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R.A:2342711407
ARTIGO
MANAUS
2019
MÉTODOS PRÁTICOS E CRIATIVOS PARA AULAS INOVADORAS:
Ideias aplicadas para aula de línguas.
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MANAUS
2019
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RESUMO
Muito se fala sobre teorias de novos métodos para aplicar em sala de aula,
muito se fala sobre como, de forma genérica, um professor deveria se informar
sobre as tecnologias para poder aplicá-las em aulas a fim de terem com resultado
alunos motivados para aprender. O que precisamos agora é experiências práticas,
ideias reais, passo-a-passos de métodos criados por professores preocupados com
seus alunos e que realmente fizeram mudanças significativas para todos.
Os métodos apresentados neste artigo formam uma compilação de práticas
de professores de diferentes áreas do conhecimento que foram resumidas de forma
genérica para que a essência das ideias possa ser aplicada nas mais diversas
esferas de ensino, incluindo aulas de línguas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................6
DESENVOLVIMENTO..................................................................................................7
1.1 Fundamentação Teórica........................................................................................7
1.2 MATERIAIS E MÉTODOS.....................................................................................8
1.2.1 Método de Ruhl...............................................................................................9
1.2.2 Summaê........................................................................................................10
1.2.3 Team-based learning....................................................................................11
1.3 Resultados e Discussão......................................................................................13
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................15
REFERÊNCIAS...........................................................................................................16
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INTRODUÇÃO
Por mais incrível que pareça. esta antiga citação, como podemos ver pela
data, continua sendo bastante atual, tendo em vista que a maneira de ensinar não
mudou muito desde então. O mundo evolui a cada instante, uma informação nova
agora, será considerada notícia velha ao término da leitura deste artigo. Tudo muda,
as pessoas mudam, coisas deixam de existir, mas se em toda regra há uma
exceção, a educação ocupa tal posto neste mundo agitado e complexo.
Com apenas uma rápida visita a uma instituição de ensino, é possível concluir
que o método tradicional de ensinar ainda está vigente em 2019. Aparelhos
celulares, smartphones, tablets, relógios inteligentes, notebooks são,
inacreditavelmente, itens proibidos por lei nas escolas e universidades públicas de
alguns estados brasileiros. Mas como bem sabemos, o problema não está na
ferramenta, e sim na forma de utilização.
Há uma tímida tendência entre os novos professores de produzirem aulas
onde tentam fundir tecnologias às atividades escolares em sala de aula, com o
intuito de motivar seus alunos durante a aprendizagem. Esta é uma tática que,
quando bem utilizada, pode gerar resultados positivos. Cada ideia aplicada, quando
compartilhada entre a classe docente, desperta outras, e assim se forma um ciclo de
criação de novas técnicas, táticas e métodos de ensino ao redor de mundo. Neste
artigo veremos algumas destas ideia criativas sendo pensadas ou aplicadas em sala
de aula.
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DESENVOLVIMENTO
melhor maneira. Mas se analisarmos com cuidado, a parte do professor fica muito
na teoria, independente da área do conhecimento. A grande questão que queremos
chegar é: como, exatamente, os professores aplicam estas teorias?
Dentro das principais metodologias existem submétodos que representam as
nuances e variações de pensamento de uma mesma corrente, como por exemplo,
podemos notá-las quando direcionamos o foco para o ensino de línguas. Essa
citação fala um pouco sobre o assunto:
Kumaravadivelu (2006a) propõe outra maneira de classificar os
métodos de ensino de línguas. O autor sustenta que existem três
categorias de métodos: aqueles centrados na língua, os centrados no
aprendiz e os centrados na aprendizagem. Os métodos centrados na
língua, como sugere a denominação, são aqueles orientados pela
forma linguística. Entre esses, podem se agrupar o método
gramática-tradução e o audiolingual. Os centrados no aprendiz são
aqueles preocupados com as necessidades, desejos e dificuldades
do aprendiz da língua alvo. Buscam ensinar a forma aliada à função
linguística. Um exemplo dessa categoria é o ensino “comunicativo”,
de acordo com Kumaravadivelu (2006a), em sua fase funcional, na
nossa visão. A última categoria reúne os métodos que se ocupam
dos processos cognitivos, como o método natural, conforme o autor.
Esses métodos buscam envolver os aprendizes em interações
significativas por meio de tarefas de solução de problema.
(SANT’ANA, 2019)
Para começarmos, vamos analisar o que o professor Joe Ruhl disse em seu
TEDx Lafayette - Teaching methods for inspiring the students of the future (2015):
“[...] as I watched the kids going through the line, it occurred to me they
love having choices. And so, I said to myself, “Self, maybe that would work
in the classroom. Let the kids have choices.” And so, that’s what I did. I
converted my classrom to a situation where student choice was a big part of
the room along with four other C’s: choice, collaboration, communication,
critical thinking and creativity.”
1.2.2 Summaê
trabalhar com soluções por meio de algum aparelho digital, facilitando o envio das
respostas. Essa é uma boa medida para EaD e educação corporativa.” (FRAGELLI,
2017)
Para cada vídeo, os alunos devem responder de azul em folhas de papel.
Depois o professor revela a resposta e os alunos devem fazer autocorreções com a
caneta vermelha. Este é um bom momento para um debate quando houver dúvidas.
Feitas as correções, passa-se para a próxima vídeo-pergunta. Cada resposta certa
vale a quantidade específica de pontos da questão.
Ao fim das perguntas, o professor recolhe as folhas e, enquanto verifica
quem foi o vencedor. Os alunos escolhem os melhores chapéus e o melhor vídeo
para premiar. Cada um dos dois estudantes mais bem pontuados formam um grupo
de três ou quatro colegas para o desafio final que deve ser resolvido em um tempo
determinado. Aquele que apresentar a melhor resolução vence. O desafio final pode
ter a ver com o tema escolhido para a confecção dos chapéus.
O autor apresenta mais detalhes no artigo original para a realização do
Summaê, no formato em grande escala, ou mesmo para um evento multidisciplinar.
pensados pelos alunos. D) haverá um tempo determinado para cada etapa. Ao final
da etapa 4 os alunos devem apresentar as respostas ao mesmo tempo.
Parmelee (2012) insere em seu paper a opinião de alguns alunos que
participaram de aulas neste formato e em geral, eles afirmam que não gostavam de
atividades em grupo antes da experiência, mas gostaram e aprenderam bastantes
com este método ativo.
O professor/instrutor que decidir produzir aulas usando este método deve
cria-lo de trás para frente, começando com os objetivos finais (quais habilidades e
conhecimento específicos os alunos devem apresentar ao fim da aula?), a partir
deles pensar no desafio, produzir as perguntas dos testes de acordo com o assunto
necessário para realizá-lo e por fim, produzir a lista de indicações de aprendizado
(leituras, atividades) para serem realizadas antes da aula.
O teste e as discussões são meios para fazer os alunos perceberem o
quanto conhecem e se sentirem preparados para completarem o desafio. Ao fim
deste, o professor/instrutor deve instigar uma nova discussão com base nas
respostas apresentadas – como vocês chegaram a essa conclusão? Por que a
resposta do seu grupo é melhor do que a do outro? Nesta fase, o ideal é escolher
alunos a partir de uma lista ou sorteio, senão apenas os alunos mais falantes
participarão. É normal o aluno direcionar sua fala ao professor/instrutor, mas este
deve instruir que o aluno direcione sua explicação aos seus colegas de sala (dica:
afaste-se do aluno que estiver falando, assim ele aumentará o volume de sua voz).
Pergunte sempre pelas decisões tomadas no processo e a linha de pensamento dos
grupos.
Cada uma destas atividades descritas são ideias que foram pensadas para
diversificar o ensino da área do professor-idealizador, mas podem facilmente ser
adaptadas e aplicadas para muitas outras esferas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta realidade precisa mudar o quanto antes. Com esta pesquisa que
realizamos, percebemos que existe muitas teorias sendo criadas e divulgadas junto
a incentivos que para que o sistema mude, que as pessoas responsáveis pela
educação mudem de pensamento e atitudes, mas a prática são poucos que ensinam
e divulgam. E este foi o propósito desta pesquisa: compartilhar algumas ideias
práticas que seguem as metodologias ativas e que já deram resultado. Desejamos
que mais pesquisas assim sejam feitas ao redor do mundo para compilar e
compartilhar as inovações práticas que estão funcionando nas diversas esferas
sociais.
Este é um trabalho inicial com apenas três exemplos, por isso recomendamos
buscas mais amplas e profundas de métodos ativos que estejam descritos para
serem aplicados.
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REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, J.C.P. O que quer dizer ser comunicativo na sala de aula de
língua estrangeira. Perspectiva 4 (8), 33-39, 1987. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/download/8814/8168 .
PARMELEE, D. et al; Team-based learning: A practical guide: AMEE Guide No. 65.
Journal Medical Teacher. Volume 34, 2012 - Issue 5, p. e275-e287 | Published
online: 04 Apr 2012. Disponível em:
https://www.tandfonline.com/doi/full/10.3109/0142159X.2012.651179 Acesso em
01/11/2019.
RUHL, J. Teaching methods for inspiring the students of the future. TEDxLafayette,
2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=UCFg9bcW7Bk . Acessado
em 03/11/2019.
RUHL, J. Strategies for Taking Yourself “Off Stage” (Teaching the Content Without
Lecturing). Harding University, Scholar Works at Harding, 2019 Showcase.
Disponível em: https://scholarworks.harding.edu/fts/2019/events/11 Acesso em
13/10/2019.