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SISTEMA EDUCACIONAL NO BRASIL

O sistema educacional brasileiro é considerado deste da sua existência


como um sistema discriminatório e elitista onde as crianças pobres, negras
indígenas não tinha acesso a sala de aula desde da época do brasil colônia até
o período imperial.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, n.9.394, de 20 de
novembro de 1994). Prevê que a educação é um direito de todos. Bem como
no art. 4 da Constituição Federal de 1998 descreve que é direito de todos os
cidadãos e do Estado e da família, afim de que o ser humano exerça cidadania
e prepara-se para o mercado de trabalho. Este artigo da constituição em suma
partida é confirmado em no artigo 53 da do ECA (Estatuto da Criança de do
Adolescente, de 1990):
A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da
cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se lhes: I -
igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II -
direito de ser respeitado por seus educadores; III - direito de contestar
critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores; IV - direito de organização e participação em entidades
estudantis; V - acesso à escola pública e gratuita próxima de sua
residência.

Algumas mudanças ocorreram no período após a Proclamação da


República, mas com o domínio da classe da burguesia; sem educação de
qualidade, sem políticas públicas que garantissem resultados satisfatórios para
uma aprendizagem igualitária. A educação começou a ter sentido de melhoria
após a Constituição Federal de 1998, quando a criança passa a ser vista como
sujeito em processo de formação.
Foi incluído na constituição de 1934, quando criado o Ministério da
educação e Cultura (MEC), um capítulo sobre a garantia a Educação:
obrigatoriedade do ensino primário, gratuidade, liberdade de ensino, direito de
todos a educação, legislação estadual e federal, ensino religioso obrigatório,
porem facultativo.
No ano de 1937, houve uma reforma no campo da educação, sob o
Estado Novo, na época do governo do presidente Getúlio Vargas, coincido com
um golpe de estado, apresentando uma mudanças na constituição, sendo elas
significativas para educação de acordo com Vargas, algumas delas sendo:
 Favorecendo as escolas particulares, o direito de ensino a todos é
excluído da constituição;
 No ensino secundário foi incluído as disciplina de História e
Geografia do brasil;
 No ensino primário houve uma divisão no ensino fundamental e
supletivo, no ensino normal passou a formar gestores educacionais
e professores especialistas na educação infantil.

A Lei e Diretrizes e Bases da Educação (LDB), passa por uma reforma


em 1971, o primeiro grau começa a ser obrigatório, passando a ser da 1ª a 8ª
série.
Segundo *****
Após (08) oito anos da promulgação da Constituição de 1988, foi
publicada a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN), através da Lei nº 9.394/96. A mesma consta de diretrizes
embasadas nos 12 (doze) artigos relacionados à Educação Escolar,
porém, a Educação Escolar continuou sendo considerada muito
precária, desde sua própria concepção. No Brasil as leis são criadas,
mas não são colocadas inteiramente em prática, e muito menos
adequadas à realidade que o mundo e o país vivem.

O Serviço Social contribuiu historicamente para dar início a politicas


púbicas para a educação, contribuindo para a necessidade escolar,
apresentando um espaço inclusivo social, contribuindo para a formação cidadã
de crianças e jovens tornando –os capazes de produzir transformação do
mundo, assegurando de seus direitos e exercer uma postura crítica.

Em 1906 surgiu o Serviço Social na área educacional nos Estados


Unidos,

Serviço Social Escolar (assim intitulado) integrava a equipe


multidisciplinar juntamente com psicólogos e professores. O objetivo
era atender os alunos com problemas de aprendizagem. A tendência
do Serviço Social era atender as dificuldades de caráter individual e
familiar, configurados como problemas sociais, apresentados no
espaço escolar. (PIANA, 2009, p.184).

Por sua vez no Brasil o Serviço social na área educacional, surgiu em


1946,

Há relatos históricos de que os Estados de Pernambuco e Rio Grande


do Sul no ano de 1946 foram pioneiros no debate e no início do
trabalho acerca do Serviço Social Escolar. No Estado do Rio Grande
do Sul, o Serviço Social foi implantado como serviço de assistência
ao escolar na antiga Secretaria de Educação e Cultura. Suas
atividades eram voltadas à identificação de problemas sociais
emergentes que repercutissem no aproveitamento do aluno, bem
como à promoção de ações que permitissem a adaptação dos
escolares ao seu meio e o equilíbrio social da comunidade escolar.
Os assistentes sociais eram requisitados a intervir em situações
escolares consideradas desvio, defeito ou anormalidade social.
(AMARO apud PIANA, 2009, p. 184).

O Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAI), foi criando em 1942


visando a organização de escolas de aprendizagem para industriários
(IAMOTO, 2003). No campo educacional o serviço social fundamentou a crítica
da identidade profissional quebrando barreiras na área de serviço social
conservador.
Conforme Piana (2009),

Tem-se, hoje, muitas vezes, um Serviço Social restrito à educação


infantil em creches e pré-escolas (centro de educação infantil),
desenvolvido pelas Secretarias Municipais de Educação no Brasil. E
no ensino fundamental é voltado também para população de baixa
renda, no qual surgem várias expressões da questão social, que
invadem o cenário escolar, tais como violência doméstica,
dificuldades socioeconômicas das famílias, o uso indevido de drogas
e o tráfico por familiares, crise de valores éticos e morais, que geram
a indisciplina, o baixo rendimento escolar da criança e do
adolescente, a evasão escolar e a falta de perspectiva de um futuro
educacional. (PIANA, 2009, p.184-185).

Dessa forma o ambiente escolar é multifacetado quando se trata de


vulnerabilidades ao acesso de direitos sociais. Para IAMOTO

A “questão social” sendo desigualdade é, também, rebeldia, pois os


sujeitos sociais, ao vivenciarem as desigualdades, a elas também
resistem e expressam seu inconformismo. É nesta tensão entre
produção da desigualdade, da rebeldia e da resistência que
trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por
interesses sociais distintos, os quais não são possíveis abstrair- ou
deles fugir- porque tecem a trama da vida em sociedade.
(IAMAMOTO, 2004, p. 17).
Diante desta conjuntura, o/a assistente social é capaz de identificar as
condições sociais, econômicas e culturais que afetam o campo educacional no
atual cenário, e contará neste ponto, como grande desafio o trabalho
interdisciplinar, sendo que o profissional de Serviço Social não irá trabalhar
isoladamente. O trabalho acontecerá junto com a equipe de trabalhadores/as
da educação, onde cada um vai desenvolver seu papel de acordo com sua
especificidade, desenvolvendo o trabalho interdisciplinar, no intuito desenvolver
ações diante das situações cotidianas que vulnerabilizam as relações sociais e
com contribuições que potencializam os processos educativos que ocorrem no
ambiente escolar.

Sendo assim, cabe ao assistente social reconhecer e fortalecer os locais


nos quais possa realizar estratégias e intervenções para construir ações e
compreender a realidade de vida dos sujeitos, contribuindo assim, nas relações
pedagógicas das instituições escolares. Deste modo, a inserção do profissional
de Serviço Social na rede pública de educação básica significa trazer
relevância das atribuições na busca das potencialidades e defesa de direitos
sociais dos indivíduos.
Ao conceber as ações do Serviço Social no ambiente escolar, Figueiredo
(2014, p. 03), escreve:
Atendimento e acompanhamento sistemático às famílias e alunos das
unidades escolares, colaborando para a garantia do direito ao acesso
e permanência do educando na escola;
Elaboração de Plano de Trabalho da equipe, contemplando
ações/projetos para os diferentes segmentos da comunidade escolar,
considerando as especificidades do território;
Monitoramento e acompanhamento dos educandos em situação de
não frequência e evasão escolar;
Elaboração de relatórios de sistematização do trabalho realizado,
contendo análises quantitativas e qualitativas;
Levantamento dos recursos da área de abrangência e articulação
com a Rede Intersetorial;
Realização de estudos e pesquisas que identifiquem o perfil
socioeconômico - cultural da população atendida, suas demandas,
características do território, dentre outras temáticas;
Realização de reuniões de estudos temáticos, oficinas, estudo de
casos, professores e equipe diretora/pedagógica da unidade escolar;
Participação nos espaços dos conselhos de políticas e direitos,
fóruns, em especial das áreas da educação, assistência, criança e
adolescente e saúde;
Fortalecimento da parceria com as equipes dos Conselhos Tutelares,
CRAS, CREAS e unidades de saúde para viabilizar o atendimento e
acompanhamento integrado da população atendida;
Participação semanal em reunião de supervisão, estudo de casos e
planejamento. (FIGUEIREDO, 2014, p.3).

Assim, para Iamamoto:


O exercício da profissão exige, portanto, um sujeito profissional que
tem competência para propor, para negociar com a instituição os seus
projetos, para defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e
atribuições profissionais. Requer ir além das rotinas institucionais e
buscar apreender no movimento da realidade as tendências e
possibilidades nela presentes passíveis de serem apropriadas pelo
profissional, desenvolvidas e transformadas em projetos de trabalho.
(IAMAMOTO, 2004, p. 12).
O profissional de Serviço Social deve (re)criar alternativas de ações
junto à comunidade escolar, estudantes, famílias, trabalhadores/as da
educação, organizações que compõe o território de abrangência do território
escolar.

O SUREGIMENTO DE ASSISTENTES SOCIAIS NO BRASIL NO


AMBITO ESCOLAR

Segundo Frigotto (2003), a escola é uma instituição social que, mediante


sua prática no campo do conhecimento, dos valores, atitudes e, mesmo por
sua desqualificação, articula determinados interesses e desarticula outros.
Nessa contradição existente no seu interior, está a possibilidade da mudança,
haja vista as lutas que aí são travadas. Portanto, pensar a função social da
escola implica repensar o seu próprio papel, sua organização e os atores que a
compõem.
No que diz respeito à escola, podemos dizer que ela, enquanto
instituição inserida numa sociedade capitalista aparece como uma instituição
neutra, ou seja, dissociada de qualquer influência social. Esse caráter imputado
à escola faz com que ela receba pressão de diferentes segmentos e incorpore
os valores dessa sociedade, o que a confirma como uma instituição política
isenta de qualquer neutralidade. Essas cobranças ocorrem ao se depararem
com os resultados insatisfatórios da educação divulgados pelo país e órgãos
internacionais. Logo, os educadores e a escola são cobrados a dar uma
resposta aos problemas que se apresentam que são reflexos sociais de uma
sociedade configurada pelo antagonismo entre as classes sociais, na qual uma
delas emerge como dominante, procurando manter o domínio e a direção sobre
o conjunto da sociedade.
Todavia é uma instituição em que é possível incluir outros valores,
outros interesses que sejam mais consonantes com a realidade dos sujeitos
que a integram.
Não há dúvida de que podemos pensar na escola como instituição
que pode contribuir para a transformação social. Mas, uma coisa é
falar de suas potencialidades... uma coisa é falar “em tese”, falar
daquilo que a escola poderia ser. [...] outra coisa bem diferente é
considerar que a escola que aí está já esteja cumprindo essa função.
Infelizmente essa escola é sim reprodutora de certa ideologia
dominante... é sim negadora dos valores dominados e mera
chancelada a da injustiça social, na medida em que recoloca as
pessoas nos lugares reservados pelas relações que se dão no âmbito
da estrutura econômica. (PARO, 2001 apud
MICHELS, 2006, p. 406)

De acordo com a Constituição Federal (1988), Lei de Diretrizes e Bases


(1996) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) é direito de
toda criança ter acesso à educação pública de qualidade e demais direitos
correlatos que lhe garanta o pleno desenvolvimento. Temos visto, contudo, que
alguns desses direitos explicitados nestes documentos estão sendo violados
prejudicando o desenvolvimento do aluno dentro e fora da escola.
O estudante traz com ele a situação econômica da família e a
convivência com o mundo que está a sua volta. Muitas vezes o aluno possui
certa dificuldade de aprendizado, apresenta um péssimo rendimento escolar o
que pode acarretar, em alguns casos, o abandono escolar e a não conclusão
dos estudos. Logo, esse aluno futuramente terá dificuldades de inserir-se
nesse mercado de trabalho exigente e competitivo, e, portanto, será mais um
na lista de desempregados ou um trabalhador em condições precárias de
trabalho submetido a mísero salário. A escola precisa ter alternativas para
estas situações, tanto pedagógicas quanto acompanhamento social e
psicológico. Isso que estamos tratando é o acesso à educação formal dentro
dos marcos do capitalismo, nem nos referimos aqui à uma “educação
transformadora”.
Já está claro que o espaço escolar tem sido afetado por diferentes
contradições e manifestações da questão social, as quais rebatem diretamente
no processo pedagógico, na relação ensino-aprendizagem e nas condições de
acesso e permanência de crianças e adolescentes nas escolas. Precisamos
entender que para um aluno ter um bom rendimento não depende somente de
material didático da melhor qualidade, de professores mais qualificados ou de
uma escola com boa estrutura física (apesar de que isso não é real na escola
pública brasileira) é necessário questões que antecedem isso: o aluno precisa
de uma boa alimentação, bom convívio familiar, boas condições de saúde,
dentre outros fatores que na maioria das vezes tem sido ausentes no cotidiano
de muitas crianças do nosso país.
Em algumas escolas já existem programas com o objetivo de amenizar
as consequências que estes conflitos geram no desempenho escolar do aluno,
mas isso é localizado. Nacionalmente o programa Bolsa Família é um exemplo
de ação que veio apoiar as famílias economicamente e ao mesmo tempo,
incidir no índice de crianças fora da escola. Conforme mencionado no capítulo
anterior o Bolsa Família está condicionado à frequência escolar do aluno, e
esta foi uma das estratégias do governo federal para redução da evasão
escolar.

O assistente social é um profissional que tem uma ação estratégica na


sociedade em que estamos inseridos; sua intervenção está envolta por
questões econômicas, políticas interesses antagônicos socialmente situados,
assim o é desde seu surgimento enquanto profissão. Uma sociedade capitalista
permeada por muitas contradições, sendo a fundamental a exploração do
trabalho de uma classe em detrimento da outra, a qual se mantém em cena
Através da venda de sua força de trabalho, que é explorada, se
sujeitando a precárias condições de vida e trabalho para sua subsistência, ou,
por não ter em seu horizonte outras possibilidades de vida. Todavia essa
situação desigual gera um conjunto de outras questões, mas que estão
Escamoteadas, não sendo um dado factível na vida cotidiana dos
trabalhadores.
Santos (2006) expõe que a educação não é um novo espaço de trabalho
para o assistente social, trata-se apenas de uma área restrita, mas que aos
poucos tem despertado interesse da categoria profissional. Por meio de
algumas experiências vêm sinalizando a importância e a possibilidade do
Serviço Social contribuir no planejamento e execução da política educacional,
bem como no acompanhamento direto a alunos e famílias, por meio da
inserção em equipes multidisciplinares.

ATRIBUIÇÕES DO SERVIÇO SOCIAL PARA A EDUCAÇÃO


De acordo com Yasbek (2006) podemos entender que o surgimento do
Serviço Social como profissão na sociedade brasileira, seu assalariamento e a
ocupação de um espaço na divisão social e técnica do trabalho, bem como sua
estruturação de um mercado de trabalho particular, é resultante de relações
históricas sociais, políticas e econômicas que moldem sua necessidade social e
definem os seus usuários.
Sendo assim, podemos problematizar deixando claro que os serviços
sociais foram implementados para atender exigências da classe trabalhadora,
todavia a principal motivação do Estado e empresariado era de dominação,
através das ações socioeducativas dos assistentes sociais, como também
possuíam um cunho político e econômico. Em outras palavras, de acordo com
Iamamoto e Carvalho as políticas sociais também são uma estratégia do capital
para diminuir gastos com os meios de reprodução da classe trabalhadora,
sendo as políticas de saúde, habitação, cultura e educação uma devolução de
uma pequena parcela do que o trabalhador produz e que é apropriada pelo
empregador e pelo Estado.
A luz de NETTO (1992) podemos afirmar que, as políticas sociais e a
formatação de padrões de proteção social são desdobramentos e respostas,
muitas vezes fragmentadas e setorizadas às expressões multifacetadas e
complexas da questão social no capitalismo.
No caso da Política Pública de Educação, A Brochura do CFESS –
“Subsídios para atuação de assistentes sociais na política de educação”(2001)
afirma que esta resulta de formas historicamente determinadas de
enfrentamento das contradições que particularizam a sociedade capitalista
pelas classes sociais e pelo Estado, conformam ações institucionalizadas em
resposta ao acirramento da questão social.
Para o autor, a educação institucionalizada tem desempenhado duas
funções essenciais no capitalismo: A produção de mão de obra para expansão
do capital e a transmissão de um quadro de valores que legitima os interesses
da classe dominante.
Paulo Freire, em sua obra “Pedagogia da Esperança” realiza uma
análise de que o conteúdo só se aprende se for apreendido, não pode ser
puramente transferido e que o conteúdo sofre a tensão permanente entre a
teoria e a prática. Deixa claro que o ato de ensinar deve levar aos alunos a
uma reflexão crítica da realidade, e não somente ser um ato de transferir
conhecimentos já postos, e nos faz pensar criticamente sobre a natureza
política dos conteúdos abordados no ensino ele. Convidando-nos a refletir
sobre quem escolhe esses conteúdos? Para quem, a favor de quem e contra
quem?
Para que este direito seja garantido com qualidade e de forma universal
é implementada a Política Educacional, pois necessita de investimentos
sociais, políticos e econômicos como afirma GARCEZ:

A Educação pode ser definida como política pública cujas prioridades


são oriundas da sociedade que se organiza no intuito de que seus
pleitos ganhem espaço nas agendas governamentais, posto que ,
para se efetivarem, necessitam de investimentos sociais, políticos e
econômicos”. ( GARCEZ, 2010, p. 01)

Sendo assim, o assistente social inserido na Política de educação ou


nas Unidades Escolares deve ter conhecimento sobre a rede para realizar um
trabalho de articulação entre os serviços. Sobre isso BEHRING e BOSCHETTI
(2006), afirmam que o desenvolvimento das políticas sociais públicas de
proteção aos indivíduos se caracterizaram de formas setorializada e
desarticulada, assumindo características hierarquizadas e centralizadoras .

O TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL FRENTE A VIOLENCIA ESCOLAR

Não basta reconhecer a educação como um novo espaço para ser


inserido, mas sim reconhecer o papel do profissional Assistente Social no
âmbito, tanto como reconhecer o espaço profissional e suas necessidades.

[...] Educação e Serviço Social são áreas afins, cada qual com sua
especificidade, que se complementam na busca por objetivos comuns
e projetos político-pedagógico pautados sob a lógica da igualdade e
da comunicação entre escola, família, comunidade e sociedade
(SOUZA, 2005, p.39)

Sendo assim, a inserção do Assistente Social na educação pública


constitui-se em uma das formas de garantir o exercício da cidadania ao aluno,
na busca da promoção da democracia, através da abertura de espaços de
participação e envolvimento na realidade escolar, e uma delas nos dias atuais
é a violência no espaço escolar.
Ao abordar esta relação entre Educação e Serviço Social, Santos

Acredita-se que uma das maiores contribuições que o Serviço Social


pode fazer na área educacional é a aproximação da família no
contexto escolar. É intervindo na família, através do trabalho de grupo
com os pais, que se mostra a importância da relação escola-aluno-
família. O assistente social poderá diagnosticar os fatores sociais,
culturais e econômicos que determinam a problemática social no
campo educacional e, consequentemente, trabalhar com um método
preventivo destes, no intuito de evitar que o ciclo se repita novamente
(SANTOS, 2005, p.44).

Então o Assistente Social vem com objetivo de auxiliar as escolas no


combate e prevenção da violência no ambiente escolar, pois nos dias atuais o
índice de violência tanto entre adolescentes e também entre alunos e
professores. Não se tem mais a fronteira entre a escola e a violência das ruas.
Vandalismo, agressões, confronto entre gangues, roubos, tráfico e até
assassinatos passaram a fazer parte da rotina escolar.
O Assistente Social tem como papel principal a preparação ou estimular
crianças e adolescentes no meio escolar, em assumir seu papel se cidadão,
assumindo um pensamento crítico, de forma individual, coletivo e para bem
comum.
Portanto, o papel educativo do assistente social é no sentido de
elucidar, desvelar a realidade social em todos os seus meandros,
socializando informações que possibilitem a população ter uma visão
crítica que contribua com a sua mobilização social visando à
conquista dos seus direitos (MARTINS, 2007,p.135).

A luta contra a violência na escola, não é atual os primeiros estudos


brasileiros datam da década de 1970, quando pedagogos e pesquisadores
procuravam explicações para o crescimento das taxas de violência e crime,
primeiramente a violência nas escolas era marcado por destruição do
patrimônio da escola mas nos dias atuais passou para violência física tanto
entre os adolescentes e também com professores.
Para alcançar uma educação sem atos de violência é necessário
envolver aspectos relacionados à democracia, que na concepção de Tuvilla
Rayo (2004) é requisito necessário para o exercício dos direitos humanos, para
o pleno desenvolvimento da justiça social, e prevenção contra qualquer tipo de
abuso.
Segundo informações do site da UNESCO (Organização das Nações
Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura) que conforme as pesquisas
realizadas no Brasil, o que chama a atenção que existe uma tendência à
naturalização da percepção das violências nas escolas. Por exemplo, as
brigas, os furtos e as agressões verbais são consideradas acontecimentos
corriqueiros, sugerindo a banalização da violência e sua legitimização, como
mecanismo de solução de conflitos.
Logo a profissão se caracteriza por ser interventiva, analisando a
realidade social que é reflexo da questão social

Ao profissional do Serviço Social destina-se outras tarefas que se


realizam como instrumentalizadoras das ações de outros
profissionais, tornando-o diretamente comprometido com a proteção e
vigilância dos direitos de cidadania, relativo ao seu objetivo de ação
profissional. Ao profissional cabe mais que a mera execução de
ordens, pois, ele se caracteriza como um intelectual, um técnico, que
deve possuir um sabe a ser consumido no seu processo de trabalho
(GENTILLI,1998, p.181)

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