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R.A. 8115521
Comunidade pobre;
Escola sem estrutura física adequada;
Sem saneamento básico, alimentação ,materiais e recursos financeiros;
Alunos sem interesse, que prejudicam os que possuem interesse em aprender;
Professores desmotivados ,que faltam sem avisar;
Alunos interessados em aprender não recebem credibilidade dos professores;
Falta de transporte.
A falta de interesse dos alunos, professores e agentes escolares é um problema que persiste;
É mostrado um debate de um aluno com a professora em sala de aula, reforçando a falta de
respeito;
O conselho aprova o aluno que fico retido em diversas disciplinas, alegando que retê lo iria
prejudicá-lo ainda mais.
- Escola Itaquaquecetuba- SP
O documentário “Pro Dia Nascer Feliz”(2007) nos mostra as fragilidades do sistema educacional
brasileiro ,faz vermos que a prática esta muito distante do que esta na teoria. A falta de recursos
financeiros, de estrutura na instituição, recursos didáticos inexistentes, de transportes de artigos
básicos para a higiene, vão na contramão do Artigo 4º,incisos VIII e IX da Lei de Diretrizes e Bases
de 1996:
VIII- atendimento ao educando ,em todas as etapas da educação básica, por meio de
programa suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à
saúde;
IX-padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por
aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
(BRASIL,1996).
Já na instituição particular o aluno é visto como cliente, onde tem sempre razão, existe a cobrança
excessiva para entrar nas melhores universidades, gerando frustrações e depressão, devido a
cobrança dos pais, conselho escolar e dos próprios alunos, que se encontram em crises
existenciais. Acredito que o Estado deveria supervisionar as instituições privadas e publicas, para
assim não ocorrer o desrespeito com as leis que priorizam a educação. O que fica nítido das duas
realidades escolares é que falta apoio dos familiares para os alunos trilharem da
melhor forma o caminho dos estudos, ou seja nas filmagens conseguimos observar que é nula a
participação de familiares na vida escolar do aluno, e isso reflete nesses jovens gerando
insegurança, instabilidade e indisciplina.
O documentário foi filmado entre 2004 e 2005,mas ainda nos mostra uma realidade presente nas
escolas do país, onde o tempo passa e os alunos se formam, mas não saem dali como um cidadão
com intuito de gerar mudanças positivas em sua vida e na sociedade.
Total de matrículas na educação básica segundo a rede de ensino - Brasil - 2014 a 2018
No ano de 2018 foram registradas 48,5 milhões de matriculas nas 181,9 mil escolas de ensino
básico o que corresponde a uma redução de 2,6% no total de matrículas.
Na educação básica as matriculas são encontradas nas escolas urbanas, sendo 88,7% n,0a
rede pública e 99,0% na rede privada
O número de matrículas na educação infantil cresceu 11,1% de 2014 a 2018, atingindo 8,7
milhões em 2018,esse aumento foi devido as matrículas realizadas em creche. Já no ensino
fundamental foram registradas 27,2 milhões de matrículas, sendo 4,9% menor do que em 2014.É
notado que a queda de matrícula foi intensa nos anos finais da educação.
Recursos relacionados às infraestruturas disponíveis nas escolas de ensino médio - Brasil – 2018
Segundo o gráfico é possível perceber que as escolas da rede pública municipal e estadual
possuem poucos recursos quando comparado as escolas particulares. Quando observamos se as
escolas estão devidamente adequadas para receber alunos com deficiência física ou mobilidade
motora reduzida, conseguimos ver claramente que teve uma evolução, porém ainda é preciso
melhorar muito mais, principalmente nas escolas municipais.
É possível verificar que as escolas municipais e estaduais ainda precisam se desenvolver no
quesito de ter um laboratório de ciências, para assim trazer aulas dinâmicas e material de
qualidade
para os alunos. Um dado que chama a atenção é o percentual de escolas que possuem biblioteca,
na
região norte o percentual mais baixo com 32,5%,sendo o ensino municipal o que tem mais
carência
desse recurso que é primordial no desenvolvimento do aluno.
Abaixo veremos o quadro que nos mostram as taxas de aprovação, reprovação e evasão
escolar nos ensinos fundamental e médio, entre os anos de 2014 a 2018
Podemos observar que as taxas de aprovação são animadoras, quando comparadas às taxas de
reprovação,tanto no ensino fundamental como no ensino médio, mas isso não quer dizer que
todos
saem realmente formados e com conhecimentos adquiridos, pois muitos deles foram aprovados
pelo
conselho. O abandono no ensino fundamental é baixo, porém o ideal seria que fosse inexistente. Já
no ensino médio o abandono é maior, gerando preocupação, e devendo ser acionado pelo
Conselho
Tutelar os pais e responsáveis, para realizar uma ação que iniba essa evasão.
A seguir veremos os índices do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que
analisa o fluxo escolar e a média das avaliações,sendo de 0 a 10. Com base neste indicador, o
governo consegue distinguir quais são as cidades que necessitam e auxilio. (Imagens retiradas do
site do IDEB)
Para uma avaliação que pode variar de zero a 10, podemos ver que nossas escolas estão
muito longe do esperado. A diferença das escolas particulares ainda é gritante, se comparadas às
escolas municipais e estaduais.
Ao analisar os três quadros do IDEB, podemos perceber que as maiores metas são esperadas
nos primeiros anos do ensino fundamental, que são os anos que os alunos aprendem a base do que
iram usar em todos os outros anos.
Analisar todos estes dados, de matrículas, aprovação e reprovação, evasão escolar e os
índices do IDEB só reforça a triste realidade da educação brasileira, que já havíamos notado na
análise do documentário de João Jardim. A falta de interesse de professores, alunos e gestão escolar
resulta nos números apresentados nesse estudo, mostrando também que cada vez mais se cria uma
diferença gritante entre o ensino de escolas públicas e privadas.
Referências Bibliográficas
CORRÊA, R. A.; SERRAZES, K. E.Políticas da Educação Básica. Batatais: Claretiano, 2013.
E-referências
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Disponível em: <http://ideb.inep.gov.br/resultado/>. Acesso em: 17 maio 2019