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Saeb

O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) tem como principal


objetivo avaliar a Educação Básica brasileira e contribuir para a melhoria de
sua qualidade e para a universalização do acesso à escola, oferecendo
subsídios concretos para a formulação, reformulação e o monitoramento das
políticas públicas voltadas para a Educação Básica. Além disso, procura
também oferecer dados e indicadores que possibilitem maior compreensão dos
fatores que influenciam o desempenho dos alunos nas áreas e anos avaliados.

O Saeb é composto por três avaliações externas em larga escala:

 Avaliação Nacional da Educação Básica – Aneb: abrange, de


maneira amostral, alunos das redes públicas e privadas do país, em
áreas urbanas e rurais, matriculados na 4ª série/5ºano e 8ªsérie/9ºano
do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio, tendo como
principal objetivo avaliar a qualidade, a equidade e a eficiência da
educação brasileira. Apresenta os resultados do país como um todo, das
regiões geográficas e das unidades da federação.

 Avaliação Nacional do Rendimento Escolar - Anresc (também


denominada "Prova Brasil"): trata-se de uma avaliação censitária
envolvendo os alunos da 4ª série/5ºano e 8ªsérie/9ºano do Ensino
Fundamental das escolas públicas das redes municipais, estaduais e
federal, com o objetivo de avaliar a qualidade do ensino ministrado nas
escolas públicas. Participam desta avaliação as escolas que possuem,
no mínimo, 20 alunos matriculados nas séries/anos avaliados, sendo os
resultados disponibilizados por escola e por ente federativo.

 A Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA : avaliação censitária


envolvendo os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das escolas
públicas, com o objetivo principal de avaliar os níveis de alfabetização e
letramento em Língua Portuguesa, alfabetização Matemática e
condições de oferta do Ciclo de Alfabetização das redes públicas. A
ANA foi incorporada ao Saeb pela Portaria nº 482, de 7 de junho de
2013
A Aneb e a Anresc/Prova Brasil são realizadas bianualmente, enquanto a ANA
é de realização anual.

Semelhanças e diferenças
A Aneb e a Anresc (Prova Brasil) são duas avaliações complementares que
fazem parte do Sistema de Avaliação da Educação Básica. Apesar de algumas
características distintas, todos os alunos da Aneb e da Anresc (Prova Brasil)
utilizam os mesmos instrumentos na avaliação (provas e questionários).

Prova Brasil

A Prova Brasil e o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb)


são avaliações para diagnóstico, em larga escala, desenvolvidas pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC).
Têm o objetivo de avaliar a qualidade do ensino oferecido pelo sistema
educacional brasileiro a partir de testes padronizados e questionários
socioeconômicos.

Nos testes aplicados na quarta e oitava séries (quinto e nono anos) do ensino
fundamental, os estudantes respondem a itens (questões) de língua
portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com foco na resolução de
problemas. No questionário socioeconômico, os estudantes fornecem
informações sobre fatores de contexto que podem estar associados ao
desempenho.

Professores e diretores das turmas e escolas avaliadas também respondem a


questionários que coletam dados demográficos, perfil profissional e de
condições de trabalho.

A partir das informações do Saeb e da Prova Brasil, o MEC e as secretarias


estaduais e municipais de Educação podem definir ações voltadas ao
aprimoramento da qualidade da educação no país e a redução das
desigualdades existentes, promovendo, por exemplo, a correção de distorções
e debilidades identificadas e direcionando seus recursos técnicos e financeiros
para áreas identificadas como prioritárias.

As médias de desempenho nessas avaliações também subsidiam o cálculo do


Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ao lado das taxas de
aprovação nessas esferas.

Além disso, os dados também estão disponíveis para toda a sociedade que, a
partir dos resultados, pode acompanhar as políticas implementadas pelas
diferentes esferas de governo. No caso da Prova Brasil, ainda pode ser
observado o desempenho específico de cada rede de ensino e do sistema
como um todo das escolas públicas urbanas e rurais do país.

O IDEB

Ideb é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, criado em 2007, pelo


Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep),
formulado para medir a qualidade do aprendizado nacional e estabelecer metas
para a melhoria do ensino.

O Ideb funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento


da qualidade da Educação pela população por meio de dados concretos, com o
qual a sociedade pode se mobilizar em busca de melhorias. Para tanto, o Ideb
é calculado a partir de dois componentes: a taxa de rendimento escolar
(aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Inep. Os
índices de aprovação são obtidos a partir do Censo Escolar, realizado
anualmente.

As médias de desempenho utilizadas são as da Prova Brasil, para escolas e


municípios, e do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), para os
estados e o País, realizados a cada dois anos. As metas estabelecidas pelo
Ideb são diferenciadas para cada escola e rede de ensino, com o objetivo único
de alcançar 6 pontos até 2022, média correspondente ao sistema educacional
dos países desenvolvidos.
Entenda as metas de qualidade
O Ideb foi criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza
dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação:
aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e
matemática. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação
escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações
do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.

A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde


foram estabelecidas metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas
pelo País, mas também por escolas, municípios e unidades da Federação. A
lógica é a de que cada instância evolua de forma a contribuir, em conjunto,
para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países da OCDE.
Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada
em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em
2022, ano do bicentenário da Independência.

Sobre o Enem
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado em 1998 com o objetivo
de avaliar o desempenho do estudante ao fim da educação básica, buscando
contribuir para a melhoria da qualidade desse nível de escolaridade.

A partir de 2009 passou a ser utilizado também como mecanismo de seleção


para o ingresso no ensino superior. Foram implementadas mudanças no
Exame que contribuem para a democratização das oportunidades de acesso às
vagas oferecidas por Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), para a
mobilidade acadêmica e para induzir a reestruturação dos currículos do ensino
médio.

Respeitando a autonomia das universidades, a utilização dos resultados do


Enem para acesso ao ensino superior pode ocorrer como fase única de
seleção ou combinado com seus processos seletivos próprios.
Matriz de Referência

A Matriz de Referência apresenta o objeto de uma avaliação e é formada por


um conjunto de descritores que mostram as habilidades que são esperadas
dos alunos em diferentes etapas de escolarização e passíveis de serem
aferidas em testes padronizados de desempenho. Construída a partir de
estudos das propostas curriculares de ensino, sobre os currículos vigentes no
país, além de pesquisas em livros didáticos e debates com educadores em
atividade nas redes de ensino e especialistas em educação.
A Matriz é formada por um conjunto de tópicos ou temas que representam uma
subdivisão de acordo com conteúdo, competências de área e habilidades.
Cada tópico ou tema de uma Matriz de Referência é constituído por elementos
que descrevem as habilidades que serão avaliadas nos itens, esses elementos
são os Descritores.
Assim, os itens são elaborados com base nos descritores das Matrizes de
Referência das disciplinas avaliadas nos testes de proficiência, que reúnem o
conteúdo a ser avaliado em cada período escolar e disciplina e informam o que
se espera do aluno em termos de desempenho escolar.
As Matrizes de Referência não esgotam o conteúdo a ser trabalhado em sala
de aula e, portanto, não podem ser confundidas com propostas curriculares,
estratégias de ensino ou diretrizes pedagógicas.

Descritor (de competência ou habilidade)


Autor: José Francisco Soares,
Instituição: Universidade Federal de Minas Gerais-UFMG /Faculdade de Educação-FAE / Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira- INEP,
Denomina-se descritor, no campo da avaliação, o detalhamento, em uma Matriz de
Referência, de uma competência ou das habilidades que a compõem. No entanto, esses
termos têm significações conceituais diversos, dependendo da área, do lugar de
interlocução, da amplitude de objetivos ou das opções ideológicas e metodológicas adotadas
pelos diferentes atores educacionais.
Tomando o termo „alfabetização‟ como uma competência, podemos dizer que ela engloba
um conjunto de habilidades como, por exemplo, ler palavras, escrever palavras, interpretar
textos, produzir textos compreensíveis pelo leitor. A essas habilidades estão, por sua vez,
vinculados outros conjuntos de habilidades, ainda mais específicos. O termo capacidade é
usado como sinônimo de competência e de habilidade ou como condutor da definição
desses termos.
Reconhecida a diversidade de usos do termo, para os propósitos deste verbete são
focalizadas as noções de competência e habilidades, recentemente expressas no currículo da
alfabetização como Direitos de Aprendizagem.
Competência
No campo da educação, o termo competência é usado para descrever a capacidade de um
estudante realizar, com sucesso, as tarefas exigidas na sua vida diária. Uma competência só
está completamente especificada quando as tarefas, para as quais seu domínio é exigido,
estão claramente descritas. Duas categorias de competências, as cognitivas e as
socioemocionais, são particularmente importantes. Competências cognitivas são aquelas
cujas tarefas definidoras envolvem a aquisição, compreensão, aplicação de conhecimentos
científicos. São às vezes denominadas competências escolares. As Competências Leitora,
Matemática, Científica são os seus tipos mais comuns. As competências socioemocionais,
referidas na literatura pela expressão inglesa “Big Five”, envolvem capacidades como ser
organizado, ser aberto a novas experiências, ser extrovertido, ter capacidade de conviver
com diferentes e ter estabilidade emocional.
Habilidade
Como o número de tarefas que definem qualquer competência é muito grande, é usual
agregar tarefas similares em conjuntos e denominá-los habilidades.Assim sendo, os
conceitos de habilidade e competência têm a mesma natureza teórica, diferindo apenas no
escopo. Como consequência, pode-se dizer que uma competência envolve o uso harmônico,
a mobilização, de várias habilidades. As habilidades que compõem uma competência
cognitiva são descritas pela especificação dos conhecimentos e dos processos mentais,
necessários para a realização da tarefa. Os conhecimentos são especificados com a
linguagem de cada área. Em educação, com frequência, são referenciados como conteúdo.
No entanto, para a realização de tarefas, esses conhecimentos devem ser colocados em ação,
através de um processo mental. Os processos mentais mobilizados são apresentados em
categorias de complexidade crescente. Memorização, compreensão, aplicação e análise são
uma sequência bastante comum.
Disponível em: http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/descritor-de-
competencia-ou-habilidade.

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