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CURSO DE LETRAS

EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

DISCIPLINA: SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO


PROFESSORA:CAROLINA VASCONCELOS PITANGA
EQUIPE: MARIA DE LOURDES MOREIRA RODRIGUES; PATRÍCIA DE LIMA COSTA;
JOICE COSTA JANSEN; SARA MONIQUE OLIVEIRA DOS SANTOS; ANTONIA VIVIAN DA
SILVA RODRIGUES.

SANTA INÊS/MA
2021
RESUMO

OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO QUILOMBOLA NO BRASIL


LOURDES DE FÁTIMA BEZERRA CARRIL

Lourdes de Fátima Bezerra Carril possui Graduação em Geografia pela Universidade de São
Paulo(1988), mestrado em História social pela Universidade de São Paulo(1995),doutorado em
Geografia(Geografia Humana)pela Universidade de São Paulo(2003) e estágio em pós doutorado na
faculdade de Educação da USP(Fundamentos da Educação). Atualmente ela é professora titular da
Universidade Federal de São Carlos(Campus Sorocaba). Tem também experiência na área da
educação, atuando, principalmente, nos seguintes temas: comunidades quilombolas, territorialidade,
segregação espacial, social e racial urbana, educação e cultura. A escravidão mesmo abolida deixou
um legado de desigualdade e exclusão, e os remanescentes de quilombos passaram pelo ardo processo
de reconhecimento social devido ao preconceito sofrido. Sendo assim, foi atribuído na Constituição
Brasileira de 1888 os seus devidos direitos nos artigos: 2°, 68°, 215° -1°, 216°-5°, que favoreceu a
eles o direito à: titulação de suas terras, órgão público responsável (INCRA), e o direito à proteção
das manifestações culturais, a preservação a memória dos direitos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira nos quais se incluem. Por conseguinte, tiveram direito a educação, atribuindo a
essas comunidades pedagogia própria, respeito à especificidades éticas-racial e cultural, nas escolas
quilombolas e nas escolas que recebem alunos quilombolas fora de sua comunidade. A professora
traz em sua obra uma visão ampla dos desafios que os quilombolas enfrentam em relação a efetividade
dos seus direitos territoriais e educacionais no Brasil. Ademais, ela utiliza dados estatísticos e leis
para respaldarem seu texto e demonstra aos leitores de maneira contextualizada as desigualdades que
imperam o país. A partir disso, percebe-se que a igualdade de direito é algo positivado, e que possui
muita defasagem na sua efetivação, tendo em vista a exclusão que povos marginalizados sofrem
dentro da sociedade desde a formação social brasileira. O reconhecimento legal dos quilombos no
Brasil representa um marco histórico na visibilidade das diferenças étnicas e culturais da sociedade.
Mas, os desafios enfrentados ainda são grandes e representam a necessidade de ampliação dos direitos
quilombolas, dando ênfase na educação, como diz Nelson Mandela: " A educação é a arma mais
poderosa que você pode usar para mudar o mundo". Lourdes Carril ressalta propostas educacionais
que partam da etnicidade e da cultura, abarcando o contexto e o texto territorial. Os quilombolas
trazem o território que fala, por meio da história oral, possibilitando uma escuta desses significados.
A educação quilombola, portanto, torna-se eficiente e necessária a seu povo na
medida em que suas condições estruturais e pedagógicas possam proporcionar uma prática
educacional condizente com aquilo que é previsto nas diretrizes curriculares. A sua
eficiência é o que contribui para o empoderamento das crianças e jovens quilombolas, algo
fundamental para continuarem na luta pela garantia de permanência em seu território, o que,
consequentemente, contribui na melhoria das condições de vida e ensino dessas comunidades.
Conclui-se então que essa obra possui conteúdo suficiente para despertar em alunos, professores e
governantes a vontade de mudar os paradigmas tradicionais. Além disso, é possível por meio dela
compreender o contexto escolar e suas defasagens. Por tanto, ela é de suma importância para o
ambiente acadêmico, e demonstra ser uma ferramenta de grande valor para o conhecimento e para a
melhoria do sistema educacional.

REFERÊNCIA: https://www.escavador.com/sobre/3989332/lourdes-de-fatima-bezerra-carril

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