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1.

INTRODUÇÃO

O presente relatório diz respeito a um estágio obrigatório realizado na escola


Centro de Ensino Paulo Freire, em Loreto - MA, durante os dias 26, 27 e 28 de
setembro de 2023. Foi instituído pela Universidade Federal do Maranhão, sob a
coordenação do Curso de Letras, na disciplina "Diagnóstico da Realidade da
Educação Básica II", ministrada pela professora Katia França.
O intuito deste trabalho é contribuir para o melhor preparo dos discentes que
em breve atuarão como profissionais na educação e que, por isso, necessitam
observar e refletir acerca da complexidade de dinâmicas que perpassam uma sala de
aula brasileira.
Durante este período, foram feitas observações na turma do 2º ano do ensino
médio. Neste documento, apresentamos ainda nossas primeiras impressões sobre a
escola, sua realidade local, uma análise do Projeto Político Pedagógico (PPP) e,
ainda, uma sugestão de intervenção que leva em consideração a reunião de
informações anteriormente elencadas.

2. DADOS E IMPRESSÕES

A começar pela observação exterior, já foi possível perceber que se tratava de


uma escola climatizada. Apenas por este fato, foi plausível supor que as turmas seriam
mais calmas e as salas mais arrumadas. Um dos grandes problemas da educação
brasileira é certamente o descaso com a estrutura do prédio, e foi esta a razão que
guiou a suposição prévia.
Ao adentrar, foi justamente isto que constatamos: alunos contidos e sem
exibirem comportamentos de grande extravagância. Surpreendeu-nos, contudo, pela
baixa quantidade de alunos em sala, mas, apesar das razões e a bem da verdade,
esta situação ajuda a manter o ambiente da sala de aula em harmonia.
Em relação ao corpo docente de apoio técnico, a realidade não se distanciou
de nossa expectativa, pois possuímos alguns colegas profissionais da educação que
afirmam que a escola, na maior parte do tempo, é um lugar de união e descontração,
ao passo em que os profissionais se ajudam sem rivalidades desleais.
Assim, foi excelente nossa recepção na escola Paulo Freire. Tendo
apresentado nossos documentos à direção, o estágio foi prontamente “encaminhado”
e então fomos apresentados aos demais com boas-vindas.

3. A COMUNIDADE EM QUE SE INSERE A ESCOLA

De acordo com dados do último censo de 2022 do Instituto Brasileiro de


Geografia e Estatística (IBGE), Loreto é um município brasileiro do Estado do
Maranhão. O município conta com uma população de 11.591 habitantes, resultando
em uma densidade demográfica de 3,22 habitantes por quilômetro quadrado.
Embora seu número populacional seja relativamente pequeno, quando
comparado aos 5.570 municípios do Brasil, Loreto se posicionaria em 2.686º lugar em
termos de população.
Quanto ao trabalho e rendimento, no ano de 2021, o salário médio mensal em
Loreto era equivalente a 2,2 salários mínimos. A proporção de pessoas empregadas
em relação à população total representava 8,9%.
O Produto Interno Bruto (PIB) per capita em Loreto, em 2020, era de R$
28.761,21. Além disso, 94,7% das receitas do município provinham de fontes externas
no ano de 2015.
Já a taxa de escolarização para crianças de 6 a 14 anos de idade em Loreto,
no ano de 2010, era de 96,7%. No que diz respeito às avaliações educacionais, o
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para os anos iniciais do ensino
fundamental na rede pública foi de 4,7, enquanto nos anos finais, registrou 4,2, ambos
no ano de 2021.
No aspecto saúde, Loreto consta que a taxa de mortalidade infantil média em
Loreto é de 6,76 por cada 1.000 nascidos vivos. No aspecto ambiental, 12,8% dos
domicílios em Loreto possuem esgotamento sanitário adequado, 38,8% dos domicílios
urbanos contam com arborização em vias públicas, e nenhum dos domicílios urbanos
possui urbanização adequada (com bueiros, calçadas, pavimentação e meio-fio).
Conforme depreendido pelos dados, Loreto é um município pequeno, o que
pode contribuir para sua organização interna. A maior parte da população não vive em
extrema pobreza, algo que contribui para a educação local, nosso foco neste trabalho.
A infraestrutura, embora não seja a mais plena, parece atender minimamente às
necessidades desta população.
Decerto, analisar dados gerais são de extrema importância, mas de modo
algum substituem a análise individualizada e próxima da realidade escolar. Como
profissionais docentes em formação, devemos possuir olhar atento às necessidades
singulares dos alunos a fim de melhor empreender nossa prática de ensino. Por isso,
apresenta-se a seguir a parte do relatório de observações, que ocorreu na turma do
2º ano “B” da escola.

4. OS PROFESSORES DE LÍNGUA PORTUGUESA, OS ALUNOS E AS AULAS


OBSERVADAS

No 2º ano "B", encontramos alunos não violentos, disciplinados e tranquilos.


No entanto, muitos deles têm um histórico de faltas, mas quando estão presentes,
demonstram um grande interesse em participar das aulas. Mesmo enfrentando
limitações, dado que nem todos têm acesso a recursos tecnológicos, eles se envolvem
ativamente nas atividades em sala de aula.
A professora de português titular da turma é Maria de Jesus Araújo Silva. Ela é
uma profissional concursada, licenciada em Língua Portuguesa e Língua Inglesa, e
ainda possui pós-graduação em Docência do Ensino Superior.
Durante uma semana, realizamos observações das interações entre os alunos
e o professor, com o objetivo de compreender seu comportamento e desempenho
nessa etapa de ensino.
Essas observações envolviam tanto os aspectos teóricos quanto práticos. De
modo geral, analisamos os comportamentos, as interações e o desempenho dos
alunos, bem como os trabalhos e exercícios realizados durante esse período.
Durante as observações, ficou evidente que a maioria dos alunos demonstra
um elevado nível de participação nas aulas. Eles se mantêm atentos às explicações
do professor e fazem suas anotações corriqueiramente. Os estudantes se mostram
interessados nas discussões e nas atividades propostas, exibindo curiosidade e
vontade de aprender.
No entanto, constatamos que alguns poucos alunos enfrentam desafios em
suas vidas pessoais e acadêmicas que assaltam sua motivação para os estudos;
estes costumam apresentar um mais inquieto ou excessivamente reservado.
Nossa metodologia de observação abarcou diversos aspectos, incluindo a
organização da sala de aula, a dinâmica das aulas, a interação entre o professor e os
alunos, bem como o processo de aprendizagem dos alunos.
Os resultados indicam que a sala de aula estava organizada de forma
apropriada, com espaço para circulação dos alunos, boa iluminação e uma
temperatura confortável.
O professor adotou uma abordagem de ensino que combinou exposição
dialogada e atividades práticas. Ele utilizou recursos visuais, como slides e quadro
negro, para facilitar a compreensão dos alunos. As aulas foram interativas, com
momentos para perguntas e discussões. O professor se mostrou disponível para
esclarecer dúvidas e promoveu a participação constante dos alunos.
Em síntese da observação, os alunos demonstraram um ótimo nível de
interesse e engajamento ao longo da aula, ao passo em que participaram das
discussões. Nas atividades práticas, eles também evidenciaram domínio do conteúdo
através de seu desempenho. Estes pontos nos levam a considerar que a turma do 2º
“B”, se ainda mais incentivada, terá tudo para manter-se em ascendência em termos
de performance.

5. O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DA ESCOLA E O FUNCIONAMENTO DO


NOVO ENSINO MÉDIO

5.1 Parecer Geral

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola é parte fundamental do nosso


diagnóstico. Nele, consta que a missão da escola é se concentra na defesa do direito
à educação gratuita e de qualidade para todos os educandos, independentemente da
complexidade das necessidades educacionais que possam apresentar.
A escola reconhece que o acesso à educação é um direito fundamental de todo
cidadão e se compromete a fornecer mecanismos adequados para preparar os
estudantes, capacitando-os a se tornarem indivíduos conscientes, capazes de
impactar positivamente a sociedade em que vivem.
A escola presta serviços essenciais aos seus alunos e à comunidade,
oferecendo o ensino médio regular e a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no ensino
médio, com atendimento especializado em diferentes turnos e locais, incluindo a
escola sede, o anexo Buritirana, a extensão Lagoa Nova e a extensão Agrovila.
Além disso, a escola promove atividades esportivas que envolvem a
participação da comunidade, realiza eventos culturais, palestras e desenvolve projetos
pedagógicos, gincanas e feiras culturais, bem como feiras de ciências.
A escola almeja ser reconhecida pela sociedade como uma instituição de
ensino de alta qualidade, que oferece um atendimento exemplar a toda a comunidade
escolar. Seu reconhecimento se baseia na busca contínua de aproximar a família e a
comunidade da escola, na implementação de inovações em suas atividades e no
fornecimento de direitos e deveres para sua clientela.
A escola busca proporcionar aos educandos um conjunto de valores,
competências, habilidades e atitudes necessárias para que se habilitem legal e
eticamente, tornando-se aptos para o convívio social e para competir no mercado de
trabalho.
Já os valores orientadores da ação escolar são a ética, solidariedade,
responsabilidade e compromisso. Esse conjunto de valores e princípios norteia o PPP
do Centro de Ensino Paulo Freire e representa o compromisso com uma educação
que visa à formação integral dos estudantes.

5.2 Tendências Pedagógicas

O trecho referente às tendências pedagógicas do Projeto Político-Pedagógico


(PPP) da Escola Centro de Ensino Paulo Freire destaca a importância da educação
como um processo individual e social que ocorre por meio das inter-relações entre
educador e educando. O conceito central, baseado nas ideias de Paulo Freire, enfatiza
a educação como um "ato de conhecimento" e uma "aproximação crítica da realidade".
A abordagem pedagógica adotada pela escola destaca a necessidade de
reconhecer o papel do ser humano na transformação da realidade e, a partir disso,
refletir e agir para promover mudanças positivas; diante disso, cabe à prática
pedagógica estar ancorada nos valores humanos, com ênfase na ética, solidariedade,
responsabilidade e compromisso.
Adicionalmente, o texto destaca a importância da pesquisa como um meio de
compreender e analisar as mudanças sociais e as diferentes atribuições de papéis na
sociedade. A escola reconhece que os alunos devem ser incentivados a construir seu
próprio conhecimento por meio da pesquisa e da reinvenção do conhecimento, em
vez de receber informações de forma passiva.
No que diz respeito às tendências pedagógicas, o texto menciona duas grandes
linhas de pensamento pedagógico presentes na educação brasileira: as tendências
liberais e progressistas. Os professores então são incentivados a estudar e se
apropriar dessas tendências para enriquecer sua prática pedagógica. A ênfase está
na ideia de que não se deve adotar uma tendência de forma isolada, mas sim analisar
cada uma e aplicar a mais adequada a cada situação.
Nesse contexto, as tendências pedagógicas não são vistas como substitutas
umas das outras, mas sim como complementares e passíveis de coexistir na prática
escolar. Conforme se pode verificar, o PPP traz uma abordagem flexível e aberta à
diversidade de estratégias pedagógicas, com vistas a melhor suprir às necessidades
dos alunos em diferentes contextos e situações de ensino.

5.3 PPP, BNCC e o Novo Ensino Médio

A BNCC, homologada em 2018, é apresentada como um documento normativo


que define as aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao
longo da Educação Básica. A BNCC orienta os sistemas de ensino, buscando
promover uniformidade nas redes, adaptando-se às particularidades de cada
contexto.
Porém, sobre esse documento soma-se o Novo Ensino Médio, que vem sendo
implementado pela rede estadual de ensino. Ele traz consigo modificações profundas
no currículo, infraestrutura, gestão e formação de profissionais para assegurar a
qualidade da educação em todo o estado.
Foi por isso que a Secretaria de Estado da Educação desenvolveu o
"Documento Curricular do Território Maranhense - Ensino Médio," visando reconhecer
os direitos de aprendizagem a partir de oportunidades educativas.
Uma mudança notável consiste na inclusão de novas disciplinas e o foco em
competências gerais da Educação Básica, alinhadas com as demandas do século
XXI. O currículo comum, baseado na BNCC, visa promover a aprendizagem dos
alunos e prepará-los para as metodologias e didáticas atuais, além de reforçar valores
relacionados à cidadania e responsabilidade.
A BNCC também é mencionada nesse processo, quando se destaca que as
competências gerais da Educação Básica vão desde a valorização e utilização de
conhecimentos até a valorização da diversidade e da cidadania.
O PPP ressalta ainda a importância de atender às necessidades da sociedade
lorentense, considerando as demandas de áreas urbanas e rurais e os vários polos
de atendimento da escola.
Nesse sentido, a escola tem respondido à necessidade de qualificação de
jovens e adultos por meio da oferta da Educação de Jovens e Adultos - Ensino Médio
(EJA-médio) e, a partir de 2023, incluindo o Ensino Técnico (EJATEC).

5.4 Didática

No PPP do Centro de Ensino, a didática é abordada com ênfase na


compreensão do processo de ensino e aprendizagem como uma interação complexa
entre educadores e educandos.
O documento enfatiza que a aprendizagem não deve ser vista como uma mera
transmissão de conhecimento, mas sim como um processo ativo, no qual os alunos
desempenham um papel fundamental na construção e reconstrução do conhecimento.
O ensino é concebido como uma prática que deve respeitar o conhecimento
prévio e as experiências dos alunos, logo, ensinar não se resume a simplesmente
transmitir informações, mas envolve a criação de condições que permitam aos alunos
desenvolver habilidades, criatividade e capacidade de análise crítica.
O PPP destaca a importância de processos mentais essenciais à
aprendizagem, que são construídos por meio de abordagens dialéticas, como a
problematização, a instrumentalização, a catarse e a síntese como elementos-chave
que contribuem para o desenvolvimento intelectual dos alunos.
A elaboração de planos de ensino também recebe atenção especial, pois o
PPP enfatiza a efetivação da aprendizagem requer mediações adequadas, que
envolvem não apenas o sujeito aprendiz e os objetos a serem apreendidos, mas
também elementos externos.
As metodologias de ensino são discutidas, destacando como diferentes
métodos influenciam diretamente a aprendizagem dos alunos. No Documento, o
método de ensino não deve prescrever procedimentos específicos, mas sim orientar
o trabalho educativo.
A interdisciplinaridade vem à baila como uma abordagem que envolve a
interação entre disciplinas para compreender processos, fenômenos e práticas
sociais, culturais e físicas. Junto dela está a transversalidade, mencionada como uma
abordagem flexível e dinâmica que incorpora conteúdos disciplinares e temáticos em
um planejamento de aulas.
Quanto à sistemática de avaliação, ela é abordada em três dimensões:
avaliação inicial, avaliação processual e avaliação de resultados. A avaliação é vista
como uma ferramenta que permite verificar o progresso dos alunos e a eficácia do
ensino, possibilitando ao professor tomar decisões pedagógicas para direcionar a
aprendizagem.
Os educadores são orientados a planejar com base em critérios avaliativos que
considerem competências essenciais e habilidades a serem desenvolvidas em cada
etapa do ano letivo, alinhados com as aprendizagens esperadas de acordo com as
matrizes de cada disciplina.

5.5 Dispositivos internos da escola

A escola conta ainda com conselhos escolares, divididos em dois tipos, o


escolar e o de classe. O conselho escolar é uma instância democrática que
desempenha funções deliberativas, consultivas, avaliativas e fiscalizadoras
relacionadas à organização do trabalho pedagógico, administrativo e financeiro da
escola.
A composição do conselho escolar conta com o diretor da escola, um
tesoureiro, um representante de pessoal de apoio e administrativo, um representante
de aluno, um representante de pai de aluno, um representante de docentes e um
representante da sociedade (associação do bairro).
Enquanto isso, o conselho de classe é um órgão consultivo e deliberativo
responsável por discutir e avaliar questões pedagógicas relacionadas ao ensino e
propor alternativas para melhorar o processo de ensino e aprendizagem. Ele é
organizado em três momentos: pré-conselho (levantamento de dados), conselho de
classe (análise e definição de ações) e pós-conselho (implementação das ações
propostas).
A escola dispõe ainda de uma sala de atendimento especializado que visa
auxiliar no desenvolvimento de alunos com necessidades específicas, como surdo-
mudo, dislexia, problemas motores, entre outros. Há também uma biblioteca, um
laboratório de informática e uma sala de recursos audiovisuais para enriquecer as
atividades educacionais.
Finalmente, a escola planeja uma série de ações estratégicas, incluindo a
Semana Pedagógica para formação e reorganização das atividades, desenvolvimento
de planejamentos anuais e mensais de ensino, projetos de leitura, projetos de
matemática, feira de ciências, conferência de combate às drogas, eventos culturais,
torneio esportivo, aulas extras para o ENEM, eventos comemorativos e a promoção
de estágios.

6. DIAGNÓSTICO E UMA POSSÍVEL IDEIA PARA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

Considerando toda a análise minuciosa exposta ao longo deste documento,


agora propomos uma intervenção pedagógica para a turma do 2º ano “B”. Durante
uma semana de observações das interações entre os alunos e a professora titular,
Maria de Jesus Araújo Silva, foi possível constatar um alto nível de participação dos
alunos nas aulas, evidenciando grande interesse e engajamento.
Reconhecendo que alguns alunos podem enfrentar desafios pessoais e
acadêmicos que afetam sua motivação, a proposta visa envolvê-los de maneira
diferenciada com a literatura brasileira. Sugerimos a leitura de um clássico da literatura
brasileira, como "Dom Casmurro" de Machado de Assis, acompanhada da criação de
um curta-metragem.

Esta atividade visa incentivar os alunos a mergulharem na história, mesmo que


não tenham o hábito de leitura ou disponham de pouco tempo, quando então,
apresentar versões condensadas, recursos digitais e audiobooks poderá tornar a
leitura mais palatável.
Através da adaptação de trechos da obra em curtas-metragens, os alunos
atuarão como artistas e, assim, o intento é desenvolver neles uma conexão mais
profunda com a literatura.
Após a exibição dos curtas-metragens, os alunos terão a oportunidade de
discutir e comparar como a adaptação cinematográfica se relaciona com o texto
original. Poderá ser feito ainda um projeto de culminância juntamente com a escola,
contando com premiações e reconhecimentos que motivarão ainda mais os alunos a
se envolverem com esse desafio.
Essa proposta, portanto, busca despertar um amor profundo pela literatura, ao
passo em que inspira os alunos a explorarem o mundo da leitura utilizando a estratégia
dos curta-metragens como um incentivo extra.

Tema: Desenvolvimento de habilidades socioemocionais para alunos do


ensino médio
Introdução:
O desenvolvimento das habilidades socioemocionais é fundamental para o
crescimento e sucesso dos alunos do ensino médio, preparando-os para enfrentar os
desafios da vida adulta. Essas habilidades incluem empatia, resiliência, colaboração,
autocontrole emocional, entre outras. Nesse sentido, é necessário implementar um
plano de intervenção na escola que promova o desenvolvimento dessas habilidades,
visando o bem-estar dos estudantes.
Objetivos:
- Promover o desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos alunos do
ensino médio;
- Melhorar o ambiente escolar, estimulando a convivência harmoniosa e
respeitosa entre os estudantes;
- Potencializar o desempenho acadêmico dos alunos, uma vez que as
habilidades socioemocionais estão diretamente relacionadas com o aprendizado.
Ações:
1. Criação de grupos de apoio e orientação socioemocional:
1.1. Profissionais da área de psicologia e assistência social serão designados
para acompanhar os estudantes, oferecendo suporte emocional, identificando
necessidades e dificuldades individuais.
1.2. Serão realizadas reuniões periódicas com os grupos, possibilitando a troca
de experiências e o compartilhamento de sentimentos. Serão abordados temas como
autocuidado, empatia, resiliência, entre outros.
1.3. Serão oferecidas sessões individuais de aconselhamento, caso
necessário, para lidar com problemas específicos enfrentados pelos alunos.
2. Realização de atividades para o desenvolvimento socioemocional:
2.1. Serão incluídas no currículo atividades que estimulem o desenvolvimento
das habilidades socioemocionais, como aulas de educação emocional, jogos
cooperativos, dinâmicas de grupo, debates e reflexões sobre temas relevantes.
2.2. Os professores serão treinados para incorporar essas atividades em suas
disciplinas, relacionando-as aos conteúdos já abordados em sala de aula.
2.3. Serão promovidos projetos interdisciplinares que envolvam habilidades
como trabalho em equipe, comunicação eficaz e resolução de problemas.
3. Valorização da diversidade e inclusão:
3.1. Serão realizadas palestras e workshops sobre diversidade, inclusão e
respeito às diferenças.
3.2. Serão promovidos eventos culturais que valorizem as diferentes culturas,
religiões e etnias presentes na comunidade escolar.
3.3. Serão criados grupos de alunos representantes para atuar como
mediadores de conflitos e promover a cultura de paz dentro da escola.
4. Avaliação e acompanhamento:
4.1. Serão realizadas avaliações periódicas para verificar o progresso dos
alunos no desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
4.2. Dados serão coletados e analisados para identificar possíveis dificuldades
e aprimorar as ações de intervenção.
Conclusão:
A implementação de um plano de intervenção com foco no desenvolvimento
das habilidades socioemocionais é essencial para garantir um bom ambiente escolar,
propiciando o crescimento pessoal e acadêmico dos alunos do ensino médio. A
promoção dessas habilidades prepara os estudantes para enfrentar os desafios
futuros, tornando-os indivíduos mais resilientes, empáticos e capazes de lidar com
suas emoções e relacionamentos de forma saudável.
7. REFERÊNCIAS

IBGE. Cidades. Loreto, MA: panorama. Disponível em:


https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/loreto/panorama. Acesso em: 22 out. 2023.

ESTADO DO MARANHÃO. Projeto Político Pedagógico. Secretaria de Estado da


Educação. Secretaria Adjunta de Ensino. Superintendência de Educação Básica -
Supervisão de Currículo. Unidade Regional de Educação de Balsas. Centro de Ensino
Paulo Freire. 2023. 41 p.

FAVARO, Tereza; RIBEIRO, Elizangela. ESTÁGIO SUPERVISIONADO. Revista


Serviço Social em Perspectiva, v. 4, n. 1, p. 22-44, 4 jul. 2020. Disponível em:
https://doi.org/10.46551/rssp.202002. Acesso em: 22 out. 2023.

SANTOS, Lavoisier Almeida dos; CAVALCANTE, Maria do Socorro Aguiar de Oliveira;


MELO, Valci. NOVO ENSINO MÉDIO. fólio - Revista de Letras, v. 14, n. 1, 26 ago.
2022. Disponível em: https://doi.org/10.22481/folio.v14i1.10485. Acesso em: 22 out.
2023.

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