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Nome: Nathalia de Jesus Carneiro - 2020082149

Turma: TJ

A educação quilombola é uma modalidade inserida na educação básica,


sendo definido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica n. 9.394/1996.
Com a lei n. 10.639/2003, tornou obrigatório o ensino de história e cultura
afro-brasileira no na Educação Básica.

Art. 41. A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades


educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia
própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e
formação específica de seu quadro docente, observados os princípios
constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a
Educação Básica brasileira. Parágrafo único. Na estruturação e no
funcionamento das escolas quilombolas, bem como nas demais, deve ser
reconhecida e valorizada a diversidade cultural. (Brasil, 2010a).

Contexto Histórico:

A inserção da modalidade de educação quilombola começou a ser discutida


no meio educacional desde a década de 1980, época marcada pela mobilização e
debates sobre a mudança da função social da escola. Os desafios enfrentados pela
falta de qualidade da escola pública culminou na democratização da escola pública.
Esse processo se inspirou nos movimentos de caráter identitário, que denunciavam
a função da ensino escolar na expressão, repercussão, reprodução do racismo e
discriminação por diferença de gênero.

De forma parcial e fragmentada, identificaram-se os embates desse período


na legislação educacional desde os anos 1990. No caso da modalidade de
educação quilombola, consideramos a existência de um arcabouço jurídico
favorável composto do conjunto das políticas educacionais no campo da
diversidade,instauradas desde a LDBEN n. 9.394/1996. Além dos
dispositivos jurídicos, o panorama no qual se insere a educação escolar
quilombola conta, desde 2009, com elementos do Plano Nacional de
Implementação da lei n.10.639/2003 (Brasil, 2009). Esse cenário em
movimento inclui a modalidade de educação quilombola instituída pela
resolução n. 4/2010, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais
para a Educação Básica (MIRANDA, 2012).

É necessário que as escolas tenham ciência da singularidade e


especificidade na forma de ensino para a Educação Quilombola, levando em
consideração as crenças, história, ancestralidade e cultura da comunidade.
Infelizmente, boa parte das escolas se encontram em condições precárias
devido a negligência dos órgãos governamentais, e essa especificidade do ensino
não é cumprida devido à falta de formação de professores e plano de ensino
específico abrangendo todas as disciplinas propostas pela Base Nacional Comum
Curricular pela perspectiva identitária da comunidade quilombola.

A educação escolar destinada à população remanescente de quilombos


encontra-se em situação adversa, marcada pela inexistência de escolas
localizadas nas comunidades ou pelo funcionamento precário das escolas
existentes (MIRANDA, 2012, p. 6)

Referências:

Brasil. Casa Civil. Decreto n. 4.887, de 20 de novembro de 2003. Regulamenta o


procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das
terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21
nov. 2003a.
MIRANDA, Shirley Aparecida de. Educação escolar quilombola em Minas Gerais:
entre ausências e emergências. Revista Brasileira de Educação, v. 17, n. 50, p.
378-394, 2012.

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