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a L i t e r a t u r a B r a s i l e i r a

Formação d é a R a mos
Auto r ia : La u d ic

Tema 04
O Romantismo Brasileiro na Prosa e na Poesia
Tema 04
O Romantismo Brasileiro na Prosa e na Poesia
Autoria: Laudicéa Ramos
Como citar esse documento:
RAMOS, Laudicéa. Formação da Literatura Brasileira: O Romantismo Brasileiro na Prosa e na Poesia. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera
Educacional, 2014.

Índice

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© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua
portuguesa ou qualquer outro idioma.
CONVITEÀLEITURA
Neste tema você tomará conhecimento sobre a presença do Romantismo brasileiro, terá a oportunidade de
conhecer como ele se formou, e ainda terá informações sobre a importância da vinda da família Real para o Brasil.
Vai compreender como a presença de José de Alencar foi importante para a literatura brasileira. Neste tema você
ainda perceberá as características que compõem as obras românticas, definidas para que você as possa conhecer
melhor. Também fará um pequeno passeio através das três gerações que compõem nosso Romantismo, em que lhe
apresentaremos os principais autores e obras. Você verá que nossos autores cooperaram para a nossa formação, pois
tentaram desenvolver no público leitor um sentimento nacionalista, outros se envolveram com as causas sociais, e uma
das gerações foi a geração entregue à morbidez. É esse caldeirão de estilos e características individuais que vai formar
o nosso Romantismo. Tenha uma boa leitura!

PORDENTRODOTEMA
O Romantismo Brasileiro na Prosa e na Poesia

A Era Romântica é indiscutivelmente um termo que designa o fim da lógica do mundo clássico. A autoridade
plenipotenciária do poder monárquico, que regulava o espectro coletivo e a civilidade do ser humano, se somava
ao controle acirrado das instituições religiosas que freavam a capacidade de reflexão e análise do “indivíduo” em
favor de valores e utopias que atendiam aos interesses de um sistema ideológico uniformista e castrador como
a teocracia. (CAVALCANTI, 2013, p. 15).

Este tema abordará um dos mais fascinantes períodos da literatura nacional: o Romantismo. Nele surgiram grandes
autores, que marcaram definitivamente a história da nossa literatura. Essa escola literária tem seu início marcado
didaticamente, no Brasil, pela publicação da obra de Gonçalves de Magalhães, Suspiros poéticos e saudades, em 1836.
O romantismo durou cerca de 45 anos. A obra de Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas, foi publicada
em 1881, dando início ao Realismo brasileiro, inclusive surgindo no mesmo momento o Naturalismo, com a obra de
Aluísio Azevedo O Mulato, publicada na mesma época.

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PORDENTRODOTEMA
Apesar de didaticamente marcarmos o início do Romantismo brasileiro no ano de 1836, podemos dizer que seu contexto
de surgimento, que a preparação para a sua chegada, veio juntamente com a vinda da Coroa Portuguesa para o Brasil,
pois a família real trouxe consigo a urbanização da cidade do Rio de Janeiro, abrindo assim oportunidades para que as
influências europeias pudessem ser divulgadas. Com a chegada dos estrangeiros, uma perspectiva de intercâmbio se
configurava; com a família real presente na Colônia, a rigorosa censura findara-se, os livros poderiam ser importados,
a impressão em todos os seus aspectos foi liberada, formaram-se bibliotecas públicas e também as particulares,
nasceram as escolas superiores; o gosto pelas artes, quer na forma musical, teatral ou na oratória religiosa, passou a
ser desenvolvido. Devemos somar a isso a ida de nossos intelectuais para a Europa, onde podiam aprender e conhecer
novas estéticas e trazê-las para a Colônia.

Além do mais, conforme diz muito bem Filho,

que um movimento literário não surge da noite para o dia, abruptamente. Ao contrário, é o resultado de uma
complexa elaboração gradativa, que termina por eclodir numa determinada ocasião. E, nesse sentido, quase
podemos dizer que o Romantismo, começou com o Barroco, senão antes. (FILHO, 2012, p. 183).

Vários fatores contribuem para o surgimento de uma escola literária, e torna-se extremamente difícil estabelecer
exatamente quando ela inicia-se ou encerra-se, todas as datas são estabelecidas para fins didáticos, não se pretendendo
indicar a exatidão de seu início.

O adjetivo romântico “deriva do inglês romantic, e este, por sua vez nasce do substantivo romaunt, de origem francesa
(romanz ou romant) que designa os romances medievais de aventuras”. (FILHO, 2012, p. 187).

O Romantismo como movimento literário colocará a emoção acima da razão. Por isso o subjetivismo é um dos traços
fundamentais deste estilo.

A realidade é revelada através da atitude pessoal do escritor. Não preocupação com modelos a seguir. O artista
traz à tona o seu mundo interior, com plena liberdade. Esta característica está estreitamente ligada à imaginação
criadora, como projeção deste mundo. (FILHO, 2012, p. 190).

Outra característica bem marcante do romantismo é a evasão, ou escapismo. Nela e por meio dela o poeta foge para
um mundo imaginário idealizado por ele, que se baseia em suas emoções e sonhos. O escapismo ainda possibilita ao
escritor romântico fugir para o passado, buscar novos mundos, terras distantes, florestas virgens. Os autores românticos
têm uma cosmovisão marcada pelo choque com o cotidiano imediato, é a marca de um homem que vive entre as
contradições da Revolução Industrial e a ascensão da burguesia. Temos ainda como característica a liberdade criadora,

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PORDENTRODOTEMA
nela o escritor romântico está livre do rigor formal para produzir suas obras; e na imaginação criadora os autores desta
escola possuem a capacidade de criar mundos imaginários. Ainda existe um senso do mistério, o sobrenatural, o
terror. Se somarmos todas essas características, com certeza poderíamos dizer que o escritor romântico é aquele que
possui uma consciência da solidão, e que esta consciência seria fruto da sua incapacidade de adaptar-se ao mundo:
no mundo não existe lugar para ele, como consequência o mundo que lhe resta é o seu próprio mundo interior, no qual
mergulha por ser incompreendido. Ele procura reformar o mundo, ele é um reformador, sonhador, cheio de fé, é ilógico
(ilogismo) e cultua a natureza, sua amiga e confidente; é naturalmente exagerado, para ele não existem meios-termos,
qualidades e defeitos são expostos radicalmente. Estes autores ainda são sentimentais (sentimentalismo), gostam
das ruínas porque elas os fazem lembrar de um passado de glória, com figuras de heróis. Cultivam ainda o gosto pelo
noturno e, quanto à mulher, esta torna-se um ser idealizado, perfeito, puro, inatingível, enfim, angelical.

Os autores do Romantismo brasileiro escreveram, além da prosa e da poesia, o gênero dramático, dirigido ao teatro.
Nas obras poéticas temos os seguintes autores: Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu, Araújo
Porto, Maciel Monteiro, José Maria do Amaral, Dutra e Melo; na nossa prosa figuram: Gonçalves de Magalhães, Joaquim
Norberto, Teixeira e Sousa, Joaquim Manuel de Macedo e José de Alencar; e nas produções teatrais destacamos:
Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Araújo Porto Alegre, Martins Pena, José de Alencar e Joaquim Manuel de
Macedo.

Normalmente, dividimos o Romantismo brasileiro em três gerações, tendo cada uma delas características próprias.
No primeiro momento, Moisés afirma que “cultiva-se a poesia, dá-se o aparecimento da prosa de ficção e acelera-se
a atividade teatral, inaugurando a era não comprometida de nossa dramaturgia”. (2012, p. 335). Como você pode ver,
apesar de ser o primeiro momento, podemos perceber que existe uma riqueza imensa na produção literária.

Isso nos faz perceber que o desenvolvimento da nossa literatura mostra um processo crescente, adquirindo cada vez
mais segurança e características próprias, tornando-se cada dia mais distante da influência que a Coroa pôde ter
exercido sobre nós.

A primeira geração ainda é marcada como um período de transição entre o antigo (Arcadismo) e o novo movimento
(Romantismo). Mesmo que tenhamos a presença de alguns aspectos do Romantismo nas produções árcades, como em
Basílio da Gama e Santa Rita Durão, por exemplo, o Romantismo só passa a ser um estilo de época no Brasil depois de
Suspiros Poéticos e Saudades.

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PORDENTRODOTEMA
Como já afirmamos, Gonçalves de Magalhães, introdutor do romantismo brasileiro, e Porto Alegre, segundo Moisés,

mantiveram a dualidade inerente a esses anos em que o novo estilo de cultura se enraíza: acusam vestígios
neoclássicos de par com novidades temáticas, como a poesia da saudade, a poesia noturna, a poesia americanista.
(MOISÉS, 2012, p. 335).

Na primeira geração queremos destacar os seguintes autores: Gonçalves de Magalhães e Gonçalves Dias. Não
podemos, caro estudante, pensar, sob hipótese alguma, que esse primeiro momento ficou restrito e marcado apenas
pela presença desses dois escritores, mas, em termos de importância para o movimento, o primeiro introduz o estilo
e o segundo o consolida. Bosi, ao referir-se aos demais escritores desse período que não tiveram o mesmo destaque
desses dois, nos diz que esses foram autores considerados como de: “segunda plana do Romantismo como programa
literário no Brasil” (2012).

Gonçalves de Magalhães, além da obra Suspiros Poéticos e Saudades, também fundou, em Paris, em 1836, a Revista
Niterói-brasiliense. Esta revista foi fruto de seu trabalho com os amigos Porto Alegre, Sales Torres Homem e Pereira
da Silva. Também é fruto do trabalho de Magalhães o Teatro, que surge coincidentemente com a criação do primeiro
grupo dramático brasileiro. Magalhães também foi o autor da “primeira tragédia escrita por um brasileiro e única de
assunto nacional”. (BOSI, 2012, p. 103). Em Suspiros poéticos e saudades, os críticos literários entendem que o seu
prefácio contém o primeiro manifesto do Romantismo brasileiro. Em sua poesia, Gonçalves de Magalhães aborda temas
religiosos, nacionalistas, fala da natureza, e o índio também é exaltado.

Outras obras deste autor: Antônio José e a Inquisição, peça de teatro (1838); A confederação dos Tamoios, poesia
(1856); Os mistérios (1857); Fatos do espírito humano (1865), Urânia (1862); Cânticos fúnebres (1864); A alma e o
cérebro (1876) e Comentários e pensamentos (1880). As suas Obras completas foram editadas em 1939.

Outros nomes deste período devem ser citados, pelo menos a título de conhecimento, como Azeredo Coutinho e o
lançamento da Revista Guanabara, dirigida por Porto Alegre; e Joaquim Manuel de Macedo, autor de obras como A
Moreninha, O Moço Louro e Os Dois Amores, foi o prosador mais importante dessa primeira fase, e escreveu também
poesias e peças teatrais.

Apesar de todos os esforços feitos por Gonçalves de Magalhães para a fixação do Romantismo no Brasil, caberia a
outro Gonçalves o papel de consolidador do estilo. Sem dúvida, Gonçalves Dias soube de forma definitiva ocupar os
espaços do estilo literário no país. Em 1843 publicou o mais conhecido dos poemas do Romantismo dessa fase, Canção
do Exílio. No mesmo ano lançou Patkull, e em 1846 publicou Os Primeiros Cantos, Meditação, O Brasil e Oceania,

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Seus Olhos. Passados mais dois anos, em 1848, lançou Segundos Cantos, Sextilhas de Frei Antão, e em 1851 publicou
I-Juca-Pirama. Em 1857 é publicado Os Timbiras e o Dicionário da Língua Tupi foi publicado em 1858.

Gonçalves Dias foi um escritor profícuo, escreveu em vários estilos. Ele tem sido considerado como o primeiro poeta
autêntico a emergir em nosso Romantismo, segundo observarmos na obra de Bosi (2012, p. 109). O período de “duração”
desta primeira geração foi de 1836 a 1852. Gonçalves Dias escreveu poesias amorosas, indianistas, saudosistas, sobre
a natureza, autobiográficas e medievalistas. Transitou entre os épicos e os poemas.

Nas palavras de Moisés, Gonçalves Dias foi o grande poeta dessa geração, “secundado por Casimiro de Abreu: o
lirismo amoroso, livre das faixas arcádicas, pode agora, identificado com o próprio romantismo, motivar altos voos da
sensibilidade e da imaginação”. (MOISÉS, 2012, p. 335).

Esses autores compõem a primeira geração romântica brasileira, sendo a poesia de Gonçalves Dias “um enlace do
pensamento com o sentimento”; ele soube unir em sua poesia inteligência com sensibilidade, experiência e inspiração,
e apesar da importância que a emoção ocupa em sua poesia, tudo é comandado pela inteligência. O indianismo marca
presença em sua obra, mas com características medievais que ainda se fazem presentes na poesia amorosa. “O lirismo
em feminino, passividade e subserviência à mulher amada, amor-melancólico, amor-desespero, amor desilusão, amor-
de-perdição constituem as tônicas da poesia trovadoresca e do lirismo amoroso” de Dias (MOISÉS, 2012). Quanto a
Casimiro de Abreu, Moisés afirma que

pende entre duas forças antagônicas mas convergentes. De um lado, um vetor dirigido no rumo do passado, a
exprimir o evasionismo temporal; de outro, um vetor emotivo, projetado na direção de vagos ideais [...] Casimiro
emprestou ao tema novos acentos, fruto da experiência pessoal e da sensibilidade refinadamente feminoide e
adolescente [...]. (MOISÉS, 2012, p. 350).

Casimiro de Abreu, em 1889, publica seu único livro de poesias: As primaveras, e em 1856 publica para o teatro a obra
Camões e o Jaú.

A prosa romântica brasileira nasceu de um ambicioso projeto literário que visava traçar um panorama da história
e da cultura do país. Seu principal expoente é o romancista cearense José de Alencar (1829 - 1877), autor de
romances históricos, indianistas, regionalistas e urbanos, como Iracema. Além de Alencar, destacam-se Joaquim
Manoel de Macedo (1820 - 1882), autor de A Moreninha, com seus romances repletos de estereótipos, e Manuel
Antônio de Almeida (1831 - 1861), autor de Memórias de um Sargento de Milícias, cujas narrativas retratam os
costumes de uma época. (GUIA, 2010).

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A segunda geração surge mais ou menos em 1853, quando Álvares de Azevedo publica Obras Poéticas e Laurindo
Rabelo, Trovas, e se encerra em 1870, quando Castro Alves publica Espumas Flutuantes. Essa geração tem como seus
expoentes Álvares de Azevedo, que publicou Lira dos Vinte anos, O Poema do Frade, O conde Lopo, Poesias Diversas,
A Noite na Taverna em prosa e Macário, peça teatral; Fagundes Varela, Junqueira Freire, Bernardo Guimarães, todos
estes produzem poesias, e nas prosas encontram-se também Bernardo Guimarães e Manoel Antônio de Almeida.

O segundo momento ainda pode ser conhecido como Mal do Século, Ultrarromantismo e/ou Byronismo, sendo que este
deriva da influência de Lord Byron e seu ideal romântico, mantendo-o. Álvares de Azevedo e os autores contemporâneos
apresentaram características completamente diferentes da Primeira Geração, tais como tédio, desesperação e o
satanismo; estes sentimentos substituem o amor-medo, feminoide, pelo amor doentio, vicioso, fruto de neuroses ou de
paraísos artificiais, trocam a melancolia pela visão da morte, que ao mesmo tempo passa a ser deseja e temida,

procuram evadir-se do mal do século pela deserção da vida, mas agem epicuristicamente, movidos pela
gulosa paixão da existência; “malditos”, encarnam o próprio dilema romântico, no qual a luta entre a imanência e
transcendência termina sempre de forma apocalíptica. (MOISÉS, 2012, p. 431).

A Terceira Geração do Romantismo brasileiro apresenta Castro Alves, com as seguintes obras: Espumas Flutuantes,
de 1870, A Cachoeira de Paulo Afonso, de 1876, Os Escravos, de 1883, e para teatro, Castro Alves publicou Gonzaga
ou a Revolução de Minas, em 1875.

Na Terceira Geração encontram-se, na poesia, os seguintes autores: Castro Alves, Sousândrade, Tobias Barreto, entre
outros; e, na prosa, Taunay, Franklin Távora, Apolinário Porto Alegre e outros.

A Terceira Geração é fortemente influenciada por Victor Hugo, ou seja, a “poesia diversifica-se por várias correntes,
centradas no lirismo social, de inspiração hugoana”. (MOISÉS, 2012, p. 506). Seu mais ilustre representante é Castro
Alves, com uma poesia engajada, solidária à situação histórica em que se inspirou, fruto do momento histórico que o
país vivia: uma poesia social envolvida com a questão da abolição.

É a literatura engajada, aquela que mais tarde, no Modernismo, florescerá denunciando os problemas do nordeste
brasileiro. Como você pode ver, o Romantismo não se apresenta apenas como sentimentalismo exagerado, mas há uma
geração com visão social, com seus olhos voltados para a realidade do país.

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PORDENTRODOTEMA
Para entendermos a importância de José de Alencar para a literatura brasileira, vale a pena repetir as palavras de
Coutinho:

o espírito de Alencar percorreu as diversas partes de nossa terra, o norte e o sul, a cidade e o sertão, a mata
e o pampa, fixando-as em suas páginas, compondo assim com as diferenças da vida, das zonas e dos tempos
a unidade nacional da sua obra. Nenhum escritor teve em mais alto grau a lama brasileira. E não é só porque
houvesse tratado assuntos nossos. Há um modo de ser e de sentir que dá a nota íntima da nacionalidade,
independente da face externa das coisas. (COUTINHO, 2008, p. 38).

O romance regionalista é um gênero literário nascido no Brasil e sem a menor presença de algum elemento da
literatura europeia. Nesse tipo de romance, Alencar procurou traçar um perfil cultural e dos costumes da época, procurou
descrever a sociedade burguesa carioca, mas também o sertanejo e o índio. Alencar foi, portanto, regionalista, urbano,
histórico e indianista. Não é à toa que o título de embaixador da literatura brasileira lhe foi conferido.

O Romantismo foi de extrema importância para o homem, quer tenha sido ele europeu ou brasileiro. Neste estilo, o
homem pôde ser visto como um ser com sentimentos, emoções. Infelizmente, não foi possível fazer o equilíbrio entre
a razão e a emoção, mas num período em que a razão estava sendo considerada como uma “deusa”, mudar o foco e
mostrar o outro lado que compõe o ser humano é, sem dúvida, algo tremendo. Por isso, caro estudante, volto a dizer:
a literatura revela a alma do povo! Por meio dela podemos compreender muito melhor o mundo e o nosso semelhante.
Siga em frente!

ACOMPANHENAWEB
Suspiros Poéticos e Saudades

• Leia o pequeno texto sobre a obra de Gonçalves de Magalhães. Suspiros Poéticos e Saudades,
de Gonçalves de Magalhães.
Disponível em: <http://www.passeiweb.com/estudos/livros/suspiros_poeticos_e_saudades>. Acesso em:
30 ago. 2014.

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Gonçalves de Magalhães

• Leia o texto sobre Gonçalves de Magalhães. E conheça um pouco mais sobre a importância
deste autor para o romantismo brasileiro.
Disponível em: <http://www.soliteratura.com.br/biografias/biografias006.php>. Acesso em: 29 ago. 2014.

José de Alencar

• Leia o texto sobre José de Alencar.


Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/jose-de-alencar.jhtm>. Acesso em: 29 ago. 2014.

Prosa Romântica no Brasil – Extensivo Português

• Assista ao vídeo: Prosa Romântica no Brasil – Extensivo Português. Este excelente vídeo tem
duração de 12 min 48s.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=pjT0S88mkg0>. Acesso em: 29 ago. 2014.

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AGORAÉASUAVEZ
Instruções:
Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará algumas questões de múltipla
escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.
Questão 1

Neste tema você pôde ver como foi iniciado o Romantismo no Brasil, conheceu suas características, suas obras e principais au-
tores. Faça, portanto, um pequeno resumo sobre esta escola literária no Brasil.

Questão 2

Acerca da importância de José de Alencar para a literatura brasileira, complete as lacunas do texto a seguir.

“O _________ de Alencar percorreu as diversas partes de nossa terra, o _________ e o _________, a _________ e o _________,
a _________ e o _________, fixando-as em suas páginas, compondo assim com as diferenças da vida, das zonas e dos tempos
a unidade nacional da sua obra. Nenhum escritor teve em mais alto grau a _________ brasileira. E não é só porque houvesse
tratado assuntos nossos. Há um modo de ser e de sentir que dá a nota íntima da nacionalidade, independente da face externa
das coisas”. (COUTINHO, 2008, p. 38).

a) norte; nordeste; mata; pampa; norte; sul; espírito, alma.

b) espírito; norte; sul; mata; pampa; alma; cidade; sertão.

c) alma; norte; sul; norte; nordeste; cidade; sertão; pampa.

d) alma; cidade; sertão; espírito; mata; pampa; norte; sul.

e) espírito; norte; sul; cidade; sertão; mata; pampa; alma.

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AGORAÉASUAVEZ
Questão 3

Assinale a alternativa correta sobre o principal autor da Terceira Geração do Romantismo brasileiro.

a) Álvares de Azevedo.

b) Castro Alves.

c) Aluísio Azevedo.

d) Casimiro de Abreu.

e) Olavo Bilac.

Questão 4

Elabore um texto dissertativo sobre as características da obra de José de Alencar. Você pode tomar como base para esta questão o
texto do tema em pauta e o artigo sobre José de Alencar, disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/jose-de-alencar.jhtm>.
Acesso em: 29 ago. 2014.

Questão 5

Crie um texto dissertativo sobre a importância da vinda da Família Real para o Brasil e o Romantismo. Faça um texto com, no
máximo, 15 linhas.

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FINALIZANDO
Neste tema você estudou sobre o Romantismo brasileiro, suas características, autores e obras. Você pôde conhecer
um pouco mais sobre José de Alencar e Gonçalves de Magalhães, viu como, através de suas características, esse
movimento foi importante para a consolidação e o desenvolvimento da literatura brasileira. Você ainda pôde compreender
a importância da contribuição de cada autor para a formação de nossa literatura. Agora, caro estudante, depende de
você seu próprio desenvolvimento, siga em frente! Parabéns!

REFERÊNCIAS
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id=1043&Itemid=2>. Acesso em: 15 ago. 2014.
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24 out. 2014.
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conjuracao_mineira.htm>. Acesso em: 15 ago. 2014.
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COUTINHO, Afrânio. Conceito de Literatura brasileira. 2 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
FERREIRA, Júlio Flávio Vanderlan. Romantismo: A Formação da Literatura Brasileira. Revista Vozes dos Vales: Publicações
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FILHO, Domício Proença. Estilos de época na literatura. 20 ed. São Paulo: Editora Prumo.

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REFERÊNCIAS
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GUIA do Estudante. Literatura – resumo, autores, dicas e questão comentada. 2010. Disponível em: <http://guiadoestudante.
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PRÉ-ROMANTISMO. In: Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2013. Disponível em: <http://www.infopedia.pt/$pre-romantismo;j
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REDIES, Amarildo Britzius; CASTELA, Greice da Silva. Delimitação Estética e Histórica do Barroco. 2007. Disponível em:
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Nacional do Livro. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000116.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2014.

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GLOSSÁRIO
Cosmovisão: visão de mundo, como o ser humano pode perceber o mundo ao seu redor, o que o influencia, o que o
dirige.

Epicuristicamente: relativo à epicurista: corrente filosófica que busca o prazer como meio de alcançar o equilíbrio e a
vitória sobre o medo, proporcionando como consequência a tranquilidade.

Evasão: fuga, sair, fugir.

Feminoide: possui características femininas.

Uniformista: aplicado no texto com o sentido de dar uma única forma.

GABARITO
Questão 1

Resposta: O Romantismo chegou ao Brasil por meio de Portugal. Aqui, esse estilo literário começou a adquirir
características próprias que já vinham sendo desenvolvidas desde o Barroco, como, por exemplo, o nativismo. No Brasil
o índio assumiu o papel de herói e cresceu um sentimento nacionalista. Nossos autores falaram da beleza da terra,
da sua vegetação e esplendor. Destacam-se Gonçalves de Magalhães, autor de Suspiros poéticos e saudades, obra
inaugural do romantismo brasileiro, Gonçalves Dias, como o consolidador do nosso romantismo, e José de Alencar,
criador do romance regionalista e tem sido considerado como o autor que fez com que a literatura brasileira emergisse.

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Questão 2

Resposta: Alternativa E.

José de Alencar é o escritor romântico que elevou a nossa literatura, sendo considerado o embaixador da literatura
brasileira, por isso se faz necessário entender como esse autor desenvolveu sua obra. A resposta correta é a letra E.

Questão 3

Resposta: Alternativa B.

O autor que mais destacou-se na terceira geração, a geração envolvida com as questões sociais, foi Castro Alves, que
lutou por seus ideais abolicionistas em suas obras e em vida. Resposta certa, alternativa B.

Questão 4

Resposta: José de Alencar, em sua obra de cunho urbanista, faz uma crítica à sociedade burguesa, algo natural nas
obras românticas, e dirige-se exatamente à hipocrisia, à ambição e às desigualdades sociais; ele faz ainda uma análise
psicológica das personagens femininas. No que diz respeito à obra de característica indianista, Alencar apresenta as
tradições indígenas, trazendo seus mitos, lendas e festas; o índio é idealizado e representa, sob certo aspecto, a origem
do povo brasileiro. José de Alencar escreveu ainda romances históricos nos quais desenvolveu o seu nacionalismo e
exaltou a pátria, demonstrando seu orgulho pela reconstrução nacional. Os romances regionalistas, uma criação sua,
procuram revelar os hábitos da vida do campo, a cultura popular e a beleza natural das terras brasileiras; nesse tipo de
romance, Alencar dá destaque aos homens e sua rudeza ao enfrentar os desafios da vida.

Questão 5

Resposta: O Romantismo brasileiro não foi fruto direto da vinda da Família Real para o Brasil, mas o fato é que a vinda
da Coroa para o país gerou um grande desenvolvimento, pois foi permitida a impressão de jornais, que continham os
folhetins. A vinda da Família Real favoreceu a abertura dos portos, a criação do ensino superior e a abertura do país aos
demais povos, o que, obviamente, permitiu uma maior influência europeia, proporcionando uma troca de informações
culturais. A forte censura ficou abrandada e o Rio de Janeiro passou por um processo de urbanização; como você pode
ver, caro estudante, a vinda da Família Real para cá trouxe grandes benefícios ao nosso desenvolvimento, inclusive o
intelectual.

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