO DE APRENDIZAGEM


SIGNIFICATIVA. Pensar Acadêmico, Manhuaçu - MG, v. 17, n. 2, p. 222-233, maio-
agosto, 2019.

PARMELEE, D. et al; Team-based learning: A practical guide: AMEE Guide No. 65.
Journal Medical Teacher. Volume 34, 2012 - Issue 5, p. e275-e287 | Published
online: 04 Apr 2012. Disponível em:
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/0142159X.2012.651179 Acesso em
01/11/2019.

RAMAL, Andrea. Entenda a diferença entre os métodos escolares. G1, 2017.


Disponível em: http://g1.globo.com/educação/blog/andrea-ramal/post/entenda-
diferença-entre-os-metodos-escolares.html

RUHL, J. Teaching methods for inspiring the students of the future. TEDxLafayette,
2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UCFg9bcW7Bk . Acessado
em 03/11/2019.

RUHL, J. Strategies for Taking Yourself “Off Stage” (Teaching the Content Without
Lecturing). Harding University, Scholar Works at Harding, 2019 Showcase.
Disponível em: https://scholarworks.harding.edu/fts/2019/events/11 Acesso em
13/10/2019.

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