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BRASÍLIA, 2021
UM PANORAMA DA SOCIOLOGIA DA INFÂNCIA PARA O ESTADO
BRASILEIRO
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Na verdade, esse era o ponto principal da famosa tese de Ariès sobre a invenção da
infância: as crianças perderam sua visibilidade legítima no espaço público quando
foram confinadas a uma variedade de formas institucionais de infância: uma infância
familiar, uma infância escolar, uma infância pré-escolar, uma infância de lazer, etc.
(QVORTRUP, 2014, p. 28).
Foi possível constatarmos que a criança era tida como uma espécie de instrumento de
manipulação ideológica dos adultos e, a partir do momento em que elas apresentavam
independência física, eram logo inseridas no mundo adulto. A criança não passava pelos
estágios da infância estabelecidos pela sociedade atual. Outro fator importante era que a
socialização da mesma durante a Idade Média não era controlada pela família, e a educação era
garantida pela aprendizagem através de tarefas realizadas juntamente com os adultos.
(BARBOSA, MAGALHÃES, 2008,p. 3, grifo nosso).
Também de Qvortrup (2014), pode-se afirmar que a inserção citada no parágrafo
anterior era uma situação extrema, na qual as crianças eram vistas como mão de obra para todas
as atividades possíveis na sociedade medieval. Elas tinham pouquíssimos direitos e muitas
responsabilidades e obrigações. Era uma forma de visibilidade sem usufruto adequado da
categoria estrutural Infância.
Isso é uma ótica bem diferente da visibilidade concebida atualmente, que é meta para a
Sociologia da Infância, na qual se procura combater a invisibilidade por meio da participação
efetiva das crianças, proporcionando-as direito à voz (opinião), para ser, de fato, escutado.
“[...] O estudo das crianças, a partir da década de 90, ultrapassou os tradicionais limites
da investigação confinada aos campos médico, da psicologia do desenvolvimento ou da
pedagogia, para considerar o fenómeno social da infância, concebida como uma categoria social
autónoma, analisável nas suas relações com a acção e a estrutura social.” (SARMENTO,
PINTO, 1997, p. 1).
O texto desses dois autores aborda uma preocupação para com o tema SI em Portugal,
que possui democracia solidificada internamente, com semelhanças à existente no Brasil.
O Brasil que adota o regime democrático (CF, Art. 34, Inc. VII, alínea a) mostra
preocupação com o tema criança em dispositivos normativos como a CF 1988, a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB 1996), o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) e
outros.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL,
ECA,1996).
Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
(BRASIL, ECA, 1996, grifo nosso).
No entanto, muito há que ser feito para transformar ideias em ações efetivas e eficazes,
a fim de mitigar os problemas socioeconômicos que afligem as crianças e a categoria estrutural
infância. Há deficiências no atendimento na ótica tradicional da psicologia,da pedagogia e da
medicina.
Imagina-se um desafio maior ainda quanto a essa nova forma de interpretar e visualizar
as crianças, onde surgem necessidades de “olhares” e atenção adequados a elas, peculiares à da
Sociologia da Infância, que requer quebra de paradigmas na forma tradicional de tratar e olhar
as crianças como seres inertes e repletos de lacunas.
As ações de violência e falta de cuidados para com crianças e adolescentes é uma
realidade tanto no mundo quanto no Brasil, sendo, atualmente, tema abordado constantemente
na mídia brasileira em função de casos de repercussão nacional.
Embora a violência ocorra em todas as classes sociais, verifica-se que os casos de
violência e maus tratos incidem numa maior proporção contra crianças pobres, apesar da
atuação do Estado no sentido de mitigar esse quadro.
A prática de violência contra crianças e adolescentes (maus tratos, abandono e
negligência, abuso e exploração sexual comercial, trabalho infantil, dentreoutras) não é recente.
Um olhar atento à trajetória histórica de crianças pobres no Brasil nos mostra a procedência
dessa afirmação. Sua visibilidade, no entanto, vem ganhando novos contornos, principalmente,
na proporção e extensão que vem ocorrendo nas duas últimas décadas, no Brasil.
(FRANCISCHINI, NETO, 2007, p. 245).
Embora a afirmação dos autores acima seja de 2007, a situação atual, possivelmente,
tenha sido agravada. Conforme site do Ministério Público do Paraná (HERDY; MPPR, 2020),
três crianças ou adolescentes são abusadas sexualmente no Brasil a cada hora. São números que
mostram certa ineficiência do poder público em coibir a violência e os maus tratos, mostrando
o grande desafio que o país tem para com as crianças nesse aspecto.
A SI pode ser um fator a conscientizar os adultos se bem explorada e divulgada com
estratégias e táticas do estado arte.
No Brasil, há um certo engajamento no meio acadêmico que divulga e procura dar
visibilidade à emergente ciência, que necessita de maior atenção pelos órgãos governamentais
envolvidos na defesa e valorização da criança, iniciando pela Secretária Nacional de Promoção
dos Direitos da Criança e do Adolescente, pertencente à estrutura do Ministério da Mulher,
daFamília e dos Direitos Humanos.
Para mapear os estudos no paradigma da Sociologia da Infância no Brasil, duas
plataformas de periódicos serviram como fonte de dados: o portal da Capes, considerando
apenas os periódicos revisados por pares, e o portal Scielo. (OLIVEIRA, 2018, p. 445).
Esse engajamento amplifica as necessidades de mudanças, obviamente, na forma de se
enxergar a criança, não se limitando à proteção e a uma espécie de objeto passivo a ser
preparado para a categoria estrutural adultez.
De acordo com Oliveira (2018, p. 443, grifo nosso) tomar a criança como ator social
implica reconhecer sua competência e autonomia.
É um tema transversal que de algum modo, necessita de atuação, em alguma medida, de
Ministérios do Governo Federal e com consequências nas estruturas governamentais dos entes
estaduais e municipais. Temática que também deve ter a contribuição dos demais poderes em
todos os níveis da federação.
Ainda do artigo de Oliveira (2018, p. 443), desprende-se que no Brasil a Sociologia da
Infância começa a se configurar no final da década de 1990. A autora em seu artigo faz um
mapeamento das pesquisas feitas no Brasil no âmbito do tema.
Dessa forma, percebe-se que a Sociologia da Infância vem procurando romper barreiras
e trazer maior autonomia e proporcionar voz e escuta adequadas às crianças há pelo menos duas
décadas no Brasil. Cabe ressaltar que foram intensificados a partir do ano de 2005, conforme
números apresentados no trabalho de Oliveira. (2018, p. 447).
Por meio desse esforço, os paradigmas citados abaixo pelas autoras podem ser
incorporados no Brasil à estrutura dos órgãos de governo que trabalham a criança, bem como
em legislações pertinentes sobre o tema. Cabe ressaltar que as observações de Oliveira sobre
pesquisas, no parágrafo acima, podem ser observadas pelo referido poder público.
O Brasil, até recentemente, 2018, era a oitava maior economia do mundo (FUNAG,
2018). É detentor de grande potencial de recursos naturais como minérios, petróleo, fauna, flora
e sem radicalismo ou turbulências étnicas ou religiosas, compopulação considerada de fácil
convívio e hospitaleira e entre os cinco maiores do mundo em população e território (IBGE
2020).Assim, apesar de suas diversas mazelas sociais internas, apresenta qualidades que
naturalmente o tornam atrativo e promissor para imigrantes.
Nesse contexto, é inserida a criança imigrante em solo brasileiro, com dificuldades
típicas afetas ao idioma, cultura, sobrevivência etc. Eassim como a criança brasileira, necessita
de todo o apoio e visibilidade por parte do Estado em que vive.
No Brasil, [...] o aumento do número de crianças que ingressam em território nacional,
fugindo de situações de conflito em seus países, justifica o estudo sobre interculturalidade, sob
a perspectiva da comunicação intercultural, que contribuirá para compreender a adaptação e a
inserção dessas crianças em seu novo espaço social, cultural e simbólico. (PARAGUASSU,
2019, p. 1).
Em virtude de herança de colonizadores e imigrantes e ter dimensões continentais, o
país apresenta crianças com culturas, costumes e modos de vida bem distintos, e,
consequentemente, com infâncias de experiências múltiplas,como as vivenciadas pela criança
ribeirinha na região Norte, sertaneja na região Nordeste e norte de Minas Gerais, assim como
pela criança da área rural nas cinco regiões e criança que perambula pelos centros urbanos de
todas as regiões brasileiras em prol de sustento e de sua família, muitas vezes, sob exploração
adulta.
Para que a cultura em geral, e não diferente no Brasil, de tratar as crianças somente como
objetos em quase todas as situações seja modificada, faz-se necessário o engajamento da
sociedade e dos órgãos públicos que têm a missão de desenvolver políticas públicas destinadas
a elas e que possam verificar o quanto de potencial de construção social delas é desperdiçado.
Do artigo de Alderson (2005) podem ser extraídos diversos exemplos com práticas bem-
sucedidas pelas crianças, em diversas áreas, com foco em resolução de problemas sociais,
conforme uma pequena amostra abaixo, salientando que a autora traz situações em países
diferentes adequados à cultura e a faixas etárias distintas.
Num outro projeto comunitário, crianças entre 3 e 8 anos usaram câmeras e fizeram
pesquisas de campo e entrevistas a respeito das visões das crianças sobre como melhorar seus
conjuntos habitacionais. Publicaram um relatório ilustrado, que seis deles apresentaram e
discutiram com autoridades locais num “verdadeiro” encontro em torno de uma mesa. Algumas
de suas recomendações foram seguidas, como instalar o pátio de recreio no meio do conjunto,
e não de lado nem do lado de estradas periféricas com muito trânsito, como os adultos haviam
planejado (ALDERSON, 2005, p. 428; APUD Müller, 1997).
Explorar a criatividade de crianças com culturas tão vastas como ocorre no Brasil, onde
cada grupo de crianças de regiões diferentes vivencia problemas típicos da localidade, é um
cenário de excelentes expectativas e de custo baixo para os governos locais (estadual e
municipal) envolvendo por exemplo a liderança comunitária de associação de moradores, que
representa a parte mais tática de uma administração local, além da escola que deve ter atuação
fundamental.
É um potencial que deve ser testado e explorado. E ao explorá-lo, colocar-se-á em
prática a aparente expressão somente teórica da SI de que as crianças podem ser agentes
construtores de uma sociedade.
A crescente literatura sobre crianças como pesquisadores sugere que elas são um
recurso subestimado e subutilizado. Assim como as pesquisas sobre mulheres se
tornaram muito mais penetrantes quando passaram a envolvê-las como pesquisadoras,
a abrangência das pesquisas sobre crianças poderia ser ampliada pelo seu
envolvimento como pesquisadoras em muitos métodos, níveis e estágios do processo.
As crianças são a fonte primária de conhecimento sobre suas próprias visões e
experiências. Elas podem ser um meio de acesso a outras crianças, inclusive às que
podem ser protegidas de adultos “estranhos”. A originalidade e o imediatismo dos
relatórios de pesquisas de crianças podem atrair mais publicidade e interesse em se
utilizar seus achados do que muitas pesquisas de adultos. (ALDERSON, 2005, p. 436,
grifo nosso).
Saibamos reconhecer que a educação soube apropriar-se e dialogar com esse campo
de estudos sociológicos, até porque a escola sempre foi reconhecida como o lugar por
excelência da criança. [...]. Muito embora em estudos com crianças em escolas
possamos identificar também a lógica adultocêntrica – revelada no privilégio da
perspectiva dos professores, pais e outros atores adultos que respondem por elas –
essa lógica tem maiores chances de ser relativizada como bem vemos retratada no
conjunto de pesquisas e reflexões do Cadernos de Pesquisa da Fundação Carlos
Chagas na virada dos anos 2000. (MOREIRA, SOUZA, 2014, grifo nosso).
Como já exposto neste trabalho, pode-se afirmar que o Brasil possui parte do ambiente
propício a implementos experimentais para a Sociologia da Infância que trarão maturidade e
consciência situacional às ações direcionadas às crianças.
“[...], também estamos chamando atenção ao importante desenvolvimento de uma
consciência político, pedagógica e teórico-metodológica em relação ao mundo social e
cultural das crianças, principalmente, no que diz respeito à elaboração de princípios para a
consolidação da própria constituição das crianças como sujeitos sociais ativos, deflagrando um
projeto educacional e de práticas metodológicas não convencionais interligado aos anseios,
desejos e necessidades das próprias crianças.” (BARBOSA, FILHO, 2010, grifo nosso).
No Brasil, há dezenas de projetos e programas do Governo, destinados às crianças no
âmbito das estruturas governamentais de todos os entes da Federação, envolvendo os três
poderes. Na estrutura do governo federal, essas iniciativas permeiam todas as regiões do país.
Apenas como exemplificação, podem ser citados os Programas Criança Feliz do
Ministério da Cidadania (Brasil, Cidadania, 2021) e os diversos existentes no âmbito do
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (Brasil, MDH, 2021) em ação isolada
ou em articulação com outros ministérios voltados à criança, como a Escola Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente – ENDICA, em parceria com a UnB.
Do poder legislativo, cabe destacaro Projeto Plenarinho da Câmara dos Deputados
Federais, cujo slogan é o jeito criança de ser cidadão. (Brasil, Câmara dos Deputados, 2021).
Obviamente, não se tem o objetivo neste trabalho de detalhar ou discutir alguma dessas
iniciativas, mas sabe-se que elas possuem objetivo geral e objetivos específicos, como proteção,
educação, bem-estar e desenvolvimento em geral.
Mas será que algum deles:enxerga a criança como ser autônomo para determinados
temas? Visualiza a criança como construtora social? Prever a participação efetiva delas na
sociedade?Tenta se desvencilhar de tratar a criança como um ser incompleto e passivo?Tenta
modificar ou mitigar a ótica de entender a criança como propriedade privada exclusiva, numa
lógica adultocêntrica? De que modo esses projetos e programas podem ser inseridos com o fito
de mudanças em relação à SI?
O adultocentrismo é um dos preconceitos mais naturalizados pela sociedade
contemporânea. (FARIAS, SANTIAGO, 2015, p. 72).
As perguntas acima são questionamentos instigantes que podem ser o ponto de partida
para ações reflexivas e de mudanças no âmbito dessas ações públicas. E é pouquíssimo provável
que as respostas para tais reflexões sejam positivas, em função de costumes e culturas seculares
consagrados na sociedade.
Tornar as crianças e a infância (mais) visíveis tem sido um objetivo explícito dos
chamados estudos sociais da infância, pois, como indica o objetivo, verifica-se que
elas têm sido invisíveis ou insuficientemente visíveis até agora. Será isso verdade? O
que pode significar? (QVORTRUP, 2014).
A ENDICA pode ser uma mola propulsora ao fomento das ideias da Sociologia da
Infância num nível macro para profissionais que labutam com crianças com vistas à mudança
paulatina na forma de lidar com elas.
Aqui se propunha pensar a criança e a infância em relação à sociedade mais ampla e não
somente em situação familiar ou escolar. (MARCHI, 2010, p. 196). Apesar da argumentação
de Marchi para a Sociologia da Infância, é coerente afirmar que os sistemas de educação pública
básica das redes estaduais e municipais podem ser os elementos catalisadores dessa nova forma
de interagir e trabalhar com a criança.
Além do mais, cabe enfatizar que muitas crianças passam mais tempo ativo nas escolas
que nos próprios lares e naturalmente ficam muito disponíveis para ingressarem no tema por
meio de suas falas, observações e até mesmo por intermédio das inserções de pesquisadores na
etnografia com crianças. E a escola muito pode contribuir para esses estudos.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Das diversas considerações expostas, pode-se afirmar que a temática é inovadora para
os padrões e conceitos tradicionais enraizados na sociedade brasileira há décadas e alguns há
séculos.
Em que pese uma certa complexidade que envolve o tema, é possível desenvolver
experiências e iniciativas com a Sociologia da Infância, conforme se averigua na literatura, por
meio dos registros de inúmeras experiências bem-sucedidas em contextos diversos.
O Brasil com sua riqueza cultural existente nas diferentes regiões e com ambiente
democrático instalado tende a ser propício para experiências.É necessária a vontade política de
gestores e o comprometimento da sociedade.
Espera-se que as esferas do poder, a sociedade e a comunidade escolar despertem para
o tema que será extremamente positivo para o país em geral e, principalmente para as crianças
que são membros constituintes (renovados constantemente) de uma categoria estrutural, que
precisa de mais autonomia e visibilidade. Assim, será visto o quanto de potencial latente não é
empregado a favor delas mesmas e da sociedade.
É plausível que pesquisas já realizadas com crianças possam ser um referencial para
tornar realidade essa nova forma e considerada mais justa de se enxergar a criança como
construtora social e influenciadora diuturna da sociedade em que vive.
Visualiza-se para a sociedade brasileira um ambiente onde a criança não seja um mero
objeto dominado pelo adultocentrismo e que ela seja uma preocupação pública, não confinada
a ambientes, perdendo parte de sua liberdade e criatividade. Assim, ter-se-á uma sociedade
saudável e mais adequada ao viver da criança.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOREIRA, M.C.N.; SOUZA, S.S. Sociologia da Infância. Ciência Saúde Coletiva, v. 20, n.
1, Rio de Janeiro, jan. 2015. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/csc/v20n1/1413-8123-csc-20-01-00299.pdf. Acesso em: 16 abr.
2021.
QVORTRUP, Jens. Visibilidades de crianças e infância. Linhas Críticas, v. 20, n. 41, p. 23-
42, jan/abr. 2014.Tradução de Bruna Breda. Disponível em:
https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/4250. Acesso em: 5 abr. 2021.
22:45.
TOMÁS, C. “Participação não tem Idade” Participação das Crianças e Cidadania da Infância.
Revista Contexto & Educação, v. 22, n. 78, p. 45-68, 17 maio 2013. Disponível em:
https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoeducacao/article/view/1065. Acesso em:
18 abr. 2021. 19:05.