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Marcelino Edson Lucas

RA 8155564
Licenciatura em Música

PORTIFÓLIO POLITICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA


( ATIVIDADE 3.CICLO )

BLUMENAU
2023

Desenvolver uma análise e reflexão sobre o documentário, considerando


a legislação da educação e questões como o direito a educação e o dever de
educar, princípios e fins da educação, organização e funcionamento das
escolas, gestão e financiamento da educação, currículo escolar, etc.
O filme aborda o sistema educacional brasileiro, coletando depoimentos de estudantes de
escolas da rede pública e privada, bem como professores, familiares e membros da gestão, em
depoimentos que denunciam a banalização da violência, a desigualdade social e o abismo
entre a qualidade do ensino básico público e privado, pois todos os problemas sociais
apontados na produção partem do ponto de vista do sistema educacional em decadência.

O filme é fruto de quatro anos de pesquisa. Começa em Manari, Pernambuco, uma das
regiões mais pobre dos Brasil. No local, somos apresentados aos problemas de Valéria,
estudante que sofre perseguição por conta das suas redações muito qualificadas, algo fora do
comum no local, situação que constantemente a coloca como plagiadora. Em Duque de
Caixas, no Rio de Janeiro, a criminalidade é um dos problemas que mina alguns trabalhos de
docentes dedicados no interior das escolas. Pro Dia Nascer Feliz ainda mergulha no cotidiano
de instituições de São Paulo e apresenta o fosso entre duas escolas distanciadas por uma hora
de deslocamento de carro. Enquanto no Alto de Pinheiros, estudantes circulam com segurança
e tem acesso ao melhor da tecnologia e da produção cultural, em Itaquaquecetuba, os
estudantes enfrentam um espaço de ensino precário desde as questões estruturais, onde
geralmente falta tudo.
Muitos projetos no Brasil funcionam. Outros ficam no campo das ideias. Por ser uma
nação de dimensões continentais, gerenciar as demandas seculares requer um foco específico
do Estado e da sociedade civil. No entanto, na prática, a tarefa socializadora da educação,
bem como a sua função de preparar o individuo para a sociedade, dando-lhe algum suporte
para os problemas cotidianos não está sendo devidamente aplicada.

A câmera passeia por várias instâncias das instituições: os corredores, as rodas de


conversas entre estudantes, reuniões de professores, um conflituoso conselho de classe,
enquadra depoimentos emocionantes e tem o devido tratamento da direção de fotografia
quando há uma narração com carga dramatúrgica essencial para a reflexão proposta pelo
documentário. Ao assistir ao filme, somos relembrados que falta muita coisa para a
combustão dos mecanismos que planejam a educação no Brasil: falta água, comida, transporte
seguro, interesse dos estudantes e dos professores. Jardim aposta em apresentar outra
realidade: a da escola particular, deflagrando crises existenciais, debate sobre diferença social,
depressão e outras que atingem uma classe que tem água potável, comida na mesa e
empregada doméstica, mas mesmo assim, também se sente em conflito com algumas questões
próprias de suas respectivas realidades.
É esta câmera eficiente que capta os relatos, montados com muita coesão e coerência
pelo cineasta. O ápice do filme, uma obra cheia de momentos elevados dramaturgicamente, é
a reunião do conselho de professores de uma escola em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
A discussão gira em torno da aprovação de um estudante de comportamento questionável. A
decisão dos profissionais e os argumentos expostos revelam algo que no ponto de vista de um
educador assistindo, funciona como uma espécie de metalinguagem: para quem mergulha
melhor na reflexão, é possível se sentir inserido naquele feixe de percepções, ansiedades,
medos, alguns preocupados com o futuro do jovem, outros a prezar por suas respectivas vidas,
numa sensação de insegurança desconfortável que os levam a banalizar os juramentos
obrigatoriamente, tendo em vista garantir a sua própria sobrevivência.

Pesquisa bibliográfica sobre o tema e coleta de dados estatísticos como


número de matrículas na rede pública municipal e estadual e rede privada
de ensino, dados sobre evasão e repetência, índice de desenvolvimento como
o IDEB, dentre outros. Os dados podem ser coletados no site do Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) a
partir do link: http://portal.inep.gov.br/resumos-tecnicos.

No ano passado, foram registradas, no total, 47,4 milhões de matrículas nas 178,3 mil
escolas de educação básica no Brasil - 714 mil matrículas a mais em comparação com 2021, o
que representa um aumento de 1,5% no período. A rede privada expandiu 10,6% de 2021 a
2022, se aproximando de patamares pré-pandemia de 2019.

Em 2022, foram contabilizadas 47,4 milhões de matrículas.


A população de 4 a 17 anos que estava fora da escola era de 1,04 milhão.
2,3 milhões de professores atuavam em 178,3 mil escolas de educação básica do país.
Havia 162,8 mil diretores nessas mesmas escolas (o que dá menos de um diretor por escola).
As taxas de aprovação dos alunos começam a voltar ao patamar pré-pandemia. As taxas de
2021 (já que o censo foi coletado em maio de 2022) caíram em todas as etapas em relação a
2020: de 98,5% pra 97,6% nos anos iniciais do ensino fundamental; de 97,8% para 95,7%
nos anos finais do ensino fundamental; e de 95% para 90,8% no ensino médio.

ENSINO MÉDIO

Houve aumento nas matrículas do ensino médio: foram 7.770.557 em 2021


e 7.866.695 em 2022.
92,2% da população de 15 a 17 anos frequentavam a escola no ano passado.
81,9% dos alunos do ensino médio estudavam no turno diurno.
20,4% dos estudantes da rede pública estavam matriculados em tempo integral. Na rede
privada, esse percentual era de 9,1%. Em 2021, eram 16,7% e 7,0%, respectivamente.

ENSINO FUNDAMENTAL

Foram 14.553.030 matrículas nos anos iniciais do ensino fundamental (redes federal,
estadual, municipal e privada).
Dessas, mais de 10 milhões apenas nas redes municipais.
11,4% dos alunos nos anos iniciais do ensino fundamental estudavam em tempo integral.
Em 2021 eram 9,3%.
Nos anos finais, os estudantes matriculados em tempo integral representavam 13,7%. No
ano anterior eram 9,9%.

EDUCAÇÃO INFANTIL

Na educação infantil, apesar de não ser obrigatória a matrícula nessa faixa etária, 36%
das crianças até 3 anos frequentavam a escola no ano passado. A meta para 2024 é atingir
50% desse público.
Havia 74,4 mil creches em funcionamento no Brasil.
33,6% dos alunos de creche estavam matriculados na rede privada e 50,7% desses alunos
estavam em instituições conveniadas com o poder público.
Houve aumento expressivo nas matrículas de educação especial na educação infantil em
classes comuns. Eram quase 107 mil em 2021 e aumentaram para mais de 174 mil em
2022.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ( EJA )

Houve queda nas matrículas da EJA: foram 2.962.322 em 2021, e 2.774.428 em 2022.

Análise dos dados coletados.

As pesquisas divulgadas sobre taxas de rendimento escolar

aprovação, reprovação e abandono – coletadas pelo censo escolar

2018,seguem tendências de melhora. Tanto no ensino fundamental, quanto

no ensino médio, diminuiu a reprovação, a aprovação melhorou, e o

abandono manteve em queda estável.


O Censo Escolar informa as taxas de rendimentos das escolas, elas

relevam a situação dos alunos ao final do ano letivo de 2018; se foram

aprovados ou reprovados, segundo os requisitos de avaliação de desempenho

estabelecidos pela própria escola, ou se deixaram de frequentar a escola ao

longo do ano letivo de 2018.

As taxas de rendimentos são fundamentais para a

verificação e acompanhamento por parte dos profissionais das redes de

ensino (estados e municípios) mas, sobretudo pelas escolas.

Além disso, são indicadores utilizados no calculo de Desenvolvimento

da Educação Básica (IDEB), um indicador de desempenho educacional divulgado

a cada dois anos pelo Inep que combina as taxas de rendimentos do Censo Escolar

com o desempenho dos estudante no Sistema de Avaliação da Educação Básica

( SAEB).

Cabe lembrar que, segundo a legislação brasileira, o ensino

Fundamental é obrigatório para as crianças e adolescentes de 6 a 14 anos,

Sendo responsabilidade das famílias e do Estado garantir a eles uma

Educação integral.

Segundo a Lei de Diretrizes e Base da Educação ( LDB 9394/96) e

Estatuto da Criança e do Adolescente ( ECA), num números elevado de

faltas sem justificativa e a evasão escolar ferem os direitos das crianças e dos

adolescentes. Nesse sentido, cabe a instituição escolar valer-se de todos os

recursos dos quais disponha para garantir a permanência dos alunos na

escola. Prevê ainda a legislação que esgotados os recursos da escola, a


mesma deve informar o Conselho Tutelar do Município sobre os casos de

faltas excessivas não justificadas e de evasão escolar, para que o Conselho

tome as medidas cabíveis.

Elaboração de texto dissertativo com a análise do documentário Pro dia


nascer feliz (2007), da pesquisa bibliográfica e dos dados coletados com o
tema: “A educação básica no Brasil atual: desafios e perspectivas”.

Esse documentário se caracteriza pelo desenvolvimento de uma ação investigativa,


que busca compreender as problemáticas que envolvem a educação básica no Brasil
atual, da pesquisa bibliográfica sobre o tema, da coleta e análise de dados estatísticos.
Refletimos que, ao longo da historia do Brasil, o Estado se mostrou negligente em
relação á garantia do direito á educação. Desde o período monárquico até
recentemente, somamos iniciativas no campo da educação por parte do poder público,
que contribuíram para a consolidação do caráter elitistas da educação brasileira e a
marginalização de contingentes significativos da população. Encontramos um retrato
desse descaso nas estatísticas e dados levantados pelos próprios órgãos oficiais como o
INEP em relação aos índices de analfabetismo e as taxas de evasão escolar.

Nos últimos anos, podemos identificar vários movimentos em favor da


universalização da educação e a defesa da escola pública e a implementação de
politicas educacionais que conseguiram avanços quantitativos em direção á
democratização do ensino, porem essa democratização do acesso não foi acompanhada
da devida qualidade de ensino.

Atualmente, os estudos apontam o baixo rendimento escolar dos estudantes e outros


graves problemas que afetam a educação brasileira como a violência, a falta de
motivação de alunos e professores, dentre outros, que comprometem a aprendizagem e
demonstram que a educação democrática de qualidade está longe de ser efetivada. As
falta de recursos e a falta de infraestrutura escolar, a desvalorização dos profissionais a
educação são os descasos por parte dos governantes, sendo assim podemos perceber
que ainda há muita coisa a se fazer para melhoria d educação em nosso país.
REFERENCIAS

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20/12/96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.


Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm. Acesso em: 30 de nov. de 2015.
LIB NEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F. de; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas, estrutura e
organização. São Paulo: Cortez, 2007..
Por Emily Santos, g1 — São Paulo

08/02/2023 10h31 Atualizado há 3 meses disponivel em:


https://g1.globo.com/educacao/noticia/2023/02/08/mec-censo-escolar-2022.ghtml

Políticas da Educação Básica. Blumenau: Claretiano, 2023.

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