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Educação escolar quilombola

em Minas Gerais:
Entre ausências e emergências
Integrantes do grupo 04:

01 Ainara Nunes de
Souza
02
Daniele Suzane Bezerra
da Silva

03 Fabíola Gontijo da
Silva Dias 04
Gabriela Martins
Rocha

05 Joyce Cristina Teixeira da


Costa 06 Sofia Souza Peres
Profa. Dra. Shirley Aparecida de Miranda

Graduada em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de


Minas Gerais (1993), Mestre em Educação pela Universidade
Federal de Minas Gerais (1998), Doutora em Educação pela
Universidade Federal de Minas Gerais (2008) e Pós-
Doutoramento em Ciências Sociais no Centro de Estudos
Sociais CES/ Universidade de Coimbra (2016). Professora
Associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal
de Minas Gerais, Departamento de Administração Escolar.
Integrante da equipe de docentes do Curso de Formação de
Intercultural de Educadores Indígenas (licenciatura). Diretora de
Políticas de Assistência Estudantil da Pró-Reitoria de Assuntos
Estudantis (PRAE/UFMG). Integrante de Comissão de Ações
Afirmativas do Programa de Pós-Graduação em Educação:
Conhecimento e Inclusão Social. Desenvolve pesquisas sobre
políticas educacionais e diversidade etnico-racial e cultural com
enfoque na educação indígena e educação quilombola,
tematizando raça e descolonização de processos educativos.
JÚNIOR, Itamar Rigueira. Candidatos às cotas raciais passarão por comissão complementar à autodeclaração.www.ufmg.br,2019.Disponível em:
https://images.app.goo.gl/zMd8yk8SouHJEpq9A. Acesso em: 20/10/2022.
Obras da Autora:

Diversidade e ações
afirmativas:
combatendo as
desigualdades sociais

Miguel González Arroyo -


Educador em diálogo com
nosso tempo
MIRANDA, Shirley Aparecida de. www.grupoautentica.com.com.br, Informações coletadas do Lattes em 01/05/2022. Disponível
em:https://grupoautentica.com.br/autentica/autor/shirley-aparecida-de-miranda/784. Acesso em: 20/10/22.
Quilombo
Substantivo masculino

1. BRASILEIRISMO – BRASIL
local escondido, ger. No mato, onde se abrigavam escravos fugido.

2. BRASILEIRISMO – BRASIL
povoação fortificada de escravos negros fugidos da escravidão, dotada de
divisões e oraganização interna (onde tb. se acoitavam indígenas e
eventualmente brancos socialmente desprivilegiados).
Multimídia – Vídeo

Vídeo: “Os Quilombos –


História em minutos”.
SILVA, Adriano. Os Quilombos, história
em minutos. Youtube, 11 de outubro de
2019. Disponivél em:
https://youtu.be/GHHs46vwofo, acesso
em 20/10/22.
Certificação
 Para receber a certificação, a comunidade precisa inicialmente se autodeclarar como remanescente
de quilombo. Depois, deve encaminhar à Fundação Cultural Palmares (FCP) documentos que
comprovem o histórico do local como terra quilombola.

 Na seqüência, técnicos da fundação e da Seda visitam o quilombo para conferir a veracidade das
informações recebidas. A última etapa é a emissão do certificado de reconhecimento e a publicação
no Diário Oficial da União.

( Fonte: Agência Minas Gerais)


Comunidades recebem cerificação quilombola e
garantem acesso a políticas públicas.
www.educacacao.mg.gov. Disponível em:
https://www2.educacao.mg.gov.br/acessibilidade/story
/8612-comunidades-recebem-certificacao-quilombola-
e-garantem-acesso-a-politicas-publicas?layout=print
. Acesso em 20/10/22.
Comunidades remanescentes de quilombos em Minas Gerais
SANTOS, Lilia Maria, et al. Comunidade remanescente de Quilombo: modos de produção e reprodução na luta pelo território. VI Congresso em Desenvolvimento Social,
14/08/2018. Disponível em: https://images.app.goo.gl/ZoU3vCCy3uoKTT7U9. Acesso em: 20/10/2022.
Educação Escolar Quilombolas em Minas Gerais:
entre ausências e emergências

A LDBN(Lei de Diretrizes e Bases da Educacao Nacional) n


9.394/1996 definiu as modalidades da educação: educação de
jovens e adultos, especial, profissional, indígena, educação do
campo e ensino a distancia.

Em cada uma delas podemos observar a forma de organização


distintas pela disponibilidade e acesso das pessoas.
Educação Escolar Quilombolas em Minas Gerais:
entre ausências e emergências
 A LDBN foi importante também para que representassem as
historias individualistas da cultura afro brasileira criando
disciplinas pra abordá-las criada em 2003, tornou-se obrigatória
em 2008.

 As políticas publicas passaram a denominar diversos tipos de


discussão, como a diversidade reconhecimento da diferença
como conceitos de valor.
Comunidades remanescente de Quilombos: o
reconhecimento da diferença em pauta.

Educação Quilombola Plano Nacional de Resolução/2010 Lei


como modalidade de Implementação da lei de Diretrizes e Bases
ensino. 10.639/2003
 Artigo 41. A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais
escritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à
especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação específica do seu
quadro docente observados os princípios que orientam a Educação Básica Brasileira.

 Parágrafo único. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, bem


como nas demais, deve ser reconhecidas valorizada a diversidade cultural.

 Contextualizando: Antes da abolição da escravatura a formação de Quilombos foi um


ato de resistência dos negros escravizados.

 Definição de comunidades remanescentes de quilombos, no decreto n.4887/2003.

 Artigo 2° - Consideram-se remanescente das comunidades dos quilombos, para os


fins deste Decreto, os grupos étnicos-raciais, segundo critérios de autoatribuição,
com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com
presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência a opressão
histórica sofrida.
 Decreto 4.887 do dia 20 de
novembro de 2003.

 SEPPIR(2004) Secretaria Especial de


Políticas de Promoção da Igualdade.
A implantação da educação escolar Quilombola: A situação do
estado de Minas Gerais
 
 A implantação da modalidade de educação quilombola insere-se no conjunto mais amplo
de desestabilização de estigmas que definiram, ao longo de nossa história, a inserção
subalterna da população negra na sociedade e, conseqüentemente, no sistema escolar.

 Em nível nacional, o censo escolar constata que os piores indicadores educacionais se


referem a essas escolas: são pequenas, em geral possuindo duas salas que funcionam
em regime multisseriado. A maioria das construções é de pau a pique.

 Em Minas Gerais, constata-se a presença de 403 comunidades, das quais 145 se


encontram certificadas, e apenas uma alcançou a titularidade. Esse índice coloca o
estado de Minas Gerais em terceiro lugar nacional em relação ao número de
comunidades certificadas até 2011.
 
 O atendimento escolar em áreas remanescentes de quilombos sinaliza um
total de 140 escolas, entre estaduais, municipais e privadas. Em relação a
presença nos municípios, a distribuição de escolas perfaz a seguinte
tipologia:
 A concentração do atendimento escolar em áreas de comunidades
remanescentes de quilombos certificadas situa-se nos anos iniciais do
ensino fundamental, como demonstrado no Quadro 2.
“Outro desafio a ser enfrentado na
implantação da modalidade de educação
quilombola refere-se à formação de
professores(as) que lecionam nas
comunidades.”

—Shirley Aparecida de Miranda


 Diagnóstico da gestão municipal sobre a formação de professores(as)
da educação básica para atuação em educação especial, escolas do
campo, comunidades quilombolas ou indígenas em municípios de Minas
Gerais que possuem comunidades remanescentes de quilombos
certificadas e não possuem escolas nessas áreas.
 Municípios onde se localizam comunidades remanescentes de
quilombos certificadas e que não possuem escolas nessas áreas.

 Reconhecimento de uma identidade específica.

 Políticas de diversidade.

 O que existe fora das dicotomias?

 O que existe na educação escolar quilombola que


escapa à política educacional?

 Como ultrapassar os estereótipos?


 No caso da educação escolar
quilombola, caberia identificar os
contextos e as práticas em que os
movimentos sociais negros, as
associações quilombolas atuam e como
concebem o ato educativo, mesmo em
situações nas quais o poder público
desconhece sua existência. Por isso, ao
lado das ausências, é preciso assinalar
as emergências, o que existe apenas
como tendência ou possibilidade futura.
 A educação escolar indígena e do campo figuram no âmbito de políticas educacionais
recentes.

 Ampliação das concepções da escola e elaboração de currículos diferenciados.

 A conquista da educação escolar indígena diferenciada é parte de um movimento de


superação de autonegação identitária instaurada por séculos de repreensão colonial.

 Após o processo de dizimação dos povos indígenas, as relações entre esses povos
sobreviventes e o estado constituíram se fortemente marcado pelo indigenismo
governamental tutelar onde com esse marco foi criado a Fundação Nacional do Índio
em 1967(FUNAI).

 Ao final dos anos 1970 deriva o período da etnogenese ou seja populações dispersas
e silenciadas passam a reclamar territorialidade e também o movimento indígena com
objetivo e defesa de seus direitos.É desse processo que surge nova fase de relação
dos povos indígenas com o estado. Entre elas a educação que passa ao MEC.
 A escola é vista como necessária para promover o desenvolvimento social e
político e desencadeou novas alternativas de sobrevivência e reforçou a
identidade étnico-cultural.

 Por que educação no campo e não educação rural?Para os movimentos sociais


do campo, o território é mais do que espaço físico, é um espaço político por
excelência.

 Escola é mais do que Escola.É território de conhecimentos e projetos.

 As experiências de implantação da modalidade de educação indígena e


educação de campo resultam das lutas por políticas públicas que garantam a
universalização do direito a educação.Assim permitir antever a complexidade em
que se insere a modalidade de educação Quilombola.

 Esse caminho poderia contribuir para superar a condição de vulnerabilidade


dessas populações e reconhecê-las como grupo formador da sociedade brasileira,
com direito de auto-representariam, visando desnaturalizar as desigualdades
sociais e culturais nas quais se inscrevem.
“Não se trata, portanto da introdução de um
capítulo da história nacional. Trata-se de
rediscutir os componentes que conferem
identidade à nação brasileira(...)Para dar
formação social ao nosso país”. (P.374).
-Shirley Aparecida de Miranda
Em nível nacional, o censo escolar
constata que os piores indicadores
educacionais referem a essas escolas:
são pequenas, em geral possuindo duas
salas que funcionam em regime
multisseriado.
-Shirley Aparecida de Miranda

CRUZ, Márcia Maria. Sem acesso ao ensino remoto, estudantes podem perder ano escolar nos
quilombos.www.deolhonosruralistas.com.01/10/2020.Disponívelem:https://deolhonosruralistas.com.br/2020/10/01/sem-acesso-ao-ensino-remoto-estudantes-
podem-perder-ano-escolar-nos-quilombos/.Acesso em: 20/10/2022.
“É importante lembrar que qualquer
totalidade é feita de heterogeneidades,
construída peça por peça, com
elementos que lhe são exteriores.” (P.
378).

(Shirley Aparecida de Miranda)


Referencias:
Comunidades recebem cerificação quilombola e garantem acesso a políticas públicas.
www.educacacao.mg.gov.Disponívelem:https://www2.educacao.mg
.gov.br/acessibilidade/story/8612-comunidades-recebem-certificacao-quilombola-e-garantem-ace
sso-a-politicas-publicas?layout=print
. Acesso em 20/10/22.

CRUZ, Márcia Maria. Sem acesso ao ensino remoto, estudantes podem perder ano escolar
nosquilombos.www.deolhonosruralistas.com.01/10/2020.Disponívelem:https://
deolhonosruralistas.com.br/2020/10/01/sem-acesso-ao-ensino-remoto-estudantes-podem-perder-
ano-escolar-nos-quilombos/.Acesso em: 20/10/2022.

JÚNIOR, Itamar Rigueira. Candidatos às cotas raciais passarão por comissão complementar à
autodeclaração.www.ufmg.br,2019.Disponívelem:https://images.app.goo.gl/
zMd8yk8SouHJEpq9A. Acesso em: 20/10/2022.

SILVA, Adriano. Os Quilombos, história em minutos. Youtube, 11 de outubro de 2019. Disponível


em: https://youtu.be/GHHs46vwofo, acesso em 20/10/22.
MIRANDA, Shirley Aparecida de. Educação Escolar Quilombola em Minas Gerais: entre
urgências emergências. Revista Brasileira de Educação, v. 7, n. 50, P. 369-498. mai-ago. 2012.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v17n50/v17n50a07.pdf. Acesso em: 20/10/2022.

MIRANDA, Shirley Aparecida de. www.escavador.com, Informações coletadas do Lattes em


01/05/2022. Disponível em:
https://www.escavador.com/sobre/4233460/shirley-aparecida-de-miranda. Acesso em: 20/10/22.

MIRANDA, Shirley Aparecida de. www.grupoautentica.com.com.br, Informações coletadas do


Lattes em 01/05/2022. Disponível em:https://grupoautentica.com.br/autentica/autor/shirley-
aparecida-de-miranda/784. Acesso em: 20/10/22.

SANTOS, Lilia Maria, et al. Comunidade remanescente de Quilombo: modos de produção e


reprodução na luta pelo território. VI Congresso em Desenvolvimento Social, 14/08/2018.
Disponível em: https://images.app.goo.gl/ZoU3vCCy3uoKTT7U9. Acesso em: 20/10/2022.
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a!

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