Você está na página 1de 1

O IDEB E SUA INFLUÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA

Do texto de Borges (2018) sobre indicadores, podemos afirmar que eles são essenciais
para a melhoria da qualidade da educação, bem como para acompanhar o nível de aprendizagem
do aluno brasileiro, indicar rumos para as políticas públicas e também como uma espécie de
feedback para a sociedade, servindo para melhor aplicação dos recursos públicos na educação
básica. Das inúmeras definições sobre qualidade da Educação, afirmamos que ela é necessária
para uma aprendizagem real aplicada ao contexto social e para uma formação cidadã, item
essencial para uma sociedade. Para esse fim são necessários os indicadores, utilizados pelos
estudiosos no tema no assessoramento aos governantes. Os indicadores de desempenho são os
mais comuns no contexto educacional, sendo dividido em dois grupos, de eficiência e o de
eficácia, conforme Schwartzman (1994). Os indicadores abordam temas da educação como o
ambiente educativo, a avaliação em si, a Gestão escolar, formação docente entre outros.
No entanto, do áudio da professora Nathalia Cassetari podemos concluir que os processos
utilizados na educação brasileira são mal avaliados, bem como até os produtos (na forma de
indicadores) não estão sendo utilizados da melhor maneira e muitas vezes a pressão recai sobre
as escolas e professores, que não possuem os meios adequados para implantação de ações. Assim,
muitas ações isoladas de Escolas, para serem melhor avaliadas, incorrem em erro, como
aprovação quase automática e priorização de melhores alunos, por exemplo.
Sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), criado em 2007,
principal indicador da educação básica brasileira, medido a cada dois anos numa escala de 0 a 10
e obtido por meio do cálculo, utilizando as variáveis do rendimento escolar (aprovação e evasão)
e nota da prova Brasil, optamos por analisar a escola Municipal Joaquim Venâncio em
JAGUARUANA-CE que funciona no ensino fundamental. Segue o resumo inicial: Obteve grau
4,78 no aprendizado e 1,00 para o fluxo, obtendo grau final IDEB 4,8 para o Ensino Fundamental
2 (6º ao 9º ano), com arredondamento do sistema.
Prosseguindo na análise, a escola alcançou a sua meta particularizada de 4,8 para essa
faixa de ensino e apresentou crescimento no indicador da ordem de 12% em relação a 2017 e
crescimento da ordem de 27% quando comparado a 2011. Cabe salientar que apesar da melhora,
há, ainda, uma certa distância para se alcançar o valor 6,0, que é o objetivo final da educação
brasileira em 2022 (maior ou igual a 6). Esse valor foi referenciado em função de grau alcançado
pelos países da OCDE. Na plataforma, há o enquadramento das situações das escolas nos níveis
Alerta, Atenção, Melhorar e Manter. A escola de Jaguaruana analisada foi classificada em
Melhorar, situação acima da média das escolas do Nordeste e Norte. Cabe enfatizar o indicador
de 51% de insuficiência e 41% no básico para a disciplina de matemática do 9º ano, com
participação de 100% da turma. Ou seja, mesmo com o indicador significativo, quando se detalha
melhor, encontramos vulnerabilidades. No campo Censo, a Escola possui algumas deficiências,
porém possui pontos positivos como saneamento adequado (água, energia, recolhimento de lixo
etc), sala de professores, laboratório de informática, internet e outros.
Na análise comparativa com a cidade de Jaguaruana, a Escola ficou um pouco acima do
indicador do município, que foi de 4,6. Quando comparada com o Estado do Ceará, nessa faixa
de ensino, a Escola ficou abaixo, pois o Estado, no geral, lidera o ranking nacional IDEB, tendo
nota 5,2 pontos para o Ensino fundamental 2. Cabe ressaltar para fins de conhecimento que o
Ceará possui indicador 6,3 para o ensino fundamental 1.
Enfim, procedida essa análise geral e da escola em particular e apesar de inúmeras lacunas
na Educação, entendemos que o IDEB tem fomentado melhorias significativas para a educação.

Você também pode gostar