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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA

SIRLANE SANTOS SOUZA


VANESSA PRATES DOS SANTOS
WELISSA FERNANDA DE RESEDE FARIAS

ASPECTOS FILOSÓFICOS, SOCIOLÓGICOS, POLÍTICOS E


PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Porto Seguro
2018
SIRLANE SANTOS SOUZA
VANESSA PRATES DOS SANTOS
WELISSA FERNANDA DE RESEDE FARIAS

ASPECTOS FILOSÓFICOS, SOCIOLÓGICOS, POLÍTICOS E


PEDAGÓGICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de Pedagogia apresentado à Universidade


Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a
obtenção de média bimestral nas disciplinas de
Sociologia da Educação; Legislação Educacional
Teorias e Práticas do Currículo; Filosofia da Educação
Práticas Pedagógicas em Pedagogia: Condições de;
Aprendizagem na Educação Infantil; Ed. Cultura
Brasileira.
Professores: Marcio Gutuzo Saviani; Natália Gomes dos
Santos; Mari Clair Moro Nascimento; Marcia Bastos de
Almeida; Patricia Alzira Proscêncio; Luciane Batistela
Bianchini; Renata de S. F. Bastos de Almeida

Porto Seguro
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................4

3 CONCLUSÃO.........................................................................................................8

REFERÊNCIAS.........................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho teve como objetivo principal analisar a infância


do ponto de vista histórico, promovendo uma discussão sobre o conceito de infância
e os paradigmas que surgem ao longo do percurso metodológico, também
analisamos como romper esse mesmo paradigma de forma promissora e intelectual
na educação infantil, também aprendemos o conceito de infância e como ele se
construiu historicamente.
Os textos sugeridos mostram como a sociedade era atrasada e não
se preocupava com a educação, eles buscavam práticas antiéticas que visavam o
aborto o abandono de incapaz e até a morte, e a luta pela sobrevivência era algo
que se buscava constantemente, também aprofundamos nosso conhecimento sobre
a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece é um documento de
caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e
modalidades da Educação Básica, e através dela podemos contemplar as
dificuldades encontradas para adequação dos currículos e capacitação da equipe
docente.
Como futuros pedagogos conhecemos e analisamos os aspectos
legais vigentes na Educação Infantil, retratando o progresso da educação e a forma
que se desenvolveu ao longo dos anos, é muito interessante ver a proporção
alcançada através da educação, e que a cada dia vem crescendo e tomando novos
rumos , beneficiando o aprendizado e garantindo os direitos da criança que em outro
momento não existiu, e isso pode ser visto como um marco na historia da educação
infantil que se evolui a cada dia.
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2 DESENVOLVIMENTO

Muitas mudanças ocorreram na concepção da infância de séculos


passados, para os dias atuais, passando por transformações e melhorias.
Podemos destacar que no nosso país, é por volta do século XX, que
a criança começa a ser valorizada em sociedade e seus direitos passam a ser
segurados, nesse meio tempo elas foram alvos de toda discriminação e abusos e
hoje é considerado um ser digno com direitos e deveres na sociedade.
A partir do Renascimento Italiano no século XV, ocorre uma
diferença quanto à descoberta da infância, no qual a criança passa a ser vista como:

[...] um ser inacabado, vista como um corpo que precisa de outros corpos
para sobreviver, desde a satisfação de suas necessidades mais
elementares, como alimentar-se. Os primeiros anos de vida são para ela, o
tempo das aprendizagens do meio que a cerca. Brinca com outras crianças
da sua mesma idade e até maiores do que ela; arrisca-se em busca de
saberes que lhe poderão ser úteis para viver em comunidade (PASSETTI,
s/a. p. 1-2).

Por volta do século XVI e XVII ocorre outra mudança em relação às


crianças – um traje especial passa a distinguir as crianças dos adultos. Philippe
Ariés afirma que:

Essa especialização do traje das crianças, e, sobretudo dos meninos


pequenos, numa sociedade em que as formas exteriores e o traje tinham
uma importância muito grande, é uma prova da mudança ocorrida na atitude
com relação às crianças (ARIÉS, 1978, p. 157).

No Brasil os primeiros modelos de crianças foram trazidos pelos


Jesuítas, essas diferenciavam-se:

muito das crianças brasileiras; e muito pouco com as descobertas europeias


sobre a infância. Neste contexto propagam-se duas representações infantis:
uma mística repleta de fé, é o mito da criança santa; a outra de uma criança
que é o modelo de Jesus, muito difundida pelas freiras carmelitas.
Inspirados por estas imagens, capazes de transcederem aos pecados
terrenos, os jesuítas veem nas crianças indígenas “o papel em blanco” que
desejam escrever; antes que os adultos com seus maus costumes os
contaminem. (PASSETI, s/a p. 3).

Porém somente a partir dos anos de 1960, que começam profundas


mudanças na concepção e formas de assistência às crianças abandonas, Neto
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afirma que:

No ano de 1964, o governo militar introduziu, mediante a Lei 4.513 de 1º de


dezembro de 1964, a Política Nacional do Bem-Estar Social do Menor,
cabendo a Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor (FUNABEM) sua
execução. Seus objetivos eram cuidar do menor carente, abandonado e
delinquente, cujos desajustes sociais se atribuíam aos desafetos familiares
(NETO, 2000, p. 111).

Algum tempo depois em 1990 o Estatuto da Criança e Adolescente


(ECA) chega, garantindo os direitos das crianças e adolescentes, como consta no
art. 4º o qual determina que:

é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder


Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à
convivência familiar e comunitária, entre outros mais que asseguram a
criança e adolescentes de ter seu desenvolvimento na sociedade em que
vive (DIGIÀCOMO; DIGIÀCOMO, 2013, p. 5, 6)

As influências dessa concepção na elaboração das políticas


educacionais, aconteceu de forma gradativa e vem acontecendo até nos dias atuais.
Em 1990 a legislação apresentou um avanço muito grande em
relação à proteção e à garantia de direitos para a educação infantil brasileira.
Kramer (1996, p. 17) afirma que no final dos anos 1970, nos então
chamados países de Terceiro Mundo, dentre eles o Brasil, as crianças pobres
representavam o fracasso na escola, escola essa que seguia modelos educativos já
ultrapassados.
Hoje, falar em educação infantil no Brasil significa, necessariamente,
retomar a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), o Estatuto da Criança e do
Adolescente de 1990 (Brasil, 1990) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Brasil, 1996a). A Constituição Brasileira de 1988, no capítulo III – Seção I
– Da Educação, estabelece:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.
Art. 208. Item IV. Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a
6 anos de idade (BRASIL, 1988).
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Com essa concepção e suas influências, as politicas educacionais


foram surgindo de maneira que priorizar os direitos das crianças era um fator
primordial, estabelecendo a inserção da criança na escola conforme sua idade.
Até a Lei Federal nº. 11. 114, de 16/05 de 2005, a idade para
matricula obrigatória no ensino fundamental era os sete anos, mas, com a
instauração desta lei o dever dos pais ou responsáveis em efetuar a matricula no
ensino fundamental foi antecipado para os seis anos de idade, mantendo a
exigência de duração mínima do ensino fundamental em oito anos letivos.
No entanto, a Lei Federal nº. 11.274, de 6 de fevereiro de 2006,
ampliou a escolaridade no país. Sendo assim, o Ensino Fundamental passou a ser
de 9 anos e não mais de 8 anos e manteve a obrigatoriedade da matrícula no ensino
fundamental aos seis anos de idade. A Educação Infantil foi dividida em duas fases
que são consideradas o início do ingresso da criança no seu ciclo escolar em
creches e pré-escolas: 1º fase – para crianças com 4 anos de idade; 2º fase – para
crianças com 5 anos.
Esse conceito se reflete na BNCC (BASE NACIONAL COMUM
CURRICULAR), como a forma desenvolvida de aprendizagem do aluno, pois a
BNCC é um documento que define objetivos de educadores na hora de elaborar
currículos dos ensinos infantil, fundamental e médio e que está aberto à consulta
pública, com o objetivo principal de melhorar o ensino.
Os aspectos da BNCC, deve ser implantado cuidadosamente na
realidade escolar, aprimorando os resultados de aprendizagem dos alunos na
educação infantil.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de
caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e
modalidades da Educação Básica. (BRASIL, 2016, p. 7)
A Base Nacional Comum Curricular define um conjunto de 10
competências gerais que devem ser desenvolvidas de forma integrada aos
componentes curriculares, ao longo de toda a educação básica. As competências
foram definidas a partir dos direitos éticos, estéticos e políticos assegurados pelas
Diretrizes Curriculares Nacionais e de conhecimentos, habilidades, atitudes e
valores essenciais para a vida no século 21.
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O objetivo principal, como constava do documento introdutório da


BNCC, era oferecer subsídios às propostas curriculares, trazendo a preocupação
com as especificidades que caracterizam as escolas brasileiras (BRASIL, 2016).
Segundo a LDB, no artigo 12, “os estabelecimentos de ensino
deverão elaborar e executar” em articulação com as suas comunidades escolares,
as suas próprias propostas pedagógicas (BRASIL, 1996).
A Base Nacional Comum Curricular, aponta que as instituições
devem ter autonomia ao elaborar seu currículo escolar, estabelecendo as diretrizes
de trabalho seguindo um projeto que seja ao mesmo tempo político e pedagógico.
Barroso (2006) também trabalha com o conceito de autonomia como
responsável por transportar os poderes nacionais para as diferentes localidades.
Isso significa que, mesmo diante de normas e leis que são válidas para todas as
escolas, deverá sempre existir um espaço para as tomadas de decisões em cada
localidade, considerando com isso, a pluralidade cultural existente. O autor afirma
ainda que somente existirá a autonomia da escola quando os indivíduos forem
autônomos; por isso, se existe a pretensão de fazer uma escola autônoma, é
necessário libertar as “autonomias individuais”, dando-lhes um sentido coletivo
(BARROSO, 2006)
De acordo com Veiga (2001), o Projeto Político-Pedagógico (PPP) é
entendido como a organização e trabalho pedagógico da escola e deve levar em
consideração os seguintes aspectos: finalidades da escola, estrutura organizacional,
currículo, tempo escolar, processo de decisão, relações de trabalho e avaliação.
Portanto, o PPP aponta os caminhos que a escola seguirá, o que a escola é e o que
ela há de se tornar com a ação coletiva.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As considerações finais desse trabalho, mostra que a criança


conquistou seus direito e deveres, mais que nem sempre foi assim, para alcançar
esse objetivo, passaram por muitas lutas e hoje elas são peças importantes na
sociedade.
A Base Nacional Comum Curricular, aponta que as instituições
devem ter autonomia ao elaborar seu currículo escolar, estabelecendo as diretrizes
de trabalho seguindo um projeto que seja ao mesmo tempo político e pedagógico.
Como futuro profissional da educação, acredito que a construção do
currículo escolar e verificação à qualidade de ensino ofertada pelas instituições bem
como avaliar os profissionais, sempre será um desafio, e tudo isso deve contribuir
para a melhor condução do trabalho docente e um ensino de qualidade.
Estar preparados para as mudanças ocasionais decorrentes na
educação, é um dever de todo profissional, que deve sempre buscar conhecimento e
aperfeiçoamento, para que o trabalho tenha um destaque merecido, é necessário
que os profissionais dominem o assunto e acima de tudo renovem suas práticas
pedagógicas buscando um currículo interativo e diversificado.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. São Paulo: Imprensa


Oficial do Estado, 1988.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum disponível


em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br , 2018. Acesso em 04 de agosto de 2018.

BARROSO, João. A autonomia das escolas: retórica, instrumento e modo de


regulação da ação política. In: AAVV. A Autonomia das Escolas. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 2006, p. 23-48.

Ariés, Philippe. História Social da Criança e da Família. 2. Ed. Rio de Janeiro:


Zahar Editores, 1978.

DEL PRIORI, Mary. História da criança no Brasil. In: PASSETI, Edson. As crianças
brasileiras: um pouco de sua história. Texto mimeografado [S.I: s.n.]

DIGIÁCOMO, Murilo José.; DIGIÀCOMO, Ildeara de Amorim. Estatuto da Criança e


Adolescente; anotado e interpretado. Curitiba, SEDS, 2013.

KRAMER, Sonia. Pesquisando infância e educação: um encontro com Walter


Benjamin. In: KRAMER, Sonia; LEITE, Maria Isabel. (Orgs.). Infância: Fios e
desafios da pesquisa. Campinas: Papirus, 1996. p. 13- 38.

NETO, João Clemente de Souza. História da Criança e do Adolescente no Brasil.


Revista unifeo, revista semestral do Centro Universitário FIEO – ano 2, nº 3 (2000).

VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org.). Projeto político-pedagógico da escola:


uma construção possível. 13. ed. Campinas, SP: Papirus, 2001

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